Voltamos para a lista dos filmes recomendados pelo Vaticano e, dessa vez, ainda na categoria Arte, vamos falar sobre um filme que já foi considerado o melhor filme da história do Cinema. O Filme trata da vida de um grande magnata; após sua morte, um jornalista tenta descobrir o significado de sua última palavra.
Sinopse: O poderoso Charles Foster Kane morre após pronunciar a enigmática palavra “Rosebud”. E este é o ponto de partida do filme: um jornalista tenta descobrir quem ou o que é “Rosebud” e, para isso, vai entrevistar várias pessoas que conviveram com o magnata. Assim, a história vai sendo contada: dono de uma grande fortuna, Kane investe milhões de dólares num jornal diário e torna-se o maior magnata da imprensa norte-americana, manipulando o que publica de acordo com seus interesses. Aos poucos, ele se torna um homem poderoso também na política.
Mas, o que esse filme traz de bom para a história do cinema? Muita coisa. Orson Welles já era conhecido pela mídia, por causa da revolução na maneira de entreter quando produziu, no rádio, “a Guerra dos Mundos”. Para os que desconhecem, ele causou um pequeno caos ao começar essa rádio-novela, como se fosse um noticiário anunciando a invasão da terra por alienígenas. Ele foi chamado para produzir um filme em Hollywood. Uma vez perguntaram como ele tinha conseguido fazer um filme tão revolucionário em suas técnicas e abordagens e sua resposta foi: “ignorância”. Por não ser do meio, Welles fez um filme totalmente fora dos padrões de Hollywood, na época. Ele usou técnicas de rádio para fazer a trilha sonora e diálogos que se sobrepunham, mudou radicalmente os ângulos de câmera (os cenários agora têm tetos!), transformou a maneira que a plateia entende o filme, passando de expectadores que veem tudo, a observadores que entendem a história, baseado em pontos de vista apresentados. É verdade que nada do que foi descrito era novidade no mundo do cinema, mas Welles juntou isso tudo de maneira genial.
Assistir “Cidadão Kane” com olhos de hoje pode ser uma experiência ainda muito prazerosa, porque esse filme já se aproxima muito da maneira atual de fazer filmes.
Antes de dizer que filmes antigos são chatos ou filmes de Arte são incompreensíveis, nós, do Projeções de Fé recomendamos que você assista esse filme. Acreditamos que ele pode mudar sua maneira de ver os clássicos. Mais que nós, é o Vaticano que recomenda. Portanto, não há muito mais o que dizer, apenas acrescentamos que o Vaticano recomenda esse filme como filme de Arte e não como exemplo de valores morais ou exemplo de vida.
Ficha técnica:
Gênero: Drama.
Direção: Orson Welles.
Roteiro: Herman Manckiew, Orson Welles.
Elenco: Agnes Moorehead, Buddy Swan, Dorothy Comingore, Erskine Sanford, Everett Sloane, Fortunio Bonanova, George Coulouris, Georgia Backus, Gus Schilling, Harry shannon, Joseph Cotten, Orson Welles, Paul Stewart, Philip Van Zandt, Ray Collins, Ruth Warrick, Sonny Bupp, William Alland.
Produção: Orson Welles.
Fotografia: Gregg Toland.
Trilha Sonora: Bernard Herrmann.
Duração: 119 min..
Ano: 1941.
País: Estados Unidos.
Cor: Colorido.
Estúdio: Mercury Pictures / RKO Radio Pictures.
Trailer
(O filme é muito antigo e não temos um trailer dublado ou legendado, mas segue um trecho legendado para dar um gostinho)