Os Estados Unidos continuam a ser um país altamente religioso e o mais devoto de todas as democracias ocidentais mais ricas. Quem afirma isso é um estudo do Pew Research Center, segundo o qual os norte-americanos rezam com mais frequência, participam com mais assiduidade de serviços religiosos semanais e atribuem maior importância à fé em suas vidas do que os adultos de outros países industrializados ocidentais, como o Canadá, a Austrália e a maioria daqueles europeus.

A pesquisa, conduzida em 106 países em todo o mundo, relata que mais de metade dos adultos estadunidenses (55%) afirmam que rezam diariamente, em comparação com 25% no Canadá, 18% na Austrália e 6% na Grã-Bretanha, onde se registra o nível mais baixo em comparação com a média europeia, que é de 22%. Enquanto é certamente a China o país onde as pessoas rezam menos no mundo, menos de 2% da população declaram fazer isso todos os dias, e apenas 3% consideram a religião importante em suas vidas.

Os Estados Unidos são também o único país entre os examinados no estudo a ter níveis superiores à média, tanto em frequência à oração como na riqueza pessoal. Em todos os outros países monitorados com um produto interno bruto de mais de 30 mil dólares per capita, menos de 40% dos adultos afirmam rezar todos os dias, 15% a menos que a média dos EUA.

Mas, embora os Estados Unidos registrem um alto grau de religiosidade geral em comparação com outros países ricos, não foram poupados pelo avanço do processo de secularização, que investiu grande parte do mundo ocidental.

Estudos anteriores sobre o assunto do Pew Research Center mostram um discreto declínio, mas constante, nos últimos anos, no número total de estadunidenses que afirmam acreditar em Deus. Isso é reforçado pelo fato que adultos norte-americanos com menos de 40 anos rezam menos em relação aos idosos, frequentam menos os serviços religiosos e identificam-se menos com qualquer crença religiosa. Segundo a pesquisa, são dados indicativos que sugerem uma tendência de queda nos níveis de comprometimento religioso também nos Estados Unidos.

Por L’Osservatore Romano

Um terço dos americanos adultos acredita em algum tipo de poder superior, mas não em Deus conforme descrito na Bíblia (Foto: Pew Research center)

Uma nova pesquisa da Pew Research descobriu que um terço dos americanos — tanto aqueles que dizem acreditar como aqueles que dizem não acreditar em Deus — crê em um poder superior ou força espiritual.

Este grupo interpreta a transcendência de uma maneira mais flexível. Alguns chamam de Deus, outros não.

A pesquisa ouviu 4.729 entrevistados e foi feita on-line em dezembro. Ela apresenta alguns insights sobre a diversidade das crenças dos Estados Unidos. E como pesquisas anteriores sobre a década passada, sugere o número de americanos que creem em Deus está declinando lentamente.

“Uma das questões-chave que motivou a pesquisa foi obter um estudo mais detalhado sobre aqueles que dizem não acreditar em Deus” disse Gregory Smith, diretor de pesquisa associado da Pew. “As pessoas que simplesmente respondem ‘não’ quando perguntadas se acreditam em Deus, rejeitam também a crença numa força superior?”

Na pesquisa, quem respondeu que não acredita em Deus foi perguntado se acredita em “algum outro poder superior ou força espiritual do universo.”

Para ser exato, a maioria, — 56% — , disse acreditar no convencional benevolente, onisciente, todo-poderoso Deus da Bíblia.

Depois, há os descrentes convictos: cerca de 10% disse não acreditar no Deus da Bíblia ou num poder superior.

Mas entre os chamados “nenhuns” — uma categoria ampla de ateus, agnósticos e aqueles que respondem “nenhuma das respostas acima” em perguntas sobre religião — um total de 72% acredita num poder superior de algum tipo.

Duas pesquisas anteriores do Pew descobriram que a crença em Deus está caindo. Um estudo de 2007 indicou que a crença e Deus chegava a 92%; até 2014, o percentual caiu para 89%. Esta pesquisa mais recente, embora metodologicamente diferente — foi uma enquete on-line em oposição a uma pesquisa por telefone — aponta 80%.

A crença em Deus conforme descrito na Bíblia é mais alta entre os cristãos — 80% segundo a pesquisa. Os evangélicos e protestantes negros tinham as maiores taxas de crença em um Deus da Bíblia — 91 e 92% respectivamente. Por outro lado, apenas um terço dos judeus diz acreditar. (A pesquisa não incluiu suficiente entrevistados muçulmanos ou pessoas de outras religiões).

A pesquisa também mostrou que:

– A crença no Deus da Bíblia muda com a idade.

– Aqueles como menos de 50 anos veem Deus menos potente e menos envolvido nos assuntos terrenos do que os americanos mais velhos.

– Entre os graduados, apenas 45% acredita no Deus da Bíblia.

A visão de Deus também tende a diferir por raça e partido político. 70% dos Republicanos acredita no Deus bíblico, e dos Democratas, 45%. Mas entre os Democratas, existem grandes diferenças nas exibições de Deus quando se trata de uma corrida; 70% dos Democratas não-brancos acreditam no Deus da Bíblia — número comparável ao dos Republicanos.

A crença num poder superior foi encontrada em todos os segmentos da população que não possui uma religião. Em geral, 70% dos ‘nenhuns’ disse que acredita em alguma força espiritual. Entre agnósticos, 62%.

Mesmo entre os ateus, uma em cada cinco (ou 18%) disse acreditar num poder superior.

Saber por que tantos agnósticos, e até mesmo ateus, acreditam em um poder superior é uma questão digna de debate.

Ryan Cragun, um sociólogo da Universidade de Tampa que estuda os sem-religião, disse que algumas pessoas podem dizer que eles acreditam em um poder superior para evitar o estigma social.

“Em que medida estão dizendo isso para evitar algum prejuízo é um questionamento interessante,” disse Cragun. Ele apontou para estudos que sugerem que homens brancos heterossexuais são os mais prováveis de se dizerem ateus porque eles têm um certo privilégio social que os outros não possuem e, portanto, têm menos a perder ao fazer tal declaração.

Outros dizem que a categoria de crença com suas opções binárias — sim ou não — não dá conta da diversidade da experiência humana. A Transcendência, por exemplo, pode ser uma experiência sobrenatural, mas também natural, disse Elizabeth Drescher, professora de estudos religiosos na Universidade de Santa Clara e autora de “Choosing Our Religion: The Spiritual Lives of America’s Nones.”

Algumas pessoas podem ter fé na força que anima a vida ou no espírito humano, disse ela.

“Há muitas pessoas que experimentam coisas em suas vidas que são misteriosas ou inexplicáveis, mesmo sem acreditarem em nada, mas que, no entanto, entendem que não sabemos tudo,” disse Drescher. “A realidade da experiência das pessoas é muito mais complexa e matizada.”

A margem de erro da pesquisa é de 2,3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: Religion News Service, via IHU

O perfil predominante dos padres brasileiros, segundo dom Pedro, é de um presbitério jovem, diocesano e de brasileiros (já houve uma predominância de padres estrangeiros). Esses dados gerais emergem de uma pesquisa ainda inconclusa que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está desenvolvendo desde 2014. Os dados foram apresentados pelo arcebispo de Palmas (TO), dom Pedro Brito Guimarães, na segunda Coletiva de Imprensa da 56ª Assembleia Geral (AG) da CNBB, realizada dia 12/04.

O levantamento teve início em 2014 com a formulação de um questionário de 100 perguntas que foi enviado a 25 mil padres brasileiros. Destes, 1/3, cerca de 7 mil responderam, informou o religioso. “Percebemos, pela pesquisa, que apesar das dificuldades os padres brasileiros estão animados com a sua vocação e missão e não tem medo de assumir seu seguimento e anúncio de Jesus Cristo”, disse. A pesquisa foi um dos subsídios que deu suporte à elaboração do texto sobre o tema central da 56ª AG.

Além deste levantamento, dom Pedro Brito, membro da Comissão de Elaboração do texto sobre o tema central, falou sobre o documento “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil”. O religioso destacou que a formação de um presbítero não se encerra quando é ordenado. “Depois de ordenado, como toda pessoa e todo profissional, inicia a fase da a formação continuada do padre” disse.

Tempos e espaços da formação

A formação continuada seria a última fase de um processo permanente de formação que tem início com o trabalho da Pastoral Vocacional e se estende pela formação inicial – que compreende as demais fases de estudo, incluindo a formação em filosofia e teologia. O arcebispo apresentou aos jornalistas a estrutura e os conteúdos do texto mártir que está em processo de análise e aprovação pelo episcopado brasileiro.

O texto é constituído de três capítulos.

O primeiro, cujo título é “As coordenadas para a formação presbiteral” trata dos desafios do contexto e da realidade, bem como os fundamentos previsto no magistério da Igreja para esta formação. Nele também consta a ideia do processo formativo dos sacerdotes que deve ser único, integral, comunitário e missionário.

O segundo capitulo e mais longo capítulo aborda a “Formação Inicial”. Nesta parte o texto vai falar dos tempos, espaços como casas, seminários, capelas e institutos, onde o processo de formação acontece.

O terceiro capítulo do texto trata da “Formação Continuada”, disse.

O texto, após ser debatido e aprovado pelo plenário da 56ª Assembleia Geral da CNBB, segue para apreciação e aprovação da Congregação do Clero do Vaticano. A previsão de publicação, como documento da CNBB, é no segundo semestre segundo dom Pedro.

Fonte: CNBB

  • Worshippers pray during a candle light vigil at the Our Lady of Fatima shrine, in Fatima, central Portugal, Tuesday, May 12, 2015. Every year on May 12 and 13 tens of thousands of Catholic believers go on pilgrimage to the Fatima's sanctuary to pray and attend masses where the Virgin Mary is believed to be witnessed by three shepherds children Lucia, Jacinta and Francisco in 1917. (AP Photo/Francisco Seco)

    O Brasil ficou menos católico. De outubro de 2014 a dezembro deste ano, a primeira religião cristã do mundo perdeu ao menos 9 milhões de fiéis, ou 6% dos brasileiros maiores de 16 anos, segundo pesquisa Datafolha.

    Há dois anos, eram 60% os que se declaravam católicos; neste ano, são 50%. Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, a queda foi de no mínimo 6 e no máximo 14 pontos percentuais –nesse cenário, seriam mais de 20 milhões de fiéis (algo como a população da Grande São Paulo).No mesmo período, a fatia dos que dizem não ter uma religião mais que dobrou, de 6% para 14%. Mas isso não quer dizer que essas pessoas tenham perdido a crença, diz o professor de sociologia da USP Reginaldo Prandi.

    Segundo ele, no mundo todo é cada vez mais comum que as pessoas não se prendam a uma instituição religiosa apenas, ou que exerçam a espiritualidade sem pertencer a uma igreja.

    “Pode não ter religião hoje e ter amanhã. Ficou muito ao sabor da época da vida, dos compromissos que se quer assumir. A religião deixou de ser condição obrigatória para ser bom cidadão.”

    O Datafolha ouviu 2.828 brasileiros maiores de 16 anos selecionados por sorteio aleatório, em amostragem representativa da população.

    Feita em 174 municípios, a pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos (nível de confiança de 95%).

    Infográfico: GEOGRAFIA DA CRUZ – % de evangélicos por região do país

     

    Dados do Centro Global de Estudos da Cristandade mostram que mesmo os católicos crescem a taxas maiores que a população com um todo, ou sejam, aumentam sua presença no mundo, enquanto encolhe a fatia dos não religiosos.

    O ritmo de crescimento da população total é 1,21% ao ano, o de católicos, 1,28%, o de evangélicos, 2,12% e o de pentencostais, 2,20%. As religiões independentes se expandem a taxas de 2,21% (chegando a 2,94% na Ásia).

    Já os sem-religião crescem 0,31% por ano, os agnósticos, 0,36%, e os ateus, 0,05%.

    No Brasil, ainda que a redução recente na porcentagem de católicos não tenha sido acompanhada por expansão de evangélicos, metade dos protestantes saíram da Igreja Católica, onde foram criados, segundo pesquisa do Instituto Pew.

    A mudança de religião se dá antes dos 25 anos, e os convertidos citam como principais motivos para a mudança a maior conexão com Deus (77%) e o estilo de culto da nova igreja (68%).

    Mais da metade diz que procurava mais ênfase em moralidade ou encontrou mais ajuda.

    Folha de SP

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O Deus dos millennials morreu ou está mal. É o que dizem as últimas pesquisas sobre a fé das novas gerações. São cada vez mais os jovens que se declaram ateus, agnósticos ou indiferentes, mesmo que provenham não de um histórico laico, mas de uma educação católica (e nunca de uma má educação).

Quase três em cada dez jovens, entre os 18 e os 29 anos de idade, “parecem ter removido da sua carteira de identidade uma referência última e transcendental”. E, entre os muitos que continuam se professando crentes, prevalece um substancial desinteresse pela fé e pela oração: mais do que na dimensão espiritual, o catolicismo sobrevive como herança cultural ou laço social, sem muitos envolvimentos interiores.

Embora com ênfases diferentes, o aumento dos não crentes no mundo juvenil é registrado por livros e revistas que se interrogam sobre o porte do fenômeno. Mais interno à Igreja, é o livro Dio a modo mio [Deus a meu modo], que apareceu no último número da revista La Civiltà Cattolica, que faz referência a 150 testemunhos recolhidos por Rita Bichi e Paola Bignardi.  

De marca laica é a nova e articulada pesquisa publicada pela editora Mulino, organizada por Franco Garelli, o sociólogo católico aluno de Luciano Gallino, que entrevistou quase 1.500 jovens representativos das várias áreas da Itália (Piccoli atei crescono [Pequenos ateus crescem]).

Para além do método diferente e da inspiração diferente, não muda a fotografia de uma paisagem juvenil cada vez mais secularizada, em que a fé, mesmo quando existe, se torna cada vez mais subjetiva e evanescente.

“Uma geração sem Deus?” O ponto de interrogação é obrigatório – como está no subtítulo da investigação da editora Mulino – porque a busca do sagrado é uma característica irrenunciável entre os jovens, até mesmo sob formas imprevisíveis.

Quem mais desaparece entre os mais jovens é o Deus com letra maiúscula, o Senhor aterrorizante do Antigo Testamento, substituído por outro mais modesto, o deus minúsculo das pequenas coisas, que não é mais uma entidade repleta de mistério, mas tem a ver com a busca de uma harmonia pessoal.

No lugar da dimensão da transcendência e da eternidade, entra a da imanência e a temporalidade. E o Deus do temor dá lugar à figura do amor. No fundo, aconteceu com Deus aquilo que aconteceu com o pai, defende uma das jovens entrevistadas por Garelli. “Antigamente, eles eram mais pais e chefes. Agora, são mais permissivos e se deixam submeter pelos próprios filhos. Porque, se pensamos em Deus como nosso pai, sabemos que Ele nos quer bem mesmo que nós nem Lhe demos bola”.

Mas é preciso ter cuidado para não ceder ao lugar-comum sobre a superficialidade e sobre a apatia moral dos mais jovens: muitos deles rejeitam a primazia da não crença, que eles devolvem de bom grado àqueles que vieram antes deles. Nós, “a primeira geração incrédula”?

Não brinquemos, responde a maioria dos jovens entrevistados. A idade de ouro da fé – cultivada pelos avós, conservada pelos pais e dissipada pelos filhos – é uma representação enganosa que toma um caminho equivocado. Porque quem rompeu o pacto religioso, com os seus comportamentos oscilantes e marcados pelo conformismo social, foram a mãe e o pai.

E, também no campo da religiosidade, repropõe-se a aliança geracional com os avós, que, muitas vezes, se verifica na política ou em outras áreas da existência: o modelo dos avós é julgado como criticável e culturalmente distante, mas nítido e coerente. Enquanto o comportamento dos pais e das mães é incerto, desfocado, intermitente. Em uma palavra, decepcionante no plano do testemunho.

“Nós levamos a bom termo aquilo que foi semeado no passado”, diz um jovem não crente. A ruptura da tradição é uma herança, não uma elaboração original. “A minha geração não é incrédula, mas sim irritada por causa do senso de abandono profundo e visceral”, responde outro millennial.

E a síntese chega de uma jovem da sua idade: a religião é mistério e confiança, e nós não podemos nos permitir nem o mistério nem a confiança. Nada de geração superficial, acostumada a surfar na onda do digital. Nada de desorientação ética. É proibido confundir a fuga de Deus com a perda de uma demanda espiritual.

A busca de sentido e do “além da imanência” ocorre através de modalidades e rituais diversos. A oração, por exemplo. A pesquisa de Garelli nos mostra que, se é verdade que 30% dos jovens não rezam nunca, a pulsão ao Pai Eterno também pode mover uma parte dos jovens não crentes, que, talvez, renunciam ao Pater Noster, mas não ao silêncio, à meditação, à leitura da Bíblia ou ao atravessamento dos meandros desconhecidos da própria interioridade. E o modo de rezar também muda entre os católicos mais convictos.

Entre crentes e não crentes, podem existir zonas de contiguidade impensáveis há algumas décadas. E essa é outra figura original dos millennials, que derrubam muros e perímetros do passado, substituídos por fluxos contínuos entre um campo e outro.

“É uma geração pós-ideológica”, diz Garelli. “Esses jovens se livraram dos pesos da história. E se abrem às razões dos outros, embora não as compartilhem”. O anticlericalismo à moda antiga parece ser uma moda decaída; os profissionais do ateísmo, figuras militantes ultrapassadas e um pouco indigestas.

“Embora bem convencidos de não terem um céu acima deles, muitos jovens não crentes consideram legítimo crer em Deus, mesmo na sociedade contemporânea, negando, portanto, a ideia de que a modernidade avançada é o túmulo da religião. E, vice-versa, muitos crentes estão conscientes de como é difícil professar uma fé religiosa nas atuais condições de vida.”

O que leva um jovem a se afastar de Deus? O agnosticismo se aninha, especialmente, entre os filhos dos separados, “entre aqueles que viveram a ruptura dos laços familiares ou a perda da certeza afetiva”, explica Garelli.

O que racha a fé podem ser as fraturas existenciais, como a perda do trabalho ou uma condição precária. Mas também a estranheza em relação a uma Igreja percebida como hierarquia pomposa e injusta, reino do privilégio e da riqueza, e não dos últimos. E isso apesar da revolução de Francisco, o papa das periferias e dos simples.

Ou, melhor, um fato que surpreende é que há bolsões de resistência em relação a uma figura como Bergoglio, mas que é criticado não tanto pelos ateus, mas sim por uma pequena parte da minoria dos crentes convictos. E é assim que o papa argentino parece estar mais à frente de algumas áreas da sociedade italiana que o criticam por “privilegiar o social em comparação com o sagrado”, por “colocar crentes e não crentes no mesmo plano” e por “encorajar uma presença estrangeira cada vez mais pesada”. Contradições internas àqueles que se professam católicos praticantes.

O Deus dos millennials não está muito bem, mas a Itália ainda é o país onde “até mesmo os ateus são católicos”, casam-se na igreja e preferem o funeral religioso. O núcleo duro dos jovens italianos não crentes (28%) ainda é pequeno em comparação com países como Suécia, Alemanha, Holanda, Bélgica e França, onde “o vento da morte de Deus já sopra com força”, chegando, entre os mais jovens, a percentuais ao redor dos 50/65% (enquanto nos fervorosos Estados Unidos os céticos não chegam a 18%).

O que chama a atenção na Itália é o ritmo de crescimento dos agnósticos (não chegavam a 10% na virada do século), talvez favorecido pelo clima cultural em mudança. Hoje, os jovens italianos se sentem mais livres para negar a Deus, advertindo “que desapareceu o estigma que, antes, tocava incrédulos e descrentes”.

Além disso, a religiosidade, entretanto, continua nos bastidores, “embora seja um pano de fundo cada vez mais distante do palco da vida”.

Neste momento, substancialmente, não se registram sobressaltos. Esperemos para ver como serão os próximos capítulos.

A reportagem é de Simonetta Fiori, publicada no jornal La Repubblica

livros

Se a 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil revelou que o brasileiro é um povo que lê majoritariamente a Bíblia, agora um estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para a Câmera Brasileira do Livro (CBL) e para o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) referente aos números do setor editorial brasileiro no ano de 2015 comprova que o momento é mesmo dos títulos ligados às religiões.

Em um ano de retração para o mercado, a participação do nicho religioso no total de exemplares produzidos no país saltou de 16,24% (2014) para 19,62%, sendo a segunda categoria com mais livros fabricados por aqui, atrás apenas dos didáticos, que correspondem a 49,1% do que foi produzido em 2015.

E se a participação dos religiosos cresceu, a literatura, por sua vez, perdeu espaço. 7,08% dos livros produzidos no país em 2015 foram de Literatura Adulta (contra 9,67% em 2014, uma retração que representa mais de 15 milhões de exemplares), 2,58% foram de Literatura Infantil (contra 7,43% em 2014, o que significa quase 25 milhões de unidades a menos) e 2,52% de Literatura Juvenil (que em 2014 representava 4,01%). Essa redução abissal nos infantis e juvenis está diretamente ligada à estagnação do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), do Governo Federal, que havia adquirido 19 milhões de exemplares em 2014, mas que em 2015 não comprou uma unidade sequer.

Tudo isso está dentro de um cenário global de encolhimento nos números. No ano passado, o setor produziu 446,84 milhões de exemplares, vendeu 389,27 milhões e faturou R$5,23 bilhões. Comparado a 2014, os dados representem uma queda real (já considerando a variação do IPCA) de 12,63%, enquanto o número de livros fabricados caiu 10,87% (redução de 54,6 milhões de unidades) e o de comercializados, 10,65%.

Com as vendas voltadas para o governo, as editoras faturaram R$1,22 bilhão ao longo de 2015 (cifras 0,86% menores do que em 2014). No entanto, o número de títulos adquiridos por órgãos públicos foi bem menor: 134,59 milhões (14,98% a menos do que no período anterior). Além do PNBE, o programa Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) também não realizou compras no ano passado.

A pesquisa Fipe ainda indica que foram editados 52,42 mil títulos em 2015, dos quais 17.282 mil são novos (em 2014 tinham sido 19.285 novos). Levando em conta o total de exemplares produzidos no país, a tiragem média de cada obra ficou em 8,52 mil exemplares – em 2014 havia sido 8,24 mil. O total de títulos teve queda de 13,81%. Levando em conta apenas os novos, o recuo foi de 10,39%.

Fonte: UOL

2014 Pastoral Visit of Pope Francis to Korea Closing Mass for Asian Youth Day  August 17, 2014  Haemi Castle, Seosan-si, Chungcheongnam-do  Ministry of Culture, Sports and Tourism Korean Culture and Information Service Korea.net (www.korea.net)  Official Photographer : Jeon Han This official Republic of Korea photograph is being made available only for publication by news organizations and/or for personal printing by the subject(s) of the photograph. The photograph may not be manipulated in any way. Also, it may not be used in any type of commercial, advertisement, product or promotion that in any way suggests approval or endorsement from the government of the Republic of Korea. If you require a photograph without a watermark, please contact us via Flickr e-mail. --------------------------------------------------------------- 교황 프란치스코 방한 제6회 아시아 청년대회 폐막미사 2014-08-17 충청남도 서산시 해미읍성 문화체육관광부 해외문화홍보원 코리아넷  전한

Uma pesquisa publicada pela associação de mercados e sondagens WIN/Gallup International concluiu que a Espanha é o sétimo país do mundo com melhor opinião sobre o Papa Francisco, com 80% de avaliações favoráveis, acima da média mundial (54%). Na frente ficam países como Portugal (94%), Filipinas (93%), Argentina (89%),Colômbia (84%) e Líbano (80%).

A sondagem, que recolheu as opiniões de 63.272 pessoas de 64 países dos cinco continentes, revelou que mais de cinco de cada 10 habitantes do mundo (54%), independentemente de sua religião, têm uma visão positiva do Papa Francisco, frente a 12% que o avaliam de forma desfavorável e 34% que preferem não opinar.

Atendendo às diferentes religiões, as avaliações positivas sobre o Pontífice crescem entre os católicos, atingindo 85%. Também 65% dos judeus dizem ter uma opinião favorável, frente a 33% dos budistas e 28% dos muçulmanos. Isto não quer dizer que a maioria dos crentes destas duas confissões faça uma avaliação desfavorável de Francisco, mas que em sua maior parte (57% e 55%, respectivamente) não o conhecem, segundo o estudo.

Ambiente favorável na América Latina

Por continentes, as melhores avaliações do Pontífice encontram-se na América Latina (77% das opiniões favoráveis), seguida pela América do Norte (63%) e pela União Europeia (62%). No norte da África e no oeste da Ásia, prevalecem as respostas ‘não sabe/não responde’.

Concretamente, os países que encabeçam o ranking dos que têm uma melhor imagem do Papa são Portugal, Filipinas e Argentina, com mais de 85 pontos – resultado do cálculo da diferença entre as opiniões favoráveis e as desfavoráveis. Enquanto isso, apenas três países registram mais avaliações negativas que positivas: Tunísia (25% de desfavoráveis frente a 15% de favoráveis), Turquia (26 frente a 13) e a Argélia (28 frente a 9).

Dos dados também se desprende que a imagem do Papa é melhor quanto maior é a idade dos entrevistados e seu nível educativo. Assim, 62% dos maiores de 55 anos fazem uma avaliação positiva de Francisco frente a 48% dos menores de 35 anos. Além disso, aqueles que completaram a educação superior são mais favoráveis ao Pontífice (63%) do que aqueles que receberam educação básica ou nenhuma (42%).

Em comparação com outros líderes mundiais, o Papa, com 41 pontos, situa-se na frente do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (30), da chanceler alemã Angela Merkel (13), do primeiro-ministro britânico, David Cameron(10), do presidente francês François Hollande (6) ou do presidente russo, Vladimir Putin (-10).

Jornal espanhol ABC

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O Papa Francisco acompanhou Sexta-Feira Santa a cerimônia da Via-Crucis no Coliseu de Roma. Na quinta-feira (24), o Papa escolheu um grupo de 12 refugiados, de várias religiões, para participar do ritual do lava-pés.

O Papa Francisco quis sair do Vaticano para celebrar do Vaticano para celebrar a cerimônia do Lava-Pés. Em uma cidade a 30 quilômetros de Roma, o pontífice rezou a missa em um centro de acolhimento para 900 refugiados, em um gesto de misericórdia, respeito e integração.

O Papa se curvou para lavar e beijar os pés de 12 imigrantes do norte da África, do Oriente Médio e da Ásia. O grupo, que representa os 12 apóstolos, foi formado por oito cristãos, três muçulmanos e um hindu. No sermão, Francisco fez uma referência aos terroristas de Bruxelas e disse que “tem gente que quer a guerra, mas nós aqui somos de culturas diferentes e queremos a paz”.

O Papa considera que a irmandade e o acolhimento são a melhor resposta a ser dada aos terroristas.

Duas pesquisas consagram o Papa Francisco como um fenômeno de popularidade.

Segundo o Instituto francês BVA, Francisco alcançou o maior índice de popularidade na América Latina desde o começo de seu pontificado. O estudo apontou que 77% das pessoas tem uma ideia positiva sobre ele. Na América do Norte, o índice é de 63%. Na Europa, índice é de 62%.

Já o Instituto Win/Gallup divulgou que o Papa é mais popular do que qualquer outro líder mundial. Em 64 países pesquisados, 54% das pessoas têm uma imagem positiva dele.

A aprovação de Francisco por não-católicos chama a atenção. Ele é bem visto por 65% de judeus, por 53% de protestantes e por 51% de ateus e agnósticos.

Fonte

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As pessoas religiosas são mais felizes. Ao mesmo tempo, vivem mais ansiosas. Essas são as principais conclusões do estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística(ONS) do Reino Unido. A pesquisa sobre felicidade questionou as pessoas sobre vários aspectos, incluindo a religião.

As conclusões vieram do material divulgado pelo programa que mede anualmente a satisfação emocional dos britânicos. Este é o quinto ano em que uma pesquisa ampla pede que os cidadãos avaliem suas vidas em uma escala de 0 a 10.

Os “sem fé” possuem níveis mais baixos de felicidade, satisfação de vida e autoestima que os religiosos, mas apresentam níveis mais baixos de ansiedade que os demais.

De acordo com os números, a média da pontuação foi 7,53 (de 10) para “satisfação com a vida” e 7,38 para a “felicidade”. No entanto, os sem religião tiveram média 7,22 no quesito “felicidade”.

Entre os religiosos, a questão satisfação com a vida apontou os cristãos marcar a média maior (7,47), seguidos por judeus (7,37) e logo atrás vieram os muçulmanos (7,33).

Questionados se acreditam que sua vida é “interessante”, os judeus tiveram desempenho superior, seguido de perto pelos cristãos.

Em contraste, quando perguntados sobre os níveis de ansiedade, os religiosos tiveram os índices bem mais altos. Os mais “ansiosos” são os judeus (3.,15) e os sem religião tem 2.9.

Os números mostram uma “correlação positiva” entre a religião e contentamento, conclui Nick Spencer, diretor de Centro Theos. Mas ele acrescenta: “Isso comprova uma tendência no pensamento geral ao longo dos últimos 10, 15 anos que a religião, depois de ser minimizada no século 20, ainda é um aspecto básico da natureza humana, com benefícios claros.”

Fonte Telegraph, via G Prime.

misericordia

O povo da Igreja está alinhado com o Papa Francisco. “Havia uma necessidade enorme do Jubileu da Misericórdia.” Mas a verdadeira descoberta é o sentimento com o imprinting de Bergoglio: os católicos praticantes estão de acordo com Bergoglio em praticamente tudo, até mesmo sobre o perdão para os pecados mais graves, como o do aborto.

Esses são o resultado da primeira pesquisa sobre o Jubileu da SWG, elaborada especificamente para o jornal L’Unità. Uma amostra padrão: 1.000 cidadãos italianos entrevistados (seja por telefone ou pela internet). Idade média: dos 18 anos para cima, relativa, portanto, à estrutura sociodemográfica do país.

E eis os resultados da pesquisa focada no “coração” da filosofia jubilar desejada pelo pontífice: misericórdia. “A Igreja e as suas hierarquias devem ser mais acolhedoras e modernas”, dizem 48% dos entrevistados católicos, e 67% dos não crentes pensam do mesmo modo.

As dioceses não devem, portanto, continuar se fechando no dogmatismo absoluto, mas devem ser mais atentas e próximas das pessoas. Em suma, agir como se se estivesse em um “hospital de campanha” para curar as feridas “da humanidade”: de acordo com 38% dos católicos, “a hierarquia ainda é pouco disponível em relação à Igreja de marca Francisco”.

Cerca de 48% dos católicos praticantes responderam assim à pergunta sobre a “misericórdia esquecida também pela Igreja”: tanto os 64% – média nacional da amostra estatística – quanto os 48% dos católicos praticantes acreditam que, nos últimos 30 anos, “a Igreja Católica manteve pouco ou em nada” a misericórdia no centro da sua ação.

Certamente, sobre essa resposta também devem ter pesado os recentes escândalos: da cobertura do alto purpurado até o escândalo Vatileaks. Para todos os entrevistados (católicos ou não), a Igreja da misericórdia é mais aberta em relação à modernidade.

Quanto à pergunta “No ano jubilar serão perdoados aos penitentes até mesmo os pecados mais graves, incluindo o aborto. Você concorda muito, pouco ou em nada com essa escolha”, 56% da média nacional da amostra se disseram muito de acordo; enquanto 66% foram justamente os católicos praticantes que se consideraram bastante satisfeitos com essa escolha jubilar.

Talvez não é um acaso que justamente no dia seguinte à abertura da Porta Santa de São Pedro, o Papa Bergoglio tenha proferido uma “lição” sobre o significado do Jubileu da Misericórdia, durante a primeira Audiência Geral do Ano Santo.

E ele fez isso com uma espécie de catequese na praça, diante de cerca de nove mil pessoas entre peregrinos e fiéis. “Eu gostaria de refletir com vocês – disse o pontífice – sobre o significado do Jubileu da Misericórdia. A Igreja precisa deste momento extraordinário. Eu não digo que ela o quer – enfatizou Bergoglio –, digo que ela precisa.”

E explicou todos os pontos essenciais das interrogações de muitos, crentes ou não. “Vivemos em uma época de grandes mudanças” e “a Igreja é chamada a oferecer a sua contribuição peculiar. Especialmente nestes tempos em que o perdão é um hóspede raro nos âmbitos da vida humana – observou o Papa Francisco – o chamado da misericórdia se torna mais urgente em todos os lugares: na sociedade, nas instituições, nos locais de trabalho e também na família. Certamente, alguns poderiam objetar: mas há problemas mais urgentes, e a Igreja não deveria fazer algo mais? Certamente – explicou Francisco – é tudo verdade. Há muito a se fazer, e eu, por primeiro, não me canso de lembrar isso. Mas é preciso levar em conta que, na raiz do esquecimento da misericórdia, sempre há o amor próprio, a busca exclusiva dos próprios interesses, de prazeres e de honras unidas ao querer acumular riqueza. Enquanto a vida dos cristãos se disfarça muitas vezes de hipocrisia e mundanidade. Todas essas coisas – concluiu o papa – são contrárias à misericórdia no mundo.”

Para aqueles que são católicos praticantes, o futuro é justamente a Igreja da misericórdia. Cerca de 78% dos católicos entrevistados considera isso importante, em comparação com os 67% da média nacional. O sentimento com o papa também transparece nas respostas da pergunta número 5: “Uma Igreja fundada sobre o perdão e a ternura para com os outros. Quanto você considera essa visão aderente à sua ideia da Igreja Católica?”.

Eis as respostas: bastante aderente em relação às próprias ideias para 77% dos católicos, 67% para todos os outros. Ou seja, a Igreja de Francisco está realmente perto dos sentimentos das pessoas.

E a misericórdia, de acordo com os italianos, é precisamente um título que se encaixa perfeitamente para o Jubileu. Uma Igreja que se ancora nos valores tradicionais, mais aberta e compreensiva em relação à modernidade.

M. Iervasi, publicada no jornal L’Unità

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Na esteira da visita do Papa Francisco aos Estados Unidos, uma nova pesquisa do Centro de Pesquisas Pew (Pew Research Center), publicada no dia 19-11-2015, diz que o papa gerou uma boa vontade para com a Igreja Católica de Roma entre as pessoas ao longo de todo o espectro político. Os progressistas e moderados, juntamente com os democratas, estão especialmente propensos a dizer que Francisco ajudou-lhes a ter uma visão mais positiva sobre a Igreja Católica.

Ao mesmo tempo, o índice de favorabilidade do papa permanece próximo de onde se encontrava no começo de 2015. E a maioria dos americanos dizem que o que pensam da Igreja Católica não mudou por causa do Papa Francisco.

PF_15.10.05_PostPapal_310px 11 O gráfico mostra que o efeito do Papa Francisco nas opiniões sobre a Igreja Católica é mais positivo do que negativo.

No geral, 28% dos católicos adultos americanos dizem ter uma visão mais positiva da Igreja Católica por causa do Papa Francisco. Um número bem menor – somente 6% – diz ter uma visão mais negativa da Igreja por causa de Francisco. Quase seis em dez americanos (58%) dizem que a sua opinião sobre a Igreja não mudou muito.

Tanto os católicos como os não católicos estão mais propensos a dizer que Francisco teve um impacto positivo, em vez de negativo, em suas opiniões a respeito da Igreja: o mesmo é verdadeiro dos americanos nos dois principais partidos políticos e em todo o espectro ideológico.

Porém, opiniões melhoradas sobre a Igreja Católica ficam especialmente claras entre os autoidentificados progressistas e moderados bem como entre os democratas. Quase quatro em cada dez progressistas (39%), por exemplo, dizem ter uma visão mais positiva da Igreja Católica por causa do Papa Francisco, superando de longe os 4% que dizem ter uma visão mais negativa da Igreja por uma margem de 10 a 1.

E entre os moderados, 31% dizem que a opinião deles sobre a Igreja melhorou por causa do Papa Francisco, enquanto que 5% dizem que a sua opinião sobre a Igreja se tornou mais negativa, uma proporção de 6 por 1. Entre os conservadores, por outro lado, a proporção daqueles com uma opinião mais positiva da Igreja (22%) com aqueles com uma visão mais negativa (10%) está mais próxima: 2 por 1.

Uma divisão parecida é vista entre os democratas e republicanos. Enquanto 27% dos republicanos dizem que Francisco teve um impacto positivo na visão deles sobre a Igreja Católica e somente 10% dizem ter uma visão mais negativa (uma proporção de quase 3 por 1), a proporção de sentimentos negativos para sentimentos positivos é ainda mais desigual entre os democratas. 35% dos democratas dizem ter uma visão mais positiva da Igreja Católica por causa do Papa Francisco, enquanto que somente 2% dizem que Francisco conduziu a opinião deles sobre a Igreja na outra direção – uma proporção de aproximadamente 17 por 1.

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As opiniões dos não católicos sobre o Papa Francisco são mais positivas após a sua visita aos EUA.

O índice de positividade do Papa Francisco agora encontra-se na casa dos 68%, um pouco acima em comparação ao mês de junho, quando 64% dos adultos americanos diziam ter uma visão favorável do papa, quase o equivalente aos 70% dos americanos que manifestaram uma visão positiva do pontífice em fevereiro de 2015. A melhora recente (entre junho e outubro) no índice de favorabilidade de Francisco concentra-se entre os não católicos.

Quase dois terços dos não católicos (65%) agora manifestam uma visão favorável do Papa Francisco, o que está a par com o mês de fevereiro (quando 64% dos não católicos manifestavam uma opinião favorável do papa na medida em que ele se aproximava da marca de dois anos de papado) e 7 pontos percentuais acima desde junho.

Oito em 10 dez católicos pesquisados (81%) agora dizem ter uma visão favorável do Papa Francisco. Em comparação, 86% dos católicos manifestaram uma visão favorável do Papa Francisco em junho, e 9 em cada 10 católicos (90%) manifestaram uma visão favorável do pontífice em fevereiro. O índice de favorabilidade do Papa Francisco entre os católicos dos EUA quase equivale, hoje, ao índice que os católicos deram ao Papa Bento XVI na sequência de sua visita ao país em abril de 2008.

Estes estão entre os achados centrais de uma nova pesquisa do Centro Pew, conduzida entre os dias 1 e 4 de outubro de 2015, via telefones fixos e celulares com uma amostragem nacional de 1 mil adultos. Ainda que a pesquisa forneça uma retrato inicial útil do impacto da visita de Francisco sobre as opiniões dos americanos a respeito do papa e da Igreja Católica, o seu tamanho limitado (ela incluiu entrevistas com apenas 218 católicos autoidentificados) e a sua duração (as entrevistas foram conduzidas no curso de quatro dias apenas) fazem ser difícil discernir claramente o “por que motivo” os católicos podem estar admirando um pouco menos o Papa Francisco agora do que o admiravam no começo do ano.

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Um número um pouco menor de católicos manifesta uma opinião favorável sobre o Papa Francisco.

Os dados sugerem, no entanto, que o declínio no índice de favorabilidade de Francisco entre os católicos deve-se, principalmente, às opiniões cambiantes dos católicos que estão indo à missa regularmente. Entre os 97 católicos entrevistados que dizem ir à missa pelo menos uma vez na semana, 84% têm uma visão favorável do Papa Francisco– abaixo em comparação com fevereiro, quando 95% dos católicos que vão regularmente à missa manifestaram uma visão favorável do pontífice. Os católicos praticantes não se tornaram significativamente mais favoráveis a manifestar opiniões “desfavoráveis” sobre o papa; em vez disso, eles estão agora mais propensos a dizer que não têm opinião.

Durante o mesmo período, não houve essencialmente nenhuma mudança de opinião sobre o papa na parcela dos católicos que vão menos de uma vez por semana à missa.

Os dados também mostram que, entre o público como um todo, incluindo os católicos e não católicos, Francisco é mais querido entre os democratas do que entre os republicanos ou independentes. As diferenças partidárias nas opiniões sobre o Papa Francisco eram menores em fevereiro deste ano. Os progressistas e democratas também veem o papa de maneira mais positiva do que os conservadores.

Respostas à pergunta “Qual a palavra que melhor descreve a sua impressão do Papa Francisco?”

Destaque para as palavras “Bom/boa pessoa” e “humilde”, com grande número de menções (60 e 38, respectivamente). Obs.: Somente as palavras que foram mencionadas por, no mínimo, quatro vezes foram codificadas como positivas, neutras ou negativas. As palavras mencionadas por menos de quatro participantes não estão incluídas nesta contagem.

Além de perguntar sobre as opiniões a respeito do Papa Francisco e o seu impacto nas impressões que as pessoas têm da Igreja Católica, a pesquisa pediu aos participantes que dissessem “qual a palavra” que melhor descreve a impressão que possuem do pontífice. Entre as mais mencionadas estão “bom”, “humilde”, “legal” e “compassivo”. Palavras positivas como estas foram mencionadas muito mais vezes do que palavras neutras ou negativas (como “religioso”, “progressista” ou “socialista”). Na verdade, das palavras que puderam ser codificadas como descrições positivas ou neutras/negativas sobre o papa, três quartos (76%) eram positivas, enquanto que 24% eram neutras ou negativas.

Tendências nos índices de favorabilidade papal

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Opiniões favoráveis do Papa, na relação entre Bento e Francisco.

A nova pesquisa, conduzida durante a semana após a visita do Papa Francisco aos Estados Unidos, dá a oportunidade de fazer comparações com a reação do público à visita do Papa Bento XVI ao país em 2008. Ao longo de seu papado, o Papa Francisco tem sido, em geral, visto de forma mais positiva pelos americanos do que foi o Papa Bento. E se comparados com as leituras feitas logo antes de eles visitarem, os dois papas receberam um “salto” em seus índices de favorabilidade imediatamente após as suas respectivas viagens ao país. Se comparado com uma pesquisa feita no mês passado, a parcela dos adultos americanos que manifestavam uma opinião favorável sobre o Papa Bento cresceu 9 pontos (52% para 61%) imediatamente após a sua visita em abril de 2008. As opiniões favoráveis sobre o Papa Francisco assinalaram 4 pontos em comparação com uma pesquisa conduzida em maio e junho de 2015.

O salto que recebeu o Papa Bento após a sua visita foi vista tanto entre os católicos como entre o público como um todo: 83% dos católicos manifestaram uma visão favorável do Papa Bento imediatamente após a sua visita, acima dos 74% do mês anterior. Por outro lado, não houve aumento algum na parcela dos católicos que manifestavam uma visão favorável a respeito do Papa Francisco na sequência de sua viagem.

E, embora no geral Francisco venha sendo mais positivamente considerado pelos católicos do que Bento, o atual índice de favorabilidade de Francisco entre os católicos está próximo do mesmo índice de Bento medido imediatamente após a sua visita aos EUA. Francisco é, no entanto, visto “muito favorável” por mais católicos do que Bento XVI, mesmo imediatamente após a sua visita de 2008; 62% dos católicos agora dizem ter uma visão “muito favorável” do Papa Francisco, juntamente com os 20% que têm uma visão “muitíssimo favorável”. Em abril de 2008, 49% dos católicos manifestavam uma visão “muito favorável” do Papa Bento, enquanto 34% manifestava uma visão “muitíssimo favorável”.

Visita papal acompanhada pela maioria dos católicos e por quase a metade dos não católicos

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Metade do público acompanhou a visita papal de perto, conforme mostra a tabela.

A metade dos adultos americanos diz que seguiram o noticiário em torno da visita papal “de perto” (22%) ou “muito de perto” (28%). Entre os católicos, cerca de 6 em cada 10 dizem ter seguido o noticiário sobre a visita papal aos EUA pelo menos de perto, incluindo 35% que seguiram a visita “muito de perto”. Um terço dos católicos diz ter acompanhado a visita “não muito de perto” (19%) ou “não acompanhou absolutamente nada” (14%).

Para colocar estes números em contexto, uma pesquisa conduzida em maio deste ano descobriu que dois terços dos adultos americanos (66%) diziam ter seguido “de perto” ou “muito de perto” o noticiário acerca da agitação emBaltimore que se seguiu à morte de Freddie Gray, e uma pesquisa conduzida em janeiro de 2015 descobriu que 43% dos adultos acompanharam “de perto” ou “muito de perto” o noticiário em torno do discurso sobre o Estado da União, do presidente Obama.

A visita papal deste ano foi acompanhada muito de perto por quase 6 em cada 10 pessoas morando na região Nordeste do país (57%), juntamente com quase a metade dos americanos vivendo no Centro-Oeste (52%) e no Sul (50%). Em comparação com o Nordeste, um número um tanto menor de residentes na região Leste (42%) diz ter seguido de perto a visita do Papa Francisco.

Fonte: IHU

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A quantidade de cristãos nos Estados Unidos está diminuindo, é isso que afirma uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center. Pelos resultados é possível afirmar que entre 2007 e 2014 pelo menos 5 milhões de adultos deixaram de ser cristãos.

O valor representa uma queda de 8% em relação ao número de pessoas que se declararam cristãs há sete anos, quando a mesma pesquisa foi realizada. Hoje os Estados Unidos teriam 71% de sua população que segue ao cristianismo.

O instituto fez uma extensa pesquisa para chegar a esses números e o diretor do estudo, Alan Cooperman, afirmou que até mesmo no chamado “Cinturão da Bíblia” – região sudeste dos Estados Unidos – foi possível notar a queda do número de cristãos.

Uma das possíveis explicações para esses números é a mudança de geração, quando a população não-cristã chegou à fase adulta e passou a substituir os adultos mais velhos e mais cristãos. Outra possibilidade apresentada é a quantidade de ex-cristãos, pessoas que chegaram a exercer a fé e hoje desistiram dela se juntando aos “sem religião”.

Mas nenhuma dessas afirmações está no relatório do Pew Research Center que ouviu 35 mil adultos e oferece um panorama abrangente a respeito da religião nos Estados Unidos.

Enquanto o número de cristãos despenca, o de ateus e agnósticos representa 7% dos adultos no país, o que seria o dobro do número da pesquisa de 2007.

Religiões não-cristãs como judaísmo, o islamismo e o hinduísmo tiveram um crescimento, mas em menor escala, subindo de 4,7% para 5,9% nos últimos sete anos. 

Fonte: O Globo

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É comum a gente ouvir as pessoas falarem pelo canto da boca ao deparar com uma sapequice infantil “a culpa é da mãe que não sabe educar!”. Ainda hoje, depositamos toda a responsabilidade e confiança da personalidade pelo amor da figura materna, mas uma pesquisa recente feita pela Universidade de Connecticut (EUA) estudou o poder de rejeição – e ele é muito poderoso – e como isto é recebido pela criança.

Segundo o estudo, ser amado ou rejeitado pelos pais afeta a personalidade e o desenvolvimento das crianças até a fase adulta. As crianças rejeitadas sentem como se tivessem sido socadas no estômago a todo momento. Isto de acordo com pesquisas nos campos da psicologia e neurociência, que revelam que as mesmas partes do cérebro ativadas quando as pessoas se sentem rejeitadas são ativadas quando sentimos dor física.

Os pesquisadores afirmam que as crianças rejeitadas sentem mais ansiedade e insegurança, e são mais propensas a serem hostis e agressivas. E, pior, sentem mais dificuldade em formar relações seguras e de confiança com outras pessoas, pois têm medo de passar pela mesma situação novamente.

E agora, a parte mais inovadora do estudo, que vai deixar as pessoas e seus comentários de boca torta de queixo caído: o novo estudo sugere que a figura paterna na infância pode ser mais importante para a criança do que a materna! Isso porque as crianças geralmente sentem mais a rejeição se ela vier do pai. Para os pesquisadores, uma explicação pertinente é que o papel masculino ainda é supervalorizado e pode vir  acompanhado de mais prestígio e poder. Por causa disso, pode ser que uma rejeição por parte do pai tenha um impacto maior na vida da criança. Bingo! Sem desculpas para colocar a culpa na mãe – e mais exigências ao pai de participar da vida dos filhos!

Por Ana Lis Soares, filha do Marco Túlio e da Arlete

Revista Pais e Filhos.