Olá, querida amiga, na minha opinião e experiência, o melhor e único psicólogo da minha vida é Cristo”. Esse foi o primeiro comentário de um recente post no Instagram em que eu descrevia minha experiência com psicoterapia.

Outros comentários se seguiram: “A melhor terapia de todas são os retiros e o rosário”. “Eu visito regularmente os jesuítas. Um retiro silencioso, é onde você encontra Deus – Ele é o melhor terapeuta. Eu recomendo! Seus valores se encaixam e a estrada se torna reta”, escreveu outro internauta.

Esses leitores queriam enfatizar que a fé em Deus (ou o fato de ter um relacionamento com Ele) e cuidar dessa fé (através de retiros ou do rosário) são suficientes para que não tenhamos dificuldades ou problemas emocionais.

Primeiro de tudo, se assim fosse, nenhum cristão crente sofreria de depressão, e eles rapidamente se recuperariam quando se sentissem para baixo. Nós não precisaríamos de ajuda. Seríamos indivíduos autossuficientes, eternamente felizes, satisfeitos, conscientes de nossa autoestima. Mas esse não é o caso.

Em segundo lugar, tais comentários fazem com que pessoas que precisam da ajuda de um profissional de saúde mental se sintam culpadas (“Se a fé basta, mas não é suficiente para mim, isso significa que minha fé é fraca?”) ou dissuadi-las da decisão de procurar terapia (“Talvez a oração seja suficiente?”). Também faz com que os outros crentes sintam que as pessoas que fazem uso de ajuda psicológica estão “com falta de fé” ou são “crentes equivocados”. É como se a sua fé determinasse sua saúde psicológica.

Em terceiro lugar, esse tipo de comentário pressupõe que na vida devemos simplesmente juntar nossas mãos em oração (ou ir a um retiro), e Deus cuidará de tudo para nós. Você está triste? Não faça nada sobre isso, deixe Deus mudar (leia: isso acontecerá por si mesmo). É como se não tivéssemos controle sobre nossas vidas. Além disso, é como se nossa inteligência fosse o maior obstáculo.

O erro fundamental aqui é não saber distinguir o cultivo de um relacionamento com Deus com o cuidado da saúde. Assim como somos capazes de nos manter fisicamente limpos e irmos a um médico quando o nosso corpo está doente, devemos também poder (graças à ajuda de um psiquiatra, psicoterapeuta, conselheiro, terapeuta etc.) cuidar da nossa saúde mental e das nossas próprias emoções e psique.

De fato, como falar com Deus quando não sabemos qual parte de nossos pensamentos e impressões são de Deus? Que “voz” seguimos – nossas emoções? Nossa razão? Como podemos saber o que fazer quando tudo está confuso e tudo o que sabemos é que estamos nos sentindo perdidos e infelizes há muito tempo?

Em quarto lugar, tenho a impressão de que as pessoas que dizem essas coisas estão apenas inventando desculpas para si mesmas. Eu não consigo parecer feliz, então Deus deve querer assim. Estou triste, então deve ser um julgamento espiritual. Eu tenho medo, mas quando rezar, Deus me libertará do medo. Eu me sinto como um ninguém; tenho que agradecer e adorar a Deus com mais frequência. Eu acredito que, a longo prazo, este modo de pensar não é acreditar em Deus, mas ignorar e se machucar e se desculpar usando Deus. Não buscar ajuda psicológica é prejudicial, o que, em vez de nos enviar para o céu, pode nos colocar em um ciclo vicioso de aprofundamento dos problemas mentais.

Então, esses são alguns pensamentos gerais, mas aqui estão razões mais específicas do porquê Deus não é meu terapeuta, como alguém que, há quase três anos, está em processo de psicoterapia.

1. Porque Deus não é outro ser humano que está visivelmente presente

Dois mil anos atrás, talvez isso fosse possível – Cristo andou na Terra e conversou com as pessoas. Com alguns, ele se encontrava regularmente, mas mesmo assim não era psicoterapia, mas sim amizade e discipulado.

A psicoterapia consiste em reuniões semanais regulares entre um paciente e um terapeuta, durante as quais um terapeuta qualificado, com amplo conhecimento da psique humana e das formas como funciona, tenta ajudar o paciente a compreender a si mesmo. Não é possível sem conhecimento, experiência, empatia e conversa direta e clara. Temos que ouvir algumas coisas claramente para começar a notá-las.

Deus não é um terapeuta, mas Deus trabalha através de um terapeuta. É graças a Ele que finalmente posso me compreender em um nível muito profundo e, até agora, inconsciente, perdoar a mim mesmo e amar a mim mesmo como fui criado.

2. Porque eu quero agir, não fugir

Para mim, a religiosidade tinha sido uma maneira de lidar com minhas próprias emoções, fragilidades e desejos. Eu interpretava o que estava acontecendo na minha vida interior de uma maneira estritamente religiosa. Eu interpretava a ansiedade como Satanás, o medo como sendo covarde e a coragem como orgulho. E esses são apenas alguns exemplos.

Felizmente, em algum momento, comecei a lutar por mim. Eu não queria esperar por um milagre mágico; eu queria estar calma e feliz. Acredito que Deus nos promete uma vida boa e sábia, uma sensação de segurança e estabilidade emocional. Eu também acho que essas coisas não caem do céu, mas eu posso trabalhar para elas. É por isso que comecei a fazer algo nesse sentido.

3. Porque eu quero sentir-me estável e saudável

Quando meu dente dói, vou ao dentista. Quando estou doente, vou ao médico. Quando estou deprimida, vou a um psicoterapeuta ou a um psiquiatra. Emoções são sinais que me dizem o que está acontecendo comigo e o que eu preciso. Se sinto medo, vazio e tristeza permanente, preciso de ajuda e apoio. Não só isso, eu mereço isso.

4. Porque eu rezei por 25 anos e minha tristeza não foi embora

Por muito tempo, eu esperava que minha depressão passasse. Eu pensei que se eu terminasse a faculdade, encontrasse um emprego, me apaixonasse e perdesse peso, eu finalmente sentiria que valeria alguma coisa, como todo mundo ao meu redor. Mas isso não aconteceu.

O que ajudou foi o enfrentamento da árdua e lenta separação entre o que eu queria e o que eu achava que deveria querer, e de quem eu sou e quem eu achava que deveria ser.

5. Porque o encontro com Deus é diferente de uma reunião consigo mesmo

A oração é um encontro com Deus; a psicoterapia é uma reunião consigo mesmo com a ajuda de um terapeuta. Existem dois objetivos diferentes aqui, embora ambos basicamente levem à verdade e ao amor. Conhecer a Deus, buscar a verdade sobre Ele e descobrir Sua presença é diferente de conhecer a si mesmo. Preciso descobrir por que respondo de uma maneira e não de outra, por que sou puxada em uma direção em vez de outra e por que certas coisas são tão difíceis para mim.

Preciso me encontrar para entender o que quero e o que preciso. Se eu não me ajudar e não cuidar de minhas próprias necessidades básicas, não serei capaz de apreciar e aproveitar minha vida. E eu não vou poder amar verdadeiramente.

A oração é importante – na verdade é indispensável – mas não é tudo. Deus pode realizar milagres, mas geralmente Ele trabalha através de meios naturais. Ele espera que confiemos Nele e peçamos Sua ajuda, mas também que usemos os recursos que Ele nos disponibiliza, e isso inclui a ciência da medicina, que pode nos ajudar a sermos saudáveis ​​no corpo e na mente.

Jola Szymanska

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Um protesto feito por cristãos que se converteram ao protestantismo após abandonar o islamismo se tornou manchete em vários portais de notícia ao redor do mundo. Os ex-muçulmanos interromperam uma missa na última semana e instaram os fiéis a abandonarem a “idolatria”.

O grupo, denominado Koosha Las Vegas, invadiu três igrejas diferentes da cidade, vestidos com camisetas com as frases “Trust Jesus” (“confie em Jesus”) e “Jesus Is The Only Hope” (“Jesus é a única esperança”).

Gritando palavras de ordem, entregaram panfletos aos fiéis que participavam das missas e alertaram que a doutrina católica seria um pecado “contra Deus e Suas leis”.

“Arrependam-se e voltem para Jesus Cristo! O papa é satanás! A imagem de Maria é satanás!”, gritou um dos homens que participou do protesto. “Deixem de adorar ídolos! Os ídolos não irão salvá-los! Vocês precisam de Jesus Cristo! Vocês precisam do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, acrescentou.

O protesto obrigou os padres e responsáveis pelas paróquias a acionarem a Polícia, porém, como os manifestantes não cometeram nenhum crime, ninguém foi preso, de acordo com informações do site Catholic News Agency.

Uma semana antes desse protesto, o grupo já havia protestado em frente a uma escola católica, dizendo aos alunos que se eles comparassem “o catecismo da Igreja Católica e as Escrituras, entenderiam porque Deus odeia este sistema religioso”.

Randy Sutton, especialista em legislação da emissora Channel 13, afirmou que é possível que os manifestantes sejam enquadrados em uma lei estadual de Nevada que classifica as interrupções de celebrações religiosas como “agressão”.

A arquidiocese de Las Vegas informou que está trabalhando, junto com a Polícia, para evitar novos incidentes como esse. Já os manifestantes afirmaram que protestaram por entender que o catolicismo distorce o Evangelho ao incentivar que preces sejam feitas em frente a imagens, pois pode levar à idolatria.

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O pastor Penuel Tshepo, que se auto intitula “profeta”, é líder do ministério Discípulos do Final dos Tempos. Em sua igreja na cidade de Pretória, na África do Sul, ele já fez muitas coisas polêmicas, como ensinar as pessoas a tirar as roupas para que ele pudesse sentar sobre seus corpos nus para orar por elas por cura.

Novamente ele chamou atenção da imprensa por fazer algo bizarro no culto. Segundo o jornal inglês Metro ele está fazendo os fiéis engolirem cobras vivas. Mais estranho ainda é o fato de ele ensinar que elas se transformarão milagrosamente em chocolate em contato com a boca.

Em sua página no Facebook, Penuel justifica que tudo isso funciona por causa da fé dos seus seguidores. Seu ensino é que o crente possui “autoridade” para mudar qualquer coisa e isso acontece quando se aprende a exercer essa autoridade.

Existem várias fotos e depoimentos sobre a prática. “Eu fiz o que me mandaram. Comi e senti gosto de chocolate. Era diferente, mas era bom”, afirmou um fiel.

Outro membro da igreja, explica “Eu não tinha muita segurança da primeira vez, mas quando mordi a cobra, percebi que era o melhor chocolate que já havia comido”.

No Facebook, o texto que acompanha as fotos diz que é uma demonstração do poder de Deus e cita inclusive o versículo de Romanos 14:2 “Um crê que pode comer de tudo; já outro, cuja fé é fraca, come apenas alimentos vegetais”.

O controverso Penuel já ensinou os membros de sua igreja a beber gasolina e comer pedaços de pano para serem abençoados.  Esse tipo de prática parece ser popular em igrejas de Pretória.

Ano passado o pastor Lesego Daniel, do Ministério Centro Raboni, na mesma região, ficou mundialmente conhecido por ensinar os fiéis de sua congregação a comer grama por que, desta maneira, poderiam estar “mais perto de Deus”.

Meses depois, divulgou um vídeo onde pega uma garrafa contendo gasolina e ensina a congregação que, pela fé, o conteúdo da garrafa se transformaria em suco de abacaxi. Muitos fiéis aceitaram o desafio e beberam o líquido testificando que ocorrera uma transformação milagrosa.

terrorismo

Uma das questões mais exploradas pelos governos desde os ataques de11 de setembro de 2001, o terrorismo religioso atinge índices mais altos a cada ano. É consenso entre os especialistas que 99% dos ataques são motivados por questões relacionadas à fé.

O número de ataques e mortes subiu assustadoramente no ano passado, indica um novo relatório divulgado pela CNN.

Ocorreram mais de 8.500 ataques terroristas ano passado, matando quase 15.500. A violência se espalhou pela África, Ásia e Oriente Médio. Isso significa um aumento de 69% nos ataques e um acréscimo de 89% nas mortes em comparação com 2011, que teve 5.000 ataques. O recorde anterior de mortes era de 2007, com mais de 12.800.

Os números são parte do relatório feito pela START, um dos principais analistas do terrorismo no mundo.  A sigla em inglês abrevia o nome oficial: Consórcio para o Estudo do Terrorismo e Respostas ao Terrorismo. Ligado ao Departamento de Segurança do governo americano, o sistema funciona na Universidade de Maryland. Existe um banco de dados do terrorismo global, sendo a mais completa fonte de informações não confidenciais sobre ataques terroristas desde a década de 1970.

Atualmente, seis dos sete grupos mais mortais estão filiados à organização terrorista Al Qaeda. A quase totalidade dos ataques ocorreu em países de maioria muçulmana.  Embora atos terroristas tenham ocorrido em 85 países no ano passado, apenas três (Paquistão, Iraque e Afeganistão) são responsáveis por mais da metade dos ataques (55%) e das mortes (62%) em 2012. Um dos grupos mais mortais está na Nigéria. O Boko Haram, orquestrou 364 ataques e matou 1.132 pessoas, na maioria cristãos.

LaFree explica que os computadores processam mensalmente uma média de 1,2 milhão de artigos. Vindos de 50 mil órgãos de imprensa, existe uma comunicação mensal para identificar e esclarecer os ataques. Um software rastreia e elimina as redundâncias.  A equipe de 25 pessoas do centro identifica, estuda e categoriza cada ataque.

“Estamos convencidos de que uma grande parte desse relatório comprova uma mudança real no mundo”, explica LaFree. Excetuando as pequenas quedas em 2004 e 2009, o número de ataques tem aumentado na última década.

Especialistas em contraterrorismo também dizem que os ataques estão ocorrendo com frequência crescente.  Daniel Benjamin, ex-coordenador de contraterrorismo do Departamento de Estado explica que a Al Qaeda segue o modelo estabelecido por seu ex-chefe, Osama Bin Laden. “Ele era motivado por uma visão apocalíptica e queria desencadear uma guerra global entre cristãos e muçulmanos”, assegura.

Mas esse não é o único grupo. Várias organizações novas têm surgido e só se ouve falar delas quando assumem a autoria dos atentados. Para LaFree, existe uma lógica maligna: “Se você é um grupo terrorista e quer passar sua mensagem, quanto mais pessoas você mata, mais bem sucedido você é”.

Martha Crenshaw, uma especialista da Universidade de Stanford e membro do conselho da START, explica: “Infelizmente, parece ser cada vez mais aceitável em certos sistemas religiosos que é preciso matar tantos membros da outra comunidade religiosa quanto possível”.

Com informações CNN 

tnm

As testemunhas de Jeová têm uma versão particular da Bíblia, chamada de “Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas”.
 
As testemunhas de Jeová, uma das seitas de origem cristã fundada nos Estados Unidos no século XIX, afirma ser o grupo religioso mais apegado à Sagrada Escritura, mas eles têm uma versão especial, chamada “Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas” (TNM), publicada pela Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc., a sociedade mercantil que está por trás deste movimento.
 
Em seu site oficial, as testemunhas de Jeová afirmam que a TNM “é uma versão exata e simples. Foi impressa inteira ou em partes em mais de 100 idiomas, e foram distribuídos mais de 70 milhões de exemplares”. Desde a sua fundação, a seita empregou diversas Bíblias, mas, no finalacabou impondo aos seus adeptos sua própria edição, bastante controversa.

Esta versão da Bíblia não pode ser considerada como tradução, pois manipula conscientemente inúmeras expressões da Sagrada Escritura para adaptá-las às doutrinas da seita.
 
As testemunhas de Jeová afirmam que, ao contrário de outras traduções, a TNM é uma “versão em linguagem moderna”. Na primeira página da edição, garantem que ela foi preparada “consultando fielmente os antigos textos hebraicos e gregos”. É verdade que utilizam pontualmente outras traduções bíblicas, mas só para tirar os versículos que lhes interessam em um determinado momento.
 
A seita tem um princípio doutrinal que marca as diretrizes na hora de manipular, em sua própria versão, as passagens necessárias, e indica os “apoios” em outras traduções (classificadas por eles como inexatas ou falsas). Este princípio é regulado pela cúpula da seita, por meio da Watchtower Society, e aparece em suas publicações, que dizem o que os adeptos devem ler, como devem ler e para que devem ler diretamente na TNM.
 
Tudo o que contradiz seu aparato doutrinal é modificado. Em primeiro lugar, quanto à divindade de Cristo. Observamos as manipulações, entre outras passagens, em: João 1, 1 (“A Palavra era um deus”), Romanos 9, 5 (“O Cristo segundo a carne: Deus, que está sobre todos, seja bendito para sempre”), Tito 2, 15 (“Aguardamos a feliz esperança e a gloriosa manifestação do grande Deus e do salvador nosso, Cristo Jesus”) e 2 Pedro 1, 1 (“Por justiça do nosso Deus e do salvador Jesus Cristo”), dissociando, nestes dois últimos casos, Deus de Jesus, e introduzindo palavras nos dois primeiros, modificando, assim, o texto original grego.
 
Também alteraram todo o referente à identidade do Espírito Santo, que não só aparece em minúsculas, mas despersonalizado, como, por exemplo, em Gênesis 1, 2: “A força ativa de Deus se movia de um lado a outro sobre a superfície das águas”.

Cabe destacar a forma de traduzir o verbo grego “estin” (“é”) nas palavras de Jesus durante a Última Ceia: “Isto significa meu corpo (…). Este cálice significa o novo pacto em virtude do meu sangue” (Lc 22, 19-20). Encontramos falsificações semelhantes em todo o relativo à escatologia, com os termos “alma”, “inferno” etc.
 
Um truque interessante é a mudança que fizeram na pontuação das palavras de Jesus ao “bom ladrão”, para evitar qualquer indício de retribuição imediata post mortem. Na TNM, lemos assim: “Verdadeiramente, eu te digo hoje: estarás comigo no Paraíso” (Lc 23, 43). Trocam, além disso, o termo “cruz” por “madeiro de tormento” (por exemplo, em Filipenses 2, 8).

De maneira contraditória, as testemunhas de Jeová misturam, em sua TNM, o literalismo bíblico (fundamentalismo) com uma manipulação calculada de muitos dos seus textos. Autores de todas as denominações cristãs rejeitaram esta versão.
 
As pessoas que utilizam a Bíblia das testemunhas de Jeová, em suma, não têm uma tradução mais ou menos discutível do texto sagrado, e sim uma falsificação.
 
As testemunhas de Jeová publicaram versões interlineares da sua Bíblia, nas quais podemos observar claramente onde estão as deturpações do texto inspirado. Nestas edições, aparecem os textos originais em hebraico e grego, com a tradução literal abaixo, palavra por palavra. Ao lado, está o texto composto pela seita, que contradiz muitas vezes o que as línguas antigas dizem. Não podemos falar de uma tradução nem de uma Bíblia; nem sequer de uma interpretação, mas de uma clara falsificação.
 
Retomando o documento da  Pontifícia Comissão Bíblica de 1993, cabe destacar, aplicando isso às testemunhas de Jeová, à sua TNM e sobretudo à sua forma de ler e interpretar a Escritura, que “a abordagem fundamentalista é perigosa, pois ela é atraente para as pessoas que procuram respostas bíblicas para seus problemas da vida. Ela pode enganá-las, oferecendo-lhes interpretações piedosas mas ilusórias, ao invés de lhes dizer que a Bíblia não contém necessariamente uma resposta imediata a cada um desses problemas. O fundamentalismo convida, sem dizê-lo, a uma forma de suicídio do pensamento”.

Autor: Luis Santamaría del Río

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Imaginemos como seria receber informações sobre a Batalha das Ardenas no final de 1944, mas sem que nos explicassem que este foi um momento crucial na 2ª Guerra Mundial. Muita gente diria que os jornalistas falharam ao não proporcionar o contexto adequado para entender as notícias.

No entanto, esta realidade é comum na mídia quando se fala sobre a perseguição aos cristãos no mundo. Porque a guerra global contra os cristãos continua sendo a grande notícia nunca contada, em pleno século XXI.
 
Segundo a Sociedade Internacional para os Direitos Humanos, um observatório não confessional com sede na Alemanha, 80% dos atos de discriminação religiosa no mundo hoje se dirigem aos cristãos. Do ponto de vista estatístico, isso torna os cristãos o grupo religioso mais perseguido do planeta.
 
Segundo o Pew Forum, entre 2006 e 2010, os cristãos foram discriminados em 139 países. E, segundo dados do Center for the Study of Global Christianity (EUA), cerca de 100 mil cristãos são assassinados por ano na chamada “situação de testemunho”, nas últimas décadas. Isso significa 11 cristãos assassinados por hora, nos 7 dias da semana e nos 365 dias do ano, em algum lugar do mundo, por razões relacionadas à sua fé.
 
De fato, o mundo está sendo testemunha do surgimento de uma nova geração de cristãos mártires. A matança está acontecendo em tão grande escala, que representa não somente a notícia cristã mais dramática do nosso tempo, mas, com toda probabilidade, o principal desafio para os direitos humanos desta época.
 
Basta olhar ao nosso redor. Em Bagdá, por exemplo, das 65 igrejas cristãs, 40 já foram atacadas com bombas, desde o início da invasão de 2003, guiada pelos EUA. Na época da Guerra do Golfo, em 1991, o Iraque tinha uma comunidade cristã de pelo menos 1,5 milhão de fiéis. Hoje, estima-se que sejam cerca de 150 mil.
 
Orissa, na Índia, é um dos cenários mais violentos. Em 2008, 500 cristãos foram assassinados e cerca de 50 mil ficaram sem moradia. Cerca de 5 mil casas e 350 igrejas foram destruídas. Na Nigéria, o movimento militante islâmico Boko Haram é considerado responsável por pelo menos 3 mil mortes desde 2009, 800 delas só no ano passado.
 
A Coreia do Norte é amplamente considerada como o lugar mais perigoso do mundo para ser cristão; calcula-se que 25% dos cristãos (dos cerca de 300 mil) estão presos em campos de concentração, por negar-se a praticar o culto nacional ao fundador Kim II Sung. Desde a divisão da península, em 1953, mais de 300 mil cristãos da Coreia do Norte desapareceram.
 
A violência anticristã não se limita ao choque de civilizações entre o cristianismo e o islã. Na verdade, os cristãos enfrentam uma desconcertante variedade de ameaças vindas de inimigos diversos e sem uma única estratégia adequada para frear a violência.
 
Por que as dimensões desta guerra global são tão ignoradas? Junto ao fato de que as vítimas são majoritariamente negras e pobres – e, portanto, não consideradas relevantes nas notícias – e tendem a viver e morrer bem longe do radar da opinião pública ocidental, outra razão é o antiquado estereótipo de que o cristianismo é opressor, mais que oprimido.
 
Muitos criadores de opinião, ao ouvir falar de “perseguição religiosa”, pensarão nas cruzadas, na Inquisição, em Galileu, nas guerras de religião. Hoje, no entanto, não vivemos nas páginas de uma obra medíocre de Dan Brown, nas quais os cristãos enviam assassinos loucos para ajustar contas históricas. Pelo contrário: são eles os que fogem dos assassinos que outros enviaram.
 
Por outro lado, a discussão pública sobre temas de liberdade religiosa sofre dois tipos de cegueira. Em primeiro lugar, geralmente se expressa em termos de tensões ocidentais Igreja/Estado, como entre os líderes religiosos dos EUA e a Casa Branca de Obama sobre as leis dos anticoncepcionais como parte da reforma na saúde.
 
Na verdade, no Ocidente, uma ameaça à liberdade religiosa significa que alguém poderia ser processado; em outros lugares do mundo, significa que alguém poderia levar um tiro – e certamente este último é um cenário mais dramático.
 
Em segundo lugar, a discussão se limita às vezes a uma concepção muito estreita do que constitui “violência religiosa”. Se uma catequista é assassinada no Congo, por exemplo, por convidar os jovens a permanecerem fora das milícias e grupos criminosos, isso é considerado uma tragédia, mas não um martírio, porque seus agressores não agiram movidos pelo ódio à fé cristã.
 
No entanto, o ponto crucial não é somente o que havia na mente dos seus assassinos, mas o que havia no coração dessa catequista, que conscientemente arriscou sua vida para servir o Evangelho. Considerar como única prova os motivos dos atacantes, ao invés dos dela, é distorcer a realidade.
 
Sejam quais forem os motivos do silêncio, chegou a hora de acabar com ele. O Papa Francisco reconheceu isso em uma audiência geral do mês passado.
 
“Quando ouço que muitos cristãos no mundo estão sofrendo, sou indiferente, ou os considero como membros da minha família que estão sofrendo?”, perguntou o Papa, acrescentando: “Estou aberto a esse irmão ou a essa irmã da minha família que está dando sua vida por Jesus Cristo?”.
 
Em 2011, o patriarca católico de Jerusalém, Fouad Twal, que preside uma igreja repleta de mártires, pronunciou as mesmas perguntas, em uma conferência em Londres. Indagou com franqueza: “Alguém ouve nossos gritos? Quantas atrocidades ainda teremos de suportar até que alguém, em algum lugar, venha em nosso auxílio?”.
 
Não pode haver uma pergunta sobre o destino do cristianismo no século XXI mais merecedora de uma resposta urgente.
 
(John L. Allen Jr. é autor de “The Global War on Christians: Dispatches from the Front Lines of Anti-Christian Persecution“. Artigo publicado em “The Spectator”)

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Entrevista com o bispo de Luxor, no Egito: líderes muçulmanos querem obrigar os cristãos a se converter ao islã, sob pena de expulsão do país ou morte

 

No Cairo (Egito), em 25 de agosto, foram realizadas as audiências do julgamento dos três líderes da Irmandade Muçulmana, acusados de incitação ao assassinato, e do ex-presidente Hosni Mubarak, libertado com acusações três dias antes e de volta ao banco dos réus para responder às acusações de cumplicidade pela morte de mais de 800 manifestantes durante os protestos de 2011.
 
Os infortúnios judiciais destes dois velhos inimigos são um sinal de que a luta pela alma da nação passou do campo político ao das prisões e tribunais para onde vão os opositores.
 
Nas várias guinadas políticas do Egito, a comunidade cristã foi quem pagou o maior preço de sangue. Segundo afirma nesta entrevista Dom Joannes Zakaria, bispo copta-católico de Luxor, os cristãos são muitas vezes alvo de ataques, ora porque são vistos pelos extremistas islâmicos como um perigo para o islã, ora porque são um obstáculo para o plano de islamização dos países do Oriente Médio.
 
Os cristãos são sempre os primeiros a ser marginalizados e perseguidos. Isso acontece no Egito, Síria, Iraque etc. Por quê?
 
Acho que são muitos os motivos da marginalização e da perseguição dos cristãos no Oriente Médio. Estes são alguns dos principais:
 
Em primeiro lugar, em toda a história da Igreja, do século I até hoje, e não só no Oriente Médio, eles foram marginalizados e perseguidos por ser fiéis às suas crenças. Os motivos desta perseguição estão na luta entre o bem e o mal, e no ódio do mundo pela espiritualidade transcendente da doutrina cristã.
 
Por isso, os muçulmanos se surpreendem com a vida dos cristãos orientais, e observam com simpatia sua simplicidade espiritual, a prática do amor e do perdão em seu comportamento, e sua maneira de viver e agir segundo o Evangelho.
 
O confronto entre a espiritualidade e a moral cristã e a islâmica, e a vida ideal dos cristãos, faz que os extremistas islâmicos os considerem como um desafio e um perigo para a presença do islã. Têm medo de que alguns muçulmanos se convertam ao cristianismo. E, como pensam que a melhor maneira de defender-se é atacar, eles atacam os cristãos, sua igreja e sua religião.
 
Em segundo lugar, os cristãos do Oriente Médio conservaram sua fé e suas tradições durante 21 séculos, apesar das ferozes perseguições que sofreram durante a sua história. Muitos deles rejeitaram a conversão forçada ao islãe, apesar de terem conservado seus idiomas originais, aprenderam o árabe, e alguns deles se especializaram nesta língua.
 
Atualmente, vemos que a maioria dos cristãos do Oriente Médio é bastante culta e instruída, e pertence a certo nível da sociedade. Isso causa inveja e ódio, e gera um conflito entre eles e os extremistas.
 
Em terceiro lugar, após o êxito da revolução islâmica de Jomeini e a queda do comunismo russo, começou o despertar político islâmico, que pretende restituir o estado islâmico mundial, como ocorria na época dos quatro califas, no início do islã.
 
Este despertar do islamismo político vê na contínua presença dos cristãos nos países islâmicos um obstáculo para a criação do Estado islâmico mundial. Porque, no âmbito religioso, segundo eles, os cristãos falsificaram seu credo e sua Bíblia, e por isso são considerados infiéis; se quiserem continuar morando nos países islâmicos, devem pagar o tributo, converter-se ao islã (que consideram a única verdadeira religião no mundo) ou deixar o país.
 
Enquanto isso, no âmbito político e social, infelizmente, muitos seguidores do islã político ignoram que ocristianismo e a Igreja nasceram no Oriente Médio, e que os cristãos orientais são os verdadeiros nativos desses países. Os extremistas islâmicos estão convencidos de que os cristãos orientais são seguidores dos europeus e dos ocidentais e, por isso, são considerados inimigos.
 
Em quarto lugar, na época da colonização turca, inglesa, francesa e italiana dos países árabes, no início do século passado, as autoridades usaram o sistema da divisão entre as pessoas para poder dominar e governar toda a população. Nos países do Oriente Médio, é fácil dividir os cidadãos no âmbito religioso e nacional.
 
Depois, este sistema da divisão foi usado e praticado na política de todos os países da região. De fato, os monarcas e governantes dos países do Oriente Médio, para conservar seu poder e seus interesses, ainda usam a política da divisão religiosa entre a maioria muçulmana e a minoria cristã, e a divisão nacional entre as diversas etnias.
 
O senhor acha que existe um complô para eliminar completamente os cristãos do Oriente Médio?
 
Alguns líderes islâmicos extremistas querem e trabalham para realizar este plano de esvaziar o Oriente Médio da presença dos cristãos. Mas, antes do plano de esvaziamento, vem o plano de islamização, ou seja, obrigar todos oscristãos do Oriente Médio à conversão ao islã: se não aceitarem, devem abandonar o país ou serão mortos.
                                              
Por que o Ocidente não enxerga, ou, de certa forma, fica calado diante do que acontece na Igreja nestas terras?
 
Infelizmente, os países ocidentais, e muitos outros países do mundo rico, buscam sempre e somente seus interesses. A população pobre, os direitos do homem e sua dignidade, os cristãos e a igreja não têm lugar em seu pensamento e interesse. Os comerciantes e políticos estão mais interessados em não perder uma gota de petróleo, em criar novas guerras e abrir novos conflitos nos países pobres, para abrir novos mercados para a venda de armas.
 
Nosso mundo atual está sofrendo pelo egoísmo, pelo consumismo e pelo secularismo. A moral, a virtude e a dignidade humana são deixadas de lado e o homem está perdendo sua personalidade. Nosso mundo precisa de pessoas sábias como Gandhi, Martin Luther King e João Paulo II, para ouvir palavras de paz, amor, para ajudá-lo a redescobrir o sentido da humanidade e da fraternidade entre os povos da terra.
 
Com Mubarak, a situação dos cristãos era melhor que a de hoje? A libertação do ex-rais egípcio terá algum efeito, neste sentido?
 
Eu vivi na época de Mubarak e, como testemunha, posso dizer que os cristãos do Egito sofriam mais ainda. Mubarak seguia a mesma política de Sadat, e usava uma linha dura contra os cristãos para agradar os muçulmanos; de vez em quando, capturava alguns líderes islâmicos para agradar os cristãos.
 
Durante o período de Mubarak e de Sadat, muitas vezes foi utilizado o sistema de divisão religiosa entre muçulmanos e cristãos. Para mim, com ou sem Mubarak, é a mesma coisa. Meu sonho é que o Egito se torne um Estado laico, democrático e civilizado.
 
O senhor poderia explicar um pouco ao Ocidente a situação dos cristãos no Egito e na Síria, e por que estão assim? Em que situação se encontrariam, se a oposição governar a Síria, ou a Irmandade Muçulmana governar o Egito?
 
Os cristãos do Oriente Médio, particularmente no Iraque, Egito e Síria, sofreram muito, devido aos terroristas e fundamentalistas islâmicos, bem como às próprias autoridades do governo. Nesses países, queimaram suas igrejas, suas casas e seus negócios, mataram famílias inteiras, e muitos se viram obrigados a abandonar seus povoados e seus países.
 
No Egito, após a amarga experiência durante os regimes de Sadat e Mubarak, os coptas sonham com um Estado laico democrático, e por isso participaram da revolta dos jovens, em 25 de janeiro de 2011. Mas a Irmandade Muçulmana e os salafistas, como estavam bem organizados, roubaram a rebelião dos jovens, ganharam as eleições e se tornaram donos do Egito.
 
A Irmandade Muçulmana e os salafistas, assim que assumiram o poder do Estado, começaram a realizar seu projeto de islamização do Egito e da criação do Estado islâmico. No começo, prepararam e apresentaram uma Constituição, considerada muito aberta a interpretações islamizadas, e depois colocaram seus fidelíssimos seguidores nos principais cargos estratégicos do Estado.
 
Durante um ano, em todo o governo de Morsi, o regime da Irmandade Muçulmana e dos salafistas não deu nenhum passo rumo à democratização do Egito. Este governo não enfrentou nenhum dos problemas do povo egípcio, mas ajudou a multiplicar a depressão econômica e social.
 
Também nesse ano, os coptas sofreram várias formas de marginalização e perseguição, muitas igrejas foram queimadas e muitas pessoas foram assassinadas em vários povoados e aldeias do Egito.
 
No último dia 30 de junho, os jovens e o movimento de “Tamaruod” voltaram à praça Tahrir para protestar contra o presidente Morsi, a Irmandade Muçulmana e os salafistas, e para pedir a libertação do Egito. Sua primeira petição era criar uma sociedade civil, laica e democrática. Os coptas não hesitaram em seguir este movimento, e saíram às ruas com os jovens, gritando e invocando liberdade, dignidade e paz. Quando os militares apoiaram a petição dos jovens, os coptas deram todo o seu apoio às forças da ordem e ao exército egípcio.
 
Infelizmente, os políticos ocidentais, que nunca se interessaram pelos sofrimentos nem pela dor dos coptas, sentem falta da Irmandade Muçulmana, e acusam os coptas de apoiar os militares. O verdadeiro motivo da simpatia dos políticos ocidentais pela Irmandade Muçulmana se deve a que estes Irmãos serviam seus interesses políticos e econômicos.
 
No que diz respeito à Síria, acho que, tendo visto o sofrimento dos cristãos no Iraque, e a dor dos coptas no Egito, os cristãos sírios têm medo de sofrer o mesmo destino, caso os grupos fundamentalistas islâmicos ganhem a guerra contra o regime de Assad.
 
Eles se encontram em uma situação muito difícil para decidir de que lado ficar. Se apoiarem o regime de Assad, temem a vingança dos grupos fundamentalistas islâmicos; e se apoiarem tais grupos, temem a vingança do regime de Assad. A linha política dos grupos fundamentalistas islâmicos, se ganharem, será muito dura com relação aoscristãos na Síria, e estes pobres cristãos terão um futuro difícil e complicado.
 
Uma última palavra: os cristãos do Oriente Médio sofreram muito no decorrer da sua longa história. Chegou a hora de realizar a esperança e o sonho de criar nos países do Oriente Médio uma sociedade civil democrática e laica, na qual muçulmanos e cristãos possam viver em liberdade e gozar de verdadeira paz.
 
Agora, cabe aos homens de boa vontade, particularmente aos políticos ocidentais, ajudar a realizar isso, e a não criar novos conflitos religiosos e nacionais.

O líder cristão Bountheung foi detido recentemente pelas autoridades policiais de Laos, acusado de “ter convertido a 300 laosianos à fé cristã”.

Na região, muitos fiéis habitualmente sofrem abusos contra sua liberdade religiosa pelas autoridades locais, que consideram como religiões aceitáveis somente ao budismo, o bramanismo e o animismo, enquanto que o cristianismo é considerado uma “religião estrangeira”.

Conforme informou a agência vaticana Fides, Bountheung foi detido pelas autoridades no distrito de Khamkerd onde mora, na parte central do país, logo depois de ser chamado duas vezes em agosto para ser interrogado sobre a conversão ao cristianismo de 300 laosianos no seu povoado, em maio deste ano.

A ordem de prisão contra o líder cristão também implica sua expulsão da aldeia onde reside e pressiona aos 300 novos conversos ao cristianismo a renunciar a sua fé para poder seguir morando no povoado.

A ONG Human Rights Watch for Lao Religious Freedom denunciou que a ordem de prisão contra Bountheung viola o direito à cidadania do líder cristão e o direito a filiar-se livremente a qualquer religião, tal como o garante a Constituição de Laos.

Em Nahoukou, outra aldeia do país, Tongkoun Keohavong, leigo líder da comunidade cristã do povo, foi interrogado pelas autoridades para que explique as razões do crescimento do cristianismo no seu povo.

Tongkoun Keohavong explicou que desde fevereiro de 2012 mais de 30 aldeãos abraçaram a fé cristã, exercendo seu direito à liberdade religiosa. Apesar disto, as autoridades ordenaram que ele e os outros fiéis renunciem a sua fé e interrompam suas reuniões de culto, sob ameaça de ser expulsos de seu povo.

Pelo visto a repressão as mulheres islâmicas, apesar de estarmos no século XXI, não vai acabar tão cedo. Segundo o jornal al-Watan, da Arábia Saudita, a Comissão para Promoção da Virtude e Prevenção do Vício poderá forçar as mulheres que tenham  “olhos tentadores” a cobri-los com véu para que deixem de atrair os homens, principalmente os casados.

É bom lembrar que as mulheres sauditas já são obrigadas a usar vestido preto, cobrir cabelos e parte do rosto em determinados lugares públicos. Quem desrespeitar essas normas de condutas pode ser multada e, em caso de reincidência, ser levada a um tribunal religioso.

A questão entrou na pauta da comissão após um de seus membros brigar na rua com um homem para tentar a convencê-lo a cobrir os olhos de sua mulher. O marido teve de ser internado com ferimento de duas facadas na mão.

A Comissão da Promoção da Virtude foi criada em 1940. Rege-se pela Sharia (lei islâmica) e seu objetivo é assegurar o cumprimento em público do Corão, de acordo com a interpretação de seus membros. Faz parte da estrutura do governo.

Ela tem sido denunciada com frequência por entidades internacionais de defesa dos direitos humanos.

O jornal só não esclarece como serão identificadas e classificadas estas mulheres.

Fonte: Paulopes

Um pastor que se converteu do islamismo para o cristianismo foi condenado à pena de morte no Irã por recusar voltar à sua antiga religião. As informações são do jornal britânico “Daily Mail”.

Youssef Nadarkhani, de 34 anos, se recusou a cumprir uma ordem judicial que o obrigava a se converter novamente ao islamismo. A sentença foi proferida por uma corte na província de Gilan, na cidade de Rasht.

O pastor foi detido em outubro de 2009 quando tentava registrar sua igreja na cidade. Youssef começou a questionar a supremacia dos muçulmanos para doutrinar as crianças, e acabou acusado de tentar “evangelizar” muçulmanos e de abandonar o islamismo, o que pode levar à pena de morte no país.

Sua primeira condenação aconteceu em 2010, mas a Suprema Corte do Irã interveio e conseguiu adiar a sentença. Ao ser revisto, o processo resultou na mesma condenação ao fim do sexto dia de audiência.

No tribunal, o pastor disse que não tinha intenção de voltar ao islamismo, chamando sua crença anterior de “blasfêmia”.

Agora, a defesa de Youssef tentará novamente recorre à Suprema Corte, pedindo a anulação da pena. O advogado de Youssef, Mohammed Ali Dadkhah acredita que tem 95% de chance de anular a sentença. No entanto, alguns apoiadores temem que a Suprema Corte demore para analisar o pedido e o pastor seja executado nos próximos dias.

O ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, comentou o caso e pediu que o Irã cancele a sentença. “Eu repudio o fato de que Youssef Nadarkhani, um líder cristão, possa ser executado por se recusar a cumprir a ordem da Suprema Corte para que ele se convertesse ao islamismo. Isso demonstra que o regime iraniano continua não respeitando o direito à liberdade religiosa”.

O último cristão executado por questões religiosas no Irã foi o pastor da Assembleia de Deus, Hossein Soodmand, em 1990. No entanto, dezenas de iranianos que se converteram ao cristianismo foram misteriosamente assassinados nos últimos anos.

Fonte : Paulopes

O pastor David Ray (foto), da cidade de Lucas, Texas (EUA), abriu o Santuário a Céu Aberto. Trata-se de um drive-thru da Igreja Presbiteriana do Mestre.

No drive-thru, aos domingos pela manhã, o fiel poderá participar de um “culto alternativo”, que inclui sermão e benção. O santuário funciona no estacionamento de uma escola de ensino médio. Há uma sala na escola para os fiéis que quiserem entrar em contato entre si.

No Brasil, a Igreja Universal do Reino de Deus tem um drive-thru desde meados de 2010 em um templo na vila Mariana, zona sul de São Paulo. Ali, não há culto, mas em menos de cinco minutos o interessado recebe uma bênção e convite para frequentar o templo. Doações são bem-vindas.

G Notícias

Em seis anos, de 2003 a 2009, cinco milhões de evangélicos deixaram de ter vínculo com igreja. De 4%, esses evangélicos aumentaram para 14% em relação ao total dos crentes das diversas denominações — um salto e tanto. O levantamento, ainda preliminar, é da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), do IBGE. Ele foi feito com base em 56 mil entrevistas.

A antropóloga Regina Novaes disse que esses “evangélicos genéricos” assemelham-se aos católicos não praticantes. “Eles usufruem de rituais de serviços religiosos, mas se sentem livres para ir e vir (de uma igreja para outra)”, disse ela à Folha de S.Paulo.

O jogador Kaká e a sua mulher Carol são exemplos desse tipo de evangélicos. Nesse caso, eles não frequentam nenhuma igreja desde que saíram da Renascer ao final de 2010.

Carol, que chegou a ser ungida como pastora, tem dito que não precisa de igreja porque Jesus está dentro dela. “Por enquanto, não tenho sentido falta de rituais”, disse em recente entrevista.

Mas há casos de evangélicos que frequentam templo de sua crença e igreja católica, como Verônica de Oliveira, 31. “Não sei explicar direito. Acho que Deus é um só.”

O pesquisador Ricardo Mariano, da PUC-RS, recorreu a uma expressão criada pela socióloga britânica Grace Davie para explicar o fenômeno dos evangélicos sem pastor: believing without belonging (crer sem pertencer)

Segundo Mariano,  há uma tendência de as pessoas buscaram uma autonomia em relação a igrejas que defendem valores extemporâneos e pagamento de dízimo, entre outros custos. Ela chama esse comportamento de “desinstitucionalização”, que tem a ver com um individualismo cada vez mais forte.

O demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, do IBGE, entende que esses evangélicos fazem parte de um contexto maior, o da democratização religiosa. Por esse processo, quem mais perde, no Brasil, é a Igreja Católica, que ainda é hegemônica.

Ele afirmou que vai se manter o crescimento dos evangélicos porque eles fazem parte de um extrato da população que tem maior fecundidade.

Pela POF, as pessoas que se declaram “sem religião” (ateus, agnósticos e aqueles que creem em um pouco de várias crenças) aumentaram de 5,1% para 6,7%.

A Igreja Renascer em Cristo pode passar a ter um Patriarca. Isso se daria durante a sua Conferencia Apostólica que ocorre de hoje até sábado, em São Paulo e que contará com a presença do apóstolo Renê Terra Nova, apóstolo César Augusto, apóstolo Patrik Isaac, do Canadá, pastor Fadi Faraj, profetisa Eliane Isaac, além dos lideres da Renascer Estevam Hernandes e bispa Sonia Hernandes.

A suspeita desta consagração se deu por causa da aproximação de Estevam com Renê Terra Nova o que fez com que aumentassem os boatos de que ainda este ano o líder da Renascer será ungido como o novo patriarca do Brasil. Essa notícia corre desde dezembro passado quando, durante um culto destinado aos oficiais de sua igreja, Estevam apareceu vestindo uma capa sacerdotal parecida com a de Renê Terra Nova. No dia 31 de dezembro os rumores aumentaram ainda mais quando o líder divulgou que o ano de 2011 será o “Ano Apostólico de Abraão”, o patriarca da fé.


Estevam já vem sendo chamado de “anjo”, “pai”, “paipóstolo” e até mesmo de “patriarca” por bispos e membros da Renascer. Ao que parece Renê Terra Nova fará a consagração de Estevam a Patriarca durante essa conferência.
Nada foi confirmado nem desmentido pela assessoria da Igreja.


Para o teólogo Dorival Guimarães, professor de Teologia do Seminário Teológico Batista Nacional, ouvido pelo site Gospel Prime, o termo patriarca é empregado para se referir a pai, pai de alguém ou até mesmo à pessoa que é pioneira em alguma coisa.


“Vejamos, por exemplo, o sr. Bill Gates, ele é patriarca de uma empresa, a Microsoft. Outro exemplo seria a Presidente Dilma, ela por ser a primeira será a “matriarca” das demais presidentes”, explica o teólogo.
Sobre as igrejas neopentecostais usarem termos como “apóstolos”, “pai” e “patriarcas” para se referir a seus líderes, Guimarães explica que trata-se de uma interpretação divergente dos textos bíblicos.


“De uma forma geral essas igrejas [neopentecostais] são propagadoras de uma mensagem especial e de particular interpretação dada ao seu “patriarca” ou criador, onde a palavra de seu criador tem mais autoridade que o escrito bíblico, pois ele faz a interpretação.”


O termo patriarca não está errado, se for apenas um nome carinhoso, mas teologicamente esse termo está restrito ao período de Abraão. “O Patriarca é o fundador de algo, no nosso caso um dos ‘patriarcas’ da Convenção Batista Nacional é o Pastor Enéas Tognini, mas trata-se de um nome carinhoso. Teologicamente os patriarcas estão restritos ao período de Abraão. Pais da igreja, são os apóstolos e os que viveram o período da patrística (do século I ao IV).” Explicou o professor do STBN.

Referente ao termo “pai” ou “pai espiritual” Dorival Guimarães explica que “o ‘pai’ espiritual dos cristãos é a trindade (Deus Pai, Deus filho e Deus Espírito Santo), quando esse termo é utilizado a homens trata-se apenas de um adjetivo carinhoso.”

Ainda de acordo com ele essas termologias criadas por igrejas neopentecostais surgem apenas como uma novidade para arrebanhar membros. “De forma geral as igrejas neopentecostais sempre precisam iniciar uma novidade teológica para arrebanhar membros, pois não usam muito bem a bíblia, justamente por não terem se preparado bem como, por exemplo, num seminário independente ou ligado a uma convenção.”

Fonte: Gospel Prime.