Sinopse: Monólitos de origem desconhecida aparecem entre descobertas da civilização humana e um grupo de cientistas é enviado a Júpiter para tentar descobrir mais sobre o misterioso objeto. Durante a viagem a inteligência artificial da nave começa a dar sinais de não funcionar como esperado.
Eu sabia que ia ter uma experiência cinematográfica quando comecei a assistir esse filme, mas assistir no computador, tv ou, Deus te livre tablet ou ainda (eu vou precisar de muita oração para lhe perdoar) Smartphone, não faz justiça ao filme, mesmo.
É um filme feito para ser visto na telona para que a imagem e som (ou silêncio) te absorvam. Não é um filme feito para a geração atual de espectadores. Ainda é do tempo que quando no filme se falava que ia de A para B era preciso mostrar o caminho, e o caminho da Terra para a Lua é lento. Kubrick é um artista e esse filme é uma obra de arte.
Esses dias me perguntaram como apreciar um bom filme. Na minha resposta eu comparei essa apreciação de uma boa refeição, alguns jantares são verdadeiras obras de arte feitas para dar prazer aos olhos e paladar, garanto que você já teve a boca cheia d’água assistindo “Master chef”, e algumas refeições são feitas não tanto esmero e delicadeza mas para serem o acompanhamento de uma boa conversa e risadas. Ambas fazem bem para o corpo e para a alma. “2001” esta naquela primeira categoria, eh um filme que pede silêncio, que faz você coçar a cabeça… “o que é que esse homem (Kubrick) quer dizer com isso?” pergunta que me surgiu na primeira cena e que me acompanhou ate a ultima.
Se prepare para uma refeição completa. Imagens e som são meticulosamente pensados para causar impacto no espectador. Uma dica para apreciar um bom filme de arte: Tenha em mente que filmes são sequencias de fotos. Alguns filmes são tão bons no cuidado com as imagens que praticamente, em qualquer momento do filme, se for pausado e impresso pode se tornar um quadro de decoração. Esse filme é assim, que deleite para os olhos.
Há uma mensagem cristã no filme? Diretamente não…. Indiretamente também não. Mas como a arte nunca se contém nela mesma quando o coração esta cheio de Deus sempre há algo d’Ele que aparece com a verdadeira arte que tem como objetivo de elevar a alma. O filme levanta questionamentos sobre até onde nossas criações podem se voltar contra nós, nos questiona o que seria o medo e mais a fundo se a pura racionalidade diante do desconhecido pode dar algum conforto ou levar ao desespero.
“Todavia, embora dê com generosidade, a ciência só oferece aquilo que deve dar. O homem não pode depositar na ciência e na tecnologia uma confiança tão radical e incondicional, a ponto de acreditar que o progresso científico e tecnológico consegue explicar tudo e suprir completamente todas as suas necessidades existenciais e espirituais. A ciência não pode substituir a filosofia e a revelação, oferecendo uma resposta exaustiva às interrogações mais radicais do homem: perguntas a respeito do significado da vida e da morte, dos valores últimos e da natureza do próprio progresso. Por este motivo, depois de ter reconhecido os benefícios adquiridos pelos progressos científicos, o Concílio Vaticano II recordou que “os métodos de investigação próprios destas ciências são erroneamente assumidos como regra suprema da investigação de toda a verdade”, e acrescentou que “pode temer-se que o homem, demasiado orgulhoso das descobertas actuais, venha a pensar que se basta a si mesmo e que não precisa de procurar valores mais altos” (Ibid., n. 57).” Discurso do Papa Bento XVI aos participantes na assembleia plenária da pontifícia academia das ciências
Ficha técnica
Título
2001: A Space Odyssey (Original)
2001: Uma Odisseia no Espaço (Brasil)
Ano: 1968
Direção: Stanley Kubrick
Duração: 148 minutos
Gênero: Ficção científica /Mistério
País de origem: Estados Unidos da América
