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É a mais antiga organização humana com quase 2.000 anos de existência. Mais de 1,2 bilhões de seguidores espalhados pelo mundo fazem da Igreja Católica uma organização global.

Sofreu e também causou cismas, perseguições, conspirações e guerras. Foi impulsionadora de avanços na Filosofia, na História, na Arquitetura e sobretudo nas Artes.

Quer sejamos crentes ou não, o que podemos nós aprender com a Igreja e incorporar nas nossas organizações?

Cinco aspectos que sobressaem de vários estudos: missão e valores; estrutura; adaptação; liderança e comunicação.

Vejamos o primeiro aspecto – todos os colaboradores conhecem a sua missão. Estudam-na profundamente. A materialização da missão e da visão é o seu “produto” e “serviços”, no quadro ético-moral-dos-valores é claro. O não cumprimento coloca em risco a organização. O líder é o garante dos valores. Conceito estratégico.

Estrutura achatada. Em termos hierárquicos, são 3 os níveis de poder basilares: papa; bispo e padre. Os dois últimos com os seus territórios: diocese e paróquias. Não mais. Fruto da autonomia e do contexto externo, muitas vezes funcionam em rede. Conceito de eficácia de processos e de estrutura.

Pensar global, agir local. Se a frase é um chavão, para Igreja não o é. Os sacerdotes mais ou menos conservadores inserem-se em comunidades com comportamentos e necessidades similares. Basta ver o exemplo no nosso país.(Portugal)  Hoje, dois terços dos crentes estão na América Latina, África e Ásia, fruto da perda de influência na Europa. Conceito de segmentação.

O líder não é imposto. É escolhido e ‘eleito’ entre os seus pares. Encaram como uma missão e serviço ao outro, uma das características basilares da liderança, a par da coragem. Sabiamente são escolhidos face ao contexto. O missionário João Paulo II num contexto de mudança política e de evangelização. O erudito Bento XVI numa reflexão do sentido teológico e o Papa Francisco como agente de mudança. Conquistar, reflectir e mudar. Conceito apuradíssimo de liderança.

Finalmente, a comunicação. A interna onde o latim permitia a comunicação entre sacerdotes de diferentes culturas, vital numa estrutura global. Já em 2010, o Vaticano reunia vários especialistas para reflectir sobre os canais digitais e o “crossmedia” (utilização de múltiplos canais físicos e online para um fim comum). Atualmente, o “transmedia storytelling” permite a difusão e a amplificação de uma história adaptada a diferentes canais e plataformas. De uma coisa a Igreja não tem falta: de narrativas poderosas e com a riqueza de múltiplas figuras de linguagem.

LUÍS BETTENCOURT MONIZ

Responsável de Marketing no SAS Portugal

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O antigo ditado diz que “a propaganda é a alma do negócio”. Durante décadas as grandes empresas usaram mensagens em outdoors tentando mostrar suas mensagens e atrair pessoas.

Em 2009, grupos ateus decidiram usar isso em uma campanha realizada primeiramente na Europa e depois nos Estados Unidos. Os outdoors e anúncios em ônibus diziam que Deus não existe e as pessoas deveriam “curtir a vida” sem se preocupar com isso. Poucos dias depois, iniciou-se uma guerra midiática com outdoors de cristãos defendendo a existência de Deus.

Em alguns países, grupos islâmicos também decidiram usar esse meio para divulgar a fé muçulmana.  Além de mensagens dizendo que Jesus era um profeta do Islã, outdoors e propagandas em ônibus traziam frases controversas como “O Sagrado Alcorão: o testamento final,” “Islã: Você tem perguntas? Nós temos as respostas” e “Maomé: Misericórdia para a humanidade”.

Desde então, de tempos em tempos surgem novas campanhas de mídia usando outdoors para espalhar a fé (ou falta dela) especialmente perto da época do Natal. Este ano, três iniciativas cristãs chamaram atenção.

Um caminhoneiro aposentado gastou todas as suas economias e até vendeu a casa para colocar outdoors em rodovias movimentadas em seu Estado.

Um grupo de cristãos do Texas investiu em outdoors e numa campanha da internet mostrando um Jesus tatuado para fazer uma campanha de evangelização. Ao todo foram 59 outdoors com a imagem e um convite para se visitar o site deles.

O ministério de apologética Answers in Genesis investiu alto para colocar anúncios em outdoors eletrônicos, de 15 por 30 metros, nos principais pontos turísticos dos Estados Unidos, nas cidades de Nova York, Los Angeles e San Francisco.  A mensagem era clara “Amigos ateus, graças a Deus vocês estão errados”.

Em relação a este último, a Freedom From Religion Foundation criou uma resposta. Comprou espaço em um outdoor tão grande quanto o outro para exibir a mensagem “Nossa, Deus não existe”.

Não alheio a isso, O Circulo Islâmico, organização que divulga a fé muçulmana nas Américas, começou sua própria campanha “Por que seguir o Islã?”. Eles espalharam cerca de 60 outdoors pelos Estados Unidos com a mensagem “Encontre Jesus no Alcorão”. O outdoor exibe também um número de telefone e o endereço de um site onde os interessados poderão solicitar uma cópia gratuita do Alcorão para que possam “encontrar Jesus”, mas eles dão uma dica está na terceira sura (capítulo), verso 45.

De acordo com site do grupo a iniciativa poderá se estender para os países da América do Sul em breve.

Com proximidade do Natal, em breve poderemos ver mais um capítulo dessa “guerra santa” entre cristãos, muçulmanos e ateus.

Fonte: Christian Post, ICNA Atlanta e The Blaze.

A equipe de marketing da Warner Bros está promovendo o filme “Homem de Aço”, o mais recente filme do Super-Homem, de uma forma diferente: chamando líderes de igrejas nos Estados Unidos para assistir sessões gratuitas do filme.

Para atrair o público religioso, o estúdio convidou um teólogo para escrever uma pregação fazendo a ligação entre o filme e a vida de Jesus. O texto de nove páginas recebeu o título de “Jesus: O Super-Herói Original” e tem como objetivo pedir para que os líderes cristãos mostrem o trailer do filme em suas igrejas.

O roteiro do filme, que estreou nos Estados Unidos na última sexta-feira (14), tem ligações com a vida de Jesus Cristo, já que Clark Kent foi enviado à Terra por seus pais para salvá-la.

Outra semelhança entre o Super-Homem e Jesus é a idade, com 33 anos Clark terá que se sacrificar para poder defender a raça humana. Foi com esta idade que Filho de Deus foi crucificado.

O ator Henry Cavill, que interpreta o personagem principal, diz que tem espectador que nem nota essa ligação entre seu personagem e Jesus. “Pode até ser que o Super-Homem tenha um background inspirado na história de Jesus, mas isso não significa que eu tenha encarnado o Super-Homem como se ele fosse Deus. Acho que o público tem que tirar suas próprias conclusões. Tem gente que nem nota essa semelhança, mas tem gente que pega de primeira”.

O diretor do longa, Zack Snyder, diz que essa semelhança existe desde quando o personagem foi inventado. “Para ver as ligações, depende da experiência de cada espectador”.

Em duas partes do filme é possível ligar as duas histórias, uma delas é quando o Super-Homem pula com os braços esticados parecendo um crucifixo. Em outra cena ele procura um padre e no cenário de fundo um grande imagem de Jesus ganha destaque colocando-os lado a lado.

Em entrevista a CNN o pastor Quentin Scott, de Baltimore (EUA), disse que participou das sessões gratuitas do filme e realmente notou que a história fala de Jesus. “Quando me sentei e assisti ao filme, o que de fato vi foi a historia de Jesus, e o amor de Deus introduzido na história,” disse ele.

Muitos dos líderes que viram o filme acreditam que é possível falar de Jesus e de sua missão usando o filme “Homem de aço” como referência. Mas há outros que contestam dizendo que ligar as duas histórias é um risco elevado.

O Estado de S.Paulo

O outdoor de um site de relacionamentos, especializado em relações extraconjugais, está provocando polêmica no Rio. A propaganda tem a imagem do Cristo Redentor ao lado dos dizeres: “Tenha um caso agora! Arrependa-se depois”. A Arquidiocese encaminhou o assunto para o departamento jurídico e estuda as medidas que tomará.


“A Arquidiocese repudia com veemência essa propaganda com uso do Cristo, cujo direito de imagem pertence à Cúria. Ainda mais em um anúncio que prega o adultério”, afirmou o porta-voz da Arquidiocese, Adionel Carlos da Cunha.

O padre Omar Raposo, pároco do Santuário Cristo Redentor, disse que a propaganda provocou “indignação”. “Ficamos todos perplexos. A Igreja defende uma proposta de valorização da família, do equilíbrio. E esse site aposta no contrário, na relativização da família”, afirmou.

A propaganda é do site Ohhtel, que promete ser “o melhor lugar no Brasil para ter um caso discreto”. A rede social chegou ao País em julho e já tem 210 mil inscritos. “Acreditávamos que o público do Rio seria menos conservador, mas o que ocorreu é que São Paulo tem maior número de inscritos. Apostamos na publicidade no Rio para triplicar o número de perfis na cidade”, afirma a vice-presidente do site no Brasil, Laís Ranna.

A escolha do Cristo, explica ela, teve a intenção de “provocar as pessoas”
. Apesar da reação da Cúria, a empresa não pretende retirar a propaganda da Barra da Tijuca, zona oeste. De acordo com Laís, o site tem enfrentado problemas com publicidade, por ser um “serviço polêmico”. “Queremos até patrocinar um time de futebol, mas temos encontrado dificuldades.”

Outras polêmicas

Há dez dias, o jogador do Botafogo Loco Abreu foi filmado chutando bolas em direção à estátua. Era um comercial para a companhia aérea uruguaia Pluna. Loco Abreu, católico, foi perdoado pela Igreja. Há dois anos, porém, a Arquidiocese encaminhou uma notificação judicial à Columbia Pictures pelo uso da imagem do Cristo no filme 2012. No caso do filme, houve um acordo.

A Cúria não cobra pelo uso da imagem, mas pode vetá-lo. O caso mais rumoroso de veto ainda é o do carnaval de 1989, quando a Beija-Flor apresentaria a estátua no enredo Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia. Joãosinho Trinta optou por cobrir a imagem com sacos pretos e uma faixa com os dizeres “mesmo proibido, olhai por nós”.

Nota: A foto é de Tasso Marcelo/AE

É propaganda..
Mas..