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São milhares os registros de “curas inexplicáveis” que acontecem todos os anos no santuário mariano de Lourdes, na França – um dos mais conhecidos e concorridos do mundo. No entanto, são pouquíssimas as curas consideradas efetivamente milagrosas por parte da Igreja, que adota critérios rigorosos em sua minuciosa avaliação científica de cada caso.

Apesar do rigor desses estudos, perdura há muitas décadas o desprezo de descrentes que sequer se dão ao trabalho de saber como a Igreja avalia e descarta os milhares de casos de “aparentes milagres”. Para muita gente desinformada ou mal informada, todo e qualquer milagre é mera charlatanice desprovida de fundamentos. Essa postura de ignorância disfarçada de intelectualidade contrasta com a postura de respeito e consideração adotada por profissionais de reconhecido prestígio, como o médico francês Luc Montagnier, Prêmio Nobel de Medicina, que, entre outras relevantes contribuições à ciência, ficou famoso pela descoberta do vírus HIV.

Ex-diretor do Instituto Pasteur, esse importante cientista de renome mundial expôs a sua opinião sobre os milagres de Lourdes no livro Le Nobel et le Moine, em que dialoga com o monge cisterciense Michel Niassaut. A esse respeito, Luc Montagnier afirma:

“Não há por que negar nada”.

Em dado momento, as conversas abordaram as curas sem explicação ocorridas em Lourdes e se perguntou o que opinaria um não-crente premiado com o Nobel. Luc Montagnier respondeu:

“Quando um fenômeno é inexplicável, se ele realmente existe não há necessidade de negar nada”.

Afinal, se o fenômeno existe, qual é o sentido de negá-lo? O que vem ao caso é estudá-lo, não fingir que não existe. E, por isso, o Nobel de Medicina, afirmando que “nos milagres de Lourdes há algo inexplicável”, repreende a postura de alguns colegas observando que “muitos cientistas cometem o erro de rejeitar o que não entendem. Não gosto dessa atitude. Frequentemente cito a frase do astrofísico Carl Sagan: ‘A ausência de prova não é prova de ausência’”.

Montagnier prossegue: “Quanto aos milagres de Lourdes que eu estudei, creio que realmente se trata de algo inexplicável (…) Não consigo entender esses milagres, mas reconheço que há curas que não estão previstas no estado atual da ciência”.

Luc Montagnier teve imensa relevância na história recente pela sua descoberta do vírus HIV. A este propósito, indo contra o mundo anticatólico e seus preconceitos e acusações infundadas, ele reconhece a importância da Igreja diante do drama dos enfermos.

Meu colega dos Estados Unidos da América, Robert Gallo, teve uma audiência com o Papa (João Paulo II) para tentar entender como aumentar a nossa colaboração com as equipes das missões católicas na África. Lá são tratadas pessoas com aids e se faz prevenção contra a propagação do vírus (…) As ordens religiosas cristãs têm um papel muito positivo no cuidado dos doentes. Reconheço que, no âmbito da atenção hospitalar, a Igreja foi pioneira. Pude ter contato, ao longo desses muitos anos de pesquisa sobre a aids, em especial no início, com pacientes condenados a uma morte inevitável. Com frequência, a fé e a proximidade da Igreja nos ajudaram a enfrentar a doença e a fazer com que os doentes não se sentissem abandonados. Foi por esta experiência que eu sempre reconheci a contribuição pioneira e inestimável da Igreja na atenção hospitalar”.

Embora agnóstico, Montagnier revela pela Igreja uma grande estima. Ele, que se ofereceu para ajudar a combater o mal de Parkinson de que sofria o Papa São João Paulo II, considera que o planeta ganharia muito se os valores cristãos prevalecessem no mundo. “Existem 2 bilhões de cristãos, dos quais 1,1 bilhão é católico. Seus bons sentimentos se fazem presentes”, mas não governam a humanidade: e seria ótimo se o amor ao próximo guiasse o mundo, diz o médico.

LOURDES E OS PRÊMIOS NOBEL

Montagnier não é o único ganhador de um Prêmio Nobel a manter uma relação com Lourdes.

Alexis Carrel, Nobel de Medicina em 1912, chegou a se converter ao catolicismo graças aos milagres que presenciou naquela cidade mariana desde 1903, quando ainda era um jovem médico ateu.

Na época, um colega que acompanharia um grupo de peregrinos a Lourdes lhe pediu, por força maior, que o substituísse. Carrel aceitou pensando em comprovar pessoalmente a falsidade dos supostos milagres – mas o que lhe coube foi justamente assistir a um deles.

O médico visitou, observou e analisou todos os sintomas de uma mulher tuberculosa em leito de morte. Não havia dúvida alguma de que ela morreria em breve. No entanto, quando aquela mulher, diante dos seus olhos incrédulos, saiu das piscinas de Lourdes, tudo tinha desaparecido. O depoimento de Carrel no livro em que conta a sua conversão foi recebido com escândalo nos âmbitos naturalistas céticos que dominavam a França.

Parece que o “escândalo” dos milagres não pretende acabar tão cedo. Seria recomendável, portanto, que os incrédulos, em vez de promulgarem os seus próprios dogmas de “intelectualidade superior” diante daquilo que não entendem, procurassem conhecer o assunto com mais rigor científico e menos conclusões precipitadas (e anticientíficas).

Com informações de religionenlibertad.com

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Segundo o site ACI Digital (08/12/2016), a ciência permitiu conhecer o tipo de sangue que Jesus teria, graças à investigação de diversos milagres eucarísticos ocorridos ao longo da história.

No século VIII, um sacerdote que duvidava da presença real de Cristo na Eucaristia pôde ver durante a consagração na Missa que a hóstia se convertia em carne e sangue.

Este milagre ainda pode ser visto na Igreja São Francisco em Lanciano (Itália), onde ocorreu.

Nas décadas de 1970 e 1980, alguns pesquisadores analisaram o milagre e definiram, entre outras coisas, que o tipo de sangue era AB.

No século XIII, cerca de 500 anos depois do milagre de Lanciano, outro sacerdote que duvidava da presença de Cristo na Eucaristia contemplou como a hóstia consagrada derramava sangue sobre o corporal, o tecido colocado sobre o altar onde o sacerdote põe as ambulas e o cálice usados na comunhão.

O corporal onde ficou a marca deste milagre pode ser venerado na Catedral de Orvieto (Itália). Na década de 1990, os pesquisadores que analisaram o tipo de sangue indicaram que era AB, assim como no milagre eucarístico de Lanciano.

Este tipo de sangue é o mesmo que os cientistas encontraram no Santo Sudário de Turim, a túnica que segundo a tradição cobriu o corpo de Cristo no sepulcro depois da crucificação.

Alguns relatórios também assinalam que o tipo de sangue AB foi encontrado no sangue que brotou de algumas imagens da Virgem Maria. Os grupos sanguíneos foram descobertos apenas no século XX, muito antes que estes milagres acontecessem.

Esta informação permite deduzir, então, que o tipo de sangue do Senhor Jesus efetivamente foi AB.

Publicado originalmente em ChurchPop.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/coincidencia-divina-milagres-eucaristicos-revelariam-tipo-sanguineo-de-jesus-22208/

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Desde 1862, já são mais de 7.000 as curas inexplicáveis reconhecidas em Lourdes, mas apenas 69 delas foram declaradas milagrosas pela Igreja. Qual é o procedimento para que um milagre de cura seja reconhecido?

O primeiro passo é o parecer do “Bureau des Constatations Médicales“, a comissão de médicos que examina o caso do suposto milagre. Trata-se de uma equipe de especialistas que opera desde 1883, quando o Dr. George-Fernand Dunot de St. Maclou, a convite do primeiro reitor do Santuário de Notre-Dame de Lourdes, fundou o Bureau. Em 1905, os procedimentos do Bureau para estudar os casos recuperações aparentemente milagrosas foram confirmados pela Santa Sé, através do papa Pio X. O caso mais recente de cura inexplicável reconhecida pelo Bureau é de 2013: o da italiana Danila Castelli, curada de uma hipertensão muito grave.

PRIMEIRO PASSO: A VISITA DO MÉDICO PERMANENTE

“A pessoa que se apresenta ou que escreve para o Bureau é recebida ou visitada pelo médico permanente”, explica Alessandro de Franciscis, o próprio médico permanente e presidente do Bureau de Lourdes. “Então eu avalio, leio, escuto, examino, analisando se estou ou não diante de uma cura verossimilmente inexplicável. Isto acontece, em média, de trinta a quarenta vezes por ano. Após esse primeiro encontro, começa um processo de construção de um registro médico”.

SEGUNDO PASSO: O EXAME DO BUREAU

No dia da convocação do Bureau, começam as discussões médicas. Depois de uma primeira, segunda, terceira discussão, pode-se concluir se o caso de cura era verdadeiro, completo, duradouro e inexplicável segundo os conhecimentos médicos disponíveis.

TERCEIRO PASSO: A COMISSÃO MÉDICA

O caso, que a essa altura já pode ter até vinte e cinco anos desde que aconteceu, é apresentado pelo médico permanente à Comissão Médica Internacional de Lourdes. Se a comissão também o confirma, depois de uma série de exames e análises, então o caso de cura é julgado e confirmado como inexplicável do ponto de vista científico.

QUARTA ETAPA: A COMISSÃO ECLESIÁSTICA

Finalmente, a questão passa para as mãos do arcebispo da diocese à qual pertence a pessoa supostamente agraciada com o milagre. É instituída então uma comissão eclesiástica, para discutir se a recuperação foi obra ou não da intercessão divina.

Autor: Gelsomino del Guercio

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A Igreja não afirma a ocorrência de um milagre apenas porque queira ou possa: ela submete a análise de cada suposto milagre a uma sequência criteriosa de etapas científicas, que incluem, por exemplo, comissões médicas para estudar cada alegação de cura cientificamente inexplicável.

É o caso da Comissão Médica Internacional de Lourdes, cuja metodologia é a mesma usada na investigação científica. Aliás, seus membros costumam citar o princípio de Jean Bernard: “Quem não é científico não é ético“. Não se trata de cair no cientificismo ou no positivismo por si mesmos, e sim de buscar a verdade com a clara consciência daquilo que a encíclica Fides et Ratio veio a sintetizar magnificamente:

“A fé e a razão são como as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade”.

OS 7 CRITÉRIOS DA CURA MILAGROSA

O cardeal Prospero Lambertini, que se tornaria mais tarde o papa Bento XIV (pontífice de 17 de agosto de 1740 até a morte em 3 de maio de 1758), detalhou as características do milagre do ponto de vista médico-científico na “De servorum beatificatione et beatorum canonizatione” (“A beatificação dos servos de Deus e a canonização dos beatos“), livro IV, capítulo VIII, 2-1734, definindo 7 critérios para o reconhecimento de uma cura extraordinária ou inexplicável:

  1. A doença deve ter características de gravidade, com prognóstico negativo.
  2. O diagnóstico real da doença deve ser certo e preciso.
  3. A doença deve ser apenas orgânica.
  4. Eventual tratamento não pode ter favorecido o processo de cura.
  5. A cura deve ser repentina, inesperada e instantânea.
  6. A retomada da normalidade deve ser completa (e sem convalescência).
  7. A cura deve ser duradoura (sem recaída).

Os 7 critérios de Lambertini são válidos até hoje e esclarecem o perfil específico da cura inexplicável, garantindo que toda objeção ou contestação seja levada em ampla consideração antes de se atestar que uma determinada cura foi “não explicável cientificamente”.

DE 7.200 SUPOSTOS MILAGRES em LOURDES, SÓ 69 RECONHECIDOS

A seriedade das avaliações de supostos milagres pode ser percebida nos números relacionados ao santuário mariano de Lourdes, na França, o mais visitado do mundo por peregrinos em busca de cura física:  desde 1858, houve mais de 7.200 alegações de cura milagrosa, mas apenas 69 casos foram declarados efetivamente inexplicáveis do ponto de vista médico-científico até hoje.

O mais recente caso é o de Danila Castelli: ela foi curada em 1989, mas o reconhecimento formal da inexplicabilidade científica de sua cura só aconteceu em 2013; portanto, após 24 anos de estudos, disponíveis para a contestação da comunidade científica.

Já o primeiro caso reconhecido em Lourdes tinha sido a cura deCatherine Latapie, ocorrida poucos dias depois da primeira aparição de Nossa Senhora em Massabielle.

UM CASO DE IMPRESSIONAR

Um dos casos de cura mais impactantes que passaram pela Comissão Médica Internacional de Lourdes é o da religiosa Luigina Traverso (foto), curada repentinamente de uma lombociática incapacitante de meningocele no dia 23 de julho de 1965, após anos de tratamento médico e várias cirurgias que não tinham dado resultado.

Em 20 de julho de 1965, a irmã viajou até Lourdes em estado grave – aliás, os médicos tinham recomendado que ela não fizesse a peregrinação porque a viagem representava alto risco de morte.

Em 23 de julho, na passagem do Santíssimo Sacramento durante a celebração eucarística, a irmã Luigina relata ter experimentado uma súbita sensação de forte calor e bem-estar, acompanhada pelo “desejo de ficar de pé” – o que era impossível para ela havia meses. De repente, ela recuperou o movimento dos pés e deixou de sentir dor.

Em 24 de julho, acompanhada pela madre superiora, a religiosa caminhou sem ajuda alguma até a gruta de Lourdes para agradecer a Nossa Senhora. No mesmo dia, participou da via-crúcis dos peregrinos e subiu rezando até a quarta estação – a subida é íngreme. Ao longo dos dias seguintes, a irmã Luigina já estava ajudando a cuidar dos doentes que peregrinavam ao santuário.

Demorou até 2012 para que o milagre fosse reconhecido, cumpridas todas as rígidas etapas de estudos médicos e científicos e, por último, de análise por parte da Igreja.

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A hematologista canadense Jacalyn Duffin estava observando no microscópio “uma célula letal de leucemia”.

Olhando para a data do exame, concluiu: “Fiquei persuadida de que o paciente cujo sangue estava examinando tinha que ter morrido”.

Entretanto, o paciente estava bem vivo.

A hematologista não sabia: ela estava participando da investigação de um milagre.

Duffin, 64, é também uma prestigiosa historiadora, tendo presidido a Associação Americana de História da Medicina e a Sociedade Canadense de História da Medicina, além de ser catedrática dessa disciplina na Queen’s University, de Kingston, Canadá.

O fato se deu em 1986 e foi o seu primeiro contato com as canonizações da Igreja.

A amostra de medula fora tirada de uma jovem de 30 anos ainda viva. Estudava-se a veracidade do milagre no contexto do processo de canonização da primeira santa canadense, Maria Margarida d’Youville (1701-1771), fundadora das irmãs da Caridade, elevada à honra dos altares 14 anos depois.

O paradoxal do evento é que naqueles tempos em que os processos de canonização eram exigentes, a Igreja tendia a descartar o caso enquanto milagroso.

Existia a possibilidade de a cura ser atribuída à quimioterapia. Porém, “os especialistas em Roma aceitaram reconsiderar a decisão se uma testemunha ‘cega’ (sem saber do quê nem de quem se tratava) reexaminasse as amostras”, narrou a Dra. Jacalyn.

Ela lavrou um laudo sem saber para o quê. “Nunca tinha ouvido falar do processo de canonização e não podia saber que a decisão requeria tanta deliberação científica”, disse ela.

Pois a hematologista é ateia e não se interessava pela religião, nem pela do marido que é judeu.

Até que um dia ela foi convidada a testemunhar diante de um tribunal eclesiástico. Posteriormente, como seu laudo foi decisivo, convidaram-na para assistir à cerimônia na Praça de São Pedro.

“De início eu duvidei em ir, eu não queria ofender as religiosas, porque eu sou ateia e meu marido é judeu.

“Mas acabamos indo, vendo que elas estavam felizes de nos incluir na cerimônia.

“Tampouco podíamos renunciar ao privilegio de testemunhar o reconhecimento do primeiro santo de nosso país”.

Ela ganhou também um exemplar da Positio, documento decisivo de cada processo de canonização. E ali viu que estavam incluídos seus trabalhos e observações.

A ateia levou uma surpresa: “subitamente compreendi entusiasmada que meu trabalho médico estava nos arquivos vaticanos, e a historiadora que há em mim começou a querer saber de outros milagres incluídos em canonizações do passado”.

E foi assim que acabou estudando 1.400 milagres apresentados para a canonização de centenas de santos nos últimos quatro séculos.

Ela publicou um primeiro livro com suas conclusões: “Medical Miracles” [Milagres médicos].

Depois escreveu um segundo livro sobre dois santos mártires do século IV cuja devoção cresce notavelmente nos EUA e no Canadá: “Medical Saints. Cosmas and Damian in a Postmodern World” [Santos médicos: São Cosme e São Damião no mundo pós-moderno], publicado em 2013 pela Universidade de Oxford.

A Dra. Jacalyn ainda é ateia, mas escreveu: “os ateus honestos devem admitir que acontecem fatos cientificamente inexplicáveis” e “a hostilidade de certos jornalistas procede de seu próprio sistema de crenças: como para eles Deus não existe, logo não pode existir nada sobrenatural.

“Mas, se os doentes atribuem sua cura a Deus pela mediação dos santos, por que é que deve prevalecer outro sistema de crenças (o incrédulo) sobre o dos doentes? “

Essa pretensão revela o abismo, socialmente admitido, entre acreditar na ciência e maravilhar-se diante do inexplicável”.

E acrescentou: “Os milagres acontecem e com maior frequência do que acreditamos”.

O testemunho da Dra. Jacalyn, independente de suas convicções pessoais, é um tributo ao rigor da Igreja na hora de examinar as curas sobrenaturais.

Dos 1.400 milagres analisados, ela concluiu que “as doenças que acabam sendo curadas por milagres foram diferentes segundo a época, mas, em todas as ocasiões, tratava-se das que mais desafiavam a ciência médica”.

Fonte: Ciência confirma Igreja.

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“No microscópio, vi uma célula letal de leucemia e tive a certeza de que a paciente a quem tal célula pertencia deveria estar morta”: assim começa o depoimento de Jackie Duffin, a médica canadense que participou como “testemunha cega” no processo de canonização de Santa Margarida d’Youville, publicado este mês pela BBC News.
 
“O fato de esta paciente estar viva 30 anos depois do seu encontro com a leucemia mieloide aguda (LMA) é algo que eu não consigo explicar. Mas ela sim”, afirma a hematóloga.
 
Em 1986, Duffin examinou algumas amostras de medula óssea sem conhecer sua procedência nem o motivo da pesquisa, que era a comprovação, por parte do Vaticano, de um milagre atribuído à fundadora das Irmãs da Caridade de Montreal.
 
Por meio dessa revisão, Duffin viu que a paciente havia se submetido à quimioterapia, entrou em remissão, depois teve uma recaída, passou por mais tratamentos e um segundo período de remissão.
 
“O Vaticano já havia rejeitado que este caso fosse considerado um milagre; seus especialistas afirmavam que a paciente não havia tido uma primeira remissão e uma recaída, mas que uma segunda rodada de tratamento produziu uma única remissão”, explica a reportagem. Esta aparentemente sutil distinção era crucial. Falamos da possibilidade médica de curar na primeira remissão, mas não depois de uma recaída.
 
“Eu nunca havia ouvido falar de um processo de canonização e não conseguia acreditar que a decisão exigisse tal deliberação científica”, recorda a professora de História da Medicina da Queen’s University.
 
“Por curiosidade, li a biografia de d’Youville: ela nasceu em Montreal e criou um lar para pobres e pessoas com deficiência, um asilo, um refeitório público e uma ordem de religiosas que fundaram escolas no mundo inteiro – conta. Sua vida certamente parecia exemplar.”
 
Algum tempo depois, Duffin prestou depoimento sobre seu relatório diante do tribunal eclesiástico; participaram também o médico e a paciente, que explicou como havia pedido a intercessão de d’Youville durante sua recaída.
 
“Finalmente, recebemos a alegre notícia: d’Youville seria canonizada pelo Papa João Paulo II em 9 de dezembro de 1990”, relata.
 
“As freiras que promoveram sua causa me convidaram para a cerimônia. No início, hesitei, porque não queria ofendê-las. Sou ateia e meu marido é judeu. No entanto, queriam a presença de nós dois e não poderíamos recusar o privilégio de presenciar o reconhecimento da primeira santa do nosso país”, continuou
 
Durante a cerimônia, celebrada na Basílica de São Pedro, a cientista conheceu o Papa João Paulo II: “Foi um momento inesquecível”, comentou.( Foto acima)
 
Em Roma, os postulantes canadenses lhe deram uma cópia da Positio, o testemunho completo do milagre de Ottawa que, entre relatórios, transcrições de testemunhos e artigos, incluía seu relatório: “Um livro que mudou minha vida completamente”.
 
“A historiadora que há em mim se perguntou quais haviam sido os milagres utilizados para as canonizações no passado – relata. Também eram curas? Que doenças foram curadas? No passado, a ciência médica estava tão envolvida nisso como na atualidade? O que disseram os médicos que serviram de testemunhas?”
 
Durante 20 anos, esta cientista estudou profundamente tais questões, inclusive com muitas viagens aos arquivos do Vaticano, e publicou dois livros sobre medicina e religião: “Milagres médicos” e “Santos médicos”.
 
Em “Milagres médicos”, Duffin analisa 1.400 milagres usados em processos de canonização ao longo de 400 anos; em “Santos médicos”, fala do milagre de Margarida d’Youville, bem como do caso dos santos Cosme e Damião, médicos gêmeos assassinados no ano 300.
 
“A investigação que fiz voltou a trazer à luz histórias dramáticas de recuperação e coragem – afirmou. Revelou notáveis paralelos entre a medicina e a religião, em termos de raciocínio e propósito, e mostrou que a Igreja não desprezou a ciência em suas deliberações sobre os milagres.”
 
E concluiu: “Mesmo sendo ateia, acredito em milagres, essas coisas maravilhosas que acontecem e para as quais não encontramos explicação científica”.

Nossa de Fátima 13.10.2013
O manuscrito da Irmã Lúcia, do terceiro segredo de Fátima, está também disponível online, como parte do percurso sobre as aparições que foi aberto ao público no santuário mariano de Portugal no dia 30 Novembro de 2013 e que estará aberto até o próximo dia 31 de Outubro.

A porta-voz do santuário de Fátima, Leopoldina Reis Simões, confirmou telefonicamente à ZENIT a iniciativa e indicou que foi realizada utilizando as novas tecnologias de modo que a exposição seja acessível ao maior número de pessoas e não somente aos milhares de peregrinos que vêm pessoalmente ao santuário, que até o dia 13 de julho foram 107.057 visitantes.

A porta-voz também emitiu uma declaração indicando que a abertura coincide com o mês em que a Virgem Maria revelou aos três pastorzinhos – Lúcia, Francisco e Jacinta – o chamado segredo de Fátima.

“O segredo e a revelação”, destaca as três partes  do chamado segredo de Fátima, e mostra, pela primeira vez ao público o manuscrito do Terceiro Segredo, escrito pela vidente Lúcia, pertencente aos arquivos da Congregação para a Doutrina da Fé e que está exposto em Fátima graças à autorização dada pelo Papa Francisco.

A exposição é guiada pela interpretação teológica do Segredo de Fátima que fez o cardeal Joseph Ratzinger, e que leva o visitante a entrar nas três partes da mensagem, intitulada: “A visão do inferno”, “O Coração Imaculado de Maria”, e “A Igreja mártir”.

“Tomando como lema a aparição do mês de julho de 1917, o Santuário de Fátima apresenta, através da documentação histórica e do legado artístico, um dos temas mais importantes de Fátima: o segredo que desde a Cova da Iria leva à contemplação de todo o mundo contemporâneo”, disse o diretor de estudos e curador da exposição, Marco Daniel Duarte.

Para aqueles que podem viajar para a Cova da Iria, “O segredo e a revelação” permanecerá aberto ao público até o final de outubro, com entrada franca entre as 9 e as 19 hs, no nível mais baixo da Basílica da Santíssima Trindade no Convivium de Santo Agostinho.

Clique aqui para visitar a exposição on-line ‘Segredo e Apocalipse’

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Médica confere 1.400 milagres e diz: “​sim, ​ eles existem”! ​​ “os milagres acontecem e com maior frequência do que acreditamos”. (Dra. Jacalyn Duffin, médica hematologista, ateia, ​historiadora, tendo presidido a Associação Americana de História da Medicina e a Sociedade Canadense de História da Medicina. Além de ser catedrática dessa disciplina na Queen’s University de Kingston/Canadá)

 A hematologista canadense Jacalyn Duffin estava observando no microscópio “uma célula letal de leucemia”. Olhando para a data do exame, concluiu: “fiquei persuadida de que o paciente cujo sangue estava examinando tinha que ter morrido”, Entretanto, o paciente estava bem vivo.

A hematologista não sabia: ela havia sido solicitada para participar na investigação de um milagre.

Ela escreveu sua incrível história pessoal ​ em ​um ​artigo para a BBC.

A amostra de medula fora tirada de uma jovem de 30 anos ainda viva. Estudava-se a veracidade do milagre no contexto do processo de canonização da primeira santa canadense, Maria Margarida d’Youville (1701-1771), fundadora das irmãs da Caridade, elevada à honra dos altares 14 anos depois.

Existia a possibilidade de a cura ser atribuída à quimioterapia. Porém, “os especialistas em Roma aceitaram reconsiderar a decisão se uma testemunha ‘cega’ (sem saber do quê nem de quem se tratava) reexaminasse as amostras”, narrou a Dra. Jacalyn.

Ela lavrou um laudo sem saber para o quê. “Nunca tinha ouvido falar do processo de canonização e não podia saber que a decisão requeria tanta deliberação científica”, disse ela.

Pois a hematologista é ateia e não se interessava pela religião, nem pela do marido que é judeu.

Até que um dia ela foi convidada a testemunhar diante de um tribunal eclesiástico. Posteriormente, como seu laudo foi decisivo, convidaram-na para assistir à cerimonia na Praça de São Pedro.

“De início eu duvidei em ir, eu não queria ofender as religiosas, porque eu sou ateia e meu marido é judeu.

“Mas acabamos indo, vendo que elas estavam felizes de nos incluir na cerimônia

“Tampouco podíamos renunciar ao privilegio de testemunhar o reconhecimento do primeiro santo de nosso país”.

Ela ganhou também um exemplar da Positio, documento decisivo de cada processo de canonização. E ali viu que estavam incluídos seus trabalhos e observações.

Jacalyn teve uma surpresa: “subitamente compreendi entusiasmada que meu trabalho médico estava nos arquivos vaticanos, e a historiadora que há em mim começou a querer saber de outros milagres incluídos em canonizações do passado”.

E foi assim que acabou estudando 1.400 milagres apresentados para a canonização de centenas de santos nos últimos quatro séculos.

Ela publicou um primeiro livro com suas conclusões: “Medical Miracles” [Milagres médicos].

Depois escreveu um segundo livro sobre dois santos mártires do século IV cuja devoção cresce notavelmente nos EUA e no Canadá:

“Medical Saints. Cosmas and Damian in a Postmodern World” [Santos médicos: São Cosme e São Damião no mundo pós-moderno], publicado em 2013 pela Universidade de Oxford.

A Dra. Jacalyn ainda é ateia, mas escreveu: “os ateus honestos devem admitir que acontecem fatos cientificamente inexplicáveis” e “a hostilidade de certos jornalistas periodistas procede de seu próprio sistema de crenças: como para eles Deus não existe, logo não pode existir nada sobrenatural.

Um de seus livros: Ss Cosme e Damião, santos que foram médicos (abaixo)

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“Mas, se os doentes atribuem sua cura a Deus pela mediação dos santos, por que é que deve prevalecer outro sistema de crenças (o incrédulo) sobre o dos doentes? “

Essa pretensão revela o abismo, socialmente admitido, entre acreditar na ciência e maravilhar-se diante do inexplicável”.

E acrescentou: ​​ “os milagres acontecem e com maior frequência do que acreditamos”.

O testemunho da Dra. Jacalyn, independente de suas convicções pessoais, é um tributo ao rigor da Igreja na hora de examinar as curas sobrenaturais.

Dos 1.400 milagres analisados, ela concluiu que “as doenças que acabam sendo curadas por milagres foram diferentes segundo a época, mas, em todas as ocasiões, tratava-se das que mais desafiavam a ciência médica”.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/religion/0/24660240

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A cura de um grave problema de hipertensão é a matéria do 69º milagre oficial ocorrido em Lourdes.

Danila Castelli, italiana, esposa e mãe de família, viajou à França em 1989 e foi curada naquele mesmo ano, muito embora o milagre só tenha sido reconhecido por parte da Igreja em 2010.

O Escritório de Constatações Médicas do Santuário de Lourdes concluiu, após várias análises, que “a senhora Castelli está curada, de maneira total e duradoura, desde a sua peregrinação a Lourdes em 1989, há 21 anos, da enfermidade que sofria, e isto sem ter relação alguma com as cirurgias ou os tratamentos”01.

No mesmo lugar, em 1858, a Virgem Santíssima apareceu várias vezes à jovem – hoje santa – Bernadette Soubirous. Uma fonte de água na gruta das aparições tem sido instrumento da ação miraculosa de Deus até os dias de hoje. Embora mais de 7 mil curas “inexplicáveis” já tenham sido registradas, pouco menos de 70 delas foram devidamente reconhecidas pela Igreja – uma prova da prudência e da criteriosa investigação com que as autoridades eclesiásticas examinam os fatos que lhes são passados.

Particularmente extraordinário foi o milagre oficial n. 68 ocorrido em Lourdes. Em 2002, o peregrino Serge François foi misteriosamente curado de uma paralisia na perna 02. Para agradecer, ele decidiu fazer o caminho de Santiago de Compostela a pé: mais de 1.500 quilômetros em agradecimento à Virgem de Lourdes. Nada mal para quem sofria com uma hérnia de disco.

Múltiplos são os relatos miraculosos acontecidos em Lourdes. No entanto, desde os primeiros fatos extraordinários que se passaram nesta pequena cidade francesa até os dias de hoje, o que não faltam são pessoas dogmaticamente céticas, acoimando os peregrinos e devotos de Nossa Senhora de “supersticiosos” e a Igreja, que deu seu aval às aparições da Virgem, de “inimiga da ciência”.

As palavras de uma grande personalidade científica destes tempos, no entanto, testemunham a favor de Nossa Senhora de Lourdes. “Quando um fenômeno é inexplicável, se realmente existe, não há necessidade de negar nada” – é o parecer de Luc Montagnier, prêmio Nobel em Medicina e descobridor do vírus HIV. “Nos milagres de Lourdes, assegura, há algo inexplicável.”

As declarações de Montagnier foram recolhidas no livro Le Nobel et le Moine03 [“O Nobel e o Monge”], no qual o cientista conduz um diálogo com Michel Niassaut, um monge cisterciense. Em determinado momento da conversa, Montagnier reconhecer ter estudado vários milagres acontecidos em Lourdes e, mesmo sendo agnóstico, crê “de verdade que é algo inexplicável”.”Reconheço que há curas que não estão incluídas no estado atual da ciência”, diz.

Luc Montagnier não é o primeiro Nobel a dar crédito a Lourdes. O famoso biologista francês Alexis Carrel (1873-1944), enviado em 1903 à cidade das aparições, a fim de desmascarar a “farsa” dos milagres, acabou convertendo-se à Igreja, após presenciar a cura de uma tuberculosa. A moribunda – que, segundo os diagnósticos da época, sem dúvida morreria – saiu curada das piscinas. A conversão de Carrel, até então naturalista e ateu, provocou um enorme rebuliço nos ambientes céticos do século XX.

As posições claramente imparciais de dois vencedores do prêmio Nobel derrubam o mito ateísta de que os milagres não são possíveis. E lembram a grande eficácia que tem, junto a Deus, a intercessão de Sua Mãe Santíssima.

Por Equipe Christo Nihil Praepoenre

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A Comissão Vaticana sobre Medjugorje encontrou-se em Roma em 11 de outubro de 2013. No mesmo dia, o pároco de Medjugorje chegou em Roma também, convidado juntamente com 35 paroquianos. A Comissão Vaticana mudou a sua abordagem, examinando os frutos e avalia a possível presença do sobrenatural.
 
A investigação dos fenômenos de Medjugorje continuou neste 11 de outubro de 2013, quando a Comissão se reuniu em Roma , afirmaram pessoas próximas à Comissão para o jornal bósnio Dnevni List.
 
A reunião da Comissão acontece enquanto o pároco de Medjugorje, frei  Marinko Sakota também estava em Roma juntamente com 35 paroquianos locais, a convite da Comissão Medjugorje. O grupo de Medjugorje chega em Ancona no início da manhã desta sexta-feira, dia 10 de outubro de 2013  de navio, e de Ancona seguem até Roma de ônibus.
 
“A Comissão de investigação internacional sobre Medjugorje continua seu trabalho, e se reunirá no Vaticano na sexta-feira, Dnevni List soube de fontes próximas à Comissão”.
 
O jornal ainda soube que o trabalho da Comissão tem se movido em outra direção daquela no inicio, quando as figuras principais, como os videntes e outros foram chamados até Roma para testemunhar diante dos 17 membros.
 
“Depois de ouvir as principais figuras deste fenômeno: os videntes, o pároco na época (frei Jozo Zovko), o Bispo de Mostar, Ratko Peric, e o provincial franciscano Ivan Sesar, a Comissão continuou a trabalhar com uma abordagem um pouco diferente. Tudo se resume a uma monitorização cuidadosa do fenômeno inteiro, avaliar se há sinais inequívocos da existência do sobrenatural, e os frutos destes eventos nos últimos anos. Espera-se que após a sessão, que começa na sexta-feira, (dia 11 de outubro de 2013) possamos saber mais sobre a direção que o trabalho da Comissão vai tomar” escreveu o jornal bósnio com sede em Mostar Dnevni List.
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Cronologia de todos os estudos científicos realizados com os videntes de Medjugorje (1981-2005)

27 de junho de 1981

No quarto dia após o início das aparições em Medjugorje, um médico local de nome Dr. Ante Bojevic examinou os videntes pela primeira vez a pedido da polícia da cidade próxima de Citluk. O resultado de sua avaliação foi de que todos eram bem equilibrados.
 
29 de junho de 1981
 
Dois dias mais tarde as crianças foram levadas pela polícia a uma clínica psiquiátrica em Mostar, a cidade mais próxima. O psiquiatra, Dr Dzudza Mulija, os examinou e concluiu que as crianças eram normais. De acordo com Vicka, Dr Dzudza disse: “São as pessoas que trouxeram vocês aqui que são insanas. vocês são absolutamente normais”1.
 
Outubro de 1981
 
Quatro meses após o início das aparições de Medjugorje, o psiquiatra Croata, Nikola Bartulica, entrevistou Vicka por mais de uma hora e meia. Ele chegou à mesma conclusão que os outros profissionais de que Vicka era mentalmente saudável.
 
1982
 
Frei Slavko Barbaric, doutor em psicologia social e padre franciscano, examinou todos os seis videntes.Os resultados encontrados por padre. Slavko também foram muito positivos, ao descrever o comportamento dos videntes de Medjugorje. Ele concluiu que não havia nenhum sinal de alucinação e que as crianças se comportaram de forma independente uma da outra. Posteriormente frei Slavko viria a se tornar mais envolvido na vida dos videntes e da paróquia de Medjugorje..
 
1982-1983
 
Dr. Ludvik Stopar foi o primeiro médico a examinar os videntes, enquanto em estado de êxtase. Dr. Stopar é um psiquiatra e parapsicólogo da Eslovénia. Ele visitou Medjugorje quatro vezes: em maio de 1982, novembro de 1982, Junho de 1983 e Novembro de 1983. Através de seu estudo, Dr. Stopar se convenceu de que as crianças eram normais. Ele também passou a acreditar ser a experiência das crianças de ordem sobrenatural.
 
Março de 1983
 
Dr Mario Botta, com uma equipe de médicos italianos constatou que os batimentos cardíacos dos videntes eram normais. Este teste entre uma série de outros testes clínicos demonstrou que as aparições não afetavam a realidade fisiológica de qualquer forma.
 
23-24 agosto, 1983
 
Dr. Philippe Madre é o fundador e diretor de uma clínica para a investigação sobre a interação de forças somáticas, psicológicas e sobrenaturais. Ele era, portanto, bem qualificado para examinar os fatos, embora ele tenha visitado Medjugorje mais como um diácono do que como médico. Sua visita foi interrompida quando foi preso pela polícia e deportado no primeiro dia após a sua chegada. Devido a isso ele só pode fazer um relatório geral de suas impressões. Em sua opinião os videntes eram saudáveis de mente e corpo, e acrescentou, que também o eram em seu desenvolvimento espiritual.
 
Dezembro 1983
 
Dr. Botta, um cirurgião cardíaco de Milão, voltou a Medjugorje para realizar um eletrocardiograma em Ivan. Novamente, ele concluiu que “o extâse não suprime a fisiologia normal, mas de alguma forma a transcende.”2
 
1984
 
No ano de 1984 os videntes em Medjugorje foram testados por um grande número de especialistas italianos, trabalhando independentemente um do outro. Incluídos neste grupo foram a Dra. Maria Frederica Magatti, Dra. Lúcia Capello, Dr. Enzo Gabrici e Prof Anna-Maria Franchini. Nenhum deles encontrou nada que implicaria em dúvida de seu testemunho.
 
Março-dezembro de 1984
 
Uma série extremamente importante e abrangente de testes foi conduzida por uma equipe de médicos franceses, utilizando equipamentos altamente sofisticados que trouxeram a Medjugorje. Suas viagens de visitas a Medjugorje foram de curta duração, mas foram freqüentes entre Março e Dezembro de 1984. Professor Henri Joyuex era o chefe da equipe, um professor de Cancerologia da Faculdade de Medicina de Montpellier e um cirurgião do Instituto do Câncer de Montpellier. A conclusão que chegou a partir dos dados coletados em seus testes científicos foi impressionante: “… O fenômeno … é cientificamente inexplicável …” 3
 
7,8 e 9 de setembro 1985
 
Uma equipe de cientistas da Itália, dirigido pelo Dr. Luigi Frigerio, veio a Medjugorje com testes mais detalhado e equipamentos mais sofisticados. Entre eles estava um neuro-fisiologista que se especializou no estudo de “êxtase”, o professor Margnelli.
 
Outubro 1985
 
Em 20 de outubro de 1985 o relatório do comissão criada pelo Bispo de Mostar afirmou, em relação às aparições de Medjugorje, que os testemunhos dos médicos estrangeiro não são admissíveis, não importa o quão sofisticada a tecnologia utilizada, porque eles não falam servo-croata e tiveram que contar com intérpretes.
 
14 de janeiro de 1986
 
Uma equipe de dezessete renomados cientistas, médicos, psiquiatras e teólogos chegaram a uma conclusão baseada em 11 itens a partir dos resultados dos testes internacionais administrados pela Comissão Científica teológica Italo-francesa sobre os eventos extraordinários que estão ocorrendo em Medjugorje. Se constituia no conjunto mais completo e minucioso dos dados científicos reunidos até aquela data. Você pode ler acima as Conclusões publicadas pela Comissão Científico-Teológica Ítalo-Francesa. clique aqui para ler
 
Abril-dezembro 1998
 
A pedido do Escritório Paroquial de Medjugorje, os videntes foram convidados, mais uma vez a serem submetidos a uma bateria de testes. Dirigindo a equipe estava o Dr. Andreas Resch, professor de Teologia na Universidade Pontifícia Alfonsianum em Roma que é também um perito para “áreas obscuras da ciência” . Eles repetiram os experimentos de 1984 dos especialistas franceses e dos especialistas italianos de 1985, mas em uma escala mais abrangente. Como este estudo foi de uma magnitude igual ou maior que os estudos de 1984 e 1985 , tornou-se conhecido como o Grupo de Trabalho “3” de Medjugorje.
 
25 de junho de 2005
 
No 24 º aniversário das aparições, o exame mais recente foi realizado, a pedido da Santa Sé. O evento reuniu os videntes Ivan e Marija* e o professor Henri Joyeux com uma equipe de especialistas franceses, que tiveram a oportunidade de comparar os estudos científicos, de 20 anos atrás com as experiências atuais dos videntes. Suas conclusões foram as mesmas e confirmaram os resultados dos testes que tiveram lugar em 1984-85.
 
* Os videntes Ivan e Marija tem aparições diárias de Nossa Senhora. 
 

«Não seria muito melhor que Deus se dignasse aparecer aos incrédulos e os advertisse de que somente o Cristianismo é o Caminho e a Verdade? Não poria fim às dúvidas e ao pecado, tirando tantos homens da crise religiosa em que se acham?»

A resposta à questão se depreenderá da consideração dos seguintes pontos :

1. Deus quer, sem dúvida, que todos os homens se salvem (cf. 1 Tim 2,4 e «P. R.» 29/1960, qu. 2). Donde se conclui que o Criador concede a cada indivíduo humano os meios necessários à salvação.

2. Tais meios são geralmente consentâneos com o curso natural das coisas; já que Deus é o Autor das leis que as regem, Ele costuma utilizar as criaturas para executar seus desígnios no mundo.

Por conseguinte, Deus se manifesta a todo homem:

a) pelos seres visíveis que o cercam, seres contingentes que só se explicam pela existência de uma Causa Absoluta, a qual é Deus. O homem, portanto, usando de sua razão, mediante o principio de que tudo que começa a existir tem uma causa, pode chegar ao conhecimento da existência de Deus e de alguns dos seus atributos (Onipotência, Sabedoria. Bondade, Justiça…);

b) pela lei natural, que no intimo de cada consciência clama: «Faze o bem, evita o mal». Essa voz, anterior a qualquer deliberação, é a voz do Autor mesmo da natureza. O homem que siga sinceramente tal ditame, segue o bem, e, passando de bem finito a bem finito (de ato bom, virtuoso, a ato bom, virtuoso), adquire comunhão cada vez mais íntima com a Fonte de todos os bens e virtudes, que é Deus.

3. Além de se manifestar de modo natural (pelas criaturas visíveis e pelos ditames da consciência), o Senhor Deus houve por bem revelar-se aos homens de maneira sobrenatural, isto é, falando pelos Profetas e por seu Filho único feito homem (Jesus Cristo).

4. A revelação sobrenatural foi munida de credenciais a fim de merecer a aceitação inteligente e consciente dos homens.

Entre essas credenciais, registram-se os milagres realizados por Cristo, dos quais o mais expressivo é a ressurreição do próprio Senhor Jesus.

Pode-se dizer que todo o Cristianismo está baseado na proposição da ressurreição de Cristo: «Se Cristo não ressuscitou, vã é a vossa fé», escreve São Paulo (1 Cor 15,17). Ora a ressurreição de Jesus deve ter sido um fato real, pois certamente o mundo no qual ela foi inicialmente apregoada, não estava em absoluto predisposto a aceitar tal fenômeno; ao contrário, os Apóstolos e discípulos de Cristo se mostraram assaz lentos para lhe dar fé (tenham-se em vista S. Tomé, em Jo 20,25; os discípulos de Emaús, em Lc 24,17-23). Quanto aos pagãos, sabe-se que consideravam geralmente o corpo como cárcere da alma, repudiando, por conseguinte, qualquer hipótese de volta da alma à matéria após a morte do indivíduo. Se, não obstante tal aversão, a notícia da ressurreição de Jesus conseguiu implantar-se entre os povos do Império Romano, a ponto de se tornar o fundamento de vinte séculos de Cristianismo, o bom senso exige que tal noticia fosse verídica ou correspondente à realidade histórica; se não, facilmente haveria sido desmascarada pelos adversários do Evangelho, que não eram pouco numerosos; cf. «P. R.» 8/1957, qu. 1.

Entre as credenciais da Boa Nova, devem-se notar outrossim os milagres que acompanharam a pregação dos Apóstolos (cf. At 5,12-17);… também a surpreendente propagação do Evangelho, doutrina da Cruz, num mundo corrupto e hostil, que até 323 perseguiu os cristãos…

Em suma, o Senhor fez que a implantação do Evangelho no mundo fosse munida de testemunhos objetivos (que aqui não vão minuciosamente explanados por não pertencerem ao tema da questão), testemunhos objetivos suficientes para que até nossos dias a pregação de Cristo e da sua Igreja possa ser inteligentemente aceita (e não aceita simplesmente de olhos fechados, por motivos de rotina, ou por imposição de autoridade).

5. Dizíamos que a Providência Divina houve por bem efetuar numerosos milagres nos primórdios da pregação do Evangelho. Eram necessários em vista das circunstâncias nas quais ressoava a palavra dos Apóstolos, pregando um Messias crucificado, «escândalo para os judeus, loucura para os gregos» (cf. 1 Cor 1,23). Sujeitos às perseguições desde os tempos do Imperador Nero (64-67), os primeiros arautos do Evangelho não teriam conseguido resultado algum se não fôra a intervenção extraordinária de Deus em seu favor.

Uma vez, porém, passadas as circunstâncias dos primeiros tempos, a Providência não continua a suscitar os abundantes milagres de outrora. Registram-se, sem dúvida, ainda hoje portentos que confirmam a veracidade do Evangelho; tais são, entre outros, os que se verificam em Lourdes, Fátima, nas canonizações dos santos, etc.; a Santa Igreja faz questão de submeter os apregoados fenômenos extraordinários ao exame de cientistas e teólogos, a fim de se certificar de que se trata de verdadeiros sinais de Deus.

Os milagres, porém, sendo derrogações às leis que o Criador sábio incutiu à natureza, não podem constituir o regime normal de salvação para os homens: Deus, tendo dado pois aos elementos, não lhes faz exceções sem finalidade proporcionalmente importante; em tudo Ele observa harmonia e consonância. Ora, para promover a conversão dos homens, existem não somente as credenciais objetivas que assinalamos (principalmente a ressurreição de Cristo, base de vinte séculos de Cristianismo), mas também os auxílios invisíveis da graça dados aos homens que ouvem a palavra de Deus, para que se convertam. Podemos estar certos de que o Senhor não deixa criatura alguma destituída dos elementos necessários à salvação; para isto, porém, não precisa de fazer milagres (exceções); a graça de Deus, mesmo no setor das coisas ordinárias, é muitíssimo variegada em suas vias…

6. Deve-se mesmo dizer (quase paradoxalmente) que, para quem não possui um ânimo sincero e dócil para aceitar os meios ordinários de salvação, nem mesmo os meios extraordinários ou milagrosos servem de alguma coisa. Sim; a alma mal disposta não se rende nem diante dos sinais mais retumbantes, mas está sempre pronta a retorcer e anular o significado de qualquer milagre.

É o que o Senhor mesmo se digna ensinar no S. Evangelho mediante a parábola do ricaço e do mendigo Lázaro (Lc 16,19-31): um homem, diz Jesus, banqueteava-se todos os dias, desprezando um pobre e doente, Lázaro, assentado à porta de seu palácio. Morreram o rico e o mísero… Após a morte, o gozador experimentou tremenda decepção, consequente ao seu egoísmo. Em sua amargura, então, pediu ao Pai, permitisse que Lázaro reaparecesse na terra para admoestar os cinco irmãos do ricaço, precavendo-os contra semelhante desilusão. Do céu, porém, recebeu a resposta seguinte: «Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos!»; o que queria dizer: «… têm os meios ordinários de salvação, os quais são suficientes». Insistiu, porém, o ricaço: «Mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão». Falsa esperança! A voz do alto replicou: «Se não ouvem a Moisés e aos profetas, não se deixarão persuadir, mesmo que ressuscite alguém dentre os mortos!».

Esta parábola de Jesus incute claramente a todos os homens a necessidade de se aproximarem de Deus nesta vida, contando com os meios ordinários da Providência, e não com recursos extraordinários. A ninguém é lícito pretender receber sinais milagrosos de Deus para abraçar a verdadeira fé; engana-se aquele que julga que, se o Senhor fizesse hoje em dia mais milagres ou um milagre de alcance universal, todos ou quase todos os incrédulos se converteriam. Quem resiste aos meios comuns de salvação, muitas vezes não o faz porque careça de evidência objetiva para abraçar a fé, mas porque criou hábitos e disposições morais que ele com sacrifício deveria remover, caso um dia aderisse à fé; assim a paixão desregrada pode deter o homem diante de qualquer sinal de Deus!

7. Acontece que a Providência Divina não faz chegar a mensagem do Evangelho a todos os homens, permitindo que uns vivam na idolatria e outros na heresia. — Tais homens, que, sem culpa própria, desconhecem a verdadeira fé, podem, sem dúvida, salvar-se, caso observem com toda a fidelidade os ditames da sua consciência, entre os quais é fundamental o seguinte: «Faze o bem (todo o bem que vires ser obrigatório) e evita o mal (todo o mal que vires ser proibido)».

Está claro que a tais homens o Senhor não pedirá contas de uma profissão de fé e de observâncias religiosas que, sem culpa própria, terão ignorado ou jamais terão conhecido autenticamente. Serão julgados conforme a sua fidelidade aos ditames de sua consciência e poderão conseguir a bem-aventurança celeste destinada a todos os justos (contanto que perseverem rigorosamente de boa fé no erro, fazendo lealmente tudo que a consciência lhes mande, até o fim da sua vida); cf. «P. R» 1/1958, qu. 7.

Dom Estêvão Bettencourt (OSB)

Zenit

Sucessivos casos de curas inexplicáveis, consideradas sobrenaturais, parecem ser a principal causa do crescimento maciço de fiéis católicos em uma remota região da Índia.

Dom John Kattrukudiyil de Itangar, bispo da região de Arunachal Pradesh, nordeste do país, considera o fenômeno da cura a única razão para o crescimento de uma igreja da sua diocese, que, praticamente sem católicos há 35 anos, agora acolhe 40% da população.

Durante visita à sede da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) em Königstein, na Alemanha, o bispo descreveu a situação na diocese: “Muitas vezes, as pessoas me contam histórias de curas que acontecem em lugares diversos. E o que eles me contam me deixa assombrado”.

O prelado, cuja região faz fronteira com a China, o Butão e a Birmânia, acrescentou: “Eu tenho uma base sólida nos meus estudos teológicos, e é fácil ser cético sobre esse tipo de coisa. Mas as pessoas estão absolutamente convencidas de que elas foram curadas”.

O bispo contou o caso de um homem que, depois de um passado de perseguição contra a Igreja, se converteu depois de se casar com uma moça católica. “Ele tinha sido convidado a rezar por um homem paralítico. Ele não queria, mas foi assim mesmo e rezou. No dia seguinte, o paralítico se levantou e caminhou até a igreja. Ele ficou tão impressionado com aquela experiência milagrosa que começou a ir à igreja e é agora um dos membros mais ativo da paróquia”.

O bispo admite que esses episódios são tratados com ceticismo na maior parte das vezes em que os narra a terceiros, embora já sejam muitas as experiências diretas: “Quando eu falei sobre essas coisas na Europa, e em outros lugares, muita gente me perguntou se eu não estava contando histórias de pescador”.

Essas histórias, no entanto, destaca dom Kattrukudiyil, significaram “um aprofundamento da vida espiritual para o povo”. “Há muitas histórias de curas que me relatam e que eu não posso ignorar. É a experiência de uma igreja muito jovem, que está experimentando a mesma graça da Igreja dos tempos apostólicos”.

“O fato de muitas pessoas terem experimentado a cura rezando para Jesus atraiu muita gente para a Igreja nos primeiros tempos. Elas atingiram uma espécie de paz de espírito, que as levou a pertencer a essa Igreja. De acordo com os relatos que eu recebo, pessoas que foram visitar doentes e rezaram por eles acabaram vendo aquelas pessoas serem curadas”.

O bispo explica que a região esteve interditada para o acesso de missionários cristãos por causa de leis que só foram revogadas em 1990. “A situação mudou definitivamente quando os jovens de Arunachal Pradesh foram educados em escolas católicas perto de Assam”, disse ele.

“Os alunos dessas escolas pediram o batismo, e, com a permissão dos pais, receberam o sacramento antes de retornar para as aldeias, onde a fé se desenvolveu logo depois. Alguns desses jovens acabaram sendo eleitos para cargos importantes do governo. Isso ajudou a mudar a situação”.

Inicialmente, os novos católicos sofreram sérias dificuldades em muitos lugares, incluindo espancamentos, casas incendiadas, morte de animais domésticos, expulsão do trabalho e da escola. Gradualmente, porém, as coisas melhoraram e não houve mais episódios de perseguição nos últimos vinte anos.

“Hoje, a Igreja não é apenas tolerada, mas admirada pelo seu trabalho na educação e na saúde, tanto que os políticos aproveitam qualquer ocasião para solicitar as atividades filantrópicas da Igreja”.

Terra

No dia 18 de janeiro de 1862, a Igreja Católica admitiu como verdadeiras as 18 aparições da Virgem de Lourdes, relatadas pela camponesa Bernadette Soubirous, abrindo caminho a manifestações de fé acompanhadas, agora anualmente, por cerca de 6 milhões de peregrinos.

“Julgamos que a Maria Imaculada, Mãe de Deus, apareceu, realmente, a Bernadette Soubirous, no dia 11 de fevereiro de 1858 e nos dias seguintes” na gruta de Massabielle, e que “esta aparição se reveste de todos os elementos da verdade”, proclamou, no dia 18 de janeiro de 1862 o bispo de Tarbes, Monsenhor Bertrand-Sévère Laurence.

Esta oficialização, que será celebrada na quarta-feira, com missa solene nos Santuários, “desencadeou dois processos: a participação do clero nas procissões que vinham acontecendo na gruta, e a construção da primeira basílica”, da Imaculada Conceição, lembrou à AFP o bispo de Tarbes e Lourdes, Monsenhor Jacques Perrier.

Isso respondia aos dois pedidos feitos pela Virgem a Bernadette: “Diga aos sacerdotes que venham aqui em procissão e que se construa, no lugar, uma capela”.

A pequena comunidade de Loubajac (400 habitantes), situada perto de Lourdes, foi local da primeira peregrinação, conduzida por um padre. Hoje, além das visitações individuais e de pequenos grupos, cerca de 500 romarias oficiais convergem anualmente em direção à cidade mariana.

Em 2008, 9 milhões de pessoas se reuniram no espaço de 52 hectares dos Santuários.

À primeira capela, construída em 1871, se somaram outras 30, entre elas a da basílica São Pio X (1958) que pode receber mais de 20.000 fiéis.

Mais de 10.000 metros cúbicos da água da fonte, considerada “milagrosa” são consumidos anualmente (nas fontes, torneiras, piscinas), assim como 700 toneladas de círios que aí são queimados.

As aparições, precisou Monsenhor Perrier, são “altamente críveis e recomendadas pela Igreja”.

O reconhecimento demorou mais de três anos. As declarações de Monsenhor Laurence foram estudadas por uma comissão de investigação criada para verificar seu impacto espiritual, a saúde mental de Bernadette e a solidez das curas observadas em Lourdes.

Desde 1884, mais de 7.000 casos de curas inexplicadas foram constatados em Lourdes, mas menos de 1% delas foram beneficiadas com um reconhecimento oficial: apenas 67 milagres foram autenticados.

Ao contrário de outros locais de aparição mariana reconhecidos (Fátima em Portugal, Guadalupe, no México…), os peregrinos de Lourdes foram “internacionais” desde o começo, destacou Monsenhor Perrier.

Hoje, cerca de 70 nacionalidades são representadas nas peregrinações organizadas.

Outra característica, destacou o bispo, Lourdes possui uma ligação muito forte com os doentes e as curas, e o Papa João Paulo decretou o 11 de fevereiro, como festa de Nossa Senhora de Lourdes, “e dia mundial dos doentes”.

Enfim, assinalou, Lourdes é o único lugar de aparição da Virgem onde foi constatada uma ligação entre Suas palavras ditas particularmente a uma pessoa – Bernadette -, e um dogma público: Ela teria declarado, com efeito, em dialeto gascão “Que soy era immaculada councepciou” (“Sou a Imaculada Conceição”), referindo-se ao dogma promulgado quatro anos antes, em 1854, pelo Papa Pio IX.