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Mais de quatro mil manuscritos e documentos da Biblioteca Apostólica Vaticana poderão ser acessados, em alta resolução, através de um aplicativo lançado pela empresa japonesa NTT Data.

De acordo com a companhia, os documentos, disponíveis atualmente no site oficial da Biblioteca (www.vaticanlibrary.va), se ajustarão ao visor do dispositivo móvel escolhido pelo usuário.

Mas a empresa ainda trabalha no desenvolvimento de uma ferramenta que permitirá buscas eficazes pelos conteúdos. Essa função deverá ser lançada até o fim do ano. O prefeito da Biblioteca Apostólica, Cesare Pasini, disse que o app contribui “para a missão de tornar cada vez mais conhecidos os tesourso da humanidade conservados” na instituição. (ANSA) http://www.papafrancesconewsapp.com/por

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A companhia japonesa NTT Data, filial de serviços de informática do grupo de telecomunicações japonês NTT, anunciou nesta segunda-feira a publicação via internet dos oito primeiros manuscritos da biblioteca vaticana, como parte do projeto de digitalização de três mil livros até 2018.

“É empolgante ver que esses manuscritos antigos podem ser agora acessados em formato digital de alta definição por um amplo público no mundo inteiro”, declarou o diretor geral do grupo, Toshio Iwamoto.

No momento, oito manuscritos podem ser consultados na página da Biblioteca Apostólica Vaticana (www.vaticanlibrary.va), afirmou à AFP um porta-voz da empresa.

O Vaticano iniciou há alguns anos um ambicioso projeto de digitalização dos livros de sua biblioteca. Em 2018, poderão ser consultados online dezoito mil manuscritos.

O acordo com o grupo japonês, fechado em dezoito milhões de euros, inclui três mil livros manuscritos, isto é, “cerca de oitenta mil volumes e quarenta e um milhões de páginas que podem ser considerados bens históricos da Humanidade, escritos entre os séculos II e XX”, explicou Iwamoto em março.

“Continuamos com a nossa missão de aumentar a conscientização sobre esses tesouros, com um forte desejo de universalidade”, destacou o prefeito da biblioteca, o italiano Cesare Pasini.

A Biblioteca Vaticana se destaca pela variedade geográfica de suas obras, da América Pré-Colombiana até a China e o Japão, além da antiguidade de seus arquivos.

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Uma maneira de tirar proveito das novas tecnologias da informação é a que encontrou o Padre José Pedro Manglano com o aplicativo “iMaria”, que recolhe conteúdos para rezar à Nossa Senhora e crescer no seu conhecimento.

Entre os múltiplos conteúdos que são oferecidos neste aplicativo, está uma lista com as diferentes invocações, nomes, que recebe Nossa Senhora em todo o mundo, os quais se encontram divididos por continentes, assim como por toda a Espanha.

Do mesmo modo, reúne as aparições marianas, ressaltando aquelas de maior tradição, como Fátima e Lourdes, e descrevendo onde e quando se produziram, a que pessoas apareceu, e a mensagem que transmitiu.

O ‘app’, desenvolvido pelo mesmo sacerdote que apresentou outros aplicativos como “Rezar no Metrô”, “iViaCrucis”, “iMissa”, “iNatal” e “iPaixão”, foi idealizado para comemorar o mês de maio, dedicado à Nossa Senhora, e aproximar mais os fiéis da Mãe de Deus, não só neste mês mariano, mas durante todo o ano. “A devoção à Nossa Senhora é a manifestação do carinho de milhões e milhões de pessoas. Com este aplicativo podemos nos aproximar ainda mais de nossa Mãe”, expõem o criador em sua página web.

Em união com estes conteúdos também se incluem os costumes marianos que existem ao redor do mundo e que os fiéis incorporaram, com o tempo, em sua vida devota. Ali se explica sua origem e a maneira como se ora o Santo Rosário, o Ângelus e o Regina Coeli, as três Ave Marias, a Novena à Imaculada, e as condições e significado de utilizar o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, entre outras invocações.

Adicionalmente, mostra um calendário mariano que recolhe as festividades marianas de cada dia do ano e de alguma parte do mundo.

A lista de opções inclui, por sua vez, leituras e meditações sobre a Mãe de Deus feitas por diversos autores, entre elas se encontram homilias, textos dos santos e documentos dos Pontífices. Também são disponibilizados poemas a Virgem Maria e orações marianas, assim como várias meditações para orar a cada dia durante o mês de maio.

O aplicativo ainda apresenta uma seção intitulada “As crianças e Maria”, para que as crianças cresçam na devoção mariana por meio de orações adaptadas, invocações desenhadas por eles e devoções para colorir. (GPE/EPC)

Fonte:  gaudiumpress.org

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Jesuíta e diretor da revista italiana La Civiltà Cattolica, o padre Antonio Spadaro desenvolve há muitos anos uma reflexão teológica sobre a fé nos tempos da internet.

Mais que um simples instrumento de evangelização, a internet é um novo espaço onde o desejo de Deus se expressa ainda mais facilmente quando favorece as relações de comunhão entre as pessoas.

Teólogo e filósofo, você começou uma ampla reflexão sobre a fé na era da internet e assentou as bases para uma “ciberteologia”. (1) O que o empurrou nesta direção?

Tudo parte da minha experiência pessoal. Como a maioria dos pesquisadores da minha geração, o uso da internet e das redes sociais teve um impacto profundo sobre a maneira de trabalhar e, inclusive, de rezar. O poder dos buscadores, a diversidade dos blogs, as numerosas trocas que eu posso realizada diariamente pelo Twitter e o Facebook, tomaram, pouco a pouco, a dianteira em relação à minha leitura dos jornais e dos livros. As informações e as reflexões mais interessantes me vêm hoje estando conectado à rede. Constatando como esse novo meio de conhecimento e de vinculação modificou o meu dia a dia, eu procurei compreender qual poderia ser o impacto da internet sobre a fé e a vida da Igreja.

A internet muda a nossa maneira de trabalhar, de pensar… Mas pode mudar a nossa maneira de crer?

Fundamentalmente, o conteúdo da fé e a maneira de crer não mudam. Ao contrário, a prática da internet tem um impacto evidente sobre a nossa maneira de expressar e de pensar a fé. É aqui que a teologia entra. Como a internet e a sua lógica conectiva mudam a minha maneira de escutar e de ler a Bíblia? Como modifica a minha compreensão da Revelação, da Igreja e da comunhão eclesial, da liturgia e dos sacramentos? Isso não é um questionamento abstrato. Esta reflexão é fruto de uma autêntica experiência de fé na rede.

Viver a sua fé na internet, o que isso quer dizer?

Há alguns anos, eu me debrucei sobre o fenômeno do Second Life, esse mundo inteiramente virtual onde cada um pode assumir um personagem e fazê-lo evoluir como quiser. Apesar do jogo das aparências, a presença religiosa é bem real. No Second Life, constroem-se igrejas virtuais. Podemos inclusive entrar em casas onde os participantes fazem os Exercícios Espirituais de Santo Inácio! Isso mostra que a religiosidade não conhece fronteiras. O desejo religioso do ser humano expressa-se em todas as partes, sob as formas mais variadas, inclusive num ambiente simulado.

Mas essa é realmente uma descoberta para um teólogo? Estar conectado altera a realidade nesse plano?

Nós estamos, com efeito, muito habituados a ver a internet como uma novidade absoluta. A internet é, antes de tudo, um lugar onde se expressam os desejos humanos mais enraizados, em particular os desejos de comunhão. Esse desejo expressa ainda mais eficazmente quando a internet coloca em relação pessoas que nunca teriam tido a possibilidade de se encontrar fisicamente. Nisso ela favorece um espaço de comunhão que não pode deixar a Igreja indiferente. O anúncio de uma mensagem – o Evangelho – e as relações de comunhão são precisamente os dois pilares sobre as quais a Igreja se assenta. O desafio não é mais apenas “utilizar” bem a internet, como frequentemente se acredita, mas “viver” bem nos tempos da internet. Bem mais que um novo meio de evangelização, a internet é um ambiente completo, um meio para habitar e no qual a fé é chamada a se expressar.

A “comunhão” na internet é autêntica? Ela não esbarra em alguns limites?

A comunhão não é um dado físico. Eu posso estar em comunhão com cristãos do Oriente Médio ou do Japão mesmo quando não os vejo fisicamente. A rede não faz mais que conectar as pessoas entre si, aumentar sua capacidade de comunicar-se; mas é o Espírito Santo que cria a comunhão. Como no mundo físico, tudo depende, no final das contas, do coração do homem. Eu posso estar conectado e nem por isso ter relações pobres, distantes ou negativas. Atualmente, cada vez mais pessoas rezam juntas graças à internet. Deus se deixa encontrar também através do mundo digital, que faz parte da nossa realidade. Nesse sentido, é preciso parar de contrapor um mundo chamado “real” ao mundo “virtual”. Eu prefiro falar de uma única e mesma realidade, ao mesmo tempo física e digital.

É possível celebrar um sacramento pela internet?

Sobre este ponto, a Igreja é categórica. O sacramento, qualquer que seja, requer o ambiente físico, tangível e concreto de uma comunidade cristã feita de carne e osso. Não há, portanto, sacramento pela internet. Isso não exclui uma forma de participação. Por exemplo, participar de uma celebração da Jornada Mundial da Juventude pela internet constitui em si uma presença significativa. Eu posso me associar pela oração, graças à capacidade do ambiente digital de abolir o espaço e o tempo. Assim como os primeiros cristãos se encontravam juntos num mesmo lugar, hoje milhões de fiéis conectados encontram-se em torno do sucessor de Pedro. Mas a experiência virtual não pode substituir a presença real do Cristo na Eucaristia, nem os outros sacramentos.

No seu livro consagrado à “ciberteologia”, você se pergunta sobre o sentido profundo da internet no projeto de Deus…

Essa é, para os cristãos, a questão mais interessante. O impacto da internet sobre as nossas vidas é tão importante que nos convida a discernir como isso concorre para o projeto de Deus para a humanidade. O guia que mais me ajudou nesta reflexão não conheceu a internet, posto que morreu em 1955. Trata-se do jesuíta francês Pierre Teilhard de Chardinque, em O fenômeno humano, desenvolve uma reflexão muito séria sobre a história, marcada por uma agregação progressiva da humanidade: caçadores e coletores espalhados sobre a superfície da Terra, os homens tornaram-se agricultores e se reúnem em aldeias, depois aparecem as primeiras civilizações, os primeiros impérios… Hoje, nós chegamos a um estágio de conexão mais sofisticado que envolve o pensamento. Ao aumentar o potencial de comunhão e de diálogo dos indivíduos entre si, a internet também pode ser entendida como uma etapa do caminho da humanidade, posto em movimento, solicitado e guiado por Deus. A rede, como espaço humano, também faz parte do único “meio divino” que é o nosso mundo.

Nota:

1. Ciberteologia. Pensar o cristianismo nos tempos da rede. São Paulo: Paulinas, 2012.

Autor: Samuel Lieven, publicada no jornal francês La Croix,

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Em abril de 2014, a ChurchRelevance.com publicou a sua 11ª lista anual dos 300 principais sites cristãos, que inclui blogs católicos, evangélicos, cristãos reformados e de praticamente todos os ramos da cristandade.
 
No topo da lista vem o New Advent, grande portal católico criado e mantido por Kevin Knight. O New Advent conquistou o primeiro lugar com uma pontuação superior a 41.000 no índice Alexa, classificação baseada em fatores como tráfego e links de direcionamento que apontam para o site.
 
Não é o primeiro prêmio importante conquistado pelo New Advent. Em 2012, a Lista de São Pedro o classificou como o número 3 entre os 10 principais sites de notícias católicas do mundo, explicando: “O New Advent é um dos mais populares sites católicos de notícias e pesquisas. A proposta simples e bem feita contém uma página inicial agregadora de notícias diárias, uma enciclopédia católica on-line completa, a Summa Theologica de Santo Tomás de Aquino, um índice de escritos da Igreja primitiva, uma Bíblia on-line e uma biblioteca repleta de documentos da Igreja”.
 
Como o 20º aniversário do site está se aproximando, fui conversar com Kevin sobre a sua fé e sobre o New Advent, além de lhe perguntar como ele reúne os artigos em destaque no maior e mais popular agregador de notícias católicas do mundo.
 
Ele explicou que foi batizado na Igreja católica, mas nem sempre seguiu a fé. Passou por uma “deriva cultural”, confessou, e abandonou a Igreja sem olhar para trás. Depois, como jovem adulto, ele sentiu, quase que da noite para o dia, uma intensa moção interior. Foi através da natureza que ele encontrou o caminho de volta para a fé, vendo Deus em todas as maravilhas da criação e percebendo que “tinha que existir um Criador”.
 
Kevin descreve esse período como “quase uma busca científica”, voltada a encontrar provas e mantida sem desistência até a conclusão. Ele tem a certeza de que, mesmo que não tivesse sido criado como católico, a sua pesquisa metódica o teria levado, com base na evidência científica e histórica, a abraçar a fé católica.
 
Em 1993, durante a visita do papa João Paulo II a Denver, nos EUA, para a Jornada Mundial da Juventude, Kevin se viu inspirado a publicar a edição de 1913 da Enciclopédia Católica na internet. No início de 1995, aos 26 anos de idade, ele fundou o site New Advent. Teve ajuda de voluntários dos Estados Unidos, Canadá, França e Brasil para transcrever o material original, disponível em domínio público e não mais sujeito a restrições de direitos autorais.
 
Quando começou a sua busca pela verdade, Kevin lia anonimamente, sem compartilhar essa tarefa pessoal com a família nem com os amigos. Mais tarde, depois de voltar para a Igreja católica, ele entendeu, por experiência própria, que a internet poderia oferecer privacidade a quem, como ele, estava começando a descobrir a fé em meio a um contexto de ateísmo ou agnosticismo e preferia viver o processo “em segredo”. Ele sabia que um site como o New Advent poderia ser de ajuda tanto para os não crentes quanto para as pessoas firmes na fé.
 
E de onde vêm as notícias publicadas pelo site? Kevin explicou que recebe cerca de 500 fluxos de notícias todos os dias, além de links de escritores de todo o país. O New Advent oferece um mix de observações culturais, temas católicos, artigos diferenciados e histórias motivadoras. Ao escolher as histórias que vão ao ar, Kevin procura ficar longe de polêmicas, de discussões entre lados contrários, como, por exemplo, as longas disputas sobre a liturgia. Ele procura escritores que conversem com a Igreja e destaca notícias católicas apresentadas de um ângulo diferente. Se um escritor está apenas repetindo o que outros especialistas já estão dizendo, alinhando-se marcadamente numa perspectiva conservadora ou liberal, o mais provável é que o seu texto não apareça no New Advent.

No caso de problemáticas de grande impacto popular, como o aborto, a cujo propósito os católicos tendem a compartilhar o mesmo ponto de vista, Kevin procura artigos que ofereçam novos ângulos ao debate.
 
O que o futuro reserva a Kevin Knight e ao New Advent?
 
Os planos ambiciosos de Kevin incluem uma expansão da Enciclopédia Católica, bem como recursos adicionais para estudos e pesquisas. Kevin espera incorporar as obras dos Doutores da Igreja ao site, que já oferece os escritos dos Padres da Igreja. Ele prevê um esforço colaborativo em grande escala e acredita que, com as ferramentas de comunicação disponíveis hoje, os voluntários podem trabalhar de forma mais eficiente do que no primeiro projeto de digitalização da Enciclopédia, quando a comunicação ainda era feita via e-mail.
 
“O meu sonho”, conta Kevin, “é começar a reunir esses recursos em páginas que possam ajudar as pessoas a percorrerem a história e a teologia, como quem caminha de mãos dadas com elas por entre essas montanhas de material”.

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As nove contas do Papa Francisco no Twitter (@pontifex) superaram nesta semana, 17, os 14 milhões de seguidores.

O microblog do Pontífice em língua espanhola é o que possui o maior número de seguidores, quase 6 milhões, seguido da conta em língua inglesa com mais de 4 milhões e do italiano, com quase 2 milhões. A conta em língua portuguesa já superou um milhão de seguidores.

A estréia de um pontífice no Twitter ocorreu em dezembro de 2012, com Bento XVI. Desde que assumiu, em 13 de março de 2013, Papa Francisco já conquistou mais de 11 milhões de novos seguidores, tendo sido considerado uma das personalidades mundiais mais influentes nas redes sociais.

Recentemente, um estudo do Twiplomacy, site especializado em analisar os líderes globais no Twitter, apontou que cada tuíte do Papa Francisco em espanhol é partilhado mais de 11 mil vezes.

Com frases diárias de até 120 caracteres, o Papa Francisco espalha a mensagem da Igreja ao redor do mundo. Quando fala da internet, o Santo Padre a classifica como um “dom de Deus”, que permite a “cultura do encontro”.

Além das contas em espanhol, inglês e português, o Papa também manda sua mensagem em francês, latim, polonês, alemão e árabe.

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Um site, fundado em uma província da Irlanda, ajuda fiéis de diferentes estilos de vida em suas orações diárias e meditações. Tornou-se uma fonte de apoio e conforto para os fiéis ao redor do mundo.

O padre jesuíta Piaras Jackson, diretor do site ‘Espaço Sagrado’ (www.sacredspace.ie), disse que, apesar do crescimento do site, seu objetivo continua o mesmo: “Ajudar as pessoas em suas orações diárias e reflexões, oferecendo uma oração por dia” e “fornecendo subsídios para apoiar as pessoas na vida cristã como fruto de reflexão”, conforme matéria publicada no L’Osservatore Romano.

O site, que está disponível em 20 idiomas, “agrada a todas as pessoas de boa vontade, e é usado por cristãos em todo o mundo”, disse Padre Jackson.
Ele acrescentou que o site pode ser utilizado, independente do estilo de vida do usuário, e acrescenta que é possível usá-lo “nas diversas situações em que a pessoa se encontra. Através de tablets ou celulares de baixo custo, a oração diária é oferecida de forma coerente, eficaz e grátis”.

Lançado como uma iniciativa quaresmal, ficou claro que o site tinha um valor duradouro, confirmado pela criação do mesmo em outros idiomas que foram adicionados pelos tradutores nos vários países e pelo fato de que a sua presença on-line comemorou seu 15 º aniversário este ano, afirmou.

O funcionamento do portal é muito simples, afirma Padre Jackson. Para os usuários recarregarem as baterias espirituais, não leva muito tempo. Os usuários do site gastam uma média de quatro minutos e meio conectados.

Ele acrescentou que o site tornou-se um network de pessoas ao redor do mundo que usam o mesmo sistema para publicar em vários idiomas. As traduções são produzidas em diferentes países pelos jesuítas e seus colegas. Os leigos também contribuem, por vezes, trabalhando separadamente, mas “combinando esforços on-line”.

Padre Jackson está convencido de que “sites como o nosso levam sal para a internet”. Aqueles que usam o site entendem que a mensagem do Evangelho é o que importa, acrescentou.
“As pessoas dizem que é importante saber que não estão sozinhos: a cada hora do dia mais de 650 pessoas se encontram para rezar”, disse ele.

Zenit

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A Internet hoje é o grande fascínio das crianças e jovens, e veio para ficar. Ela é um meio poderosíssimo de comunicações que põe o mundo dentro de sua casa e também na cabeça de seus filhos. Tem coisas maravilhosas e tem também desgraças enormes e até proposta de suicídio em grupo. Logo, os  pais precisam tomar todo cuidado com esta máquina que os jovens dominam com incrível facilidade deixando a nós adultos longe.

A equipe do “Portal da Família” (www.portaldafamilia.com.br) pesquisou algumas informações de segurança para ajudar as crianças no uso da Internet. Isto pode ajudar a você que é pai a educar seus filhos. Algumas dicas de uso do citado Portal são importantes para orientar os jovens, como:

1. Lembre-se de que, na Internet, você nunca pode ter certeza de quem é a pessoa com quem você está conversando. Infelizmente, muitos mentem, e alguém que diz ser uma criança pode na verdade ser um adulto perigoso.

2. Nunca divulgue informações sobre a sua vida, como por exemplo o seu sobrenome, o seu número de telefone, onde você mora ou onde é a sua escola, sem perguntar primeiro a seus pais. Desconfie daqueles que querem saber muito sobre você, pois mesmo com poucas informações as pessoas podem descobrir onde você mora.

3. Tenha em mente as regras de segurança quando estiver online: o seu comportamento e os sites da Web que você visita determinarão em grande parte a sua segurança online. Sempre siga as regras de uso da Internet, quer esteja em casa, na escola, na biblioteca ou em outros lugares. Elas existem para garantir que você possa se divertir de maneira segura.

4. Sempre mostre respeito pelos outros: trate as pessoas que estão online como você gostaria de ser tratado. Nunca envie mensagens de e-mail ofensivas ou desagradáveis. Lembre-se de que qualquer coisa que você escrever ou enviar online pode ser reenviado a outras pessoas – por exemplo a seus pais ou à sua escola! Portanto, se você sentir a tentação de dizer algo que os outros não gostariam de ouvir (e que você mesmo não gostaria de ouvir, se viesse de outra pessoa…), abafe essa tentação!

5. Fazer planos para encontrar os seus interlocutores de Internet na vida real normalmente é uma péssima idéia, porque as pessoas podem ser muito diferentes na vida real daquilo que elas dizem ser pelo computador. Se quiserem marcar um encontro com você, não aceite. Se você quiser conhecê-los, leve os pais consigo e encoraje os seus “amigos” virtuais a fazer o mesmo. No mínimo, faça com que os seus pais e amigos reais saibam o que você vai fazer.

6. Desligue o computador se alguma coisa o deixar preocupado ou inquieto. Se alguém com quem você estiver conversando ou alguma coisa que você vir quando estiver online fizer você ter preocupação ou medo, simplesmente feche o navegador e desligue o computador. Se você não fornecer informações sobre si mesmo a ninguém, ele ou ela não poderão ameaçá-lo, e você poderá simplesmente ignorar essa pessoa ou bloqueá-la no futuro. Sempre avise os seus pais ou professores se você tiver medo ou se sentir ameaçado quando estiver online – eles sabem o que fazer.

7. Se você receber e-mails suspeitos, arquivos ou fotos de alguém que não conhece, mande-os para a lata de lixo. Você tem muito que perder se confiar em alguém que não conhece. Do mesmo modo, evite clicar nas URLs que lhe parecem suspeitas.

8. Nunca distribua as suas senhas para outros colegas.

9. Nunca faça nada que possa custar dinheiro à sua família, como por exemplo compras online, a não ser que haja algum de seus pais ajudando você a fazer isto.

10. Antes de você conversar com um desconhecido na Internet sobre algum problema que tenha ou alguma dificuldade que sinta, experimente falar com um parente compreensivo ou um amigo e conte-lhes o que você sente. Eles são um recurso muito melhor e mais digno de confiança do que um estranho numa sala de bate-papo.

11. Evite entrar em salas de bate-papo (chats) que parecem provocantes ou de muita discussão, e não deixe as pessoas online usarem o truque de fazer você pensar neles como amigos da vida real se você nunca as conheceu pessoalmente. Também não se deixe envolver em discussões e brigas online. Se for procurar problemas na Internet, você os achará com certeza, e as coisas podem sair do controle rapidamente.

Como regra geral, lembre-se sempre de que os amigos reais são os únicos amigos de verdade, mesmo que de vez em quando lhe digam alguma coisa de que você não gosta. A Internet não é um lugar para cultivar a amizade, apenas para obter informações de certo interesse.

Amigos mães e pais: façam um contrato de uso da Internet com os seus filhos!

Muitas famílias descobriram que criar uma espécie de “Termo de Compromisso” com regras para uso da Internet ajuda as crianças a adquirir uma experiência boa e construtiva na Internet e a aceitar melhor as orientações dos pais. Uma das maneiras é fazer uma reunião em família em que todos concordem em estabelecer um “acordo” ou “contrato” entre pais e filhos. Algumas famílias até imprimem esse documento no computador e o assinam em conjunto com as crianças (isto pode ser muito bom, porque evita as discussões que podem surgir depois sobre “Isto estava / não estava no contrato”).

Vejam abaixo um pequeno exemplo. Mas não é preciso segui-lo; o que interessa é que você crie o seu próprio contrato, com os pontos que lhe pareçam mais necessários para a sua família. Há outros exemplos desses contratos nos sites:

SafeKids.com – Family Contracts for Online Safety, Smart Parent.Com – Children´s Pledge to Online Safety

1. Eu SEMPRE falarei com os meus pais, e imediatamente!, quando não entender alguma coisa na Internet, ou algo parecer assustador ou ameaçador.

2. NUNCA darei meu nome completo, endereço, número de telefone, nome ou localização da minha escola, horário, senhas, ou quaisquer outras informações que me identifiquem quando eu estiver online. SEMPRE consultarei um adulto antes se for o caso de abrir uma exceção.

3. NUNCA terei um encontro com alguém que só conheço pela Internet. Nos casos em que eu pensar que vale a pena, vou perguntar antes aos meus pais o que eles acham e, se decidir conhecer um colega da Internet, nós nos encontrarmos em um lugar público e um dos meus pais ou tutores estará comigo.

4. NUNCA responderei a qualquer mensagem que use palavrões ou palavras que me pareçam assustadoras, ameaçadoras ou estranhas. Se receber esse tipo de mensagem, vou imprimi-la antes e mostrá-la a um adulto. Se me sentir incomodado num chat, usarei o comando ignore ou simplesmente sairei desse chat.

5. NUNCA visitarei um website que custe dinheiro nem farei compras via Internet sem antes pedir permissão aos meus pais ou professores.

6. NUNCA enviarei uma foto pela Internet ou pelo correio normal a ninguém sem a permissão dos meus pais.

7. NUNCA enviarei o número do cartão de crédito dos meus pais ou do meu sem a autorização dos meus pais.

Assinatura da criança………………………………. Data ………….

Assinaturas dos pais……………………………….. Data …………..

Além de tudo isso é preciso que os pais fiquem atentos aos sites pornográficos, de pedofilia, de drogas, de convites para “programas” exóticos e excêntricos como suicídio e coisas desse tipo; alguma chave de segurança pode ser usada, e isto pode ser aprendido com pessoas especialistas no assunto. Seu filho é um tesouro incalculável; não permita que outros lhe roubem a sua alma.

Autor: Prof. Felipe Aquino

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O Papa Francisco superou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em impacto de suas mensagens no Twitter, onde é retuiteado quatro vezes mais que o presidente americano, e conseguiu converter-se em líder mundial nas redes sociais, conclui um estudo apresentado esta terça-feira no Mobile World Congress de Barcelona.

“O Papa tem que servir a todos, especialmente, os mais pobres, os mais frágeis, os menores” é o tweet emitido pelo Pontífice argentino que teve mais retweets na rede com 30.608 vezes, sem contar sua mensagem inicial em janeiro de 2013, destaca o trabalho feito por Aleteia, AdEthic e 3rdPlace, e apresentado pelo Arcebispo de Barcelona, Cardeal Lluís Martínez Sistach.

Cada publicação na citada rede social o Papa escreve gera uma média de 6.637 retweets, superando de longe os 2.309 de Obama a cada mensagem sua. Estes números colocam o Pontífice na posição de “líder mundial nas redes sociais”, superando figuras como o Dalai Lamba, a presidente argentina Cristina Kirchner, entre outras celebridades, afirma Claudio Zamboni, um dos membros do estudo.

O estudo leva em consideração que o Papa conta com 12 milhões de seguidores -nos 13 meses de conta oficial e somando suas contas em distintos idiomas-, enquanto que Obama supera os 40,9 milhões -em 72 meses de mandato- com uma frequência de publicações de 7,76 tweets diários, em relação aos 0,79 do Francisco.

No período de tempo estudado no relatório, as 49 milhões de menções acumuladas pelo Santo Padre só foram superadas pelo grupo musical One Direction e o cantor Justin Bieber, o que o situa como a terceira figura mais popular de Internet em 2013.

Sob o título “A Internet ama o Papa Francisco”, o estudo relaciona dados obtidos entre março e novembro de 2013 e revela o “grande seguimento do Papa Francisco, o potencial da mensagem social e ética na rede”, remarcou Card. Sistach.

Entendendo o fenômeno

O presidente e diretor da plataforma Aleteia, Jesús Colina, destacou que “um dos fatores originais deste Papa é que ele fala dos temas da vida cotidiana das pessoas e, assim, ele abrange todos os âmbitos, abordando questões de sociedade, política e ética, que são as que mais repercussão possuem na rede”.

Colina indicou que a resposta do Francisco sobre a homossexualidade, dizendo que ele não era ninguém para julgar a estas pessoas, obteve “um impacto fora do âmbito religioso” com uma grande capacidade de interpelar as pessoas.

Empatia com o público

Colina remarcou que estes fatos destacam que a tecnologia sozinha não basta, mas requer uma mensagem e sublinhou que um dos motivos pelos quais Francisco tem tanto impacto é pelo fato de que não se dedica a retransmitir o que foi dito anteriormente em uma homilia, mas “toca o coração” e simpatiza com as pessoas.

Uma dos desafios que espera o Papa Francisco, será a interatividade, pelo grande número de respostas e mensagens diretas que recebe o Pontífice, que não possui um celular e que se nega que outras pessoas escrevam as mensagens que ele posta pessoalmente nas redes sociais.

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Sabemos que o sucesso das redes sociais se deve a um fator decisivo: elas facilitaram as relações interpessoais. Foi no começo da primeira década do terceiro milênio que a massificação das tecnologias da comunicação e da informação se globalizou. Em pouco menos de dez anos, aconteceu uma verdadeira revolução, que não foi apenas tecnológica, mas também antropológica.

O homem de hoje pensa, vive e sente com a internet. O digital não é uma simples extensão da própria existência, mas uma parte integrante da vida, o que se reflete na “hiperconexão” de milhões de pessoas em todo lugar e a qualquer momento. Paradoxalmente, a finalidade de relação passou a ser um fator secundário.

Como é que a evangelização entra neste complexo mundo digital? E mais: como entender a evangelização num contexto existencial como o de hoje? Há quem aposte em “habitar a rede” e possibilitar, a partir dela, uma aproximação das pessoas que não conhecem Deus, não acreditam nele ou deixaram de acreditar. Se este objetivo levar a outro mais profundo (o encontro pessoal com Deus) e houver não apenas boas intenções, mas a formação e a criatividade necessárias, isso é ótimo.

Assim como milhares de missionários partiram um dia para anunciar a mensagem de Jesus em novas terras e em novos continentes, assim também os missionários da web desembarcam no continente digital para repropor a mesma mensagem. E a experiência e as lições daqueles evangelizadores podem servir para o presente.

Em primeiro lugar, os missionários transmitiam a palavra de Deus, não a deles mesmos. Eram intermediários entre Deus e os homens e, em consequência, conduziam as pessoas ao fim que era Deus, não a si próprios. Existe hoje a tentação de se colocar no centro da mensagem e acabar desviando a atenção do fim verdadeiro.

Os missionários eram enviados: o impulso vinha de Deus e, como dizia São Paulo, “Ai de mim se não pregar o Evangelho!”. Mas também é verdade que o envio imediato era feito por uma autoridade eclesiástica, que avalizava o trabalho apostólico. Isto continua sendo verdade hoje. A evangelização online exige a boa intenção, mas também a adequada preparação e, na medida do possível, o respaldo ao menos do próprio pároco ou de algum representante eclesiástico que acompanhe e oriente o nosso trabalho.

Os missionários de antigamente aprendiam a língua dos nativos. Os nativos digitais também têm a sua linguagem própria: mais visual, interativa, intuitiva, multimídia. São elementos que o missionário não só precisa conhecer, mas dominar, para falar ao homem contemporâneo de um jeito que ele entenda.

Ao chegar à nova terra, os missionários também sabiam identificar as coisas boas da cultura local. Devemos fazer o mesmo: não quebrar a cabeça pensando em milhares de táticas novas; podemos aproveitar o que já existe, purificando-o, se necessário, e elevando-o.

Finalmente, o sucesso pastoral de muitos missionários não vinha da quantidade de coisas que eles faziam, mas do testemunho de vida santa que eles davam. Se as atividades eram muitas, era porque vinham do conselho que Deus lhes dava na oração. E isso as pessoas notavam, sentindo-se interpeladas a conhecer o Deus com quem o missionário se comunicava. Isto permanece válido: falar primeiro com Deus e depois falar dele para os outros. Os homens de hoje não escutam os mestres, e sim as testemunhas. E, se escutam os mestres, é porque eles são testemunhas.

Em suma, trata-se do desafio de levar as almas ao contato direto com Deus e devolver às redes sociais o seu fator de sucesso. O “grande encontro” passa pelos pequenos encontros que os missionários são chamados a possibilitar na conexão com Deus fora do ambiente digital.

Autor: Jorge Mújica

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A internet ama o Papa Francisco: as palavras, os gestos e a humanidade sorridente do papa atravessam a rede e chegam ao mundo inteiro, passando por cima de fronteiras e até de filiações religiosas. O papa que veio “quase do fim do mundo” é um “fenômeno global” em termos de comunicação, tanto “do ponto de vista geográfico quanto no alcance multicanal”.

Francisco foi capa da revista Time como personalidade do ano. Ele reuniu mais de 11 milhões de seguidores no Twitter. Agora,o estudo “A internetama o Papa Francisco” confirma a popularidade e a grande eficácia comunicativa do 266º bispo de Roma. A pesquisa foi encomendada pela Aleteia à consultoria 3rdPlace.

A 3rdPlace mediu o número de pesquisas e menções ao pontífice na internet o “grau de fidelidade” dos usuários que o seguem, além de identificar as principais temáticas e os assuntos mais frequentemente associados ao Papa Francisco em escala global.

Uma etapa seguinte da pesquisa se concentrou mais especificamente na Itália e no bloco EUA- Reino Unido.

O estudo mostrou que, globalmente, o Papa Francisco foi o personagem que gerou o maior volume de buscas mensais no Google (1.737.300) e o mais mencionado na rede (mais de 49 milhões de vezes) em comparação com alguns dos líderes mundiais mais influentes e populares em 2013, como Barack Obama, Vladimir Putin e Angela Merkel. As menções ao papa têm uma distribuição geográfica mais global e homogênea, sem apresentar uma concentração particular em determinada região, ao contrário de figuras públicas como Obama, que concentra 52% das referências nos EUA.

Embora o Papa Francisco tenha acabado de celebrar o seu 77º aniversário, ele concorre com força com alguns dos jovens ídolos do mundo do entretenimento e do esporte: em uma análise do número de menções globais, Francisco aparece em terceiro lugar geral, depois da banda OneDirection (78 milhões) e do cantor Justin Bieber (53 milhões). Na Itália, o papa domina a lista com folga: são 750.833 menções.O segundo lugar é da mesma OneDirection, que tem 596.464 referências.

Alguns líderes entenderam antes que outros a eficácia da internet para veicular a sua imagem e reforçar a sua influência política, mas o Papa Francisco bate todos eles em capacidade de interação. No Twitter, por exemplo, o estudo da 3rdPlace sobre as contas “Pontifex” em várias línguas observa que, com uma frequência de publicação média de 0,79 tuítes por dia, o papa alcançaum índice de engajamento médio de 6.637. A conta de Barack Obama atinge uma média de engajamento de 2.309, apesar de publicar em média 7,76 tuítes por dia.

A motivação para este nível de interação, dizem os autores da pesquisa, provavelmente deve ser procurada “no modo como o papa se relaciona com o meio digital: enquanto Obama e outros líderes usam o Twitter para ‘distribuir’ seu conteúdo, Francisco o usa para conversar e para se aproximar dos fiéis, conseguindo resultados melhores e mais eficazes”.

Um caso diferente é o do Facebook. O Papa Francisco não está presente nessa rede social. Mesmo assim, ele foi o “assunto” mais discutido de 2013 no Facebook. A página não oficial do papa no site de Mark Zuckerberg apresenta uma porcentagem de seguidores fidelizados mais ativa (com engajamento médio de 26%) que a de outros líderes (Obama tem 2% e o político italiano Beppe Grillo tem 22%, por exemplo).

O estudo sobre o papa Bergoglio foi apresentado em 28 de janeiro no Hotel Columbus, em Roma, durante a conferência social “O futuro da comunicação é responsável”, organizado pela Aleteia.org e pela rede de publicidade AdEthic.

Fonte: Aleteia

Pope Francis

Com motivo da apresentação da primeira mensagem do Papa para o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, assinalou que as mensagens emitidas pelo Papa Francisco pelo Twitter, podem chegar a 60 milhões de pessoas.

“Hoje em dia os seguidores do Santo Padre no Twitter superam os 11 milhões, e o que mais nos anima é a possibilidade de retweetear um simples tweet do Santo Padre, de maneira que se supõe que pelo menos 60 milhões de pessoas poderiam estar recebendo a mensagem do Santo Padre”, assinalou Dom Celli em declarações ao Grupo ACI.

Até o momento, o Santo Padre compartilhou na rede social 247 “tweets” –mensagens de 140 caracteres-, que por sua vez, cada dia são “retweeteadas”, pelos seus seguidores. Deste modo a mensagem se difunde de maneira exponencial chegando a muito mais usuários.

Segundo Dom Celli a presença do Pontífice na rede oferece um grande desafio e uma grande oportunidade para anunciar o Evangelho, abrindo um novo diálogo da Igreja com as demais religiões e culturas e marcando um novo ponto de partida para a Nova Evangelização.

“Dentro de um fenômeno de desertificação espiritual crescente é muito importante receber pelo menos uma gota de água fresca, pura, que anima e alenta a minha vida espiritual”, disse.

A autoridade vaticana também ressaltou que o Papa Francisco é um grande comunicador que une a mensagem com o gesto, e que tem uma grande capacidade de entrar em sintonia com as pessoas, convidando todos a refletir sobre as exigências de uma Igreja, dirigida para a busca do homem e da mulher e “tendo a capacidade de aquecer seu coração”.

Por último, Dom Celli expressou que a intenção do Papa com sua forma de comunicar-se é fazer com que a Igreja reflita sobre a necessidade de ir em busca dos homens e mulheres de hoje, para acompanhá-los nos desafios que lhes apresentam.

“O Papa quer uma Igreja capaz de aquecer o coração do homem… o coração de um homem às vezes cansado, sozinho, vítima de mil problemas…um homem que às vezes tem dificuldade para entender a grande mensagem de amor do Pai. É uma Igreja que tem que redescobrir novas perspectivas comunicativas”, concluiu.

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O Papa que não tem medo de se molhar.

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O Papa Francisco convidou a Igreja Católica a promover um “testemunho cristão” no mundo digital para chegar, através da rede, às “periferias existenciais”.

“Tenho-o repetido já diversas vezes: entre uma Igreja acidentada que sai pela estrada e uma Igreja doente de autorreferencialidade, não hesito em preferir a primeira. E quando falo de estrada, penso nas estradas do mundo onde as pessoas vivem: é lá que as podemos, efetiva e afetivamente, alcançar”, escreve o Papa na sua mensagem para o 48.º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

O texto, intitulado ‘Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro’, alarga a reflexão às “estradas digitais, congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança”.

“Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital”, apela aos cristãos.

Para o Papa, é necessário “abrir as portas das igrejas” para que as pessoas entrem, “independentemente da condição de vida em que se encontrem” e para que o Evangelho “possa cruzar o limiar do templo e sair ao encontro de todos”.

“Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos. Seremos nós capazes de comunicar o rosto duma Igreja assim?”, questiona.

Francisco sustenta que a presença da Igreja no mundo da comunicação deve ajudar todos a “apreciar melhor os grandes valores inspirados pelo Cristianismo”, como, por exemplo, “a visão do ser humano como pessoa, o matrimónio e a família, a distinção entre esfera religiosa e esfera política, os princípios de solidariedade e subsidiariedade”, entre outros.

O Papa precisa que o testemunho cristão a que se refere “não se faz com o bombardeamento” de mensagens religiosas, mas com “a vontade de se doar aos outros”.

“É preciso saber-se inserir no diálogo com os homens e mulheres de hoje, para compreender os seus anseios, dúvidas, esperanças, e oferecer-lhes o Evangelho, isto é, Jesus Cristo”, explica.

A mensagem sublinha que este diálogo é um desafio que “requer profundidade, atenção à vida, sensibilidade espiritual”.

“Dialogar significa estar convencido de que o outro tem algo de bom para dizer, dar espaço ao seu ponto de vista, às suas propostas. Dialogar não significa renunciar às próprias ideias e tradições, mas à pretensão de que sejam únicas e absolutas”, observa.

Francisco pede que a Igreja não recorra a “truques ou efeitos especiais” na sua comunicação e que aposta no contacto com o “próximo, com amor, com ternura”, e diz que a internet pode oferecer “maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos”.

“A revolução nos meios de comunicação e de informação são um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus”, acrescenta.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais, única celebração do gênero estabelecida pelo Concílio Vaticano II (decreto ‘Inter Mirifica’, 1963), é celebrado no domingo que antecede o Pentecostes (1 de junho, em 2014).