Necrópole do VaticanoAs Necrópoles do Vaticano (Necropoli Vaticana) são um antigo cemitério romano onde coexistiam túmulos de cristãos e pagãos e estão localizadas sob a Basílica de São Pedro, por baixo ainda das grutas do Vaticano (onde estão enterrados os Papas).

Onde está hoje o Vaticano, e mais precisamente a basílica, ou seja, as colinas vaticanas, esta área foi transformada diversas vezes ao longo dos séculos até chegar á sua forma atual.

Na época de Calígula (12 a 41d.C.) foi começada a construção do Circo di Nerone terminado por Nero, daí o seu nome. Era uma área destinada a espectáculos e no centro encontrava-se o obelisco, aquele que hoje está no centro da Praça de São Pedro.

O obelisco é uma das poucas coisas originais daquela época, dantes encontrava-se em frente a onde está hoje o Uffici Scavi (Escritórios de escavação) de onde se partem para a visita das Necrópoles e foi colocado ao centro da praça a pedido do Papa Sisto V.

No II século d.C. o Circo foi abandonado e dividido em partes vendidas a pessoas privadas para a construção de mausoléus. Naquele período, cada família tinha o seu mausoléu onde eram enterrados ou depositadas as cinzas de membros cristãos e pagãos num mesmo lugar. 

Da parte escavada somente um mausoléu é totalmente cristão, um que antes sendo pagão foi vendido a uma senhora que o reformou com mosaicos com motivos cristãos; no teto vê-se a imagem de Jesus Cristo por exemplo, e é esse mausoléu que foi quase destruído em medos do século XV quando fizeram algumas reformas nas grutas para sustentar o túmulo de um Papa que resultou num buraco no tecto do mesmo. 

É incrível que mesmo sendo descoberta a existência desses mausoléus, na época, não se deu a importância devida e as necrópoles continuaram escondidas, vindo a serem descobertas apenas cinco séculos depois.

Continuando o processo histórico, na época de Constantino (274 a 337d.C.) as necrópoles foram cobertas com terra. Constantino queria construir uma basílica no local, hoje conhecida como a primitiva Basílica de São Pedro, e como as leis da época previam que não se podia destruir necrópoles, mausoléus, etc. ele decidiu cortar os seus tectos de modo que ficassem todos praticamente rectos e cobrí-las com terra. 

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O mais interessante é que tudo indica que ele sabia que o corpo de São Pedro estava enterrado ali, porque onde estaria o seu corpo foi construído um monumento, e era exatamente sobre esse monumento que na basílica primitiva ficava o altar, que aliás era móvel.

A descoberta das Necrópoles

Dizem que as Necrópoles foram descobertas por acaso a pedido do Papa Pio XII que queria encontrar o túmulo de São Pedro porque queria ser enterrado o mais próximo possível dele. Mas não se sabe ao certo se isso é verdade ou não, não existe nenhum documento escrito que o comprove. 

De qualquer maneira, numa das obras feitas nas grutas do Vaticano foi perfurado, novamente, o teto de um dos mausoléus e foi dessa vez que se decidiu pelas escavações.

Sabe-se que as necrópoles vão pelo menos até ao Castelo Sant’Angelo de um lado e muito além do outro, mas por diversos motivos as escavações foram somente de onde está o Baldaquino de Bernini dentro da Basílica até onde está hoje o obelisco.

As escavações deram-se entre os anos de 1939 e 1949 no período do Papa Pio XII. E mesmo com a segunda guerra mundial os trabalhos não se interromperam.

É incrível como os mausoléus estão perfeitamente conservados, os frescos, os mosaicos…

O túmulo de São Pedro

Quando os arqueólogos encontraram aquilo que seria o túmulo de São Pedro ele estava vazio. Mas, perto dele foram encontradas caixas com ossos. 

Num primeiro momento não deram tanta importância a essas caixas, mas depois com o trabalho da senhora responsável por ler as epigrafes em latim um estudo foi realizado com aqueles ossos e foi descoberto que pertenciam a um homem, robusto, de mais ou menos 70 anos, que tinha reumatismo, etc.. todas as características que “comprovariam” que aqueles eram os ossos de Pedro (no caso do reumatismo pensou-se que seria possível já que ele era pescador). 

A única coisa é que não conseguimos ver muito bem o seu túmulo, o seu mausoléu e nem as caixinhas porque existem outros túmulos colados à dele; as pessoas queriam ser enterradas o mais próximo possível do santo e isso impede um pouco a visão.

As 19 caixas com os seus ossos foram retiradas do seu mausoléu mas, depois, retornaram ao seu lugar sagrado.

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E se em vez de serem todos de espécies diferentes, os diversos homens primitivos cujos fósseis têm sido encontrados ao longo dos anos em diversos locais – Homo habilisHomo rudolfensinsHomo erectus e outros – fossem todos membros de uma única e mesma espécie de humanos e as suas diferenças físicas apenas refletissem a variabilidade normal entre indivíduos dessa espécie?

Os autores de um novo estudo comparativo de crânios fósseis humanos encontrados no Cáucaso, e publicado nesta sexta-feira na revista Science, afirmam que é precisamente isso que os seus resultados sugerem. A peça-chave do trabalho desenvolvido nos últimos oito anos por David Lordkipanidze, diretor do Museu Nacional da Geórgia, e uma equipe internacional de colegas, é um crânio – designado Crânio 5 – com quase 1,8 milhão de anos [segundo a cronologia evolucionista]. O seu maxilar inferior foi encontrado em 2000 na escavação arqueológica de Dmanisi (a uns 100 quilômetros de Tbilisi, a capital da Geórgia) – e o resto do seu rosto e cabeça em 2005.

“O Crânio 5 é um achado extraordinário”, explicou em coletiva de imprensa telefônica a coautora Márcia Ponce de León, da Universidade de Zurique (Suíça). “É o crânio fóssil mais completo de um adulto do gênero Homo. Encontra-se num estado de conservação perfeito […] e [a segunda peça] foi encontrada cinco anos depois do maxilar a menos de dois metros de distância [da primeira].”
 
Acontece que o Crânio 5 não era tudo o que os cientistas esperavam, visto o caráter maciço do maxilar previamente desenterrado. Estavam à espera de um crânio de grande tamanho, mas depararam-se, pelo contrário, com uma caixa craniana pequena por cima de um rosto grande, numa combinação de traços morfológicos nunca antes observada num homem primitivo [sic].
 
Também em Dmanisi foram encontrados, ao longo dos anos, mais quatro crânios (apenas um sem maxilar inferior), algumas ferramentas de pedra e ossos fossilizados de animais – achados que, segundo estudos anteriores, são vestígios deixados por um grupo de humanos que viveu no mesmo sítio ao mesmo tempo. “O tempo que demorou a formação geológica do local foi bastante breve, o que permite concluir que a sedimentação de todos os ossos [de homens primitivos] aconteceu simultaneamente”, explicou Lordkipanidze. “Dmanisi é como uma cápsula do tempo que preservou um ecossistema de 1,8 milhão de anos [idem].”
 
Os crânios de Dmanisi permitem realizar análises comparativas que até aqui não eram possíveis. E de fato, diante da descoberta do resto do Crânio 5 e da sua anatomia inédita, tornou-se necessário explicar as diferenças físicas patentes entre os cinco crânios humanos daquele sítio paleontológico, que fazem com que alguns deles sejam mais bem classificados como Homo habilis e outros como Homo erectus. Poderiam esses homens primitivos, que ao que tudo indica faziam parte da mesma comunidade, ter pertencido a várias espécies diferentes de humanos? “Sabíamos que vieram do mesmo local e do mesmo período geológico; podiam, portanto, representar uma única população de uma única espécie”, salientou Christoph Zollikofer, outro coautor, também da Universidade de Zurique.
 
Para determinar qual dessas duas possibilidades – uma ou várias espécies – era a mais provável e, em particular, se era possível que o nível de variação observado naqueles fósseis se verificasse no seio de uma única espécie, os cientistas recorreram a métodos de morfometria 3D computadorizada. Por outro lado, para garantir a compatibilidade dos novos resultados com estudos comparativos anteriores, também aplicaram métodos mais tradicionais de comparação de características morfológicas.
 
Conclusão: “Nossa análise estatística mostra que os padrões e a magnitude da variabilidade dos crânios de Dmanisi são semelhantes aos das populações de espécies modernas”, disse Zollikofer. “Embora os cinco indivíduos de Dmanisi sejam claramente diferentes uns dos outros, não são mais diferentes entre eles do que cinco humanos modernos ou cinco chimpanzés numa dada população. Ou seja, “a diversidade no interior de uma espécie é a regra e não a exceção”. Os cientistas decidiram designar essa potencial única espécie pelo nome Homo erectus, por ser a mais bem documentada e consensual de todas as espécies de homens primitivos cujos fósseis se conhecem.
  
Os novos resultados poderão ter implicações em termos da classificação das espécies de hominídeos que viviam na África e saíram de lá há cerca de dois milhões de anos [idem], espalhando-se pela Europa e Ásia, especulam os cientistas. “Há duas maneiras de interpretar a diversidade dos hominídeos fósseis”, explicou Zollikofer. “A primeira é que existiu apenas uma linhagem de homens primitivos; a segunda é que houve múltiplas linhagens coexistentes.”
 
“Se a caixa craniana e a face do Crânio 5 tivessem sido encontradas separadamente em locais diferentes da África, poderiam ter sido atribuídas a duas espécies diferentes”, acrescentou [admissão interessante]. Mas visto que os fósseis de Dmanisi provêm indubitavelmente do mesmo ponto no tempo e no espaço – e que parecem ter todos pertencido a uma única espécie de homens primitivos –, o mesmo poderá ter acontecido na África.
 
A conclusão não convence todo mundo. Enquanto um paleontólogo citado num artigo jornalístico (também publicado na Science, de autoria de Ann Gibbons) recusa liminarmente a ideia de que todos os fósseis africanos possam ter sido Homo erectus, outro é da opinião de que o Crânio 5 parece um Homo habilis. E um terceiro faz notar que a ideia está tendo o efeito de uma pequena bomba na comunidade dos especialistas.
 

Segundo o pesquisador, “se estes dentes forem do homo sapiens, isso significa que toda a história da evolução humana como nos tem sido contada nos últimos anos, inclusive todos os dados e descobertas feitas para fundamentar esta visão, não passam de engodo”.

Uma equipe de cientistas da Universidade de Telavive descobriu, numa gruta em Israel, fósseis que parecem ser do Homem moderno, mas que estão em camadas de terra com idade entre os 400 e 200 mil anos – mais antigas do que o suposto nascimento dos antepassados diretos do Homem. A descoberta deixou a comunidade científica em alvoroço.

A história da evolução humana é resumida assim: pensa-se que o Homem Moderno evoluiu há 200 mil anos, na África, tendo depois migrado para o resto do mundo, substituindo os humanos que existiam em cada local.

O autor do artigo diz que os dentes possuem tanto características de neandertais como de homo sapiens. Mas se estes dentes forem do homo sapiens, isso significa que toda a história da evolução humana como nos tem sido contada nos últimos anos, inclusive todos os dados e descobertas feitas para fundamentar esta visão, não passam de engodo.

O líder do grupo, Avi Gopher, parece o mais apreensivo com a sua descoberta: “É preciso sermos cuidadosos, não podemos atirar no lixo um paradigma só por causa de alguns dentes“. (Esta afirmação não deixa de ser curiosa, já que outros “elos perdidos”, para confirmar a teoria da evolução, foram inventados a partir de dentes, como por exemplo o caso mais insólito da fraude do famoso Homem de Nebraska).
Os dados foram publicados no The American Journal of Physical Anthropology.
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A Nature perguntou ao investigador se estes dentes realmente ofereciam evidência de que o Homo sapiens não evoluiu da África. Ele respondeu: “O que eu posso dizer é que eles deixam todas as hipóteses em aberto.

Fonte http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-1341973/Did-humans-come-Middle-East-Africa-Scientists-forced-write-evolution-modern-man.html

G1

O jornal vaticano “L’Osservatore Romano” afirmou nesta quinta-feira (27) que o papiro recentemente apresentado no qual aparece a frase em copta “Jesus disse a eles, minha esposa …”, que alimentou a teoria que Cristo fosse casado, é “falso”.

O vespertino da Santa Sé publicou em sua edição de hoje um artigo do professor italiano Alberto Camplani, especialista em língua copta e professor de História do Cristianismo na Universidade La Sapienza de Roma, no qual analisa o papiro recuperado pela professora americana Karen King, que levantou a polêmica.

Pedaço de papiro traz a inscrição: 'Jesus disse a eles, minha esposa' (Foto: Karen L. King/Harvard/Divulgação)

Pedaço de papiro traz a inscrição: ‘Jesus disse a eles, minha esposa’ (Foto: Karen L. King/Harvard/Divulgação)

Em seu artigo, Camplani afirma que Karen apresentou o papiro como do século 4 e que o texto pode ter sido escrito no século 2, “quando se debatia sobre se Jesus esteve casado”.

Camplani expressou sua “reserva” sobre esse ponto e disse que, perante um objeto desse tipo, “que, ao contrário de outros papiros, não foi descoberto em uma escavação, mas provém de um mercado de antiguidades, é preciso adotar precauções, que excluam que se trata de algo falsificado”.

O especialista italiano acrescentou que, no que concerne ao texto, a própria Karen propõe vê-lo não como uma prova do estado conjugal de Jesus, mas como uma tentativa de fundar uma visão positiva do casamento cristão.

“Mas não é assim, tratam-se de expressões totalmente metafóricas, que simbolizam a consubstancialidade espiritual entre Jesus e seus discípulos, que são amplamente divulgadas na literatura bíblica e na cristã primitiva”, comentou o especialista.

O jornal vaticano acrescentou que de todas as maneiras se trata de um documento “falso” e ressaltou que a historiadora americana preparou o anúncio “sem deixar nada ao acaso: imprensa americana avisada e entrevista coletiva prévia de King para preparar a exclusiva mundial, que, no entanto, foi posta em dúvida pelos especialistas”.

Segundo o vespertino da Santa Sé, “razões consistentes” fazem pensar que o papiro seja uma “trôpega falsificação, como tantas que chegam do Oriente Médio”, e que as frases nada têm a ver com Jesus

  • Em seu artigo, Camplani afirma que Karen apresentou o papiro como do século 4 e que o texto pode ter sido escrito no século 2, “quando se debatia sobre se Jesus esteve casado”

Mons. Vitaliano Mattioli

A festa de S. Pedro nos coloca uma questão: Pedro morou em Roma, foi enterrado em Roma?

Resolver essa pergunta é importante porque este “morrer de Pedro em Roma e ser enterrado em Roma”, capital do Império Romano, sempre foi interpretado pela Igreja como uma vontade implícita de Cristo, fundador de Cristo, fundador da Igreja, que o Bispo de Roma deve ser considerado o sucessor de Pedro e o seu Vigário na terra.

Temos testemunhos literários que confirmam tudo isso:

1- A carta do Papa Clemente de Roma aos Coríntios (ano 96). Falando da perseguição de Nero, ano 64, escreve: “Lancemos os olhos sobre os excelentes apóstolos: Pedro foi para a glória que lhe era devida… A esses homens … juntou-se grande multidão de eleitos que, em consequência da inveja, padeceram muitos ultrajes e torturas, deixando entre nós magnífico exemplo” (5,3-7; 6,1).

2- Ireneu (140-203),  Bispo de Lião-França, escreveu uma obra importante “Contra as Heresias”. Nesta nos confirma a chegada de Pedro a Roma: “À maior e mais antiga e conhecida por todos, à Igreja  fundada e constituída em Roma, pelos dois gloriosíssimos apóstolos  Pedro e Paulo” (III, 3, 2); “Os bem-aventurados apóstolos que fundaram e edificaram a Igreja romana transmitiram o governo episcopal a Lino” (III, 3, 3).

3- Tertuliano (160-250), no escrito “Sobre o Batimo”: Não há nenhuma diferença entre aqueles que João batizou no Jordão e aqueles que Pedro batizou no Tibre” (IV, 3).  O Tibre é o rio que atravessa Roma; de tal forma que Tertuliano confirma a presença de Pedro em Roma.

4- Eusébio de Cesaréia  (260-340), na sua “História Eclesiástica”: “O  apostolo Pedro  na Judéia, empreendeu uma longa viagem além-mar… para o Ocidente, veio para Roma” (História , II, 14, 4-5).  “Nero foi também o primeiro de todos os inimigos de Deus, que teve a presunção  de matar os apóstolos. Com efeito conta-se  que sob o seu reinado Paulo foi decapitado em Roma.  E ali igualmente Pedro  foi crucificado. Confirmam tal asserção os nomes de Pedro e  de Paulo, até hoje atribuidos aos cemitérios da cidade” (História, II, 25, 5).

5- Ainda Eusébio  refere o testemunho do Presbítero Gaio (ano 199)  que viveu durante o pontificado do Papa Zefirino (199-217), no seu escrito contra Proclo, chefe da seita dos Montanistas: “Nós aqui em Roma temos algo melhor do que o túmulo de São Filipe. Possuímos os troféus dos apóstolos fundadores desta Igreja local. Vai à via Óstia e lá encontrareis o troféu de Paulo; vai ao Vaticano e lá vereis o troféu de Pedro” (História, II, 25, 6).

6- O mesmo Eusébio nos refere outros testemunhos. No livro II refere o testemunho de Dionísio bispo de Corinto (ano 170): “Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina evangélica. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio na mesma ocasião” (História, II,25,8).

7- Orígenes, (185-253),  na obra Comentários ao Gênesis, terceiro livro  (conservado na História  de Eusébio, III,1, 2): “Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo, conforme ele mesmo desejara sofrer”.

Além desses testemunhos, foram encontrados e decifrados grafites anônimos dos séculos II e III escritos sobre o túmulo de São Pedro localizado durante as escavações arqueológicas realizada debaixo da Basílica do Vaticano nas décadas de 50 e 60 (do séc. XX) que confirmam a sepultura do Apóstolo Pedro em Roma: “Pedro está aqui.” (=Petros Eni) , “Pedro, pede a Cristo Jesus pelas almas dos santos cristãos sepultados junto do teu corpo”, “Salve, Apóstolo!”,  “Cristo e Pedro” , “Viva em Cristo e em Pedro”,  “Vitória a Cristo, a Maria e a Pedro”.

Em 1953 foi achado um antigo túmulo hebraico com a inscrição “Simão filho de Jonas”.

Provas arqueológicas.

Em 1939, o Papa Pio XII iniciou uma série de escavações debaixo da basílica de São Pedro. Nessas buscas descobriu-se, entre outros restos, o que se julga ser o túmulo de São Pedro.   A descoberta foi anunciada pelo Papa Pio XII no Ano Santo,  Radiomensagem de natal, 23 de dezembro de 1950:

“As escavações debaixo da  Confissão mesma, pelo menos enquanto se relacionam com a tumba do Apóstolo … e seu exame científico, foram, durante este Ano jubilar, concluídas muito bem. Este resultado foi de suma riqueza e importância. Mas a questão essencial é esta: A tumba de São Pedro foi realmente achada? A tal pergunta a conclusão final dos trabalhos e dos estudos responde com um claríssimo Sim. A tumba do Príncipe dos Apóstolos foi encontrada. Uma segunda questão, subordinada à primeira, diz respeito às relíquias do Santo. Estas já foram descobertas? Na beira do túmulo foram encontrados restos de ossos humanos, que no entanto não é possível provar com certeza que pertencem aos restos mortais do Apóstolo. Isto deixa, portanto, intacta a realidade histórica da tumba. A cúpula gigantesca foi erguida justamente sobre o sepulcro do primeiro Bispo de Roma, do primeiro Papa; sepulcro originalmente muito humilde, mas sobre o qual a veneração dos séculos posteriores com maravilhosa sucessão de obras ergueu o maior templo do Cristandade”.

Paulo VI continuou as escavações. A resposta positiva a apresentou na Audiência Geral da Quarta-feira, 26 de junho de 1968: “Uma segunda questão, subordinada à primeira, diz respeito às relíquias do Santo. Elas foram encontradas? A resposta então dada pelo venerável Pontífice foi duvidosa. Novas investigações pacientíssimas e precisas foram feitas mais tarde com resultados que Nós, confortados pelo juízo de prudentes e valiosas pessoas competentes, acreditamos que seja positivo: também as relíquias de São Pedro foram identificadas… Temos razão para acreditar que foram encontrados os poucos, mas sacrosantos restos mortais do Príncipe dos Apóstolos, de Simão, filho de Jonas, do Pescador chamado Pedro por Cristo, daquele que foi eleito pelo Senhor como fundamento da sua Igreja, e ao qual o Senhor confiou  as chaves supremas do seu reino, com a missão de apascentar e de reunir o seu rebanho, a humanidade redimida, até a sua última vinda gloriosa”.

Os estudos continuaram. O mesmo Paulo VI, na Audiência Geral da quarta-feira, 28 de junho de 1978, voltou ao assunto: “Sim, a prova histórica, não somente da tumba, mas também dos seus veneradíssimos restos mortais, foi encontrada. Pedro está aqui, onde a análise documentária, arqueológica, cheia de indícios e lógica finalmente nos indica… Nós temos assim o consolo de ter um contato direto com a fonte da tradição apostólica romana mais segura, aquela que nos garante a presença física do Chefe do Colégio dos primeiros discípulos de Jesus Cristo em Roma”.

Investigadores da prestigiosa Universidade de Oxford, no Reino Unido, assinalaram que os ossos encontrados em uma igreja da Bulgária em 2010 poderiam ser os restos do S. João Batista, segundo as evidências que possuem até o momento.

Segundo um comunicado difundido pela universidade britânica no dia 15 de junho, uma das peças ósseas encontradas, que corresponde a um nódulo da mão direita e data do primeiro século depois de Cristo.

Os investigadores expressaram sua surpresa pelo achado, embora indicassem que só a evidência da data não pode provar definitivamente que o osso pertencia a João Batista.

Os ossos foram descobertos originalmente pelo arqueólogo Kazimir Popkonstantinov, em 2010, durante uma escavação em uma velha igreja chamada SvetiIvan (que se traduz como São João), em uma ilha da Bulgária. O nódulo é um dos seis ossos humanos encontrados, que incluem um dente e uma peça do crânio.

Os ossos estavam contidos em um pequeno sarcófago de mármore, debaixo do piso da igreja, perto do altar.

O professor Thomas Higham, que junto a Christopher Ramsey realizou a prova de carbono radioativo nos ossos, expressou sua surpresa “quando a datação de carbono radioativo produziu esta idade muito precoce. Tínhamos suspeitado que os ossos poderiam ser mais recentes que isto, possivelmente do terceiro ou quarto século”.

“De qualquer forma, o resultado do osso metacarpiano claramente consistente com alguém que viveu a começos do primeiro século depois de Cristo. Se essa pessoa é ou não João Batista é uma pergunta que não podemos responder definitivamente, e provavelmente nunca poderemos”.

O doutor Hannes Schroeder e o professor EskeWillersley, ex-estudantes de Oxford, reconstruíram a completa seqüência genética do DNA mitocondrial dos ossos humanos, para estabelecer que são da mesma pessoa.

Os cientistas identificaram que o grupo genético correspondia ao mais frequentemente encontrado no Oriente Médio, a região onde nasceu e viveu João Batista, e que se tratava de um homem.

Shroeder indicou que “nossa preocupação é que os restos poderiam estar poluídos com DNA moderno. Entretanto, o DNA que encontramos nas amostras mostrou patrões de dano que são característicos de DNA antigo, o que nos deu confiança nos resultados”.

“Isto não prova que estes os restos sejam de João o Batista, mas tampouco refuta essa teoria, já que as seqüências (genéticas) que obtivemos encaixam com sua origem no Oriente Médio”.

Os arqueólogos búlgaros que encontraram os ossos também acharam uma pequena caixa perto do sarcófago, que tinha uma inscrição em grego antigo que menciona diretamente João o Batista.(foto abaixo)


Os especialistas estimam que essa caixa proveio da Capadocia, na moderna a Turquia, e chegou a Bulgária através da antiga cidade da Antioquia, onde a mão direita de São João teria permanecido até o século X.

Por outra parte, o investigador Georges Kazan, também de Oxford, através de um estudo histórico concluiu que no final do século IV, um grupo de monges levaram as relíquias do João Batista fora de Jerusalém, entre elas partes do crânio.

Depois disto, as relíquias teriam permanecido em Constantinopla, nas mãos da elite dessa cidade.

A investigação do doutor Kazan assinala que o relicário usado para conter os ossos de João Batista guarda semelhança com o que foi encontrado na Bulgária.

Segundo Kazan, “minha investigação sugere que durante o quinto ou ao começo do sexto século, o monastério de SvetiIvan poderia ter recebido uma porção significativa das relíquias do João Batista, assim como um precioso relicário em forma de sarcófago, da parte de um membro da elite de Constantinopla”.

“Este presente poderia ter sido feito para dedicar ou re-dedicar a igreja e o monastério a São João, cujo benfeitor ou benfeitores poderiam ter apoiado economicamente”, assinalou.

Fonte: http://globalvoicesonline.org/2010/08/21/bulgaria-discovery-of-john-the-baptists-relics-causes-political-scandal/

Agência Efe

A peça é um selo administrativo usado para selar carregamentos de impostos que eram enviados ao sistema fiscal do reino da Judeia no final dos séculos VII ou VIII antes de Cristo.

Arqueólogos israelenses encontraram em Jerusalém um selo de argila com a inscrição Bat Lejem, que representa a primeira evidência arqueológica da existência de Belém durante o período em que aparece enunciada na Bíblia, informou a Autoridade da Antiguidade de Israel.

Trata-se de uma espécie de esfera de argila usada para selar documentos ou objetos, de 1,5 cm, desempoeirada nas polêmicas escavações do “Projeto Cidade de Davi”, no povoado palestino de Silwán, no território ocupado a leste de Jerusalém.

A peça, que pode ser dos séculos VII ou VIII antes de Cristo, razão pela qual é meio milênio posterior às Cartas de Amarna, uma correspondência, sobretudo diplomática, inscrita em língua acádica sobre tabuinhas de argila entre a Administração do Egito faraônico e os grandes reinos da época ou seus vassalos na região. Ali aparece mencionada pela primeira vez Bit-Lahmi, em uma carta na qual o rei de Jerusalém pede ajuda ao egípcio para reconquistá-la.

A descoberta, anunciada nesta quinta-feira, remete a uma época posterior, a do Primeiro Templo Judeu (1006-586 a.C.), que aparece citada no Antigo Testamento como parte do reino da Judeia. “É a primeira vez que o nome de Belém aparece fora da Bíblia em uma inscrição do período do Primeiro Templo, o que prova que Belém era uma cidade do reino da Judeia e possivelmente também em períodos anteriores”, assinalou o responsável pelas escavações, Eli Shukron, em um comunicado.

Pelo teor da inscrição, Shukron estima que “se enviou um carregamento de Belém para o rei de Jerusalém no sétimo ano do reinado” de um monarca que não é especificado, mas que poderia ser Ezequias, Manassés ou Josias.

A peça é um selo administrativo usado para selar carregamentos de impostos que se enviavam ao sistema fiscal do reino da Judeia no final dos séculos VII ou VIII antes de Cristo.

Vamos falar a verdade: Indiana Jones era um arqueólogo muito ruim. Ele destruía seus sites arqueológicos e era mais propenso a matar seus colegas do que escrever um trabalho com eles – sem falar naquele chicote (cientificamente inútil).

Independentemente disso, “Os Caçadores da Arca Perdida”, que celebra seu 30º aniversário nesse mês de junho, inspirou uma geração de cientistas. E os arqueólogos modernos, felizmente, aprenderam com os erros de Jones.

Hoje, a utilização de tecnologia avançada, tais como imagens de satélite, mapeamento a laser, robôs e scanners, é o que configura o mundo da arqueologia.

Essas inovações permitiram que os arqueólogos descobrissem pirâmides enterradas a partir do espaço, criassem mapas 3D de antigas ruínas maias, explorassem destroços de navios romanos e encontrassem doenças em múmias de 3.000 anos de idade.

A maior parte do novo kit de ferramentas arqueológicas vem de outras áreas como biologia, química, física ou engenharia, bem como dispositivos comerciais que incluem GPS, computadores portáteis e smartphones.

Os cientistas comparam o novo campo de exploração arqueológica com o da medicina. Eles precisam dessas ferramentas, assim como os médicos precisam fazer raios-X e tomografias antes de operar uma pessoa.

“Se cavamos um site para achar algo, acabamos o destruindo”, diz David Hurst Thomas, curador de antropologia do Museu Americano de História Natural, em Nova York. “A tecnologia nos permite descobrir muito mais sobre ele antes de desenterrá-lo”, completa.

Os arqueólogos têm aproveitado essas ferramentas para encontrar antigos locais de interesse mais facilmente do que nunca. Eles podem cavar com maior confiança e menos danos colaterais, aplicar técnicas de laboratório recentes para antigos artefatos humanos ou restos mortais, e identificar melhor quando as pessoas ou objetos existiram no tempo.

Uma das revoluções é com os satélites. A egiptóloga Sarah Parcak usou imagens de satélite para observar 10 metros abaixo do deserto egípcio e descobriu 17 pirâmides desconhecidas e mais de 1.000 túmulos. As imagens também revelaram ruas e casas enterradas da antiga cidade egípcia de Tanis (site arqueológico bem conhecido que foi destaque em “Os Caçadores da Arca Perdida”).

Mesmo imagens de satélite comuns, usadas pelo Google Earth, ajudam. Muitos dos sites antigos egípcios foram enterrados em arquitetura de tijolos de barro que se desfazem ao longo do tempo e se misturam com a areia. Quando chove, o solo com tijolos de barro mantém a umidade por mais tempo e aparece em fotos de satélite descolorido.

Ferramentas como o radar de penetração no solo também podem ajudar os arqueólogos a evitar destruição de dados preciosos enquanto escavam sítios arqueológicos. Magnetômetros podem distinguir entre metais, pedras e outros materiais enterrados baseado em diferenças no campo magnético da Terra, e levantamentos de resistividade do solo detectam objetos com base em mudanças na velocidade da corrente elétrica.

Uma vez que os objetos ou os ossos vêm à tona, os arqueólogos podem levá-los a laboratórios forenses que impressionam qualquer agente CSI. Tomografias computadorizadas (TC) comumente usadas na medicina revelam até artérias obstruídas de uma antiga princesa egípcia mumificada há 3.500 anos.

Olhar para as razões de diferentes elementos, chamados isótopos, em ossos de povos antigos também pode revelar o que eles comeram. Os detalhes da dieta podem incluir se a pessoa preferia alimentos como milho ou batata, ou se curtiam carne.

Assinaturas químicas similares podem dizer onde os humanos cresceram. Arqueólogos identificaram a origem de dezenas de soldados encontrados em uma vala comum de 375 anos na Alemanha; eles foram capazes de descobrir que alguns vieram da Finlândia, outros da Escócia.

Os arqueólogos têm muitas outras novas ferramentas na caixinha. A técnica de mapeamento a laser usada em ruínas maias, chamada LIDAR (em inglês, Light Detection And Ranging), tornou-se uma norma para a arqueologia: os robôs começaram a explorar pirâmides e cavernas, bem como naufrágios.

A tecnologia é brilhante, mas os arqueólogos garantem (e adoram) que ela não vai eliminar a necessidade de escavar muito em breve. “É uma constante em arqueologia; você tem que escavar e explorar”, afirma Sarah Parcak.

LiveScience

Folha de São Paulo

Arqueólogos israelenses confirmaram a autenticidade de um ossuário (caixa usada para guardar ossos depois da fase inicial de sepultamento) pertencente à família do sacerdote que teria conduzido o julgamento de Jesus.

A peça, feita em pedra e decorada com motivos florais estilizados, data provavelmente do primeiro século da Era Cristã -tem, portanto, uns 2.000 anos.

Sebastian Scheiner/Associated Press
Funcionário da Autoridade Israelense de Antiguidades mostra inscrição em ossuário
Funcionário da Autoridade Israelense de Antiguidades mostra inscrição em ossuário

A inscrição no ossuário, em aramaico (“primo” do hebraico, língua do cotidiano na região durante a época de Cristo), diz: “Miriam [Maria], filha de Yeshua [Jesus], filho de Caifás, sacerdote de Maazias de Beth Imri”.

O nome “Caifás” é a pista crucial, afirmam os arqueólogos Boaz Zissu, da Universidade Bar-Ilan, e Yuval Goren, da Universidade de Tel-Aviv, que estudaram a peça.

Afinal, José Caifás é o nome do sumo sacerdote do Templo de Jerusalém que, segundo os Evangelhos, participou do interrogatório que levaria à morte de Jesus junto com seu sogro, Anás.

Não se sabe se Miriam seria neta do próprio Caifás bíblico ou de algum outro membro da família sacerdotal. O ossuário, no entanto, liga a parentela à casta de Maazias, um dos 24 grupos sacerdotais que serviam no Templo.

O governo israelense diz que o ossuário estava nas mãos de traficantes de antiguidades, impedindo o estudo de seu contexto original

Os investigadores que participam de um novo documentário da National Geographic afirmam que os dois esqueletos que estudados neste filme poderiam pertencer a dois Santos mártires casados do século III em Roma.

“Toda a evidência que reunimos sobre estas relíquias nos mostram que seriam os restos de Crisanto e Daria”, assinala o líder da investigação da Universidade de Gênova, Ezio Fulcheri.

Fulcheri explicou ademais que “esta foi uma oportunidade que sucede com muito pouca freqüência, para estudar ossos e outras relíquias que se relacionam diretamente a uma história quando já passaram quase 2000 anos. Também é raro em mártires desse tempo ter esqueletos completos, o que implica que foram protegidas e veneradas por inteiro desde o começo”.

Estes restos, compostos de 150 ossos, foram encontrados em 2008 na cripta da Catedral da cidade italiana de Reggio Emilia, ao norte do país. As provas para averiguar sua “idade” indicam que estão entre os anos 80 e 340 DC.
Em declarações ao grupo ACI,o produtor geral do documentário “Explorador: Mistério dos Santos Assassinados”, estreado nos Estados Unidos no dia 19 de abril, assinalou que “esta é a primeira vez que podemos provar a autenticidade do que se crê que são relíquias de um santo. Para nós foi um privilégio fazer parte disto”.

Entretanto, acrescentou, “também é possível que estes ossos não sejam reais” devido a que na Idade Média se gerou um mercado negro de relíquias.

O Bispo Auxiliar de Reggio Emilia, Dom Lorenzo Ghizzoni, que também aparece no documentário, assume deste modo este risco e comenta que caso os restos sejam falsos, “serão destruídos porque isso seria certamente escandaloso para os fiéis”.

Crisanto e Daria

A tradição conta que Crisanto era o filho único de um senador romano de Alexandria. Cresceu em Roma e se converteu ao cristianismo. Seu pai desaprovou esta conversão e o obrigou a casar-se com uma sacerdotisa pagã de nome Daria para tentar fazê-lo desistir em seu novo caminho de fé.

Entretanto, Daria se converteu à fé de seu marido e se dedicaram juntos a converter outros milhares ao cristianismo.

As autoridades romanas os prenderam por proselitismo e os enterraram vivos em Roma perto do ano 283.