Título original: ‘Crença cristã’

Credo, eu pensava exatamente assim: “Se a crença em Deus por si só é um absurdo, a crença em Cristo é um atentado contra o bom senso” . Acompanhe-me: o cristão convicto não apenas declara “Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra”. Ele vai muito além quando diz acreditar “e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia”. Não é um absurdo? Um escândalo? Um atentado contra a razão?

Acreditei piamente que não dava para ser cristão e, ao mesmo tempo, inteligente. Afinal, não vivemos no século 21? Século de todas as conquistas humanas. Século do futuro sem mistérios. Do Vale do Silício. Do Google. Fé e inteligência só podem ser estados de espírito inconciliáveis. Contraditórios. Hoje, o primeiro vive de migalhas e fundamentalistas. A internet, por sua vez, democratizou a inteligência. O paradoxo da Paixão de Cristo e o escandaloso absurdo da ressurreição, que redime os pecados do mundo, ultrapassavam todos os limites do entendimento e da paciência. Quem precisa de redenção depois da internet?

Farei uma confissão: mudei. Não sei se for para melhor, só sei que mudei. Acontece, principalmente depois dos 30.

Por muitos anos, desdenhei do cristianismo como um tolo arrogante. Nutria uma imagem vulgar da história cristã. Acreditava no mito iluminista da inconsistência entre conhecimento e religião, na fantasiosa imagem de que a Idade Média não passava de “Idade das Trevas” e na vulgar narrativa de que a crença cristã deveria ser a grande responsabilizada pelos maiores massacres e pelo atraso no que se refere à emancipação do homem e da mulher. Assim como a esmagadora maioria das pessoas inteligentes, eu era materialista e crente no método da ciência. Dá para ser outra coisa quando a gente contempla a própria imagem no espelho?

O teorema que me soluciona todos os dramas humanos era elegante: Quanto mais se estuda, mais incrédulo e seguro. Quanto mais conhecimento, mais ateu. Quanto mais ignorante, mais religioso. Quanto mais apegado às coisas da fé, mais distante da humanidade. Isso descrevia o meu excesso de humanismo e amor próprio.

Cá entre nós? Eu era um completo ateu imbecil e não sabia. Definição perfeita de ignorante. A encarnação da própria burrice. A minha excessiva autoestima me cegava.

Não existe fé cega. Fé se define pela capacidade de lançarmos um feixe de esperança na ignorância. Sem fé, sobra escuridão; a escuridão que nos persegue por toda a vida. Pode existir fé estranha, estapafúrdia, estúpida — como acreditar em doentes, no socialismo e que Lula caminha sobre as águas. Já a crença em Papai Noel ou na Fada dos Dentes é equivalente à crença de que a ciência é a última palavra em matéria de conhecimento. A ciência explica muita coisa. Mas entre explicar muita coisa e ser a última palavra há um abismo que só descobri depois despencar dentro dele. Detalhe: não há nada lá. É abismo mesmo, de verdade.

A ciência explica muito bem o mundo sem precisar recorrer a Deus — e assim deve ser. Porém, a crença cristã não pretende “explicar” cientificamente o mundo. Um homem religioso toma consciência de sua finitude e de que a possibilidade do mal é uma ameaça real e interior. Como lidar com a própria disposição para o mal? Eis o problema para o cristão: a vergonha de ser a razão do mal no mundo. Ou não é para ter vergonha? Hoje você chuta uma lata e encontra um progressista dizendo que não há evidências para se acreditar em Deus; os mais radicais dizem que só há mal no mundo em virtude das crenças religiosas. Será? A aposta é tão perigosa quanto dogmática. Sim, é para ter vergonha das bobagens que podemos fazer por sermos o que somos.

Cheguei à fé por um árduo caminho de experiência pessoal e estudo. Costumo dizer que cheguei a Cristo pela arte e pela dúvida. Misérias pessoais a parte, não me refiro à dúvida de gabinete, metódica. Refiro-me à dúvida existencial, de tomar consciência da própria finitude e imbecilidade. Além das muitas conversas com amigos, das horas de orações da minha mãe e de algumas tragédias pessoais, os livros que mais me ajudaram foram, cada um a seu modo, O Idiota e Os Demônios de Dostoiévski; José e Seus IrmãosMontanha Mágica e Doutor Fausto do Thomas Mann; e as Flores do Mal do Baudelaire. Essas obras me colocaram contra a parede. Fui conduzido à fé muito mais pela experiência da arte do que pelas insuportáveis discussões “racionais”. E não poderia deixar de mencionar aqui o cineasta polonês Krzysztof Kieślowski, sobretudo o primeiro episódio, Amarás a Deus sobre todas as coisas, da série Decálogo. O conhecimento científico não pode controlar tudo.

Quanto à filosofia, eu devo muito aos estudos de Platão, Plotino e Santo Agostinho. Mas alguns autores foram decisivos: Heschel, em Os profetas e Deus em busca do homem (“God in Search of Man: A Philosophy of Judaism“); Chestov, no seu livro sobre Kierkegaard; o ateu Albert Camus, sobretudo em Mito de Sísifo como aquele que melhor mostra a condição do homem; por fim, William James: recomendo seu ensaio A vontade de crer, onde ele busca responder a seguinte pergunta: “Teria uma pessoa o direito de acreditar em alguma coisa mesmo quando lhe falta prova suficiente de sua verdade?” Pergunta perturbadora.

Tão perturbador é o desafio a que Alvin Plantinga se propõe no seu livro Warranted Chistian Belief, que acabou de ser traduzido para o português: Crença Cristã Avalizada (se o leitor tem dúvidas quando ao avalizada, sugiro a nota à edição brasileira escrita por Bruno Uchôa, conhecedor do assunto), pela editora Vida Nova e com tradução do filósofo Desidério Orlando Murcho. É obra de fôlego e de exigência intelectual.

O objetivo de Plantinga não é nada mais, nada menos que demonstrar a aceitabilidade intelectual ou racional da crença cristã. Como ele mesmo pergunta no prefácio: “nossa questão é esta: acaso uma crença desse gênero é intelectualmente aceitável? Em particular, é intelectualmente aceitável para nós, hoje? Para pessoas instruídas e inteligentes que vivem no século 21?” Não darei spoiler. Apenas recomendo o desafio, que já não pode mais ser ignorado pelo exigente público brasileiro.

O técnico Tite, comandante da seleção brasileira que está na Rússia em busca do hexacampeonato mundial de futebol, é um homem de muita fé. E sempre fez questão de demonstrar sua devoção a Nossa Senhora e São Jorge.

Quando era técnico do Corinthians, por exemplo, Tite mantinha uma imagem de Nossa Senhora no vestiário do centro de treinamento. Ele rezava e acendia uma vela sempre antes e depois dos treinos. Nos dias de jogos, os roupeiros do time eram encarregados de levar a imagem aonde quer que a equipe fosse. E a cena se repetia nos vestiários.

De acordo com os amigos mais próximos, quando está em casa, o técnico vai semanalmente à Missa e comunga. Nas viagens, também costuma fazer uma pausa no trabalho para conhecer algum templo católico do lugar e ter um momento de oração.

Conselheiro espiritual 

O site globoesporte.com revelou que Tite tem um conselheiro espiritual e está conversando com ele nestes dias em que seu trabalho está focado na Copa da Rússia: é o Padre Jeferson Mengali, que pertence à paróquia de São José em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. O padre é devoto de São Jorge, assim como o técnico da seleção.

Ainda de acordo com o site, as conversas com o padre acontecem via WhatsApp. São conversas apenas de orientação espiritual, porque, segundo o sacerdote, dentro de campo, Tite é convicto do seu trabalho. “Ele é muito centrado, ele é muito seguro, ele é fiel às convicções dele. Então não vai ser o padre falando alguma coisa que ele vai mudar. No que diz respeito ao que é do futebol, ele está certinho. Ele é convicto e deve continuar assim”, declarou o padre.

O amigo e conselheiro de Tite confessa que o treinador está tranquilo para a disputa pelo hexa: “Ele está sereno, ele está focado no trabalho… É aquilo que o Tite sempre me diz: ‘padre, vencer por vencer não vale a pena. Nós temos que vencer se formos merecedores’”.

Em seu perfil no Facebook, o Pe. Jeferson Mengali tem várias fotos em que aparece ao lado de Tite.

Vale lembrar que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) proíbe qualquer tipo de culto religioso no local de preparação da seleção brasileira. A medida foi tomada em 2015, quando um pastor evangélico se reuniu com 10 jogadores da seleção de Dunga na concentração do time em Boston, quando a equipe enfrentaria os Estados Unidos. O encontro não tinha a autorização da CBF. A decisão, entretanto, não impede as manifestações religiosas de âmbito pessoal da comissão técnica e dos jogadores.

Aleteia

O gesto do tenente coronel que tomou o lugar de um refém no supermercado de Trebeslembra aquele do franciscano que se sacrificou em Auschwitz. Na véspera do Domingo de Ramos, seu sacrifício tem um eco muito especial.

Ele arriscou a sua vida para salvar outra. O gesto do tenente-coronel Arnaud Beltrame, que voluntariamente substituiu um refém no supermercado de Trebes e ficou gravemente ferido* lembra outro igualmente heroico. Como não voltar em pensamento para São Maximiliano Kolbe (1894-1941)? Para salvar um pai de família, o franciscano polonês aceitou livremente enfrentar um trágico fim no campo de extermínio de Auschwitz. A cena, encarnação viva do Evangelho da Paixão, que foi lido neste Domingo de Ramos, ficou gravada na nossa memória.

Em 31 de julho de 1941, por volta das 15h, as sirenes soaram ao máximo no campo de concentração. Um homem escapou. Dez inocentes serão condenados. Um terror silencioso abate-se sobre os prisioneiros alinhados.

De repente, um dos designados à morte irrompe em soluços: “Minha esposa! Meus filhos!”. O desespero de Francisco Gajowniczek não atinge o coração da pedra dos SS. Mas chega ao coração do franciscano Padre Kolbe, que sai da fila e dá alguns passos à frente. Ele pára em frente do Kapó abismado.

“Herr Kommandant, eu gostaria de fazer um pedido”, declara com seu boné na mão. “O que você quer?”. “Eu gostaria de morrer no lugar deste prisioneiro”, ele responde indicando o pai de família em lágrimas. O torturador dá um passo para trás, em silêncio, então grita, “Quem é você?”. “Um padre católico”.

Depois de alguns segundos de um silêncio fúnebre, a resposta é como o estalo de um chicote: “Pedido aceito”

Com um pontapé, Francisco Gajowniczek é mandado de volta entre os prisioneiros alinhados. Ele não consegue entender o que aconteceu e que vai além do que poderíamos ter imaginado: ele, o condenado, vai viver, porque um homem ofereceu sua vida por ele. Uma vez que os prisioneiros haviam recebido a ordem de se dispersar, o “sobrevivente” só pode agradecer com seu olhar o salvador. E com aqueles olhos estarrecidos, seguir o grupo de condenados levados para o bloco 11, às masmorras onde seriam enterrados vivos.

“Dificilmente haverá alguém que morra por um justo; pelo homem bom talvez”, afirma São Paulo (Rm 5,7). Mas para um estranho? Assim como o tenente-coronel Arnaud Beltrame no supermercado de Trebes sacrificou-se para uma pessoa inocente, o Padre Kolbe não conhecia aquele Francisco Gajowniczek a não ser através de Jesus. Através de Deus é que nós somos todos irmãos.

” Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. ” (Jo 15:13), Cristo disse na véspera da sua paixão. E João insiste: ” Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos. ” (1 Jo 3:16).

Esse mandamento do amor da redenção – desinteressado, gratuito, perfeito – Maximiliano Kolbe o vivenciou sangue por sangue. Em outubro de 1982, decidindo canonizar seu compatriota como um mártir, João Paulo II questionou: “Aquela morte enfrentada espontaneamente pelo amor ao homem, não representa uma realização específica das palavras de Cristo? Não torna Maximiliano extremamente semelhante a Cristo, modelo de todos os mártires que dá sua vida na cruz pelos seus irmãos?”.

O Ministro do interior Gérard Collomb definiu o comportamento do policial como “um ato heróico”.

Para os cristãos, na véspera do Domingo de Ramos, assume uma dimensão maior.

***

Na Igreja Saint-Etienne de Trèbes, super lotada, três dias depois do atentado islamita, a missa do Domingo de Ramos se transformou em uma cerimônia de homenagem às vítimas.

 Ao grito de “Alá é grande”, sexta-feira o terrorista franco-marroquino de 25 anos, Radouane Lakdim, matou Jean Mazières, 60, que estava no banco do passageiro do Opel Corsa assaltado no início da operação em Carcassonne; Christian Medves, 50, um açougueiro do supermercado Trebes; o cliente do “Super U” Hervé Sosna, 65, e o tenente-coronel da gendarmerie Arnaud Beltrame, 44 anos que substituiu a única mulher que havia sido feita refém para salvar a sua vida.

A cerimônia

O bispo tomou a palavra, recordando em especial Arnaud Beltrame e sua fé católica. “Na sexta-feira um homem substituiu uma refém mulher pagando isso com a sua vida. Hoje sei que Arnaud Beltrame unia à dedicação de militar a fé do cristão que se prepara para entrar na Semana Santa. A vida doada não pode ser perdida: transcende a dor para nos unir. Chama-nos a acreditar na vida, que é mais forte do que a morte”.

O pároco Philippe Guitard acrescentou: “Para Arnaud, Jean, Christian, Hervé – os nomes dos mortos -, oramos ao Senhor”. Durante o sermão, o bispo comparou o ato de Beltrame ao de Padre Maximiliano Kolbe, franciscano polonês que em 1941 ofereceu-se para tomar o lugar do prisioneiro Franciszek Gajowniczek e morreu em Auschwitz. O tenente-coronel Arnaud Beltrame nasceu e cresceu em uma família não-praticante, mas dez anos atrás se converteu ao catolicismo, tomou a primeira comunhão e começou a frequentar assiduamente a abadia tradicionalista de Lagrasse, como relatou o sacerdote que na sexta-feira à noite ministrou-lhe a extrema unção, padre Jean-Baptiste.

 

“O italiano”

Junto com Hervé Sosna morreu Medves Christian, 50, funcionário do supermercado no setor do açougue. A Trebes era conhecido como o “italiano” porque de origem do Friuli. Seu pai tinha emigrado para França a partir de Savogna, onde Medves costumava ir muito frequentemente. Jacques, conhecido como Jacky, era seu subordinado no açougue Super U: “Éramos amigos, Christian era uma pessoa com um grande coração, e havíamos acabado de celebrar seus cinquenta anos. Ele morreu com um tiro na cabeça, um tiro à queima-roupa”

Corriere della Sera

Uma história de amor profundo e verdadeiro: vale a pena ler até o final! (atenção: imagens fortes)

Dois meses depois que o filho, Nolan, de 4 anos morreu de câncer, Ruth Scully publicou sua história no Facebook e as últimas palavras dele simplesmente a deixaram sem palavras.

Nolan faleceu em fevereiro de 2017, após uma batalha de 15 meses contra a Rabdomiossarcoma (RMS), uma forma rara e agressiva de câncer que ataca o tecido ósseo e que se torna altamente resistente a todas as formas de tratamento.

Na ocasião de sua postagem, em abril de 2017, Ruth quis compartilhar os últimos dias do filho.

“Eu queria há muito tempo escrever sobre os últimos dias de Nolan. Os últimos dias dele brilharam tão incríveis quanto meu filho é. O quão belo ele é. O quanto ele representava o amor verdadeiro. Este relato pode ser longo, mas tenha paciência comigo, é uma agonia diferente de qualquer outra.”

De volta à setembro de 2015, Nolan reclamou de estar com o nariz entupido e seus pais pensaram que fosse apenas um resfriado no início.

Logo, ele teve dificuldade para respirar e as tentativas de tratamento que vieram a seguir não surtiram efeito.

Em novembro, o médico descobriu que um tumor era a causa do bloqueio em suas vias aéreas.

Esse tipo de câncer cresce nos músculos, na gordura e nas articulações.

Os pacientes podem sofrer de pálpebras caídas, dores de cabeça, náuseas, além de dificuldade em urinar.

“No dia 1º de Fevereiro, nós sentamos com toda a equipe. Quando a oncologista dele falou, eu vi dor em seus olhos.

Ela sempre foi honesta conosco e lutou ao nosso lado durante todo aquele tempo, mas a tomografia computadorizada mostrou um enorme tumor que cresceu pressionando os tubos bronquiais e coração dele dentro de quatro semanas de sua operação de peito aberto.

O rabdomiossarcoma metastático alveolar se espalhou como fogo selvagem.

Ela explicou que naquele momento, ela não achava que o câncer dele era tratável já que havia se tornado resistente a todas as opções de tratamentos que nós tentamos e o plano seria mantê-lo confortável enquanto ele ia se deteriorando rapidamente.”

“Depois de um tempo, eu me recompus e fui ao quarto de Nolan. Ele estava sentado na ‘cadeira vermelha da mamãe’, assistindo Youtube em seu tablet.

Eu me sentei com ele e coloquei minha cabeça contra a dele e tivemos a seguinte conversa:

Eu: Dói respirar, não é?
Nolan: Bem… sim.
Eu: Você sente muita dor, não é, bebê?
Nolan: (olhando para baixo) Sim.
Eu: Este câncer é um saco. Você não precisa lutar mais. .
Nolan: (Pura felicidade) Eu não preciso??!! Mas eu vou por você, mamãe!!
Eu: Não, filho! É o que você vem fazendo?? Lutando pela mamãe?
Nolan: Sim!!
Eu: Nolan, qual é o trabalho da mamãe?
Nolan: Me manter seguro! (Com um grande sorriso)
Eu: Querido… Eu não posso mais fazer isso aqui. O único jeito que eu posso manter você seguro é no céu. (Meu coração destruído)
Nolan: Então só vou para o céu e brinco até você chegar lá! Você virá, certo?
Eu: Com certeza!! Você não vai se livrar da mamãe tão fácil!
Nolan: Obrigado, mamãe!!! Eu vou brincar com Hunter, Brylee e Henry!! ”

No dia seguinte, ele estava descansando, assim como dormiu na maior parte dos dias seguintes. Ele tinha todos os cuidados paliativos a postos, seus medicamentos intravenosos e até a ordem de não ressuscitar assinada (eu não consigo explicar como é assinar a ordem de não ressuscitar do seu anjinho). Quando ele acordou, nós tínhamos arrumado tudo e eu tinha os seus sapatos em minhas mãos para que pudéssemos levá-lo para casa à noite. Nós só queríamos mais UMA noite juntos. Mas quando acordou, ele colocou gentilmente a sua mão na minha e disse: ‘Mamãe, está tudo bem. Vamos ficar aqui, ok?’ Meu pequeno herói de 4 anos estava tentando se certificar de que as coisas seriam fáceis para mim…

Lá pelas 21h, eu perguntei a Nolan se poderia entrar no banho, já que eu não podia deixá-lo e a mamãe tinha que ficar tocando nele toda hora. Ele disse: “Humm… tudo bem, mamãe. Diga para o tio Chris se sentar comigo e eu vou me virar para este lado, assim eu posso te ver.’ Eu parei na porta do banheiro, me virei para ele e disse: ‘Continue olhando bem para cá, querido. Eu vou sair em dois segundos.’ Ele sorriu para mim. Eu fechei a porta do banheiro. Eles disseram que, no momento em que tranquei a porta, ele fechou seus olhos e entrou em sono profundo, iniciando o fim de sua passagem para o outro lado. 

Quando eu abri a porta do banheiro, a equipe médica estava em volta de sua cama e todos se viraram e me olharam com lágrimas nos olhos. Eles disseram: ‘Ruth, ele está em sono profundo. Ele não consegue sentir nada.’ Era extremante difícil para ele respirar, seu pulmão direito tinha entrado em colapso e seu oxigênio caiu.

Eu corri, pulei em sua cama e coloquei minha mão no lado direito de seu rosto. Então, um milagre inesquecível aconteceu…

Meu anjo respirou fundo, abriu seus olhos, sorriu para mim e disse: ‘Eu te amo, mamãe.’ Ele virou sua cabeça e, às 23:54, ele faleceu enquanto eu cantava ‘You Are My Sunshine’ em seu ouvido. 

Ele acordou de um coma para dizer que me amava, com um sorriso em seu rosto!”

Na foto, Nolan está deitado no tapete do chão do banheiro, com medo de ficar longe dela, mesmo durante o seu banho.

Essa experiência emocionante tocou os corações de pessoas de todo o mundo. Essa história mostra por que mães chamam seus pequenos de “anjos”. Crianças têm dons escondidos e corações enormes.

Ruth foi tão corajosa em compartilhar esses momentos de sua grande perda de seu lindo garotinho e do amor incrível entre uma mãe e seu filho. 

Nolan chegou a acordar do coma e disse que a amava, mas então ele faleceu no dia 4 de fevereiro, enquanto ela cantava “You are My Sunshine” em seu ouvido.

“Agora eu estou com medo de tomar banho. Com nada além de um tapete vazio agora, onde uma vez um belo e perfeito garoto ficou à espera de sua mamãe”, finalizou ela.

Aleteia

 

 

 

No universo musical existem vários grupos que escapam ao rótulo de “artistas cristãos”, muito embora possuam repertório com letras que chegam a envergonhar outros que se dizem inseridos em tal rótulo.
Dessa lista a que menos convence é a Black Sabbath, mesmo com algumas letras “cristãs”. Na verdade, o balanço final dessa banda não é positivo levando em conta toda a sua discografia. A mantive por fidelidade ao post original replicado aqui.

1. U2

u2
Pode não ser novidade para muita gente, mas não deixa de ser um fato que a banda de sucesso mundial carrega várias de suas músicas com uma temática Bíblica e de fé cristã. Abaixo alguns exemplos clássicos:

“40” do álbum War possui letras tiradas diretamente do Salmo 40:

“Esperei pacientemente no Senhor/ Ele inclinou-Se e ouviu meu choro/ Ele me levantou do poço/ E me tirou do barro lamacento.”
(I waited patiently on the Lord / He inclined and heard my cry / He lifted me up out of the pits / And out of the miry clay.)

 

“I Still Haven’t Found What I’m Looking For” é uma música cristã bem direta:
“Eu acredito que quando o Reino chegar / Todas as cores irão sangrar em uma só / Mas sim, ainda estou correndo / Você quebrou as amarras / Você afrouxou as correntes / Você carregou a cruz / Da minha vergonha / Você sabe que eu acreditei nisso / Mas eu ainda não encontrei o que estou procurando.”
(I believe when the Kingdom comes / Then all the colors will bleed into one / But yes, I’m still running / You broke the bonds / You loosened the chains / You carried the cross / Of my shame / You know I believed it / But I still haven’t found what I’m looking for.)

 

A maioria das músicas em Pop são sobre uma crise de fé, e “Wake Up, Dead Man” se refere diretamente a Jesus Cristo:“Jesus / Eu estou esperando aqui, chefe / Eu sei que você está cuidando de nós / Mas talvez suas mãos estejam ocupadas / Seu pai, Ele fez o mundo em sete / Ele está no comando do paraíso / Você pode falar em meu nome? / Acorde, acorde homem morto.”
(Jesus / I’m waiting here, boss / I know you’re looking out for us / But maybe your hands aren’t free / Your father, He made the world in seven / He’s in charge of heaven / Will you put a word in for me? / Wake up, wake up dead man.)

 

2. Mumford & Sons

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Marcus Mumford, líder da banda, é filho de um casal de líderes na Vineyard Church, Inglaterra, e ele é um membro desta igreja até hoje. Algumas de suas músicas refletem sua espiritualidade; Mumford disse ao The Guardian que suas músicas são “deliberadamente algo espiritual, mas deliberadamente não-religiosas”.

“Sigh No More”
“Sirva a Deus, ame-me e conserte / Isto não é o fim / Vivi sem feridas, somos amigos / E me desculpe / Me desculpe.”
(Serve God, love me and mend / This is not the end / Lived unbruised, we are friends / And I’m sorry / I’m sorry.)

 

“Below My Feet”
“E eu estava parado mas sob seu feitiço / Quando Jesus me disse que tudo estava bem / Então tudo deve estar bem.”
(And I was still but I was under your spell / When I was told by Jesus all was well / So all must be well.)

 

“Whispers in the Dark”
“Sussurros no escuro / Roube um beijo e você partirá seu coração / Recolha suas roupas e curve seus dedões / Aprenda sua lição, me guie até em casa / Poupe meus pecados para a arca / Eu fui devagar demais para partir / Sou um cafajeste mas não uma fraude / Eu me propus a servir ao Senhor.”
(Whispers in the dark / Steal a kiss and you’ll break your heart / Pick up your clothes and curl your toes / Learn your lesson, lead me home / Spare my sins for the ark / I was too slow to depart / I’m a cad but I’m not a fraud / I’d set out to serve the Lord.)

 

3. Belle & Sebastian

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Stuart Murdoch, principal compositor da Belle & Sebastian, tem sido bastante aberto acerca de sua fé e envolvimento nas atividades da sua paróquia local na Escócia, e tem colocado temas Bíblicos em várias das canções da banda. Apesar disso, seus fãs tendem a ser bem secular e eles raramente são citados como uma banda cristã. Mas aqui vão alguns versos da Belle & Sebastian que são notoriamente religiosos:

“If You Find Yourself Caught In Love”
“Se você se achar apaixonado / Você deve fazer uma oração para o homem acima / Se você não der ouvido as vozes então meu amigo / Você rapidamente ficará sem opções / Que pena será / Você fala de liberdade, não vê / A única liberdade que você realmente conhecerá / Está escrita em livros de há muito tempo / Abra mão de sua vontade para aquEle que te ama / As coisas irão mudar, eu não digo que do dia para a noite / Mas algo tem que ceder.
(If you find yourself caught in love / You should say a prayer to the man above / If you don’t listen to the voices then my friend / You’ll soon run out of choices / What a pity it would be / You talk of freedom, don’t you see / The only freedom that you’ll ever really know / Is written in books from long ago / Give up your will to Him that loves you / Things will change, I’m not saying overnight / But something has to give.)

 

“The Ghost of Rockschool”
“Eu vi Deus no sol / Eu vi Deus nas ruas / Deus antes da cama e a promessa de sono / Deus nos meus sonhos / E a carona grátis da graça / Eu vi Deus brilhando / Através do reflexo dela.”
(I’ve seen God in the sun / I’ve seen God in the street / God before bed and the promise of sleep / God in my dreams / And the free ride of grace / I’ve seen God shining / Out from her reflection.)

 

“The State I Am In”
“Eu me entreguei ao pecado / Eu me entreguei a Providence / E eu estive lá e de volta outra vez / O estado em que estou / Oh meu amor, você dignar-se-ia a me ajudar / Eu sou estúpido e cego / O Desespero é trabalho do diabo, é a insensatez da mente vazia de um garoto.”
(I gave myself to sin / I gave myself to Providence / And I’ve been there and back again / The state that I am in / Oh love of mine, would you condescend to help me / I am stupid and blind / Desperation is the Devil’s work, it is the folly of a boy’s empty mind.)

 

4. The Avett Brothers

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The Avett Brothers surgiu como uma banda cult no cenário indie-folk mundial. Foram aceitos como uma banda basicamente secular, apesar de várias de suas letras serem bem claras acerca de sua fé cristã.

 

“Me and God”
“Agora eu não duvido que o Bom Livro é verdade / O que é certo para mim pode não ser certo para você / Ficarei do lado da igreja no domingo / Todas as pessoas sofrendo com o medo em seus olhos / E eu agradeço ao Senhor pela terra / Assim como Paulo eu agradeço a Ele por minhas mãos / E eu não sei se minha alma está salva / As vezes eu palavrões enquanto oro / Meu Deus e eu não precisamos de um intermediário.”
(Now I don’t doubt that The Good Book is true / What’s right for me may not be right for you / To church on Sunday I’ll stand beside / All the hurtin’ people with the fear in their eyes / And I thank the Lord for the country land / Just like Paul I thank him for my hands / And I don’t know if my soul is safe / Sometimes I use curse words when I pray / My God and I don’t need a middle man.)

 

“Through My Prayers”
“No fundo de minha mente onde eu não me importo em ir / A dor de uma lição está me fazendo saber / Se você tem amor no coração deixe ele aparecer enquanto você pode / Sim, agora eu entendo / Mas agora minha única chance / De falar com você é através de minhas orações / Eu só queria dizer a você que eu me importo.”
(Down in my mind where I don’t care to go / The pain of a lesson is letting me know / If you have love in your heart let it show while you can / Yes, now I understand / But now my only chance / To talk to you is through my prayers / I only wanted to tell you I care.)

 

5. Black Sabbath

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Sim, isso mesmo. As frequentes acusações de satanismo em face do grupo encabeçado por Ozzy Osbourne formam uma tremenda ironia, já que muitas de suas canções possuem letras com conteúdo cristão e falam em temer (evitar) o diabo e a ira de Deus. São temas considerados tabus até mesmo para os púlpitos da igrejas, mas que o Black Sabbath traz de uma forma bastante direta e crua. Pode não ser uma verdade que muitos considerem agradável de ouvir mas, ainda assim, uma verdade na perspectiva cristã.

 

“Black Sabbath”
“Grande forma negra com olhos de fogo / Dizendo as pessoas seus desejos / Satanás está sentado lá, rindo / Observando as chamas subindo e subindo / Oh não, não, Deus me ajude!”
(Big black shape with eyes of fire / Telling people their desire / Satan’s sitting there, he’s smiling / Watches those flames get higher and higher / Oh no, no, please God help me!)

 

“War Pigs”
“Agora na escuridão o mundo para de girar / Cinzas onde os corpos queimam / Nenhum porco político tem mais o poder / A Mão de Deus chega em hora / Dia do julgamento, Deus está chamando / De joelhos os porcos da guerra se arrastam / Implorando piedade por seus pecados / Satanás rindo abre suas asas / Oh Senhor, sim!”
(Now in darkness world stops turning / Ashes where the bodies burning / No more war pigs have the power / Hand of God has struck the hour / Day of judgment, God is calling / On their knees the war pig’s crawling / Begging mercy for their sins /
Satan laughing spreads his wings / Oh Lord, yeah!
)

 

“After Forever”
“Você já pensou sobre sua alma – ela pode ser salva? / Ou talvez você pense que quando você morrer apenas ficará em seu túmulo / Deus é apenas um pensamento em sua mente ou Ele é parte de você? / Jesus é apenas um nome que você leu em um livro quando estava na escola? / Quando você pensa na morte você perde o fôlego ou mantém a calma? / Você gostaria de ver o Papa pendurado em uma corda – você acha ele um tolo? / Bem, eu vi a verdade / Sim, eu vi a luz e eu mudei meus caminhos / E eu estarei preparado quando você estiver sozinho e assustado no fim de seus dias / Será que você está com medo do que seus amigos irão dizer? / Caso eles soubessem que você acredita no Deus acima / Eles deveriam perceber antes de criticar / que Deus é a única forma de amar.”
(Have you ever thought about your soul – can it be saved? / Or perhaps you think that when you’re dead you just stay in your grave / Is God just a thought within your head or is He a part of you? / Is Christ just a name that you read in a book when you were at school? / When you think about death do you lose your breath or do you keep your cool? / Would you like to see the Pope on the end of a rope – do you think he’s a fool? / Well, I have seen the truth / Yes, I have seen the light and I’ve changed my ways / And I’ll be prepared when you’re lonely and scared at the end of your days / Could it be you’re afraid of what your friends might say / If they knew you believe in God above / They should realize before they criticize / That God is the only way to love.)

6. Lenny Kravitz

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Lenny Kravitz é um cristão devoto e tem escrito sobre temas espirituais durante toda sua carreira. E não é apenas suas letras – ele passou por anos de celibato como parte de sua fé.

 

“Are You Gonna Go My Way?” é cantado na perspectiva de Jesus:
“Eu nasci há muito tempo / Eu sou o escolhi, Eu sou o único / Eu vim para salvar o dia / E não vou sair enquanto não terminar / Então é por isso que você tem que tentar / Você tem que respirar e se divertir / Mesmo não sendo pago Eu jogo este jogo / E eu não vou parar enquanto eu não terminar / Mas o que eu quero realmente saber é / Você vai seguir meu caminho?”
(I was born long ago / I am the chosen, I’m the one / I have come to save the day / And I won’t leave until I’m done / So that’s why you’ve got to try / You got to breathe and have some fun / Though I’m not paid I play this game / And I won’t stop until I’m done / But what I really want to know is / Are you gonna go my way?)

 

“Believe”
“O Filho de Deus está na sua cara / Oferecendo graça eterna / Se você quiser você tem que acreditar / Por que ser livre é apenas um estado de consciência / Um dia nós iremos deixar isso tudo para trás / Apenas coloque sua fé em Deus / E um dia você verá / Se você quiser isso então você terá.”
(The Son of God is in your face / Offering us eternal grace / If you want it you’ve got to believe / ‘Cause being free is just a state of mind / We’ll one day leave this all behind / Just put your faith in God / And one day you’ll see it / If you want it you got it.)

 

“Beyond the 7th Sky”
“Eu tô falando sobre a lua, estrelas e o céu / Eu tô falando sobre você, Deus e eu / Vamos levar isso para onde a vida foi formada / E para o lugar onde Jesus Cristo nasceu.”
(I’m talkin’ ‘bout the moon and stars and sky / I’m talkin’ ‘bout you and God and I / Let’s take it to the place where life was formed / And to the place where Jesus Christ was born.)

 

7. Kings of Leon

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Os três irmãos que integram a banda são filhos de um pastor de uma United Pentecostal Church (Igreja Pentecostal Unida) e apesar de sua música ser geralmente secular, a formação cristã deles influencia várias de suas letras, com temas sobre redenção ou fogo e enxofre.

 

“Lucifer”
“Eu fui e vendi minha alma a Jesus / E ninguém sabe o que ele significa para nós / Eu fui e consegui pra mim um pouco daquele fogo do espírito / Não há nada neste mundo que possa me levar mais alto.”
(I went and I sold my soul to Jesus / And nobody knows just what he means to us / I went and I got me some of that holy ghost fire / Ain’t nothing in this world that can take me higher.)

 

“Crawl”
“Os vermelhos e os brancos e abusados / Os E.U.A crucificado / À medida que sua hipocrisia surge / Oh o inferno está mesmo chegando / O rato e a mosca / Eles estão buscando por um álibi / Enquanto nós aguardamos a ira / Eles nunca foram à missa de domingo.”
(The reds and the whites and abused / The crucified U.S.A. / As their hypocrisy unfolds / Oh Hell is truly on its way / As the rat, and the fly / They’re searching for an alibi / As we await the wrath / They never went to Sunday Mass.)

 

8. Evanescence

Evanescence
O co-fundador do Evanescence, Ben Moody, veio da esfera do rock cristão, então não deveria ser nenhuma surpresa que muitas das músicas da banda são diretamente religiosas ou reverberem temas cristãos. Os discos da banda eram na maioria das vezes encontrados em lojas cristãs antes de se tornarem um sucesso.

 

“Tourniquet”
“Estou morrendo / Orando / Sangrando / Gritando / Estou tão perdido para ser salvo? / Estou tão perdido? / Meu Deus! / Meu torniquete / Retorne para minha salvação.”
(I’m dying / Praying / Bleeding / Screaming / Am I too lost to be saved? / Am I too lost? / My God! / My tourniquet / Return to me salvation.”)

 

“Bring Me To Life”
“Como você consegue ver dentro dos meus olhos, como portas abertas / Levando você a meu centro / Onde eu fiquei tão dormente / Sem uma alma / Meu espírito dormindo em algum lugar frio / Até você achá-lo lá e o trazer de volta ao lar / Me acorde, me acorde por dentro / Me salve.”
(How can you see into my eyes, like open doors / Leading you down into my core / Where I’ve become so numb / Without a soul / My spirit’s sleeping somewhere cold / Until you find it there and lead it back home / Wake me up, wake me up inside / Save me.)

 

9. Black Rebel Motorcycle Club

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Black Rebel Motorcycle Club (Clube Motociclista dos Rebeldes Negros) tem um nome badass que é devido à contracultura dos anos 60 e sua música é fortemente influenciada por bandas como The Velvet Underground e The Jesus and Mary Chain>. Assim é fácil não perceber que quase todas as suas letras são, de algum modo, sobre Jesus e Deus. Baixista e vocalista Robert Levon Been cresceu no rock cristão, já que seu pai era o frontman da banda cristã The Call.

“White Palms”
“Jesus parece roubar minha alma / Ele nunca vai me deixar ir / Jesus me fará pagar / Nunca devia ter ido embora / Eu quero ir pra casa.”
(Jesus seems to steal my soul / He’ll never let me go / Jesus gonna make me pay / Never should’ve run away / I wanna go home.)

 

“Salvation”
“Então Jesus deixou você sozinho / Parece que nada é realmente sagrado / Ninguém, ninguém ouve o seu chamado / Caindo, tudo está caindo.”
(So Jesus left you lonely / Feel’s like nothin’s really holy / No one, no one hears your calling / Falling, everything is falling.)

 

“Grind My Bones”
“Jesus, deixe eu lhe falar / Estou correndo para seu paraíso / Você consegue me ouvir chegar? / E a luz brilhante está se apagando / O pregador me diz, ‘Filho, eu tenho que pagar pra falar’ / Meu Senhor, venha me carregar / Eles falham em impressionar / E eu não consigo acreditar / E eu não vi outro Senhor / Ele mói meus ossos para salvar minha alma / Não, eu não vi outro Senhor.”
(Jesus, let me tell you son / I’m running to your heaven / Can’t you hear me coming? / And the bright light’s been fading off / The preacher tell me, “Son, I got to pay to talk” / Sweet Lord, come carry me / They fail to impress / And I can’t believe /
And I ain’t never seen no other Lord / He grind my bones to save my soul / No, I ain’t never seen no other Lord.
)

 

10. Sufjan Stevens

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Ele é conhecido por fazer música indie, mas sempre foi aberto acerca de seu cristianismo e é um frequentador regular no Brooklyn. Mesmo quando está fazendo álbuns conceituais elaborados sobre a mitologia cultural de estados como Illinois e Michigan, suas letras são bastante influenciadas por sua fé.

“Seven Swans”
“Eu vi um sinal no céu / Sete trombetas, sete trombetas, sete trombetas / Eu ouvi a voz na minha mente: / Eu sou o Senhor, Eu sou o Senhor, Eu sou o Senhor / Ele vai tomar conta de você / Se você correr, Ele vai te perseguir / Por que ele é o Senhor.”
(I saw a sign in the sky / Seven horns, seven horns, seven horns / I heard a voice in my mind: / I am Lord, I am Lord, I am Lord / He will take you / If you run, He will chase you / ‘Cause he is the Lord.)

 

“Ah Holy Jesus”
“Por mim, bondoso Jesus, foi tua encarnação / Tua tristeza mortal e oferta de vida / Tua morte de angústia e tua amarga paixão / Para minha salvação.”
(For me, kind Jesus, was thy incarnation / Thine mortal sorrow and thy life’s oblation / Thy death of anguish and thy bitter passion /
For my salvation.
)

 

“The Transfiguration”
“O que ele disse a eles / A voz de Deus: o mais amado filho / Considerem o que ele diz à vocês, considerem o que está por vir / A profecia foi posta à morte / Foi posta à morte, e assim será o Filho / E mantenham suas palavras, disfarcem a visão até que a hora tenha chegado.”
(What he said to them / The voice of God: the most beloved son / Consider what he says to you, consider what’s to come / The prophecy was put to death / Was put to death, and so will the Son / And keep your word, disguise the vision till the time has come.)

 

11. The Civil Wars

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Joy Williams inciou como uma cantora pop cristã, mas tem se distanciado da música notoriamente religiosa como parte do dueto country-folk: The Civil Wars. Mas ainda enquanto canta músicas essencialmente seculares sobre amor e romances, ela apimenta suas letras com referências à fé e ícones do cristianismo.

 

“20 Years”
“Se significa que vou esperar vinte anos / E mais vinte / Estarei rezando por redenção / E seu bilhete sob minha porta.”
(If it means I’ll be waiting twenty years / And twenty more / I’ll be praying for redemption / And your note underneath my door.)

 

“C’est la Mort”
“Vamos andar na estrada sem fim / Esgueirar onde apenas os anjos pisam / Paraíso ou inferno ou algum lugar no meio / Faça uma promessa e me leve com você.”
(Let’s walk on the road that has no end / Steal away where only angels tread / Heaven or hell or somewhere in between / Cross your heart and take me with you.)

 

“Kingdom Come”
“Corra, corra, corra e se esconda / Em algum lugar que ninguém mais pode encontrar / Árvores altas curvando seus galhos apontando para onde ir / Onde você ainda estará sozinho”.
(“Run, run, run and hide / Somewhere no one else can find / Tall trees bend their limb pointing where to go / Where you will still be all alone”.)

Crédito das imagens: divulgação.

(via Catavento)

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São muitos os atletas profissionais que, aposentados após o auge do sucesso nos gramados, quadras e piscinas, se mantêm ligados ao mundo do esporte: vários trocam a camisa de jogo pela prancheta de técnicos, por exemplo.

Mas um astro do futebol europeu decidiu trilhar uma estrada bem menos percorrida. Uma estrada que talvez o tenha levado a fazer o gol mais bonito de sua vida: Philip Mulryne, ex-meio-campista do Manchester United e da seleção da Irlanda do Norte, foi ordenado sacerdote da Ordem Dominicana no dia 9 de julho de 2017, aos 39 anos de idade.

O atleta protagonizou uma carreira de sucesso no futebol profissional, jogando ao lado de David Beckham e namorando a modelo Nicola Chapman no auge do estrelato. Philip jogou 161 partidas entre 1999 e 2005. De acordo com o Irish Central, ele estava na lista dos favoritos dos torcedores, mesmo que também tenha tido, segundo o Catholic Herald, os seus momentos de rebeldia: em 2005, por exemplo, ele foi cortado da seleção da Irlanda do Norte porque fugiu da concentração e saiu para beber.

Seu ex-colega Paul McVeigh ficou surpreso ao saber que Philip estava se preparando para ser sacerdote após mais de dez anos de atuação profissional em campo:

Para meu espanto, e provavelmente de todo o resto da fraternidade futebolística, o Phil decidiu treinar para ser padre católico… Eu ainda mantinha contato com ele e sabia que ele tinha dado uma guinada na vida, que estava envolvido em muitas iniciativas de caridade, ajudando pessoas sem-teto toda semana. Mesmo assim, foi um choque completo que ele tenha sentido que o chamado dele era esse… Eu tenho certeza de que isso não é uma coisa que ele levou na superficialidade“.

Pouco depois de se aposentar do futebol, aos 31 anos de idade, Philip realmente se dedicou a uma série de obras de caridade. Seus amigos consideram que o bispo de Down e Connor, dom Noel Treanor, pode ter tido influência na vida do jovem, encorajando-o a pensar na vocação ao sacerdócio.

Quando fez a sua profissão simples dos votos religiosos, em 2013, Philip falou brevemente sobre a sua vocação e as razões que o levaram à ordem dominicana:

Esta, para mim, é uma das principais razões que me atraíram à vida religiosa: me entregar totalmente a Deus na profissão dos conselhos evangélicos, tomá-lo como nosso exemplo e, apesar das nossas fraquezas e defeitos, confiar nele, que vai nos transformar pela sua graça; e assim, ser transformado para comunicar a todos com quem nos encontrarmos a alegria de conhecer a Deus… Este é, para mim, o ideal da vida dominicana e uma das principais razões que me atraíram a esta ordem“.

De acordo com a ACI Digital, a ordenação sacerdotal do agora Padre Mulryne aconteceu na Igreja de St. Saviour, em Dublin, e foi presidida pelo Arcebispo dominicano Augustine Di Noia, secretário assistente da Congregação da Doutrina da Fé, que viajou à Irlanda especialmente para esta cerimônia.

Mulryne ingressou no Seminário Diocesano de Belfast, estudou durante dois anos Filosofia na ‘Queens University’ e no ‘Maryvale Institute’. Em seguida, foi para o Pontifício Colégio Irlandês, em Roma, para estudar Teologia por um ano na Universidade Gregoriana, antes de discernir o chamado à vida religiosa.

Philip entrou para a Casa do Noviciado Dominicano em Cork, na Irlanda, em 2012. Em 2013, quando recebeu o hábito dominicano, Philip Mulryne disse que seu objetivo na vida religiosa é “ser completamente de Deus com a profissão dos conselhos evangélicos”.

“Apesar de nossas faltas, sabemos que Ele nos transforma com a sua graça e, ao sermos transformados, podemos comunicar a alegria aos outros”, ressaltou.

Com informações de Aci Digital

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Elisabeth Arrighi Leseur (* 16 de outubro de 1866 – + 3 de maio de 1914), nome de batismo Paulina Elisabeth Arrighi, foi uma mística francesa mais conhecida por seu diário espiritual e pela conversão de seu marido, Félix Leseur (1861-1950), um médico e conhecido líder do movimento anticlerical e ateísta francês. A causa para a beatificação de Elisabeth Leseur foi iniciada em 1934.

Elisabeth nasceu em Paris numa abastada família francesa de origem corsa. Ela tinha tido hepatite quando criança, que retornou ao longo de sua vida com ataques de gravidade variável.

Em 1887, ela conheceu o médico Félix Leseur (1861-1950), também oriundo de uma rica família católica. Pouco antes de se casarem em 31 de julho de 1889, Elisabeth descobriu que Félix havia deixado de ser um católico praticante. O Dr. Félix Leseur logo se tornou conhecido como materialista e colaborador de jornais anticlericais em Paris.

Abastada pelo nascimento e pelo casamento, Elisabeth fazia parte de um grupo social cultivado, educado, e geralmente antirreligioso. A ligação do casal era forte, embora ofuscada pela falta de filhos e por seu sempre crescente desacordo religioso. Dr. Leseur tudo fez para extinguir a fé da esposa; coagiu-a a ler obras de autores racionalistas, como “Les Origines du Christianisme” e “La Vie de Jésus” de Ernest Renan.

Elisabeth, porém, percebeu a fragilidade das hipóteses de Renan e quis confrontar a validade dos seus argumentos, dedicando-se intensamente ao estudo da Religião, do Evangelho e de São Tomás de Aquino.

De uma religiosidade convencional em sua juventude, Elisabeth Leseur foi motivada, pelos ataques de seu marido contra o Cristianismo e a religião, a sondar mais profundamente a sua fé. Assim, ela teve uma conversão religiosa com a idade de trinta e dois. Desse momento em diante, ela considerou sua principal tarefa rezar pela conversão de seu marido, mantendo-se paciente diante de seus ataques constantes sobre a sua fé.

Quando podia, ela trabalhava em projetos de caridade para as famílias pobres e fundou outras atividades de caridade. Sua vasta correspondência espiritual por muitos anos não foi do conhecimento de seu marido. Ela se preocupava com os “pobres” ou os “menos”, mas sua saúde se deteriorando restringia sua capacidade de responder a esta preocupação.

Em 1907 sua saúde deteriorou-se de tal forma, que ela foi forçada a levar uma vida sedentária, recebendo visitantes e dirigindo sua casa a partir de uma chaise-longue. Em 1911 ela sofreu uma cirurgia e a radioterapia por causa de um tumor maligno, recuperado, e depois ficou acamada até julho de 1913. Ela morreu de câncer generalizado em 3 de maio de 1914.

Espiritualidade

Desde o início, ela organizou a sua vida espiritual em torno de um padrão de disciplina de oração, meditação, leitura, prática sacramental, e escrita. Caridade era o princípio organizador de seu ascetismo. Em sua abordagem à mortificação, ela seguia São Francisco de Sales, que recomendava moderação e estratégias internas ocultas em vez de práticas externas.

Legado

Após sua morte, seu marido encontrou uma nota dirigida a ele em que ela profetizava sobre sua conversão e que ele se tornaria padre. A fim de se livrar de tais “superstições”, Dr. Félix foi ao santuário mariano de Lourdes, querendo expor os relatos de curas lá como falsos. Na gruta de Lourdes, no entanto, ele passou por uma conversão religiosa.]

65564-elisabeth2bleseur2b2bseu2besposo2bcomo2bdominicanoPadre Leseur

Posteriormente, Dr. Felix publicou o diário de sua esposa, “Journal et pensées pour chaque jour” (Diário e Pensamentos para cada dia). Devido à sua recepção favorável, um ano mais tarde publicou algumas das cartas de sua esposa sob o título de “Lettres sur la Souffrance” (Cartas a respeito do Sofrimento), Paris 1918; “La Vie Spirituelle” (A Vida Espiritual) Paris 1918; “Lettres à des Incroyants” (Cartas aos Incrédulos) Paris 1922.

No outono de 1919 ele tornou-se noviço dominicano e foi ordenado sacerdote em 1923. Pe. Leseur passou a maior parte de seus restantes vinte e sete anos de vida falando publicamente sobre os escritos espirituais de sua esposa. Ele colaborou na abertura da causa de beatificação de Elisabeth em 1934.

No ano de 1924, Fulton J. Sheen, que mais tarde se tornaria arcebispo e uma figura popular de televisão e de rádio americanos, fez um retiro sob a direção de Pe. Leseur. Durante muitas horas de direção espiritual, Sheen teve conhecimento da vida de Elisabeth e da conversão de Félix. Sheen posteriormente repetiu essa história de conversão em muitas de suas apresentações.

Referências:
Leseur O.P., Fr. Felix, “In Memoriam”, Journal et pensees de chaque jour, Paris, 2005;
Ruffing R.S.M., Janet K., “Physical Illness: A Mystically Transformative Element in the Life of Elizabeth Leseur”, Spiritual Life, Vol.40, Number 4, Winter 1994;
Ruffing R.S.M., Janet K., “Elizabeth Laseur: A Strangely Forgotten Modern Saint”, in Lay Sanctity, Medieval and Modern, Ann W. Astrell, ed.
* Sheen, Fulton J. “Marriage Problems” (part 40 of a recorded catechism, available online)

 Família Católica

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Pe. Abuna Nirwan é um franciscano que nasceu no Iraque e, antes de ser ordenado sacerdote, estudou medicina. Foi destinado à Terra Santa e, em 2004, ganhou das Irmãs Dominicanas do Rosário uma relíquia da sua fundadora e um terço usado por ela. O padre passou a trazer a relíquia e o rosário sempre consigo.

A fundadora em questão é Santa Marie Alphonsine Danil Ghattas, cristã palestina canonizada em 2015 pelo Papa Francisco. Em 2009, quando o Papa Bento XVI aprovou o milagre para a sua beatificação, a Santa Sé pediu a exumação do corpo da religiosa. Esta missão costuma caber ao bispo local, que, para realizá-la, designa um médico. E esse médico foi justamente o padre Abuna Nirwan.

Em 2004, a relíquia e o rosário… Em 2009, a exumação… E esses dois fatos extraordinários não foram os únicos que ligaram o padre Nirwan àquela santa fundadora.

Dois anos antes da aprovação do Papa Bento à beatificação da religiosa, mais um fato simplesmente arrepiante envolvendo o pe. Nirwan e a madre Marie Alphonsine tinha sido relatado pelo padre Santiago Quemada no seu blog “Un sacerdote en Tierra Santa”.

Eis o relato:

A história que vamos contar aconteceu em 14 de julho de 2007. Abuna Nirwan foi visitar a sua família no Iraque e, para isso, precisou contratar um táxi. Ele mesmo relatou o caso na homilia de uma missa que celebrou em Bet Yalla. O padre Nirwan contou:

Não havia possibilidade de ir de avião para visitar a minha família. Era proibido. O meio de transporte era o carro. Meu plano era chegar a Bagdá e ir de lá para Mossul, onde viviam os meus pais.

O motorista tinha medo por causa da situação no Iraque. Uma família, formada pelo pai, a mãe e uma menininha de dois anos, pediu para viajar conosco. O taxista me falou do pedido e eu não vi nenhum inconveniente. Eram muçulmanos. O motorista era cristão. Ele disse que havia lugar no carro e que eles podiam ir conosco. Paramos num posto de combustível e outro homem jovem, muçulmano, também pediu para ir junto até Mossul. Como ainda restava um assento, ele também foi aceito.

A fronteira entre a Jordânia e o Iraque só abre quando amanhece. Quando o sol se levantou, uma fila de cinquenta ou sessenta carros foi avançando lentamente, todos juntos.

Seguimos a viagem. Depois de mais de uma hora, chegamos a um lugar onde estavam fazendo uma inspeção. Preparamos os passaportes. O motorista nos disse: “Tenho medo desse grupo”. Antes era um posto militar, mas uma organização terrorista islâmica havia matado os militares e tomado o controle do local.

Quando chegamos, eles nos pediram os passaportes sem nos fazer descer do carro. Levaram os passaportes a um escritório. A pessoa voltou, se dirigiu a mim e disse: ‘Padre, vamos continuar a investigação. Podem ir até o escritório mais à frente. Depois já é o deserto”. “Muito bem”, respondi. Caminhamos uns quinze minutos até chegar à cabana a que eles se referiam.

Quando chegamos à cabana, saíram dois homens de rosto coberto. Um deles tinha uma câmera em uma mão e um facão na outra. O outro era barbudo e estava segurando o alcorão. Chegaram até nós e um deles perguntou: “Padre, de onde está vindo?”. Respondi que vinha da Jordânia. Depois ele perguntou ao motorista.

Depois se dirigiu ao rapaz que vinha conosco, o agarrou por trás com os braços e o matou com o facão. Amarraram as minhas mãos por trás das costas e disseram:

“Estamos gravando isto para a Al-Jazeera. Quer dizer algumas palavras? Tem menos de um minuto”.

Eu respondi:

“Não, só quero rezar”.

Eles me deram um minuto para rezar.

Depois um deles me empurrou pelo ombro para baixo até eu ficar de joelhos e me disse:

“Você é clérigo. É proibido que o seu sangue caia no chão porque é sacrilégio”.

Por isso ele foi pegar um balde e voltou com ele para me degolar. Não sei o que rezei naquele momento. Senti muito medo e disse a Maria Alphonsine:

“Não pode ser por acaso que eu trago você comigo. Se é preciso que nosso Senhor me leve ainda jovem, estou pronto. Mas, se não é, eu te peço que ninguém mais morra”.

Ele pegou a minha cabeça, segurou meu ombro com força e levantou o facão. Uns instantes de silêncio e de repente ele perguntou:

“Quem é você?”

Respondi:

“Um frade”.

“E por que eu não consigo mexer o facão? Quem é você?”.

E, sem me deixar responder, prosseguiu:

“Padre, você e todos voltem para o carro”.

Fomos de volta até o veículo.

Daquele momento em diante, eu perdi o medo da morte. Sei que um dia morrerei, mas agora é mais claro que vai ser só quando Deus quiser. Desde aquele momento, eu não tenho medo de nada nem de ninguém. O que vier a me acontecer é porque é vontade de Deus e Ele vai me dar a força para acolher a Sua cruz. O importante é ter fé. Deus cuida dos que acreditam n’Ele”.

___________

Traduzido, com adaptações, de artigo publicado pelo site Religión en Libertad (em espanhol) via Aleteia

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Uma superiora visitou-a no leito das dores:

– Que faz aqui, minha preguiçosa? – perguntou sorrindo, amável.
– Minha Madre, eu estou no meu ofício.
– E que ofício é o seu, minha filha?
– O meu ofício é sofrer e estar doente.

Mandaram-lhe um crucifixo para a cabeceira da cama.

– Sou mais feliz – disse Bernadette – com o meu Cristo no leito de dores do que uma rainha no seu trono.

Às crises de asma, dolorosas e terríveis, juntaram-se os vômitos de sangue, a opressão do peito e dores intoleráveis causadas por um abcesso que se formou no joelho direito. Mais um tumor e uma aquilose. Os sofrimentos eram horríveis e a vítima tinha já a face cadavérica. Não dormia um só instante. Às vezes, a natureza deixava escapar um grito de dor, mas a Irmã Maria Bernarda (Bernadette) humilhava-se e sorria heroicamente, repetindo:

– Perdão, meu Jesus! Meu Deus, eu vos ofereço o meu sofrimento! Meu Deus, eu vos amo!

O capelão do mosteiro lhe disse que pensasse no Céu e que iria contemplar a beleza da Imaculada.

– Oh -respondeu ela -, como este pensamento me faz bem!

Às vezes, murmurava com almejo do Céu:

– Oh, Céu! Dizem que muitas almas não foram diretamente para o Céu porque não o desejaram bastante aqui no mundo. Isto não acontece comigo! Ah, vamos para o Céu, trabalhemos, soframos pelo Céu! O resto nada vale.

A moléstia se agravava cada vez mais. Ela, sempre resignada. Disse então:

– Ó cruz, vós sois o altar no qual eu quero me sacrificar com Jesus agonizante. O coração de Jesus é o meu tesouro. No coração de Jesus viverei e morrerei em paz no meio dos sofrimentos.

Despojou-se de tudo que possuía: algumas imagens e santinhos. Só conservou um crucifixo.

– Só tenho necessidade dele. Só ele me basta.

Depois da festa de São José, disse:

– Eu pedi a São José uma só graça: a graça de uma boa morte.

No dia 28 de março, a superiora lhe perguntou se desejava receber a extrema unção. Aceitou-a com alegria! Às duas horas da tarde, o capelão lhe administrava o sacramento dos enfermos. Recebeu-o com edificante fervor em presença de boa parte da comunidade.

– Minhas irmãs, peço-vos perdão por todos os aborrecimentos e trabalhos que vos dei, das minhas infidelidades na vida religiosa e do mau exemplo que dei às minhas companheiras, sobretudo pelo meu orgulho.

O olhar de Bernadette, durante toda a doença, conservou-se belo, vivo, impressionante. Era aquele olhar da visão de Massabielle.

O demônio a tentava, Nosso Senhor permitia, a fim de purificar ainda mais aquela almazinha privilegiada. Ela ficava num estado de agonia dolorosa e horrível, com a face em expressão de espanto, e repetia:

– Vai-te, Satanás! Vai-te, Satanás!

O capelão lhe disse:

– Ofereça a Jesus o sacrifício da vida, minha filha.
– Que sacrifício, meu padre? Não é sacrifício deixar esta pobre terra, onde se encontra tanta dificuldade para servir a Deus!

Perguntaram-lhe:

– Sofre muito, minha irmã?
– Sim, mas tudo é bom para o Céu – respondeu, com doce resignação.
– Eu vou pedir à boa Mãe do Céu que lhe dê alguma consolação, minha Irmã Maria Bernarda.
– Não, não – repetiu ela -, não peça consolações. Peça a Nossa Senhora força e paciência para mim. Só isto…

Quarta-Feira Santa, o capelão foi chamado às pressas para a Irmã Maria Bernarda. Ela estava na poltrona, sentada, sem poder respirar, num martírio cruel. Confessou-se pela última vez.

– Minha filhinha – disse-lhe a Madre superiora -, agora está na cruz, não é?

Bernadette abriu os braços em forma de cruz e murmurou:

– Meu Jesus! Meu Jesus! Oh, como vos amo!

Para não perder o crucifixo, pediu que o pusessem em seu peito. Recitaram a oração dos agonizantes. Ela repetia as jaculatórias que lhe diziam ao ouvido.

Uma hora antes da morte, ficou tranquila, fitou um ponto do alto. Depois exclamou, feliz, três vezes:

– Oh!

E alguns segundos depois:

— Meu Deus, eu vos amo de todo o meu coração, de toda a minha alma, com todas as minhas forças.

Tomou o crucifixo, beijou-o, pediu perdão à comunidade e disse:

– Eu tenho sede!

Deram-lhe água. Apenas molhou os lábios.

Fez o sinal da Cruz, aquele admirável sinal da Cruz que só ela sabia fazer.

Murmurou, alguns instantes depois:

– Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim, pobre pecadora… pobre pecadora…

E expirou suavemente.

Eram três horas e um quarto de tarde de Quinta-Feira Santa, 16 de abril de 1879.

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Mons. Ascânio Brandão, em “Santa Bernadette, a confidente de Lourdes”, Ed. Vozes, 1956, 3ª. edição

O programa “Terra da Padroeira“, transmitido pela TV Aparecida aos domingos, recebeu na edição de 17 de julho de 2016 a jovem dupla sertaneja Hugo e Tiago, que impactou e levou o público às lágrimas com um testemunho de fé de arrepiar.

Com a dupla, estava presente o padre Alcides Piquilo, que é irmão de Tiago. Os dois irmãos compartilharam a sua dramática vivência recente da enfermidade do pai, que também se chama Alcides e que enfrentou uma severa pneumonia, agravada pelo fato de só ter um pulmão.

A culminação do drama familiar veio no dia em que, mesmo depois que a família tinha se unido com grande fervor na oração do rosário, “seu” Alcides ficou à beira da morte.

Naquele dia, Tiago entrou no quarto do pai e sentiu um forte odor de flores e rosas. Ele imediatamente associou o cheiro ao de um velório e, em desespero, pensou que o pai tivesse falecido. Chamou a mãe e a irmã e, todos juntos, correram para o hospital na tentativa de salvar a vida do pai.

Três horas depois que o pai tinha praticamente morrido, os médicos chamaram a família e fizeram uma declaração surpreendente, que o próprio Tiago relata aos prantos de emoção.

Fonte: Aleteia

Confira neste vídeo o arrepiante testemunho:

odulio

A família Odulio, de origem filipina, vive hoje em uma cidade norte-americana onde a maioria da população é mórmon: Salt Lake City, no Estado de Utah.

No Sábado Santo deste ano, porém, a família recebeu os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Comunhão durante a Vigília Pascal: eles tinham se convertido à Igreja católica graças à Virgem Maria e à Santíssima Eucaristia.

Rico Odulio, o pai, nasceu nas Filipinas. Sua família, que era católica, aderiu à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, cujos membros são mais conhecidos mundo afora como mórmons. Mas ele continuou frequentando uma escola católica devido à sua boa qualidade, embora reconhecesse que “é muito difícil crescer em meio a duas igrejas”.

Foi na igreja mórmon que Rico conheceu a mulher que se tornaria sua esposa, Heidi. Durante o namoro, viajaram como missionários à cidade filipina de Cebu e lá permaneceram dois anos, mas separados. Ao se reencontrarem, casaram-se conforme o rito mórmon. Tiveram dois filhos que, desde pequenos, aprenderam dos pais o hábito da oração e da partilha em família.

Em 1998, Rico deixou os mórmons, mas manteve o hábito de ler sobre teologia. Em 2001, a família se mudou para Salt Lake City e Heidi continuou frequentando a igreja mórmon com seus dois filhos.

Tanto a cidade quanto o Estado de Utah são de maioria mórmon. Apesar disso, foi justamente nesse meio que a família Odulio começou a se aproximar da Igreja católica.

Rico tinha lido sobre a Batalha de Lepanto, de 7 de outubro de 1571: naquele combate naval, a frota da coalizão católica havia derrotado os turcos otomanos num triunfo dramático e crucial para a manutenção do catolicismo na Europa. A conquista foi atribuída pelo Papa Pio V à intercessão da Virgem Maria, a quem os fiéis tinham rezado o rosário em intenção da vitória cristã.

Até então, Rico não acreditava na Virgem Maria, considerando-a “mais uma das superstições católicas”. Ao ler sobre este milagre, porém, ele sentiu vontade de entrar em uma igreja e começou a participar da Missa. Quando convidou os filhos Amoz e Omri, eles se surpreenderam: “Nunca imaginei o meu pai como um homem religioso”, disse Omri. Mas quando Rico teve de voltar às Filipinas a trabalho, os filhos se afastaram da Igreja.

O segundo momento que aproximou a família da conversão veio em 2014, quando Omri sofreu um acidente de carro do qual quase não escapou. “Pensei que nunca mais acordaria”, relata ele mesmo, completando que, quando se recuperou, viu no YouTube o vídeo de um guitarrista na catedral de Salt Lake City. Impressionado com a beleza da igreja, pediu que o irmão, Amoz, o levasse até lá para a Missa. “Foi a primeira vez que atravessei as portas da catedral. A liturgia me impressionou. Desde então, fiquei atraído”, conta Omri.

Em 2015, já de volta aos Estados Unidos, Rico pediu que os filhos o acompanhassem numa procissão. Foi naquele dia que Omri tomou a decisão de ser batizado na Igreja católica – e, para ele, essa decisão aconteceu graças à intercessão da Virgem Maria.

Amoz também viveu uma conversão profunda à medida que aprendia mais sobre a história da Igreja. Os dois irmãos começaram a se preparar juntos para receber o Batismo.

Heidi, no entanto, continuava com os mórmons. Mesmo assim, começou a ler o material que Rico lhe dava sobre a Igreja Católica. Até que…

Eu rezava muitíssimo, queria a unidade da família e queria encontrar a verdade”. Foram muitas dúvidas e orações para, finalmente, poder dizer: “Eu senti o Espírito e, depois de rezar muito, recebi as respostas”.

Foi assim que também ela se juntou ao marido e aos filhos nas aulas de formação católica.

Ao se aproximar o dia em que finalmente seriam batizados, os Odulio ficavam cada vez mais ansiosos para receber pela primeira vez a Eucaristia: “Estando tão perto e tão exposto à Eucaristia, o meu desejo por ela aumentou”, confessou Omri, alguns dias antes do aguardado Sábado Santo.

Em 15 de abril de 2017, a família Odulio, agora batizada e crismada, recebeu enfim o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo na Eucaristia.

Louvado seja Jesus Cristo.

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Fonte:  ACI Digital

korczak

O nome de Janusz Korczak não é bem conhecido fora da Polônia e Europa, mas este homem é um verdadeiro herói! Janusz Korczak era um escritor infantil, pedagogo e pediatra judeu-polonês. Ele escreveu mais de 15 livros, dois deles foram traduzidos para o inglês.

Em 1911, ele se tornou diretor de um orfanato em Varsóvia, Polônia. Esta instituição foi criada como projeto dele mesmo e tinha o intuito de dar amparo a crianças judaicas.

Quando a Segunda Guerra Mundial começou, Korczak queria servir o exército polonês, mas ele era muito velho para tal atividade.

Quando Varsóvia foi tomada pelos nazistas, ele estava na cidade. Em 1940, quando o Gueto de Varsóvia foi criado, seu orfanato se mudou para lá e Korczak não abandonou seu projeto.

Em 5 de agosto de 1942, os soldados nazistas chegaram ao orfanato para levar as crianças para o campo de concentração de Treblinka. A Korczak havia sido oferecida a opção de ficar no “lado ariano” de Varsóvia, mas ele recusou a oferta — ele não podia deixar seus “filhos” — e disse que iria com as crianças.

As crianças estavam vestidas com suas melhores roupas e cada uma levou um brinquedo ou livro favorito. Ele embarcou no trem com seus órfãos e ninguém o tinha visto desde então.

Korczak morreu com seus “filhos” em uma câmara de gás em Treblinka. Ele não traiu seus princípios mesmo diante da morte. Este homem maravilhoso escolheu morrer, mas não abandonar seus órfãos.

Devemos sempre nos lembrar de seu grande coração!

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“Eu sou cristão (isso pode ser deduzido a partir de minhas histórias ), e, de fato, católico romano”

Nascido 03 de janeiro de 1892 , na África do Sul , John Ronald Reuel Tolkien é mais conhecido como o autor dos romances de fantasia “O Senhor dos Anéis” ( 1954-1955 ) e “Hobbit” (1937), no qual ele criou um mundo com uma nova linguagem, personagens estranhos e uma cultura imaginada. Ele se converteu ao catolicismo em 1900. Educado em Oxford , Tolkien finalmente retorno à universidade como professor de Inglês especializado em Antigo e Médio Inglês. Casou-se com Edith Bratt , depois que ela se converteu ao catolicismo. Eles tiveram quatro filhos. Tolkien morreu em 2 de setembro de 1973.

J.R.R. Tolkien tinha apenas três anos de idade e seu irmão, Hilary, um ano quando eles deixaram a África do Sul e voltaram para a Inglaterra com sua mãe, Mabel. Seu pai, Arthur, um banqueiro de Inglês, planejou sua saída, mas morreu inesperadamente de febre reumática em fevereiro de 1896. Mergulhado na tristeza, a mãe de Tolkien levou os dois meninos para a igreja anglicana “alta” , todos os domingos.

Sua rotina mudou drasticamente sem aviso num domingo, quando eles foram para a Igreja Católica de Santa Ana nas favelas de Birmingham. A mãe decidiu se converter ao catolicismo por razões que nunca explicadas. Na primavera de 1900, quando Tolkien tinha oito anos de idade, a jovem família foi recebida na fé católica.

Sua conversão desencadeou a ira dos membros da família que se opuseram fortemente ao catolicismo. Os parentes do lado de sua mãe eram unitários. Os Tolkiens eram batistas. Ambos os lados imediatamente cortaram o apoio financeiro. No entanto, a mãe de Tolkien permaneceu firme em sua fé e tomou para si a responsabilidade para si de incutir em seus jovens filhos seu amor ao catolicismo.

Padre Francis Xavier Morgan foi o pastor de sua paróquia. Um homem de bondade e humor, que interessou na luta da família. Ele visitou-os muitas vezes e serviu como uma figura paterna para os meninos.

Não demorou muito, no entanto, para que a tensão financeira familiar influenciasse Mabel Tolkien . Em abril de 1904, quando Tolkien tinha doze anos, sua mãe foi internada com diabetes e os meninos foram enviados para viver com parentes. Em junho, sua condição se estabilizou . Determinado a manter sua família unida , a mãe de Tolkien perguntou ao padre Morgan se poderia encontrar uma família com quem pudesse viver e compartilhar as refeições. Ele fez arranjos com o carteiro local e sua esposa.

Naquele outono sua condição piorou. No início de novembro, a mãe de Tolkien entra colapso e em um coma diabético, morrendo em 14 de novembro. A sua morte fortaleceu a fé de Tolkien na Igreja Católica. “Minha querida mãe era uma mártir de fato”, escreveu, “e não é para todos que Deus concede tão fácil seus grandes dons como fez a Hilary e eu, dando-nos uma mãe que se matou com mão de obra e problemas para assegurar -nos manter a fé”.

Seus parentes queriam mandar os meninos para uma escola protestante onde os seus laços com o catolicismo seriam cortados, mas a mãe de Tolkien tinha nomeado Padre Morgan em seu testamento como guardião de seus filhos e protetor de sua fé católica.

Nos anos que se seguiram, o padre Morgan usou sua renda familiar privada para ajudar os dois meninos. Ele encontrou um lugar para eles viverem e pagou seus estudos. Todo verão, levava-os de férias. “Eu aprendi a caridade e o perdão com ele”, lembrou Tolkien.

Quando Tolkien tinha dezesseis anos, ele se apaixonou por Edith Bratt que então tinha 19 anos e também era órfã. Seu guardião tinha providenciado sua convivência na mesma casa em que Tolkien e seu irmão embarcaram porque a dona da casa amava a música e permitiria que a jovem praticasse piano. Quando o Padre Morgan percebeu o inicio do romance, tentou fazê-lo mudar de idéia, e então mudou os meninos para uma nova casa proibindo Tolkien de falar ou escrever para Edith até que ele tinha vinte e um anos.

Em 1911, Tolkien se mudou para Oxford, onde se concentrou em seus estudos. À meia-noite do dia em que completou vinte e um anos , escreveu a Edith . Em poucos dias, eles estavam prestes a se casar.

Edith Tolkien tinha certeza de que queria se tornar um católica, mas ela sabia que seu responsável ficaria indignado. Tolkien descreveu como sua própria mãe tinha sido perseguida por sua família por causa de sua conversão. “Eu acredito ternamente”, disse Edith , “que nenhuma tibieza e medo mundano deve impedir-nos de seguir a luz com firmeza”.
Quando Edith disse a seu tio que ela planejava se converter, ele a deserdou. Em 8 de janeiro de 1914 ela foi recebida na Igreja Católica.

Tolkien se formou em Oxford no ano seguinte e se alistou como segundo tenente na Primeira Guerra Mundial. Em 22 de março de 1916, antes de partir para a França, ele se casou com Edith em uma cerimônia católica oficializada pelo Padre Morgan.

Tolkien permaneceu devotamente católico ao longo de sua vida e assumiu a responsabilidade de criar seus filhos como católicos durante os períodos em que Edith diminuiu o interesse no catolicismo. Seu filho mais velho tornou-se padre.

A obra de Tolkien tem fortes conotações religiosas. Ele usou suas histórias como uma forma de transmitir aos seus filhos sua fé em Deus e sua compreensão do bem e do mal.

“O Senhor dos Anéis é, naturalmente, uma obra fundamentalmente religiosa e católica”, admitiu Tolkien a um amigo jesuíta, ” inconsciente no início, mas consciente na revisão”.


Para outras leituras:

Humphrey Carpenter, J.R.R. Tolkien: The Authorized Biography (Boston: Houghton Mifflin Co., 1977).
Katheryn F. Crabbe, J.R.R. Tolkien (New York: Frederick Ungar Publishing Co., 1981).

Fonte: “A Century of Catholic Converts”, de Lourene Hanley Duquin

Tradução: Jonadabe Rios