Em 8 de dezembro de 1991, um padre do Santuário de Betânia, em Cúa, na Venezuela, estava celebrando a Missa e, após a consagração, ele notou que a hóstia começou a sangrar de um lado. O sacerdote rapidamente preservou o material.

De acordo com o site  Eucharistic Miracles of the World (Milagres Eucarísticos do Mundo), o bispo local iniciou uma investigação para se certificar se o fenômeno era ou não algo explicado pelas leis naturais. Informa o site:

Durante a Missa houve inúmeros peregrinos que verificaram imediatamente se o padre tinha feridas de onde o sangue presente na hóstia pudesse ter corrido. Além disso, a partir das análises, o resultado concluiu que o sangue do padre não coincidia com o da partícula. A hóstia do milagre foi submetida a alguns estudos especiais, solicitados pelo então Bispo de Los Teques, Rev. Pio Bello Ricardo, e os resultados confirmaram que o sangue era sangue humano do tipo AB positivo, que coincide com o encontrado no tecido do Sudário de Turim e na hóstia do milagre eucarístico de Lanciano, ocorrido na Itália em 750 dC e analisado por 500 comissões da Organização Mundial da Saúde.

A hóstia foi posteriormente levada a um convento em Los Teques e ficou exposta para milhares de peregrinos. Um devoto de Nova Jersey, chamado Daniel Sanford, chegou ao convento em 1998. Ele explica o que aconteceu: 

Depois que a celebração terminou [o sacerdote] abriu a porta do Tabernáculo que continha a hóstia do milagre. Com grande espanto, vi que a hóstia estava em chamas e havia um coração pulsante que estava sangrando em seu centro. Eu vi isso por cerca de 30 segundos ou mais, depois a hóstia voltou ao normal. Eu consegui filmar uma parte desse milagre com minha câmera. 

O bispo local incentivou a divulgação do vídeo (assista abaixo), com o propósito de difundir a crença na presença real de Jesus na Eucaristia.

A hóstia miraculosa pode ser vista até hoje no convento de Los Teques e o sangue ainda parece que está fresco. 

Neste domingo é o Domingo de Páscoa, o dia em que celebramos a Ressurreição do Senhor.

A questão é simples: houve um ponto na história em que Jesus Cristo estava morto e, em seguida, um ponto em que ele estava vivo novamente? SIM!

Sobre essa questão, a evidência é muito forte: Jesus literalmente ressuscitou dos mortos.

1. O argumento da fraqueza de Cristo

É importante observar o modo como a história é contada no Novo Testamento. Não se trata de um “mito da ressurreição”, como a história da Fênix.

Jesus não é apresentado como uma figura mítica todo-poderosa que triunfa sobre os inimigos. Ele parece, na verdade, fragilizado. “Pai, se for possível, afasta de mim este cálice”, diz ele. “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”, gritou.

Depois da crucificação, não foi a figura heróica de Jesus que brilhou entre seus seguidores, mas a fraqueza. Os Apóstolos só voltaram porque algo realmente extraordinário aconteceu: o líder derrotado deles ressuscitara dos mortos.

2. O argumento da fraqueza dos Apóstolos

Se os apóstolos estavam inventando uma religião, eles não o fizeram da maneira como a maioria dos fundadores de novas religiões fazem. Eles não pareciam grandiosos, nem dignos de respeito. Eles mais pareciam vítimas de um desastre.

Longe de nos mostrar uma comunidade tomada por uma exaltação mística, os Evangelhos nos apresentam discípulos desmoralizados (parecendo tristes) e assustados, diz o Catecismo. Eles não tinham acreditado nas santas mulheres que voltaram do sepulcro. ‘Quando Jesus se manifestou aos onze na tarde de Páscoa, ele censurou-lhes sua incredulidade e dureza de coração.

Se eles estavam fundando uma religião, eles estavam fazendo algo errado, pois estavam justamente dando às pessoas razões para não acreditar neles.

3. A transformação de Saulo

Além dos Doze, temos o caso de São Paulo. Ele passou de perseguidor zeloso a pregador zeloso depois de ver Cristo vivo. Esta transformação extraordinária – de alguém escandalizado com a mensagem cristã transformando-se em seu principal líder – só faz sentido tendo Cristo ressuscitado.

Paulo retorna à sua história pessoal sobre a ressurreição mais de uma vez, e até mesmo quando está sendo julgado. Isso alimenta sua fé; faz toda a diferença para ele. Ele até diz: Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã e vã é nossa fé (1 Coríntios 15, 14).

Ele apostou tudo na ressurreição e nos convidou a fazer o mesmo.

4. Nenhum debate na Igreja Primitiva

A Igreja Primitiva debateu muitos tópicos, até mesmo a natureza da ressurreição, mas não o fato da ressurreição em si. Isso é um fato.

No relato de João, quando ele e Pedro entraram na tumba vazia, veem ali os lençóis do sepultamento, e o lenço que cobria a cabeça enrolado num lugar separado. Para João, essa visão demonstra que Jesus não fora levado embora, não tinha ressurgido como Lázaro. Algo novo acontecera. Diz o Evangelho: ele viu e acreditou.

5. A fé dos mártires

Os cristãos, desde os primeiros dias da Igreja até os nossos dias, estão dispostos a morrer por sua convicção de que Cristo ressuscitou dos mortos. Para eles, a ressurreição não é um sonho doce ao qual eles se entregam, mas uma dura realidade pela qual sofrem e morrem.

Ele foi verdadeiramente ressuscitado dentre os mortos, seu Pai o erguendo, assim como da mesma maneira seu Pai levantará aqueles que acreditarem nele por meio de Jesus Cristo, disse o mártir Inácio. Ele foi dilacerado por leões no ano 108 por acreditar nisso.

Aquele que o ressuscitou dentre os mortos também nos levantará, se fizermos a sua vontade, e andarmos em seus mandamentos, e amarmos o que ele amou, escreveu o mártir Policarpo. Ele foi queimado na fogueira em 155 por suas crenças.

6. Os diferentes relatos

Os escritores dos evangelhos incluíam diferentes detalhes e materiais de diferentes fontes – todos os quais mencionam o fato da ressurreição. Temos a história de Emaús, Tomé provando que Jesus ainda tinha feridas, a história de Maria Madalena e muito mais. Essas histórias atestam o mesmo fato da ressurreição.

Os céticos da Bíblia apontam as discrepâncias entre os vários relatos, enquanto os defensores da Bíblia mostram como eles podem coexistir.

O ponto mais importante é muitas vezes esquecido: a experiência de pessoas diferentes sobre o mesmo evento, não um esforço consciente de um grupo para inventar algo.

7. As testemunhas oculares

Em sua carta aos Coríntios, que muitos estudiosos datam de cerca de 53 d.C., São Paulo falou de como Cristo apareceu, vivo, a 500 pessoas de uma só vez. Se não fosse verdade, seria impossível fazer essa afirmação tão logo após o ocorrido.

Quando Paulo fala sobre a ressurreição outras vezes, há dois fatos que são importantes para ele: que o túmulo estava vazio e que Jesus apareceu para muitos. Ambos são argumentos convincentes pois, caso fossem falsos, seria fácil para o público desacreditar.

8. Relatos históricos não cristãos

Há, na verdade, um pouco de evidência sobre a existência de Jesus em fontes tão antigas como Tácito, Plínio o Jovem, Josefo, o Talmud Babilônico e o grego Luciano de Samosata. Todos eles mencionam vários aspectos da vida de Jesus.

Josefo, historiador judeu, escreveu uma história no ano 93 que menciona que Jesus foi crucificado e apareceu vivo depois para seus seguidores. Embora o texto seja questionado por alguns estudiosos, existem várias versões que retêm o fato essencial de Jesus morrer e, de alguma forma, ressurgir vivo.

Tácito também menciona Jesus, citando sua crucificação como tendo se provado incapaz de deter a “superstição” do cristianismo. O ponto assinalado por Tácito é importante. Afinal, por que a crucificação de Jesus não acabaria com seu movimento religioso? Porque Ele ressuscitou dos mortos.

9. Jesus não morreu novamente

As evidências não só confirmam a ressurreição de Jesus, mas também confirmam sua alegação final, que Ele é divino.

Outros retornaram da morte breve em nosso próprio tempo e da morte mais longa nas histórias do Novo Testamento. A ressurreição de Cristo é essencialmente diferente, diz o Catecismo. Em seu corpo ressurgido, Ele passa do estado de morte para outra vida além do tempo e do espaço. Na ressurreição de Jesus, seu corpo está cheio do poder do Espírito Santo: ele compartilha a vida divina em seu estado glorioso, pelo que São Paulo pode dizer que Cristo é “o homem celeste”.

Jesus ressuscitou para nunca mais morrer.

10. O surgimento de uma religião histórica

O cristianismo se espalhou e cresceu apesar da perseguição, não por causa do poder ou da personalidade dos Apóstolos ou das regalias da fé – os Apóstolos eram fracos e havia penalidades, não regalias – mas por causa da experiência da ressurreição dos primeiros cristãos.

O fato histórico da ressurreição de Cristo, em seu corpo glorificado, é o alicerce de toda dimensão da fé católica.

Algumas considerações:

  • Como poderíamos cada um de nós encontrar Jesus, embora não estivéssemos vivos quando ele andava pelas ruas da Palestina? Porque Ele ressuscitou dos mortos e vive hoje.
  • Como podemos ter nossos pecados perdoados na confissão? Porque depois da ressurreição Ele soprou sobre os Apóstolos e deu-lhes o poder de perdoar os pecados.
  • Por que temos esperança no Céu? Porque Jesus ressuscitou e o abriu para nós.

Na Páscoa não celebramos um mito ou um grande símbolo. Celebramos o evento histórico que é a base de toda a nossa esperança, alegria e felicidade.

Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente. Nossa fé não é em vão.

Autor Tom Hoopes

Jesus é Deus?

Você já encontrou uma pessoa que é o centro das atenções onde quer que vá? Alguma característica misteriosa e indefinível o distingue de todas as outras pessoas. Pois foi isso que aconteceu dois mil anos atrás com Jesus Cristo. Porém não foi simplesmente a personalidade de Jesus que cativou aqueles que o ouviam. Aqueles que puderem ouvir suas palavras e observar sua vida nos dizem que existia algo em Jesus de Nazaré que era diferente de todas as outras pessoas.

A única credencial de Jesus era ele mesmo. Ele nunca escreveu um livro, comandou um exército, ocupou um cargo político ou teve uma propriedade. Normalmente ele viajava se afastando somente alguns quilômetros do seu vilarejo, atraindo multidões impressionadas com suas palavras provocativas e seus feitos impressionantes.

Ainda assim, a magnitude de Jesus era óbvia para todos aqueles que o viram e ouviram. E enquanto a maioria das grandes personalidades históricas desaparece nos livros, Jesus ainda é o foco de milhares de livros e controvérsias sem paralelos na mídia. Grande parte dessas controvérsias envolvem as afirmações radicais que Jesus fez sobre si mesmo, afirmações que espantaram tanto seus seguidores quanto seus adversários.

Foram principalmente as afirmações únicas de Jesus que fizeram com que ele fosse considerado uma ameaça pelas autoridades romanas e pela hierarquia judaica. Embora fosse um estranho sem credenciais ou força política, em apenas três anos Jesus foi capaz de mudar a história dos mais de 20 séculos seguintes. Outros líderes morais e religiosos influenciaram a história, mas não como o filho de um carpinteiro desconhecido de Nazaré.

Qual era a diferença de Jesus Cristo? Ele era apenas um homem de grande valor ou era algo mais?

Essas perguntas nos levam ao cerne do que Jesus realmente era. Alguns acreditam que ele era simplesmente um grande professor de moral, já outros pensam que ele foi simplesmente o líder da maior religião do mundo. Porém muitos acreditam em algo muito maior. Os cristãos acreditam que Deus nos visitou em forma humana, e acreditam que há evidências que provam isso.

Após analisar com cuidado a vida e as palavras de Jesus, C.S. Lewis, antigo cético e professor de Cambridge, chegou a uma espantosa conclusão, que alterou o rumo de sua vida. Então quem é Jesus de verdade? Muitos dirão que Jesus foi um grande professor de moral. Ao analisarmos mais cuidadosamente a história do homem que causa mais controvérsias em todo o mundo, primeiramente devemos perguntar: será que Jesus foi simplesmente um grande professor de moral?

Grande professor de moral?

Mesmo os membros de outras religiões acreditam que Jesus foi um grande professor de moral. O líder indiano Mahatma Gandhi falava muito bem sobre a integridade e as palavras sábias de Jesus.[1] Da mesma forma, o estudioso judeu Joseph Klausner escreveu, “Admite-se mundialmente… que Cristo ensinou a ética mais pura e sublime… que joga nas sombras os preceitos e as máximas morais dos mais sábios homens da antiguidade.”[2]

O Sermão do Monte de Jesus foi considerado o maior de todos os ensinamentos sobre ética humana já feito por uma pessoa. De fato, muito do que conhecemos atualmente como “direitos iguais” é resultado dos ensinamentos de Jesus. O historicista Will Durant, que não é cristão, disse a respeito de Jesus: “Ele viveu e lutou persistentemente por ‘direitos iguais’, e nos tempos modernos teria sido mandado para a Sibéria. ‘O maior dentre vós será vosso servo’ é a inversão de toda a sabedoria política, de toda a sanidade.”[3]

Muitos, como Gandhi, tentaram separar os ensinamentos de Jesus sobre ética de suas afirmações a respeito de si mesmo, acreditando que ele era simplesmente um grande homem que ensinava grandes princípios morais. Essa foi a abordagem de um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos, o presidente Thomas Jefferson, que editou uma cópia do Novo Testamento retirando as partes que considerava que se referiam à divindade de Jesus e deixando as partes a respeito do ensinamento morais e éticos.[4] Jefferson carregava consigo essa versão editada do Novo Testamento, reverenciando Jesus como o maior professor de moral de todos os tempos.

De fato, as memoráveis palavras de Jefferson na Declaração de Independência tiveram como base os ensinamentos de Jesus de que toda pessoa é de imensa e igual importância perante Deus, independente de sexo, raça ou status social. O famoso documento diz: “Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis…”.

Mas Jefferson não respondeu uma pergunta: Se Jesus afirmou incorretamente ser Deus, ele não poderia ter sido um bom professor de moral. No entanto, Jesus de fato afirmou sua divindade? Antes de observarmos o que Jesus afirmou, precisamos analisar a possibilidade de ele ter sido simplesmente um grande líder religioso?

Grande líder religioso?

Surpreendentemente, Jesus jamais afirmou ser um líder religioso. Ele nunca se envolveu com políticas religiosas ou promoveu agressivamente suas causas, além de atuar quase sempre fora de locais religiosos.

Ao comparar Jesus com outros grandes líderes religiosos, uma notável distinção aparece. Ravi Zacharias, que cresceu na cultura hindu, estudou religiões do mundo todo e notou uma diferença fundamental entre Jesus Cristo e os criadores de outras grandes religiões. “Em todos esses, existe uma instrução, um modo de viver. Não é Zaratustra quem você consulta, é Zaratustra quem você escuta. Não é Buda que o liberta, são as Nobres Verdades que o instruem. Não é Maomé que o transforma, é a beleza do Corão que o lisonjeia. No entanto, Jesus são somente ensinou ou expôs sua mensagem. Ele era a sua própria mensagem”.[5]

A verdade na afirmação de Zacharias é ressaltada pelas diversas vezes nos Evangelhos em que os ensinamentos de Jesus foram simplesmente “Venha a mim”, “Siga-me” ou “Obedeça-me”. Além disso, Jesus deixou claro que sua principal missão era perdoar os pecados, algo que somente Deus poderia fazer.

Em As maiores religiões do mundo, Huston Smith apontou: “Somente duas pessoas surpreenderam tanto seus contemporâneos a ponto de provocarem a pergunta ‘O que é ele?’ em vez de ‘Quem é ele?’. Essas duas pessoas foram Jesus e Buda. As respostas de Jesus e Buda para essa pergunta foram exatamente opostas. Buda disse claramente que ele era um simples mortal, e não um deus, quase que como se estivesse prevendo futuras tentativas de adoração. Jesus, por outro lado, afirmou… ser divino.”[6]

E isso nos leva à questão do que Jesus realmente afirmou sobre si mesmo: Jesus afirmou ser divino?

Jesus afirmou ser Deus?

Então o que convence muitos estudiosos de que Jesus afirmou ser Deus? O autor John Piper explica que Jesus reivindicou poderes que pertenciam exclusivamente a Deus.

“… os amigos e inimigos de Jesus ficavam espantados constantemente com suas palavras e ações. Ao andar pelas estradas, aparentando ser uma pessoa qualquer, ele virava e dizia coisas como “Antes de Abraão nascer, Eu Sou” ou “Quem me vê, vê o Pai”. Ou, com muita calma, depois de ser acusado de blasfêmia, ele dizia: ‘O Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados’. Para os mortos ele simplesmente dizia ‘Apareçam’ ou ‘Ergam-se’. E eles obedeciam. Para as tempestades ele dizia ‘Acalmem-se’. E para um pedaço de pão ele dizia ‘Transforme-se em mil refeições’. E tudo acontecia imediatamente”.[7]

Mas o que Jesus realmente queria dizer com tais afirmações? É possível que Jesus tenha sido meramente um profeta como Moisés, Elias ou Daniel? Mesmo uma leitura superficial dos Evangelhos nos mostra que Jesus afirmou ser mais do que um profeta. Nenhum outro profeta fez afirmações desse tipo sobre si mesmo, de fato nenhum outro profeta jamais se colocou no lugar de Deus.

Alguns dizem que Jesus jamais disse explicitamente “Eu sou Deus”. É verdade que ele jamais disse exatamente as palavras “Eu sou Deus”. No entanto, Jesus também nunca disse explicitamente “Eu sou um homem” ou “Eu sou um profeta”. Ainda assim, Jesus foi sem dúvida humano, e seus seguidores o consideravam um profeta como Moisés ou Elias. Assim, não podemos rejeitar o fato de que Jesus era uma divindade somente pelo fato dele não ter dito exatamente essas palavras, assim como não podemos dizer que ele não era um profeta.

De fato, as afirmações de Jesus sobre si mesmo contradizem a noção de que ele era simplesmente um grande homem ou um profeta. Em mais de uma ocasião, Jesus chamou a si mesmo de Filho de Deus. Quando questionado se acreditava na possibilidade de Jesus ter sido o Filho de Deus, o vocalista da banda U2, Bono, respondeu:

“Não, não é improvável para mim. Veja bem, a resposta secular para a história de Cristo é sempre esta: ele era um grande profeta, claramente uma pessoa muito interessante e com muitas coisas a dizer, assim como outros grandes profetas como Elias, Maomé, Buda ou Confúcio. Porém na verdade Cristo não deixava você fazer isso. Ele não o isentava das responsabilidades. Cristo dizia: ‘Não, não estou dizendo que sou um professor, não me chame de professor. Não estou dizendo que sou um profeta. … Estou dizendo que sou a encarnação de Deus’. E as pessoas dizem: Não, não, por favor, seja apenas um profeta. Um profeta nós podemos aceitar.”[8]

Antes de analisarmos as afirmações de Jesus, é importante entendermos que essas afirmações foram feitas no contexto da crença judaica em um único Deus (monoteísmo). Nenhum Judeu fiel acreditaria em mais de um único Deus. E Jesus acreditava no Deus único, orando para seu Pai como “o único Deus verdadeiro”.[9]

Mas na mesma oração, Jesus falou sobre ter sempre existido com seu Pai. E quando Filipe pediu a Jesus para que ele lhe mostrasse o Pai, Jesus disse: “Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai.”[10] Assim a pergunta é: “Jesus afirmava ser o Deus hebraico que criou o universo?

Jesus afirmou ser o Deus de Abraão e Moisés?

Jesus continuamente fazia referência a si mesmo de formas que confundiam seus ouvintes. Como aponta Piper, Jesus fez uma afirmação audaciosa, “Antes de Abraão nascer, EU SOU.”[11] Ele falou a Marta e a outros ao seu redor: “EU SOU a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá.”[12] Da mesma forma, Jesus fazia afirmações como, “EU SOU a luz do mundo”[13], “EU SOU o único caminho para Deus”[14]ou “EU SOU a ‘verdade’[15]. Essas e muitas outras de suas afirmações começavam coma as palavras sagradas para Deus, “EU SOU” (ego eimi).[16] O que Jesus quis dizer com tais afirmações e qual é a importância do termo “EU SOU”?

Mais uma vez, precisamos voltar ao contexto. Nas Escrituras Hebraicas, quando Moisés perguntou a Deus Seu nome na sarça ardente, Deus respondeu: “EU SOU”. Ele estava revelando a Moisés que Ele era o único Deus atemporal e que sempre existiu. Incrivelmente, Jesus estava usando essas palavras sagradas para descrever a si mesmo. A questão é: “Por que”?

Desde os tempos de Moisés, nenhum praticante do judaísmo jamais se referiria a si mesmo ou a qualquer outra pessoa usando “EU SOU”. Com resultado, as afirmações de “EU SOU” de Jesus enfurecerem os líderes judaicos. Certa vez, por exemplo, alguns líderes explicaram a Jesus por que estavam tentando matá-lo: “Porque você é um simples homem e se apresenta como Deus”.[17]

O uso do nome de Deus por parte de Jesus deixou os líderes religiosos muito enfurecidos. A questão é que esses estudiosos do Antigo Testamento sabiam exatamente o que ele estava dizendo: ele afirmava ser Deus, o Criador do universo. Somente essa afirmação poderia ter resultado na acusação de blasfêmia. Ao ler o texto, é claro entender que Jesus afirmava ser Deus, não simplesmente por suas palavras, mas também pelas reações a essas palavras.

C.S. Lewis inicialmente considerava Jesus um mito. Porém esse gênio da literatura, que conheci os mitos muito bem, chegou à conclusão de que Jesus tinha de ter sido uma pessoa real. Além disso, conforme Lewis investigava as evidências sobre Jesus, ele se convenceu que Jesus não somente era real, mas também era diferente de qualquer outro homem da história. Lewis escreveu:

“E aí que vem o verdadeiro choque. Entre esses judeus, de repente surge um homem que começa a falar como se Ele fosse Deus. Ele diz perdoar os pecados. Ele diz que Ele sempre existiu. Ele diz que Ele está vindo para julgar o mundo no final dos tempos”.[18]

Para Lewis, as afirmações de Jesus eram simplesmente muito radicais e profundas para terem sido feitas por um simples professor ou líder religioso. (Para um exame mais profundo da afirmação de Jesus sobre a divindade, veja “Jesus afirmou ser Deus?”)

Que tipo de Deus?

Alguns dizem que Jesus afirmava ser apenas uma parte de Deus. Porém a ideia de que todos nós fazemos parte de Deus e de que dentro de nós está a semente da divindade simplesmente não é um sentido possível para as palavras e ações de Jesus. Tais pensamentos são revisionistas e não condizem com seus ensinamentos, suas crenças e com o entendimento de seus ensinamentos por parte de seus discípulos.

Jesus ensinou que ele era Deus do modo que os judeus entendiam Deus e que as Escrituras Hebraicas retratavam Deus, e não do modo que o movimento da Nova Era entendia Deus. Nem Jesus nem seu público conheciam Star Wars, então quando falavam de Deus, eles não estavam falando de forças cósmicas. Trata-se simplesmente de uma má história para redefinir o que Jesus queria dizer com o conceito de Deus.

Lewis explica:

Vamos esclarecer isso. Entre panteístas, como os indianos, qualquer pessoa poderia dizer que é parte de Deus, ou um com Deus… Porém este homem, por ser judeu, não poderia dizer que era esse tipo de Deus. Deus, em seu idioma, significava Estar fora do mundo, aquele que criou o mundo e era infinitamente diferente de qualquer outra coisa. Ao entender isso, você verá que o que esse homem disse, de forma muito simples, foi a coisa mais chocante jamais dita por um homem.[19]

Com certeza existem aqueles que aceitam Jesus como um grande professor, porém ainda recusam chamá-lo de Deus. Como deísta, sabemos que Thomas Jefferson não tinha problemas para aceitar os ensinamentos morais e éticos de Jesus e ao mesmo tempo rejeitar sua divindade.[20] Porém como já dito, se Jesus não era quem afirmava ser, então é preciso analisar outras possibilidades, nenhuma das quais faria dele um grande professor moral. Lewis disse: “Estou tentando impedir que qualquer um diga a coisa mais insensata, que as pessoas dizem frequentemente, sobre Ele: ‘Aceito Jesus como um grande professor moral, porém não aceito as afirmações de que ele era Deus’. É exatamente isso que não podemos dizer”.[21]

Em sua missão em busca da verdade, Lewis sabia que não era possível aceitar as duas identidades de Jesus. Ou Jesus era quem ele afirmava ser, a encarnação de Deus, ou suas afirmações eram falas. Se fossem falsas, Jesus não poderia ter sido um grande professor moral. Ele estaria mentindo de propósito ou teria sido um lunático com um complexo de Deus.

Jesus poderia estar mentindo?

Mesmos os maiores críticos de Jesus raramente o chamaram de mentiroso. Essa classificação não é compatível com os grandes ensinamentos sobre moral e ética de Jesus. Mas se Jesus não era quem afirmava ser, devemos pensar na possibilidade de que ele estava intencionalmente enganando a todos.

Uma das mais conhecidas e influentes obras políticas de todos os tempos foi escrita por Nicolau Maquiavel em 1532. Eu seu clássico, O príncipe, Maquiavel exalta o poder, o sucesso, a imagem e a eficiência acima da lealdade, da fé e da honestidade. De acordo com Maquiavel, não há problemas em mentir quando isso visa um fim político.

Poderia Jesus Cristo ter construído todo seu império com base em uma mentira simplesmente para obter poder, fama ou sucesso? De fato, os inimigos judeus de Jesus constantemente tentavam o expor como uma fraude ou um mentiroso. Eles o bombardeavam de perguntas, tentando fazer com que ele cometesse erros ou se contradissesse. Ainda assim, as respostas de Jesus eram de uma incrível consistência.

Assim, a questão que temos que fazer é: o que poderia motivar Jesus a tornar toda sua vida uma mentira? Ele ensinava que Deus não aceitava mentiras e hipocrisia, assim ele não poderia estar fazendo isso para agradar ao seu Pai. Ele certamente não mentiu em benefício de seus seguidores, uma vez todos, com exceção de um, foram martirizados em vez de renunciar seu Senhor (consulte “Os apóstolos acreditavam que Jesus era Deus?”  Assim, nos restam apenas duas possíveis explicações, ambas as quais são problemáticas.

Benefício

Muitas pessoas mentiram em prol de ganhos pessoais. De fato, a motivação da maioria das mentiras é o benefício que as pessoas veem nelas. O que Jesus poderia querer ganhar ao mentir sobre sua identidade? A resposta mais óbvia seria o poder. Se as pessoas acreditassem que ele era Deus, ele teria um poder imenso (é por isso que muitos líderes antigos, como os imperadores romanos, afirmavam ser de origem divina).

O problema dessa explicação é que Jesus evitava qualquer tentativa de ser colocado no poder, em vez de castigar aqueles que abusam de tal poder e vivem suas vidas em busca dele. Além disso, ele estendia suas mãos para os rejeitados (prostitutas e leprosos), aqueles sem poder, criando uma rede de pessoas cuja influência era menor do que zero. De uma maneira que só pode ser descrita como bizarra, tudo aquilo que Jesus fez e disse ia em direção complemente oposta ao poder.

Se a motivação de Jesus era o poder, ele aparentemente teria evitado a cruz a todo custo. Ainda assim, em diversas ocasiões, ele disse a seus discípulos que a cruz era seu destino e sua missão. Como morrer em uma cruz romana poderia conceder poder a alguém?

A morte, obviamente, trás a devida atenção a qualquer coisa. E enquanto muitos mártires morreram em prol das causas que acreditavam, poucos estiverem dispostos a morrer por mentiras conhecidas. Com certeza todas as esperanças de ganhos pessoais de Jesus teriam acabado na cruz. Ainda assim, até seu último suspiro, ele não abriu mão de afirmar que era o único Filho de Deus. O estudioso do Novo Testamente, J. I. Packer, aponta que este título expressa a divindade pessoal de Jesus.[22]

Um legado

Então se Jesus não mentia em benefício próprio, talvez suas afirmações radicais fossem falsas a fim de deixar um legado. Porém a possibilidade de ser espancado e pregado em uma cruz teria rapidamente acabado com o entusiasmo da grande maioria das pessoas.

Aqui está outro fato assombroso. Se Jesus tivesse simplesmente rejeitado a afirmação de ser Filho de Deus, ele jamais teria sido condenado. Foi sua afirmação de ser Deus e sua relutância a rejeitá-la que fizeram com que ele fosse crucificado.

Se aumentar sua credibilidade e reputação histórica foi o que motivou Jesus a mentir, é preciso explicar como um filho de carpinteiro, proveniente de um pobre vilarejo da Judéia, pode ter previsto os eventos futuros que tornariam seu nome tão conhecido e importante no mundo todo. Como ele poderia saber que sua mensagem sobreviveria? Os discípulos de Jesus tinham fugido e Pedro o negou, o que não é exatamente a melhor ideia para deixar um legado religioso.

Os historicistas acreditam que Jesus mentiu? Estudiosos analisaram a vida e as palavras de Jesus para descobrir se há qualquer evidência de falhas em sua personalidade moral. De fato, mesmo os maiores céticos ficam espantados com a pureza ética e moral de Jesus.

De acordo com o historicista Philip Schaff, não há evidências, tanto na história da igreja quanto na história secular, de que Jesus tenha mentido sobre qualquer coisa. Schaff argumentou: “Como, em nome da lógica, senso comum e experiência, um homem enganador, egoísta e depravado poderia ter inventado e mantido de forma consistente, do início ao fim, a personalidade mais pura e nobre da história, com o mais perfeito ar de verdade e realidade?”[23]

Aceitar a possibilidade de que Jesus era um mentiroso iria em direção oposta a tudo aquilo em prol de que Jesus ensinou, viveu e morreu. Para a maioria dos estudiosos, essa opção simplesmente não faz sentido. Ainda assim, para negar as afirmações de Jesus, é preciso uma explicação. E se as afirmações de Jesus não são verdadeiras, e ele não estava mentindo, a única opção restante é de que ele estava enganando a si mesmo.

Jesus poderia estar enganando a si mesmo?

Albert Schweitzer, ganhador do Prêmio Nobel em 1952 por seus trabalhos humanitários, tinha suas próprias ideias sobre Jesus. Schweitzer chegou à conclusão de que a insanidade era a base das afirmações de Jesus de ser Deus. Em outras palavras, Jesus estava errado em suas afirmações, porém ele não mentiu intencionalmente. De acordo a teoria de Schweitzer, Jesus estava iludido de forma a acreditar que ele era o Messias.

Lewis avaliou cuidadosamente essa possibilidade. Ele deduziu que se as afirmações de Jesus não fossem verdadeiras, então ele era louco. Lewis argumenta que alguém que afirmou ser Deus não seria um grande professor moral. “Ou ele seria um lunático do mesmo nível de uma pessoa que diz ser um ovo cozido ou seria o Diabo do Inferno”.[24]

A maioria das pessoas que estudou a vida e as palavras de Jesus o reconhece como uma pessoa extremamente racional. Embora sua vida tenha sido permeada de imoralidade e ceticismo pessoal, o renomado filósofo francês Jean-Jacques Rousseau (1712–78) reconheceu a personalidade elevada e a presença de espírito de Jesus, declarando: “Quando Platão descreveu seu homem justo imaginário… ele descrever exatamente a personalidade de Cristo. … Se a vida e a morte de Sócrates são as de um filósofo, a vida e a morte de Jesus Cristo são as de um Deus”.[25]

Bono conclui que “louco” é a última coisa que alguém pode pensar de Jesus.

“Assim o que lhe resta é que Cristo era quem Ele dizia ser ou era totalmente louco. E quando digo louco, digo louco como Charles Manson… Eu não estou brincando. A ideia de que toda a história da civilização em mais da metade do planeta foi completamente alterada por um lunático, para mim isso não pode ser verdade…”[26]

Então, Jesus era um mentiroso ou um lunático, ou era o Filho de Deus? Será que Jefferson estava certo ao classificar Jesus como “somente um professor moral”, negando sua divindade? É interessante que o público de Jesus, tanto crentes como inimigos, nunca o consideraram como um simples professor moral. Jesus causou três reações principais nas pessoas com que teve contato: ódio, terror ou adoração.

As afirmações de Jesus Cristo nos forçam a escolher. Como disse Lewis, nós não podemos categorizar Jesus simplesmente como um grande líder religioso ou um grande professor moral. O ex-cético nos desafia a nos decidir a respeito de Jesus, dizendo:

“Você precisa se decidir. Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou é um louco ao algo ainda pior. Você pode calá-lo por Ele ser um louco, você pode cuspir Nele e matá-lo como um demônio ou ajoelhar-se perante Ele e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas não vamos considerar besteiras arrogantes dizendo que Ele era um grande professor moral. Ele não nos deu essa possibilidade. Não era esse seu objetivo”.[27]

Em Cristianismo Puro e Simples, Lewis explora diversas possibilidades a respeito da identidade de Jesus, concluindo que ele é exatamente quem ele afirmava ser. Sua análise cuidadosa da vida e das palavras de Jesus levou esse grande gênio da literatura a renunciar seu o ateísmo e se tornar um Cristão comprometido.

A grande questão da história da humanidade é “quem é o verdadeiro Jesus Cristo”? Bono, Lewis e muitos outros chegaram à conclusão de que Deus visitou a terra em forma humana. Mas se isso é verdade, nos esperaríamos que ele estivesse vivo atualmente. E é exatamente isso seus seguidores acreditam.

Fonte original AQUI

Notas finais

1.  Quoted in Robert Elsberg, ed., A Critique of Gandhi on Christianity (New York: Orbis Books, 1991), 26 & 27.

2.  Joseph Klausner, Jesus of Nazareth (New York: The Macmillan Co., 1946), 43, 44.

3.  Will Durant, The Story of Philosophy (New York: Washington Square, 1961), 428.

4.  Linda Kulman and Jay Tolson, “The Jesus Code,” U. S. News & World Report, December 22, 2003, 1.

5.  Ravi Zacharias, Jesus among Other Gods (Nashville, TN: Word, 2000), 89.

6.  Peter Kreeft and Ronald K. Tacelli, Handbook of Christian Apologetics (Downers Grove, IL: InterVarsity, 1994), 150.

7.  John Piper, The Pleasures of God (Sisters, OR: Multnomah, 2000), 35.

8.  Bono, quoted in, Timothy Keller, The Reason for God (New York: Penguin Group Publishers, 2008), 229.

9.  John 17:3.

10. John 14:9

11. John 8:58.

12. John 11:25

13. John 8:12

14. John 14:6

15. Ibid.

16. For the meaning of “ego eimi.” See, http://www.y-jesus.com/jesus_believe_god_2.php

17. John 10:33

18. C. S. Lewis, Mere Christianity (San Francisco: Harper, 2001), 51.

19. Lewis, Ibid.

20. A Deist is someone who believes in a standoffish God—a deity who created the world and then lets it run according to pre-established laws. Deism was a fad among intellectuals around the time of America’s independence, and Jefferson bought into it.

21. Lewis, 52.

22. J. I. Packer, Knowing God (Downers Grove, IL: InterVarsity, 1993), 57.

23. Philip Schaff, The Person of Christ: The Miracle of History (1913), 94, 95.

24. Lewis, 52.

25. Schaff, 98, 99.

26. Bono, Ibid.

27. Lewis, 52.

Ruínas de Arquata del Tronto depois do terremoto, foto de 2 novembro 2016

A igreja de Santa Maria Assunta, na cidade de Arquata, Itália, foi destruída pelo terremoto de 2016. Tudo desabou e os restos, inclusive obras de arte, foram dados por perdidos, conta o jornal italiano “Avvenire”.

Um ano e meio depois da calamidade, uma equipe de carabinieri, gendarmaria italiana, especializada em bens culturais, comunicou que havia resgatado o tabernáculo e o conservava em custódia e que queria restitui-lo à diocese. Aconteceu então a surpresa que evocou o milagre eucarístico de Siena de 1730.

Dentro do tabernáculo do século XVI, encontraram a píxide bem fechada, embora derrubada, e quarenta hóstias perfeitamente conservadas dentro dela.Tinham passado um ano e meio no abandono, mas estavam pasmosamente íntegras, sem nenhum sinal de mofo ou alteração de espécie alguma.

As hóstias encontradas em perfeito estado na píxide. “Percebia-se ainda o cheiro das hóstias novas. É como se Jesus tivesse sido engolido pelo terremoto e saído vivo dentre as ruínas”, comentou o bispo de Ascoli Piceno, a diocese da paróquia.

Ruínas de Arquata del Tronto depois do terremoto, foto de 2 novembro 2016

O Pe. Angelo Ciancotti, da catedral não conseguia segurar as lágrimas. Ele foi o primeiro em ter a píxide em mãos.

Ele tinha promovido as tentativas de recuperação que só agora foi possível efetivar, retirando o tabernáculo todo golpeado pelos detritos e coberto de pó.

As chaves não deveriam servir mais. Porém, o Pe. Angelo havia conservado uma na esperança de voltar a abrir a casa de Jesus. E essa funcionou imediatamente.

“Na primeira tentativa, o tabernáculo abriu, conta ele. A píxide estava deitada, mas fechada. Nela, o Corpo de Cristo após um ano e meio enterrado, estava perfeito, do ponto de vista da cor, da forma e do odor.

“Não havia nenhuma bactéria ou mofo que pode aparecer em qualquer hóstia depois de semanas enclausurara. Pelo contrário, após um ano e meio, aquelas pareciam ter sido feitas no dia anterior”.

E uma sensação tomou conta das testemunhas: “Ele está presente”.

O terremoto teve uma magnitude de 6.6 no local e atingiu a região de Arquata del Tronto e adjacências em 30 de outubro de 2016 causando imensos danos.

A basílica de Núrsia, erigida no local onde nasceu São Bento foi quase totalmente destruída. Novos tremores de terra acabaram matando em total por volta de 300 pessoas.

“Sim, para mim é um milagre”, disse o Pe. Angelo, para o jornal regional Il Resto del Carlino.

“Quem não tem fé não vai acreditar em nada. O Senhor fez tudo por Si próprio”, comentou o “National Catholic Register” dos EUA.

O sacerdote sabia que as hóstias tinham sido feitas pelas freiras do convento de Santo Onofre e foi tirar a limpo com elas se tinham usado algum tipo de conservante.

“Não, responderam elas, apenas farinha e água”.

Para o Pe. Angelo, foi um “achado prodigioso e inexplicável. (…) Para mim é um milagre e uma mensagem para todos que nos relembra a centralidade da Eucaristia.

“Jesus nos diz: Eu existo e estou convosco. Confiai em Mim.”

Via Ciência confirma Igreja

É bem conhecido que a fé religiosa e espiritualidade ajudam o estado mental de pessoas que sofrem de depressão e até poderia retardar a evolução de tumores. Esta não é uma hipótese, a confirmação experimental vem de uma pesquisa publicada pela revista Cancer em uma grande amostra de pacientes que apresentavam tumores. Ainda não está claro, contudo, como a fé pode influenciar na evolução dos tumores, se ajuda a mudar a atitude psicológica com a qual se enfrenta a doença ou se influencia o funcionamento neurobiológico e imunológico, fortalecendo as defesas.

É um tema apaixonante aprofundado por Boris Cyrulnik, psiquiatra francês de origem judaica, que sobreviveu em sua infância às perseguições nazistas.

O livro Psychothérapie de Dieu [Psicoterapia de Deus, em tradução livre  (imagem da capa acima- Odile Jacob: 2017)] explora em vários capítulos a crescente influência das religiões no mundo ocidental. E essa religiosidade diz respeito a cristãos, judeus e muçulmanos que vivem uma experiência totalizadora que afeta as práticas da vida cotidiana e a sua visão de mundo. E enquanto a religião tem suas próprias cerimônias de culto, a espiritualidade geralmente indica uma vivência e uma jornada interior que não necessita de uma prática religiosa.

A adesão e o pertencimento à religião são construídos dia a dia desde a infância, como a linguagem, escreve Cyrulnik. De fato, através do exemplo e das orientações dos pais, as crianças introjetam a fé que se torna parte integrante de sua identidade. No filme de Woody Allen ‘Crimes e Pecados ‘o protagonista, que pertence a uma família judaica praticante, relata que, quando criança os pais lhe repetiam “Deus olha o tempo todo o que você faz”: “Talvez por isso – comenta ironicamente – tenha me tornado oftalmologista”.

O sentimento religioso está entrelaçado desde o início com um apego amoroso aos pais e ajuda a sentir-se mais seguro. Quando precisam ser enfrentadas tarefas exigentes ou se sofrem traumas e adversidades, nos voltamos para Deus com a esperança de que sua intervenção possa ser decisiva. E também quando nos sentimos sozinhos e desesperados, a relação emocional com Deus pode ser reconfortante, ajudando a reencontrar a própria segurança pessoal.

Mas o sentimento religioso não afeta apenas a mente, o corpo também é envolvido. Nas práticas religiosas, os fiéis ajoelham-se e deitam-se no chão, batem no peito, movem-se ritmicamente com o corpo, quase a reforçar com um envolvimento total a própria participação religiosa. O próprio cérebro é chamado em causa quando nos dirigimos à religião, principalmente quando se atingem experiências de ascetismo e êxtase.

Talvez no livro não seja suficientemente aprofundado o envolvimento do cérebro na vivência religiosa, embora estudos interessantes tenham sido publicados nos últimos anos. Estes incluem um estudo italiano que documentou quais áreas cerebrais são ativadas quando há uma imersão na meditação e se entra em um mundo transcendente, no qual se perde a noção do tempo e se atinge uma fusão ideal. Não seria uma única área cerebral que explicaria a espiritualidade, existiria a intervenção de grandes áreas cerebrais que interagem entre si, desde o córtex frontal até o córtex temporal e parietal. O maior valor do livro consiste em abordar os significados da experiência religiosa com espírito crítico, mas também profundamente respeitoso, também porque as religiões estão assumindo cada vez mais relevância no mundo contemporâneo.

Fonte: La Repubblica

A ofensiva de críticas e calúnias forçou a criação de um setor médico para apurar a autenticidade das curas sobre bases estritamente científicas.

Para cortar o passo às más interpretações iniciais, em 28 de julho de 1858 — ou seja, doze dias após a última aparição — o bispo diocesano, D. Laurence, nomeou uma “comissão encarregada de constatar a autenticidade e a natureza dos fatos que têm acontecido… numa gruta no oeste da cidade de Lourdes”.

Foi o ponto de partida do atual Bureau Médico de Lourdes.

Com ele, o espírito naturalista e de orgulho revolucionário haveria de sofrer outro revés.

Pois o Bureau passou a constatar, com base em critérios muito rígidos, que o inexplicável naturalmente — o milagre — acontece para aqueles que apelam à graça da Virgem Santíssima, que esmaga sob seus pés o pai de todas as revoltas, Satanás.

O atual Bureau Médico de Lourdes apura, apenas do ponto de vista médico, se as curas alegadas pelos fiéis são explicáveis ou não pela ciência.

Se não o são, o Bureau encaminha a conclusão do inquérito ao Bispo da diocese do miraculado.

O Prelado então decide se reconhece oficialmente ou não o milagre.

As atribuições estão muito claramente definidas. O Bureau se pronuncia apenas do ponto de vista médico, jamais do ponto de vista religioso-sobrenatural. Por isso, não fala em milagre, mas em cura inexplicável pela ciência.

Por sua vez, os Bispos não se pronunciam do ponto vista médico. Eles apenas proclamam que houve milagre, quando julgam isso oportuno.

Portanto, a constatação pelo Bureau, de cura que vai além de quanto a medicina conhece, é o primeiro e indispensável passo para o reconhecimento oficial do milagre.

***

O milagre mais recente foi reconhecido em 2018

Confira o mais recente dos 70 milagres confirmados em Lourdes – entre milhares de alegações de milagres que a Igreja descartou por constatar que eram curas cientificamente explicáveis. O milagre número 70 foi oficialmente divulgado em fevereiro de 2018, após nada menos que 10 anos de estudos e avaliações:

Dom Jacques Benoit-Gonnin, bispo de Beauvais, na França, anunciou oficialmente o reconhecimento do 70º milagre atribuído à intercessão de Nossa Senhora de Lourdes.

Trata-se da cura milagrosa da irmã Bernadette Moriau, uma religiosa que atualmente tem 79 anos de idade. Ela não conseguia andar sem ajuda e peregrinou ao santuário mariano em 2008. Após anos de avaliações e estudos por parte de médicos, cientistas e autoridades católicas responsáveis pela análise de supostos milagres, a confirmação de que esta cura é cientificamente inexplicável foi tornada pública de modo oficial neste domingo, 11 de fevereiro, dia em que a Igreja celebra Nossa Senhora de Lourdes e o Dia Mundial dos Enfermos.

A religiosa, que pertence à congregação das Franciscanas Oblatas do Sagrado Coração de Jesus, sofria de um tipo de estenose espinhal que afeta o conjunto de nervos localizado ao final da medula espinhal. A doença, que é conhecida como “síndrome da cauda equina”, afetava a irmã Bernadette desde o final dos anos 1960.

Em vídeo postado no YouTube, a religiosa relata:

“Em fevereiro de 2008, o meu médico me convidou a fazer uma peregrinação diocesana de 3 a 7 de julho (…) Eu nunca tinha estado em Lourdes. Quando estava doente, visitei o santuário com a alegria de todos os peregrinos, porque naquele ano celebramos os 150º aniversário das aparições de Nossa Senhora. Na gruta, eu senti a presença misteriosa de Maria e da pequena Bernadette (…) Não pedi a cura, mas a conversão do coração e a força para seguir o meu caminho”.

Quatro dias depois de terminar a peregrinação a Lourdes, a freira teve “uma sensação de calor e uma melhora em todo o meu ser. Eu me senti bem”. A experiência aconteceu durante a adoração ao Santíssimo Sacramento, em sua comunidade religiosa.

O bispo de Beauvais explicou, em comunicado oficial, que, naquele mesmo dia, quando a irmã Bernadette acabou a oração e voltou para o quarto, deixou de lado todos os equipamentos e começou a andar imediatamente, sem ajuda e com total autonomia. “As irmãs testemunharam este acontecimento“.

Depois de consultar seu médico, a religiosa procurou a Comissão Médica Internacional de Lourdes, que, conforme o protocolo adotado para todos os casos de supostos milagres de cura ocorridos no santuário, passou a realizar uma série de testes, estudos e exames que duraram 8 anos. Em sua assembleia de 18 e 19 de novembro de 2016, a comissão apresentou a conclusão de que a cura da religiosa é “inexplicável no estado atual dos nossos conhecimentos científicos”.

O bispo relatou que foi oficialmente informado sobre os estudos da comissão médica em fevereiro de 2017, quando deu prosseguimento ao minucioso protocolo da Igreja para as avaliações de milagres desse tipo, submetendo aqueles estudos à consideração de uma comissão diocesana. Após essa análise e as oportunas reflexões sobre as conclusões médicas e a relação entre a cura e a peregrinação realizada pela irmã Bernadette a Lourdes, dom Jacques reconheceu o caráter milagroso da cura “como um sinal dado por Deus através da intercessão de Nossa Senhora de Lourdes“.

O bispo, que não conhecia a religiosa antes da cura inexplicável, se declarou feliz com o milagre, comentando:

Poder expressar conscientemente que Deus interveio é algo que me supera. De fato, para a Igreja, um milagre é uma ação de Deus que diz algo sobre Ele e o seu desígnio para a humanidade. Muitas vezes o milagre é realizado através da intercessão de um santo que é invocado. Neste caso, Deus age através da intercessão da Virgem Maria, venerada em Lourdes“.

Luis Dufaur

Testemunho da miraculada (em Francês)

Alguns dos sofrimentos de Nosso Senhor estampados no Santo Sudário

  • Cinquenta perfurações na fronte, na testa e na nuca foram produzidas pela Coroa de espinhos. Galhos espinhosos muito duros foram grosseiramente trançados, amarrados sobre a cabeça por um punhado de juncos torcidos, e fincados por violentos golpes de porrete.
  • A divina Face está inchada pelas contusões devido às bofetadas, aos socos, aos golpes de bastões e às quedas; o nariz está fraturado: a cartilagem se descolou do osso (o qual não se quebrou); a fronte está contundida; a sobrancelha esquerda, o lábio superior e as maçãs do rosto estão tumefatos.
  • No Corpo martirizado de Nosso Divino Redentor podem contar-se pelo menos 120 golpes de açoite.
  • Os flageladores eram dois, um de cada lado. Nosso Senhor estava amarrado a uma coluna e foi flagelado no Corpo inteiro.
  • O flagelo romano era composto de duas ou três correias de couro que terminavam em pequenos ossos de pontas agudas ou em pequenas travas de chumbo com duas bolas nas extremidades.
  • O ombro direito e o omoplata esquerdo estão machucados pelo peso da Cruz *, que rolando e esfregando-se na carne viva, durante a subida ao Calvário, reabriu, afundou e alargou as feridas da flagelação, até constituir uma só chaga sangrenta.
  • O peito muito saliente denota a terrível asfixia suportada durante as três horas de agonia, e que acabou causando a morte.
  • As feridas dos cravos estão nos pulsos e não nas palmas das mãos.
  • Ao perfurar o pulso, o prego secciona em parte o nervo mediano, causando dores que normalmente fariam desmaiar a vítima, e contrai o polegar para o interior da palma da mão.
  • Os dois joelhos estão chagados devido às quedas durante a subida do Calvário.
  • Um só prego foi suficiente para fixar os pés sobre o madeiro da Cruz; os joelhos foram levemente dobrados, o pé direito aplicado sobre a Cruz e o esquerdo sobre ele.
  • O golpe de lança produziu no sagrado lado uma larga ferida que ficou aberta, pois Nosso Senhor já estava morto. Dela manou sangue em abundância, vindo da aurícula direita do Coração e água da cavidade pleural.
  • Nota: Segundo os estudos feitos por médicos desde Barbet em 1933 até hoje, e confirmados pelos estudos científicos de 1978 realizados pela equipe norte-americana, os condenados à cruz eram obrigados a carregar não a cruz inteira, mas a trave transversal, ou “patibulum”. Esta era encaixada na parte vertical, ou “stipes”, que ficava já fixada no local das execuções. Isso veio confirmar as afirmações feitas por arqueólogos e exegetas de que Nosso Senhor carregou o “patibulum”, a parte transversal, cujo peso foi avaliado em 50 kg. aproximadamente. 

Digitalização de página da Revista Catolicismo

Afirmar que o cristianismo persiste por dois mil anos, alicerçado exclusivamente na coluna da fé, é na melhor das hipóteses ignorância; na pior, desonestidade intelectual. E infelizmente, desconhecimento e improbidade estão em voga na desconstrução do cristianismo, por exemplo: toda pessoa minimamente informada, sabe que existe uma gigantesca probabilidade do universo ter surgido de um evento denominado Big Bang, mas poucas apreendem que antes deste evento não havia matéria, espaço e tempo, ou que tal teoria foi proposta por um padre jesuíta, doutor em astrofísica e amigo de Albert Einstein (1879 – 1955), Pe. Georges Lemaître (1894 – 1966).

Sendo altamente aceitável que a natureza (matéria, espaço e tempo) surgiram do nada [1], similarmente ao que está narrado em Gênesis, não é razoável considerar a hipótese de que o Big Bang possa ter sido gerado por algo incorpóreo, atemporal e não causado, portanto, que transcenda a natureza?

No livro “Não tenho fé suficiente para ser ateu”, os autores Norman Geisler e Frank Turek demonstram que além da cosmologia, diversos outros abundantes fatores apontam claramente para a existência do Deus Cristão. Como acima foi sumarizado o conceito cosmológico, leia abaixo alguns parágrafos do capítulo que destrói o darwinismo:

Johnny, com 16 anos de idade, desceu de seu quarto e correu para a cozinha atrás de uma tigela de seu cereal favorito: Alpha Bits, aqueles flocos de cereal com o formato de letras do alfabeto. Quando chegou à mesa, foi surpreendido por ver que a caixa do cereal estava aberta, o conteúdo fora derramado e as letras formavam a mensagem LEVE O LIXO PARA FORA — MAMÃE em sua tigela.

Lembrando-se de uma recente aula de biologia do ensino médio, Johnny não atribuiu a mensagem à sua mãe. Além do mais, ele aprendeu que a vida em si é meramente um produto do acaso, das leis naturais. Se era esse o caso, pensou Johnny, por que não seria possível que uma simples mensagem como “Leve o lixo para fora — Mamãe” não fosse o produto do acaso e das leis naturais? Talvez o gato tivesse derrubado a caixa ou um terremoto tivesse chacoalhado a casa. Não fazia sentido chegar a qualquer conclusão. Johnny não queria levar o lixo para fora de jeito nenhum. Ele não tinha tempo para as tarefas da casa. Estava em suas férias de verão e queria ir para a praia. Mary estaria lá.

Uma vez que Mary era a garota de quem Scott também gostava, Johnny queria chegar à praia mais cedo para surpreender Scott. Mas quando Johnny chegou, viu Mary e Scott caminhando de mãos dadas pela praia. Enquanto os seguia a distância, olhou para baixo e viu um coração desenhado na areia com as palavras “Mary ama Scott” rabiscadas no meio. Por um momento, Johnny sentiu seu coração afundar. Mas as lembranças de sua aula de biologia o resgataram do desespero profundo.

• • •

É desonestidade ou cegueira proposital sugerir que mensagens como “Leve o lixo para fora — Mamãe” e “Mary ama Scott” são obras de leis naturais. Contudo, essas conclusões são perfeitamente compatíveis com os princípios ensinados na maioria das aulas de biologia do nível médio e das universidades hoje em dia. É nesses lugares que os biólogos naturalistas afirmam dogmaticamente que mensagens muito mais complicadas são produtos de leis naturais. Eles fazem essa afirmação na tentativa de explicar a origem da vida.

• • •

Desde a década de 1950, o avanço da tecnologia tem capacitado os cientistas a descobrirem um pequeno mundo de impressionante projeto e espantosa complexidade. Ao mesmo tempo que os nossos telescópios estão vendo muito mais longe no espaço, nossos microscópios estão olhando cada vez mais fundo nos componentes da vida. Enquanto as nossas observações espaciais estão se rendendo ao princípio antrópico da física, nossas observações da vida estão cedendo ao impressionante princípio antrópico da biologia.

Para demonstrar o que queremos dizer, vamos considerar a assim chamada vida “simples” — um animal unicelular conhecido como ameba. Os naturalistas evolucionistas afirmam que essa ameba unicelular (ou alguma coisa semelhante a ela) se formou por meio de geração espontânea (sem intervenção inteligente) num pequeno lago aquecido em algum lugar da Terra, quando ela ainda estava em seus primórdios. De acordo com a teoria, toda a vida biológica evoluiu baseando-se nessa ameba inicial, sem nenhum tipo de orientação inteligente. Naturalmente, esta é a teoria da macroevolução: do infantil para o réptil e do réptil para o gentio; ou do angu até tu, passando pelo zoológico.

Aqueles que acreditam nessa teoria da origem da vida são chamados de muitos nomes: naturalistas, evolucionistas, materialistas, humanistas, ateus ou darwinistas. Independentemente da maneira pela qual chamamos aqueles que acreditam nessa teoria, o ponto principal para nós é este: “Sua teoria é verdadeira?”. Parece-nos que não.

Esqueça as afirmações darwinistas de que os homens descendem dos macacos ou que os pássaros evoluíram dos répteis. O problema principal para os darwinistas não é explicar de que maneira todas as formas de vida estão relacionadas (embora, isso ainda é um grande problema). O problema principal para os darwinistas é explicar a origem da primeira vida. Para que a macroevolução naturalista seja verdade, a primeira vida precisa ter sido gerada espontaneamente com base em elementos químicos inanimados. Infelizmente, para os darwinistas, a primeira vida — na verdade, qualquer forma de vida — não é de forma alguma “simples”. Isso ficou muitíssimo claro em 1953, quando James Watson e Francis Crick descobriram o DNA, a química que codifica instruções para a construção e a replicação de todas as coisas vivas.

Figura 1

O DNA tem uma estrutura em forma de hélice que se parece com uma escada torcida. Os lados da escada são formados por desoxirribose e fosfato, e os degraus da escada consistem em ordens específicas de quatro bases de nitrogênio. Essas bases de nitrogênio recebem o nome de adenina, timina, citosina e guanina, comumente representadas respectivamente pelas letras A, T, C e G [figura 1]. Essas letras compõem o que é conhecido como o alfabeto genético de quatro letras. Esse alfabeto é idêntico ao alfabeto ocidental em termos de sua habilidade de comunicar uma mensagem, exceto pelo fato de que o alfabeto genético tem apenas quatro letras, em vez das 26 que conhecemos no alfabeto ocidental. Assim como uma ordem específica das letras numa frase transmite uma mensagem singular, a ordem específica de A, T, C e G dentro de uma célula viva determina uma composição genética singular daquela entidade viva. Outro nome para essa mensagem ou informação, quer esteja numa frase quer no DNA, é “complexidade específica”. Em outras palavras, ela não é apenas complexa, mas também contém uma mensagem específica.

A incrível complexidade específica da vida torna-se óbvia quando alguém considera a mensagem encontrada no DNA de uma pequena ameba unicelular (uma criatura tão pequena que centenas delas poderiam ser colocadas uma ao lado da outra num espaço de 1 centímetro). Richard Dawkins, cientista darwinista convicto e professor de zoologia na Universidade de Oxford, admite que a mensagem encontrada apenas no núcleo de uma pequena ameba é maior do que os 30 volumes combinados da Enciclopédia Britânica, e a ameba inteira tem tanta informação em seu DNA quanto mil conjuntos completos da mesma enciclopédia! Em outras palavras, se você fosse ler todos os A, T, C e G na “injustamente chamada ameba ‘primitiva” (como Darwin a descreve), as letras encheriam mil conjuntos completos de uma enciclopédia!

Precisamos enfatizar que essas mil enciclopédias não consistem em letras aleatórias, mas em letras numa ordem muito específica — tal como as enciclopédias reais. Portanto, aqui está a principal pergunta para os darwinistas como Dawkins: mensagens simples como “Leve o lixo para fora — Mamãe”, “Mary ama Scott” e “Beba Coca-Cola” exigem um ser inteligente, então por que a mensagem dessas mil enciclopédias não exigiria um também?

Obviamente, a obra de Geisler e Turek não tem a presunção de permutar fé por ciências, mas os autores selam o conceito proferido por Albert Einstein: A ciência sem a religião é aleijada; a religião sem a ciência é cega”.

E, como o crivo científico é limitado [2], capítulos que visam provar a divindade de Jesus Cristo, como o nono (“Possuímos testemunho antigo sobre Jesus?”), utilizam critérios investigativos frequentemente utilizados por historiadores.

Enfim, qualquer virtuoso ateísta que leia este livro precisará ter mais fé que a maioria dos cristãos para manter-se em sua cosmovisão, do contrário, ao ser questionado sobre a existência de Deus, responderá como Henry Millero problema não é se eu acredito em Deus, mas se Deus acredita em mim.

Escrito por Eric M. Rabello.

Via Culturateca

Notas:

  1. Até mesmo renomados ateus, como o astrofísico Lawrence Krauss, assumem que o universo surgiu do nadaRetornar
  2. Além do exemplo incorporado no parágrafo que referencia esta nota, outros limiares são intransponíveis para as ciências. Algumas conjunturas clássicas são: a matemática e a lógica são pressupostas pelas ciências, portanto, não são passíveis de provas; a estética não é avaliável cientificamente (a beleza de um quadro não pode ser provada pelas ciências, – formosas combinações entre cores e formas apenas geram protótipos ou plágios); a ética foge do domínio científico (é impossível comprovar cientificamente que os nazistas estavam errados); por fim, a própria crença de que o método cientifico descobre a verdade não pode ser comprovada cientificamente. 

O físico e matemático belga, que combinou ciência e fé em seus trabalhos, foi o primeiro a falar da origem do universo em expansão e com um passado infinito

O cientista e sacerdote católico belga Georges Lemaître com grande humildade foi capaz de corrigir o próprio Albert Einstein. Estamos falando do padre da Teoria do Big Bang, que tentou demonstrar a origem do universo.

Sem renunciar à sua fé católica, Lemaître falou de um passado infinito do universo, mas que não entrava em contradição com sua crença em um Deus criador do mundo, já que tanto Aristóteles quanto São Tomás de Aquino mostraram que a criação de um universo não precisaria de um começo no tempo.

Sua precocidade para a ciência, destacando-se em matemática e física, era paralela à sua vocação, já que aos 9 anos ele decidiu que seria sacerdote. Ele alcançou sucesso em ambos os âmbitos graças ao conselho de seu pai para que primeiro estudasse e depois fosse ordenado padre. Ele conseguiu bolsas de estudo, viajou pelo mundo e obteve reconhecimento, mas sua humildade permitiu que as honras e fama de suas descobertas e contribuições para a astronomia e astrofísica fossem creditadas a outros.
Talvez a definição mais precisa de Lemaître e suas descobertas tenha sido dada pelo próprio Albert Einstein, ao escutá-lo em uma conferência na Califórnia. Em pé, ele afirmou que a teoria da origem do universo “é a mais bela e satisfatória explicação da Criação que em algum momento eu tenha escutado”.

Georges Henri Joseph Édouard Lemaître nasceu em 17 de julho de 1894, na localidade belga de Charleroi. Ele era o mais velho entre os quatro irmãos e desde muito cedo mostrou sua precocidade em matemática e física, mas também em sua vocação pessoal, anunciando a seus pais, aos nove anos de idade, que queria ser padre.

Encorajado por seu pai, Georges Lemaître decidiu estudar primeiro, antes de entrar no seminário, e matriculou-se na Escola Superior Jesuíta do Sagrado Coração, em Charleroi, onde destacou-se em química, física e matemática. Em 1910, seu pai conseguiu um novo emprego e mudou-se com a família para Bruxelas. O jovem Lemaître, já com 16 anos, matriculou-se em outra escola jesuíta, o Colégio Saint Michel, onde seus professores descobriram suas habilidades excepcionais em matemática e física.

Embora ainda gostasse da ideia de se tornar padre, Georges decidiu estudar engenharia em vez de teologia. Em 1911 ingressou na Universidade Católica de Lovaina para fazer o curso de engenharia. Em julho de 1913, obteve o diploma e começou a trabalhar como engenheiro de minas.

A Primeira Guerra Mundial forçou-o a parar seus estudos e servir como voluntário no exército belga, alcançando o posto de Primeiro-Sargento. Por sua bravura, foi condecorado com a medalha da Cruz de Guerra, além de ter sido expulso de uma missão após ter dito ao instrutor que seus cálculos balísticos estavam errados. No entanto, as atrocidades vistas na guerra amplificaram sua vocação sacerdotal. Algum colega de aula viria a recordar posteriormente que sua vocação de fé e da ciência se mantinham em tamanha sincronia que ele era visto por aí lendo o livro de Gênesis da Bíblia da mesma maneira que lia artigos de equações de físicos franceses.

Retomou seus estudos e em 1920, aos 26 anos, foi premiado com a mais alta distinção, um doutorado em Ciências Matemáticas por sua tese ‘A aproximação de funções reais de várias variáveis’. Georges Lemaître também obteve um bacharelado em filosofia baseado no sacerdote italiano do século XIII, São Tomás de Aquino.

Seu passo seguinte foi dar início à sua caminhada para tornar-se padre, ao ingressar naCasa de Saint Rombaut, em outubro de 1920. Seus professores, notando seu interesse contínuo em matemática e física, sugeriram que ele estudasse o trabalho de Albert Einstein. Lemaître assim o fez, aprendendo sobre o cálculo do tensor e a relatividade geral dos livros escritos pelo famoso astrônomo matemático Arthur Eddington.

Em 1922, Lemaître apresentou a tese ‘A Física de Einstein’, que rendeu-lhe uma bolsa de estudos do governo belga e a possibilidade de ir para a Universidade de Cambridge (Inglaterra), como pesquisador de astronomia. Quase em paralelo, foi ordenado sacerdote em setembro de 1923, aos 29 anos. No entanto, ao invés de exercer como padre em uma paróquia ou colégio, Lemaître utilizou a bolsa para estudar a teoria da relatividade geral e trabalhar pessoalmente com Eddington, que sugeriu a Lemaître que começasse a trabalhar em um doutorado sobre o universo.

Eddington pediu a Lemaitre que aplicasse as regras da relatividade geral ao conteúdo de seu trabalho para ver quais seriam os resultados. Lemaître descobriu duas soluções para o problema de Eddington: a primeira consistia em uma proposta feita por Einstein, em 1917, de um universo fechado, estável e estático, cuja densidade de energia em massa fosse constante; a segunda estava relacionada com a proposta de Willem de Sitter, também em 1917, de um universo cujo comportamento em grande escala fosse dominado pela constante cosmológica (a densidade de energia do espaço vazio).

Georges Lemaître cruzou o Atlântico para conduzir pesquisas na Universidade de Harvard e também matriculou-se como aluno para um doutorado em Física no MIT(Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Durante sua estada nos Estados Unidos, viajou muito e conheceu os mais importantes astrônomos e físicos do país, incluindoForest Ray Moulton, William Duncan MacMillan, Vesto Slipher, Edwin Hubble e Robert Millikan.

Georges retornou à Bélgica no verão de 1925 e, apoiado e recomendado por Eddington, foi nomeado professor associado de matemática na Universidade Católica de Lovaina. Em 1927, defendeu sua tese no MIT: ‘O campo gravitacional em uma esfera fluida de densidade invariante uniforme, segundo a teoria da relatividade’.

Neste novo papel de pesquisador e divulgador, Georges Lemaître realizou a derivação do que hoje é conhecida como a Lei de Hubble, que relata a velocidade com que uma galáxia se afasta e a sua distância. A famosa Conferência Solvay de 1927 contou com a presença da maioria dos principais físicos. Einstein também participou e falou com Lemaître, dizendo-lhe que suas ideias já haviam sido apresentadas por Friedmann, em 1922. Além disso, disse-lhe que, por mais que acreditasse que suas soluções para as equações da relatividade geral estivessem matematicamente corretas, traziam soluções que não eram fisicamente possíveis. Especificamente, Einstein disse-lhe: “Seus cálculos estão corretos, mas sua compreensão da física é abominável”.

Einstein não estava sozinho ao achar as ideias de Lemaître inaceitáveis. Pelo contrário, essa era a opinião de quase todos os cientistas. No entanto, em 1929, Hubble publicou um trabalho que apresentava grandes evidências de um universo em expansão, contradizendo a teoria de um universo estático, até então aceita.

Eddington e outros membros da Real Sociedade Astronômica (Royal Astronomical Society) começaram a trabalhar para tentar resolver o problema originado pela discrepância entre a teoria e a observação, com uma parte da teoria de Lemaître que os cientistas – incluindo Eddington – acharam impossível de aceitar: como foi que o universo teve um começo em um tempo finito no passado, da mesma forma que a religião católica defende no livro de Gênesis?

Lemaître respondeu às objeções a sua teoria em um documento publicado na revista Nature, em maio de 1931. “Se o mundo começou com um único quantum, as noções de espaço e tempo não teriam nenhum significado no princípio; só começariam a ter algum significado sensato quando o quantum original fosse dividido em um número suficiente de quanta. Se esta sugestão estiver correta, o começo do mundo aconteceu um pouco antes do começo do espaço e do tempo”. Em realidade, Lemaître sempre expressou que era importante manter uma separação entre as idéias científicas e as crenças religiosas sobre a criação.

Esta foi a primeira formulação explícita da Teoria do Big Bang, atualmente aceita e que naquele momento também era aceita pela maioria dos cientistas e a qual Georges chamou de “hipótese do átomo primordial”. Em 1933, Einstein e Lemaître disponibilizaram-se a ministrar uma série de conferências na Califórnia. Depois de ouvir Lemaître explicar sua teoria em um desses seminários, Einstein levantou-se e disse: “Esta é a mais bela e satisfatória explicação da Criação que em algum momento eu tenha escutado”.

As ideias de Georges Lemaître chegaram à imprensa popular, que o descreveu como o principal líder do momento. Um artigo no ‘New York Times’ mostrou uma foto dele e Einstein com a legenda: “Eles têm um profundo respeito e admiração um pelo outro”. E é o fato de que Lemaître tenha sido tanto um cientista quanto um padre católico que gerou certo fascínio na imprensa popular, até o ponto em que um jornalista escreveu acerca dele: “Não há conflito entre religião e ciência, repete Lemaître diversas vezes… Seu ponto de vista é interessante e importante não apenas porque ele é um padre católico ou um dos principais matemáticos e físicos de nosso tempo, mas porque ele é ambos”.

O maior opositor das hipóteses de Lemaître foi o astrônomo inglês Fred Hoyle, um dos arquitetos do modelo Estacionário. Na verdade, foi ele quem deu seu nome à teoria do Big Bang em uma entrevista de rádio para a BBC e o fez de maneira depreciativa.

Para o sacerdote belga Georges Lemaître, a história do universo divide-se em três períodos: o primeiro é chamado de “a explosão do átomo primitivo”, segundo o qual há cinco bilhões de anos existia um núcleo de matéria hiperdensa e instável que explodiu sob a forma de super-radioatividade. Esta explosão propagou-se durante um bilhão de anos e os astrônomos percebem até hoje seus efeitos sobre os raios cósmicos e as emissões X.

Depois vem o período de equilíbrio ou o universo estático de Einstein. Ele afirma que, após a explosão, estabelece-se um equilíbrio entre as forças de repulsão cósmicas na origem do acontecimento e as forças de gravitação. É durante esta fase de equilíbrio – que dura dois bilhões de anos – que se formam nós que dão origem às estrelas e galáxias.

Finalmente, acontecem os períodos de expansão, iniciados há 2 bilhões de anos, que demonstrariam que o universo está se expandindo a uma velocidade de 170 quilômetros por segundo de maneira indefinida.

Em 1948, George Gamov propôs uma nova descrição do começo do universo. E, embora ele seja considerado atualmente como o pai da teoria do Big Bang, as linhas mestras já estavam presentes de uma maneira muito clara na cosmologia de Lemaître.

O renomado padre belga obteve vários cargos na Pontifícia Academia das Ciências, sendo assessor pessoal do papa Pio XII e presidente da mesma em 1960. Em 1979, durante o discurso do Papa São João Paulo II à Pontifícia Academia das Ciências, por ocasião da comemoração do nascimento de Albert Einstein, ele citou algumas palavras de Lemaître sobre a relação entre a Igreja e a ciência:

“Por acaso a Igreja poderia ter necessidade de ciência? Não: a cruz e o Evangelho lhe bastam. Mas nada que seja humano é alheio ao cristianismo. Como poderia a Igreja se desinteressar na mais nobre das ocupações estritamente humanas: a investigação da verdade?”

Ao fim da sua vida, Georges Lemaître dedicou-se cada vez mais aos cálculos numéricos. Seu interesse pelos incipientes computadores e pela informática acabou por fasciná-lo completamente.

Ele morreu na cidade belga de Lovaina, em 20 de junho de 1966, aos 71 anos, dois anos depois de ter escutado a notícia da descoberta da radiação cósmica de fundo de microondas cósmicas, que era a prova definitiva de sua teoria astronômica fundamental do Big Bang.

O nome em uma cratera na Lua e em um veículo espacial da Agência Espacial Europeia (a ATV5), que nem sequer existe mais, são dois reconhecimentos quase insignificantes para a estatura humana e sua contribuição para a compreensão da origem do universoque nos acolhe.

Fonte: El País

De Federico Piana e Jackson Erpen para o Vatican News

A notícia girou o mundo. Metade das manchas de sangue impressas no sudário não seria compatível com a postura de um homem crucificado e outras nem sequer encontrariam resposta de posição quer na cruz como no túmulo.

Aparentemente ‘uma bomba’, com um pedigree respeitável: a assinatura da Universidade de Liverpool, que publicou o estudo no Journal of Forensic Sciences. Os dois pesquisadores autores do trabalho, Matteo Borrini da mesma universidade e Luigi Garlaschelli, do Comitê Italiano para o Controle de pseudociências, tentaram simular a perda de sangue de um manequim colocado sobre uma toalha: os resultados não deram a mesma evidência do Sudário. A esse ponto, as manchetes da mídia em todo o mundo não hesitaram em afirmar: metade das manchas de sangue não são verdadeiras.

Investigação não crível: não há rigor científico

Chegando aos ouvidos da professora Emanuela Marinelli, estudiosa do Sudário de renome mundial, a ‘bomba’ não a fez saltar da cadeira, antes pelo contrário. Ao telefone, não parece abalada, mas questionada sim. “Você leu o resumo da pesquisa? Não há nada de científico.

Mas parece a você um critério científico pegar um manequim desses utilizados para expor roupas em vitrines de uma loja e com uma esponja embebida em sangue artificial fixada em um pedaço de madeira pressionar sobre o lado direito do boneco para ver onde caem os filetes de sangue?

Este material não tem o rigor científico de outras pesquisas como aquelas realizadas há quarenta anos sobre os cadáveres de homens mortos por hemopericárdio (presumivelmente como Jesus, ndr), posicionados verticalmente e pontos com um bisturi entre a quinta e a sexta costela, assim como fez com a lança o soldado romano. Provas que tiveram resultados diferentes dos de Borrini e Garlaschelli”, explica tudo de uma vez a professora.

Grupos ideológicos financiam pesquisas pseudocientíficas para dizer que o Sudário é falso

Então, alguém pode perguntar-se por que uma instituição do calibre da Universidade de Liverpool decidiu validar e publicar uma pesquisa que apresenta dúvidas em relação às metodologias fundamentais empregadas, capazes de minar sua credibilidade.

A resposta de Marinelli é espetacular. E abre a janela para um outro cenário, mais nebuloso:

para tentar valorizar a tese de que o  Sudário é falso, grupos ideológicos financiam, sem poupar esforços, pesquisas pré-concebidas, pré-construídas. “Basta pagar e as pesquisas são realizadas – explica Marinelli. E também há quem as publica para você. É inegável que por trás de algumas delas, se escondem grupos que querem fazer acreditar que o Sudário é uma falsidade histórica.

Um exemplo para todos: existe um belo documentário chamado “A Noite do Sudário”. Bem, este documentário nunca foi transmitido pela RAI, porque contém uma afirmação que talvez possa não agrada a alguém. E esta afirmação é representada por uma carta em papel timbrado da Cúria de Turim, que o cardeal Anastasio Ballestrero, na época custódio do Sudário, enviou ao seu consultor científico, o engenheiro Luigi Gonella, com a qual sustentava firmemente que em matéria de datação por carbono 14 (mais tarde refutada por várias pesquisas sucessivas, ndr), houve a mão da maçonaria que queria a todo custo provar que o Sudário era da época medieval”.

Em suma, há uma dificuldade em relação a um “verdadeiro Sudário da parte daqueles que querem negar não somente a Cristo, mas também a sua ressurreição”. Como dizia o cardeal Giacomo Biffi: para um católico, descobrir que o Sudário é falso, não muda nada. Tudo muda, no entanto, para um ateu. E talvez disto tenha medo quem procura a todo  custo demonstrar sua falsidade.

Custódio Pontifício do Sudário

Também o Custódio Pontifício do Sudário, Dom Cesare Nosiglia, ofereceu uma reflexão:

“No decorrer dos séculos, e com maior frequência nos últimos anos, existiram muitas tentativas de questionar a autenticidade do Sudário.

Tiveram seu momento de publicidade, com manchetes e artigos de jornais, que davam por válida sua pesquisa e suas conclusões, mas em muitos casos, demonstraram-se cientificamente duvidosas.

Os estudos e as pesquisas – quando conduzidas com critérios científicos e sem hipóteses pré-concebidas – estimulam um debate sereno e construtivo, confirmando o que afirmava São João Paulo II: “O Sudário é uma constante provocação para a ciência e a inteligência.”

Caberá também desta vez a outros cientistas e estudiosos promover um debate e eventualmente contestar no plano científico ou experimental a validade e solidez da pesquisa realizada. É, de qualquer forma, um debate que diz respeito aos estudiosos e cientistas que querem desafiar-se nesta empresa.

Acredito, todavia, que deve ser reiterado um princípio fundamental que deve guiar quem deseja tratar com método rigorosamente científico questões complexas como esta: é o princípio da neutralidade, porque se se parte de um preconceito e a pesquisa é orientada para demonstrá-lo, facilmente se chegará a confirmá-lo. Neste caso, não são mais os fatos que contam, mas as ideias pré-concebidas, frustrando assim aquela neutralidade própria da ciência em relação às convicções pessoais.

No entanto, tudo isso não afeta minimamente o significado espiritual e religioso do Sudário como um ícone da paixão e morte do Senhor, como o definiu o ensinamento dos Pontífices. Ninguém pode negar a evidência de que contemplar o Sudário é como ler as páginas do Evangelho que nos falam sobre a paixão e morte na cruz do Filho de Deus.

Portanto o Sudário, que mesmo não sendo objeto da fé, ajuda porém a própria fé, porque abre o coração daqueles que se aproximam dele e o contemplam, para se tornarem conscientes do que foi a paixão de Jesus na cruz e, portanto, daquele amor maior que Ele nos demostrou ao sofrer terrível violência física e moral pela salvação do mundo todo. Esta sempre foi e continua sendo a razão pela qual milhões e milhões de fiéis de todo o mundo veneram, rezam e contemplam o Sudário e dele obtém esperança para sua vida cotidiana”.

Centro Internacional de Sindonologia

Também pronunciou-se em mérito, o vice-diretor do Centro Internacional de Sindonologia de Turim, Prof. Paolo Di Lazzaro.

“O artigo publicado no Journal of forensic sciences refere-se aos experimentos realizados pelos professores Borini e Garlaschelli em 2014, sobre os quais já se havia discutido na época, com a integração de novas tentativas experimentais. Mesmo contendo vários elementos de interesse, acredito que as modalidades pelas quais esses experimentos foram conduzidos, exigiriam integrações e atenções específicas para serem considerados cientificamente válidas e com alguma autoridade.

As medições de dosagem de sangue no laboratório são realizadas usando um voluntário com boas condições de saúde, em cuja pele limpa o sangue foi derramado contendo um anticoagulante. Estas condições de contorno são muito diferentes daquelas contidas no Sudário. Não levam em consideração a presença na pele do homem do Sudário de poeira, sujeira, suor, hematomas da flagelação e tampouco a acentuada viscosidade do sangue devido à forte desidratação. Não é possível pensar em reproduzir condições realistas do gotejamento de sangue no corpo de um crucificado sem considerar todos esses fatores que afetam significativamente o caminho do sangue escorrendo”.

Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram ver mudanças nas estruturas neurais em áreas específicas do cérebro de pessoas que sofreram abuso infantil.

As dificuldades associadas ao abuso infantil incluem riscos acrescidos de transtornos psiquiátricos, como depressão, bem como altos níveis de impulsividade, agressividade, ansiedade, abuso mais frequente de substâncias e suicídio.

O abuso sexual infantil e não-aleatório afeta entre 5-15% de todas as crianças menores de 15 anos no mundo ocidental.

Pesquisadores do McGill Group for Suicide Studies, do Instituto de Saúde Mental de Douglas e do Departamento de Psiquiatria da Universidade McGill, publicaram pesquisas no American Journal of Psychiatry sugerindo que os efeitos duradouros das experiências traumáticas da infância, como o abuso sexual, podem ser devido a uma estrutura [cerebral] afetada e ao funcionamento das células no córtex cingulado anterior.

Esta é uma parte do cérebro que desempenha um papel importante na regulação das emoções e do humor. Os pesquisadores acreditam que essas mudanças podem contribuir para o surgimento de transtornos depressivos e comportamentos suicidas.

O isolamento das fibras nervosas se acumula durante as duas primeiras décadas de vida

Para a função ideal e a organização do cérebro, os sinais elétricos utilizados pelos neurônios podem precisar viajar em longas distâncias para se comunicar com células em outras regiões. Os axônios mais longos deste tipo geralmente são cobertos por um revestimento chamado mielina. As bainhas de mielina protegem os axônios e os ajudam a conduzir sinais elétricos de forma mais eficiente. O mieloma aumenta progressivamente (em um processo conhecido como mielinização), principalmente durante a infância, e depois continua a amadurecer até o início da idade adulta.

Estudos anteriores mostraram anormalidades significativas na substância branca no cérebro de pessoas que sofreram abuso infantil. (A matéria branca é constituída principalmente por bilhões de fibras nervosas mielinizadas e empilhadas juntas). Mas, como essas observações foram feitas observando os cérebros de pessoas vivas usando MRI, era impossível obter uma imagem clara das células e moléculas de matéria branca que foram afetados.

Para obter uma imagem mais clara das mudanças microscópicas que ocorrem nos cérebros de adultos que sofreram abuso infantil, graças à disponibilidade de amostras de cérebro do Banco de Cérebro de Douglas-Bell, no Canada (onde, além do cérebro, é necessário muitas informações sobre a vida de seus doadores), os pesquisadores conseguiram comparar amostras de cérebro pós-morte de três grupos diferentes de adultos: pessoas que haviam cometido suicídio, que sofriam de depressão e tinham história de abuso na infância (27 indivíduos); pessoas com depressão que se suicidaram, mas que não tinham história de serem abusadas quando crianças (25 indivíduos); e tecido cerebral de um terceiro grupo de pessoas que não tinham doenças psiquiátricas nem história de abuso infantil (26 pessoas).

A conectividade neural prejudicada pode afetar a regulação das emoções

Os pesquisadores descobriram que a espessura do revestimento de mielina de uma proporção significativa das fibras nervosas foi reduzida apenas nos cérebros daqueles que sofreram abuso infantil.

Eles também encontraram alterações moleculares subjacentes que afetam seletivamente as células que são responsáveis ​​pela geração e manutenção de mielina. Finalmente, eles encontraram aumentos nos diâmetros de alguns dos maiores axônios entre esse grupo, e especulam que, em conjunto, essas alterações podem alterar o acoplamento funcional entre o córtex cingulado e as estruturas subcorticais, como a amígdala e o núcleo accumbens (áreas do cérebro ligadas respectivamente a regulação emocional, a recompensa e satisfação) e contribuem para o processamento emocional alterado em pessoas que foram abusadas durante a infância.

Os pesquisadores concluem que a adversidade no início da vida pode interromper de forma duradoura uma série de funções neurais no córtex cingulado anterior. E enquanto eles ainda não sabem onde no cérebro e quando, durante o desenvolvimento, e como, em um nível molecular esses efeitos são suficientes para ter um impacto na regulação das emoções e o apego, eles agora estão planejando explorar isso em pesquisas futuras.

Comentário:

Esse estudo é de grande importância, pois sugere o que no âmbito do comportamento é observado pela psicologia. Sabemos claramente que o abuso infantil gera consequências psicológicas, afetando o comportamento da vítima, mas comprovar isso também através da alteração de microestruturas no cérebro reforça essa noção.

Vale ressaltar que o estudo constata também a plasticidade neuronal. Isto significa que tais alterações podem não ser definitivas. As emoções influenciam a formação das conexões cerebrais e como algo “fluido” pode ser afetado também no decorrer da vida.

Por: Bruno Geoffroy – Universidade McGill
Comentário: Will R. Filho

Pode haver um conflito entre a má ciência e a boa teologia, ou entre a má teologia e a boa ciência, mas é impossível haver um conflito entre a boa ciência e a boa teologia, pela simples razão de que Deus é o autor de ambas.

Uma pesquisa genética extremamente importante confirmou que o melhor da ciência é perfeitamente coerente com o melhor da teologia. Amas tem sua origem no criador.

Neste artigo do site http://www.phys.org, uma pesquisa genética abrangente revela novos aspectos da evolução, relata o autor Marlowe Hood sobre um estudo de cinco milhões de imagens instantâneas de genes — chamados de “códigos de barras do DNA” — que estão depositados no banco de dados do GenBank, que é gerenciado pelo governo dos EUA.

Esses códigos de barras de DNA foram retirados de cerca de 100.000 espécies de animais por pesquisadores de todo o mundo. Os resultados foram publicados na semana passada por Mark Stoeckle, da Universidade Rockefeller, em Nova Iorque, e David Thaler, da Universidade de Basel, na Suíça. 

Praticamente todos os seres vivos vieram a existir mais ou menos ao mesmo tempo“O resultado mais surpreendente do estudo, talvez, é que nove entre dez espécies na Terra hoje, inclusive os seres humanos, vieram a existir entre 100.000 e 200.000 anos atrás. Essa conclusão é muito surpreendente, e eu lutei contra ela o mais que pude,” disse Thaler à AFP.

Essa reação é compreensível: Como alguém explica o fato de que 90% da vida animal, geneticamente falando, é mais ou menos da mesma idade?

“Surpreendente,” realmente. Mais como vulcanicamente explosivo. E a questão é absolutamente profunda: como a evolução pode ser verdadeira quando a evidência científica, baseada nas melhores pesquisas genéticas, revela que todos os seres vivos vieram à existência mais ou menos ao mesmo tempo?

Se esse estudo é válido, a evolução não pode ser verdade, porque a evolução procura nos convencer de que todos os seres vivos vieram a existir através de um processo tedioso que levou milhões e milhões de anos e consistiu de pequenos avanços incrementais na vida animal produzidos por mutações genéticas benéficas que são praticamente desconhecidas no mundo natural.

Os pesquisadores estão aos tropeços tentando encontrar uma explicação evolucionária remotamente plausível para o surpreendente fato de que todos os seres vivos têm a mesma idade. Os vírus, as eras glaciais, os novos competidores e a perda de fontes de alimentos são todos apresentados, de modo hábil, mas pouco convincente, para dar uma cobertura darwiniana a uma teoria que é, de modo óbvio, fatalmente falha.

Eis está a citação de proporções sísmicas: “Ao analisar os códigos de barras em 100.000 espécies, os pesquisadores descobriram um sinal revelador de que quase todos os animais surgiram mais ou menos na mesma época que os seres humanos.”

Como realmente explicamos o fato de que toda vida animal é da mesma idade?

O estudo revela outra descoberta chocante, que também é fatal para a teoria da evolução. Embora a evolução darwinista exija um número incontável de formas transicionais, formas que estão em algum lugar entre uma forma de vida e outra, o registro fóssil não possui fósseis transicionais para os quais uma posição confiável possa ser justificada, nem um só.

O próprio Darwin reconheceu o problema dos elos perdidos em sua própria época, e acreditava otimistamente que o tempo resolveria esse problema — ele imaginou que, à medida que mais e mais fósseis fossem descobertos, finalmente seriam encontrados elos perdidos. Infelizmente para Darwin, a verdade é que temos menos elos hoje do que na época dele, já que os avanços da ciência têm revelado que as formas outrora consideradas de transição não são de forma alguma formas de transição.

Como Stephen Jay Gould, um dos mais proeminentes paleontólogos do mundo, disse: “A extrema raridade das formas de transição no registro fóssil persiste como o segredo comercial da paleontologia.”

Isso prepara o terreno para a segunda citação absolutamente revolucionária do artigo. “E ainda — outra descoberta inesperada do estudo — espécies têm limites genéticos muito claros, e não há nada de interessante no espaço intermediário.” Em outras palavras, a razão pela qual nenhuma forma de transição foi encontrada é bem simples: não há nenhuma.

Existem limites genéticos fixos entre uma forma de vida e outra e entre uma espécie e outra, e absolutamente nenhuma evidência genética de quaisquer supostos “elos perdidos.”

 

Julio Severo , via  BarbWire: The Truth Prevails: Science Confirms Genesis AGAIN

 “Nós encontramos a marca de um selo do século VIII a.C. que deve ter sido feita pelo próprio profeta Isaías a apenas três metros de onde havíamos descoberto uma impressão de selo do rei Ezequias de Judá”

O profeta Isaías é um dos maiores profetas do Antigo Testamento. O nome Isaías significa “Deus ajuda” ou “Deus é auxílio” e viveu entre 765 a.C. e 681 a.C.

Numa visão do trono de Deus no Templo rodeado de serafins, um anjo lhe purificou os lábios com brasas ardentes enquanto a voz de Deus lhe ordenava levar Sua mensagem ao povo.

Em seu livro, incluído na Bíblia, Isaías é o profeta que mais fala sobre o Messias prometido, Nosso Senhor Jesus Cristo, descrevendo-o como “servo sofredor” que morreria pelos pecados da humanidade e como um príncipe soberano que governará com justiça.

O capítulo 53 profetiza nossa Redenção pelo Messias:

“Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas”. (Is 53:5)

Ele também profetizou que Nosso Senhor nasceria de Maria Virgem:

“o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco [Emanuel]” (Is 7,14).

No Novo Testamento há centenas de citações ou referências às suas predições, fato reconhecido até por não católicos:

“O Livro de Isaías contém muitas referências diretas e indiretas ao Messias, chamando-O de ‘Renovo do Senhor’” (Is 4.2), “rebento do tronco de Jessé” (Is 11.1), “meu servo [de Deus]” (Is 42.1), e “o meu escolhido [de Deus], em quem a minha alma se compraz” (Is 42.1).

“A Palavra declara que Ele é o herdeiro por direito ao trono de Davi (Is 9.7; cf. Lc 1.32-33) e diz que Ele autenticará Seu papel como Messias ao curar os cegos, os surdos e os aleijados (Is 29.18; Is 35.5-6; cf. Mt 11.3-5; Lc 7.22).

“Ele também estabelecerá a Nova Aliança (Is 55.3-4; cf. Lc 22.20) e um dia estabelecerá um Reino Messiânico sobre o qual reinará e no qual será adorado (Is 9.7; Is 66.22-23; cf. Lc 1.32-33; Lc 22.18,29-30; Jo 18.36)”. (apud O Evangelho Segundo Isaías”)

Ele viveu no reino de Judá entre os séculos VIII e VII a.C., durante os reinados de Ozias, Jotão, Acaz e Ezequias. Também participou na defesa de Jerusalém cercada pelo rei assírio Senaqueribe.
Mas, só até agora, comemorou Eilat Mazar, pesquisadora do Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém:Mas, fora desta enorme contribuição registrada na Bíblia que constata documentalmente sua existência, não se tinha evidências arqueológicas, portanto materiais, da vida do profeta.

“Nós encontramos a marca de um selo do século VIII a.C. que deve ter sido feita pelo próprio profeta Isaías a apenas três metros de onde havíamos descoberto uma impressão de selo do rei Ezequias de Judá.”

A descoberta foi anunciada por Eliat em seu artigo “Esta é a assinatura do profeta Isaias?” (“Is This the Prophet Isaiah’s Signature?”) publicado na revista Biblical Archaeology Review.

O selo, ou mais propriamente “bula”, foi encontrado num sítio arqueológico em Ophel, área entre o Monte do Templo e a Cidade de Davi, usada na antiguidade como complexo residencial da família real em Jerusalém.

Os arqueólogos encontraram 34 pequenas peças de argila com impressões de “bulas”, com os nomes de seus donos.

Vista geral de Jerusalém com o campo arqueológico de Ophel, local do achado.

Os pedaços de argila tinham apenas um centímetro de diâmetro.

Entre as peças, uma traz o nome do rei Ezequias.

Mas o artefato mais interessante tinha a inscrição “Yesha’yah”, o nome de Isaías em hebraico antigo, acompanhado pelas letras “N”, “V” e “Y”, as três primeiras da palavra “profeta” em hebraico.

O nome de Isaías está claro, mas há discussão sobre uma letra que faltaria para ter certeza da palavra “profeta”.

Para a Dra. Mazar, o lugar exato da letra foi perdido junto com a metade faltante da “bula”.

A inscrição completa deveria dizer “Pertencente a Isaías profeta”.

A Dra. Mazar aponta casos semelhantes verificados em outras descobertas.

E se a interpretação for correta teríamos a primeira prova material extra bíblica da existência do profeta e de que era reconhecido como tal durante sua vida, de acordo com matéria publicada pela “National Geographic”.

O selo, ou bula, com o nome do profeta Isaías, desenterrado em Ophel.

O Antigo Testamento conta episódios em que Ezequias procurou Isaías, indicando que o profeta lhe era bastante próximo e que seria um dos principais conselheiros reais.

“Se for o caso de a peça ser realmente do profeta Isaías, então não seria surpresa encontrá-la perto de uma pertencente ao rei Ezequias dada à relação simbiótica entre o profeta Isaías e o rei Ezequias descrita na Bíblia”, acrescentou Mazar.

A Bíblia é o maior testemunho escrito da Antiguidade. Ela contém a palavra revelada e a ela devemos um assentimento de Fé, inclusive do ponto de vista histórico.

A veracidade inclusive histórica da Bíblia foi confirmada – e continua sendo-o – em inúmeras descobertas de valor científico que confortam às inteligências e corações de boa fé que possam ter dúvidas a respeito.

(via Ciência confirma Igreja)