Mês: março 2019
Jordan Peterson X Feminista: o que é o Patriarcado?
Nossa sociedade é um Patriarcado, onde homens oprimem mulheres? Ou essa é uma definição rasa e simplista?Neste video, o Dr. Jordan Peterson discute a noção de que a sociedade Ocidental é um patriarcado de dominância masculina.O video original pode ser acessado em: https://www.youtube.com/watch?v=yZYQpge1W5s
Posted by Jordan Peterson Legendado on Sunday, March 24, 2019
“Mas quando se buscam as razões pelas quais a arte cristã ter pintado José como sendo um homem envelhecido nós descobrimos que isto ocorreu para melhor salvaguardar a virgindade de Maria. De alguma forma, a suposição dessa senilidade foi considerada uma melhor proteção para a virgindade. A arte, portanto, inconscientemente retratou José como um esposo casto e puro pela idade ao invés de fazê-lo em razão de sua virtude.
(…) Fazer José aparecer puro somente por causa de sua carne envelhecida é como glorificar o córrego de uma montanha por ter secado. A Igreja jamais ordenará um homem ao sacerdócio que não tenha poderes vitais. Ela quer um homem que tenha algo para domar, ao invés daqueles que são domados porque não possuem energia alguma para serem selvagens. Da mesma forma isso não foi diferente para com a escolha feita por Deus.
(…) José provavelmente era um homem jovem, forte, viril, atlético, bonito, casto e disciplinado; um tipo de homem que se vê as vezes pastoreando ovelhas, ou pilotando um avião, ou trabalhando num banco de carpintaria. Ao invés de ser um homem incapaz de amar, ele precisava ter chamas de amor. (…) Assim, ao invés de ser fraco para servir à mesa do rei, ele era antes uma flor cheia de promessa e poder. Ele não estava no fim de sua vida, mas no seu início, borbulhando de energia, força e paixão controlada”.
Venerável Fulton J. Sheen, no livro World’s First Love.
Camile Paglia trata de como os estudos de gênero, feministas e a new-left são incapazes de produzir intelectuais sérios e de conduzir pesquisas verdadeiras que não ignorem área inteiras da ciência, como, novamente, a biologia.
Tradutor: Andrey Costa
Camille Paglia e Christina Hoff conversam sobre estudos de gênero
Frequentemente se ouve dizer o que disse um comentarista da Jovem Pan e militante gay: que biologia é uma forma de estrutura moral cristã. A incapacidade científica que causa tal dissonância cognitiva não é exclusiva deste menino. Aqui Camile Paglia trata de como os estudos de gênero, feministas e a new-left são incapazes de produzir intelectuais sérios e de conduzir pesquisas verdadeiras que não ignorem área inteiras da ciência, como, novamente, a biologia.Tradutor: Andrey Costa
Posted by Tradutores de Direita on Monday, March 18, 2019
Sem dinheiro e com a firme convicção de realizar o impossível, Ernest Shackleton começa pelo óbvio: arrumar uma tripulação para, junto com ele e com um barco antigo, serem os primeiros homens a pisar no ponto mais ao sul do planeta.
O anúncio, publicado nos jornais de Londres, em 1900, começava com uma chamada forte: “Procuro homens para viagem arriscada. Salário baixo, frio congelante, longos meses de completa escuridão, perigo constante, retorno duvidoso. Honra e reconhecimento em caso de sucesso”. Anos depois, coroado pela glória dos heróis, o capitão da expedição Nimrod comentou “…a julgar pelo volume de cartas recebidas, parecia que todos os homens ingleses estavam dispostos a me acompanhar”.
Durante a infância de muitos com mais de 30 anos, aprendíamos claramente a diferença entre o homem e o menino. Mas o que é um homem em relação a um menino? O entendimento tradicional era de que o homem é quem assume uma responsabilidade sobre os outros – sobre a sua família, seu emprego, sobre seu país e, claro, sobre si mesmo. Ser homem era ser guiado por ideais e valores superiores a si mesmo. Ele conduziria sua vida com dignidade. E ele seria rijo, forte, constante.
Quando eu era garoto, na década de 1980, sem que ninguém expressamente precisasse me definir, eu já sabia o que um homem deveria ser. E eu sabia o que os outros, para não mencionar os meus pais, esperavam de mim como homem. Não precisava ser dito explicitamente que eu teria que ganhar a vida, sustentar-me o mais rapidamente possível e sustentar a família depois disso. Nessa época, chamávamos nossos pais de “pai”, aos padres de “padre”, e aos médicos de “doutor”. Éramos corrigidos quando, por algum motivo ou distração, um destes era chamado pelo primeiro nome, pura e simplesmente.
Porém, em algum ponto da década de 1990, os ideais de masculinidade e feminilidade foram amplamente confundidos. O feminismo, como movimento, declarou guerra aos conceitos mais básicos de feminilidade e masculinidade. E, para grande parte da população, foi vitorioso. Com efeito, graças ao conceito feminista de que macho e fêmea são essencialmente os mesmos, um número incontável de meninos que estão chegando hoje à idade adulta foi tratado como se esta diferença não fosse importante. A eles foram negados brinquedos masculinos, tais como soldadinhos de brinquedo e suas formas masculinas de diversão foram banidas.
De tal forma, nossa atual sociedade está toda encardida com os prejuízos dos meninos que nunca aprenderam a serem homens. Como resultado, esses mesmos, hoje, não têm amigos fora da realidade virtual, fogem apavorados do casamento, morrem de medo de ter filhos e escondem-se na internet ou na casa das mães até os 40 anos.
Em contraponto, homens fortes transformam o mundo em que vivem, começam e terminam um trabalho, movem coisas pesadas. Eles fazem as coisas assustadoras, feias e sujas que as mulheres não conseguem, não podem ou não precisam fazer. E este é, provavelmente, o tipo de marido que queremos para nossas filhas.
Por Gustavo Costa, Professor
Deixar uma vida de vícios sexuais não é fácil. Aliás, é difícil deixar qualquer vício, não fosse assim não seria um vício. Se você leu os posts anteriores sobre quando seus hábitos sexuais se tornaram um vício e sobre os mecanismos por baixo dos vícios, você já está mais situado na realidade em que habita e o que você talvez precise deixar para trás.
Gostaria de complementar com alguns caminhos e ferramentas de recuperação disponíveis, encontrados por muitos que já trilharam esse caminho. A correta ordem em que uma ou outra ferramenta deve ser utilizada, ou o valor que esta tem, depende de cada um. Não existe mapa da mina, mas existe um processo: o seu processo.
Os bloqueadores
Existem vários softwares gratuitos, para celular e computador, que possibilitam bloquear conteúdos pornográficos (textos, imagens e vídeos) e aplicativos de relacionamentos. São exemplos: o k9 Web protector (bloqueador de conteúdos adultos) e o Spin Web Browser
(filtra tudo) que você pode utilizar no lugar do navegador padrão do seu celular.
Você também pode ativar o “controle dos pais” na Play Store e Apple Store para restringir a instalação de aplicativos de relacionamentos adultos, entre outros. A maioria desses aplicativos e bloqueios (em smartphones e computadores) fazem uso de senhas, então você pode criar senhas aleatórias e grandes (impossíveis de lembrar), escreva-as num papel e use-as para a configuração e bloqueio dos aplicativos, depois desfaça-se do papel com a senha. Da mesma forma com o computador. E isso não é a solução, é parte dela. Um bom começo certamente.
Os 12 passos para a sobriedade
Inicialmente desenvolvidos pelo grupo de autoajuda Alcoólicos Anônimos (AA), os 12 passos para a sobriedade são a base de um programa espiritual de recuperação de vícios e comportamentos adictivos. Já foram adaptados para diversos outros propósitos como transtornos alimentares, dependência química, co-dependência e vícios sexuais. O programa toma como base elementos basilares presentes em várias religiões, mas não é
um programa religioso, e sim espiritual. Em síntese, enfoca a conscientização das condições em que se encontra, crença em Deus, rendição, reconciliação e serviço aos outros.
Grupos de ajuda
Grupos como os Dependentes de Amor e Sexo Anônimo (DASA) fazem uso dos 12 passos como itinerário de recuperação dos vícios sexuais e afetivos. Grupos no formato do DASA acontecem primeiramente em reuniões presenciais (semelhantes ao AA e NA) e fomentam a prática de apadrinhamento (mais experientes acompanham os mais novos). Adicionalmente, o DASA oferece reuniões onlines, via Skype, onde os participantes não se identificam, nem por nome nem por foto ou vídeo. Uma plataforma, em Inglês, chamada In The Room, oferece reuniões online semanalmente com participantes de todo o mundo. Outros grupos, como o Jornada PMO, oferecem apoio via aplicativos de mensagens, chats. Nestes grupos, os membros, também anonimamente, compartilham suas histórias, lutas diárias, buscam e/ou oferecem ajuda.
Accountability
Uma palavra de difícil tradução para o português, mas que os grupos de 12 passos conhecem muito bem. Accountability quer dizer “prestação de contas”. É uma prática extremamente eficiente que fomenta vulnerabilidade, troca de confiança, e transparência por parte da pessoa que sofre com os vícios. Fazer prestação de contas quer dizer se reportar regularmente (toda semana, mês, ou quando precisar) à alguém de confiança e
contar os progressos e recaídas, mas sobretudo as recaídas. Como se fosse uma confissão, mas não em troca de uma absolvição. Assumir que caiu, é como se denunciar, assumir um roubo. Pronto. A recaída já não é mais segredo e não tem o poder de conduzir a pessoa à zonas mais profundas do seu vício.
A terapia
A terapia é o espaço ideal para se trabalhar nos mecanismos que funcionam nas profundezas do vício. O vício não é apenas a masturbação, pornografia, voyeurismo, prostituição, sexo online, sexo anônimo, adultérios…. Essas são as drogas ou padrões de uso. O vício em si está para além, tem raízes numa incapacidade de lidar com a realidade, sentimentos e emoções, não aceitação de si mesmo e dos outros; em um desejo frustrante de controlar a vida, num perfeccionismo, e sobretudo em uma falta de conexão e apreço pela realidade presente. E nesse processo de autoconhecimento e reestruturação interior, um bom terapeuta é de grande ajuda.
A espiritualidade
Sem dúvida a prática sadia de uma religião, uma sólida relação com Deus, pode e deve ser o pano de fundo do processo de recuperação de uma pessoa que sofre com algum tipo de vício. O homem que pecou estava essencialmente procurando a felicidade. Por alguma razão (gatilho), perdeu a esperança de que com Deus poderia de fato ser feliz e buscou ser feliz com as próprias mãos. Aí surge o vício, pois há concupiscência no homem. O correto entendimento e conhecimento de Deus possibilita ao homem a rendição total aos seus braços, à sua condução. Entende-se então que nem
mesmo as recaídas podem nos separar do nosso Amado – nosso Pai – que é misericordioso por excelência e, portanto, inclinado a perdoar. Na prática, uma rotina de oração, um acompanhamento por um padre ou diretor espiritual, e a vivência dos sacramentos (principalmente eucaristia e confissão, para os católicos) são elementos de grande valor na superação dos vícios sexuais. O mais importante: relações sadias e um propósito de vida.
Estudos desenvolvidos no Canadá e na Holanda, combinados com as experiências vividas por soldados da guerra do Vietnam, possibilitaram a psicólogos concluírem que: o oposto do vício não é a sobriedade, mas sim a conexão (Johann Hari, Ted Talk). Percebeu-se que tanto ratos em clausura quanto os soldados da guerra do Vietnam não se entregam ao uso de substâncias químicas quando dispõem de relações sadias, de um ambiente propício a conexão com seus semelhantes e de um propósito de vida, mesmo após se exporem ao uso de substâncias aditivas, como a morfina. De fato, não é novidade que não somos ilhas e que nascemos para a relação. Trazemos dentro de nós uma necessidade de estar conectado de forma sadia com Deus, com nosso próprio eu e com o outro. Nascemos para dar e receber amor. Trabalho, família, estudo, serviço voluntário… dessas mesmas relações nascem os propósitos de vida, o sentimento de que vale a pena viver, de que temos algo a realizar. Assim como uma árvore não come dos próprios frutos, nem se deleita com a sobra que cria, ninguém é chamado a viver para si.
Autor: L. Machado
A Associação Americana de Pediatras urge educadores e legisladores a rejeitarem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitarem como normal uma vida de personificação química e cirúrgica do sexo oposto. Fatos, não ideologia, determinam a realidade.
1. A sexualidade humana é um traço biológico binário objetivo: “XY” e “XX” são marcadores genéticos de saúde, não de um distúrbio. A norma para o designhumano é ser concebido ou como macho ou como fêmea. A sexualidade humana é binária por design, com o óbvio propósito da reprodução e florescimento de nossa espécie. Esse princípio é auto-evidente. Os transtornos extremamente raros de diferenciação sexual (DDSs) — inclusive, mas não apenas, a feminização testicular e hiperplasia adrenal congênita — são todos desvios medicamente identificáveis da norma binária sexual, e são justamente reconhecidos como distúrbios do designhumano. Indivíduos com DDSs não constituem um terceiro sexo.
2. Ninguém nasce com um gênero. Todos nascem com um sexo biológico. Gênero (uma consciência e percepção de si mesmo como homem ou mulher) é um conceito sociológico e psicológico, não um conceito biológico objetivo. Ninguém nasce com uma consciência de si mesmo como masculino ou feminino; essa consciência se desenvolve ao longo do tempo e, como todos os processos de desenvolvimento, pode ser descarrilada por percepções subjetivas, relacionamentos e experiências adversas da criança, desde a infância. Pessoas que se identificam como “se sentindo do sexo oposto” ou “em algum lugar entre os dois sexos” não compreendem um terceiro sexo. Elas permanecem homens biológicos ou mulheres biológicas.
3. A crença de uma pessoa, que ele ou ela é algo que não é, trata-se, na melhor das hipóteses, de um sinal de pensamento confuso. Quando um menino biologicamente saudável acredita que é uma menina, ou uma menina biologicamente saudável acredita que é um menino, um problema psicológico objetivo existe, que está na mente, não no corpo, e deve ser tratado como tal. Essas crianças sofrem de disforia de gênero (DG). Disforia de gênero, anteriormente chamada de transtorno de identidade de gênero (TIG), é um transtorno mental reconhecido pela mais recente edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-V). As teorias psicodinâmicas e sociais de DG/TIG nunca foram refutadas.
4. A puberdade não é uma doença e hormônios que bloqueiam a puberdade podem ser perigosos. Reversíveis ou não, hormônios que bloqueiam a puberdade induzem a um estado doentio — a ausência de puberdade — e inibem o crescimento e a fertilidade em uma criança até então biologicamente saudável.
5. De acordo com o DSM-V, cerca de 98% de meninos e 88% de meninas confusas com o próprio gênero aceitam seu sexo biológico depois de passarem naturalmente pela puberdade.
6. Crianças que usam bloqueadores da puberdade para personificar o sexo oposto vão requerer hormônios do outro sexo no fim da adolescência. Esses hormônios (testosterona e estrogênio) estão associados com riscos à saúde, inclusive, mas não apenas, aumento da pressão arterial, formação de coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral e câncer.
7. Taxas de suicídio são vinte vezes maiores entre adultos que usam hormônios do sexo oposto e se submetem à cirurgia de mudança de sexo, mesmo na Suécia, que está entre os países mais afirmativos em relação aos LGBQT. Que pessoa compassiva e razoável seria capaz de condenar jovens crianças a este destino, sabendo que após a puberdade cerca de 88% das meninas e 98% dos meninos vão acabar aceitando a realidade e atingindo um estado de saúde física e mental?
8. Condicionar crianças a acreditar que uma vida inteira de personificação química e cirúrgica do sexo oposto é normal e saudável, é abuso infantil. Endossar discordância de gênero como normal através da rede pública de educação e de políticas legais irá confundir as crianças e os pais, levando mais crianças a serem apresentadas às “clínicas de gênero”, onde lhes serão dados medicamentos bloqueadores da puberdade. Isso, por sua vez, praticamente garante que eles vão “escolher” uma vida inteira de hormônios cancerígenos e tóxicos do sexo oposto, além de levar em conta a possibilidade da mutilação cirúrgica desnecessária de partes saudáveis do seu corpo quando forem jovens adultos.
Michelle A. Cretella, M.D.
Presidente da Associação Americana de Pediatras
Quentin Van Meter, M.D.
Vice-Presidente da Associação Americana de Pediatras
Endocrinologista Pediátrico
Paul McHugh, M.D.
Professor Universitário de Psiquiatria da Universidade Johns Hopkins Medical School, detentor de medalha de distinguidos serviços prestados e ex-psiquiatra-chefe do Johns Hopkins Hospital
Muito se tem discutido sobre a modéstia feminina, frisando, sobretudo, que tipo de traje seria adequado ou não para uma mulher católica. A resposta tem se tornado cada vez mais clara, pois surgem traduções importantes de declarações papais, textos relevantes de grandes santos e teólogos, que vão dando precisão aos argumentos em favor da moralização das vestes femininas.
Vê-se, com grande entusiasmo e esperança cristã, reerguer-se a dignidade da mulher católica. É nesse momento de robustecimento da fé católica, com essa bela reação contra as roupas imorais para as mulheres, que nos aparece nova questão: e para os homens, existe a virtude da modéstia no vestir? E quais seriam as regras a se seguir?
Para responder a estas perguntas é preciso ter claro o fato da diferença psicológica de homens e mulheres, e ter isto em mente significa perceber que existem maneiras específicas de olhar o mundo e o que nele existe que são muito próprias para cada sexo.
Disso decorre que a modéstia deve ser observada por ambos de maneira condizente à sua própria natureza. O homem, assim como a mulher, deve seguir as regras do pudor, da castidade e da higiene, e, além disso, deve ter sempre presente qual é o seu papel e missão na Criação.
O homem é uma das “duas expressões diversas da natureza humana”1; e se existem essas duas expressões, elas não podem ser iguais, pois se fosse assim não seriam duas, portanto devem diferenciar-se em pelo menos alguns aspectos, tendo características inerentes que as tornem únicas, mas ao mesmo tempo complementares – já que formam uma mesma natureza humana.
Para a mulher, podemos, olhando para o exemplo da mulher por excelência, a Virgem Santíssima, recolher traços particulares do seu modo de ser, que seria: humildade, meditação, silêncio, submissão, delicadeza; é, acima de tudo, a força espiritual – como retratou a historiadora Gertud Von Le Fort: a mulher representa a força invisível que move o mundo.
Já para o homem podemos tomar como exemplo o chefe da Sagrada Família, o glorioso São José, que na ladainha composta em sua homenagem é saudado como casto guarda da Virgem, sustentador do Filho de Deus, zeloso defensor de Jesus Cristo, fortíssimo, modelo dos operários, sustentáculo das famílias e protetor da Santa Igreja.
Notem que não se trata de dizer que essas virtudes são somente masculinas ou femininas, pois se poderia objetar que determinadas mulheres se sobressaíram na história exatamente pela firmeza, como foi o caso de Santa Joana D’arc, ou que alguns homens se santificaram exatamente pela submissão e certa docilidade. Quanto a isto não haja dúvida: não se trata de dizer que existem vias exclusivas de santificação para homens e mulheres, mas de fazer nota da existência de atitudes peculiares, enquanto homens e mulheres em geral.
Antes que sejamos capazes de refletir mais sobre as roupas mais adequadas para o homem vestir, temos que definir como se encontra a moda masculina como um todo. Quanto à moda feminina não temos dúvida do seu estado atual, Já para a moda masculina prevalece uma atual presença da cultura relativista na forma como os homens, em geral, se vestem.
Como chegamos a este ponto?
Dentre os vários pontos relevantes, destacamos:
1 – De acordo com certa ideologia corrente nos nossos dias, “ninguém nasce homem ou mulher”, mas sua identidade é construída na vida em sociedade, e essa identidade seria supostamente arbitrária. Estas pessoas pretendem dizer que não existe diferença ontológica alguma entre homens e mulheres, mas que tudo é construção;
2 – Esta mesma ideologia, por ser desconstrucionista – e por isso mesmo destrutiva de toda ordem natural -, postula que estas mesmas identidades não podem ser classificadas apenas como identidades de mulher ou de homem: há uma multiplicidade de identidades de “gênero” – as quais definem como: gay, lésbica, transexual, travesti, etc.; completam dizendo que nenhuma destas identidades são fixas, mas que as pessoas transitam, durante a vida, por várias delas;
3 – É este tipo de ideologia que está sendo utilizado para eliminar as diferenças sexuais estabelecidas e queridas por Deus-4; todos os aspectos da psicologia humana e todos os âmbitos da sociedade são atingidos quando este tipo de pensamento se alastra. Quando isto acontece, tudo aquilo que é produzido nesta sociedade está contaminado por tal concepção, de modo que desde a propaganda de eletrodomésticos, passando pela moda, e principalmente pela forma que as pessoas se relacionam entre si, apresentam resultados do esforço ideológico destrutivo.
Todo este pensamento, no entanto, pode ser definido em uma palavra: igualitarismo. Tendência de tudo igualar, de abolir as diferenças – principalmente aquelas queridas por Deus: Quer abolir as diferenças entre os sexos, as idades, as culturas e transformar tudo numa massa uniforme, onde ninguém é mais ou menos que ninguém, todos valem o mesmo.
Na moda masculina, a tendência igualitária procurou o mesmo caminho descrito acima para alcançar o seu fim último, que neste caso vem a ser a abolição da diferença entre os sexos. Desde a sua primeira intervenção na moda, o igualitarismo já tinha em si o poder de confundir os sexos, de destruir toda a indumentária que deixasse marcada a diferença existente entre o homem e a mulher.
Moda unissex não se trata somente de uma mesma peça que pode ser usada por homens e mulheres (uma camiseta branca que você compra e pode presentear tanto a João quanto a Maria), mas o fato de que quase toda espécie de vestimenta hoje é produzida para ambos os sexos. Exemplos: a camisa pólo masculina e feminina, a calça, a jaqueta, o colete, a camisa social, o terno, a bermuda, e por aí vai. E o que diferencia estas peças é algo muito tênue, é certa tendência para cores ou estampas (fato que tende a diminuir a cada ano), é uma mudança mínima no corte.
Se por um lado o fato de que as mulheres incorporaram o uniforme de trabalho (a camisa masculinizada e as calças) no seu guarda-roupa contribuiu para o igualitarismo, o caminho oposto – ou seja, o homem incorporar indumentárias femininas -, estava facilmente definido e fadado a acontecer. O caminho mais fácil não era ligar este homem à moda de sua esposa, mas estender a cultura relativista para todos os homens. E esta cultura, de fato, fez duras investidas contra as vestes masculinas
Este igualitarismo (5) é o primeiro mal do qual o homem católico deve fugir ao escolher que roupa irá usar. E para isso, é necessário que ele reconheça sua dignidade como filho de Deus, cuja missão é, antes que qualquer outra, refletir a paternidade divina.
Numa época cuja nobreza da vocação paterna e materna é colocada permanentemente em dúvida e ridicularizada(6), sendo utilizado para isto também a moda, significa que passou da hora de uma reforma moral. Esta reforma começa com o nosso “fiat” a Deus e tem uma repercussão direta no momento em que formos à nossa próxima compra de roupa.
1-Dietrich Von Hildebrand. O Amor Entre o Homem e a Mulher.
2 Cf. CIC 369-371
3- Cf. Carta aos bispos sobre a moda imodesta (1954) e discurso de Pio XII, às garotas da Ação Católica, 22 maio 1941: “Enquanto certos modos provocantes de vestir permanecem como triste privilégio de mulheres de reputação duvidosa e são quase um sinal que as faz reconhecer, não se ousará, pois, usá-los para si; mas no dia em que aparecerem como ornamentos de pessoas acima de quaisquer suspeita, não se duvidará mais de seguir tal corrente, corrente que arrastará talvez para dolorosas quedas”.
4-Tal como a autora feminista Shulamith Firestone escreveu na “Diáletica do Sexo” (The Dialectic of Sex): “Assim como a meta da revolução socialista era… a eliminação da… distinção da classe econômica como tal, assim a meta da revolução feminista deve ser a eliminação da… distinção do sexo como tal [de forma que] a diferença genital entre seres humanos não teriam mais nenhuma importância culturalmente.
5- “Devemos acentuar a diferença, ao menos como tática de argumentação, porque um dos vícios de nosso tempo consiste precisamente em procurar a simplificação da uniformidade. A desordem de nosso tempo consiste em tender para o amálgama, para o informe, para a massa, para a sociedade sem classe, para um mundo sem limites, para uma vida sem regras, para uma humanidade sem discriminações. Ao contrário disto, a sociedade que desejamos construir é uma sociedade ricamente diferenciada, e nitidamente hierarquizada.(…) E, quanto mais infantil for a criança, e quanto mais mulheril a mulher, e quanto mais varonil o homem, tanto melhor realizaremos em cada situação concreta a ordem, cambiante mas verdadeira, que é o fundamento da felicidade dos povos. O bem, a perfeição da sociedade, está na infantilidade da infância, na feminilidade da mulher, na masculinidade do homem”. (Gustavo Corção, Vocação da Mulher)
Muitos homens, até mesmo os que buscam viver sob os princípios cristãos, acham aceitável lançar olhares desejosos a outras mulheres. Para os senhores eu digo: ajam como homens!
Contexto
O mundo está em guerra contra a masculinidade. Basta uma simples ida ao shopping center para perceber que a masculinidade está sendo atacada de todos os lados: até mesmo encontrar roupas tipicamente masculinas pode ser uma tarefa hercúlea! Camisas de cores aberrantes, calças coladas e bermudas curtas que mais se parecem calções de banho. Na mídia vemos ataques a uma caricatural sociedade patriarcal e um incentivo a um modelo de homem muito pouco masculino: chorão e hiper-sensível.
Por outro lado, a reação daqueles que percebem tal guerra não pode ser buscar um modelo masculino nos filmes de guerra dos anos 80 quando Rambo e Conan faziam sucesso nas telas! A virtude da temperança pode muito bem ser utilizada neste caso.
Controle estes olhos
Andando nas ruas vemos homens que olham para mulheres como animais olham para suas presas. Nós, católicos, não podemos nos acostumar com tal comportamento pois… quando feito de forma consentida, trata-se de um pecado mortal (CIC 1861). Cabe aqui uma pequena ressalva: como pretendo explicar futuramente, só podemos pecar através de atos de vontade e portanto, algo feito de forma inconsciente não pode consistir em pecado.
É compreensível a dificuldade que nós, homens, passamos para controlar os olhares, vivemos num mundo hiper-sexualizado. Muitos de nós estamos feridos por este mundo: crescemos assistindo baixarias na tv aberta (basta procurar (melhor não) pelos programas que passavam na década de 90).
Nosso Senhor é muito claro sobre este assunto:
“Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher já adulterou com ela em seu coração.”
MT 5, 28.
Dica: quando vier um pensamento destes em sua imaginação, pense em algo bem concreto, nossa mente não é capaz de processar várias coisas ao mesmo tempo. Ex: Ao andar pela rua passa uma mulher mal-vestida e chama sua atenção. Olhe para um carro ou um poste e imagine como ele foi feito, observando detalhes de construção e design e logo o controle de sua imaginação voltará a você!
Sobre amizades entre os sexos
Eu defendo a tese de que um homem compromissado não deve ficar de papo furado com outras mulheres. Com a popularização dos sistemas de mensagens (facebook, whatsapp, instagram…) muitas pessoas ficam horas por dia conversando frivolidades. Surge ali uma familiaridade excessiva que, em momentos de fraqueza, pode levar a situações de pecado. São Tomás de Kempis esclarece:
Não abras teu coração a qualquer homem (Eclo 8,22); mas trata de teus negócios com o sábio e temente a Deus. Com moços e estranhos conversa pouco. IMITAÇÃO DE CRISTO, CAP 8, 1. SÃO TOMÁS DE KEMPIS.
É justamente disfarçando-se sob estas denominações “inofensivas” que a infidelidade se inicia: “simpatia”, “relacionamento cordial” e etc. Pouco a pouco, o sentimento vai crescendo até sair de controle.
Dom Rafael LLano Cifuentes revela que diversas vezes viu, enquanto direcionava alguma alma, bons esposos e honestas mães de família revelarem que estavam apaixonados como adolescentes por outra pessoa mesmo não pensando em abandonar seus cônjuges e filhos. E pensar que esta desenfreada paixão que estava colocando tudo a perder (inclusive o maior importante, sua salvação) havia começado com apenas um sorriso, um olhar, uma palavra meiga.
O homens devem entender que, por vezes, algumas mulheres podem iniciar esta aproximação por vaidade: devido ao pecado original, as mulheres tendem a se objetificar (e os homens a objetificá-las) e, portanto, podem cair na tentação de lançar olhares de sedução para se sentirem atraídas e basta um elogio para se iniciar a “longa marcha da vaca para o brejo”.
Algumas dicas sobre este tema:
- Mantenha alguma reserva e frieza no trato social e profissional. Sem nunca cair na descortesia, é claro.
- Evite conversas e contatos desnecessários.
- Quando alguma mulher vier cumprimentá-lo, trate de esticar a mão direita para logo estabelecer que tipo de cumprimento se espera evitando assim calorosos e perigosos abraços.
- Nunca dê carona sozinho para mulheres e evite ficar sozinho com elas (atenção professores, isso vale para atendimento aos alunos visto que é dificílimo se desvencilhar de uma acusação de assédio num local sem testemunhas).
Será natural, por outro lado, que se tenha amigas com quem converse na presença de sua esposa (ou namorada/noiva). Seria muito estranho, entretanto, que tratasse com elas no dia-a-dia em privado. Sendo sincero, gostaria que sua mulher conversasse frivolidades com outros homens todos os dias nas redes sociais? Espero que não!
Portanto, sigamos o conselho de São Josemaria Escrivá e tenhamos a “valentia de sermos covardes” pois, como diz o ditado popular, “a ocasião faz o ladrão”.
Uma amizade indispensável
Termino este texto comentando algo de que muitos se esquecem, amizade é amor mútuo e, portanto, se você é casado, tem uma grande amiga em casa: sua esposa. Os esposos, estes sim, podem (e devem) conversar e abrir os corações um para o outro. Devem tratar de tudo, desde problemas no trabalho e dificuldades com os filhos até, principalmente, questões da vida espiritual e de oração.
Almejemos, a exemplo de São Luís e Santa Zélia Martin, pais de Santa Terezinha, sermos almas que, unidas em matrimônio na terra, caminhem juntos a passos largos para a eternidade!
Esto Vir!
Autor: Gabriel Zago
Referências
- Caminho, São Josemaria Escrivá
- As Crises Conjugais, Dom Rafael LLano Cifuentes