Uma ideologia global alimentada por uma liberdade “insana” e “literalmente louca” agora está tentando destruir a “última barreira” que preserva a humanidade de perder o significado de ser “humano”, a saber, a “natureza sexual da pessoa humana na sua dualidade de homem e mulher”, escreveu o cardeal Carlo Caffarra, em um manuscrito publicado no LifeSiteNews.

Caffarra escreveu o manuscrito como um prefácio ao livro da socióloga Gabriele Kuby intitulado A Revolução Sexual Global: A Destruição da Liberdade em nome da Liberdade [no original: The Global Sexual Revolution: Destruction of Freedom in the Name of Freedom]. ( ainda sem tradução para o português)

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Texto completo do prefácio não publicado do cardeal Carlo Caffarra para o livro de Gabriele Kuby “A Revolução Sexual Global – A Destruição da Liberdade em Nome da Liberdade”.
Traduzido para o inglês por Diane Montagna.

O estudo de Gabriele Kuby sobre o panorama cultural no presente livro é um clamor de trombeta para despertar-nos do torpor da razão que nos está arrastando para a perda de liberdade consequentemente de nós mesmos. E Jesus já nos advertira que isso, a perda de nós mesmos, seria a mais trágica perda de todas, ainda que ganhássemos todo o mundo.

A cada página que lia, ouvia dentro de mim mesmo as palavras do enganador do mundo todo: “Você será como Deus, conhecendo o bem e o mal” (Gn 3:5).

A pessoa humana elevou-se a si mesmo a uma posição de autoridade moral soberana na qual “Eu” sozinho determino o que é bom e o que é mal. Essa é uma liberdade que é literalmente louca: é uma liberdade sem logos (isto é, razão ou princípio ordenador).

Mas se esse é o contexto teórico (se posso colocar desta forma) do livro inteiro, a obra examina especificamente a destruição da última realidade que permanece de pé no seu caminho. Como irei explicar, o livro também aponta como a liberdade que enlouquece gradualmente engendra as mais devastadoras tiranias.

David Hume escreveu que fatos são coisas teimosas: eles teimosamente desafiam qualquer ideologia. A autora demonstra, e eu considero que acertadamente, que a última barreira a qual essa liberdade insana deve demolir é a natureza sexual da pessoa humana na sua dualidade de homem e mulher, e na sua instituição racional estabilizada pelo casamento monogâmico e pela família. Atualmente essa causa insana está destruindo a sexualidade natural humana e por conseguinte também o casamento e a família. Estas páginas, dedicadas a examinar essa destruição, contêm uma rara profundidade de percepção.

Mas há um outro tema que corre através das páginas deste livro: a obra dessa insana liberdade tem uma estratégia precisa, pois está sendo dirigida, guiada e governada em nível global. Qual é essa estratégia? É aquela d’O Grande Inquisidor, de Dostoyevsky, que diz a Cristo: “Você dá a eles liberdade eu dou-lhes pão. Eles me seguirão.” A estratégia é clara: dominar o homem formando um pacto com um de seus instintos básicos. O novo Grande Inquisidor não mudou a estratégia. Ele diz a Cristo: “Você promete regozijo no prudente, íntegro e casto exercício da sexualidade; eu prometo o gozo desregrado. Você verá que eles me seguirão.” O novo Inquisidor escraviza através da ilusão do prazer sexual completamente livre de regras.

Se, como acredito, a análise de Gabriele Kuby é algo que é compartilhado, há apenas uma conclusão. O que Platão previu acontecerá: liberdade extrema conduzirá à mais grave e feroz tirania. Não é coincidência que a autora fez dessa reflexão platônica a epígrafe do primeiro capítulo: um tipo de chave interpretativa de todo o livro.

Eu espero que este grande livro seja lido por aqueles que têm responsabilidades públicas, por aqueles que têm responsabilidades educacionais, e pelos jovens, as primeiras vítimas do novo Grande Inquisidor.

Cardeal Carlo Caffarra, Arcebispo Emérito de Bolonha.

(1) Em inglês, intensifying verb. Essa expressão foi um problema tanto para o tradutor como para o editor (Heitor). Esta solução é do editor.

http://www.heitordepaola.com

“Eu tenho uma filha de dois anos e oito meses que ama rosa, enlouquece com bonecas e princesas, brinca de mãe e filho o dia inteiro e chora quando entra numa loja de brinquedos querendo um ferro e uma tábua de passar roupas! Socorro!

Confesso que, cada vez que vejo esse movimento todo dela, eu me arrepio da cabeça aos pés. Parece piada que minha filha aja de maneira tão contrária a tudo que eu acredito; mais ainda, de maneira contrária a tudo que eu prego no meu dia a dia, a tudo que eu acredito que seja uma construção social das mais cruéis que segregam meninas e traçam pra elas um único e fatídico destino, a tudo que fuja do roteiro traçado por essa construção que seja carregado de culpa e julgamentos! 

Não acredito que existam brinquedos de menina ou brinquedos de meninos. Quando minha filha nasceu, eu não comprei um brinquedo. Bom, ela tinha um irmão de três anos, a casa já estava cheia de brinquedos e ela não precisava de nada além daqueles que ali já habitavam. 

Assim ela ficou, sem brinquedos novos até completar um ano, se não me engano. Foi ali que chegaram as primeiras bonecas, não sei quem deu, não me lembro, mas me lembro com perfeição quando ela, com um ano de idade, pegou uma boneca no colo e ninou. 

Fiquei muito espantada, mas sabia que ela estava reproduzindo o que fazíamos com ela, mas e as princesas? Pode ser influência das amiguinhas da escola. E a cor rosa? E a predileção por saias e saias que rodem? E a paixão por panelinhas e fogão? E o ferro e a tábua de passar, minha gente?! Acredito que seja tudo repetição do que ela vê à sua volta, mas ela também vê (e muito) outras coisas… até porque quando senti esse movimento, a minha primeira ação foi apresentar a ela outras opções, para que ela pudesse perceber que além do mundo de fadas, bonecas, saias, panelinhas e princesas existe muita coisa legal com que ela também pode brincar. 

Não, não adianta, ela gosta desse mundo, esse é o mundo de brincadeiras que ela, com quase três anos, escolheu pra chamar de seu. 

Eu, como mãe, acredito que devo continuar dando outras opções para que ela sempre saiba que o mundo pode ser mais que uma única coisa e que ela pode sim ser o que quiser: astronauta, bailarina, bombeira, princesa, médica, fada, engenheira, cozinheira, professora, princesa, passadeira… não importa, o que importa é ela conquistar a liberdade de ser o que ela quiser.

Taís Araújo, Atriz da Rede Globo.

Abaixo, comentário do Rodrigo Constantino

” Então quer dizer que não importou tanto a “construção social”, menos ainda a “construção familiar”, pois a menininha só quer saber de bonecas? Taís Araújo entrou em contato, pelo visto pela primeira vez, com a biologia. Uma aula prática que sua filhinha, com menos de 3 anos, proporcionou-lhe. Deram uma boneca para ela e pronto: todo aquele esforço de fazê-la gostar de tudo, das mesmas coisas que o irmão mais velho, foi por água abaixo.

Se Taís Araújo acompanhasse mais o mundo animal, saberia que nem tudo é “construção social”, que a biologia é coisa séria, não uma invenção machista opressora. Saberia que há uma tendência natural de as fêmeas serem mais protetoras da prole, e os machos de protegerem as fêmeas. Saberia que isso não é um absurdo inventado por terríveis e maquiavélicos homens insensíveis. Desconfiaria mais do feminismo.

Acompanho uma família de patos aqui perto da minha casa. Alimentei os 6 filhotinhos desde o começo. Por conta do furacão Irma, alguma coisa, tipo uma fita, invadiu o cantinho deles, e grudou na pata da patinha mãe. Fui me aproximar dela para tentar retirar o troço, que deve incomodar bastante, mas imediatamente o pato macho se aproximou emitindo sons supostamente ameaçadores. Eu entendi o recado: “Não mexe que ela é minha”.

Feministas não gostam disso, mas tenho certeza de que, no fundo, Taís Araújo apreciaria uma atitude dessas vindo de seu marido Lázaro Ramos. Um ato de coragem protetora. Já quando eu me aproximo demais dos filhotes, é a patinha que sai em sua defesa, deixando claro que fará de tudo para protegê-los. A mãe protege os filhos e o pai protege a mãe: parece uma configuração bizarra? Só para feministas, pois no reino animal não é tão incomum assim.

A atriz vive imersa na bolha politicamente correta, no Projaquistão, onde tudo que é “progressista” é lei religiosa, e para quem conservadorismo é doença mental. Para essa turma, “ideologia de gênero” é ciência, e ciência é invenção de machistas opressores. Talvez Taís Araújo devesse ver esse documentário norueguês, que derruba esse mito da “identidade de gênero”, inclusive com uma das feministas afirmando categoricamente que não liga para os fatos. Isso mesmo. No vídeo, a “filósofa do gênero” Catherine Egeland, uma das entrevistadas, chega a afirmar que “não se interessa nem um pouco” por esse tipo de ciência e que “é espantoso que as pessoas se interessem em pesquisar essas diferenças”. Espantoso que as pessoas se interessem a pesquisar! É a ideologia acima de qualquer coisa, de tudo, dos fatos, da ciência, da busca pela verdade.

As feministas querem o “empoderamento” da mulher, e Taís Araújo quer a felicidade da filha. Louvável. Resta saber: se a pequena escolher ser uma boa mãe e boa esposa, apesar de toda a ideologia, ela será julgada por isso ou terá seus desejos respeitados, pela mãe e pela sociedade? Pergunta legítima, pois hoje, especialmente no Projaquistão, sabemos que uma mulher que escolhe “virar homem” tem mais respeito e admiração do que uma mulher que escolhe ser dona de casa…

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NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL

NOTIFICADA: SOCIEDADE INTELIGÊNCIA E CORAÇÃO – SIC
PRESIDENTE: Frei Pablo Gabriel Lopes Blanco

Endereço : Rua Mato Grosso, 960 – NA 6 SL 604 – 
Bairro Santo Agostinho
Belo Horizonte – MG / CEP 30190-081
CNPJ: 17.222.969/0001-00
AOS ILUSTRÍSSIMOS SENHORES PRESIDENTE E DIRETORES,

CLÓVIS OLIVEIRA
ALELUIA HERINGER LISBOA TEIXEIRA
LORENA MACEDO
COLÉGIO SANTO AGOSTINHO – Unidades Belo Horizonte / Contagem / Nova Lima.
Belo Horizonte, 07 de julho de 2017.
Nós, pais de alunos matriculados no Colégio Santo Agostinho, das Unidades BH / Contagem / Nova Lima, os quais subscrevemos a presente notificação extrajudicial, nos termos prescritos em lei, vimos informar e requerer o que se segue.

Conforme consta em carta enviada aos Senhores Diretores no início deste ano, assinada por mais de 200 pais de alunos das unidades citadas do Colégio, estamos sinceramente preocupados com a inserção de certos conteúdos atinentes à sexualidade e às denominadas “questões de gênero” em vários graus escolares e nas mais diversas matérias do currículo escolar, principalmente, no Ensino Religioso e Ciências.

Acompanhando de perto aos nossos filhos percebemos que alguns conteúdos ministrados têm uma perspectiva ideológica que confronta os valores que lhes ensinamos nos nossos lares e é inadequada para uma escola que se apresenta como católica.

Até agora, procuramos de diversas formas o diálogo com o Colégio, buscando ser esclarecidos sobre o posicionamento da escola frente a esses conteúdos, uma vez que entendemos é contrário à proposta pedagógica informada pela própria instituição.

Ressalvamos que tal informação é de suma importância, posto que acreditamos que a formação moral dos filhos é uma responsabilidade dos país de família na qual a escola tem só uma função subsidiária, deve ser colaboradora e auxiliar.

Temos nos encontrado diante da situação paradoxal de termos colocado aos nossos filhos numa escola católica, para tê-la como parceira na educação moral dos nossos filhos, e constatarmos perplexos que alguns conteúdos ministrados confrontam os valores que deveriam promover, e que estes são propostos aos nossos filhos sem nosso conhecimento ou consentimento.

Temos razões que nos amparam, especialmente do direito, como apontamos a seguir.

1. Conforme consta do Código Civil Brasileiro, todo cidadão de nosso país só adquire a capacidade civil plena, ou seja, poderá praticar os atos da vida em sociedade, ao completar 18 anos. Nesse mesmo sentido, A PROTEÇÃO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA E O RECONHECIMENTO DE SUA FRAGILIDADE PSICOLÓGICA impõem a observação das leis pertinentes, inclusive o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, o Código Penal Brasileiro, a Convenção da ONU sobre os Direitos das Crianças, aprovada em 1989 e incorporada no Brasil em 1990 e, especialmente, a Constituição Federal Brasileira de 1988.

2. É de conhecimento geral o debate nacional gerado a partir da tentativa de inserir no sistema educativo do nosso país a chamada “teoria de gênero” ou “perspectiva de gênero”, com o propósito aparente de acabar com as injustas desigualdades que ainda há – em alguns âmbitos – entre homens e mulheres. Todavia, os conteúdos apresentados por esta “perspectiva” se afastam rapidamente desse objeto, desconstroem as identidades masculina e feminina, e abordam temas relacionados aos comportamentos sexuais de adultos entre outros temas correlatos, com crianças do ensino fundamental, inclusive. As teses desta “perspectiva” carecem de sustento científico e adotam um viés claramente ideológico, por isso é denominada também com propriedade como “ideologia de gênero”.

3. A fim de conceituar o que aqui entendemos por “perspectiva de gênero” ou “ideologia de gênero”, recorremos a seus próprios autores, e compreendemos nestes conceitos o conjunto de conteúdos teóricos que apresentam o gênero como “uma construção cultural radicalmente independente do sexo, livre de vínculos; consequentemente, homem e masculino poderão ser referidos tanto a um corpo feminino como a um masculino; mulher e feminino, seja a um corpo masculino, seja a um feminino” (Judith Butler, 1990).

4. Como pode ver-se, esta “perspectiva”, nada tem a ver com o legítimo esforço para afirmar a igualdade substancial entre homens e mulheres, à qual evidentemente apoiamos. Temos deixado isto muito claro para os senhores, especialmente na carta que lhes entregamos ao inicio do ano. A “perspectiva” ou “ideologia de gênero” desconstrói a própria identidade e isto nos preocupa, pois trata-se dos nossos filhos. Em países em que foi adotada causou confusão nas crianças e adolescentes, gerou uma erotização precoce, e mostrou-se ineficiente para diminuir a violência contra as mulheres. Há amplo material estatístico ao respeito. A chamada ideologia de gênero não é tábua de salvação para os problemas a que ela está relacionada (quando defendida), muito pelo contrário. Por outro lado, a ampla rejeição popular que esta polêmica ideologia gera no Brasil entre os pais de família levou a sua exclusão do Plano Nacional de Educação e de milhares de planos municipais de educação, entre os quais estão os das cidades de Belo Horizonte, Contagem e Nova Lima.

5. Conforme dispõe a Convenção Americana de Direitos Humanos, a qual a nação brasileira é signatária, em seu Artigo 12 – 4. OS PAIS, E QUANDO FOR O CASO OS TUTORES TÊM O DIREITO A QUE SEUS FILHOS OU PUPILOS RECEBAM A EDUCAÇÃO RELIGIOSA E MORAL QUE ESTEJA DE ACORDO COM SUAS PRÓPRIAS CONVICÇÕES. Assim, é direito incontestável dos pais a formação moral e religiosa de seus filhos. Tal direito é chancelado pela mais alta Corte de nossa nação, o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
6. E mais, o Código Civil determina que os pais têm o dever e a responsabilidade no sustento material e moral de seus filhos, e ainda, o dever de criá-los e educá-los (Art. 1.634 – Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: I – dirigir-lhes a criação e a educação;) até porque é ônus dos pais arcar civilmente com o pagamento de indenização pelos atos danosos a terceiros que os filhos praticarem (Art. 932 – São também responsáveis pela reparação civil; I – os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;).

7. Nesse diapasão, a responsabilidade das instituições de ensino é objetiva e independe de culpa. Posto isso, a escola que violar, incluindo seus membros, diretores, professores e demais funcionários, por qualquer meio, os direitos pétreos dos pais, poderá ser acionada judicialmente, inclusive por reparação de danos morais, sem prejuízo de ser acionada civilmente por danos à formação psicológica da criança. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) EXIGE QUE TODA INFORMAÇÃO E/OU PUBLICAÇÃO DIRIGIDA À CRIANÇA, INCLUSIVE LIVROS DIDÁTICOS, RESPEITEM OS VALORES ÉTICOS DA FAMÍLIA: Art. 79 – As revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil não poderão conter ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e munições, e deverão respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da família). E a Constituição Federal não só reconhece como protege tais direitos (Art. 21, inciso XVI e artigo 220 § 3º, inciso I), em razão da fragilidade psicológica da criança e do adolescente.

8. Todas as instituições de ensino são subordinadas às regras legais acima descritas, inclusive às impostas pela Constituição Federal de 1988 e pelo Plano Nacional de Educação – Lei 13.005/2014, além do Plano Municipal de Educação de Belo Horizonte (especialmente no artigo 2, parágrafo único), sendo passíveis de controle e repreensão judicial.

9. Como também é de conhecimento geral, a BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR – BNCC, ainda carece de homologação e a inclusão da palavra “gênero” está sendo debatida (a exemplo do que ocorreu com o PNE, os PEEs e milhares de PMEs) e há propostas de retirada de todos os itens com a palavra “gênero”, justamente por seu caráter nocivo, sem amparo científico e altamente questionável das abordagens introduzidas para as crianças e adolescentes, sob o pretexto de igualdade de direito entre homens e mulheres.
Vários pais que assinam a presente notificação procuraram respostas junto aos mais diversos setores do Colégio para exprimir suas preocupações: Coordenação, Supervisão, Direção entre outros e percebemos que a situação do contexto escolar e proposta pedagógica desse Colégio, no que tange ao assunto, não está suficientemente clara, inclusive pelas diversas práticas recentemente adotadas, em livros, textos, dinâmicas e etc.

Muito nos surpreendeu a postura do Colégio, que afirma valorizar a parceria família-escola e o diálogo. Colocamos nossas preocupações mas elas não foram nem acolhidas nem atendidas. Pelo contrario, os conteúdos e abordagens que consideramos inadequados continuaram sendo apresentados pelo Colégio, ainda que manifestado explicitamente às diretorias que não permitíamos que o oferecessem aos nossos filhos. Pensamos que o que está ocorrendo é um desencontro entre a escola e a doutrina católica ou, como gostam de dizer, Agostiniana.

Ratificamos que a nossa atitude não pretende nenhum tipo de embate com o Colégio Santo Agostinho, mas apenas visa a proteção de nossos direitos individuais e coletivos e, ainda, centra na figura principal da questão: nossos filhos.

ASSIM SENDO, DECLARAMOS OS QUE AQUI ASSINAM, REITERANDO CARTA ENCAMINHADA A ESSA INSTITUIÇÃO, NAS TRÊS UNIDADES, SUBSCRITA POR MAIS DE DUZENTOS PAIS, QUE NÃO AUTORIZAMOS, SEM O NOSSO EXPRESSO CONSENTIMENTO, FAZENDO USO DO NOSSO DIREITO LEGAL A SER RESPEITADOS NA FORMAÇÃO MORAL DE NOSSOS FILHOS, BEM COMO, SEJA O MESMO RESPEITADO EM SUA FRAGILIDADE PSICOLÓGICA E CONDIÇÃO DE PESSOA EM DESENVOLVIMENTO, A APRESENTAÇÃO DE TEMAS RELACIONADOS COM A CHAMADA “PERSPECTIVA DE GÊNERO” OU “IDEOLOGIA DE GÊNERO” NOS TERMOS AQUI PRECISADOS, ASSIM COMO DE COMPORTAMENTOS SEXUAIS E, AINDA, RELATIVOS À SEXUALIDADE DE PESSOAS ADULTAS A NOSSOS FILHOS, AINDA QUE DE FORMA ILUSTRATIVA OU INFORMATIVA, SEJA POR QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO OU ORIENTAÇÃO, ATRAVÉS DE VÍDEO, SLIDES, DEVER DE CASA, EXPOSIÇÃO VERBAL, MÚSICA, LIVROS DE LITERATURA OU MATERIAL DIDÁTICO, ESPECIALMENTE OS DE ENSINO RELIGIOSO.

Por tudo quanto exposto e informado, é a presente, para NOTIFICAR vossas senhorias e aos ILUSTRES PROFESSORES QUE COMPÕEM O QUADRO DOCENTE, de todas as unidades dessa prezada instituição de Ensino, a quem solicitamos sejam cientificados formalmente do teor desta, para que, em caráter peremptório, se abstenham de apresentar, ministrar, ensinar, ou por outra forma, informar qualquer dos temas relativos a matéria descrita no preâmbulo desta aos nossos filhos.

DESTACAMOS QUE JÁ ESTÃO OCORRENDO VÁRIAS SITUAÇÕES GRAVES DENTRO DE SALA DE AULA, ATRAVÉS DA MINISTRAÇÃO DESSES CONTEÚDOS POR ALGUNS PROFESSORES, DE DIVERSAS SÉRIES E NAS TRÊS UNIDADES, E O PIOR, COM REPREENSÃO PÚBLICA AOS ALUNOS QUE QUESTIONAM O CONTEÚDO APRESENTADO E FOMENTAÇÃO DE QUESTIONAMENTOS ACERCA DA SEXUALIDADE DOS ALUNOS, DENOTANDO O DESPREPARO DOS MESMOS NA ABORDAGEM DESSES TEMAS E NA CONDUÇÃO DAS AULAS E MATERIAL DITÁTICO.

A presente também é útil para que vossas senhorias e os professores se protejam de políticas públicas e materiais didáticos ilegais e abusivos, até porque a responsabilidade pela indenização do dano moral será do professor ou direção/PRESIDÊNCIA da escola, que permitir o acesso de aluno a material didático impróprio ou ministrar a aula com conteúdo indevido.

Seguem os nomes dos pais/responsáveis NOTIFICANTES, ficando esclarecido que poderão ser encontrados, em sendo necessário, no endereço, telefone e e-mail inserido no banco de dados da escola, quando da consecução do contrato de prestação de serviços educacionais.

Solicitamos, por oportuno, a resposta à presente notificação em 20 dias corridos

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Posição pública dos pais sobre a notificação extrajudicial publicada na página do Facebook

Tendo em vista a circulação de uma notificação extrajudicial que está sendo entregue à Direção das três unidades do CSA, temos o seguinte a esclarecer.

1- O que nos move, nesse primeiro momento , é o direito individual , constitucionalmente garantido , de educarmos nossos filhos;
2- Infelizmente , em algumas séries e de forma diferenciada nas três unidades, diversos pais observaram que os estudos de matérias afetas à sexualidade e ideologia de gênero estão amplamente sendo difundidos no Colégio , que, até então , tem se negado a confessar e dialogar abertamente e de forma transparente com os pais que são contra a inserção desse conteúdo no ambiente escolar;
3- Ressaltamos que não queremos embate com a escola, apenas transparência, mesmo porque, estamos amparados pelo Código de Defesa do Consumidor nesse sentido. Ora, vamos conversar sobre o assunto? Por que a adoção sem debate?
4 – Ademais, o tema é complexo e exige uma preparação diferenciada do corpo docente, que não sabemos se está sendo realizada. Isso causa insegurança e, a própria escola, já alterou orientação na adoção de alguns livros ante o tratamento inadequado da matéria ;
5- Portanto, sem mais nos prolongarmos nesse momento, convidamos a todos os pais a observarem e conversarem com seus filhos. Convidamos, ainda, a que todos estudem o assunto mais profundamente antes de tirar conclusões precipitadas.

Agradecemos a compreensão, somos todos pais buscando o melhor para nossos filhos.
Julho/2017

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A Escola Católica está, frontalmente, na contramão do que significa e pretende a ideologia de gênero. Essa é uma convicção incontestável, compromisso com a verdade da doutrina e da fé cristã. O alinhamento de todos os que integram a Escola Católica com as operações pedagógicas guiadas por essa verdade deve ser tratado como um dever. Isso exige fidelidade à identidade católica e, consequentemente, o compromisso com valores inegociáveis, sem possibilidade de relativizações e superficialidades que contribuam para o desrespeito aos processos educativos que ultrapassem o âmbito escolar. As relativizações e superficialidades provocam, por exemplo, a desconsideração do insubstituível diálogo com a família e seus valores cristãos, gerando um desserviço educativo. Por isso, a Escola Católica tem parâmetro para a sua qualificada educação integral, e não pode admitir essas relativizações.
Isso não significa deixar de exercer uma tarefa urgente no mundo contemporâneo: é preciso ensinar que a dignidade maior, a de ser filho e filha de Deus, deve ser igual para todo homem e mulher. Uma lição a ser ensinada em todos os lugares, na escola, no ambiente familiar, nas comunidades de fé. Essa compreensão, que gera respeito, diálogo, intercâmbios e cooperação na construção de um mundo justo e solidário, será sempre um vetor para impulsionar a sociedade rumo à superação de discriminações e preconceitos. Assim, é possível compreender as diferenças como riquezas, que se revelam na participação cidadã de todos, com suas contribuições e singularidades. A educação para a igualdade social é primordial, mas isso é um curso bem diferente do que pretende a ideologia de gênero – uma negação de valores cristãos básicos e fundamentais, gerando prejuízos.

O Papa Francisco diz, com força de advertência, que a ideologia de gênero é contrária ao plano de Deus. Essa indicação convoca todas as pessoas a permanecerem vigilantes, particularmente com relação à qualidade e aos modos de A Escola Católicas em processos educativos. Importante recordar também o que afirma o Documento de Aparecida, com a reflexão dos bispos da América Latina e do Caribe, em 2007, ao apontar que a ideologia de gênero é um menosprezo enfraquecedor da vida familiar, por considerar que cada um pode escolher sua orientação sexual sem levar em conta as diferenças dadas pela natureza humana. Obviamente, trata-se de desrespeito e afronta à dignidade do matrimônio, ao direito à vida e à identidade da família.

Sabe-se que a ideologia de gênero considera que não se nasce homem ou mulher. O gênero seria uma “construção social”, ao longo da vida. Em segundo plano ficaria o aspecto biológico. A Escola Católica, balizada pelas exigências próprias dos parâmetros formais e legais das instâncias governamentais da sociedade civil, não renunciará jamais ao seu inalienável compromisso de educar a partir da sua identidade cristã. Nesse sentido, a Escola Católica tem que, permanentemente, avaliar as dinâmicas de formação adotadas, os métodos e a qualificação dos seus agentes. Dedicar-se especialmente à avaliação de conteúdos formativos que tocam identidade e caráter, consciências e condutas. Esses conteúdos não podem ser tratados a partir da mesma dinâmica de abordagem relacionada às disciplinas da educação formal.

Particularmente, quando se considera a realidade de crianças e adolescentes, o diálogo efetivo com a família é fundamental. Das escolas católicas são exigidos discernimentos, diálogos e fidelidade à própria identidade, que é católica, e à antropologia cristã. Não é fácil elaborar adequados métodos pedagógicos, pois essa tarefa é sempre passível de indevidas parcialidades e relativizações. Mas é irrenunciável a convicção de que a Escola Católica está na contramão da ideologia de gênero e que tem o compromisso de promover a cultura da igualdade entre homens e mulheres, a partir do respeito ao princípio de que todos são filhos e filhas de Deus. Nesse dever, nos processos formativos, o diálogo entre os educadores das escolas e as famílias é muito necessário. A Escola Católica deve manter o que a singulariza: oferecer uma formação integral balizada nos valores cristãos.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

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“não aceitar a ideologia da discriminação por gênero não é questão de intolerância e homofobia”, mas “é a biologia simples” diz a Dra. em biodiversidade, genética e evolução, Pamela Puppo.

Em um artigo publicado em 7 de março no site da Posición.pe, intitulado ” On ideologia de gênero Dra. Puppo explica que “quando os fetos são formados, têm dois cromossomos sexuais, XX ou XY, definindo menina (XX) ou um menino (XY). Os genes contidos nesses cromossomos determinam o desenvolvimento físico dos fetos. Assim, os embriões se desenvolvem com órgãos diferentes por sexo “.

“Na puberdade, um número de hormônios, a testosterona se do sexo masculino ou estrogênio e progesterona se do sexo feminino,  influenciam não só a forma física como a pessoa se desenvolve, mas em uma série de questões emocionais, psicológicas, etc” .

O especialista sublinhou que ” isto não é discriminação, é simples biologia .”

Dra. Puppo salienta que, contrariamente aos princípios da ideologia de gênero “, o feto nascido como homens ou mulheres não é um fato cultural, é biológico .”

“Ou eu vou dizer que quando uma mãe grávida faz ultrassom para descobrir o sexo do bebê e pergunte ao seu médico se o bebê é menino ou menina é ser homofóbico? Por favor! Não é a forma como as coisas são “, diz ela.

O especialista também adverte que “a ideologia do gênero não promove a igualdade de gênero. Ideologia de gênero promove assexualização do ser humano.”

“Esta ideologia, que é apenas isso: uma corrente de pensamento, não uma teoria científica, muito menos evidência científica, sustenta que os seres humanos são” neutros “quando nascem, e podem escolher se serão homens, mulheres, ou uma combinação dos dois quando crescer.” No entanto, precisamente, “não se pode superar a natureza.”

“Eu não posso mudar à vontade. Se um dia eu decidir para ser um gato, esse sentimento não vai fazer crescer o meu cabelo ou fazer crescer uma cauda. Ela nasceu como uma mulher e, portanto, têm uma série de órgãos próprios: útero, ovários, vagina, vulva. Não tenho nenhumdireitopara ter uma próstata ! “.

A Dra. em Biodiversidade, Genética e Evolução adverte que as pessoas que nascem com sexo e depois sentem que têm o sexo certo “sofre de uma síndrome conhecida como” disforia de gênero “. Não é a regra, é a exceção. Não vai entrar aqui casuística, suficiente para dizer que essas pessoas devem ser respeitadas, amadas e acompanhadas “.

A regra estabelece, ainda, que a ideologia de gênero promove os direitos das mulheres de serem respeitadas. 

“Você quer reduzir o abuso sexual de mulheres? Em primeiro lugar, apoie as famílias ! A maioria dos estupradores vêm de famílias desestruturadas, onde o pai é muitas vezes ausente ou abusivo. Em segundo lugar, não incentive que as mulheres sejam utilizadas como objetos em mídias sociais, jornais, publicidade! Em terceiro lugar, dê mais apoio às mulheres que sofrem este tipo de violência, e que os agentes da lei efetivamente cumpram o seu dever de protegê-los .”

No o final de seu artigo, Dra. Puppo salienta que ” a igualdade não é alcançada negando nossas diferenças sexuais, a igualdade deve ser obtida respeitando as diferenças de cada sexo sexo e o que cada um traz para a sociedade”.

Fonte: ACI PRENSA

O horror de uma tragédia humana que mostra até onde o homem pode ir para tentar convencer o mundo de uma mentira maligna.

Nesse tempo onde querem impor essa ideologia às nossas crianças, o mínimo que podemos fazer é divulgar a todos essa história horripilante para que NUNCA mais se repita.

Deixem as crianças em paz!

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Segue abaixo o Plano para nosso conhecimento e análise. Clique no link abaixo

PME.compressed.pdf novo

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A proposta de identidade de gênero tem sido debatida em diversas câmaras municipais do país e para impedir que esse projeto seja aprovado grupos religiosos estão se manifestando e forçando seus representantes a não aceitarem o termo.

Em São Paulo a pressão de católicos e evangélicos surtiu efeito e o termo desapareceu dos documentos que determinavam as propostas educacionais que seriam adotadas nas escolas municipais.

A imprensa internacional como o jornal esquerdista espanhol El País, em sua versão em português, chamou a atitude dos religiosos de “cruzada” e falou também em “lobby religioso” para criticar a movimentação contra a inclusão dessa ideologia.

Ao substituir a palavra sexo por gênero, a proposta educacional – já retirada no Plano Nacional de Educação – difunde que as crianças podem escolher sua identidade de gênero sem se valer do sexo biológico. Em linhas gerais a definição de homem ou mulher seria escolhida pela própria criança, não mais pelo sexo com que ela nasceu.

A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se manifestou contra esse tipo de ensinamento através de uma nota, destacando que a adoção do termo gênero não é uma forma de combater a discriminação de homossexuais, “mas sim desconstruir a família” ao fomentar “o estivo de vida que incentiva todas as formas de experimentação sexual desde a mais tenra idade”.

Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, também se pronunciou sobre o tema dizendo que “os legisladores [devem evitar] a ingerência do Estado no direito e dever dos pais e das famílias de escolherem o tipo de educação dos filhos”. Na nota divulgada por ele, afirma que a ideologia de gênero é uma distorção antropológica e terá consequências graves.

Além de São Paulo outras cidades brasileiras conseguiram impedir a aprovação de leis que incluem essa doutrinação nas escolas. Na cidade de Campinas, interior de São Paulo, há um  “Projeto de Emenda à Lei Orgânica Anti-ideologia de Gênero” que proíbe legislações sobre o tema.

images (1)Dois gêmeos e um futuro de dor

Uma grande alegria tomou conta da família Reimer em 22 de agosto de 1965, data em que nasceram os gêmeos homozigotos Bruce e Brian, dois lindos meninos idênticos que, como todos os bebês, vieram ao mundo com o ar inocente de quem nem imagina as aventuras, alegrias e dores que teriam que enfrentar na vida.
 
Ninguém, naquele momento, podia vislumbrar o futuro doloroso e terrível que esperava os dois pequenos recém-nascidos de Winnipeg, no Canadá.
 
O que arruinaria a vida dos dois irmãos seria um erro cirúrgico grotesco, digno dos piores casos de negligência médica, além da intervenção devastadora de um médico louco, mais interessado em realizar seus devaneios científicos do que em garantir o bem-estar dos seus pacientes: o psicólogo e sexólogo neozelandês John William Money.
 
Um erro trágico

Cerca de sete meses depois do nascimento, os gêmeos foram diagnosticados com fimose, o que uma pequena operação poderia resolver sem quaisquer problemas. O que era para ser uma simples cirurgia de circuncisão virou tragédia quando, por erro do médico ou por mau funcionamento do cauterizador, o órgão sexual do pequeno Bruce foi queimado e ficou comprometido irremediavelmente. Foi assim que o pequeno garoto perdeu o uso do pênis e começou a trilhar o seu doloroso calvário.
 
O encontro com o monstro

Desesperados com a situação de Bruce, os pais acabaram topando naquele momento com o fundador da chamada “teoria do gênero”, o Dr. John William Money (sim, seu sobrenome, em inglês, significa exatamente isso: “Dinheiro”). Em fevereiro de 1967, os pais dos gêmeos viram o médico participando de um programa de televisão. O psicólogo se apresentava como um verdadeiro astro, um pioneiro do campo da mudança de sexo e um dos primeiros a cunhar a diferenciação entre “gênero” e “sexo biológico”: o Dr. Money afirmava, com pretensões de rigor científico, que a cultura e a educação poderiam imprimir no indivíduo um projeto diferente do estabelecido pela natureza.
 
Em outras palavras: enquanto a natureza definiria o chamado sexo biológico, quem decidiria o gênero seria a própria pessoa, que poderia “criá-lo” prescindindo do patrimônio sexual genético, através de cirurgias, tratamentos hormonais e, principalmente, de uma reeducação social e cultural para “consolidar” o “gênero” escolhido. Depois de cuidar de pessoas hermafroditas, Money começou a fazer experimentações das suas teorias mediante a realização de cirurgias de mudança de sexo. Ele se tornou o especialista número um na “reconfiguração sexual” e abriu a primeira clínica do mundo dedicada a esse tipo de intervenção.
 
Uma ideia doentia

Desesperados com o futuro de Bruce e impressionados com a confiança exibida pelo Dr. Money, os pais do bebê mutilado decidiram procurar o médico e confiar o caso dos gêmeos à “experiência” dele.
 
A necessidade de ajuda do casal Ron e Janet coincidiu com a necessidade de novas experiências e de realização profissional do Dr. Money, que não perdeu a grande oportunidade de pôr as suas teorias em prática no pobre Bruce.
 
Money sugeriu uma “reconfiguração sexual” e começou a “trabalhar” no bebê (que tinha dois anos de idade!). Primeiro, mudou o nome de Bruce para Brenda. Depois, começou um tratamento hormonal. Finalmente, impôs a Bruce/Brenda uma vida de menina, com o uso de roupas, brinquedos e comportamentos femininos. Em julho de 1967, Bruce foi operado: o Dr. Money construiu cirurgicamente no menino uma vagina rudimentar. Foi assim que o corpo do pequeno Bruce (de dois anos!) foi transformado em um corpo feminino. O médico também decidiu encontrar os gêmeos uma vez por ano para avaliar o andamento da sua experiência. Anos mais tarde, foi o próprio Bruce quem afirmou: “Aquilo foi como uma lavagem cerebral” (“Bruce, Brenda e David”, edição italiana, Ed. San Paolo, 2014).

O mundo aplaude enquanto Bruce enfrenta um drama solitário

Em 1972, num livro intitulado “Man&Woman, Boy&Girl”, o Dr. Money expôs, com orgulho e triunfalismo, os resultados das suas experimentações com seres humanos: ele teria conseguido criar, “com sucesso”, uma identidade feminina em um bebê nascido com o sexo masculino. Money fornecia com isto a suposta “prova conclusiva” de que “um indivíduo não nasce homem nem mulher: torna-se” (pág. 95*).
 
Seus estudos e experimentos atraíram a atenção e os aplausos do mundo acadêmico e da imprensa não especializada: o mundo admirava as “descobertas sensacionais” do Dr. Money; vários setores progressistas, como o movimento feminista e os círculos homossexuais, acreditaram ter achado uma base científica para as suas “lutas pela libertação do esquema tradicional de masculino e feminino” estabelecido pela natureza.
 
Por trás de todo esse aparente sucesso, porém, o drama vivido por Bruce/Brenda desmentia os resultados alardeados pelo Dr. Money. Brenda se comportava como menino. Sentia-se desconfortável nas roupas femininas. Queria brincar com os brinquedos do irmão. Sua voz era masculina. Continuava fazendo xixi em pé. Com o passar dos anos, percebia que era diferente, que algo “nela” era estranho, que havia algo que não tinham lhe contado. Seu irmão Brian, ao falar de Brenda, viria a declarar: “Quando eu digo que não havia nada de feminino em Brenda, eu quero dizer exatamente isso: nada” (pág. 81*).
 
A situação se agravou e a verdade emergiu. De nada serviram os conselhos de Money: a situação de Bruce/Brenda continuou a piorar. Os encontros entre o Dr. Money e seu pequeno paciente foram se tornando cada vez mais invasivos (págs. 107-126*): o médico adotava um linguajar sexualmente explícito, usava imagens e filmes pornográficos e até mesmo simulava relações sexuais (!). Os gêmeos eram obrigados a se despir, para compararem os corpos um do outro. O médico propôs que os pais fizessem visitas psiquiátricas e diagnosticou que Brenda sofria de depressão: ele afirmou que Brenda tinha tendências bissexuais ou homossexuais, já que sentia atração por mulheres. Money aconselhou os pais dos gêmeos a praticarem o nudismo em casa e em clubes de naturismo.
 
Quando Bruce/Brenda tinha 12 anos, começou o bombardeio hormonal para desenvolver nele os caracteres femininos, mas o menino, além de rejeitar a medicação, começou a comer desesperadamente para tentar disfarçar os quadris e os seios que começavam a crescer (págs. 159-161*). Em 1978, depois que Money organizou um encontro de Brenda com um transexual, o adolescente, que já sofria de surtos de pânico e ansiedade e dava indícios de tender ao suicídio, decidiu acabar com as sessões e com os testes e ameaçou se matar se fosse forçado a se encontrar novamente com o Dr. Money (págs. 169-172*).
 
“Eu quero voltar a ser homem”

Os pais de Bruce/Brenda finalmente revelaram a ele o segredo. Depois de ouvir a verdade sobre a sua história, Bruce/Brenda decidiu voltar a ser como a natureza o tinha feito: um homem.
 
Diversas operações reconstituíram os seus órgãos sexuais e eliminaram os seus seios. Ele mudou novamente de nome: em 1980, Brian começou uma nova vida com o nome de David.
 
David se casou e, com a esposa, Jane, adotou filhos. Durante toda a vida, porém, ele carregou consigo os conflitos internos e as feridas atrozes que aquela triste infância lhe tinha imposto.
 
Mártires da ideologia de gênero

No dia 5 de maio de 2004, David tirou a própria vida, disparando-se um tiro enquanto dirigia seu carro.
 
O estopim da tragédia foi a morte repentina do irmão, Brian, encontrado morto em seu apartamento na primavera de 2002, depois de tomar uma mistura letal de antidepressivos e álcool. A depressão fizera Brian perder o emprego, separar-se da mulher e refugiar-se na bebida.

A tragédia deu fim à vida dos gêmeos de Winnipeg, imolados no altar da teoria de gênero, usados ​​como cobaias para os experimentos macabros do Dr. Money e para a sua batalha sócio-política, vítimas inocentes de uma ideologia que, hoje, em pleno 2015, está de volta à moda e é promovida como modelo por políticos, professores e doutores da nossa sociedade.
 
Um livro incômodo

Foi graças ao empenho do jornalista canadense John Colapinto (Toronto, 1958) que a verdadeira história dos gêmeos Reimer foi revelada ao público sem fantasias nem vícios ideológicos, pela primeira vez, num artigo publicado em 1998 pela revista “Rolling Stone”, trinta anos depois do início da tragédia.

O artigo provocou celeuma no mundo todo porque contava uma versão da história diferente da versão “oficial” do Dr. Money. Antes disso, porém, o Dr. Milton Diamond já tinha demonstrado o fracasso da experiência feita com Bruce, num artigo especializado publicado na revista “Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine”.

Todos os detalhes da história de Bruce foram recopilados e apresentados a um público mais amplo através do livro “As Nature Made Him” (“Do jeito que a natureza o fez”), publicado por John Colapinto em 2000.
O livro é um documento essencial para o debate sobre a ideologia do gênero, ressuscitada com força nos nossos dias.

(*) As referências de páginas mencionadas ao longo deste artigo vêm da tradução italiana do livro de John Colapinto, “As Nature Made Him” (na Itália, “Bruce, Brenda e David”, pela Editora San Paolo, 2014).

Autor do artigo: Miguel Cuartero Samperi

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O sucesso da campanha na Irlanda pelo reconhecimento legal das uniões homossexuais como equivalentes ao casamento natural gerou grande excitação entre os defensores deste conceito no resto do mundo (ocidental, pelo menos).

A união homossexual, porém, não é a única forma de relacionamento que pretende ser equiparada ao matrimônio natural. Há uma longa fila de “amores” aguardando reconhecimento social e, nessa lista de espera, encontramos o assim chamado “poliamor”.

Na própria Irlanda, uma ex-participante do reality show Big Brother, chamada Jade-Martina Lynch, assumiu e explicou assim a sua vivência do “poliamor”: “A minha alma é tão livre que eu não poderia manter um relacionamento monogâmico”.

Uma definição divulgada pelo grupo californiano Saturnia Regna define o “poliamor” como

“muitos amores ou um amor compartilhado entre muitas pessoas. A palavra tem sido usada pelo menos desde o início do século XX para descrever a escolha de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Esta forma responsável de não-monogamia não implica clandestinidade nem traição. O poliamor consiste em acordos mútuos com pessoas que você ama, mantendo tudo aberto e tratando as pessoas amadas de uma forma ética, consensual e comprometida”.

A palavra-chave nesta descrição é “não-monogamia”, ou seja, a manutenção estável de envolvimento sexual com mais de uma pessoa. O resto da definição parece até compatível com o mandamento de amar a todos: afinal, quem não concorda que devemos “tratar as pessoas amadas de forma ética, consensual e comprometida”?

O que não é muito claro é o que significa, exatamente, essa “responsável não-monogamia” que o “poliamor” propõe. A mídia ocasionalmente retrata o caso de pessoas “descoladas” que vivem suas “relações abertas” compartilhando a supervisão dos deveres escolares dos filhos, e situações do tipo. Soa “discreto e inofensivo” para a nossa modernidade. Mas há outros lados no “poliamor”.

O grupo Saturnia Regna, ( http://www.saturnia-regna.org/schedule.php) por exemplo, está anunciando nos Estados Unidos um programa de férias de verão “em um lindo resort do norte da Califórnia com uso opcional de roupa”. Em tal ambiente, a “comunidade poliamor” pode aprimorar habilidades como “a clarificação e a expressão de desejos, a gestão dos ciúmes, a expansão e o aprofundamento da intimidade e do relacionamento multi-parceiros”.

Esta proposta apresenta uma perspectiva de “exercícios interativos” em um contexto “propício para a expressão sensual em um grau não possível na maioria dos ambientes comuns”. A interpretação de que os participantes desses encontros não apenas correm nus ao ar livre, mas também “se engajam em interações afetivas com múltiplos parceiros, podendo, até, fazer amor à vista dos outros” é pouco exagerada (fica a dica de cuidado para os adeptos puritanos do poliamor…).

A propaganda chega inclusive a pincelar certo caráter de “virtude”nessa postura:

“A interação social no ambiente de uso opcional de roupas exige que as pessoas sejam mais respeitosas do que nos contextos comuns – e não menos. O poliamor e os relacionamentos abertos demandam que as pessoas sejam mais sensíveis aos sentimentos e desejos das pessoas com quem interagem – e não menos. Explorar o poliamor exige um nível mais alto de confiança, honestidade, vulnerabilidade emocional e disposição para enfrentar sentimentos desconfortáveis ​​do que é exigido em relacionamentos mais convencionais. Se você não é uma pessoa disposta e capaz de se comportar desta maneira, este evento provavelmente não é para você”.

O esforço para revestir uma orgia com matizes de “escola de sensibilidade” pode ser hilário por um lado, mas, por outro, é uma mostra perturbadora do futuro possível das relações sexuais reguladas só pela aparência de “amor”. O “poliamor” afirma que os seus “relacionamentos não-monogâmicos” são apenas “outra maneira de amar”. Mas não esclarece qual é a definição de “amor”em que tenta se basear.

Há algo que impeça o “poliamor” de conseguir, em breve, a equiparação legal ao casamento? Se nem a definição de casamento está clara hoje em dia, provavelmente não. E isso importa? Bom, importa para quem acha preocupante a institucionalização da instabilidade familiar. O divórcio já permite há décadas que os pais se separem e formem novos relacionamentos – e as estatísticas indicam que os filhos geralmente sofrem de modo bem considerável os efeitos dessa ruptura em termos de autoestima, segurança pessoal, rendimento escolar, amadurecimento afetivo. Se o “poliamor” chegar a ser reconhecido legalmente como equiparável ao matrimônio, o que as crianças acharão de si mesmas no meio disso tudo? E isso, importa?

Fonte: Aleteia

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São Paulo, 08 de junho de 2015

De acordo com o prazo estabelecido pela lei 13.005/2014, que sanciona o Plano Nacional de Educação (PNE), todos os municípios do Brasil devem aprovar seus Planos Municipais de Educação (PME) até o próximo dia 24 de junho.

A arquidiocese de São Paulo acompanha atentamente a tramitação do PME de São Paulo, no qual se faz menção a “questões de gênero”. Segundo a ideologia de gênero, o indivíduo precisa libertar-se de sua identidade sexual biológica e “construir” uma identidade de gênero inteiramente subjetiva. Isto não nos deixa de suscitar perplexidade e preocupação. As consequências de tal distorção antropológica na educação poderão ser graves.

Os legisladores têm o dever de buscar em tudo o bem comum, de acordo com critérios de verdade e respeito pela natureza e dignidade da pessoa humana, evitando a indevida ingerência do Estado no direito e dever dos pais e das famílias de escolherem o tipo de educação dos filhos, segundo sua consciência.
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo Metropolitano de São Paulo

9 D, MauroNOTA EPISCOPAL

Meus prezados

o momento é de grande preocupação sobre os rumos da educação nesse nosso país, é grave a tendência de se colocar nos curriculos escolares a questão da ideologia de gênero, por isso tomo a liberdade de lhe enviar esses textos para nos ajudar na reflexão e que medidas devemos tomar para evitar esse desastre da humanidade. Abraços

Dom Mauro

Bispo Diocesano de Ilhéus

CARTA PASTORAL

Prezados irmãos e irmãs, cristãos católicos e pessoas de boa vontade:

Em nome de Jesus, quero me dirigir a todos os que se encontram de coração aberto para acolher uma palavra do Bispo a respeito da tentativa de inserção da chamada “ideologia de gênero” no Plano Municipal de Educação (PME), a ser votado até o final de junho, em cada um dos nossos municípios.

Na condição de Pastor deste rebanho a mim confiado, que é a Diocese de Ilhéus, exorto a todos os irmãos e irmãs na fé e pessoas de boa vontade em geral para que busquem, com empenho, se informar sobre a tramitação do assunto junto aos vereadores, representantes do povo, em suas respectivas cidades. Uma vez informados, manifestem a eles, de modo respeitoso e firme, a sua posição contrária a essa perigosíssima ideologia.

A ideologia de gênero, varrida do Plano Nacional de Educação (PNE), no ano passado, não descansa em paz como algumas pessoas menos avisadas possam pensar. Ao contrário, “diabólica” como é – para usar as palavras do Papa Francisco –, ela visa agora entrar na vida de nossas crianças e adolescentes não mais pela esfera federal, mas, sim, municipal: cada município fica responsável por implantar ou recusar esse sistema de ideias nefasto e antinatural em seu plano de ensino.

Se isso se der em sua totalidade será a destruição do ser humano.

Com efeito, a tese mestra da ideologia de gênero é a seguinte: nós nascemos com um sexo biológico definido (homem ou mulher), mas, além dele, existiria o sexo psicológico ou o gênero que poderia ser construído livremente pela sociedade na qual o indivíduo está inserido. Em outras palavras, não existiria mais uma mulher ou um homem naturais. Ao contrário, o ser humano nasceria sexualmente neutro, do ponto de vista psíquico, e seria constituído socialmente homem ou mulher.

Em seu discurso de 21/12/2012 à Cúria Romana, o Papa Bento XVI já lançava uma ampla advertência quanto ao uso do “termo ‘gênero’ como nova filosofia da sexualidade”. Dizia ele que “o homem contesta o fato de possuir uma natureza pré-constituída pela sua corporeidade, que caracteriza o ser humano. Nega a sua própria natureza, decidindo que esta não lhe é dada como um fato pré-constituído, mas é ele próprio quem a cria. De acordo com a narração bíblica da criação, pertence à essência da criatura humana ter sido criada por Deus como homem ou como mulher. Esta dualidade é essencial para o ser humano, como Deus o fez. É precisamente esta dualidade como ponto de partida que é contestada. Deixou de ser válido aquilo que se lê na narração da criação: ‘Ele os criou homem e mulher’ (Gn 1,27). Isto deixou de ser válido, para valer que não foi Ele que os criou homem e mulher; mas teria sido a sociedade a determiná-lo até agora, ao passo que agora somos nós mesmos a decidir sobre isto. Homem e mulher como realidade da criação, como natureza da pessoa humana, já não existem. O homem contesta a sua própria natureza”.

Papa Bento abordou a ideologia de gênero outra vez, um mês mais tarde, em 19/01/2013, dizendo que “os Pastores da Igreja – a qual é ‘coluna e sustentáculo da verdade’ (1Tm 3,15) – têm o dever de alertar contra estas derivas tanto os fiéis católicos como qualquer pessoa de boa vontade e de razão reta”.

Ao fiel católico leigo – demais cristãos e pessoas de boa vontade em geral – cabe colocar em alerta os mais próximos e, sobretudo, perguntar aos políticos profissionais que conhece (especialmente aos vereadores) qual é a postura deles sobre a ideologia de gênero.

Para conhecer melhor essa questão sugiro a leitura do artigo Reflexões sobre a ideologia de gênero, do Cardeal Dom Orani João Tempesta, Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, publicado no site da CNBB, em 28/03/14.

Afinal, diante de Deus, todos somos responsáveis – em maior ou menor grau – pela delicadíssima questão em foco. É importante que esses representantes do povo se posicionem ante a subversão dos planos do Criador.

Peço, pois, que cada um daqueles a quem chegar esta minha comunicação se empenhe, em consciência, diante de Deus e do próximo, com o direito que lhe assiste enquanto cidadão brasileiro, no combate à ideologia de gênero de teor “diabólico”, como tem declarado o Papa Francisco.

Que o Senhor Jesus cubra você e toda a sua família, de bênçãos e graças divinas.

Ilhéus, 04 de junho de 2015

Dom Mauro Montagnoli CSS

Bispo diocesano de Ilhéus
Ler mais: http://www.diocesedeilheusba.com/products/a-ideologia-de-genero-ressurge/