A Propaganda Abortista, a Exploração do Medo e a Realidade
A campanha pró-aborto largamente se apoia sobre o medo de que muitas mulheres tem que, ao engravidar, terão de renunciar a todos os sonhos e projetos pessoais. É esta mentalidade (de que uma gravidez inesperada rouba-lhes toda a possibilidade de sucesso) que leva mulheres menos conscientes do valor da vida que levam dentro de si a procurar por um aborto. Tal medo, entretanto, mostra-se irreal quando submetido à realidade; e a campanha abortista, ao utilizar-se disso, nada mais é que puro terrorismo, uma vez que as verdadeiras consequências – o trauma pós-aborto, o aumento da taxa de suicídio, de problemas de relacionamento, de divórcio, abuso de drogas, entre outros – são completamente ignoradas.¹
Em Nova York, o trabalho da Sisters of Life (convento dedicado a atender mulheres grávidas e dar-lhes todo tipo de apoio necessário) consiste em ajudar essas mães a perceberem as consequências reais entre dar a luz e fazer um aborto, e assim tomar uma decisão esclarecida.
“Muitas das pessoas que vêm até nos veem a gravidez como um obstáculo para os seus sonhos”, diz Irmã Brigdet. “Então nós caminhamos com elas e as ajudamos a perceber que as mulheres têm bebês o tempo todo e continuam a terminar a faculdade e a ter empregos.” Madre Agnes explica, “Nós tentamos dar o que seus corações realmente desejam: a confiança de que o apoio que elas acreditam precisar para fazer esta escolha difícil é real e está disponível para elas.” (matéria publicada na revista Traces n.4 2012, Delight in the Other)
A Escolha de Sarah – O Filme como Ferramenta de Educação
O drama que a mulher em uma gravidez inesperada enfrenta e as consequências entre o que um aborto ou dar à luz causam em seu futuro é o tema do filme “A Escolha de Sarah” (no Brasil foi lançado como “Decisão de uma vida”).
Sarah é uma mulher dedicada ao trabalho que tem como principal objetivo de vida avançar na carreira profissional; seu namorado, ao contrário dela, é ainda imaturo e não pára em nenhum trabalho. Apesar da mãe de Sarah ser bastante religiosa e tentar aproximar a filha de Deus, esta não se interessa e leva a vida de forma secular, sem qualquer compromisso com a Igreja.
Às vésperas de receber uma esperada promoção no trabalho, Sarah descobre que esta grávida. Levar a gravidez adiante implicaria na perda da promoção imediata pela qual batalhou tanto. Assustada em perder a oportunidade profissional e atrasar a carreira, e também incerta se quer assumir um compromisso mais sério com o namorado, Sarah considera fazer um aborto para prosseguir em seus projetos.
Ao procurar uma médica para informar-se melhor sobre sua gestação, esta – ao considerar as circunstâncias da paciente: uma mulher trabalhadora, solteira, em uma gravidez não planejada de um relacionamento incerto – encoraja Sarah a realizar um aborto.
A amiga de trabalho, Megan, a aconselha o mesmo. Megan revela que passou por um aborto quando adolescente e afirma não se arrepender pois acredita que se tivesse dado a luz, não poderia ter terminado a faculdade e estar no atual emprego. Apesar de Megan insistir de que esta foi a decisão acertada para si mesma, Sarah não esta convencida que de a amiga de fato esta em paz com a decisão tomada.
Sarah parece ter claro quais complicações e desafios que tornar-se mãe causariam à curto prazo na carreira e na vida pessoal, mas quais serão as consequências a longo prazo? Será que esta gestação realmente destruiria seu futuro? Será que o aborto não lhe deixaria marcas que lhe arruinaria a vida (como aconteceu com o pai do bebê de Megan)?²
Sarah não tem uma posição definida no assunto e não sabe o que fazer. Apesar de não estar convencida de que aborto é tão inofensivo como a médica e a colega de trabalho tentam convencê-la, Sarah tampouco descarta a possibilidade de fazê-lo, pois tem em seus pensamentos somente as perdas e mudanças imediatas – pelas quais não quer passar – que ter um bebê implicaria.
É a possibilidade de entrever as verdadeiras consequências de sua escolha e qual a fará mais feliz – a de levar a gestação a termo ou a de fazer um aborto – que ajuda Sarah a tomar uma decisão própria.
¹ Sobre o trauma pós-aborto em mulheres.
² Sobre o trauma pós-aborto em homens. A história de Steven Tyler (vocalista da banda Aerosmith).
Trailer: