Sinopse: “A Princesa” Joey King interpreta uma bela e obstinada princesa. Vivendo em um castelo mágico, uma princesa é prometida pelo seu pai a um sociopata cruel. Mas no fatídico dia em que a união seria consumada, ela acaba se recusando a casar.
O filme é ruim. O que “salva” o filme de ser uma completa perda de tempo são as cenas de ação que são bem coreografadas e os movimentos de câmera nesses momentos. Pronto, só tem isso de bom na película. O roteiro é cheio de furos, os atores estão mal dirigidos. Tem gente boa que não foi elevada ao seu potencial de atuação, mas como o roteiro também não ajuda fica muito difícil não virar uma novela de baixo orçamento, o que não seria o principal problema do filme.
Saindo da parte mais técnica e artística para nós católicos é triste ver um filme que exalta o “empoderamento” da mulher como uma “masculinização”. Para nós “poder” é igual a “serviço”:
“Jesus, porém, os chamou e lhes disse: “Sabeis que os chefes das nações as subjugam, e que os grandes as governam com autoridade. 26.Não seja assim entre vós. Todo aquele que quiser tornar-se grande entre vós, se faça vosso servo. 27.E o que quiser tornar-se entre vós o primeiro, se faça vosso escravo. 28.Assim como o Filho do Homem veio, não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por uma multidão”.” Mt 20, 25-28
e sobre a dignidade da mulher é São João Paulo II que esclarece:
“Nos nossos dias a questão dos « direitos da mulher » tem adquirido um novo significado no amplo contexto dos direitos da pessoa humana. Iluminando este programa, constantemente declarado e de várias maneiras recordado, a mensagem bíblica e evangélica guarda a verdade sobre a « unidade » dos « dois », isto é, sobre a dignidade e a vocação que resultam da diversidade específica e originalidade pessoal do homem e da mulher. Por isso, também a justa oposição da mulher face àquilo que exprimem as palavras bíblicas: « ele te dominará » (Gên 3, 16) não pode sob pretexto algum conduzir à « masculinização » das mulheres. A mulher—em nome da libertação do « domínio » do homem—não pode tender à apropriação das características masculinas, contra a sua própria « originalidade » feminina. Existe o temor fundado de que por este caminho a mulher não se « realizará », mas poderia, ao invés, deformar e perder aquilo que constitui a sua riqueza essencial. Trata-se de uma riqueza imensa. Na descrição bíblica, a exclamação do primeiro homem à vista da mulher criada é uma exclamação de admiração e de encanto, que atravessa toda a história do homem sobre a terra.
Os recursos pessoais da feminilidade certamente não são menores que os recursos da masculinidade, mas são diversos. A mulher, portanto, — como, de resto, também o homem — deve entender a sua « realização » como pessoa, a sua dignidade e vocação, em função destes recursos, segundo a riqueza da feminilidade, que ela recebeu no dia da criação e que herda como expressão, que lhe é peculiar, da « imagem e semelhança de Deus ». Somente por este caminho pode ser superada também aquela herança do pecado que é sugerida nas palavras da Bíblia: « sentir-te-ás atraída para o teu marido, e ele te dominará ». A superação desta má herança é, de geração em geração, dever de todo homem, seja homem, seja mulher. Efetivamente, em todos os casos em que o homem é responsável de quanto ofende a dignidade pessoal e a vocação da mulher, ele age contra a própria dignidade pessoal e a própria vocação.” Mulieris Dignitatem 10.
A equipe do projeções de fé não recomenda esse filme, se for ver leia antes a Mulieris Dignitatem para ver já “vacinado”.
Título original do filme: The Princess
Direção: Le-Van Kiet
Roteiro: Ben Lustig e Jake Thornton
Duração: 94 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: ação, fantasia
Ano: 2022
Classificação: 14 anos