Autor:  Felipe Aquino.

” Apesar de contar com uma série de regras que limitam certos golpes que poderiam causar riscos aos lutadores, o UFC, as artes marciais (MMA) são violentos. No UFC 146, o brasileiro Antonio Silva, o Pezão levou uma cotovelada no rosto durante a derrota para Cain Velásquez e verteu grande quantidade de sangue no rosto.

Será que podemos chamar a isso de esporte saudável? Jamais. De um lado a nossa civilização proíbe as brigas de galos, canários e outros animais. Por outro lado permite, incentiva e se diverte com a briga de humanos, valendo muito dinheiro e fama para os que massacram o adversário como se fosse um torturado. O mais triste é que este é um dos esportes que mais crescem no mundo. É muito contra senso.

Logo que o cristianismo cresceu em Roma no século IV e o imperador Constantino se converteu e proibiu a perseguição dos cristãos pelo Edito de Milão, em 313, o massacre dos gladiadores começou a ser eliminado. Thomas Woods, historiador PhD de Harvard afirma que “A Igreja Católica não só eliminou os costumes repugnantes do mundo antigo, como o infanticídio e os combates de gladiadores”. (2005, pg. 7)

Jerome Carcopio, em sua obra “Daily Life in Ancient Rome” (A Vida Diária na Roma Antiga), disse que: “os açougueiros da arena foram parados ao comando dos imperadores cristãos”. O cristianismo pôs fim também aos baixos jogos romanos nos teatros, anfiteatros e arenas, que fomentava no povo a ociosidade e o gosto pelo sangue e pela luxúria. Sêneca criticava essa neurose coletiva, que hoje se repete de outras formas nos ringues, seja pelo Box como por outras lutas livres.

Os homens da Igreja se indignavam contra os espetáculos das arenas romanas. São Jerônimo, Santo Hilário de Poitiers, Santo Ambrósio, Santo Agostinho, São Basílio, Santo Atanásio, São Gregório de Nissa, São Gregório de Nazianzo, São Martinho de Tour, Santo Hilário de Poitiers, São João Crisóstomo, São Cirilo de Jerusalém…, levantavam suas vozes contra essa barbárie. Um monge heroico, Telêmaco, no final do século, invadiu uma arena para separar dois gladiadores e foi morto pela multidão. A partir 392 Teodósio proibiu os combates sangrentos.

Alguém pode argumentar que o lutador não sai morto do ringue; mas é o caso de perguntar o que pode justificar um homem bater no outro até o massacre? O dinheiro? A fama? A sede do povo de ver sangue? Que prazer mórbido é esse?

Mas parece que este espírito pagão retorna rapidamente à nossa civilização Ocidental. Não é possível aceitar como esporte uma prática que machuca, fere e sangra um ser humano. Onde ficam os tão decantados “direitos humanos” diante dessa nova barbárie humana?

O pior é que também católicos se divertem diante de cenas tão desumanas, de tão mau gosto; como se o sofrimento e o massacre de alguém possa ser uma forma de diversão. Os romanos também se divertiam muito assistindo os cristãos serem mortos pelas feras nos anfiteatros romanos.”

 

Uma pesquisa apresentada na 125ª Convenção Anual da Associação Americana de Psicologia (APA) revelou que a idade na qual uma pessoa é exposta pela primeira vez à pornografia é significativamente associada a certas atitudes de maltrato contra as mulheres no futuro.

O nome do estudo é “Age and Experience of First Exposure to Pornography: Relationes to Masculine Norms” (Idade e experiência da primeira exposição à pornografia: Relações com as normas masculinas) e foi apresentado pelas pesquisadoras da Universidade de Nebraska- Lincoln (Estados Unidos), Alyssa Bischmann e Chrissy Richardson.

“Descobrimos que quanto mais jovem o homem assistiu pela primeira vez a pornografia, mais provável era a sua busca de poder sobre as mulheres. E quanto mais velho o homem em sua primeira exposição à pornografia, mais provável que ele queira participar de comportamentos sexualmente promíscuos”, disse Bischmann.

O estudo, segundo indica o site da APA, avaliou 330 estudantes universitários do sexo masculino e lhes perguntou sobre o seu primeiro contato com a pornografia. Também perguntaram sobre as suas atitudes em relação às mulheres e compararam ambos os resultados.

De acordo com a coautora Chrissy Richardson, a descoberta foi surpreendente porque os pesquisadores esperavam que as atitudes de promiscuidade e do desejo de exercer poder sobre a mulher fossem mais altas enquanto a primeira idade de contato com a pornografia fosse menor.

“A descoberta mais interessante deste estudo foi que com a idade avançada na primeira exposição previu uma adesão maior às normas masculinas promíscuas. Esta descoberta provocou muitas outras perguntas e ideias potenciais de pesquisa, porque era tão inesperado com base no que sabemos acerca da socialização do papel do gênero e da exposição na mídia”, disse Richardson.

Bischmann desconfia que os resultados podem estar relacionados a variáveis não examinadas, como a religiosidade dos participantes, a ansiedade pelo desempenho sexual, as experiências sexuais negativas ou se o primeiro contato foi positivo ou negativo.

“É necessário fazer mais pesquisas”, indicou.

Entre o grupo, a idade média do primeiro contato com a pornografia foi de 13,37 anos, 5 anos foi a idade menor e 26 a maior. A maioria dos homens indicou que o seu primeiro contato foi acidental (43,5%), intencional (33,4%) ou forçado (17,2%). E 6% não indicou a natureza da exposição.

Entretanto, apesar dos dados mencionados, ninguém determinou como os homens se relacionam com as mulheres.

“Ficamos surpresos que o tipo de exposição não afetasse se alguém quisesse exercer poder sobre as mulheres ou participasse de comportamentos promíscuos. Esperávamos que as experiências intencionais, acidentais ou forçadas tivessem resultados diferentes”, concluiu Bischmann.

Em março deste ano, uma análise de 50 estudos descobriu que a pornografia está significativamente ligada a uma baixa satisfação nas “relações sexuais e relacionais” dos homens.

A análise incluiu 50.000 participantes de 10 países diferentes e contradiz outro estudo que afirmava que a pornografia tem um impacto positivo em seus consumidores.

ACI Digital

Autor Fr. Michael Rennier

Ontem à noite, depois do jantar, lutei com meus dois filhos por cerca de uma hora. Embora eu tenha dominado no início com o meu tamanho e força superiores, eles eventualmente me desgastaram e pularam em cima de mim em um ataque de uivos risonhos e bárbaros.

Às vezes, os dois são mais agressivos do que uma matilha de lobos e eu sempre os encontro acertando coisas aleatoriamente com outras coisas, subindo, socando e rolando na lama. Recentemente, nosso filho mais velho abraçou sua mãe enquanto falava com franqueza sobre o porquê nós beijamos os membros da família que amamos e como ele gosta disso.

Ambas as versões são o mesmo garoto. Ambas são expressões de sua masculinidade – o agir de maneira agressiva e a sensibilidade emocional. Os dois aspectos são saudáveis, ​​e eu encorajo. Um menino não deve ser forçado a escolher um lado ou outro, e nem deve ser visto como defeito em sua masculinidade.

Recentemente, Benjamin Sledge escreveu um artigo intitulado: “Today’s problem with masculinity isn’t what you think (O problema de hoje com a masculinidade não é o que você pensa)”. Depois de apontar como os meninos parecem ter muitos problemas para se transformarem em homens hoje em dia, ele escreve:

“Atualmente, há um ataque em duas frentes contra garotos jovens.

Nós vemos o agir de maneira agressiva, brincando com espadas de brinquedo, guerras e batalhas, como sinal de que nossos garotos se tornarão psicopatas por causa de eventos recentes. Homens, falsamente, acreditam que a sensibilidade ou as emoções são um sinal de fraqueza”.

A meu ver, o problema hoje é que atividades agressivas e tradicionalmente “masculinas”, como brincar de soldado e representar os heróis míticos, são desaprovadas como violentas demais. Por um lado, os garotos que se encontram explorando aquela área física, encharcada de testosterona de sua psique, são tachados de serem machos alfa em treinamento e são rapidamente podados.

Mas, por outro lado, os meninos que mostram sinais de emoção, aptidão artística, ternura ou outros chamados “traços femininos” têm sua masculinidade, e talvez até mesmo sua sexualidade, questionada. Então, o que deveria ser um homem? Quais opções são deixadas? Os meninos estão em uma situação sem vitória.

Eu tive minha própria masculinidade questionada mais de uma vez porque me visto bem. Fui ridicularizado por poder citar poemas de Gerard Manley Hopkins e tocar prelúdios de Chopin no piano. Eu já assisti a musicais e gostei deles.

Em seu artigo, Sledge diz que outros homens têm a mesma experiência, e as críticas de ambos os lados “deixam muitos jovens crescendo confusos”. Ele prossegue dizendo: “Não nos envolvemos com os tipos de jogos saudáveis de que precisamos para nos unir, e não temos a conexão emocional que precisamos com pais ou outros homens. Isso deixa os homens apáticos e indiferentes quando sentem que podem ser nenhum dos dois e, assim, refugiamo-nos em nossos mundos digitais de letargia”.

No final, os meninos acabam se perdendo em sua jornada para a idade adulta, e muitos homens são adolescentes em corpos adultos porque tivemos nossa masculinidade tirada de nós. Tudo o que resta são videogames, pornografia e passar todas as noites assistindo a esportes na televisão. Em outras palavras, ficamos com vícios e relíquias não saudáveis da infância que deveríamos ter superado.

Então, como ajudar os meninos a se tornarem jovens saudáveis?

Primeiro, entenda que o agir de maneira agressiva e brincar de guerra são formas de os garotos explorarem seu ambiente. Os meninos, em particular, querem buscar aventuras e encontrar seu propósito na vida, engajando-se no heroísmo. Isso não significa que eles precisam encontrar uma mulher indefesa para resgatar a fim de se tornarem homens de verdade, mas devem ser encorajados – especialmente pelos pais – a enfrentar corajosamente o caos e enfrentar o desconhecido. Os meninos aprendem a se tornar homens ao confrontar o mal e vencer. Eu tento explicar isso para meus próprios garotos em alguns níveis diferentes. Eles podem desafiar seus corpos através do esporte, disciplinar sua vida interior cultivando a virtude e superando o vício, e descobrir sua responsabilidade de defender a verdade, os fracos e os vulneráveis ​​em todas as situações. Todas essas são maneiras de os garotos se tornarem heróis.

Em segundo lugar, uma vez que os meninos tenham liberdade para serem fortes, eles evitarão uma crise de identidade sobre serem sensíveis e artísticos. Um homem forte é um homem gentil, e um homem confiante é um homem emocionalmente sensível. Eu falo com meus meninos sobre minhas emoções e os ensino a amar coisas bonitas como cantar e tocar piano. Eu tento abraçá-los muito. Eu também quero que eles me vejam abraçando sua mãe e suas irmãs e o jeito que sou gentil com elas. Eu rezo com meus filhos e vou à missa com eles, porque a adoração é uma virtude masculina, tanto quanto feminina. Os homens vão à igreja com suas famílias.

A vida é um chamado para a aventura, e os meninos estão animados para partir em seu caminho heroico. Com mais incentivo, eles podem aprender a serem fortes e sensíveis, guerreiros, mas também a serem poetas, confiantes em sua auto-identidade e prontos para se estabelecer no grande desconhecido.

Autor: Steve Pokorny

As mulheres possuem uma habilidade maior para fazer amizade e para ser amiga. Elas mostram interesse umas nas outras, gostam de trocar informações pessoais. Perseguem com sinceridade o conhecimento da outra pessoa para além da apresentação externa.

Os homens, por outro lado, são primariamente interessados no mundo exterior. Por natureza, os homens focam mais no “que” ao invés do “quem”, na vida. É claro, eu não estou dizendo que os homens não possuem habilidade de “cuidar”. Estou apenas ressaltando que as mulheres têm mais facilidade do que os homens na amizade.

Os homens se conhecem uns aos outros mais pelas ações do que pela conversa. Eles não se sentam e ficam trocando ideias sobre o que sentem por dentro, ou seus gostos e desgostos. Eles apenas agem, e falam dentro de situações, e o conhecimento sobre o homem se revela durante o processo.

Por que é tão importante considerar isso? Porque em namoros e no casamento pode haver uma preocupação excessiva por parte das mulheres, por elas desejarem que o homem seja o “melhor amigo” em um nível tal que é provavelmente fora da realidade. Sou totalmente a favor da amizade no namoro e no casamento, mas a amizade necessária para o casamento precisa ser definida e compreendida.

Não pode ser entendida como se a mulher fosse conseguir uma pessoa com quem pudesse conversar todo tempo que quisesse, e sobre qualquer coisa. Para conhecer qualquer pessoa de verdade, inevitavelmente terá que haver conversação falada. A razão é que nunca se pode conhecer “realmente” o que uma pessoa está falando ou experimentando no nível pessoal, ou porque fez algo, se a pessoa não falar. As ações podem sim revelar verdades sobre a pessoa, mas as ações sozinhas não bastam para trazer todas as informações sobre a pessoa inteira. Então, os homens têm que falar e ser capazes de manter conversas com as mulheres.

Por definição, uma pessoa é um ser que age. Então, o que uma pessoa faz transmite muito do que ela é. Entretanto, como seres humanos, temos uma natureza humana decaída, que nos inclina ao pecado. E, de fato, pecamos todos os dias.

Agora, os nossos atos pecaminosos devem definir quem somos como pessoas? Seria injusto se fosse assim, porque todos têm a liberdade, caso abandone a graça, de ser perdoado e ter uma nova chance.

A maneira com que se recupera dessas quedas diz muito mais sobre a pessoa. Obviamente, alguém que continue fazendo as mesmas coisas repetidamente provavelmente não vai parar de fazê-las. Portanto, as ações devem ser julgadas periodicamente, ao invés de apenas em momentos.

Essa é a cortesia que os homens precisam desesperadamente receber das mulheres hoje em dia porque os homens são mais orientados para a ação do que as mulheres. Portanto, os homens estão mais propensos a fazer coisas estúpidas do que as mulheres. Os homens precisam de uma paciência extra das mulheres, se ele for tentar atingir o nível de amizade que as mulheres desejam.

As mulheres têm que entender, entretanto, que os homens, tipicamente, não “precisam” do tipo de amizade profunda que as mulheres desejam. É por isso que é importante para as mulheres ter amigas mulheres próximas. Há necessidades que as mulheres têm, a nível de amizade, que não se pode esperar ser preenchida por um homem.

Eu compreendo que há um ideal no casamento moderno que o homem e a mulher sejam algo como “melhores amigos”, mas isso não deve nos distrair dos aspectos práticos da vocação matrimonial aos olhos de Deus. Os dois se tornam uma só carne, mas não uma só pessoa. Sempre haverá dois indivíduos únicos no casamento, o que significa que a pessoalidade de ambos sempre vai estar se desenvolvendo e se formando. A ligação de amizade no matrimônio traz amor, segurança, sacrifício, e interesse no bem do outro. Nessa amizade só se cresce juntos.

Mas é impossível a um homem preencher completamente uma mulher, assim como é impossível a uma mulher preencher completamente um homem. Acima de tudo, só Deus pode preencher completamente uma pessoa. Isso é dado. Mas também, as pessoas precisam de outras pessoas para fazê-las sempre continuar sendo pessoas inteiras.

A amizade no casamento não significa possuir cada pequeno pedaço de informação sobre o outro, nem fazer todas as coisas juntos, senão o amor não seria verdadeiro ou real. Há casais que realmente parecem ser assim. Porém, muitos bons casais terminaram seus relacionamentos por não serem assim. E isso é errado.

As mulheres vão ter dificuldades em encontrar um homem que deseje contar tudo e queira fazer tudo com ela. Alguns homens podem gostar de ser assim, mas não a maioria. Os homens definitivamente têm que se abrir mais para as mulheres, mas as mulheres definitivamente precisam de uma amiga para ter com quem abrir o coração, e falar sobre tudo.

Tipicamente as mulheres encontram isso em uma outra mulher. É por isso que, quando cada cônjuge tem seus amigos (a mulher, amigas mulheres; o homem, amigos homens) nesse caso há muitos casamentos felizes. Essas amizades fora do casal dão força para a pessoa e os fazem ser melhor cônjuge um para o outro.

As mulheres não deveriam cobrar demais dos homens para serem os amigos que precisam para conversar. Mas os homens precisam, sim falar mais com as mulheres. Muitas vezes o homem sequer sabe muito bem o que se passa em seu interior para compartilhar com alguém. As mulheres precisam ter paciência com isso.

Quando imaginamos um floco de neve, nós o associamos à beleza e singularidade, mas também à sua enorme vulnerabilidade e fragilidade. Estas são precisamente duas das características que definem as pessoas que atingiram a idade adulta na década 2000. Afirma-se que a geração “floco de neve” seja formada por pessoas extremamente sensíveis aos pontos de vista que desafiam sua visão do mundo e que respondem com uma suscetibilidade excessiva às menores queixas, com pouca resiliência.

A voz de alarme, por assim dizer, foi dada por alguns professores de universidades como Yale, Oxford e Cambridge, que notaram que a nova geração de alunos que frequentavam suas aulas era particularmente suscetível, não tolerante à frustração e particularmente inclinados fazerem uma tempestade em um copo de água.

Cada geração reflete a sociedade que eles viveram

Dizem que as crianças saem mais ao padrão da sua geração que aos pais. Não há dúvida de que, para entender a personalidade e o comportamento de alguém, é impossível abstrair do relacionamento que estabeleceu com seus pais durante a infância e a adolescência, mas também é verdade que os padrões e expectativas sociais também desempenham um papel importante no estilo educacional e moldam algumas características de personalidade. Em resumo, podemos dizer que a sociedade é a terra onde a semente é plantada e crescida e os pais são os jardineiros que são responsáveis por fazer crescer.

Isso não significa que todas as pessoas de uma geração respondam ao mesmo padrão, felizmente há sempre diferenças individuais. No entanto, não se pode negar que as diferentes gerações têm metas, sonhos e formas de comportamento característico que são o resultado das circunstâncias que tiveram que viver e, em alguns casos, tornam-se inimagináveis em outras gerações.

Claro, o mais importante é não colocar rótulos, mas analisemos para entender o que está na base desse fenômeno, para não repetir os erros e para que possamos dar a devida importância a habilidades de vida tão importantes quanto a Inteligência Emocional e a resiliência.

3 erros educacionais colossais que criaram a geração “floco de neve”

1. Superproteção. A extrema vulnerabilidade e escassa resiliência desta geração têm suas origens na educação. Estes são, geralmente, crianças que foram criadas por pais superprotetores, dispostos a pavimentar o caminho e resolver o menor problema. Como resultado, essas crianças não tiveram a oportunidade de enfrentar as dificuldades e conflitos do mundo real e desenvolver tolerância à frustração, ou resiliência. Não devemos esquecer que uma dose de proteção é necessária para que as crianças cresçam em um ambiente seguro, mas quando impede que explorem o mundo e limite seu potencial, essa proteção se torna prejudicial.

2. Sentido exagerado de “eu”. Outra característica que define a educação recebida pelas pessoas da geração “floco de neve” é que seus pais os fizeram sentir muito especiais e únicos. Claro, somos todos únicos, e não é ruim estar ciente disso, mas também devemos lembrar que essa singularidade não nos dá direitos especiais sobre os outros, já que somos todos tão únicos quanto os outros. O sentido exagerado de “eu” pode dar origem ao egocentrismo e à crença de que não é necessário tentar muito, uma vez que, afinal, somos especiais e garantimos o sucesso. Quando percebemos que este não é o caso e que temos que trabalhar muito para conseguir o que queremos, perdemos os pontos de referência que nos guiaram até esse momento. Então começamos a ver o mundo hostil e ameaçador, assumindo uma atitude de vitimização.

3. Insegurança e catástrofe. Uma das características mais distintivas da geração do floco de neve é que eles exigem a criação de “espaços seguros”. No entanto, é curioso que essas pessoas tenham crescido em um ambiente social particularmente estável e seguro, em comparação com seus pais e avós, mas em vez de se sentir confiante e confiante, temem. Esse medo é causado pela falta de habilidades para enfrentar o mundo, pela educação excessivamente superprotetora que receberam e que os ensinou a ver possíveis abusos em qualquer ação e a superestimar eventos negativos transformando-os em catástrofes. Isso os leva a desejarem se bloquear em uma bolha de vidro, para criar uma zona de conforto limitado onde eles se sintam seguros.

Para entender melhor como a educação recebida afeta uma criança, é importante ter em mente que as crianças procuram pontos de referência em adultos para processar muitas das experiências que experimentam. Isso significa que uma cultura paranóica, que vê abusos e traumas por trás de qualquer ato e responde com superproteção, gerará efetivamente crianças traumatizadas. A forma como os adultos enfrentam uma situação particularmente delicada para a criança, como um caso de abuso escolar, pode fazer a diferença, levando a uma criança que consegue superar e se torna resiliente ou uma criança que fica com medo e torna-se uma criança vítima

Qual é o resultado?

O resultado de um estilo de parentesco superprotetivo, que vê o perigo em todos os lugares e promove um sentido exagerado de “eu”, são pessoas que não possuem as habilidades necessárias para enfrentar o mundo real.

Essas pessoas não desenvolveram tolerância suficiente à frustração, então o menor obstáculo os desencoraja. Nem desenvolveu uma Inteligência emocional adequada, então eles não sabem como lidar com as emoções negativas que certas situações suscitam.

Como resultado, eles se tornam mais rígidos, se sentem ofendidos por diferentes opiniões e preferem criar “espaços seguros”, onde tudo coincide com suas expectativas. Essas pessoas são hipersensíveis à crítica e, em geral, a todas as coisas que não se encaixam na visão do mundo.

Também são mais propensos a adotar o papel das vítimas, considerando que estão todos contra ou equivocados. Desta forma, eles desenvolvem um local de controle externo, colocando a responsabilidade sobre os outros, em vez de se encarregar de suas vidas e mudar o que podem mudar.

O resultado também é que essas pessoas são muito mais vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos psicológicos, do estresse pós-traumático à ansiedade e à depressão. Na verdade, não é estranho que o número de transtornos de humor aumente ano após ano.

Fonte:
Mistler, BJ et. Al. (2012) The Association for University and College Counseling Center Directors Annual Survey Reporting. Pesquisa do AUCCCD ; 1-188

Este artigo foi publicado originariamente no siteRincón Psicología via Revista Pazes.

” Em seu esforço de criar um novo homem, tudo o que a modernidade conseguiu foi inventar jovens sem heroísmo e santidade, sem coragem; velhos sem sabedoria e sem maturidade; mulheres sem caridade, sem beleza e sem graciosidade; e homens sem virilidade, sem honra e sem senso de dever.

Os ‘modernos’criaram uma vida sem vitalidade e sem propósito, produzindo uma sociedade adoentada e incapaz de transcender o animalismo sensorial mais rasteiro.

Se nascemos nesta época de degeneração e decadência, no entanto, não nos cabe lamentar ou nos refugiar em algum tipo de saudosismo lamurioso, mas sim agir e viver como quem compreende que a grandeza da civilização tem muito menos a ver com as riquezas que ela legou aos nossos antepassados do que com os esforços que nossos antepassados fizeram para enriquecê-la — se algum dia nossa decadência for revertida, certamente não será pela ação de políticos ou de instituições, mas pela virtude das personalidades e pela revigoração das famílias, por meio da grandeza do coração materno, da força da honra paterna, da exuberância do espanto juvenil e da indispensável ajuda divina”.

Filipe G. Martins

Autora: Cristiane Lasmar – Título Original; “ A Guerra cultural dos meninos”

As mensagens feministas dirigidas aos meninos devem ser entendidas como parte de um projeto político e ideológico mais amplo, esse programa de ataque à masculinidade está em curso em praticamente todos os países ocidentais. Vou me concentrar aqui no modo como esse programa é posto em prática na educação das crianças, começando por esclarecer quais são as disposições infantis que estou chamando de “masculinas” e que o projeto feminista tanto se esforça por neutralizar.

Disposições naturais nos meninos

Sabemos que, durante a vida intrauterina, o cérebro dos meninos é banhado por uma quantidade muito maior de testosterona do que o das meninas, e que isso determina, em ampla medida, a forma masculina de estar no mundo. Não é difícil perceber, por exemplo, que, em média, os meninos desenvolvem a coordenação ampla antes das meninas, ao passo que estas se antecipam no desenvolvimento da linguagem e da coordenação fina, E que, desde a mais tenra idade, a maioria dos meninos manifestam mais interesse imediato por objetos do que por pessoas, preferem brinquedos que possuem barulho e movimento, e mostram-se ávidos por brincadeiras que envolvam exploração, confronto corporal e dispêndio explosivo de energia.

A maior propensão dos meninos a recorrer à violência física para resolver conflitos também faz parte desse pacote. Quem os educa tem, portanto, diante de si, a importante tarefa de ajudá-los a mitigar e canalizar o seu potencial agressivo para formas de ação civilizadas e socialmente produtivas. Esse esforço de culturalização das disposições naturais masculinas é absolutamente necessário e jamais houve sociedade que deixasse de realizá-lo.

Mas o que vem acontecendo no Ocidente contemporâneo é algo sem precedentes. Temos reprimido, em nossos meninos, todo tipo de comportamento que manifeste vigor combativo e espírito abertamente competitivo, sufocando assim traços essenciais de sua masculinidade.Em suma, os meninos estão sendo impedidos de ser meninos plenamente. E, quando resistem, seu modo de ser é problematizado, estigmatizado. Em muitos casos, chega a ser tratado como algo patológico. É verdade que não se pode culpar a “ideologia de gênero” ou o feminismo por absolutamente tudo. Alguns fatores sociológicos também contribuem para esse cerco à masculinidade. Por exemplo:

A intensificação do padrão de vida urbano

A residência em apartamentos, a impossibilidade de brincar na rua ou em quintais, em contato íntimo com a natureza, assim como o fato das crianças precisarem estar sob a vigilância constante de um adulto, tudo isso restringe as suas possibilidades de experimentar situações não premeditadas de aventura, competição e confronto. A oportunidade de se movimentar amplamente ficou restrita à prática de esportes em clubes e academias, ou seja, a eventos de curta duração, atividades rotinizadas e supervisionadas diretamente por professores e instrutores, sem uma liberdade real. Em muitos casos, porém, nem isso é concedido aos meninos. Uma boa parte das crianças vive a triste realidade do sedentarismo absoluto. Durante o tempo em que não estão na escola, ficam paralisadas diante das telas dos aparelhos eletrônicos, assistindo por horas a fio às aventuras de personagens virtuais que lutam, correm e se arriscam. Tudo o que lhes resta é o exercício vicário da masculinidade.

A dinâmica da escola.

Por seu caráter universalista e homogeneizante, a escola moderna não pode permitir a expressão plena das individualidades dos alunos, e precisa mantê-los quietos pelo maior período de tempo possível. Além disso, com o fenômeno da judicialização crescente das relações sociais, as escolas têm se tornado alvo potencial de processos por parte dos pais, o que leva os gestores a tentar reduzir o risco de acidentes a zero, aprofundando o controle sobre a corporalidade exuberante dos meninos. Eles não podem brincar de luta, envolver-se em competições espontâneas e, em muitos casos, não são nem mesmo autorizados a correr no recreio. Devem ficar sentados por horas a fio, mimetizando a duras penas o comportamento das meninas, que, embora mais conversadeiras, são, em geral, mais maduras e capazes de se manter quietas e concentradas quando necessário. Por serem mais empáticas, elas também têm mais facilidade para desenvolver relações de cumplicidade com os professores.

Além de não possuírem meios para dar expressão às suas necessidades de movimento, ação e competição, os meninos ainda recebem poucos estímulos imaginativos na escola.

Os professores são, em sua maioria, mulheres, e os currículos escolares têm se distanciado cada vez mais da sensibilidade masculina típica.

Pensemos, por exemplo, na nova onda de desenvolver nos alunos “competências sócio- emocionais”. Não é preciso ser PHD em desenvolvimento infantil para saber que esse tipo de conteúdo será, já de saída, muito mais atraente para as meninas, as quais têm mais facilidade e desenvoltura para falar de seus próprios sentimentos, e gostam de fazê-lo. Não obstante, a matéria é introduzida como se atendesse a uma necessidade geral e irrestrita, e sem nenhuma consideração relativa às diferenças entre os sexos. É claro que isso não ocorre por desconhecimento ou descaso. O objetivo é exatamente o de transformar a sensibilidade dos meninos, da mesma forma como acontece com a seleção da literatura a ser trabalhada em sala de aula. Onde estão as histórias de batalhas, aventuras e heroísmo que tanto encantam a imaginação masculina? Foram substituídas por narrativas politicamente corretas e eivadas de ideologia de gênero.

Em condições normais, esses dois fatores de cerco à masculinidade – a vida urbana e a dinâmica escolar – poderiam ser relativamente contornados pela adoção de estratégias de compensação e adaptação por parte da família e da própria escola. Porém, as chances de se encontrar caminhos alternativos que beneficiem os meninos têm sido limitadas pela interferência de um terceiro fator, que é dentre todos o mais perverso, justamente por impedir o ajuste dos outros dois. Refiro-me à influência nefasta do discurso feminista que apresenta o modo de ser masculino como potencialmente “tóxico”, como algo de que os homens precisam se livrar, para o bem das mulheres e para o seu próprio bem. Nesse ponto, já não estamos mais falando de um constrangimento à masculinidade criado por circunstâncias históricas e sociológicas, e sim de um juízo de valor ideológico e politicamente interessado.

O discurso da “masculinidade tóxica” já se embrenhou em todos os níveis da atividade educacional, impregnando a visão de mundo de boa parte das famílias e de quase todos os gestores e agentes escolares. Em seu nome, os meninos têm sido submetidos a um processo de desvirilização de amplas consequências individuais e sociais. Um exemplo é a redução significativa de suas chances de sucesso escolar. Ao exercer tamanha pressão sobre a masculinidade, a educação atual coloca os meninos em notória desvantagem acadêmica em relação às meninas. Eles são os campeões nos índices de suspensão, expulsão e reprovação. Entre a população menos favorecida economicamente, essa situação tem resultados cruéis. Diminui as chances de mobilidade social e, em casos de maior vulnerabilidade, pode levar à marginalização e à exclusão social.

Do ponto de vista individual, abafar a expressão da sensibilidade natural dos meninos e impedir que ela se desenvolva em formas socialmente legítimas e valorizadas, significa despersonalizá-los e restringir as suas perspectivas de vida.

Do ponto de vista coletivo, significa deixar de prepará-los para assumir as suas responsabilidades futuras como cidadãos e pais de família. Em muitas ocasiões cruciais, e para certas atividades específicas permanentes, uma comunidade precisa contar com a energia viril, do mesmo modo como uma família precisa contar com um homem que seja capaz de assumir riscos e obrigações pesadas para provê-la e protegê-la. É nas situações de calamidade, nos eventos de emergência, e no enfrentamento das ameaças externas, que nos damos conta do quanto a força física, a intrepidez e a objetividade masculinas são predicados imprescindíveis e admiráveis. Como escreveu C. Hoff Sommers, no livro: “A história nos ensina que a masculinidade sem moralidade pode ser letal. Mas quando a masculinidade é imbuída de moralidade, ela se torna poderosa e construtiva, e uma dádiva para as mulheres. ”

Mas os promotores da “ideologia de gênero” não estão preocupados com nada disso. O que nós percebemos como um problema sério, para eles é o corolário de um projeto que foi laboriosamente posto em prática ao longo de cinco décadas e cujos efeitos começam a se tornar mais visíveis agora. O cenário que temos hoje diante de nossos olhos – meninos pressionados em sua masculinidade, meninas confusas em relação à sua feminilidade – vem sendo idealizado, planejado e executado desde o início da segunda onda feminista nos anos 60, quando as universidades, as escolas e os meios de comunicação começaram a ser ocupados por agentes dedicados à pauta da desconstrução.

Em suma, o projeto de desvirilização dos meninos é a outra face do projeto de desfeminilização das meninas. As meninas são convencidas de que a sua feminilidade as transforma em vítimas dos homens. Ressentidas, elas se desfeminilizam para competir com eles. Os meninos são convencidos de que a sua masculinidade os torna algozes das mulheres. Culpados pela dor que alegadamente lhes causariam, eles se desvirilizam para tentar agradá-las. E, desse modo, chega-se mais perto da desestruturação da família heterossexual monogâmica, por meio do ataque a um de seus principais fundamentos, a complementariedade entre os sexos.

 

Talvez a palavra mais rica de significado dentro da pergunta seja a palavra “humana”. Falar de impulso sexual é falar de algo que pertence a nossa humanidade e, de forma diferenciada, em toda a  criação.

Sexo tem a ver com geração de vida, mas não é de qualquer geração que falamos. Para nós cristãos, geração de vida é o fruto do amor conjugal que une um homem a uma mulher, é fruto do nosso amor humano. Gerar para  nós não é apenas cumprir um ‘desígnio evolutivo’ de multiplicação da espécie, como se aplica aos animais irracionais, vai alem disso, é uma expressão do amor! Desculpe a comparação, mas não somos meros reprodutores. Essa expressão, aliás, se aplica a animais, nunca a seres humanos como definição. A reprodução é uma consequência natural do encontro sexual, mas por detrás dela existe o encontro de duas pessoas unidas no amor que estão a gerar uma pessoa dotada de um corpo e de uma alma e, portanto, com uma dignidade inalienável.

Não se pode também separar “impulso” de “atração” que por sua vez está ligada à palavra ” sexualidade” que expressa nossa condição humana. Quando Deus pensou em nós, pensou em nós como seres sexuados, ou seja, capazes de amar como homem ou mulher! ele não nos criou como anjos, mas como homens, feridos pelo pecado, mas sempre homens!

É nesse contexto que devemos entender o “impulso sexual”, como um elemento constitutivo da sexualidade que precisa ser integrado dentro dela. Não desprezado nem descontextualizado.

Impulso, como o nome diz, aponta para algo alem dele. Em si mesmo não é pecado, embora possa ser em algumas circunstâncias, desordenado, ou seja, fora da ordem natural. O que legitima o impulso também não é só para o que ele aponta, mas sua harmonia com a lei natural que lhe sustenta e o legitima. O impulso está a serviço da atração sexual que por sua vez conduz ao encontro conjugal potencialmente gerador de vida.

Em resumo

1- Na busca da saudável convivência com os impulsos não se abdica da sexualidade, mas na renúncia da expressão genital física que ele sugere, incompatível com a realidade de jovem solteiro

2 – Perceber a sexualidade apenas na perspectiva moral a reduz a “posso, não posso. ” ao invés de “devo” não “devo’. Preciso, uma vez identificando o desejo que o impulso aponta, significá-lo, em um primeiro momento de forma amoral: O que meu corpo quer expressar? A resposta a essa pergunta nos ajuda a lidar melhor com o impulso, dando-lhe nome e entendendo-o

3- A sexualidade é inerente a minha condição humana. Não é saudável a “aversão puritana do sexo” nem sua “ idolatria”, mas a busca de uma serena convivência e integração diante de seus apelos. Isso inclui os impulsos e paixões.

4- A integração é a melhor forma de lidar com os apelos e desejos de nossa humanidade, ela supõe um nível razoável de maturidade psicoespiritual Integração é o processo que permite que todos os diversos aspectos da personalidade humana funcionem juntos, sem o domínio desordenado de um sobre os outros e sem a diminuição de valor de algum aspecto em relação a outros.

O que indica a integração ou não da sexualidade em uma pessoa é o sentido que a sexualidade ocupa em sua vida e isso independe da prática de relações sexuais. A vida sexual promíscua, por exemplo, não pode ser tida como integrada, por mais relações sexuais que a pessoa tenha, da mesma forma que a vida celibatária apenas por obediência extrínseca também não pode ser tomada como integrada. O que entendemos por “extrínseca” é a vida de fora para dentro, ao invés de ser de dentro para fora. Apenas a ‘repressão’, sem a integração, tende a provocar sofrimento e crises ou uma vida de aparências, com práticas e fugas sexuais escusas, culposas, dissociadas.

É necessária uma formação integral e um trabalho pessoal que possibilite o desenvolvimento de uma espiritualidade integradora da afetividade e da sexualidade, para não haver uma cisão entre a oração e a vida.

Parte da resposta foi inspirada nesse artigo