Das 7.100 línguas faladas sobre a Terra, mais de 3.700 não têm nenhuma tradução das Escrituras. Para ser preciso “a Bíblia inteira foi traduzida para 700 línguas, pouco mais de 1.500 possuem o Novo Testamento e outras 1.100 apenas algumas partes, dos Salmos aos Evangelhos”.

Trabalho não falta, considerando que “para uma tradução é preciso muito tempo”, explica o professor Schweitzer ao Corriere: “Se tudo correr bem, para o Novo Testamento são necessários entre três e quatro anos e para toda a Bíblia sete e oito”.

Não importa por quantas pessoas um idioma seja falado. No ano passado, as Sociedades Bíblicas (“trabalhamos com todas as denominações cristãs”) contribuíram para traduzir os textos sagrados em 66 línguas faladas por 440 milhões de pessoas. Entre as traduções da Bíblia, havia línguas como Rote (falada na Indonésia por 30 mil pessoas), Malto (Índia, 51 mil), Kalanga (Botsuana, 142 mil) ou Lusamia-Lugwe (650 mil em Uganda e Quênia).

Entre as versões do Novo Testamento aquelas em língua Lemi (Mianmar, 12.000 falantes) e Blin (Eritreia, 112.000).

A questão das línguas indígenas também está sendo abordada no Sínodo da Amazônia.  A tradução da Bíblia pode proteger idiomas em extinção? “Pode ser um efeito, mas esse não é o objetivo principal”, explica o teólogo. “Para nós, o essencial é que seja a comunidade cristã local a querer uma tradução e esteja envolvida no trabalho. Nosso trabalho é realizado com igrejas locais, são formados tradutores na língua materna “.  Além disso, “a tarefa de construir uma ponte entre o hebraico ou o grego antigos e as línguas mais remotas do presente – eventualmente não há equivalentes para ‘redenção’ ou ‘perdão’- é um trabalho imenso, com grupos de tradutores, e nunca termina”, considera Schweitzer: “Línguas e culturas evoluem. Trata-se também de retraduzir: uma versão litúrgica antiga não pode ser proposta para os jovens de hoje”.

 Fonte : Corriere della Sera, 11-10-2019.

Em seu livro My Body Doesn’t Belong to You, Marianne Durano, professora de filosofia e mãe de dois filhos, denuncia a violência tecnológica e médica sofrida pelas mulheres de nossa época.

Ela discute tópicos importantes, como práticas ginecológicas abusivas, pílula contraceptiva, gravidez vista como uma doença, locais de trabalho inadequados, tecnologia reprodutiva assistida e barriga de aluguel.

Mas este livro não é apenas um inventário de todas as intervenções tecnológicas atuais que alienam uma mulher de seu corpo. Por meio de seu testemunho pessoal como mulher e mãe, Marianne Durano propõe maneiras de ajudar as mulheres a recuperar seus corpos, nos contextos pessoal, social e político. Essas propostas, fundamentadas em um pensamento filosófico sólido, são a verdadeira força do livro.

Como podemos valorizar o corpo feminino em uma sociedade que busca negar suas características específicas? A resposta de Marianne Durano é simples: deixando de ver uma mulher como um homem mais fraco. No último capítulo de seu livro, a autora explica como nossa sociedade foi influenciada por uma filosofia que, de Aristóteles a Simone de Beauvoir, mostra desprezo pelo corpo feminino ou simplesmente o ignora.

Em resposta a essa rejeição histórica, Durano propõe o corpo feminino, com todas as suas características particulares, como sujeito próprio da reflexão filosófica. Isso requer o reconhecimento de que o corpo de uma mulher é diferente do de um homem, porque pode acolher a vida. O potencial para a maternidade não é insignificante. O corpo feminino deve ser considerado um corpo materno, um lugar de onde brota a vida.

Para Durano, a maternidade é uma característica fundamental do corpo feminino. Ela denuncia a ideia hierárquica de que a masculinidade tem precedência e que as mulheres devem negar sua feminilidade para se parecerem mais com os homens, alcançando assim a igualdade utópica. Reconhecer e valorizar a incrível capacidade de uma mulher de acolher a vida é essencial para ajudar as mulheres a abraçar sua feminilidade.

Autoconhecimento e autoaceitação

Como podemos impedir que nosso corpo seja apropriado por laboratórios farmacêuticos e um sistema médico invasivo? Aprendendo a conhecer a nós mesmas e a ouvir nossos corpos sem sufocá-los com hormônios. Para conseguir isso, Marianne Durano pede melhores informações sobre métodos naturais de controle de natalidade, que dependem do conhecimento da mulher sobre seus ciclos.

Muitas vezes apresentados como ineficazes e obsoletos, esses métodos são de fato muito confiáveis ​​se forem bem compreendidos e praticados. Muitas organizações oferecem cursos sobre esses métodos, e vários aplicativos permitem que as mulheres acompanhem seus ciclos e anotem suas observações diárias. Aprender a conhecer e respeitar o seu corpo é uma ótima maneira de cuidar da sua fertilidade.

Estações

Compreender seu ciclo pode permitir que uma mulher reconheça como seu corpo experimenta as quatro estações do mês: inverno, fase da morte e renascimento, coincide com a menstruação; primavera, quando o corpo se prepara para a ovulação; verão, fase de plenitude que se segue à ovulação; e outono, pouco antes da próxima menstruação.

Uma mulher não segue a mesma trajetória linear que um homem em sua relação com o tempo. Seu corpo diverge naturalmente das demandas do local de trabalho atualmente definido para ser igualmente produtivo todos os dias do mês.

Para ajudar as mulheres a se orgulharem de sua feminilidade, a sociedade deve respeitar sua natureza. Segundo Marianne Durano, é necessário considerar a relação de uma mulher com o tempo como distinta da de um homem. Todo mês, ela vive uma morte e renascimento, sinais de sua fertilidade e potencial maternidade.

Gravidez

Marianne Durano também denuncia a maneira pela qual nossa sociedade vê a gravidez como uma patologia, o que pode deixar as mulheres grávidas assoladas por incertezas e angústias, às vezes até mesmo em isolamento. Como podemos evitar essa visão profundamente tendenciosa da gravidez?

Uma maneira de combater essa mentalidade é incentivar associações que apoiam mulheres grávidas. Outra é apoiar os ginecologistas que capacitam as mulheres – que não consideram a gravidez uma doença.

É importante que toda mulher grávida seja bem apoiada, inclusive após o parto. Durano destaca a importância da “quarentena” pós-parto – um período de 40 dias após o parto, durante o qual a mãe se recupera do esforço da gravidez e do parto. A importância dessas poucas semanas não deve ser negligenciada. A família e os amigos devem cercar a nova mãe com amor para ajudá-la a cuidar de si mesma e do recém-nascido.

A mudança começa em cada um de nós

Para que essas mudanças se enraízem, elas devem ser adotadas pela sociedade. Marianne Durano defende uma reorganização da sociedade a partir do lar, não das finanças. De fato, o significado original da palavra grega “oikos”, da qual derivamos “economia”, é “lar comum”. Um retorno ao lar implicaria uma apreciação renovada pelas profissões de ajuda e pela educação. Essas profissões, frequentemente ocupadas por mulheres, são frequentemente desvalorizadas.

Temos que esperar por mudanças sociais e políticas para viver plenamente nossa feminilidade? Para Marianne Durano, que define o corpo feminino como um lugar de liberdade por excelência, a mudança começa em casa, na autogovernança.

Todo atividade doméstica, como cozinhar, cuidar da casa, cuidar dos filhos, deve ser vivida como meio de reforçar a verdadeira feminilidade. Nesse sentido, as mulheres têm um papel essencial a desempenhar na formação do futuro, especificamente na manutenção do respeito à vida e na transmissão de valores às gerações mais jovens. Devemos arregaçar as mangas e abraçar nosso gênio feminino!

Autor: Maëlys Delvolvé -Aleteia

No início de 2020, a “VatiVision” vai estrear como uma plataforma de streaming com conteúdos religiosos, artísticos e culturais inspirados em mensagens cristãs. A novidade ficará disponível na Itália e ao redor do mundo e poderá ser vista pela internet.

Através de dispositivos diferentes como smarthphone e web, a Netflix do Vaticano chega com uma proposta para  “transmitir séries de TV, filmes e documentários destinados ao público global que reconhece ou tem interesse nos valores cristãos”.

“Nos voltamos para metas que foram negligenciadas até o momento e pretendemos alcançar resultados importantes, tanto pela qualidade e originalidade do conteúdo quanto pela distribuição mundial, com um público potencial de um bilhão e 300 milhões de pessoas de fé católica”, explicou Luca Tomassini, presidente da plataforma representante da Vetrya.

Fonte: Meia hora de notícias

Atenção, o artigo está escrito em português de Portugal. Alguns termos são Lusitanos.

Quando vem ao mundo o primeiro filho, o amor espontâneo dos pais encontra-se saturado da procura de si mesmo. O primeiro filho é objeto de orgulho, porque ter dado ao mundo um homem é uma obra prodigiosa. Todos os sinais de personalidade humana que sucessivamente vão surgindo, à medida que o filho se desenvolve, são, para os pais, motivo de assombro, de alegria, de novo orgulho.

Isso é natural e continua grandemente saturado de egocentrismo.

Mas à medida que o filho cresce, à medida que os filhos se multiplicam, o amor dos pais deve alargar-se e depurar-se, porque a perfeição do amor paternal cifra-se num amor que, em todos os pormenores, só procura o bem do filho.

E, para começar, os pais devem organizar de algum modo a sua própria retirada, ensinando os seus filhos a viver sem eles.

Baseando-se o amor paterno no vínculo que une os filhos aos pais, estes consideram espontaneamente os filhos como alguma coisa de si próprios, e a tendência natural que se enxerta neste sentimento é a de desejar que os filhos dependam deles e da sua vontade, pouco mais ou menos como se fossem seus membros. Não nos podemos, pois, admirar de uma certa inclinação para a tirania, e de uma tendência – que ainda os melhores pais podem manifestar – de querer que os filhos não possam ter um pensamento, fazer um gesto, tomar uma decisão sem que eles lhos ditem.

É por isso que os pais, ainda os melhores, devem estar de sobreaviso em relação a si mesmos. Somos todos mais ou menos carnais: e o amor carnal absorve em vez de dar, porque não tende para o bem do amado, mas do amante. Procura a dependência do amado, procura cercá-lo por todos os lados, tece os laços de maneira que o amado só o possa ter a ele, na sua vida, só pense nele, só se ocupe dele, atue apenas por sua inspiração.

Mas a arte da educação consiste, primeiramente, em ensinar o filho a conduzir-se por si mesmo. O educador deve, portanto, formar o filho no uso progressivo da liberdade, favorecer nele o desenvolvimento da iniciativa e da decisão.

Desenvolvimento progressivo, evidentemente. O filho nasce inteiramente dependente; compete aos seus educadores libertá-lo pouco a pouco. Mas é preciso que os educadores tenham um raro domínio de si próprios para ministrar a liberdade aos que deles dependem.

Em cada família se reproduz, – ou tende a reproduzir-se em pequena escala – ” o que se passa com os Estados: os governantes começará por recusar aos súditos a liberdade, sob pretexto de que farão mau uso dela, e uma vez que fizeram tudo para que os seus súditos não pudessem aprender a servir-se dela, veem-se, não obstante, obrigados a conceder-lhe, mostrando-se triunfantes ao verificar que, com efeito, o povo faz mau uso da liberdade.

Do mesmo modo, há muitos pais que, sob o pretexto de proteger os filhos contra os perigos, lhes negam toda a oportunidade de experiências progressivas que os formem no sentido da responsabilidade: desde os três ou quatro anos, com efeito, a criança pode decidir em certas coisas – ainda que seja num jogo -, e é necessário habituá-la a fazê-lo.

É igualmente necessário que a criança possa e deva decidir-se em questões indiferentes, nas quais nenhum princípio está em jogo, porque impor-lhe nestes assuntos a vontade dos pais é impor-lhe o seu capricho. E a arbitrariedade sem justificação deforma, quer abafando as veleidades de independência que deveriam desenvolver-se para que pudessem gerar um sentido da responsabilidade e de dignidade ou respeito de si próprio, quer levando este começo de personalidade à revolta. Muitas vezes, as crianças que foram reprimidas na sua juventude acabam por cometer excessos ou erros no dia em que, de boa ou de má vontade, é preciso confiar-lhes o cuidado de si próprio; e muitas vezes também, os pais veem nisso a justificação do seu método de educação, quando, pelo contrário, é precisamente isso o que o torna condenável.

A este respeito, os novos métodos de educação, mais favoráveis ao desenvolvimento da espontaneidade, representam um progresso provavelmente importante sob o ponto de vista geral do desenvolvimento do gênero humano. Não impor à criança uma perfeição irreal que nenhum adulto pratica, não lhe impor que se cale ou que esteja quieta, sempre que nada o exige, a não ser o capricho ou a tranquilidade dos pais – tudo isso coloca a criança num ambiente de vida sã.

Para favorecer a aprendizagem da personalidade, devem, pois, os pais, em primeiro lugar, deixar que a criança corra as aventuras da vida, dentro dos limites que convém à sua idade – que corra as aventuras da vida e sofra as consequências dos seus atos… Correr as aventuras da vida é, para o bebé, explorar o parque infantil a que o levaram; sofrer as consequências dos seus atos, é ter de apanhar o brinquedo que deixou cair, ou fazê-lo perder momentaneamente aquele que deitou fora. As aventuras da vida podem estar limitadas, aos sete anos, pelos muros de um jardim; aos dez, pelos limites do bairro; aos quinze, pelo raio de alcance da bicicleta. Os pais devem mesmo, por vezes, levar o filho a fazer experiências; se é tímido ou de natureza linfática, introduzi-lo, por exemplo, num grupo de rapazes em que possa acamaradar. De uma maneira geral, devem, por outro lado, cuidar de que tenha companheiros da sua idade e intervir discretamente, sem que o filho o note, para o pôr em contato com os bons companheiros ou para o afastar dos maus.

Mas tudo isto exige um amor muito puro, sem egoísmo. Tanto mais que o mundo da criança tem dimensões diferentes do mundo das pessoas crescidas. Os gostos da criança, os seus entusiasmos, a sua escala de valores, são diferentes. É mais espontânea e mais viva, menos susceptível e mais irritável; os seus sentimentos facilmente despertam e facilmente se perdem; a sua atenção é mais fácil de cativar, e mais depressa se fatiga. É indiferente à riqueza e à posição social, à distinção e à vulgaridade, mas ama o pitoresco, o que dá nas vistas, cores berrantes, formas extraordinárias; ama também o barulho. É fundamentalmente caprichosa.

Sendo caprichosa, agrada-lhe aquilo que as pessoas crescidas denominam desordem. Agrada-lhe um quarto, quando pelos quatro cantos espalhou os seus brinquedos e voltou os móveis de pernas para o ar. Gosta mais de uma cadeira com as pernas partidas e senta-se com maior prazer nas costas ou nos braços de um fauteuil do que no assento. Adora o barulho: corre e salta, mas detesta andar. Os pais devem permitir ao filho viver como criança. É certo que há crianças que não são assim. Mas a essas, falta-lhes geralmente alguma coisa – falta de saúde ou defeito de educação. É desses que se diz, quando já são crescidos, que nunca foram crianças; e é uma infelicidade.

A criança, para ser ela mesma, deve viver no seu meio de criança. A que vive com os mais velhos deforma-se e não desabrocha. É o mal dos filhos únicos, se os pais não têm o cuidado de os afastar de si. O filho único converte-se facilmente num pequeno velho. Os pais extasiam-se com a precocidade das suas reflexões, a seriedade das suas palavras: no fundo, trata-se de um mimetismo impessoal. Fala como se fala à sua volta, sem chegar a compreender o que diz, e não se desenvolve progressivamente de acordo com as leis da sua idade e passando pelas etapas normais da formação. Não é para desejar nem para admirar que a criança de dez anos fale como um homem de trinta. Para que aos trinta anos seja um homem completo, é preciso que aos dez anos fale, pense, atue como uma criança de dez anos.

O são desenvolvimento da criança exige que ela cresça entre as outras crianças e tenha no meio destas a aprendizagem da sua vocação de homem. É entre os seus iguais que a criança adquire a sua importância e o seu valor de homem, o seu peso. O miúdo de dez anos, o adolescente, entre os da sua idade, fala com autoridade. Entre pessoas crescidas, particularmente com os pais, deve contentar-se com receber.

A ação dos pais deve, portanto, orientar-se no sentido de que o filho tenha a sua vida autônoma: não o conseguirão sem um rigoroso controle de si próprios. A razão de ser dos filhos não está na satisfação dos pais; o filho é para si mesmo, é para a obra que mais tarde deverá realizar. A educação tem por finalidade prepará-lo para isso. E não tem outra.

Mas se a educação exige que se permita à personalidade do filho manifestar-se, não exige menos uma disciplina, porque a sua segunda exigência fundamental é a formação do domínio de si mesmo. O valor humano pressupõe um equilíbrio entre a espontaneidade e a disciplina. O filho deve poder desenvolver a sua espontaneidade no seu meio de criança. Por outro lado, deve outro tanto poder aceitar as leis das pessoas crescidas.

Em certos lugares e em certas situações, a criança deve respeitar o código das pessoas adultas, com a condição de que, noutros lugares e noutras circunstâncias, lhe permitam que viva segundo a sua lei. Muitas vezes deverá permanecer junto dos pais, mas não sempre.

Sob o pretexto de respeitar a espontaneidade do filho, não devem os pais pôr-se ao seu serviço. A criança deve ter domínios onde possa estabelecer a sua ordem: não é preciso que a imponha em toda a parte. E deve ser formada não só na modéstia, mas também na disciplina; não deve julgar-se pessoa importante; não se lhe deve prestar demasiada atenção. Os pais enganam-se e agem contra o interesse do filho quando se curvam a todos os seus caprichos.

Há famílias em que o filho é uma espécie de rei. Os pais conversam com uma visita, mas, se chega o filho, tudo pára, só a ele se presta atenção, é ele quem dirige a conversa, extasiam-se com tudo o que ele diz ou faz; pode pôr tudo de pernas para o ar, que só haverá gritos de admiração pela sua inteligência e pelo seu espírito inventivo. Essas crianças estão mal educadas e correm o risco de não estarem aptas para enfrentar a vida.

Mas esta disciplina, repetimos, deve ser estabelecida no interesse do filho, não no dos pais; deve exprimir uma lei racional, não o capricho de pessoas adultas. Deve-se fazer calar a criança quando é razoável que ela se cale, ralhar-lhe quando é razoável que se ralhe, não gritar alto para descarregar os nervos para, momentos depois, a sufocar com carícias. A criança não é um brinquedo. Recompensas e castigos devem derivar da sua conduta, não da disposição dos mais velhos. Também nisso precisam os pais de um grande domínio de si mesmos.

Os pais devem, pois, resignar-se com que os filhos perturbem a perfeita ordem da sua vida: uma casa em que crescem algumas crianças não pode estar tão meticulosamente cuidada como uma casa de pessoas velhas e sem filhos. E devem resignar-se também com que os filhos os deixem, e ficar contentes de que os deixem; e isto se deverá acentuar cada vez mais até ao dia em que o filho os deixará para sempre a fim de concentrar a sua vida em alguém que nada fez para ele, a quem não está ligado por nenhuma dívida de reconhecimento, a quem, contudo, vai unir a sua vida e colocar daí por diante acima dos pais – acima dos pais a quem tudo deve!… um estranho, uma estranha! – e também se resignarão de que se consagre de corpo e alma à mulher e aos filhos, quase esquecendo os pais… Quantos dramas porque os pais não querem renunciar aos seus filhos, porque procuram impedi-los de se casarem… O pai que se indigna porque um desconhecido pretende arrebatar-lhe a filha que ele educou, criou e cercou de cuidados e de afectos! A mãe que não pode suportar que a filha pertença toda a quem a desposou, e que se intromete, pretendendo defender a sua filha – a clássica sogra!… E os pais que não querem que os filhos se casem novos, já que, depois de terem sofrido tanto para os criar, deveriam ao menos poder gozar da sua companhia por alguns anos…

Mas este drama, que se descobre frequentemente na altura do casamento, foi precedido de uma série de pequenas tragédias domésticas que tiveram começo logo que o filho, por vezes muito novo ainda, experimentou o desejo de fazer alguma coisa por si mesmo. E ainda o mais trágico são os filhos cuja personalidade está de tal modo abafada pelo amor devorador dos seus pais que se sentem satisfeitos numa atmosfera de estufa, onde nada há que possa robustecer as articulações do seu corpo ou da sua alma.

Além disso, a educação exige dos pais um contínuo esforço de adaptação, ainda que seja apenas para se aperceberem do crescimento dos filhos. Porque estes mudam com uma rapidez que desconcerta as pessoas mais velhas. Uma criança de dez anos já não é bem o mesmo ser que uma criança de cinco. E o adolescente de quinze olha de muito alto o miúdo de dez, enquanto que, no mesmo tempo, o homem de quarenta anos chegado aos quarenta e cinco não mudou praticamente nada.

Como continuam sempre os mesmos, os pais têm dificuldade em compreender que, mais ou menos de dois em dois anos, uma verdadeira revolução se opera na vida do filho, até à adolescência. E tendo adquirido o hábito de o tratar como miúdo no começo da sua vida, eles continuam sempre atrasados perante o facto da sua evolução, a não ser que mantenham uma grande vigilância sobre si mesmos.

Conhecemos pais e mães que falam do seu “menino”, referindo-se a um filho de vinte anos, alto como uma torre… E vêem-se pais ficar estupefactos quando os seus filhos lhes falam em se casar, numa idade… que era a deles próprios, quando se casaram! Mil pequenas coisas como estas explicam os conflitos entre pais e filhos. A missão de pai é uma missão delicada, que exige uma vigilância incessante, Estar de sobreaviso, não somente em relação aos filhos – talvez nem sequer de modo particular em relação aos filhos – mas em relação a si próprio, exigindo renúncia e autodomínio a cada instante. É essa a regra eterna do amor: dar-se e viver para o amado. Os pais que são verdadeiros pais dão-se constantemente e nada recebem nem pedem nada. São esses os pais que recebem de seus filhos atenções, ternura e cuidados.

Os filhos para os quais se constituiu um lar acolhedor e onde ninguém os procura reter, voltam a ele gostosamente. Os que se tentam reter com autoridade procuram meio de se evadir. O apego à família não é proporcional ao número de horas que nela se vive, mas à felicidade que nela se encontra. O rapaz e a moça que sempre voltam ao lar com agrado, mas que raras, vezes aí se encontram, porque mil ocupações os solicitam lá fora, têm frequentemente mais espírito do que aqueles que se vêem obrigados a ficar no lar só para fazer companhia aos pais.

Há lares onde, sob pretexto de espírito de família, os filhos devem passar a noite “em família”, quer dizer num quarto comum, onde o pai fatigado dormita sobre um jornal e proíbe que se faça barulho! Muitas das chamadas boas famílias são simplesmente famílias onde todos se aborrecem. E não é este o verdadeiro meio de despertar nos filhos o amor do lar, nem de lhes deixar uma boa recordação da sua juventude… Mas os pais que sabem aceitar que os filhos os deixem para seguir o seu caminho, que sabem interessar-se por eles, ouvir as suas histórias de meninos e de adolescentes, responder às suas perguntas, que entram na sua vida sem a constranger e aceitando que os filhos sejam primeiramente crianças, e depois adolescentes – com tudo o que isto pressupõe de qualidades e defeitos -, que não lhes exigem uma perfeição que eles próprios não praticaram -, esses pais têm uma alegria profunda, a grande alegria paternal de possuir a confiança de seus filhos, de os ver voltar para junto de si com um prazer sempre renovado e, à medida que crescem, de os ver, cada vez mais, testemunhar, pelo seu afeto e atenções, que os seus pais representam para eles o maior amor que porventura se debruçou sobre as suas vidas.

E se os pais souberem formar os seus filhos, têm a alegria de os ver crescer e dar os frutos que correspondem às suas diferentes personalidades, de os ver, por seu turno, fundar lares e dar-lhes netos, de ver outros elevar até Deus, pela sua vocação religiosa, a oferenda da família, de ver deste modo a sua obra prolongar-se e estender-se e de se encontrarem, na velhice, envolvidos pelo abraço de todos estes afetos.

Afirmou-se mais acima que os filhos deixam os pais para se casar; é verdade, mas deixam-nos para regressar duma outra maneira, graças à qual os pais lhes aparecem como os conselheiros mais seguros e mais desinteressados, como o afeto mais puro. Os pais já não ocupam o mesmo lugar material na vida dos seus filhos adultos, mas conservam um lugar de afeto que ninguém mais pode substituir. Para nenhum de nós, já o disse, o seu pai ou a sua mãe são como um homem qualquer ou como uma mulher qualquer, e este vínculo moral entre pais e filhos, quando purificado pela caridade cristã, é uma das mais altas perfeições humanas e uma das fontes mais doces de alegria.

(Jacques Leclercq)

Em todas as etapas da vida dos filhos os pais têm novos desafios. À medida que eles crescem, algumas adaptações no exercício parental precisam ser feitas, principalmente em relação ao equilíbrio entre autoridade e liberdade. E nessa construção da relação familiar, autoridade nunca pode ser confundida com autoritarismo. E o contrário também exige atenção, já que a liberdade em excesso também é nociva.

Dentro da família todos são convidados a participar e ouvir uns aos outros, mas são os pais que têm a responsabilidade de impor limites aos filhos. Entretanto, não é bem isso que acontece na prática em algumas famílias. Por um lado, existem pais muito severos e por outro há também aqueles que dão liberdade em excesso e erram ao não impor os limites necessários aos filhos, em cada etapa do desenvolvimento da criança.

É que naturalmente os pais exercem autoridade sobre os filhos, mas esse fator na educação de uma criança não pode ser confundido com o autoritarismo – que é um tipo de liderança em que só um fala e que tem razão sobre tudo. “Essa é uma maneira negativa de construção de relacionamentos. Não é desse jeito que se estabelece uma relação de confiança com os filhos”, afirma Maristela Gripp, psicopedagoga e professo do Centro Universitário Internacional Uninter.

Portanto, a autoridade dos pais sobre os filhos não deve ser restritiva, para não cair no autoritarismo. “O autoritarismo não deve ter lugar em nenhuma família, porque todas as pessoas gostam de participar, mesmo as crianças menores. A liberdade na dose certa gera crescimento e confiança”,diz ela. Exercer autoridade é ser influência positiva na vida dos filhos, sendo um modelo a ser seguido por suas ações e palavras.

“O autoritarismo não deve ter lugar em nenhuma família. A liberdade na dose certa gera crescimento e confiança”

O que acontece é que ao tentarem não ser autoritários, alguns pais oferecem liberdade em excesso também.  Para dosar esses limites, antes de mais nada é preciso o diálogo entre pais e filhos, e a liberdade pode ser exercida com limites havendo uma troca. Deixar que as crianças opinem e façam perguntas, não faz dos pais menos do que os filhos. “Tudo isso ajuda na construção dessa liberdade em relação ao indivíduo. E é diferente de deixar que façam tudo o que querem e como querem”, sinaliza Maristela.

“O tiro pode sair pela culatra”

De acordo com a especialista, especialmente quando os filhos chegam à fase adulta, essa autoridade precisa ser trocada pela orientação, se não o exagero pode resultar na rebeldia dos filhos.

“Nessa fase os pais precisam entender que não são mais autoridade e sim ajudadores na vida deles”, diz. Ao serem rígidos demais, o tiro pode sair pela culatra, porque aquele indivíduo é tão exigido que ela desmonta de vez ou parte para o oposto daquilo que é esperado, porque não houve um equilíbrio nessa relação”, alerta a psicopedagoga.

É necessário, portanto, que os pais se lembrem sempre de os filhos não são copias suas, mas, sim, pessoas diferentes em sua personalidade e na maneira de enxergar o mundo.

Claro que o adulto pode contribuir no desenvolvimento do jovem, mas a visão de mundo dele é bastante diferenciada e os pais precisam respeitar isso. “Em muitas vezes os pais são rígidos por uma questão pessoal, porque vieram de um lar que acha que faltava disciplina”, aponta ela.

Fonte: Sempre Família

A palavra “santo” vem do latim sanctus. Durante os primeiros séculos da Igreja, esse título foi dado gratuitamente a todos aqueles, principalmente mártires, que eram conhecidos publicamente por sua santidade.

Em 1588, a Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano foi oficialmente criada para ajudar a regulamentar este título e ser mais seletiva em relação ao processo de canonização formal.

Poucas pessoas tiveram tempo de analisar até mesmo esses vários séculos de santos e chegar a uma lista de santos oficialmente canonizados.

Mas, afinal, é possível saber quantos santos existem? Especialistas dizem que há entre 1.000 e 8.000 santos reconhecidos pela Igreja Católica. No entanto, isso pode não incluir o grande número de pessoas canonizadas nas últimas décadas.

Por exemplo, São João Paulo II canonizou 482 santos, o Papa Bento XVI canonizou 45 e o Papa Francisco, 893. Estes números são muitas vezes elevados devido às canonizações “massivas”, como a canonização de 800 mártires italianos pelo Papa Francisco em 2013.

Por outro lado, a maioria das pessoas concorda que o número de “santos” é impossível de calcular, pois o termo também pode se referir a todas as pessoas que estão no Céu.

Alguns estudiosos afirmam que houve pelo menos 100 bilhões de nascimentos desde o início da existência humana. Quantas dessas pessoas estão no Céu é uma questão de especulação, e nenhum de nós saberá definitivamente isso até o fim de nossas vidas na Terra.

O que importa é que todos são chamados à santidade e devem se esforçar para se tornarem santos. A santidade é alcançável para qualquer um que deseje um relacionamento íntimo com Jesus e possa ser alcançado em qualquer profissão ou vocação na terra.

Fonte: Aleteia

Em 8 de dezembro de 1991, um padre do Santuário de Betânia, em Cúa, na Venezuela, estava celebrando a Missa e, após a consagração, ele notou que a hóstia começou a sangrar de um lado. O sacerdote rapidamente preservou o material.

De acordo com o site  Eucharistic Miracles of the World (Milagres Eucarísticos do Mundo), o bispo local iniciou uma investigação para se certificar se o fenômeno era ou não algo explicado pelas leis naturais. Informa o site:

Durante a Missa houve inúmeros peregrinos que verificaram imediatamente se o padre tinha feridas de onde o sangue presente na hóstia pudesse ter corrido. Além disso, a partir das análises, o resultado concluiu que o sangue do padre não coincidia com o da partícula. A hóstia do milagre foi submetida a alguns estudos especiais, solicitados pelo então Bispo de Los Teques, Rev. Pio Bello Ricardo, e os resultados confirmaram que o sangue era sangue humano do tipo AB positivo, que coincide com o encontrado no tecido do Sudário de Turim e na hóstia do milagre eucarístico de Lanciano, ocorrido na Itália em 750 dC e analisado por 500 comissões da Organização Mundial da Saúde.

A hóstia foi posteriormente levada a um convento em Los Teques e ficou exposta para milhares de peregrinos. Um devoto de Nova Jersey, chamado Daniel Sanford, chegou ao convento em 1998. Ele explica o que aconteceu: 

Depois que a celebração terminou [o sacerdote] abriu a porta do Tabernáculo que continha a hóstia do milagre. Com grande espanto, vi que a hóstia estava em chamas e havia um coração pulsante que estava sangrando em seu centro. Eu vi isso por cerca de 30 segundos ou mais, depois a hóstia voltou ao normal. Eu consegui filmar uma parte desse milagre com minha câmera. 

O bispo local incentivou a divulgação do vídeo (assista abaixo), com o propósito de difundir a crença na presença real de Jesus na Eucaristia.

A hóstia miraculosa pode ser vista até hoje no convento de Los Teques e o sangue ainda parece que está fresco. 

Nos últimos anos tem havido um pequeno movimento – principalmente na Europa – segundo o qual os indivíduos procuram ser “desbalizados” e removidos do registro batismal das igrejas. Trata-se de uma maneira formal de “renunciar” ao sacramento do Batismo, cortando completamente os laços com a Igreja Católica.

Mas o Batismo pode ser anulado?

O Catecismo da Igreja Católica afirma que:

“Incorporado em Cristo pelo Batismo, o batizado é configurado com Cristo. O Batismo marca o cristão com um selo espiritual indelével da sua pertença a Cristo. Esta marca não é apagada por nenhum pecado, embora o pecado impeça o Batismo de produzir frutos de salvação. Ministrado uma vez por todas, o Batismo não pode ser repetido”(Catecismo da Igreja Católica, 1272).

Isso significa que, mesmo que uma pessoa peque contra Deus, renunciando a Ele de maneira oficial, esse ato nunca pode apagar a marca espiritual deixada pelo batismo.

O Catecismo acrescenta:

“O Espírito Santo nos marcou com o selo do Senhor (‘caráter de Dominicus’) ‘para o dia da redenção.’ ‘O batismo de fato é o selo da vida eterna’. O cristão fiel que ‘manteve o selo ‘até o fim, permanecendo fiel às exigências de seu batismo, poderá partir desta vida’ assinalada com o sinal da fé ‘”(CCC 1274).

O selo do Batismo não garante uma “passagem” para o céu, mas marca para sempre a alma de uma pessoa e ela será julgada por Deus, de acordo com esse selo.

Com isto em mente, um pastor não é capaz de remover uma pessoa de seu registro batismal. É também por isso que uma pessoa nunca pode ser batizada pela segunda vez. Desde que o primeiro Batismo seja válido, um católico que renuncie oficialmente a sua fé não precisa ser batizado pela segunda vez para ser readmitido no rebanho. A recepção fiel do sacramento da Confissão (juntamente com a plena satisfação de qualquer tipo de penitência ligada a esses pecados) tem o poder de eliminar todos os pecados e restaurar a inocência batismal da pessoa.

Ateus e satanistas que se arrependem de seus pecados são bem-vindos de volta ao rebanho de Jesus Cristo e não precisam ser batizados novamente.

Deus é muito paciente e, mesmo quando nos afastamos de nossas promessas batismais, ele nunca para de nos perseguir. Cabe a nós nos permitir sermos encontrados por Deus e aceitar seu amor em nossas vidas.

Autor: Philip Kosloski

Embora o homem tenha desenvolvido modalidades esportivas com bola desde a antiguidade, parece que foi durante a Idade Média que o tênis surgiu. 

Segundo a tradição, a partir do século XI, os monges do Reino da França buscavam combater a ociosidade do tempo livre entre as orações e o trabalho e começaram a brincar com bolas improvisadas e enroladas, como as que fazemos com meias hoje em dia. Eles costumavam instalar uma corda para delimitar os dois campos (uma espécie de rede). 

Logo os cânones, sacerdotes e até os bispos se entregaram ao emocionante jogo. Diz-se que eles até tiravam o hábito para não atrapalhar os movimentos.

O novo esporte rapidamente atravessou os muros dos mosteiros e ganhou adeptos na França e, depois, na Inglaterra. Chamava-se “jogo da palma”, já que consistia em golpear a bola com a palma da mão. Entretanto, durante o Renascimento, a modalidade se desenvolveu. Foi quando surgiu a raquete (um termo de origem árabe, que se refere à palma da mão). Na época, ela era feita com um cano longo, uma corda de tripa de ovelha entrelaçada e bastões de madeira. 

Este antigo jogo de tênis foi dando origem ao esporte que conhecemos hoje. Quando o jogador sacava com a palma da mão, ele costumava gritar “Tenez!”. Em francês antigo, o imperativo do verbo “defender” é “Tenèts!”. 

Quando os ingleses tomaram o jogo emprestado, ouviam o comando “Tenèts!” e o adaptavam ao inglês “tenis”.  

Portanto, todos os entusiastas do tênis podem agradecer a esses monges engenhosos que, sem saber, deixaram-nos uma herança que não é somente espiritual. 

– Um sacerdote que serviu no Pontifício Conselho para a Família, agora Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida no Vaticano, explicou o que considera o grande erro da ideologia de gênero.

“O grande erro da chamada ideologia de gênero é que se pretende que a identidade pessoal dependa apenas da autopercepção do sujeito (sua psicologia), dos condicionamentos da educação e da cultura ou da escolha do indivíduo emocional. Trata-se de separar radicalmente a identidade de gênero do sexo biológico”, explicou Pe. José Guillermo Gutiérrez Fernández, no dia 14 de agosto, por ocasião da conferência internacional “A ​​família, a vida e o acontecimento de Guadalupe”, que aconteceu na cidade de Piura, no norte do Peru, de 13 a 15 deste mês.

A abordagem de gênero ou ideologia de gênero é uma corrente que considera o sexo como uma construção sociocultural e que atenta contra a natureza humana. Isto foi criticado várias vezes pelo Papa Francisco e por outros membros da Igreja. Nesse sentido, o Vaticano publicou em junho o documento “Homem e mulher os criou. Para uma via de diálogo sobre a questão de gender na educação”.

Em sua conferência “A Sacralidade da Vida e a Ideologia de Gênero”, no Coliseu Dom Bosco, de Piura, diante de mais de cinco mil participantes, o sacerdote destacou que o erro da ideologia de gênero se torna “mais grave quando se pretende chegar a uma ‘neutralidade’, negando a heteronormatividade binária, dizendo que o gênero é algo fluido e não pode ser predeterminado”.

Segundo informa a Arquidiocese de Piura, Pe. Gutiérrez recordou que a Igreja não discrimina os homossexuais, porque “nosso Senhor chama todos os seus filhos para viver a vida cristã e alcançar a santidade. Todo mundo tem que fazer o seu próprio caminho a partir das circunstâncias nas quais se encontra”.

Além disso, o sacerdote afirmou que, “no mundo de hoje, há toda uma propaganda que nos vende a ideia errada de que não se pode ser feliz sem o exercício ativo da nossa genitalidade. Isso nos confunde e nos engana”.

“Parece que quando a Igreja convida os homossexuais ( e Heterossexuais)  a se absterem de ter relacionamentos íntimos ( fora do casamento), convida-os a viverem sem amor”, lamentou.

O sacerdote assinalou que “devemos levar em consideração que todos os seres humanos têm uma vocação ao amor e isso não se vive necessariamente através do exercício ativo da nossa genitalidade”.

“Existem outras maneiras de viver esse amor, como por exemplo: na entrega de si mesmo através do voluntariado, do serviço aos pobres, da amizade sincera e casta, da caridade, etc. É necessário recordar que as pessoas têm apenas uma identidade: a identidade de filhos de Deus, homem ou mulher”, explicou.

Pe. Gutiérrez também alertou para a possibilidade de que, “sob o pretexto de buscar a igualdade entre homens e mulheres, o Estado busque intervir de maneira dissimulada, tentando tirar dos pais a responsabilidade e o direito de serem os primeiros educadores de seus filhos”.

Os pais “são os responsáveis ​​pela educação da afetividade e sexualidade de seus filhos. Uma educação orientada ao amor que respeite a diferença sexual entre homens e mulheres, sua complementaridade e reciprocidade e que seja um chamado à comunhão de pessoas que nos faz imagem de Deus”.

Não ao aborto

O sacerdote também se referiu à importância de defender a vida humana, pois “o ser humano é a única criatura que Deus amou por si mesma, tem uma dignidade excelsa”.

Pe. Gutiérrez também lembrou que “a vida começa desde o momento da concepção” e deve terminar “de maneira natural, por isso a importância de proteger a vida de todo ser humano e ainda mais quando está neste estado precoce e inicial de sua existência”.

“Portanto, não podemos falar em nenhum caso de ‘interrupção da gravidez’, porque a vida não é algo que possamos interromper e depois reiniciar”.

“Todos os que estamos hoje aqui começamos esta maravilhosa aventura de nossa vida sendo um pequeno embrião e, a partir deste momento, fomos amados e protegidos. Por isso, somos chamados a estar sempre contra o aborto, porque se trata de matar um ser humano inocente”, destacou o sacerdote.

Fonte: ACI Digital

Se há 50 anos você se encontrasse em uma das pequenas localidades do interior da Holanda, dificilmente poderia se perder. A única coisa que você precisava fazer era olhar para cima, encontrar a torre da igreja, e você sempre encontraria o caminho de volta. Porque a igreja – literalmente – estava no coração da localidade.

Nas comunidades rurais, a igreja também era um ponto central da vida. A missa dominical, as festas católicas, os casamentos e os funerais: a igreja era o lugar onde todos se encontravam e compartilhavam as notícias do dia. O pároco, assim como outros voluntários da igreja, visitavam regularmente os idosos, e os concertos que o coro da igreja dava eram frequentados por muitos dos moradores.

As coisas mudaram

Em muitas localidades holandesas, a igreja ainda pode ser encontrada no coração do vilarejo, o bar local ainda tem muitos visitantes, e dentro e em volta da escola de Ensino Fundamental católica as vozes de crianças brincando ainda podem ser ouvidas. Mas, se você falar com os moradores, perceberá rapidamente que muitas das suas comunidades mudaram rapidamente na última década.

A igreja não é mais o ponto central de encontro da comunidade. Muitas vezes ela até fechou as suas portas, devido ao número decrescente de fiéis. Aqueles que ainda frequentam a igreja geralmente são velhos; a geração mais jovem não sente mais a necessidade de ir à missa dominical.

Na era de ouro do catolicismo holandês, a situação era completamente diferente. Nos anos 1960, 55% dos 2,7 milhões de católicos holandeses ainda iam à missa regularmente, segundo o centro de pesquisa holandês KASKI.

O número de fiéis tem diminuído desde então. No ano 2000, em média, 439.000 católicos foram à igreja durante os fins de semana. Em 2017, esse número caiu para 157.900 pessoas: apenas 6% de todos os católicos holandeses.

Fechamento de igrejas

Ao longo das últimas décadas, muitas igrejas na Holanda foram fechadas, devido à diminuição do número de participantes, aos altos custos de manutenção e à falta de padres. Mesmo assim, essa é apenas a ponta do iceberg.

Em uma entrevista a um jornal local no ano passado, o cardeal holandês Wim Eijkpreviu que, na Arquidiocese de Utrecht, 285 igrejas precisavam ser fechadas, o que significa que, no ano de 2030, apenas 15 igrejas ainda estarão abertas na arquidiocese.

Joris Kregting, um pesquisador do KASKI, também prevê que as dioceses prosseguirão muito mais rapidamente com o fechamento de igrejas. Ele discorda, no entanto, com a previsão de Eijk, pensando que o processo será um pouco mais lento.

“Não podemos dizer exatamente quais igrejas serão fechadas, não temos uma previsão dos números anuais das diferentes paróquias, mas, se se observarmos o número de igrejas fechando e o número de fiéis, achamos que se pode esperar razoavelmente que, em 2030, apenas 45 igrejas estarão abertas na arquidiocese de Utrecht”, disse Kregting.

Diferenças entre dioceses

De acordo com Kregting, nem todas as dioceses holandesas fecharão suas igrejas no mesmo ritmo. Ele acha que uma razão importante para isso são as políticas diferentes em cada diocese. A Arquidiocese de Utrecht e a Diocese de Den Bosch (no sul; no papel, a maior diocese da Holanda em termos de população) são as principais representantes do processo de fechamento de igrejas.

“Já está claro onde as igrejas fecharão rapidamente. Algumas dioceses decidiram por um extenso processo de fusão de paróquias, enquanto outras estão olhando mais para a cooperação entre paróquias”, explicou Kregting em entrevista à Katholiek Nieuwsblad.

Outra razão importante para essas políticas diferentes, segundo Kregting, é a situação financeira das paróquias em cada diocese. Na Diocese de Roermond, no sul, por exemplo, as igrejas não estão sendo fechadas tão rapidamente, porque a Igreja ainda é culturalmente importante para muitas pessoas.

“Na Holanda, as pessoas ainda tendem a dar mais dinheiro para a Igreja do que para outras instituições. Esse pode ser um fator importante ao decidir manter uma igreja aberta por mais algum tempo”, disse Kregting.

Questões complexas e difíceis surgem em uma localidade quando se fala em fechar a igreja local. Qual é a melhor decisão: restaurar a igreja, demoli-la, vendê-la ou talvez remodelá-la e transformá-la em um centro comunitário? Quem vai pagar? E o que acontecerá com o prédio, no fim das contas?

De acordo com uma pesquisa recente realizada pelo jornal holandês Trouw, uma em cada cinco igrejas holandesas – tanto protestantes quanto católicas – não são mais usadas como igreja. Muitas delas foram remodeladas e transformadas em um centro cultural ou comunitário, ou ainda transformadas em apartamentos.

Pesquisa da Katholiek Nieuwsblad

Que efeitos o fechamento de uma igreja tem em uma localidade? A vida católica nesses vilarejos está desaparecendo junto com a igreja? E quais são as consequências do fechamento de uma igreja para as tradições da localidade, o envolvimento dos voluntários e a solidariedade entre os moradores?

Ainda há muito que não sabemos sobre isso. Portanto, a Katholiek Nieuwsblad está atualmente realizando uma extensa pesquisa, com o apoio financeiro do Dutch Journalism Fund. Realizando entrevistas com especialistas e acadêmicos, pesquisando dados e fazendo documentários curtos em localidades onde as igrejas fecharão em breve, a revista católica holandesa está tentando oferecer uma imagem mais clara de um problema crescente entre os holandeses e a comunidade católica internaciona

A reportagem é de Michiel van de Kamp, publicada por Katholiek Nieuwsblad/Crux.

Agência RBS por Ticiano Osório

Nossos filhos vão ser felizes? Nossos filhos estarão prontos para encarar o mundo? Estamos sendo bons pais? “A última geração de pais criou uma ideia que é a pior ideia: meus filhos não vão passar pelo que passei”, comenta o psicólogo, escritor e palestrante, Rossandro Klinjey, autor do livro Help! Me Eduque, voltado a pais, mães e responsáveis. “Mesmo com boas intenções, não vão evitar que os filhos tenham frustrações”, reforça ele. E isso – frustrar-se – é bom e importante, como conta ele, no bate-papo feito a seguir:

O título de sua palestra é “Numa era de incertezas, o mais importante é ser feliz”. O senhor acredita que podemos ser felizes? Existe receita?

Bom, receita de felicidade é o primeiro mito a ser desconstruído: não existe. Então a primeira coisa que a gente tem, na tentativa de construir a felicidade, é não querer ver a felicidade como dizem para a gente que ela é: padronizada, estandardizada. Existe um modo particular de viver isso. E uma coisa é essencial: para ser feliz, a gente tem de aprender a ser infeliz também. A gente não consegue mais suportar tédio, pausas, hiatos psicológicos e angústia. Hoje, parte da infelicidade é a busca de felicidade constante. Virou um traço de loucura essa ideia de que a gente tem de escrever um happy end o tempo inteiro. Na verdade, a vida tem alternâncias profundas. A maturidade lhe dá condições de ver que essas alternâncias têm de ser vividas e não devem ser evitadas.

Essa valorização da felicidade não pode passar a impressão de que a frustração é um empecilho, e não algo essencial para a maturidade, para o crescimento pessoal?

Parece que frustração não pode existir. Isso tem dado origem a uma geração de pessoas incapazes, que vão se frustrar no futuro porque os pais querem que elas sejam felizes o tempo inteiro. Em geral, a gente cria imunidade a vírus na infância, mas essas pessoas não criaram imunidade psíquica contra as frustrações. Quando chega na fase adulta elas viram autoimunes e então se matam. O indivíduo está tão vulnerável e inapto a viver as experiências comuns da vida, como o fim do namoro, não passar num concurso, não entrar no vestibular que você sonhou. Você cria alternativas, novas possibilidades, a gente adia, mas as pessoas, às vezes, se matam.

As pessoas estão cometendo mais suicídios?

Há um aumento na frequência de suicídios. No ano passado, arredondando, as mortes por violência urbana, ataques terroristas e guerras mataram menos do que o suicídio. É mais fácil morrer em casa do que em Bagdá ou comprando crack na Grande Porto Alegre. Isso significa que a gente teve um abandono da interioridade, começou a ter uma existência externa, plastificada, como a música do Radiohead (Fake Plastic Trees). A gente deixou de buscar essa interioridade, na busca de carpe diem constante e frenesi constante.

Em uma entrevista, o senhor falou que, de 30 anos para cá, uma geração de pais começou a fazer um retrospecto de sua infância, muitas vezes pobre e cheia de privações, e, na crença de que poderia fazer algo melhor para seus filhos, virou o fio, deixando de se preocupar com limites, disciplina, respeito. Qual é o resultado disso?

Existe uma busca infantil desenfreada que é preconizada por uma sociedade que prega sempre o prazer, nunca a dor. A última geração de pais criou uma ideia que é a pior ideia: meus filhos não vão passar pelo que passei. Mesmo com boas intenções, não vão evitar que os filhos tenham frustrações. Eles têm como base o amor, é um sentimento bom o que está por trás, mas o resultado é catastrófico, porque a educação não é só o desejo, mas o que se concretiza. O sofrimento e a frustração têm caráter pedagógico, para que o indivíduo saiba lidar com isso durante a vida.

Ao mesmo tempo em que privamos nossos filhos do não e da frustração, fundamentais para seu desenvolvimento, enchemos suas agendas de tarefas e aulinhas, em um processo que o pediatra Daniel Becker chama de adultização, talvez pensando em prepará-los para as demandas da vida adulta. É um paradoxo, não?

O que a gente deveria cuidar muito, que era o desenvolvimento moral e emocional, a gente abandonou, e o que a gente não deveria encher tanto, que são as atividades, a gente está fazendo. Crianças de seis anos já são educadas pelos pais para serem um PhD em Harvard. Têm de estudar caratê, línguas, balé, xadrez etc. Uma geração sonhou em fazer isso, mas não podia pagar. Agora que podem, pagam para o filho fazer. Isso é um fato. Outro fato é que realmente está muito competitivo o mundo, para passar no Enem, com conteúdo demais e pouca profundidade. Cadernos demais e enormes, aulas no sábado, simulado no domingo de manhã etc. O modelo brasileiro não é funcional. Há um incremento de crianças e adolescentes suicidas porque não vêm suportando essa carga. Os pais têm responsabilidade de deter isso.

Perto de 1 milhão de visualizações, um vídeo seu tem como título “Filhos precisam entender que a casa não é deles”. Pode falar um pouco sobre isso?

Há famílias em que os pais têm a porta trancada e os filhos a porta aberta, e há outras em que os pais têm a porta aberta, e os filhos, a porta trancada. E não está dando certo, porque a privacidade é para quem paga as contas. A regra é essa. Quando digo isso, parece meio duro. Mas a criança tem de ser vigiada, cuidada. Não se pode dar privacidade a uma criança. Ao adolescente, este tem de conquistar aos poucos a privacidade. Você tem de fazer isso porque isso é cuidar.

Enquanto você é politicamente correto e não mexe nas gavetas e no computador do filho, do outro lado do meio social há hackers que conseguem violar computadores até de ministros, imagina o que podem fazer com o computador de um adolescente. Há muitos casos de pedofilia. Hoje, não basta o filho ter chegado em casa, sem riscos, que bom, acabou o perigo. Não: o computador oferece um risco muito maior do que andar na rua à 1h. Os riscos são diferentes, há um leque maior de riscos, o que exige dos pais um repertório de cuidado muito diferente do que os nossos pais tinham para lidar com isso.

Qual é a solução?

A gente não vai colocar uma redoma, mas tem de criar critérios. A princípio, a criança não deve ter celular, mas, se ela tiver, não pode dormir com ele, não pode falar a noite toda, porque não vai dormir bem, não vai acordar bem, não vai aprender etc.

O que podemos fazer em nome de um futuro melhor para nossos filhos?

Primeiro, a gente tem de entender que o mundo mudou e a gente não pode voltar com aquela educação que nossos pais nos deram. Isso é um mito. Mas precisamos entender que há coisas do passado que devem voltar. Temos de manter o que conquistamos, por exemplo, a participação maior do pai na casa, um diálogo entre pais e filhos… Mas, ao mesmo tempo, precisamos recompor o espaço da disciplina, do respeito e da ordem, porque elas são e sempre foram essenciais na formatação do psiquismo humano. Precisamos desses elementos na infância para formar um ego saudável, capaz de suportar o mundo como ele é.

Ao abrir mão disso com o sonho de fazer uma família mais feliz do que fomos quando crianças, o que conseguimos? Temos a geração mais suicida, mais drogada, mais consumista, mais ingrata da história humana. Ou seja: os planos não deram certo. Devemos entrar em processo de culpa? Não. Não adianta. Você precisa fazer o que chamo de reintegração de posse afetiva. Recupere o terreno que você perdeu. Enquanto seu filho está sob sua irradiação psicológica e financeira, você tem poder de determinar, de orientar, de normatizar as coisas. Uma criança quer pegar na mão do pai ou da mãe quando vai atravessar a rua sem se preocupar para onde olha, porque sabe que alguém está levando-a. Deixar seu filho sozinho na internet, deixar ir para o shopping sozinho ainda no início da pré-adolescência é tão arriscado quanto dizer para uma criança de dois anos atravessar sozinha a rua. Durante muito tempo, temos de pegar na mão, até que eles possam caminhar com os próprios passos.

Como equilibrar as coisas? Como evitar a sensação de que estamos podando, tirando autonomia?

Vamos imaginar que eu não consiga o equilíbrio. Bem, entre uma educação mais rígida e uma mais liberal, a mais rígida é mais funcional. Uma educação rígida pode gerar trauma, mas geram pessoas funcionais que pagam terapia para resolver. Uma educação libertária demais pode gerar pessoas inviáveis. Não é uma regra. Mas é muito mais fácil que dê errado porque você deu ao indivíduo escolhas que ele não podia fazer. Tem famílias em que a criança escolhe o carro da casa! Isso gera estresse. Se para a gente já gera estresse, imagina para a criança, que na verdade tem de brincar? Ela é empoderada, o que para o ego dela provoca satisfação, mas por outro lado é esmagador, porque terá de decidir coisas para as quais ela não tem maturidade.

Passando agora para a vida adulta, quais são os temas mais urgentes a serem abordados?

Prioritariamente, perdão. Porque a base dos transtornos dos relacionamentos, de casamento, de trabalho, entre familiares, é a incapacidade que a gente tem de entender que as pessoas não são perfeitas, elas nos machucam e nós também as machucamos. Para poder viver uma vida saudável, a gente precisa estar com disposição emocional para perdoar sempre. O que quer dizer que eu preciso olhar para o outro de forma global, e não apenas a parte do erro. Relacionamento não é fotografia, é um filme que vai andando. Mágoa é a fotografia de um momento. Pessoas maduras veem o filme. Elas ficam chateadas, mas sabem que a coisa continua. Precisamos, também, ter espaço para nossa interioridade. Nós nos abandonamos. Não paramos para refletir porque estou triste, o que aconteceu que estou tão brabo. A gente simplesmente bebe uma, vai para a balada, assiste à Netflix, toma um remédio para dormir, não reflete e tenta mudar condutas e comportamentos. E precisamos nos reconectar como pessoas. As tecnologias estão nos tornando próximos virtuais, mas distantes dos reais. Há pessoas que moram na mesma casa mas estão se abandonando.

A maior queixa dos adolescentes hoje é “meus pais não me escutam”. Eles só gritam. A família deve recuperar aquele espaço de sentar sem nada competindo com a atenção. Nem telefone, nem Netflix nem nada, para dialogar, perguntar como foi o dia. Você pode criar isso. Uma amiga minha criou o dia do taco (o prato mexicano), uma vez por semana. Era a única atividade da noite. Ela contou que, na primeira noite, houve um estranhamento, “a gente não sabia o que conversar”. Depois de 15 minutos, nos quais a crise de abstinência de celular passou, eles se reencontraram, porque eram uma família. Havia uma história construída juntos. E terminaram a noite muito mais tarde do que costumavam, brincando. Os filhos que no início reagiam à noite do taco começaram a cobrar: amanhã tem noite do taco! Um dia, sobrou taco e a mãe sugeriu para a filha levar de lanche. “Mãe, eu não gosto de taco”, ela respondeu. Mas então por que você sempre cobra para gente fazer? “Eu cobro o dia de a gente estar junto”, ela respondeu.

Fonte Original: Sempre Família

Uma professora do ensino médio da Carolina do Sul, EUA, afirma que seus direitos da Primeira Emenda Americana foram violados quando ela foi demitida de seu emprego por compartilhar mensagens pró-aborto em sua conta no Facebook.

A professora Elizabeth Cox diz que já assinou um contrato para ensinar na Bishop England High School, em Charleston, para o próximo ano, quando soube no mês passado que estava sendo demitida por seus posts nas redes sociais.

Documentos judiciais mostram que a escola, administrada pela Diocese de Charleston, encerrou o contrato com a professora em 7 de junho, citando mensagens do Facebook de Cox apoiando publicamente o aborto “em oposição à missão e aos ensinamentos da Igreja Católica Romana”.

As postagens no Facebook violaram os termos do contrato de trabalho de Cox, disse o diretor da escola Bishop England, Patrick Finneran, em uma carta de rescisão.

“Os pais mandam seus filhos para a Bishop England expressamente porque querem um ensinamento e educação católicos”, escreveu Finneran. “Sua expressão pública em desacordo com os valores católicos enfraquece isso”.

A Bishop England é uma escola secundária privada, operada pela Diocese Católica de Charleston. Como tal, os membros da equipe da instituição são funcionários da diocese de Charleston.

Quando aceitam trabalhos na Bishop England High School, os professores assinam contratos declarando que concordam em defender publicamente as crenças e ensinamentos católicos conforme estabelecido nas Escrituras Bíblicas e no Catecismo da Igreja Católica.

A Igreja Católica vê o aborto como um “mal moral” ao qual se opõe veementemente com base no direito absoluto de uma pessoa à vida a partir do momento da concepção. Assim, como instituição privada, a escola além de usar o direito de poder estabelecer princípios a serem seguidos pelos contratados, também fez uso do contrato assinado pela docente, o qual ela disse concordar ao assinar o emprego.

Fonte