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O censo de alguns países mostra que tem aumentado o número de adeptos da Igreja Jedi, com destaque para a Inglaterra, onde a denominação já é a sétima maior, com 175.000 “cavaleiros”.

Trata-se de uma religião cuja origem vem dos filmes de ficção científica da série Star Wars (Guerra nas Estrelas).George Lucas, o criador da série, cunhou a palavra “jedi” inspirado em “jidaigek”, que é um gênero japonês de filmes e teatro cujos personagens são os samurais do período Edo.

Na Austrália os cavaleiros de Jedi também são em número expressivo, 65.000. Na República Checa são 15.000 e no Canadá, 9.000. O censo brasileiro — como o de outros países — não considera a Igreja Jedi como religião.

Na série, os cavaleiros de Jedi são os guardiões da paz da República Galáctica interplanetária. Com o poder de uma energia, a “Força”, eles influenciam pessoas e objetos. Os Jedi têm um código de conduta, mas não um livro sagrado.

Ally Thompson, 28, americano de Tennessee que foi soldado na guerra do Iraque, deu uma entrevista à Details Magazine dizendo que os cavaleiros de Jedi não adoram Yoda (um dos personagens). 

“Mas não posso negar que a Força está muito presente em nossos ensinamentos”, disse. “Algumas pessoas chamam essa Força de ‘mágica’, mas para a maioria é uma energia que vem da mente.”

Afirmou que há registros dessa energia em fenômenos científicos e em escrituras como a Bíblia. “Quando separou o mar Vermelho, Moisés fez uso da Força.”

A Igreja Jedi não tem templos físicos, e seus membros se encontram pela internet. Em seu site oficial, a Igreja afirma que todos os seres vivos compartilham entre si uma Força e que as pessoas já nascem tendo conhecimento do que é certo e errado.

Fonte: Christian Post.

 

Toda vez que um país realiza um novo censo, algum tema sempre se sobressai.

Na Nova Zelândia isso não é diferente. Em 2001, causou surpresa o aparecimento da religião Jedi. Agora, existe a preocupação com o fervor emergente de que uma nova religião chamada Facebook obtenha resultados expressivos no censo deste ano.

O Facebook sequer fazia parte do vocabulário da maioria das pessoas há cinco anos. Porém, com a realização do novo censo agora em março, cresce a preocupação que o Facebook possa substituir “Jedi” e “Rugby” como a nova religião de apelo popular do país, especialmente entre os mais jovens.

Em 2001, quando o fenômeno da religião Jedi surgiu no censo, o departamento de estatísticas da Nova Zelândia rapidamente a descartou, pensando ser uma questão pontual. Segundo as estimativas de 2001, cerca de 53 mil pessoas responderam que sua religião era Jedi.

Em 2006, mais de 20 mil pessoas continuaram a responder da mesma forma. Embora tenha ocorrido uma flagrante redução do número de seguidores, o número de “jedis” há cinco anos era equivalente ao islamismo e maior que membros do judaísmo, Assembleia de Deus, Cientologia e da Igreja do Destino. O novo censo será um verdadeiro teste para o poder de permanência da fé Jedi.

O fenômeno Jedi de 10 anos atrás espalhou-se rapidamente para países como a Austrália e o Reino Unido. O número de igrejas e grupos religiosos que incorporam os princípios da fé Jedi tem se expandido em ritmo acelerado desde o início deste século. Na Inglaterra e no País de Gales, 390 mil pessoas declararam seguir a religião Jedi no último censo realizado no Reino Unido. Como eles também farão um novo recenseamento este ano, especula-se sobre a vitalidade da religião nas ilhas britânicas.

Durante o lançamento oficial do censo no Reino Unido este mês, a questão voltou à tona. O porta-voz esquivou-se, preferindo ironizar: “As pessoas não são obrigadas a responder a pergunta sobre religião. É voluntário. Não acredito que vamos achar muitos que se dizem jedis. Além disso, sem espaçonaves como poderemos chegar até eles?”

Não são apenas os seguidores de Jedi e Facebook que esperam ser reconhecidos. Em manifestação recente, a Federação Pagã do Reino Unido exigiu ter o mesmo reconhecimento de outros credos. A Federação abriga vários tipos de paganismo e afirma que constituem um grupo religioso sério e em constante crescimento. Os pagãos não adoraram um único deus, mas olham para a natureza como algo essencialmente espiritual. Alguns grupos se concentram em tradições e práticas específicas, como a ecologia sagrada, os druidas, a bruxaria, a wicca, o xamanismo, as tradições celtas ou deuses como Odin.

Em 2001, 42 mil pessoas declararam-se pagãs, ocupando o sétimo lugar na categoria religião do censo daquele ano. Alguns especialistas acreditam que o número real seja perto de 250.000. A aceitação disso na prática já vem acontecendo. Em outubro de 2010, a comissão que analisa instituições de caridade do Reino Unido garantiu ao Druid Network o status de fundação religiosa.

Os ateus e humanistas, como a British Humanist Association acreditam que as pesquisas sobre religião no país são enganosas. Eles creditam que na falta de uma resposta melhor, o número dos que se identificam como cristãos é artificialmente grande. Oficialmente, o cristianismo é a opção de 70% da população.

Esta não é uma questão de fácil resolução. O governo entende que a pergunta sobre religião deve ser respondida considerando apenas as verdadeiras. Ou seja, aquela religião que envolve algum tipo de escritura, estrutura de fé, rituais e Deus (ou deuses). Qualquer religião deve envolver todos esses elementos ou pelo menos um deles. Embora muitas pessoas tenham um ritual diário de visualizar e atualizar o status no Facebook, esse provavelmente não pode ser considerado um tipo de ritual religioso.

Para a igreja jedi, trata-se de desconhecimento do Departamento de estatísticas, que reconhece como opções legítimas, por exemplo, o satanismo e a cientologia. Sendo que a última também tem origem em uma obra de ficção escrita nos anos de 1950.

As crenças dos seguidores da religião Facebook não são muito claras. Teólogos já analisaram o fenômeno, mas não o consideram um religião formal, embora admitam que ela está influenciando os conceitos cristãos de comunhão e relacionamento. Os jedis, por sua vez, hoje têm rituais e ensinos formais. Barney e Daniel Jones, que respondem por uma igreja jedi no País de Gales afirmam:

“Nossos ensinamentos são baseados nas palavras do mestre Yoda. Temos também debates de ideias, meditação e relaxamento, visualizações e palestras sobre um estilo de vida saudável… Buscamos o crescimento, a paz interior e uma existência mais plena… Sim, baseamo-nos em filmes, mas aprofundamos as ideias dos filmes e ensinamos o que os cavaleiros jedis devem buscar”.

Eles lembram que já existem igrejas afiliadas nas Filipinas, nos Estados Unidos e que o site www.jedichurch.org tem um fórum público de discussões, permitindo que pessoas de todo o mundo compartilhem de sua fé.

Fonte: Agência Pavanews, com informações de ScoopDaily MailBBCYahoo NewsMirror.