Sinopse: Quem realmente é José de Nazaré? Embarcamos em uma viagem ao redor do mundo para descobrir se o que alguns dizem é verdade: que esse homem misterioso está mais ativo hoje do que nunca. Pararemos em lugares emblemáticos dos cinco continentes descobrindo santuários, festas e devoções em homenagem a esse discreto e silencioso carpinteiro. Conheceremos testemunhos chocantes de pessoas cujas vidas mudaram graças a São José.
Eu até sou acostumado a resenhas de filme, já escrevi alguns aqui, mas escrever uma resenha sobre documentários me pareceu bem estranho. Eu acho a tentativa mais do que válida depois de ter assistido.
“Coração de Pai” é um documentário sobre São José, mas o filme em nenhum momento tenta ser histórico nem buscar fatos históricos ou verossimilhança na das escrituras: âncora é a experiência de o Patrono da Igreja.
E são as experiências concretas, de mudanças de vida. Ao imaginar isso tendemos a pensar que são relatos adocicados e cheio de experiências místicas, mas foi exatamente o contrário que me chamou atenção: são testemunhos concretos, relatos como eu era ‘dessa forma’ e depois que me encontrei com São José fiquei ‘dessa nova forma aqui’.
São do pontos que observei no filme que acharia interessante pontuar. O primeiro eles e que os testemunhos são sempre de homens. Isso pode parecer óbvio, e de fato é. São José nós é dado como modelo para nós, homens. E num mundo onde a definição de homem e mulher está cada vez mais confusa, quando termos como ‘masculinidade tóxica’ são banalizados, fazendo com que muito dos homens começam a pesar suas atitudes com medo de reprimendas e abrem mãos até mesmo suas boas atitudes por estarem temerosos, e, por outro lado, numa tentativa obtusa de resgate o papel do homem na sociedade começam a se comportar com um revanchismo bobo e sem sentido, tratando as mulheres como se elas nos quisessem dominar a todo instante, São José vem ser o ponto de equilíbrio onde as paixões e as ideologias são postas abaixo deixando em destaque a graça de Deus.
E aqui falo do segundo ponto de destaque: esse é um dos principais motivos porque a Igreja resgatou e estimula atualmente o culto a São José nos últimos 150 anos, em meio a revolução sexual, o advento do feminismo e do comunismo tentando resgatar a figura masculina na sociedade.
Daí o filme segue por diversos testemunhos e desenvolve alguns títulos atribuídos ao santo: como Patrono dos trabalhadores, e suas virtudes como o silêncio fecundo e a sua intimidade com Deus que, graças a ela, o menino Jesus pode sobreviver as perseguições. E um filme que vemos porque cremos e que possamos crer depois de assistirmos.
Vou quebrar o protocolo no formato do texto não fazendo referência a doutrina da igreja. Acredito que isso não seja necessário para São José, a sua vida e o que ele faz por nós e pela Igreja é a mais pura expressão da doutrina.