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Ao menos é o que argumentam o Dr. Philip Zimbardo, da Universidade de Stanford, e a psicóloga Nikita Duncan em seu novo livro: The Demise of Guys: Why Boys Are Struggling and What We Can Do About It.

A mensagem do livro é simples: pesquisas estão demonstrando que homens jovens estão se tornando viciados em videogames e em pornografia online em uma escala sem paralelo com qualquer vício que já tenhamos visto na história.

Mas ao contrário das drogas, do álcool ou do jogo, esses dois vícios não fazem com que a pessoa deseje uma quantidade cada vez maior daquilo que os causa. Em vez disso, eles levam os meninos e os jovens a procurarem a novidade – a próxima grande emoção.

De acordo com Zimbardo e Duncan, trata-se do mesmo fenômeno observado em ratos de laboratório que, quando tiveram a oportunidade, abandonaram a comida a fim de estimular eletricamente a parte do cérebro responsável pelo prazer. Com efeito, os ratos deram alegremente um “curto-circuito” em seus meios naturais de obter prazer a fim de provocar uma emoção que parecia nova a cada vez que ocorria.

“Os homens jovens, que em sua maioria jogam videogames e usam pornografia”, dizem os autores, “estão sendo digitalmente reprogramados de uma maneira completamente nova que exige deles estímulo constante”.

Esse tipo de vício não apenas tira dos rapazes o tempo, o dinheiro e a saúde de que precisam para fazer outras coisas, mas também diminui sua habilidade para aproveitar a vida real, que nunca pode oferecer estímulo com tanta frequência, facilidade ou com tanta variedade. Como resultado disso, afirmam Zimbardo e Duncan, os jovens viciados em sexo e combate digital são menos capazes ou dispostos a participar desses atos na realidade.

Um estudo recente publicado na revista “Psychology Today”, sobre o qual falei no ano passado em “The Point”, reforça esse prognóstico. O estudo descobriu que os homens que assistiam regularmente a pornografia na internet na verdade perdiam sua habilidade de manter relações sexuais na vida real ( Quando casados, claro!)

Como consequência dessa estimulação excessiva, os garotos hoje estão crescendo com “novos cérebros”. Eles não apenas têm uma indisposição para o aprendizado tradicional, falta-lhes capacidade para manter relacionamentos românticos sólidos. Por quê? Porque eles tendem a ser, em grande medida, incapazes de postergar uma gratificação ou de estabelecer objetivos de longo prazo. Eles têm de viver para o agora.

E como qualquer garoto viciado sabe, ao fim e ao cabo isso nos torna infelizes. Uma pesquisa recente do Centro para Controle e Prevenção de Doenças revela que “usuários regulares de pornografia”, apesar da estimulação e excitação constantes, têm maior tendência a se queixar de depressão… de saúde física deficiente e isolamento”. E todos nós provavelmente conhecemos jovens que poderiam usar um pouco mais de tempo livre com pessoas reais e muito menos com Playstation.

Lembro-me de um capítulo de Cartas de um Diabo  a seu Aprendiz, de C. S Lewis, no qual o distinto demônio velho, Fitafuso, diz ao seu sobrinho aprendiz como destruir os seres humanos com prazer: “…sempre tentamos fazer com que se afastem da condição natural de qualquer prazer”, ele escreve, “para que se aproximem daquilo que é menos natural, menos impregnado de seu Criador, e menos prazeroso. A fórmula é a seguinte: uma ânsia cada vez maior por um prazer cada vez menor”.

Mas simplesmente amaldiçoar a traves não resolverá nada. Precisamos reconhecer que, como o próprio Fitafuso admite, todos os prazeres – mesmo os destrutivos – são originalmente baseados no bom  projeto de Deus.

Supões que os rapazes desejem o sexo – dentro do matrimônio. E embora não haja problema algum com eles quando usados com moderação, os videogames não são a verdadeira saída para o desejo masculino de ser heroico e de lutar por causas dignas.

Precisamos aprender como substituir o falso prazer pelo legítimo, encorajando os homens jovens a colocarem de lado imitações baratas e a se preparar espiritual, moral e emocionalmente para ir em busca da coisa verdadeira.

É nesse campo que a Igreja pode liderar a cultura – liderando o esforço para resgatar esta geração de rapazes.

Notifam

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  • Queridos homens solteiros,

    Eu estava tendo uma conversa com um amigo recentemente. Ele é da minha idade, ele é solteiro, e é, eu posso atestar, um bom cara. Eu não o tinha visto há algum tempo, então eu perguntei sobre sua vida amorosa. Ele me disse que está atualmente “saindo” com alguém.

    “O que você quer dizer?” Eu perguntei.

    “Bem, nós saímos algumas vezes. Ela é ótima.”

    “OK, então vocês saindo? Ela é sua namorada?”

    “Não. Eu não penso assim. Mas estamos saindo. Estamos conversando.”

    “Bem, é claro que vocês estão conversando um com o outro. Você fala com ela ao telefone? Você a vê sempre?”

    “Não, enviamos mais mensagens de texto. Eu a vi poucas vezes desde que começamos a sair.”

    “Então você só a conheceu recentemente?”

    “Não, eu a conheço há um tempo, mas saímos apenas por algumas vezes.”

    “Você não saía com ela antes?”

    “Saía. Mas, quero dizer, desde que começamos… Desde que, ah, sei lá o quê…”

    Deixei que a conversa se tornasse confusa, porque a confusão é o jogo atualmente. Todo mundo está confuso. Ser solteiro meio que está sendo confundido. Todo mundo está tão confuso que nem sabe que palavras usar para descrever seus relacionamentos. Uma pesquisa com solteiros feita um tempo atrás pelo USA today apontou algo que tem sido evidente há anos: ninguém tem ideia do que está acontecendo em suas próprias vidas amorosas. Perto de 70 por cento não sabe dizer se estão namorando ou só saindo com alguém.

    Eu acho que é porque a maioria de vocês está muito ocupada “simplesmente saindo.”

    O que é isso, gente? Quantos anos temos?

    Passou de cortejo para namoro, e agora é “sair”. Às vezes, mesmo sair cheira muito a compromisso, caso em que “nos conhecendo” pode ser usado. E se conhecer soa muito sério, talvez nós vamos começar a ouvir “avizinhando-nos”. Essa é uma palavra que eu acabei de inventar, e significa que você e sua amiga do sexo feminino estão muitas vezes no mesmo local, mas de um modo geral, o que não significa que vocês estão realmente naquele local juntos de propósito.

    Quando foi que os homens se tornaram tão temerosos em assumir um compromisso, em assumir a liderança, dizer o que querem, fazer planos de longo prazo, definir metas, perseguir, e falar sobre o futuro?

    Estamos voltando a ser primatas, perdendo a capacidade de sequer discutir o nosso próprio comportamento utilizando palavras e frases. O homem solteiro americano está agora relegado a grunhidos e encolhe os ombros e responde “Qualquer coisa” e “você sabe” quando pressionado para ter uma conversa sobre seus hábitos de namoro. Ou seus hábitos de conversando com, saindo, avizinhamento. Ou o que quer que sejam seus hábitos, entende?

    “Sair” é como descrevemos o que fazemos com os nossos amigos. É isso que você quer? Você quer que aquela mulher bonita seja sua amiga? Ou você prefere que é melhor diferenciar entre o seu relacionamento com ela e seu relacionamento com seu amigo Steve?

    Eu sei que você pode dizer que consegue diferenciar muito bem entre os dois com base em quem você está saindo com, mas eu acho que isso é um problema. E, falando nisso, vamos relaxar com a questão do “ficar”.

    Essa frase faz você soar como um adolescente. Homens adultos contando com as vagas, tímidas palavras de código de calouros do ensino médio. É embaraçoso.

    Hora de acabarem com o absurdo, meus senhores. É hora de crescer. É hora de serem homens. Eu sei que este termo realmente ofende muita gente hoje em dia, mas verdadeiramente, companheiros, vamos nos tornar homens de verdade.

    Confie em mim, eu não sou inocente. Eu sou casado agora, mas fiz parte deste nebuloso, indefinido cenário ficando-mas-não-namorando. Eu nunca gostei dele, porque ninguém gosta. Eu nunca encontrei qualquer felicidade nele, porque ninguém encontra. Mas eu era uma parte do problema. Eu era um varão fracote, com medo de compromissos significativos, com medo de ficar sozinho, medo de rejeição, medo do futuro, medo de ser traído, medo de ser amado. Apenas com medo, realmente. Com medo de tudo.

    Então, um dia, eu conheci Alissa. Ela estava à procura de um homem adulto, e eu estava cansado de joguinhos. Nós dois estávamos exaustos. Então você sabe o que nós fizemos muito cedo na nossa relação?

    Definimos nossos termos.

    Fizemos nossas metas de maneira clara.

    Abrimos-nos um com o outro.

    Conversamos sobre o futuro.

    Usamos palavras como “casamento”.

    Estávamos claros e convictos em nossos propósitos. Eu tinha ambições para o nosso relacionamento. Ambições. Eu tinha uma ideia clara sobre o que eu estava fazendo e por isso que eu estava fazendo isso. Dá pra acreditar? Eu estava naquele relacionamento por um motivo. Eu queria que ele se tornasse algo.

    Veja, eu tinha estado flutuando como detritos sem rumo através de um oceano de intenções nubladas e incerteza, até que eu cresci e percebi que o romance não é um jogo, e a maioria das mulheres não são patricinhas frívolas. Elas querem homens que sabem o que querem e não têm medo de verbalizar isso. E se elas não querem isso, então não são dignas de sua energia. Caia fora. Se ela ainda quer fingir que está no ensino médio, deixe-a viver essa fantasia com outra pessoa.

    Com Alissa, as coisas eram muito claras desde o começo. Tivemos um relacionamento. Um relacionamento de verdade. Meses depois, eu a pedi em casamento. Algumas pessoas esperam mais tempo, o que é bom. Todos têm seu próprio tempo. Mas eu garanto a você, apesar de sentimentos populares dizerem o contrário, não se leva uma década e meia para descobrir as coisas.

    Eu tive muitos namoros fracassados antes de me casar. Alguns terminavam dentro de uns meses, outros levaram muito mais tempo. Mas todos eles acabaram por ser destruídos por problemas que eram claramente evidentes talvez nos primeiros cinco minutos ou menos.

    E, sim, eu entendo. Nossa abordagem moderna desastrosa para namoro (ou qualquer outro nome que se dê) não é tudo culpa dos homens. Mas não há nenhum proveito em parcelar a culpa. Tudo o que se pode fazer, solteiros, é começar vocês mesmos em conjunto. Assumir a liderança.

    Aqui está um pouco de honestidade brutal para você: se você não está pronto para algo sério, então você precisa ir se preparando e deixar estas senhoras em paz até que você esteja preparado. Você não pode sair e fazer sexo (quero dizer, “ficar”, como os escolares dizem) e, em seguida, afirmar que você não está pronto para algo sério. “É tarde demais, amigo. Sexo é algo sério.

    Você pode imaginar um piloto de avião dizendo este tipo de coisa?

    “Atenção, passageiros. Este é o seu capitão falando. Eu só quero dizer-lhes que, já que eu não quero que as coisas fiquem estranhas ou algo assim, então quero dizer que não estou pronto para ser o seu capitão no momento. Quero dizer, sim, eu escolhi pilotar um avião cheio de almas até 32.000 pés para o ar a uma velocidade de 970 quilômetros por hora, mas eu não quero que você pense que isso é tipo, oficial, sabe? Eu tenho as suas vidas em minhas mãos, mas eu não quero que isso seja levado a sério. Na verdade, olha, vou deixar as coisas claras. Eu tenho o meu paraquedas. Vocês não, mas isso é problema de vocês. Eu tenho o que eu preciso para sair dessa. Então, tchau. Aproveitem sua morte flamejante!”

    Apenas, para essa analogia ficar melhor, o capitão mandaria tudo por mensagem de texto, porque ele não tem sequer a coragem de verbalizar isso.

    Se você é um homem adulto, leve as coisas a sério. O que você está esperando? Você é um adulto agora. Está na hora. Seu recesso está sendo muito longo. Se você ainda não está pronto para compromissos amorosos, tudo bem, mas apenas fique de fora inteiramente no mesmo período.

    Não importa o que qualquer um faz, ou diz, ou pensa; não importa o que dizemos a nós mesmos; não importa o que a sociedade insiste, relacionamentos românticos são sempre um negócio sério. Chame do que quiser – ficar, conversando, namorando – há sempre o coração de uma mulher envolvido. Isso significa que você tem uma responsabilidade, certo? Você tem um dever como ser humano, como um adulto, como um homem.

    Ela está sendo vulnerável a você. É preciso honrar essa confiança, protegê-la. E se você não está à procura de qualquer coisa, além de sexo barato e mais um troféu de conquista sexual para pendurar na parede em seu estúdio, então você precisa protegê-la de si mesmo, porque você estará trazendo nada mais que decepção e caos em sua vida.

    Ouça, há um monte de alegria e amor que você está perdendo quando você passa anos pulando de um opaco “ficar” para outro. Sei disso por experiência.

    Se você está saindo com uma mulher e você sente que pode estar envolvido, diga a ela. Ligue para ela. Leve-a para um encontro. Diga as palavras: “Eu gostaria de sair com você”. Nenhuma ambiguidade. Planeje o encontro sozinho. As mulheres querem que você seja decisivo. Pare com o “e aí, o que a gente vai fazer hoje à noite?”. Assuma o controle. Busque-a às 7 da noite. Pague a refeição. Tenha uma conversa com ela. Vá a um boliche ou algo assim. Vá em algum lugar. Abra a porta para ela. Largue o celular. Abra-se para ela. Compartilhe suas ideias, seus sonhos, seus medos. Conheça-a. Conquiste-a. Invista no processo, tão assustador e inseguro quanto pode parecer. Corram o risco, senhores. Corram o risco pelo menos uma vez. Sejam intencionais. Sejam desejáveis. Sejam homens.

    Você não iria entrar em uma entrevista de emprego e dizer ao entrevistador que você não tem certeza se você quer o trabalho, e você não quer nem falar sobre o trabalho, porque isso o assusta e dá-lhe uma dor de barriga, diria? Portanto, não faça isso com as mulheres que você está namorando, ou ficando, ou falando, ou o que quer que seja.

    Nos velhos tempos, chamavam de cortejando. Era muito parecido com o namoro, mas com mais clareza e menos confusão. Talvez devêssemos voltar para essa estratégia.

    Chega de ficar só saindo e ficar. Somos homens adultos. Elas são mulheres adultas. Elas merecem mais, e você também.

  • Fonte: The Matt Walsh Blog 

 

adultescente-300x279MATURIDADE EM FALTA NO MUNDO DOS ADULTESCENTES

Os tais “adultescentes” foram tema de várias colunas minhas no antigo blog da VEJA. Considero o assunto de extrema importância: pais que se recusam a educar seus filhos de verdade acabam gerando uma legião de mimados, que formam a tal geração “mimimi”, extremamente narcísica, hedonista e egoísta. Esse foi o tema da coluna de Rosely Sayão hoje na Folha:

O que é ser adulto, afinal? Ter mais de 18, 21 anos? Não! Ser adulto é ter maturidade, fazer as próprias escolhas na vida e arcar com elas. Esses jovens citados hesitam ao fazer suas escolhas e não arcam com a própria vida: seus pais é que fazem isso. São adolescentes, independentemente da idade. Permanecem sob a tutela econômica dos pais, que não têm coragem de retirá-la.

Jovens que levam esse tipo de vida precisam ainda de seus pais: estes, precisam dar um empurrão no filho para precipitá-lo na maturidade. E, para tanto, eles precisam sentir necessidade disso.

Você já se deu conta, caro leitor, de que criamos os filhos hoje sempre a evitar que eles sintam necessidades? Estamos quase sempre a nos antecipar às necessidades deles: antes que eles queiram, queremos por eles
e damos a eles.

Isso faz com que eles tenham uma visão bem equivocada da vida: acreditam que não precisam batalhar para viver, que outros farão isso por eles. E esses outros são seus pais, não é verdade?

Ou o estado, esse ente abstrato, essa ficção pela qual todos querem viver à custa de todos. Mas o fato relevante é essa postura mimada diante da vida, de quem sempre espera do “outro” alguma coisa, o sustento, os “direitos”.

Em uma resenha de um interessante livro do argentino Sergio Sinay, falei mais do assunto. Em outras ocasiões também já bati nessa imaturidade daqueles que deveriam servir como referência e freio aos mais jovens, mas que acabam lhes instigando um comportamento ainda mais infantil e irrefletido. Eis alguns trechos:

Maturidade exige renúncia, sacrifício, responsabilidade e compromisso. Tudo aquilo que muitos adultos modernos fogem como o diabo foge da cruz. Talvez para aplacar sua angústia existencial, esses adultos desejam permanecer jovens para sempre, e agem como tal. São colegas de seus filhos, e delegam a responsabilidade de educá-los a terceiros. Confundem seus caprichos com direitos. Nas palavras do autor:

Uma sociedade empenhada em permanecer adolescente vive no imediatismo, na fugacidade, nas rebeliões arbitrárias que a nada conduzem, na confrontação com as regras – com qualquer regra, pelo simples fato de existirem – no risco absurdo e inconsciente, na fuga das responsabilidades, na ilusão de ideais tão imprevistos como insustentáveis, na absurda luta contra as leis da realidade que obstruem seus desejos volúveis e ilusórios, na rejeição ao compromisso e ao esforço fecundo, na busca do prazer imediato, ainda que se tenha que chegar a ele através de atalhos, na confusão intelectual, na criação e adoração de ídolos vaidosos colocados sobre pedestais sem alicerces.

Impossível não pensar nos artistas e atletas famosos que levam vidas altamente questionáveis do ponto de vista ético, mas ainda assim viram heróis nacionais. Eis o exemplo que Sinay usa do lado argentino:

Uma sociedade é adolescente quando carece de critérios para distinguir entre as habilidades futebolísticas de seu maior ídolo esportivo, Diego Maradona, e suas condutas irresponsáveis, sua ética duvidosa, seus valores acomodatícios; quando acredita que aquelas habilidades justificam tais ‘desvalores’ e quando, assim como um adolescente, os vê como um tributo invejável.

O ponto de vista de Dom Lourenço de Almeida Prado, que foi reitor do prestigiado Colégio São Bento no Rio, também merece destaque nessa reflexão. Acho que ele resumiu como ninguém a angústia da juventude e o suposto “conflito de gerações”. Segue um longo trecho para reflexão:

O amadurecimento é acima de tudo um processo interior de aquisição da liberdade. A conquista da liberdade, por sua vez, é, no seu início, uma supressão de entraves, desde o mais primitivo, que é o não saber andar, nem falar, até a plena capacidade de locomoção, de ir e vir na cidade civilizada. Mas é, acima de tudo, a formação das qualidades da alma, do saber e da arte, na área da inteligência, e das virtudes, na área da vontade, que como a luz que liberta das trevas, dão os critérios de escolha, a lucidez que gera a segurança.

[…]

O mundo moderno é perturbado pelo equívoco igualitarista. […] Na escola, o aluno e professor são postos frente a frente como adversários numa luta de classes, na qual o aluno é o oprimido. O resultado é uma revolta que, no fundo, é um desafio: provocam a autoridade ao extremo para ver se ela existe. […] No fundo é a angústia da criança desamparada na busca dos verdadeiros adultos, daqueles que têm maturidade tranquila e não são, apesar da idade, inseguros, iguais a ela. […] não existe, a rigor, um conflito de gerações; existe uma polarização que pode gerar conflitos, mas que é, em si mesma, convívio de complementaridade.

[…]

E os adultos estão aí, estimulados por uma falsa psicologia, que alardeia conflitos, ou perplexos porque não se lembram, no momento, da lição do compêndio a ser aplicado ao caso ou receosos de passar por quadrado, procurando imitar o jovem com uma voz em falsete e com um olhar esdudadamente compreensivo. Quebra-se, assim, um polo da complementaridade e, então, vem o conflito de verdade.

[…] pode-se considerar como uma contribuição a esperar-se do jovem um certo tom de imprevidência ou uma certa audácia, acompanhada de uma coragem tangenciando a imprudência que dá ao jovem um saudável espírito de aventura e uma quase presunção de que possa abraçar o mundo. Tudo isso é positivo, mas tudo isso precisa ser contrabalançado, pela presença complementar, quase diria equilibradora do mais velho, de quem se espera, acima de tudo, a sabedoria (fala-se da insubstituível sabedoria dos anciãos, fruto da experiência, do sofrimento, das saudades, que a escola não ensina, mas ensinam os anos de vida). A sabedoria se exprime em prudência, ciência, medida nas coisas, segurança no decidir, medo de improvisar e a consciência de que é portador do facho para quem vem depois.

[…]

Concluindo, creio não ser demais relembrar que o nome tradicional desse encontro de geração é educação.

Que belas palavras! E como estamos longe dessa postura em termos gerais! Em vez de transmitir essa segurança, essa moderação, esses limites aos mais jovens, os “progressistas” jogam lenha na fogueira, atiçam os apetites, justificam quaisquer comportamentos, por mais hedonistas e destrutivos que sejam, parecem querer ver o circo pegar fogo, idealizando a juventude que já lhes escapou. É covardia, pura covardia.

Mas são esses mesmos “progressistas”, aliciadores dos jovens rebeldes, que depois passam a mão na cabeça dos que se desviaram para o crime, tentando impedir sua punição, e clamando, como panaceia, por uma “educação” que foi obliterada e destruída pela própria agenda progressista. É um disparate. Esses jovens estão sem referência, sem freios, sem limites, em boa parte pelas bandeiras progressistas disseminadas pela sociedade. Eles esperam tudo do estado, seu “messias salvador”.

E esses adultos covardes, que se recusam a agir como adultos e educar de verdade, depois procuram aliviar o jovem delinquente de responsabilidade por seus atos, talvez numa tentativa de aliviar a própria culpa e responsabilidade pelo quadro caótico que ajudou a criar. Os jovens estão desamparados pela covardia dos adultos, mas em vez de tirar disso uma lição sobre a importância dos limites e de uma educação mais firme e madura, esses “progressistas” pedem mais paternalismo estatal, diluindo ainda mais a responsabilidade individual numa geleia moral que acaba por tratar bandidos como “vítimas da sociedade”.

Sim, a maturidade está mesmo em falta no mundo, especialmente no Brasil, o “país dos coitadinhos”.

Rodrigo Constantino

logo-sdm-krakow-2016

Foi divulgada mensagem do Papa Francisco para a XXXI Jornada Mundial da Juventude. Com o tema “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7), o Pontífice sublinha que esta JMJ estará inserida no contexto do Ano Santo da Misericórdia e será “um verdadeiro e próprio Jubileu dos Jovens a nível mundial”.

A XXXI Jornada Mundial da Juventude acontecerá em Cracóvia, na Polônia, entre os dias 25 e 31 de julho de 2016.

«Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5, 7)

Queridos jovens!

Chegamos à última etapa da nossa peregrinação para Cracóvia, onde juntos, no mês de Julho do próximo ano, celebraremos a XXXI Jornada Mundial da Juventude. No nosso longo e exigente caminho, temos sido guiados pelas palavras de Jesus tiradas do «Sermão da Montanha». Iniciámos este percurso em 2014, meditando juntos sobre a primeira Bem-aventurança: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3). O ano de 2015 teve como tema «felizes os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5, 8). No ano que temos pela frente, queremos deixar-nos inspirar pelas palavras: «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5, 7).

1. O Jubileu da Misericórdia

Com este tema, a JMJ de Cracóvia 2016 insere-se no Ano Santo da Misericórdia, tornando-se um verdadeiro e próprio Jubileu dos Jovens a nível mundial. Não é a primeira vez que um encontro internacional dos jovens coincide com um Ano Jubilar. De facto, foi durante o Ano Santo da Redenção (1983/1984) que São João Paulo II convocou pela primeira vez os jovens de todo o mundo para o Domingo de Ramos. Depois durante o Grande Jubileu do ano 2000, mais de dois milhões de jovens, provenientes de cerca 165 países, reuniram-se em Roma para a XV Jornada Mundial da Juventude. Como aconteceu nestes dois casos anteriores, tenho certeza de que o Jubileu dos Jovens em Cracóvia será um dos momentos fortes deste Ano Santo.

Talvez algum de vós se interrogue: Que é este Ano Jubilar celebrado na Igreja? O texto bíblico de Levítico 25 ajuda-nos a compreender o significado que tinha um «jubileu» para o povo de Israel: de cinquenta em cinquenta anos, os judeus ouviam ressoar a trombeta (jobel) que os convocava (jobil) para celebrarem um ano santo como tempo de reconciliação (jobal) para todos. Neste período, devia-se recuperar uma relação boa com Deus, com o próximo e com a criação, baseada na gratuidade. Por isso, entre outras coisas, promovia-se o perdão das dívidas, uma particular ajuda a quem caíra na miséria, a melhoria das relações entre as pessoas e a libertação dos escravos.

Jesus Cristo veio anunciar e realizar o tempo perene da graça do Senhor, levando a boa nova aos pobres, a liberdade aos prisioneiros, a vista aos cegos e a libertação aos oprimidos (cf. Lc 4, 18-19). N’Ele, especialmente no seu Mistério Pascal, realiza-se plenamente o sentido mais profundo do jubileu. Quando, em nome de Cristo, a Igreja convoca um jubileu, somos todos convidados a viver um tempo extraordinário de graça. A própria Igreja é chamada a oferecer, com abundância, sinais da presença e proximidade de Deus, a despertar nos corações a capacidade de olhar para o essencial. Nomeadamente este Ano Santo da Misericórdia «é o tempo para a Igreja reencontrar o sentido da missão que o Senhor lhe confiou no dia de Páscoa: ser instrumento da misericórdia do Pai» (Homilia nas Primeiras Vésperas do Domingo da Misericórdia Divina, 1! 1 de Abril de 2015).

2. Misericordiosos como o Pai

Este Jubileu extraordinário tem como lema «misericordiosos como o Pai» (cf. Misericordiae Vultus, 13), aparecendo associado com ele o tema da próxima JMJ. Procuremos então compreender melhor que significa a misericórdia divina.

Para falar de misericórdia, o Antigo Testamento usa vários termos, sendo os mais significativos hesed e rahamim. O primeiro, aplicado a Deus, expressa a sua fidelidade indefectível à Aliança com o seu povo, que Ele ama e perdoa para sempre. O segundo, rahamim, pode ser traduzido por «entranhas», evocando de modo especial o ventre materno e fazendo-nos compreender o amor de Deus pelo seu povo como o duma mãe pelo seu filho. Assim no-lo apresenta o profeta Isaías: «Acaso pode uma mulher esquecer-se do seu bebé, não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Ainda que ela se esquecesse dele, Eu nunca te esqueceria» (Is 49,15). Um amor assim implica criar dentro de mim espaço para o outro, sentir, sofrer e alegrar-me com o próximo.

No conceito bíblico de misericórdia, está incluída também a valência concreta dum amor que é fiel, gratuito e sabe perdoar. Neste texto de Oseias, temos um belíssimo exemplo do amor de Deus, comparado ao dum pai pelo seu filho: «Quando Israel era ainda menino, Eu amei-o, e chamei do Egito o meu filho. Mas, quanto mais os chamei, mais se afastaram (…). Entretanto, Eu ensinava Efraim a andar, trazia-o nos meus braços, mas não reconheceram que era Eu quem cuidava deles. Segurava-os com laços humanos, com laços de amor, fui para eles como os que levantam uma criancinha contra o seu rosto; inclinei-me para ele para lhe dar de comer» (Os 11, 1-4). Apesar do comportamento errado do filho, que mereceria uma punição, o amor do pai é fiel e perdoa sempre um filho arrependido. Como vemos, na misericórdia está sempre incluído o perdão; a mise! ricórdia divina «não é uma ideia abstrata mas uma realidade concreta, pela qual Ele revela o seu amor como o de um pai e de uma mãe que se comovem pelo próprio filho. (…) Provém do íntimo como um sentimento profundo, natural, feito de ternura e compaixão, de indulgência e perdão» (Misericordiae Vultus, 6).

O Novo Testamento fala-nos da misericórdia divina (eleos) como síntese da obra que Jesus veio realizar no mundo em nome do Pai (cf. Mt 9, 13). A misericórdia de Nosso Senhor manifesta-se sobretudo quando Se debruça sobre a miséria humana e demonstra a sua compaixão por quem precisa de compreensão, cura e perdão. Em Jesus, tudo fala de misericórdia. Mais ainda, Ele mesmo é a misericórdia.

No capítulo 15 do Evangelho de Lucas, podemos encontrar as três parábolas da misericórdia: a ovelha tresmalhada, a moeda perdida e a conhecida por «filho pródigo». Nestas três parábolas, impressiona a alegria de Deus, a alegria que Ele sente quando reencontra um pecador e o perdoa. Sim, a alegria de Deus é perdoar! Aqui está a síntese de todo o Evangelho. «Cada um de nós é aquela ovelha tresmalhada, a moeda perdida; cada um de nós é aquele filho que esbanjou a própria liberdade, seguindo ídolos falsos, miragens de felicidade, e perdeu tudo. Mas Deus não Se esquece de nós, o Pai nunca nos abandona. É um pai paciente, espera-nos sempre! Respeita a nossa liberdade, mas permanece sempre fiel. E, quando voltamos para Ele, acolhe-nos como filhos na sua casa, porque nunca, nem sequer por um momento, deixa de esperar por nós com! amor. E o seu coração fica em festa por cada filho que volta para Ele. Fica em festa, porque Deus é alegria. Vive esta alegria, cada vez que um de nós, pecadores, vai ter com Ele e pede o seu perdão» (Angelus, 15 de Setembro de 2013).

A misericórdia de Deus é muito concreta, e todos somos chamados a fazer experiência dela pessoalmente. Quando tinha dezessete anos, num dia em que devia sair com os meus amigos, decidi passar antes pela igreja. Ali encontrei um sacerdote que me inspirou particular confiança e senti o desejo de abrir o meu coração na Confissão. Aquele encontro mudou a minha vida. Descobri que, quando abrimos o coração com humildade e transparência, podemos contemplar de forma muito concreta a misericórdia de Deus. Tive a certeza de que Deus, na pessoa daquele sacerdote, já estava à minha espera, ainda antes que desse o primeiro passo para ir à igreja. Nós procuramo-Lo, mas Ele antecipa-Se-nos sempre, desde sempre nos procura e encontra-nos primeiro. Talvez algum de vós sinta um peso no coração e pense: Fiz isto, fiz aquilo… Não temais! Ele espera-vos. &Eac! ute; pai; sempre nos espera. Como é belo encontrar no sacramento da Reconciliação o abraço misericordioso do Pai, descobrir o confessionário como o lugar da Misericórdia, deixar-nos tocar por este amor misericordioso do Senhor que nos perdoa sempre!

E tu, caro jovem, cara jovem, já alguma vez sentiste pousar sobre ti este olhar de amor infinito que, para além de todos os teus pecados, limitações e fracassos, continua a confiar em ti e a olhar com esperança para a tua vida? Estás consciente do valor que tens diante de um Deus que, por amor, te deu tudo? Como nos ensina São Paulo, assim «Deus demonstra o seu amor para conosco: quando ainda éramos pecadores é que Cristo morreu por nós» (Rm 5, 8). Mas compreendemos verdadeiramente a força destas palavras?

Sei como todos vós amais a cruz das JMJ’s – dom de São João Paulo II – que, desde 1984, acompanha todos os vossos Encontros Mundiais. Na vida de inúmeros jovens, quantas mudanças – verdadeiras e próprias conversões – brotaram do encontro com esta cruz singela! Talvez vos tenhais posto a questão: donde vem esta força extraordinária da cruz? Aqui tendes a resposta: a cruz é o sinal mais eloquente da misericórdia de Deus. Atesta-nos que a medida do amor de Deus pela humanidade é amar sem medida. Na cruz, podemos tocar a misericórdia de Deus e deixar-nos tocar pela sua própria misericórdia. Gostaria aqui de lembrar o episódio dos dois malfeitores crucificados ao lado de Jesus: um deles é presunçoso, não se reconhece pecador, insulta o Senhor. O outro, ao contrário, reconhece ter errado, volta-se para o S! enhor e diz-Lhe: «Jesus, lembra-Te de mim, quando estiveres no teu Reino». Jesus fixa-o com infinita misericórdia e responde-lhe: «Hoje estarás comigo no Paraíso» (cf. Lc 23, 32.39-43). Com qual dos dois nos identificamos? Com aquele que é presunçoso e não reconhece os próprios erros? Ou com o outro, que se reconhece necessitado da misericórdia divina e implora-a de todo o coração? No Senhor, que deu a sua vida por nós na cruz, encontraremos sempre o amor incondicional que reconhece a nossa vida como um bem e sempre nos dá a possibilidade de recomeçar.

3. A alegria extraordinária de sermos instrumentos da misericórdia de Deus

A Palavra de Deus ensina-nos que «a felicidade está mais em dar do que em receber» (At 20, 35). É precisamente por este motivo que a quinta Bem-aventurança declara felizes os misericordiosos. Sabemos que o Senhor nos amou primeiro. Mas só seremos verdadeiramente bem-aventurados, felizes, se entrarmos na lógica divina do dom, do amor gratuito, se descobrirmos que Deus nos amou infinitamente para nos tornar capazes de amar como Ele, sem medida. Como diz São João: «Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus. Aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor. (…) É nisto que está o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados. Car&iacu! te;ssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros» (1 Jo 4, 7-11).

Depois de vos ter explicado muito resumidamente como o Senhor exerce a sua misericórdia para conosco, quereria sugerir-vos em concreto como podemos ser instrumentos desta mesma misericórdia para com o nosso próximo.

Aqui vem-me ao pensamento o exemplo do bem-aventurado Piergiorgio Frassati. Dizia ele: «Jesus faz-me visita cada manhã na Comunhão, eu restituo-a no mísero modo que posso, ou seja, visitando os pobres». Piergiorgio era um jovem que compreendera o que significa ter um coração misericordioso, sensível aos mais necessitados. Dava-lhes muito mais do que meras coisas materiais; dava-se a si mesmo, disponibilizava tempo, palavras, capacidade de escuta. Servia os pobres com grande discrição, não se pondo jamais em evidência. Vivia realmente o Evangelho, que diz: «Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita, a fim de que a tua esmola permaneça em segredo» (Mt 6, 3-4). Imaginai vós que, no dia anterior ao da sua morte, gravemente doente, ainda se pôs a dar orientações sobre o modo como ajudar os seus amigos nec! essitados. No seu funeral, os familiares e amigos ficaram estupefatos com a presença de tantos pobres, a eles desconhecidos, que tinham sido acompanhados e ajudados pelo jovem Piergiorgio.

Sempre me apraz associar as Bem-aventuranças evangélicas com o capítulo 25 de Mateus, quando Jesus nos apresenta as obras de misericórdia e diz que seremos julgados com base nelas. Por isso, convido-vos a redescobrir as obras de misericórdia corporal: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, assistir aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. E não esqueçamos as obras de misericórdia espiritual: dar bons conselhos, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo, rezar a Deus por vivos e defuntos. Como vedes, a misericórdia não é bonomia, nem mero sentimentalismo. Aqui está o critério de autenticidade do nosso ser discípulos de Jesus, da nossa credibilidade como cristãos no mundo de hoje.

Dado que vós, jovens, sois muito concretos, quereria propor-vos a escolha de uma obra de misericórdia corporal e outra de misericórdia espiritual para pôr em prática cada mês nos primeiros sete meses de 2016. Deixai-vos inspirar pela oração de Santa Faustina, apóstola humilde da Misericórdia Divina nos nossos tempos:

«Ajuda-me, Senhor, para que (…)

os meus olhos sejam misericordiosos, de modo que eu jamais suspeite nem julgue as pessoas pela aparência externa, mas perceba a beleza interior dos outros e possa ajudá-los (…);

o meu ouvido seja misericordioso, de modo que eu esteja atenta às necessidades do próximo e não me permitais permanecer indiferente diante de suas dores e lágrimas (…);

a minha língua seja misericordiosa, de modo que eu nunca fale mal do próximo; que eu tenha para cada um deles uma palavra de conforto e de perdão (…);

as minhas mãos sejam misericordiosas e transbordantes de boas obras (…);

os meus pés sejam misericordiosos, levem sem descanso ajuda aos meus irmãos, vencendo a fadiga e o cansaço (…);

o meu coração seja misericordioso, para que eu seja sensível a todos os sofrimentos do próximo» (Diário, 163).

Assim, a mensagem da Misericórdia Divina constitui um programa de vida muito concreto e exigente, porque implica obras. E uma das obras de misericórdia mais evidentes, embora talvez das mais difíceis de praticar, é perdoar a quem nos ofendeu, a quem nos fez mal, àqueles que consideramos como inimigos. «Tantas vezes, como parece difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são condições necessárias para se viver feliz» (Misericordiae Vultus, 9).

Encontro muitos jovens que se dizem cansados deste mundo tão dividido, no qual se digladiam partidários de diferentes facções, existem muitas guerras e há até quem use a própria religião como justificação da violência. Temos de suplicar ao Senhor que nos dê a graça de ser misericordiosos com quem nos faz mal; como Jesus que, na cruz, assim rezava por aqueles que O crucificaram: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23, 34). O único caminho para vencer o mal é a misericórdia. A justiça é necessária, e muito! Mas, sozinha, não basta. Justiça e misericórdia devem caminhar juntas. Quanto desejaria que nos uníssemos todos numa oração coral, saída do mais fundo dos nossos corações, implorando que o Senhor tenha misericórdia de nós e do mundo ! inteiro!

4. Cracóvia espera-nos!

Faltam poucos meses para o nosso encontro na Polónia. Cracóvia, a cidade de São João Paulo II e de Santa Faustina Kowalska, espera-nos com os braços e o coração abertos. Creio que a Providência Divina nos tenha guiado para celebrarmos o Jubileu dos Jovens precisamente no lugar onde viveram estes dois grandes apóstolos da misericórdia dos nossos tempos. João Paulo II intuiu que este era o tempo da misericórdia. No início do seu pontificado, escreveu a encíclica Dives in misericordia. No Ano Santo de 2000, canonizou a Irmã Faustina, instituindo também a Festa da Misericórdia Divina, no segundo Domingo de Páscoa. E, no ano 2002, inaugurou pessoalmente, em Cracóvia, o Santuário de Jesus Misericordioso, consagrando o mundo à Misericórdia Divina e manifestando o desejo de que esta mensagem chegasse a todos os habitantes da terra ! e cumulasse os seus corações de esperança: «É preciso acender esta centelha da graça de Deus. É necessário transmitir ao mundo este fogo da misericórdia. Na misericórdia de Deus o mundo encontrará a paz, e o homem a felicidade!» (Homilia na Dedicação do Santuário da Misericórdia Divina em Cracóvia, 17 de Agosto de 2002).

Queridos jovens, Jesus misericordioso, representado na imagem venerada pelo povo de Deus no santuário de Cracóvia a Ele dedicado, espera-vos. Fia-Se de vós e conta convosco. Tem muitas coisas importantes a dizer a cada um e a cada uma de vós… Não tenhais medo de fixar os seus olhos cheios de amor infinito por vós e deixai-vos alcançar pelo seu olhar misericordioso, pronto a perdoar todos os vossos pecados, um olhar capaz de mudar a vossa vida e curar as feridas da vossa alma, um olhar que sacia a sede profunda que habita nos vossos corações jovens: sede de amor, de paz, de alegria e de verdadeira felicidade. Vinde a Ele e não tenhais medo! Vinde dizer-Lhe do mais fundo dos vossos corações: «Jesus, confio em Vós!» Deixai-vos tocar pela sua misericórdia sem limites, a fim de, por vossa vez, vos tornardes apóstolos da misericórdia, através d! as obras, das palavras e da oração, neste nosso mundo ferido pelo egoísmo, o ódio e tanto desespero.

Levai a chama do amor misericordioso de Cristo – de que falava São João Paulo II – aos ambientes da vossa vida diária e até aos confins da terra. Nesta missão, acompanho-vos com os meus votos de todo o bem e as minhas orações, entrego-vos todos à Virgem Maria, Mãe da Misericórdia, nesta última etapa do caminho de preparação espiritual para a próxima JMJ de Cracóvia, e de coração a todos vos abençoo.

Vaticano, Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria – de 2015.

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O Ficar sacrifica o tempo de amadurecimento do amor.

Um dos desafios mais importantes do namoro é poder transitar do enamoramento (fenômeno afetivo) a um amor mais efetivo e livre, com um “coração inteligente”.
 
Ao mesmo tempo, não basta somente conhecer a outra pessoa em si mesma: é preciso observar como ela se relaciona com os outros. Convém pensar como o outro é e como age comigo; como eu sou e como ajo com ele; e como é a própria relação em si.
 
De fato, uma coisa é conhecer como a pessoa é comigo, e outra coisa é observar como ela é consigo mesma – por exemplo, se ela se apoia excessivamente no sentimentalismo ou na dependência afetiva.
 
Aprofundar no conhecimento mútuo implica em fazer-se algumas perguntas, tais como:
 
– Que papel desempenha (e que consequências tem) a atração física?
– Quanta dedicação mútua existe (presencial e virtual: comunicação via telefone, sms, whatsapp etc.)?
– Com quem e como nos relacionamos como casal?
– Como cada um se relaciona com a própria família?
– Cada um tem seu espaço de independência e autonomia?
– Como cada um vive o tempo livre e de lazer?
– O que nos motiva a continuar juntos?
– Como nosso relacionamento tem evoluído e que efeitos reais ele produz em cada um de nós?
 
Logicamente, também é importante conhecer a situação real do outro em alguns aspectos que podem não fazer parte diretamente da relação de namoro: comportamento familiar, profissional e social; saúde e doenças relevantes; equilíbrio psíquico; disposição e uso de recursos econômicos e projeção no futuro; capacidade de compromisso e honestidade diante das obrigações assumidas; serenidade ao abordar questões delicadas e enfrentar situações difíceis etc.
 
Companheiros de viagem
 
É oportuno conhecer que tipo de caminho eu quero percorrer com meu companheiro de viagem nesta fase inicial: o namoro. Comprovar que vamos cumprindo as metas do caminho, sabendo que ele possivelmente será meu acompanhante na peregrinação da vida. É preciso ir cumprindo os meeting points.
 
Para isso, podemos pensar agora em algumas perguntas concretas e práticas que não se referem tanto ao conhecimento do outro como pessoa (o que já foi abordado inicialmente), mas sim ao estado do relacionamento em si:
 
– Quanto crescemos como pessoas desde que começamos nosso namoro? Como nos enriquecemos (ou empobrecemos) em nossa maturidade pessoal, humana e cristã? Há equilíbrio e proporção no que ocupa de cabeça, tempo, coração? Existe um conhecimento cada vez mais profundo e uma confiança cada vez maior entre nós? Sabemos bem quais são os pontos fortes e os pontos fracos, próprios e do outro, e procuramos nos ajudar e extrair o melhor de cada um?
 
– Sabemos ser compreensivos (para respeitar o jeito de ser de cada um, seu ritmo nos esforços e lutas da vida), mas ao mesmo tempo exigentes (não nos deixando acomodar diante dos defeitos pessoais e alheios)? Nosso relacionamento é mais positivo ou negativo?
 
– Na hora de pedir e dar carinho, temos como primeiro critério não tanto as manifestações sensíveis, mas a busca do bem do outro acima do próprio? Existe maturidade afetiva entre nós? Compartilhamos realmente valores fundamentais e existe entendimento mútuo com relação ao plano futuro de casamento e família?
 
– Sabemos dialogar sem brigar quando as opiniões são diferentes ou surgem desacordos? Somos capazes de distinguir entre o que é importante e o que não é e, por conseguinte, cedemos quando se trata de detalhes? Reconhecemos os próprios erros quando advertidos pelo outro? Percebemos quando, em quê, como o amor próprio e a susceptibilidade entram em jogo?
 
– Aprendemos a lidar bem com os defeitos um do outro e, ao mesmo tempo, ajudar-nos nesta luta? Cuidamos da exclusividade do relacionamento e evitamos interferências dificilmente compatíveis com ele? Conversamos frequentemente sobre como melhorar nosso trato e como melhorar o namoro em si? E o que é mais importante: temos a mesma concepção básica sobre o casamento e a família?
 
É possível detectar a tempo carências e possíveis dificuldades, colocando os meios necessários para tentar resolvê-las antes do casamento. Mas nunca se deve pensar que o casamento é um passe de mágica que vai fazer os problemas desaparecerem.
 
Por isso, a sinceridade, a confiança e a comunicação no namoro podem ajudar muito a decidir de maneira adequada se convém ou não prosseguir neste relacionamento concreto rumo ao casamento.

Fonte: Aleteia

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 Mito 1: “Está todo mundo fazendo”.
É claro que nem todos estão fazendo. Está longe disso. Na verdade as pesquisas mostram que a maioria NÃO está fazendo. O que ocorre é que se sabe mais sobre os que fazem, porque os que não fazem muitas vezes sentem vergonha, não querem aparecer como caretas. Muitos dos que fazem dizem que tiveram várias experiências e todas muito gratificantes, o que é falso.Mito 2: “As relações sexuais servem para saber se o casal está em sintonia no plano sexual, e assim enfrentar o matrimônio com maiores possibilidades de êxito”.O ajuste sexual se obtém em uma relação com tempo, tranqüilidade e segurança, por isso as relações pré-matrimoniais não são uma amostra do que é uma relação plena na intimidade matrimonial. Pelo contrário, pesquisas mostram que as disfunções sexuais se devem, em sua grande maioria, a más experiências adolescentes.Mito 3: “As relações sexuais são sempre gratificantes quando se dão com uma pessoa a qual se quer bem”.Ao contrário do que os meios de comunicação mostram, o amor não basta para fazer da experiência sexual uma vivência plena e enriquecedora. A resposta sexual se aprende, e precisa de tempo, tranqüilidade, compreensão e amor. Como na adolescência as relações sexuais são esporádicas e não existe o grau de intimidade e tranqüilidade necessários, o mais provável é que seja insatisfatória ao menos para um dos dois.

Mito 4: “As relações sexuais fazem com que aumente a comunicação, que exista mais intimidade e se enriqueça a relação dos dois”.

Pelo contrário, a atividade sexual, ao invés de enriquecer a relação, só a empobrece. Com as relações sexuais em um namoro se estanca o desenvolvimento da intimidade psicológica, a comunicação e o conhecimento mútuo em todos os outros aspectos da vida. Com freqüência, as conversações giram em torno de quando e onde será o próximo encontro sexual. A relação se resume somente a sexo, e se deixam de lado os demais aspectos, o que termina destruindo a relação.

Mito 5: “Se você gosta de mim, tem que ter relações sexuais comigo”.

A “prova de amor” que muitos pedem para seus pares pode ter múltiplas respostas:
– “Se você gosta de mim, tem que respeitar meus sentimentos e não me pressionar a fazer algo que não me sinto preparado para fazer”.
– “Ter relação sexuais não prova que eu te amo. A verdadeira prova é renunciar a elas até que seja o momento adequado”.
– “Respeito muito você e a mim mesmo, por isso não quero uma relação sexual antes que se produza uma entrega plena. Eu decidi esperar”.
– “Bem, prove o quanto me ama, com sua compreensão e respeito”.
– “Amor ou não amor, podemos ter um bebê, e isso sim é o que importa”.
– “Eu te amo. Prefiro te mostrar de outra forma”.

Mito 6: “Não vai acontecer comigo”.

Uma característica psicológica dos adolescentes é sentir-se invulneráveis, não medir as conseqüências. É incrível como nem rapazes nem mulheres relacionam o ato sexual com gravidez nem com o contágio de doenças sexualmente transmissíveis. Não avaliam que, mesmo usando contraceptivos, há possibilidade de gravidez e risco de contágio sempre.

Mito 7: “Não gostam de mulheres virgens”

As adolescentes acreditam que não são atraentes se não tiverem vida sexual ativa. Fazem-nas crer que a virgindade é sinônimo de caretice. Mas os homens afirmam que continuam se sentindo atraídos por mulheres seguras, com ideais, que guardam algo para depois sem mostrar tudo na primeira relação. E que quem defende sua intimidade não é idiota, mas sim que se valoriza mais.

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Os jovens membros de Movimentos e Novas Comunidades são o presente, o futuro e a primavera da Igreja, constatou o responsável do Setor Jovem do Pontifício Conselho para os Leigos, Padre João Chagas. O sacerdote participou, na quarta-feira, 15, do II Encontro Nacional de Jovens Líderes dos Movimentos e Novas Comunidades (ENJMC), que acontece em Belém (PA), quando falou sobre o tema “Desafios da juventude no mundo contemporâneo”.

O sacerdote, que trabalha na organização das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ’s), apresentou um panorama sobre este evento e falou também dos desafios encontrados pelos jovens, os quais a Igreja passou a observar, tais como sexualidade, projetos de vida, violência, medo. Por fim, assinalou que os Movimentos e as Novas comunidades possuem a tarefa primordial de “encontrar unidade na diversidade, criando agendas em comum”.

Em entrevista a ACI Digital, Pe. João Chagas sublinhou o importante papel que esses jovens pertencentes aos Movimentos e às Novas Comunidades desempenham na Igreja como testemunho de vida e protagonistas.

ACI Digital – Qual a importância dos jovens nos Movimentos e Novas Comunidades?

Pe. João Chagas – O Papa João Paulo II, logo no primeiro dia de seu pontificado, dizia que os jovens são a esperança da Igreja. Ele dizia: “Vocês, jovens, são a minha esperança”. O Papa Francisco, por sua vez, na viagem que fez para a Ásia encontrando os jovens da Coreia, disse que os jovens não são somente o futuro, eles são o presente da Igreja. Ouvi neste encontro que participamos também que um recente documento da CNBB retoma essa ideia dizendo que os jovens são o presente e o futuro da Igreja. Então, uma Igreja que não investe nos jovens, que não faz essa opção preferencial pelos jovens, é uma Igreja sem presente e sem futuro.

Isso vale também para os jovens das Novas Comunidades e dos Movimentos. João Paulo II gostava de dizer, e isso vem sendo retomado, que os Movimentos e Novas Comunidades são a expressão de uma nova primavera da Igreja. Então, se a gente juntar as duas coisas – que os jovens são o presente e o futuro e que os Movimentos e Novas Comunidades são a nova primavera –, uma Igreja que não contasse com os jovens dos Movimentos e Novas Comunidades seria uma Igreja sem presente, sem futuro e sem primavera. Ou seja, não teria aquela beleza como dizia Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares. Ela usava muito a imagem da Igreja como um belo jardim com diversos perfumes, com cores diferentes. Na primavera existe essa explosão de vida. E, é interessante que na primavera, muitos como eu sofrem de alergia com o pólen etc. Então, a explosão tão grande de vida, à s vezes, também provoca alergia em muitos. Os Movimentos e Novas Comunidades nem sempre foram acolhidos com tanta facilidade. Mas, é uma novidade que traz uma grande riqueza. Já falei do Papa João Paulo II e do Papa Francisco. Agora, o Papa Bento XVI, falando uma vez para os Bispos da Suíça, se não me engano, ou da Alemanha, convidava a acolher os Movimentos e Novas Comunidades com muito amor.

ACI Digital – Neste Ano da Vida Consagrada, o que dizer sobre os jovens consagrados em Novas Comunidades?

Pe. João Chagas – Se são comunidades que se reconhecem como associações de fiéis, essa normalmente é uma consagração de natureza laical, mais privada, não se configura necessariamente com a vida religiosa, embora em muitos aspectos entre naquilo que se considera na Igreja a vida consagrada. A maioria daqueles que fazem uma consagração nas Novas Comunidades e em alguns Movimentos que comportam algum tipo de consagração, em grande parte são votos privados. Isso não tira o valor, porém, não configura como a vida religiosa em si. Mas, é uma consagração que, muitas vezes, mesmo no silêncio, com votos de natureza canônica privada, essas pessoas se consagram a Deus em pobreza, obediência, castidade. É uma riqueza muito grande. No artigo 62, da Exortação Apostólica pós-sinodal sobre a vi da consagrada, ainda na época de João Paulo II, ele falava de como essas novas formas de vida evangélica trazem uma novidade para a Igreja e, muitas vezes, participam de suas vidas também aprofundando a própria consagração batismal. Dessa forma, muitas famílias nas Novas Comunidades se dedicam de maneira mais forte à missão. Então, de certo modo, essas famílias, esses leigos partilham de uma maneira tão próxima desse carisma da vida consagrada na Igreja. E isso talvez nos faça perceber que, apesar de sermos expressões diferentes – existe um carisma da vida consagrada, um carisma próprio da vida laical, do sacerdócio –, mas são sempre expressões que se complementam e têm tantos aspectos em comum. Eu citei o sacerdócio ministerial, mas existe um sacerdócio comum. Então, há uma riqueza da comple mentaridade, não só da distinção! .

ACI Digital – Na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro, as Novas Comunidades tiveram grande participação. Como está sendo a participação das Novas Comunidades na preparação da JMJ 2016, na Cracóvia?

Pe. João Chagas – Na origem das Jornadas, os Movimentos tiveram um protagonismo muito grande – pessoas do Comunhão e Libertação, do Caminho Neocatecumenal, da Ação Católica, do Focolares, de outros Movimentos e Comunidades. Eles tiveram um protagonismo muito grande no início das Jornadas Mundiais da Juventude e sempre tiveram. Há Movimentos e expressões da Igreja que levem tanta gente como um país inteiro. Isso mostra a grande participação que eles têm. Eu mesmo que trabalho na organização da Jornada provenho de uma Nova Comunidade, que é a Comunidade Shalom. Junto comigo trabalha uma pessoa que veio dos Escoteiros, um movimento que na Europa é muito ligado à Igreja. Outra pessoa é da Instituição Teresiana, de consagração laical, mas muito ligada à Santa Teresa D’Ávila. Temos pessoas ligadas ao nosso trabalho que vieram, por exemplo, da Ação Católica. E, no mundo inteiro, tantas Comunidades e Movimentos com os quais vamos tendo contato e que estão voltados para a preparação da Jornada de Cracóvia. Muitos têm visitado, alguns têm disponibilizado jovens como voluntários a longo prazo e até ajudado na manutenção desses mesmos voluntários. Então, o apoio que as Comunidades e os Movimentos têm dado a esse campo é imprescindível. Eu diria: que possam atear fogo também na preparação da Jornada aqui no Brasil. A gente percebe que existe um grande empenho da Comissão Episcopal da CNBB, mas também é importante que esses novos carismas, que estiveram na origem da Jornada como protagonistas, sejam também protagonistas desse processo para que muitos jovens brasileiros estejam presentes na Jorn ada de Cracóvia.

Para acompanhar toda cobertura do ENJMC, acesse: http://www.jovensconectados.org.br/acompanhe-a-cobertura-do-enjmc.html

Fonte: ACI

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Com apenas doze anos, Ángel Ariel Escalante Pérez tomou uma decisão que acabou sendo, literalmente, de vida ou morte. Os membros de uma gangue ameaçaram o menino de morte, caso não matasse o motorista de um ônibus. Ángel negou-se a assassiná-lo, então foi jogado do alto de uma ponte, ficando gravemente ferido e depois de 15 dias de agonia, finalmente faleceu. Essa é a sua história.

No dia 18 de junho aproximadamente às 13 horas, um grupo de vizinhos do assentamento Jesus da Boa Esperança, localizado sob a ponte Belice, na zona 6 da Cidade de Guatemala, encontraram o menino gravemente ferido.

Membros de uma gangue o lançaram da ponte. Os paramédicos assinalaram aos meios locais: “ O menino contou que queriam que matasse um motorista e como se negou, o atiraram da ponte”.

O porta-voz dos Bombeiros Municipais, Javier Soto, comentou que os ramos das árvores e o matagal da área amorteceram a queda de Ángel e foi encontrado com as duas pernas fraturadas.

“A queda foi de aproximadamente uns 125 metros. Normalmente, as pessoas que caem ou se jogam desta ponte não sobrevivem”, disse Soto.

Nas redes sociais está sendo difundida uma foto na qual o menino abraça o seu pai, logo depois do seu resgate.

Depois de permanecer durante 15 dias em cuidados intermediários, Ángel Ariel faleceu no Hospital Geral San Juan de Dios.

Ángel Ariel Escalante Pérez estava na sexta série do ensino fundamental na escola Carlos Benjamim Paíz Ayala, próximo ao lugar onde foi jogado. Gostava de desenhar, de escutar música e de futebol.

Logo depois do seu velório na Guatemala, foi levado a Managua (Nicarágua), lugar no qual foi enterrado, na mesma tumba que seu tio, assassinado em 2007.

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Fonte: ACI

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Independentemente se você prefira livros ou revista, ou mesmo se se mantenha informado somente pela internet, o Papa Francisco disse que todas as mídias deveriam encorajar e edificar – e não escravizar.

“Em meus dias – durante a Idade da Pedra –, quando um livro era bom, lia-se; quando um livro era ruim, jogava-se fora”, contou ele a centenas de jovens em Sarajevo nesse sábado (6 de junho).

O papa encerrou a sua visita de um dia à capital deste país balcânico se encontrando com jovens de diferentes religiões e etnias que trabalham como voluntários no Centro Arquidiocesano São João Paulo II. Ele deixou de lado o texto preparado, dizendo preferir tirar algumas dúvidas em vez de discursar.

Um jovem disse ter lido que o papa havia deixado de assistir televisão há muito tempo e, então, quis saber o que o levou a fazer esta escolha.

O papa disse que decidiu, em meados de 1990, parar de assistir TV porque “durante uma noite senti que ter a televisão em casa não me fazia bem, ela estava me alienando”.

Ele não parou de assistir a filmes, no entanto.

Quando era o arcebispo de Buenos Aires, ele ia à rede de TV arquidiocesana para assistir um filme gravado que escolhia especificamente para isso, o que não tinha o mesmo efeito isolador sobre ele, contou.

“Obviamente, eu sou da Idade da Pedra, sou alguém ligado à Antiguidade!”

Os tempos mudaram, disse ele, e as “imagens” se tornaram muito importantes.

Mas mesmo nesta “Idade da Imagem”, as pessoas deveriam seguir os mesmos padrões que valiam lá na “Idade dos Livros: escolher tudo quanto me faz bem”, disse ele.

Os que produzem ou distribuem conteúdo, como as redes de televisão, têm a responsabilidade de escolher programas que promovam valores, que ajudem as pessoas a crescerem e a se prepararem para a vida, programas “que construam a sociedade, com valores que nos ajudam a progredir, e não a regredir”.

Os espectadores têm a responsabilidade de escolher o que é bom, e mudar de canal onde haja “sujeira” e coisas que “me fazem tornar uma pessoa vulgar”.

Embora a qualidade do conteúdo seja uma preocupação, é também fundamental limitar a quantidade de tempo que alguém fica diante da tela de TV, disse ele.

Se “vocês vivem grudados ao computador e se tornam escravos dele, acabam perdendo a liberdade. E se procurarem programas obscenos no computador, então perderão a dignidade”, acrescentou o pontífice.

Mais tarde, em resposta a uma pergunta de um jornalista no avião papal indo de Sarajevo de volta a Roma, o papa disse que o mundo online ou virtual é uma realidade “que não podemos ignorar”.

“Mas quando este mundo virtual nos distancia da vida cotidiana, da vida social, dos esportes, das artes e nós ficamos grudados ao computador, então temos uma doença psicológica”, disse ele.

Conteúdo negativo, continuou, inclui pornografia e conteúdo que é “vazio” ou desprovido de valores, como os programas que incentivam o relativismo, o hedonismo e o consumismo.

“Sabemos que o consumismo é um câncer para a sociedade, que o relativismo é um câncer para sociedade, e eu irei falar sobre isso na próxima encíclica” sobre o meio ambiente, a ser emitida em 18 de junho.

O papa disse que alguns pais não permitem que seus filhos tenham um computador em seus próprios quartos, mantendo-o em espaços comuns de convivência. “Estas são pequenas dicas que os pais encontram” para lidar com o problema dos conteúdos inadequados, disse.

A reportagem é de Carol Glatz, publicada pela Catholic News Service.

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Uma peregrinação de mais de 112 quilômetros a pé foi realizada por mais de 10 mil jovens de 20 países em Paris, França, a partir da Catedral de Notre Dame da capital francesa à Catedral de Notre Dame em Chartres.

A peregrinação foi subsidiada para os jovens britânicos pela Latin Mass Society (LMS) de Londres, que ofereceu passagens a custo reduzido para alguns participantes.

O Presidente da LMS, Joseph Shaw, que fez a peregrinação pessoalmente, destacou o caminho como “uma experiência maravilhosa com tantos que oferecem suas orações e de fato seu sofrimento físico da peregrinação pela conversão da Europa”. Além disto, ressaltou o atrativo que esta manifestação de Fé tem para os jovens, o qual qualificou como “um grande sinal de esperança para a Igreja”.”É fisicamente duro e me desgostou a princípio, mas o lado espiritual se toma todo e a atmosfera é simplesmente surpreendente, especialmente os cantos”, recordou para Independent Catholic News Corina Bruce, uma jovem professora que tomou parte em uma iniciativa. “Você chega a sentir que as 10 mil pessoas estão nisto juntas, como uma família”.

Durante a primavera e o verão se organizam outras peregrinações similares na Inglaterra, como a realizada na cidade de York no mês de maio em honra dos mártires desta localidade e que convocou 200 jovens. Em julho se realizará uma peregrinação a St Winefride’s Well em Holywell, para venerar as relíquias da Santa, e em agosto uma a Wrexham, para venerar a relíquia de San Richard Gwyn. (GPE/EPC)

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Embora o tom seja predominantemente de brincadeira (basta vê vídeo abaixo) o assunto é sério e preocupante.

Não se deve brincar com isso pois os demônios, seres reais e não míticos, não brincam NUNCA. Nossa inocência e descompromisso não é capaz de nos defender se ‘brincarmos’ com o mal.

As sagradas escrituras condenam a invocação dos mortos ( Necromancia) e a doutrina da Igreja reafirma essa orientação.

Nos vídeos, o Lápis se mexe pela gravidade ou outros fenômenos naturais. O que assusta não o lápis mexer, mas a quantidade de jovens que assumem a possibilidade de respostas do além para questões de sua humanidade e a inocência sobre o Demônio como um ser real, embora pelo senso comum, percebam que essa ação “sobrenatural” não tem Deus por origem já que se assustam quando o fenômeno acontece.

Melhor não mexer com fogo, melhor EVOCAR a Deus em Jesus Cristo e não INVOCAR o mal. Jamais!

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Em uma carta aberta aos alunos da escola Ss. Neumann and Goretti High School, na Filadélfia (Estados Unidos), o Pe. Stephen McCarthy advertiu os jovens sobre o perigo de participar do popular jogo Charlie Charlie Challenge.

Charlie Charlie Challenge é um jogo que se tornou popular mediante as redes sociais; nele, dois lápis são colocados em forma de cruz, escreve-se “yes” e “no” em cada quadro e se invoca Charlie, um suposto espírito mexicano.

O Pe. McCarthy explica em sua carta: “Um jogo perigoso circula nas redes sociais, convidando abertamente os jovens a invocar o demônio. Quero lhes recordar que não é possível brincar ‘inocentemente’ com o demônio“.

“Por favor, não participem disso e alertem seus conhecidos, para que também evitem a participação”, exorta o sacerdote.

“O problema de abrir-se à atividade demoníaca é precisamente este: abrir uma porta a inúmeras possibilidades, e tal porta dificilmente se fechará depois.”

O padre faz um convite final: se você busca uma experiência com o sobrenatural, participe de uma missa católica.

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Nos últimos dias, um “jogo de invocação de espíritos” denominado “Charlie Charlie”, foi espalhado nas redes sociais, que para alguns seria uma versão simplificada da ‘Ouija’ ou ‘Jogo do Copo’.  Milhões de jovens em todo mundo asseguram tê-lo praticado e existe uma grande preocupação pelo mencionado risco de possessão demoníaca àquela pessoa que se expõe ou a quem o realiza, adverte um conhecido exorcista espanhol.

O ‘jogo da última moda’ –conforme o descrevem seus difusores nas redes sociais- consiste em um par de lápis ou canetas, um papel e a invocação de um espírito chamado “Charlie” que responde com ‘sim’ ou ‘não’ as perguntas que lhe fazem.

Consultado pelo Grupo ACI no dia 27 de maio, o famoso exorcista espanhol José Antonio Fortea advertiu: “O chamado ‘#CharlieCharlieChallenge’ presume uma ‘invocação de espíritos’ e alguns espíritos, como resultado dessa prática, perseguirão àqueles que a realizem”.

Embora Fortea considere que por jogar os jovens não venham necessariamente “a serem possuídos”, o espírito invocado “ficará ao redor destas pessoas por um tempo”.

Além disso, advertiu: “A prática deste conhecido jogo fará que outros queiram introduzir-se numa comunicação mais frequente. E deste modo a pessoa pode sofrer consequências muito piores dos demônios”, concluiu o exorcista Fortea.

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Uma nova ‘brincadeira’ tem se espalhado pelas redes sociais. Jovens invocam demônios para responder dúvidas comuns e compartilham as respostas com os amigos. 

Quem tem mais de 20 anos vai se lembrar da ‘brincadeira’ do compasso onde um ‘espírito era invocado’ para dar respostas em uma folha de papel, podendo falar sobre inúmeros temas respondendo sim ou não ou apontando para números.

Outro jogo semelhante que levantou muitos debates no Brasil e no mundo é a brincadeira do copo, onde um  espírito também dava respostas como Sim, Não, Sair e a apontava para os números de 0 a 9 e para as letras do alfabeto que eram registradas em um tabuleiro.

Agora a moda é invocar o demônio “Charles” cruzando dois lápis e escrevendo na folha não, sim, sim e não. Ao invocar o espírito e fazer a pergunta o lápis se move e dá a resposta que o jogador está pedindo.

O jogo ganhou adeptos em diversas partes do mundo e um vídeo postado no Youtube mostra vídeos publicados em redes sociais revelando os resultados das perguntas e a reação dos participantes.

Até crianças brincam com o espírito e muitas se assustam e saem correndo ao verem os lápis se movendo. Outras pessoas encaram como uma piada e brincam sobre jogar e provocar o suposto demônio.

Fonte: Revista Galileu

Assista:

Primo piano di sposa con bouquet

Na sua catequese desta quarta-feira, na Praça de São Pedro em Roma, o Papa Francisco relembrou alguns problemas e desafios que a família enfrenta atualmente e tratou o tema do matrimônio à luz o episódio evangélico das bodas de Caná. Na sua alocução o Papa respondeu à pergunta: “Por que os jovens não querem casar-se e preferem a convivência?”

Nas Bodas de Caná, “Jesus não só participou daquele matrimônio, mas ‘salvou a festa’ com o milagre do vinho!”, destacou o Pontífice. Este foi o “primeiro dos seus sinais prodigiosos, onde Ele revelou sua glória, durante um casamento, e foi um gesto de grande reverencia por esta família que começava, solicitado pelo afã materno de Maria”.

Deixando o texto que tinha preparado para sua catequese, o Papa improvisou: “E isto nos faz recordar o livro do Gênesis, quando Deus termina a obra da criação e realiza sua obra-prima; a obra-prima é o homem e a mulher. E aqui Jesus começa os seus milagres com esta obra-prima, em um casamento, em uma festa de núpcias: um homem e uma mulher. Assim, Jesus nos ensina que a obra-prima da sociedade é a família: o homem e a mulher que se amam!”.

O Pontífice reconheceu que desde a época das bodas em Caná até hoje, muita coisa mudou, “mas esse sinal de Cristo contém uma mensagem sempre válida”.

“Hoje em dia não é fácil falar do matrimônio como uma festa que é renovada com o passar dos anos, nas diversas fases da vida dos cônjuges”.

“É um fato que, hoje, as pessoas que se casam são a minoria”, ressaltou o Papa Francisco.

“Em muitos países aumentou o número de separações, e diminuiu a quantidade de filhos. A dificuldade de permanecer juntos –seja como casal ou como família– leva a romper as uniões sempre com maior frequência e rapidez, e os filhos são os primeiros a sofrer as consequências de uma separação”, acrescentou o Santo Padre.

O Papa assinalou: “Se você experimenta, desde pequeno, que o casamento é um laço ‘por tempo determinado’, inconscientemente para você será assim. Na verdade, muitos jovens são levados a renunciar ao projeto para si mesmo de um laço irrevogável e de uma família duradoura”. Acredito que devemos refletir com seriedade sobre por que tantos jovens ‘não sentem vontade de casar-se’”.

O Pontífice atribuiu esta situação à ““cultura do provisório”; tudo é provisório, parece que nada é definitivo”.

Essa realidade dos jovens que não querem se casar constitui, segundo o Santo Padre, uma das maiores preocupações dos tempos atuais. “Por que frequentemente as pessoas preferem conviver, e muitas vezes com uma ‘responsabilidade limitada’? Por que muitos –também entre os batizados– têm pouca confiança no matrimônio e na família?”.

“É importante procurar compreender isto, se quisermos que os jovens possam encontrar o caminho certo a ser percorrido. Por que não confiam na família? Para o Pontífice, “as dificuldades financeiras não são o único motivo. Há quem cite como provável causa a emancipação da mulher.”.

O Papa também assegurou: “Na verdade, quase todos os homens e as mulheres desejam uma segurança afetiva estável, um matrimônio sólido e uma família feliz”.

“A família é o principal valor de todos os níveis de satisfação entre os jovens; mas, por medo a equivocar-se, muitos não querem pensar no matrimônio; embora sejam cristãos não pensam no matrimônio sacramental, sinal único e exclusivo da aliança, que se transforma em testemunho da fé. “Talvez justamente esse medo de errar seja o maior obstáculo para acolher a Palavra de Cristo, que promete a Sua graça à união conjugal e à família”.

O Papa destacou também que “o testemunho mais persuasivo da bênção do matrimônio cristão é a vida boa dos esposos cristãos e da família. Não existe maneira melhor de explicar a beleza do sacramento!”.

“O matrimônio consagrado por Deus cuida desta união entre o homem e a mulher que Deus abençoou até o fim da criação do mundo; e que é fonte de paz e de bem para a vida conjugal e familiar”.

Francisco manifestou: “A semente cristã da radical igualdade entre os cônjuges deve levar hoje novos frutos. O testemunho da dignidade social do matrimônio se transformará em persuasivo através deste caminho, o caminho do testemunho que atrai. A vida da reciprocidade entre eles, da complementariedade”.

“Por isso, como cristãos, devemos ser mais exigentes com respeito ao matrimônio. Por exemplo: apoiar com decisão o direito a uma retribuição igualitária pelo mesmo trabalho; a desigualdade é um escândalo!”, afirmou.

Além disso exortou a “reconhecer como riqueza sempre válida a maternidade das mulheres e a paternidade dos homens, beneficiando especialmente as crianças.

Antes de concluir, oPapa pediu a todos os fiéis que não tenham medo de convidar Jesus à nossa “festa das bodas”. “Não tenhamos medo de convidar a Jesus à nossa casa para que esteja conosco e cuide da nossa família, e também sua Mãe Maria!”.

“Os cristãos, quando se casam ‘no Senhor’, são transformados em sinal eficaz do amor de Deus. Os cristãos não se casam somente para si: casam-se no Senhor em favor de toda a comunidade, de toda a sociedade”, concluiu Francisco, anunciando que, na catequese da próxima semana, dará continuidade à reflexão sobre a beleza da vocação do matrimônio cristão. 

Fonte: ACI

Assuntos Militares (1)

Diferentes órgãos de inteligência entraram em contato com o governo do Brasil para alertar que alguns jovens brasileiros estavam mantendo contato com o grupo terrorista Estado Islâmico.

Segundo o que foi divulgado na imprensa, esses jovens serão potenciais “lobos solitários” que teriam facilidade em arquitetar e executar ataques sem levantar suspeitas, já que não estão em listas internacionais de terroristas.

A Casa Civil foi informada sobre o caso e começou a analisar formas de reforçar a segurança diante desses dias que antecedem aos Jogos Olímpicos de 2016. Para se ter uma ideia, o terrorismo é a maior preocupação dos órgãos de inteligência, passando a preocupação com manifestações e possíveis greves.

Os relatórios apresentados mostram que o Estado Islâmico tem buscado recrutas exclusivamente na Europa e tem intenção de expandir seu campo recrutando também na América do Sul.

Policiais europeus estiveram no Brasil em fevereiro reunidos com autoridades brasileiras para comentar o caso, o governo brasileiro por sua vez iniciou uma estratégia de prevenção tendo as famílias como público alvo e não apenas os jovens.

A Abin e Polícia Federal esperam detectar focos de cooptação e alvos mais suscetíveis através dessas estratégias. O jornal Estado de São Paulo chegou a citar que pelo menos dez jovens brasileiros estavam convertidos ao jihadismo e usam as redes sociais para estimular sírios deslocados pelo conflito a se juntar ao grupo terrorista.

Esses jovens investigados agiam tentando convencer sírios dissidentes a voltar a se juntar com o grupo terrorista, nenhum deles tinham aderido à luta armada no exterior. De qualquer forma a investigação foi necessária para deixar o governo sob alerta principalmente em relação a falta de lei antiterrorismo.

Fonte: Veja