Papa Bento 16 pintadinho de gay

Um panfleto publicitário no qual aparece uma imagem retocada do papa emérito Bento XVI com maquiagem para promover um festival cinematográfico sobre homossexualidade e religião organizado na Universidade de Milão por uma associação de estudantes causou várias críticas no país.

Na imagem é possível ver o rosto de Joseph Ratzinger com os olhos pintados com sombra verde, supercílios falsos e batom, graças a um retoque por computador.

O panfleto foi criticado nas páginas do jornal  “Il Giornale”, que considera a iniciativa “blasfema e uma ofensa para toda a comunidade católica”.

O conselheiro do partido Forza Itália na prefeitura de Milão, Matteo Forte, em declarações recolhidas por “Corriere della Sera”, destaca que se trata de “um menosprezo à autoridade religiosa”.

A resposta dos organizadores não demorou e estes afirmaram que “o verdadeiro problema não é a provocação, mas a homofobia”.

A professora Laura Boella, catedrática de Filosofia Moral na Universidade de Milão, manifestou, por sua parte, que “a escolha dos estudantes” na elaboração do panfleto “deve ser contextualizada” e aplaudiu que tenham organizado um evento sobre um assunto importante como a homofobia.

No entanto, considerou que “sempre é preciso levar em conta que efeito podem ter nossas decisões sobre aqueles que se encontram em uma posição oposta à nossa”.

Por sua vez, o jurista da Universidade Católica de Milão, Andrea Nicolussi, afirmou que não se sentiu “escandalizado” pela foto, mas declarou que a imagem representa “uma provocação paradoxal, já que quem combate a discriminação está, por sua vez, discriminando”.

“Como católico me surpreendeu o fato de que o papa emérito, como ser humano, foi tratado mal. É uma pessoa idosa que escolheu retirar-se da vida pública e sua vontade foi violada”, considerou.

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“O adiamento da votação sobre a ‘resolução Estrela’ manifesta o fastio reinante no Parlamento Europeu com a contínua insistência da ala vetero feminista, que todo mês repropõe as mesmas questões a favor do aborto e do casamento homossexual”, declarou Carlo Casini, presidente do Movimento italiano pela Vida (MPV).

“A grandíssima maioria rejeitou a emenda, que teria esparramado o péssimo conteúdo da proposta. Isso demonstra, infelizmente, que o trabalho a ser feito na Europa para defender a vida é realmente grande, mas, com esse novo adiamento, o Parlamento Europeu disse que é hora de acabar com esse método oblíquo, arrogante, substancialmente enganador e incorreto com que as questões bioéticas são apresentadas continuamente ao debate parlamentar”.

O presidente do MPV italiano espera “que o voto do tribunal tenha expressado a inquietação dos parlamentares, que, mesmo não tendo rejeitado a substância da resolução, não quiseram sequer discutir o assunto, pelo menos neste momento”.

“A iniciativa popular ‘Um de Nós’ não teve e não tem nada a ver com o debate de hoje”, acrescenta Casini, referindo-se ao abaixo-assinado que vem reunindo assinaturas em toda a Europa a fim de pedir o reconhecimento da dignidade do embrião humano como “um de nós”, ou seja, como pessoa humana. A resolução agora adiada, “mesmo que tivesse sido aprovada, não poderia dificultar o processo legislativo desta iniciativa popular europeia”.

É notório, no entanto, conclui Casini, que “chegou a hora de obrigar a opinião pública e o Parlamento Europeu, tão solícitos para defender teoricamente a igualdade e a dignidade humana, a olharem para a criança concebida e responderem à única pergunta da qual depende a solução de todos os problemas: o bebê ainda não nascido é ou não é um de nós?”.

Zenit

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Feministas radicais e defensores dos “direitos gays” se organizaram ao redor do mundo para promover certos direitos sexuais e reprodutivos que incluem o acesso irrestrito à contracepção e ao aborto, o direito das pessoas com atração pelo mesmo sexo não serem “discriminadas”, se casar com uma pessoa do mesmo sexo e adotar crianças.

No entanto, os argumentos apresentados por aqueles que defendem a redefinição do casamento não são logicamente consistentes. Por um lado, eles ignoram a identidade de gênero, (que afirma que a identidade sexual é uma construção social) mas, ao invés disso, argumentam que a atração pelo mesmo sexo é natural, que eles nasceram assim e não podem mudar, e que, portanto, têm um direito humano de igualdade de tratamento com base em sua natureza – ou seja, o direito de casar-se e adquirir as crianças.

Por outro lado, argumentam que não há diferenças essenciais entre homens e mulheres no que diz respeito a sua capacidade de se casar ou educar os filhos e, portanto, uma criança criada por duas mães ou dois pais teria o mesmo nível sadio de desenvolvimento que as criadas pelos pais biológicos.

Em março passado, a questão do casamento foi à Suprema Corte dos EUA. Um tribunal de primeira instância tinha decidido que “o sexo dos pais de uma criança não é um fator que influencia no desenvolvimento da criança… Crianças não precisam ser criadas por um pai e mãe para estarem bem ajustadas”.

O tribunal de menor instância apontava estudos que sustentariam seu veredicto; no entanto, a análise desses estudos mostrou que eles eram mal projetados, traziam pequenas amostras, não representativas, além de outras ferramentas insatisfatórias. Por outro lado, há inúmeras provas de que as crianças têm o melhor quando criadas pelo seu pai e sua mãe, casados. Toda criança adquirida por um “casal” (par) do mesmo sexo foi separada de um ou ambos os pais biológicos. A criança percebe sua separação de um ou de ambos os pais biológicos como uma perda. Por exemplo, os adultos que foram concebidos através de inseminação artificial – um método frequentemente utilizado por “casais” (pares) do mesmo sexo do sexo feminino – estão agora com sua voz ativa. Eles querem saber quem são seus pais. Um estudo intitulado “O nome do meu pai é Doador” demonstrou os efeitos negativos da inseminação artificial por doação nas crianças.

Aqueles que promovem a redefinição do casamento exigem que o parceiro do mesmo sexo seja considerado o pai legal de qualquer criança nascida com outro parceiro, mesmo que ele não tenha ligação biológica com a criança. Recentemente, um juiz de Vermont (EUA) concedeu a uma lésbica a custódia da filha de uma mulher com quem ela tinha tido um relacionamento, apesar da lésbica não ter vínculo biológico com a criança. A mãe, que havia terminado o relacionamento quando a criança tinha 17 meses de idade, renunciou à homossexualidade e se tornou cristã. Quando a mãe biológica da menina se recusou a permitir as visitas da lésbica, porque a atmosfera na sua casa tinha mudado, o tribunal transferiu a custódia da menina à lésbica. Depois de esgotados os recursos legais para retirar sua filha da ex-parceira lésbica, a mãe e a filha fugiram para a América Latina, onde estão escondidas. Uma pessoa que as ajudou a fugir foi condenada a 22 meses de prisão.

Os tribunais não podem mudar o fato de que homens e mulheres são diferentes. A maternidade é fundamentalmente diferente da paternidade. Vínculos de sangue importam. As crianças querem conhecer e ser conhecidas por sua mãe biológica e seu pai biológico. Há uma infinidade de razões pelas quais o Estado deve conceder um estatuto privilegiado ao casamento entre um homem e uma mulher.

O livro One Man, One Woman analisa os efeitos de se mudar a definição de casamento na sociedade, na liberdade de religião e de expressão, na infância e nos próprios casais do mesmo sexo. No passado, as pessoas que queriam ser, ou que pensavam ser realmente do outro sexo, ou que sofriam de ansiedade grave quando forçadas a vestir roupas consideradas adequadas para o seu sexo, ou que se consolavam vestindo roupas estereotipadas associadas ao outro sexo, foram consideradas como sofrendo de “transtorno de identidade de gênero” (GID, em inglês). Recentemente, esta designação foi abandonada em favor de “disforia de gênero”, refletindo a ideia de que não há nada de errado em querer ser do outro sexo, desde que isso não te faça infeliz.

Os defensores dos “direitos gays” afirmam que, se a sociedade não aceita que você pertença a outro sexo, então a sociedade tem de mudar. Aqueles que defendem a mudança argumentam que a atração pelo mesmo sexo (SSA, em inglês) é normal para algumas pessoas, e uma vez que a atração pelo mesmo sexo é muitas vezes (mas nem sempre) precedida pelo transtorno GID, então o GID deve ser também normal. Eles ignoram os numerosos estudos respeitados que mostram que pessoas com SSA (atração pelo mesmo sexo) são muito mais propensas a sofrer de distúrbios psicológicos, abuso de substâncias químicas, impulso suicida e compulsões sexuais. Eles ignoram as provas de que a SSA não é biologicamente determinada, mas associada a experiências negativas no início infância, e que as crianças com GID são muito mais propensas a sofrer de ansiedade e transtorno de apego, além de vir de famílias desestruturadas.

O livro Sex, Cells, and Same-Sex Desire, de um editor pró-gay, busca uma causa biológica para a SSA mas conclui que “a pesquisa atual sobre as possíveis bases biológicas da preferência sexual não conseguiu produzir qualquer prova conclusiva” (John De Cecco , David Parker, Sex Cells and Same-sex Desire , (Harrington Park Press: NY, 1995) P.427).

Se a SSA fosse uma condição genética, seria de se esperar que gêmeos idênticos teriam sempre o mesmo padrão de atração sexual, mas uma pesquisa constatou que, em apenas 11% dos casos, onde uma criança tinha SSA a outra também tinha. Uma pesquisa mais recente sugere que esse percentual pode ser ainda menor.

Susan Bradley, que tem trabalhado intensivamente com crianças com GID, considera o GID como um dentre uma série de transtornos de apego. Ela afirma sobre os sintomas do GID: “os sintomas do GID são particularmente assumir o papel e o comportamento do sexo oposto; deve-se agir para apaziguar a ansiedade da criança e fazê-la se sentir mais valorizada, forte e segura”. Bradley afirma que um tratamento precoce pode resolver esse transtorno.

Enquanto aqueles que promovem a teoria de gênero insistem em que a identidade de gênero é diferente de orientação sexual, as duas estão ligadas. A orientação sexual descreve as pessoas com base no sexo pelo qual elas são atraídas, quer seja o seu próprio (atração pelo mesmo sexo, ou SSA), o oposto, ou ambos (bissexuais). Pessoas com SSA estão entre os mais influentes porta-vozes das várias teorias de gênero. Muitos sentem que têm sido discriminados por não estar em conformidade com as normas de gênero. Eles também se opõem à “heteronormalidade” – a crença de que a heterossexualidade é a norma e qualquer outra orientação é anormal.

Não há razão para supor que exista uma única causa para todas as SSA. Terapeutas como Joseph Nicolosi, autor de Shame and Attachment Loss: The Practical Work of Reparative Therapy, e Janelle Hallman, autora deThe Heart of Female Same-Sex Attraction, têm ajudado os clientes a compreender a gênese psicológica de sua SSA. No entanto, ninguém deve ter a impressão de que a mudança é fácil, que os resultados são garantidos, ou que uma pessoa que, embora se esforçando para viver a castidade, nunca terá outra tentação.

A mudança real é possível. Isso pode acontecer espontaneamente ou através de terapia ou aconselhamento religioso. Parece ser mais comum entre as mulheres, talvez porque entre os homens tenha complicações como vício sexual e uso de substâncias químicas. Lisa Diamond, autora de Sexual Fluidity, acompanhou 89 mulheres por 10 anos e descobriu que um certo número espontaneamente passou da SSA à heterossexualidade (Lisa Diamond, Sexual Fluidity (Harvard UP: Cambridge MA, 2008)).

Muitas, mas nem todas as pessoas que têm sintomas de GID quando crianças desenvolvem a atração pelo mesmo sexo (SSA) quando adultas. A intervenção precoce pode mudar essa trajetória. No entanto, há agora uma grande iniciativa para tornar ilegal o tratamento de crianças com GID ou adultos com SSA. Aqueles que defendem a proibição de tratamento argumentam que as pessoas com SSA nasceram dessa forma, que não podem mudar, e que qualquer terapia que não reafirme a sua atração pelo mesmo sexo é prejudicial. Nada disso é verdade.

Teorias de gênero começam com premissas falsas. Elas distorcem as provas e prejudicam os indivíduos e as sociedades que as abraçam. As provas produzidas em apoio à redefinição do casamento não resistem a um exame rigoroso. Isso pode explicar porque os partidários da redefinição do casamento querem encerrar o debate acusando os partidários do casamento natural de serem machistas, homofóbicos e intolerantes, culpáveis por discriminação e incitação ao ódio. Eles apelam para a compaixão, porque os fatos estão contra eles.

Mas aqueles que insistem na importância da diferença de sexo e do casamento natural não têm que ter medo dos fatos. Eles são os defensores da realidade.

Fonte: Aleteia

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ACI

A Corte Suprema de Novo México, nos Estados Unidos, sentenciou que um pequeno negócio de fotografia, de propriedade de um cristão, não tem o direito a negar-se por motivos religiosos a trabalhar em uma cerimônia do mal chamado “Matrimônio” gay.

O especialista Ryan Anderson, em um texto publicado em 22 de agosto no National Review Online, assinalou que esta sentença explica “a crescente preocupação que muitos têm contra as leis antidiscriminação, e a pressão para que o matrimônio homossexual atropele os direitos de consciência e liberdade religiosa”.

“As consequências para os crentes religiosos se estão fazendo visíveis”, indicou.

A Corte Suprema de Novo México sentenciou, em 22 de agosto, que a legislação antidiscriminação estatal obriga Elane Photography a “servir os casais do mesmo sexo da mesma forma que serve os casais de sexos opostos”.

Elane Photography, de propriedade de Elaine Huguenin e de seu marido, Jon, recusou tirar fotos da “cerimônia de compromisso” de duas mulheres, em Taos, Novo México.

Elaine recusou o contrato, dizendo que a fé cristã dela e de seu marido entrava em conflito com a mensagem que a cerimônia comunicava. O casal de lésbicas encontrou outro fotógrafo para sua cerimônia.

Uma das mulheres, Vanessa Willock, colocou uma queixa ante a Comissão de Direitos Humanos de Novo México, acusando o negócio de violar a legislação estatal que proíbe a discriminação em base à orientação sexual.

Em 2008, a comissão sentenciou a favor de Willock.

O negócio de fotografia apelou, representado pela organização defensora da liberdade religiosa nos Estados Unidos Alliance Defending Freedom (ADF).

Jordan Lorence, conselheiro sênior do ADF, assinalou que é muito provável que apelem à Corte Suprema dos Estados Unidos.

Achamos que a Primeira Emenda (da Constituição dos Estados Unidos) protege o direito das pessoas de não comunicar mensagens com as que discrepam”, disse Lorence à agência Reuters.

De acordo com o juiz Richard Bosson, que sentenciou a favor do casal de lésbicas, é o “preço da cidadania” ceder nas próprias crenças religiosas em favor de quem acredita em algo diferente.

Entretanto, para Lorence, “o preço da cidadania não significa ceder seus direitos constitucionais. É aterrador pensar que um artista ou qualquer americano pode ser forçado pelo governo a promover mensagens com as que não está de acordo”.

Em uma sociedade livre, as pessoas com diferentes crenças têm que aprender a levar-se bem. Havia muitos fotógrafos disponíveis, dispostos a fotografar esta cerimônia homossexual”.

Uma pesquisa realizada em julho pelo Rasmussen Reports revelou que 85 por cento de americanos acha que um fotógrafo de casamento cristão, com profundas crenças religiosas contra o mal chamado “matrimônio” homossexual, deve ter o direito a recusar um trabalho em uma cerimônia de “matrimônio” gay.

Só 8 por cento disse que o fotógrafo deve ser obrigado a trabalhar na cerimônia.

ACI

A gigante americano de encomendas e correios UPS anunciou que deixará de doar dinheiro aos Escoteiros (Boy Scouts) até que sejam admitidos na organização líderes e escoteiros gays.

A empresa americana, que entre 2010 e 2011 entregou mais de 235 mil dólares aos Boy Scouts, assegurou que a partir de agora as organizações que procurem doações deverão aderir-se a sua política de não discriminar a ninguém em apóie a sua raça, religião, discapacidad e orientação sexual.

A decisão do UPS foi feita em meados de novembro depois da pressão do lobby gay, que insistiu em cessar o financiamento aos Escoteiros até que seja anulada sua “dolorosa política” considerada “anti-gay”.

O porta-voz da organização juvenil, Deron Smith, expressou: “Estamos decepcionados ao conhecer esta decisão, mas respeitamos o direito de todos a ter e expressar uma opinião diferente”.

“Infelizmente, esta decisão terá um impacto direto nos jovens aos quais servimos em nossas comunidades locais”, lamentou.

Por sua parte, o Family Research Council (FRC), organização americana defensora da família, criticou o fim das doações da UPS aos Boy Scouts, e remarcou que o que esta companhia e outras “negam-se a entender que a política dos Escoteiros não é um assunto de intolerância, mas de segurança”.

FRC explicou em um comunicado que “depois das centenas de casos de abuso sexual a menores que infestaram a organização, os Boy Scouts da América tentaram criar um critério de afiliação de membros que seja o melhor para a segurança dos meninos e para os direitos dos pais”.

“Durante estes anos, os Boy Scouts pagaram milhões, possivelmente centenas de milhões, a meninos que foram vítimas de abusadores homossexuais. E o custo financeiro não foi nada comparado com o trauma emocional destes meninos, cujas vidas estão marcadas para sempre por esses encontros”.

A organização defensora da família sublinhou que “por mais de 100 anos, os Escoteiros se enfocaram em inculcar caráter e liderança nos meninos americanos. Eles não vão comprometer essa missão só para aplacar a companhias liberais e os ativistas”.

“Os Boy Scouts são peritos em sobrevivência, o que certamente é prático quando a esquerda está buscando fechá-los. Apesar da implacável pressão para que façam sua mensagem mais politicamente correta, os Boy Escoteiros mantiveram seu compromisso para manter a organização ‘moralmente correta’”.

A FRC lamentou que “infelizmente, para milhões de jovens, não todas as pessoas nos Estados Unidos respeitem essa decisão. Em seu lugar, sua postura sobre a homossexualidade converteu os Escoteiros freqüentemente em alvo de perseguição, ridículo e agora bullying financeiro”.

“Como uma companhia privada, UPS tem todo o direito de determinar quem ela apóia. Com a mesma moeda, também nós”, afirmou o FRC.

Em comunicação com o grupo ACI, o Presidente do Conselho Mexicano da Família (ConFamilia), Juan Dabdoub Giacoman, advertiu que “a atitude da empresa UPS, de cancelar suas doações aos Boy Scouts por não aceitar homossexuais em sua organização, representa uma grave ameaça aos direitos humanos em nível mundial, que merece um firme um boicote de todos os pais de família para que deixem de usar seu serviço de entregas”.

Para o Dabdoub Giacoman, “a UPS pretende erguer-se, não só por cima do direito dos pais de escolher a educação de seus filhos e do direito à liberdade de religião, reconhecidos nos artigos 26 e 18 da Declaração Universal dos Direitos humanos, mas quer ir além da Corte Suprema dos Estados Unidos, que reconheceu o direito dos Boy Escoteiros de negar o acesso de homossexuais à sua instituição”.

Giacoman indicou que a empresa americana “também contradiz o Tribunal de Estrasburgo, máximo tribunal em direitos humanos do Conselho da Europa, que emitiu uma sentença afirmando que a homossexualidade não é um direito humano; pois havia afirmado que ‘o matrimônio homossexual não é um direito (humano) fundamental e universal’ e que só se entende o matrimônio como ‘a união entre um homem e uma mulher’”.

“Os pais de família devemos atuar com contundência e deixar de usar os serviços do UPS, antes que outras empresas decidam seguir seu exemplo e comecem tentar impor-nos suas equivocadas ideologias em prejuízo de nossos filhos”, concluiu.

Depois de conhecer a decisão do UPS, o Grupo ACI, que utilizava os serviços da empresa para sua correspondência corporativa, decidiu prescindir de seus serviços.

Projeto ainda precisa passar por CCJ e plenário do Senado e pela Camara

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado aprovou projeto de lei da senadora Marta Suplicy (PT-SP) que introduz no Código Civil a união estável entre casais homossexuais e a possibilidade da conversão dessa união em casamento civil. A proposta não interfere nos critérios adotados pelas igrejas para o casamento religioso

O projeto define como entidade familiar “a união estável entre duas pessoas, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”.

Para ser transformada em lei, a proposta ainda necessita de aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário do Senado e também na Câmara dos Deputados.

O projeto de Marta Suplicy transforma em lei a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que em maio do ano passado reconheceu a união estável entre homossexuais como unidade familiar.  “O que nós fizemos foi colocar no Código Civil aquilo que o STF já fez”, declarou a senadora.

De acordo com a Agência Senado, a relatora do projeto na Comissão de Direitos Humanos, senadora Lídice da Mata (PSB-BA), afirmou que o Congresso está “atrasado” em relação a outras instituições que já reconheceram a união de casais do mesmo sexo, como o STF, a Receita Federal e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Se transformado em lei, o projeto eliminará dificuldades de casais homossexuais para conseguir efetivar o casamento civil, apesar da decisão do Supremo. Mesmo com a decisão do STF, alguns juízes argumentam que não existe legislação sobre o assunto.

O bispo auxiliar de Manágua, dom Silvio Báez, reiterou nesta terça-feira (22) a posição da Igreja a respeito de um projeto que pretende incluir no novo Código da Família a possibilidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Em encontro com diretores de meios de comunicação e jornalistas, o bispo auxiliar da capital da Nicarágua afirmou claramente que o colégio episcopal não tem uma posição oficial, mas estabeleceu a visão de que Deus criou o ser humano como homem e mulher, à sua imagem e semelhança, e confiou a ambos a reprodução para garantir a continuidade da humanidade e a educação dos filhos.

Dom Silvio Báez precisou que, para a Igreja, a família é vista como um patrimônio da humanidade não por norma, e sim como uma boa nova. “Nem tudo o que é legalizado é bom em si mesmo, assim como nem tudo o que é bom moralmente precisa estar refletido na lei”, disse o prelado, em alusão à lei em debate na Assembleia Nacional. Báez acrescentou que, quando se aprova uma lei que tem a ver com a família, acredita-se que tudo poderia ser feito e que tudo poderia ser considerado como bom para o ser humano.

O bispo assegurou que a Igreja está atenta à discussão de um código que toca em valores essenciais para a convivência humana em família. Afirmou que os bispos não se pronunciaram oficialmente para não dar maior importância aos grupos que se manifestaram nas ruas a favor da diversidade sexual e do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Estes grupos chegaram a chantagear deputados ameaçando divulgar as suas preferências sexuais caso não aprovassem as suas exigências.

De acordo com Báez, os pastores têm profundo respeito pelas pessoas de orientação sexual diferente daquela em que a família se baseia. “Respeitamos essas pessoas, as amamos e elas também têm lugar na Igreja, mas não podemos aceitar o fato como tal, nem propô-lo como uma via aceitável”.

O bispo defendeu esta posição como uma postura de fé, do evangelho e da tradição da Igreja, que viveu e interpretou a palavra de Deus. Perguntado sobre a posição do procurador de Direitos Humanos, Omar Cabezas, defensor do casamento entre homossexuais, dom Báez disse que os bispos respeitam as opiniões alheias “e não estão em confronto com ninguém”. “Achamos anormal que um Procurador de Direitos Humanos se posicione a favor de um determinado grupo, quando deveria respeitar o direito humano de todas as pessoas. Mas é a posição dele e não entramos em confronto. Acreditamos que, num sistema democrático, todos têm o direito de expressar a sua opinião”.

O bispo auxiliar de Manágua considera o problema complexo, com várias causas, e que cada caso deve ser considerado particularmente, com acompanhamento pastoral e atenção à pessoa. “Não há uma causa única nem uma receita dogmática”.

Ao considerar que muitas pessoas sofrem com esta situação, Báez disse que a Igreja procura levar as pessoas a alcançarem o que Jesus chama de “alegria plena e completa”. Mas destacou que, “qualquer que seja a orientação sexual de um ser humano, todos somos chamado a ser donos do nosso próprio corpo e a orientar o nosso corpo, a nossa sexualidade e os nossos sentimentos de acordo com os nossos valores, com o bem dos outros e com a dignidade da pessoa”.

A Igreja Católica sustenta que a sociedade tem o direito de considerar os aspectos éticos e morais da vida de um indivíduo e que há outros elementos na vida humana além da legalidade, como é o caso da ética e da moralidade.

Por sua vez, o bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez, disse que a Igreja católica local não substituirá os partidos políticos do país. Os bispos da Conferência Episcopal da Nicarágua iniciaram nesta quarta-feira (23), na cidade de Ocotal, um encontro ordinário para analisar diversos temas, entre eles as próximas eleições municipais de novembro, já convocadas oficialmente pelo Conselho Supremo Eleitoral.

Dom Álvarez disse, a respeito das eleições municipais, que os bispos da Nicarágua continuarão iluminando as consciências do povo com opinião crítica diante das situações do país. “Em nenhum momento nós somos uma opção política, nem pretendemos ser. Acreditamos que todo tipo de namoro com o poder, seja econômico, político ou de qualquer tipo, nos empobreceria como pastores. A nossa força está em Deus e na fé da nossa gente. Não precisamos de mais forças do que estas duas”.

O prelado enfatizou que a Igreja manterá uma palavra profética, de fé e esperança. Disse que durante a reunião em Ocotal os bispos refletiriam sobre as eleições municipais com o fim de adotar uma postura que ainda não está oficializada. “Divulgaremos a posição oficial colegiada de toda a Conferência Episcopal sobre as eleições. A Igreja vai se pronunciar pastoralmente quando for o momento”.

Dom Silvio Báez afirmou que a Igreja não tem propostas ideológicas ou políticas concretas, nem propõe qualquer sistema político em particular. Tampouco deseja usurpar o papel do estado ou dos partidos políticos. “A Igreja age em outros níveis, como a educação da consciência, dos valores”, especificou, agregando que a missão da Igreja vem do evangelho de liberdade e vida de Jesus Cristo, destinado a iluminar a inteligência com a verdade e a estimular a vontade das pessoas para praticarem a justiça e o bem conforme as exigências do presente. “A Igreja não tem soluções técnicas nem é uma terceira via diante das questões políticas”, concluiu.

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BOLÍVIA: IGREJA REJEITA PROJETO DE LEI SOBRE O CASAMENTO HOMOSSEXUAL
La Paz, 23 de maio de 2012

A Conferência Episcopal Boliviana emitiu nesta quarta-feira (23) um comunicado expressando a sua posição perante o projeto de lei “União de convivência entre casais do mesmo sexo”, apresentado recentemente à Assembleia Legislativa Plurinacional.

Publicamos a seguir o texto do comunicado.

Às vésperas do VII Encontro Mundial da Família, que abordará o tema “Família, trabalho e festa”, patrimônio de todos e instituição que humaniza a nossa existência, nós, bispos da Bolívia, reunidos em nossa 93ª Assembleia Plenária, refletimos sobre a importância capital da família em nossa sociedade e sobre as ameaças que se lançam sobre ela.

A respeito do projeto de lei “União de convivência entre casais do mesmo sexo”, apresentado recentemente à Assembleia Legislativa Plurinacional, expressamos a nossa rejeição, por considerá-lo como uma grave ameaça à família, tal como entendida pela sabedoria dos povos originários, pela tradição cultural da nossa sociedade e pelo pensamento cristão.

Ao se observar a natureza e o comportamento humano, pode-se deduzir que o matrimônio é uma relação única entre um homem e uma mulher. O que define esta relação é o fato de se tratar de uma instituição social baseada na complementaridade sexual. Esta torna possível a realização dos dois fins equivalentes do matrimônio: o amor mútuo entre os esposos e a procriação dos filhos.

Para nós, cristãos, maioria da população boliviana, este princípio é reafirmado por Deus com o testemunho da Sagrada Escritura: “E Deus fez o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, varão e mulher os criou. E os abençoou com estas palavras: sede fecundos e multiplicai-vos” (Gn 1,27-28). É esta união de homem e de mulher que foi elevada por Cristo à categoria de sacramento (Mc 10,9), como sinal do seu  amor pela Igreja (cfr. Ef 5,22-33).

A partir destas considerações, ratificamos que nenhuma outra relação humana pode se arrogar a riqueza da complementaridade do matrimônio, nem pode fundar uma família.

Dado que o matrimônio é uma estrutura social fundamental e insubstituível, baseada na natureza humana, nem a Igreja nem o Estado podem mudá-la no que lhe é fundamental. Neste sentido, o Estado tem a obrigação de preservar este bem por causa da sua insubstituível importância social, como, de fato, é afirmado em nossa Constituição Política de Estado, que reconhece o matrimônio unicamente como a união entre uma mulher e um homem (art. 63).

A união homossexual e o matrimônio não são formas igualmente relevantes para o bem comum, dada a incapacidade da união homossexual em si mesma de gerar a vida, de assegurar o  desenvolvimento pleno dos filhos e de garantir a continuidade da sociedade. A  convivência ou a permanência de crianças no seio de tais uniões põe em perigo o seu normal desenvolvimento psicossocial e atenta contra os seus direitos.

O fato de que à convivência homossexual não seja reconhecida a categoria de matrimônio não implica a marginalização nem a exclusão dessas pessoas. Os direitos civis dos homossexuais devem ser regulados pelo direito comum, como os de qualquer cidadão. Todo ser humano, por ser filho de Deus, merece ser reconhecido e respeitado em sua dignidade e em seus direitos fundamentais.

Exortamos toda a população boliviana a defender os princípios e os valores do matrimônio e da família como instituições que, através da convivência harmônica e da procriação e educação dos filhos, favorecem a verdadeira felicidade humana e contribuem para a estabilidade e para a continuidade da sociedade.

Que a Família de Nazaré seja o modelo das nossas famílias, na sua comunhão de amor, na sua beleza simples e austera e no seu caráter sagrado e inviolável.

Secretaria Geral da Conferência Episcopal Boliviana

Lady Gaga esteve em Springfield com toda a sua excentricidade no último episódio de “Os Simpsons”, que foi ao ar na televisão americana, na noite do último domingo (20).

Na cidade, a cantora abriu o seu coração para Marge e até deu um beijo na boca da esposa de Homer. A cantora também não deixou de exibir o seu famoso vestido de carne usado na premiação de 2010 do MTV Video Music Awards.

Mas o objetivo da visita de Gaga a cidade seria para ajudar a pequena Lisa a renovar suas crenças. Ela também ensinou a menina que ser única e diferente é algo bom.

Esta foi a segunda vez que Springfield recebe a popstar. Em 2011, ela fez a sua participação especial no episódio em que Bart Simpson foi indicado ao Oscar. As informações são do site “Ego” e do canal de entretenimento do “MSN Brasil”


Uma defesa positiva da natureza humana

Toco um tema de grande relevância na sociedade e na Igreja nesses dias, que é a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a união de pessoas do mesmo sexo. A nossa fé dá um juízo também sobre este fato.

Retomo a nota que saiu da última Assembléia Geral da CNBB que afirma: “A diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural. (…) A família é o âmbito adequado para a plena realização humana, o desenvolvimento das diversas gerações e constitui o maior bem das pessoas”. Esses são os pontos de referência para um juízo correto sobre a questão atualmente debatida. Continua a Nota da CNBB: “As pessoas que sentem atração sexual exclusiva ou predominante pelo mesmo sexo são merecedoras de respeito e consideração. Repudiamos todo tipo de discriminação e de violência . (…) [Porém] equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo à família descaracteriza a sua identidade e ameaça a estabilidade da mesma”. Uma coisa é o respeito, a não discriminação, outra coisa é a riqueza da vida familiar, da identidade sexual que dá origem ao matrimônio, que dá origem à família. A família segundo o plano de Deus que tem o direito de ser protegida pelo Estado. “É atribuição do Congresso Nacional propor e votar leis, cabendo ao governo garanti-las. Preocupa-nos ver os poderes constituídos ultrapassarem os limites de sua competência, como aconteceu com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal. [Isso] compromete a ética na política”, que uma decisão do Supremo Tribunal se substitua àquele que é o trabalho do Legislativo, do Congresso legitimamente eleito pelo povo.

Mas aquilo que nos interessa neste momento é o juízo dado sobre essa decisão do Supremo. A motivação usada pelos juízes nesse caso – daqueles que sustentam a união estável e a reconheceram e equiparando-a a uma entidade familiar´ – é que nós vivemos em uma sociedade fragmentada. Existem tantos fragmentos e um desses fragmentos é a Igreja Católica.

O Supremo Tribunal decide quando um fragmento quer prevalecer sobre o outro e intervém para colocar ordem. O Supremo Tribunal tem a presunção de representar o uso da razão quando os direitos de um fragmento são invadidos pelo outro ou não são respeitados. Onze pessoas representam a razão num clima de fragmentação total, de confusão do eu; e aí que domina o poder. Não pode ser um grupo de pessoas que decide o que é justo e o que não é justo quando se trata de definir o que é segundo a razão. E se não é um grupo de pessoas quem é? È somente algo que está na natureza humana, que a razão reconhece, e que se chama lei natural. Existe uma lei natural que junta todos os fragmentos, todas as pessoas.

A fé católica, escuta a voz da razão, e nós somos os primeiros a defender esse laço que une todos os fragmentos da sociedade que sem um fundamento comum seriam incomunicáveis. Diz São Tomás de Aquino: “A lei natural não é outra coisa que a luz da inteligência infundida por Deus em nós. Graças a ela conhecemos o que se deve cumprir e o que se deve evitar. Esta luz e esta lei Deus a concedeu na criação”, (Collationes in decem praeceptis, 1); cit. in: João Paulo II, Veritatis Splendor, 40.

Que a sociedade seja fragmentada é um fato, mas que não haja um fundamento comum é toda uma outra questão. Se não tivesse comunicação entre um fragmento e outro não poderia existir encontro entre as pessoas, não poderia existir comunicação, não poderia existir diálogo. O fundamento comum, que é a lei natural, deve ser reconhecido e respeitado. Nesse caso em que onze pessoas têm todo poder de decidir o que é justo e secundo a razão se manifesta uma prevaricação do poder. Nenhuma lei humana pode-se substituir às leis não escritas que se encontram na natureza humana , como já dizia Sófocles na Antígona. E São Paulo afirma “A lei está escrita em seus corações” (Rom 2, 15). A nossa posição é a defesa da racionalidade, é a defesa da unidade, é a defesa da natureza.

A partir do encontro com o Senhor nós temos uma experiência humana diferente. Ele transforma a nossa vida. E nós damos este juízo não como uma posição contra uma outra, não acanhados porque atacados ou reivindicando espaços para a Igreja. Não é isso. É por uma experiência positiva, que não tem medo dos necessários sacrifícios, iluminada pelo encontro com o Senhor que podemos afirmar e defender a natureza humana. E somos agradecidos porque Ele abre os nossos olhos. Por isso a nossa batalha não é uma batalha de defesa, uma batalha de pessoas colocadas no escanteio. Podemos perder – Jesus morreu na Cruz –, mas o importante é afirmar a verdade da experiência humana, aquilo que torna o humano grande e vibrante, que torna o humano extraordinário, porque capaz de infinito.

Nós fazemos uma batalha positiva, que nos permite encontrar qualquer pessoa, ter contato com qualquer um, porque dialogamos com a humanidade das pessoas, não de uma forma reduzida, mas com uma atenção profunda. Como fizeram os Apóstolos e os primeiros cristãos. Naquele tempo estas coisas, no mundo da Grécia eram aceitas, mas não era a forma humana mais digna. São Paulo em Corinto não está diante de uma sociedade patriarcal, mas pretensamente liberal e manifesta um outro ponto de vista radicalmente diferente. Pensemos como eram tratadas as mulheres, sem falar dos escravos. O Cristianismo revolucionou tudo isso.  E nós através do testemunho de uma beleza extraordinária encontrada, podemos comunicar como é positivo para todos defender o bem da família, defender o bem da vida, a partir não de uma teoria, mas da experiência. Por isso, agradeçamos ao Senhor porque nos fez encontrar Aquele que é a fonte da nossa humanidade verdadeira, Aquele dom filipodo qual a nossa alma tem sede, que o nosso coração deseja, e que não ficou distante e que nos encontrou e nos iluminou sobre a verdadeira consistência da nossa humanidade. E este é um bem para todos; é um aspecto da boa nova que ilumina a vida de qualquer pessoa. O eunuco e o apostolo são abraçados pela mesma misericórdia, que indica um novo rumo para a vida e para as relações entre as pessoas.

Dom Filippo Santoro

Bispo de Petrópolis



Um artigo lúcido!

Seu autor é homossexual” assumido”, americano, e faz uma análise sob o ponto de vista político e cultural, tocando com maestria nas entranhas das reivindicações políticas do movimento gay nos Estados Unidos e plenamente aplicável aqui no Brasil

O autor não entra no mérito da ilicitude moral do comportamento de muitos  homossexuais e parece até mesmo legitimá-lo no “anonimato de uma vida privada e discreta”, algo que, evidentemente não concordamos já que a licitude ou ilicitude moral de nossos comportamentos independem do local e de sua visibilidade

Leia o artigo sem moralizá-lo e o analise sob o ponto de vista político e das implicações na sociedade de tais reivindicações do movimento gay.
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Por Justin Raimondo

Os ativistas homossexuais do passado pediam ao governo que os deixasse em paz. Sua plataforma política consistia fundamentalmente na descriminalização de relações homossexuais entre maiores de idade. Hoje, contudo, à medida em que a tolerância social à homossexualidade cresce, os ativistas homossexuais se voltam cada vez mais para o governo a fim de impor seus interesses à sociedade.

Muito embora o poder estatal tenha sido utilizado como clava contra os homossexuais desde pelo menos a Idade Média, os líderes gays de hoje subitamente parecem eles mesmos empunhar o bastão, dizendo: “Agora é a nossa vez”. Isto é uma grande ironia – e uma possível causa de problemas para os homossexuais e convulsão social para a América.

O nascimento do movimento de liberação dos homossexuais na América pode ser datado em 27 de Junho de 1969, quando clientes do Stonewall Inn, um bar para homossexuais em Manhattan, resistiram a uma tentativa da polícia de fechar aquele estabelecimento. Durante três dias, uma rebelião da vizinhança efetivamente impediu a polícia de dar seguimento à antiga tradição de extorsão de bares “gays” e de fechamento dos que se recusavam a pagar propina. Na autuação oficial, os donos do Stonewall foram citados por não possuírem alvará para venda de bebidas alcoólicas. Mesmo que eles tivessem requerido a obtenção do alvará, contudo, dificilmente eles teriam sido atendidos: o órgão estatal responsável por este tipo de licença era notoriamente hostil a estabelecimentos voltados para homossexuais. Assim sendo, os primeiros manifestantes homossexuais modernos estavam se rebelando contra a regulação estatal. De fato, a liberdade perante o governo, genericamente considerado, era uma idéia central do movimento de liberação homossexual.

No entanto, algo fez com que o movimento gay se desviasse deste objetivo originário. Hoje, o intitulado movimento pelos direitos homossexuais vê o governo como o provedor, e não o inimigo, da liberdade. Da medicina socializada, passando pela legislação anti-disriminação e chegando às aulas obrigatórias de “tolerância” nas escolas, não há qualquer tipo de iniciativa para incrementar o poder governamental que estes supostos guerreiros da liberdade não apoiem.

Enquanto as relações homossexuais entre maiores de idade sejam consideradas atos ilegais em alguns estados, eu acredito que organizações dedicadas a legalizá-las têm um assento legítimo na constelação das causas em prol dos direitos humanos. Além deste objetivo estritamente limitado, contudo, um movimento político baseado em orientação sexual é uma aberração grotesca. O fato de que o movimento pelos direitos homossexuais ter assumido uma postura cada vez mais autoritária é a consequência inevitável de se basear compromissos políticos em lealdades tribais, e não em princípios filosóficos.

Numa sociedade livre não existem direitos homossexuais, apenas direitos individuais.

Tanto para homossexuais quanto para heterossexuais, estes direitos se fundem num único princípio: o direito de ser deixado em paz. Politicamente, o movimento pelos direitos dos homossexuais deve voltar às suas raízes libertárias. Isto iniciaria o imprescindível processo de despolitização da homossexualidade e evitaria uma perigosa guerra cultural que a minoria homossexual jamais poderá vencer.

Mesmo a “neturalidade” estatal que homossexuais “de centro” como Andrew Sullivan advogam forçaria o governo a tratar a homossexualidade como algo equivalente à heterossexualidade, como se vê nas demandas de Sullivan em prol de um pseudo-“casamento” homossexual e da admissão de gays assumidos nas forças militares.

A verdadeira neutralidade, contudo, exigiria não uma aceitação, mas indiferença, desatenção, inação. Um estado neutro não penalizaria nem recompensaria a conduta homossexual. Ele não proibiria nem legitimaria juridicamente o casamento homossexual. Num ambiente militar, um estado neutro submeteria qualquer manifestação de sexualidade à mesma rigorosa regulação.

Os homossexuais devem rejeitar a idéia disparatada de que eles são oprimidos pelo “heterossexualismo”, uma ideologia vil que subordina e denigre homossexuais ao insistir no papel central da heterossexualidade na cultura humana.

Não se pode fugir da biologia humana, por mais que tal projeto possa seduzir acadêmicos alienados que imaginam que a sexualidade humana é uma “construção social” alterável à vontade.

Homossexuais são e serão sempre uma raridade, uma pequena minoria necessariamente à margem da família tradicional. O “preconceito” heterossexual das instituições sociais não é algo que precise ser imposto a uma sociedade relutante por um estado opressivo, mas uma predileção que surge de forma bastante natural e inevitável. Se isto é “homofobia”, então a natureza é sectária. Se os homossexuais utilizam o poder estatal para corrigir esta “injustiça” histórica, eles estão se engajando num ato de beligerância que será considerado com justiça uma ameaça à primazia da família tradicional.

Mesmo vários homossexuais liberais admitem que o modelo dos “direitos gays” já serviu a todo e qualquer propósito útil que ele algum dia possa ter tido. A idéia de que os homossexuais, especialmente os homens, sejam um grupo de vítimas é tão contrária à realidade que ela já não é mais sustentável. Nos campos econômico, político e cultural, os homossexuais exercem uma influência desproporcional ao seu número em face da totalidade da população, um fato que deu origem a inúmeras teorias conspiratórias. Dos cavaleiros medievais de Malta ao misterioso “Homintern” dos tempos modernos, a idéia de uma poderosa organização secreta de homossexuais é tema persistente na literatura conspiratória, imitando a forma e o estilo da mitologia anti-semítica.

Justaposta à propaganda vitimizante dos últimos vinte anos, esta imagem de poder homossexual com ela se funde para produzir um personagem particularmente antipático: uma criatura privilegiada que não para de choramingar quanto ao seus infortúnios. Se as lideranças políticas homossexuais estão tão preocupadas quanto a um suposto crescimento de sectarismo anti-homossexual, talvez elas devam tomar o cuidado de projetar uma imagem pública menos criticável.

Na condição de contigente especializado de um exército dedicado a empurrar o socialismo “multicultural” goela abaixo do povo americano, o lobby homossexual se alimenta dos piores medos de suas bases eleitorais. Empunhando o espantalho da “Direita Religiosa” a fim de manter as tropas em alerta, os políticos gays apontam para Jesse Helms e dizem: “sem nós, vocês não teriam a menor chance contra este sujeito”.

Entretanto, nenhum grupo religioso de peso jamais clamou por medidas legais contra os homossexuais. A Coalização Cristã, o Eagle Forum e outros grupos ativistas conservadores somente se envolveram em atividades políticas supostamente “anti-homossexuais” defensivamente, trabalhando pela rejeição de leis garantidoras de “direitos gays” que atacavam as crenças mais preciosas daqueles grupos.

Os líderes do movimento gay estão brincando com fogo. A grande tragédia é que não serão eles os únicos que sairão queimados. A volatilidade dos temas que eles vêm levantando – temas que envolvem religião, família e as mais elementares premissas do que é ser humano – cria o risco de uma explosão social pela qual eles devem ser responsabilizados.

A ousadia da tentativa de se introduzir um “currículo homossexual positivo” nas escolas públicas, a postura de vítimas militantes que não toleram qualquer questionamento, a intolerância brutal que se segue à tomada do poder pelos homossexuais em guetos urbanos como São Francisco – tudo isso, somado ao fato de que o próprio paradigma dos direitos dos homossexuais representa uma intolerável invasão da liberdade, tende a produzir uma reação da maioria.

Já é tempo de se questionar o mito de que o movimento pelos direitos homossexuais fala por todos, ou mesmo pela maioria dos homossexuais. Isto não acontece. Leis que estabelecem “direitos homossexuais” violam os princípios do autêntico liberalismo, e os homossexuais deveriam levantar sua voz contra elas – a fim de se distanciarem dos excessos deste movimento destrutivo, a fim de evitar conflitos sociais e para corrigir alguns graves males já criados. Estes males são o ataque político hoje lançado contra a família heterossexual pelos teóricos da revolução homossexual; o incansável deboche religioso que permeia a imprensa gay; e o ilimitado desprezo, inerente à subcultura homossexual, por toda tradição e pelos “valores burgueses”.

A busca por uma “etnia” homossexual é tão infrutífera quanto o esforço para forjar um movimento político homossexual. Ser homossexual não pode ser comparado, de forma alguma, a, digamos, ser armênio. Não existe uma cultura homossexual à parte da cultura em geral e, apesar de alegações pseudo-científicas em contrário, não existe uma “raça gay” geneticamente codificada. Existe apenas um certo comportamento adotado por um grupo heterogêneo de indivíduos, cada um baseado em seus próprios motivos e predisposições.

Quaisquer esforços de santificação desta conduta, ou de sua explicação de forma a esvaziá-la de qualquer conteúdo moral, são contraproducentes, além de pouco convincentes. Tentar reconciliar de alguma forma a homossexualidade com os costumes e crenças religiosas da maioria é renunciar ao verdadeiro direito que as pessoas, homossexuais ou não, efetivamente têm: o direito de não ter que dar satisfações quanto à sua própria existência.

A obsessão em “assumir” sua própria homossexualidade e o auto-centrismo essencialmente feminino deste tipo de ritual é certamente um outro traço do movimento homossexual que deve ser eliminado. Será que nós realmente temos que conhecer as predileções sexuais de nossos vizinhos e colegas de trabalho, ou mesmo de nossos irmãos e irmãs, tios e tias?

Esperar aprovação ou sanção oficial quanto algo tão pessoal quanto a própria sexualidade é um sinal de fraqueza de caráter. Pedir (não, exigir) com a cara limpa tal aprovação na forma de um ato governamental é algo de um mau gosto sem paralelos. É também a confissão de uma falta de auto-estima tão devastadora, de um tal vazio interior, que sua expressão pública se torna inapreensível. A auto-estima não é uma qualidade que se possa extrair dos outros, nem ser criada legislativamente.

A história do movimento gay revela que Eros e ideologia são antípodas. A política, disse Orwell, é o “sexo azedado”, e a palavra “azeda” certamente descreve a visão do mundo dos dogmáticos dos direitos homossexuais. Isto fica evidente só de olhar para eles: melindrados a todo tempo por uma sociedade “heterossexualista” e normalmente muito pouco atraentes para conseguirem namorar, estas  almas politizaram tanto sua sexualidade que dificilmente se pode afirmar que ela ainda exista.

Ao invés do moralismo da “visibilidade” gay, uma solução sensata para a Questão Homossexual seria uma convocação de retorno aos deleites da vida privada, uma redescoberta da discrição ou mesmo do anonimato. A politização da vida cotidiana – do sexo e das instituições culturais fundamentais – é uma tendência a que devemos resistir com tenacidade: não apenas os homossexuais, mas os amantes da liberdade em todas as esferas de realização humana.

Artigo originalmente publicado na revista The American Enterprise.