Maria Teresa Pontara Pederiva

O jesuíta e ciberteólogo Antonio Spadaro [diretor da revista Civiltà Catollica] indica que é possível conjugar “espiritualidade cristã” e ambiente digital. Com efeito, são muitos os que afirmam que, uma vez que a rede faz parte da nossa vida (mais, nos encontramos “on line” agora mesmo), devemos colocar mãos à obra para ver o que se está fazendo e o que se poderia fazer no futuro.


O que conta é reunir-se e discutir sobre o assunto. É exatamente esse o objetivo da XVII European Christian Internet Conference [ECIC], que começou em Roma, na Casa La Salle. Pretende-se manter ou colocar em movimento uma rede de cristãos (religiosos, agentes de pastoral, jornalistas, webmasters…) que se ocupam da informação e das novas tecnologias da comunicação, para que possam converter-se em um recurso para as próprias comunidades.


O tema do encontro: Reaching people in the Mobile World. O evento conta com a presença do presidente da ECICBarry Hudd, de dom Domenico Pompili (diretor doEscritório de Comunicações Sociais da CEI), do presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações SociaisClaudio Maria Celli, e de Giovani Silvestri, presidente da WECA, a associação católica dewebmasters.

Pe. Spadaro descreve brevemente em seu blog (Cyberteologia) o tema que abordará: de que forma o cyberespaço reflete o nosso desejo pelo divino, a decodificação de Deus a partir de todas as informações que provêm da rede, escutar a fé que chega a partir dali, a memória e o perdão, os “lugares” que formam comunidades, o dom da open source e do intercâmbio de arquivos, a espiritualidade como uma espécie de “hacker” a partir de dentro…

No último sábado, 19/05, foi inaugurado no youtube o canal “Buscando o Sentido”. O foco do canal são adolescentes e jovens e o seu objetivo é transmitir valores, gerar questionamentos sobre temas atuais e propor soluções concretas para mudar o mundo.  Os vídeos sempre terão legendas em espanhol em inglês, para que possam chegar a mais jovens no mundo. O canal é uma iniciativa do Movimento de Vida Cristã (www.vidacrista.org.br).

O primeiro vídeo do canal é sobre as redes sociais, que pode ser conferido em www.youtube.com/watch?v=pCy1ZjKJO0s.

O vídeo aborda as vantagens e os seus riscos, na utilização dessas redes, como por exemplo, fazer novas amizades, e a possibilidade de estar conectado com muita gente. Ao final, o vídeo propõe como usar melhor as redes sociais.

Segundo os idealizadores do canal, Gilberto Cunha e Michell Lima, o canal quer atingir o público jovem, por meio de uma linguagem mais informal, para transmitir valores humanos e gerar uma atitude mais analítica perante os acontecimentos atuais. “Nosso objetivo é que os jovens possam ser críticos e busquem mudar o mundo”, disse.

Sobre o nome dado ao canal, “Buscando o Sentido”, Michel Lima explica no vídeo de apresentação, em www.youtube.com/watch?v=CrxCsfY7BLE.

Ainda de acordo com Michell Lima, o canal é será uma ferramenta para tornar os jovens atores ativos na sociedade. “A gente quer encontrar o sentido de tantas coisas que acontecem no dia a dia, só que a gente muitas vezes não se pergunta, se é bom, se é ruim, se vale a pena ou não. Já chega de fazer as coisas só por fazer, de engolir tudo o que as pessoas falam, de gostar de tudo o que a maioria das pessoas gostam”, defende.

Uma das intenções dos idealizadores, é incentivar que os jovens tenham a iniciativa de promover mudanças. “a gente tem que fazer alguma coisa para melhorar. Não adianta nada perceber as coisas, criticar e não fazer nada para melhorar”, finaliza.

Como ocorre há cinco anos, foi lançado na Espanha o vídeo “May Feelings 5”, que promove a recitação do rosário através do Youtube durante o mês de maio.

A iniciativa que nasceu há cinco anos a partir de um grupo de amigos, é hoje um grande movimento de jovens do mundo inteiro em torno de um único propósito: rezar pelos demais com a intercessão da Virgem Maria.

Este ano, como novidade e com o lema “A rede social que reza para mudar o mundo”, o vídeo “May Feelings 5” apresentou a rede social www.mayfeelings.com, um site construído em cinco idiomas onde os usuários das novas tecnologias podem rezar pelos demais e pelas próprias intenções de oração.

Entre os temas que durante os últimos cinco anos foram apresentados nos videos estão: “50 razões para rezar o Rosário”, “Eu rezo o Rosário, e você?”, “Milhares de Rosários em todo o mundo por todos os sacerdotes” e “Este é o segredo de um Santo”, sobre o beato João Paulo II e a Jornada Mundial da Juventude de Madri no ano passado.


A grande facilidade com que os usuários do Facebook podem agregar “amigos” a seu perfil, a simplicidade com que as pessoas podem conversar através dos diversos chats com outros “amigos” ou “seguidores”, muitas vezes espalhados pelo mundo inteiro, e outras realidades, pareceriam inclinar pelo “sim” à pergunta de se as novas tecnologias facilitam as relações humanas.

Entretanto, um olhar crítico sobre essas amizades cibernéticas, realizada por uma psicóloga, professora do Instituto Técnológico de Massachussets – MIT, nos indica o espaço examinador de todos estes intercâmbios.

No inteligente editorial publicado na edição digital do New York Times de 21 de abril, Sherry Turkle invoca sua experiência na matéria para opinar: “Nos últimos 15 anos, tenho estudado tecnologias de conexão móvel e conversei com centenas de pessoas de todas as idades e circunstâncias sobre as suas vidas “conectadas”. Eu aprendi que os pequenos dispositivos que carregamos são tão poderosos que podem mudar não só o que fazemos, mas também quem somos”, disse.

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O que que foi dito parece uma banalidade, pois, tudo o que o homem faz, de alguma maneira, o transforma. Entretanto, não é banal de maneira nenhuma a profundidade dessas mudanças, particularmente no que se refere ao relacionamento com nossos semelhantes.

“Nós nos acostumamos a uma nova forma de estar “a sós”.
Tecnologicamente habilitados, somos capazes de estar um com o outro, e também em outros lugares, conectados onde queremos estar. Queremos personalizar nossas vidas. Queremos entrar e sair de onde estamos porque a coisa que mais valorizamos é o controle sobre onde focamos nossa atenção.

Nós nos acostumamos com a ideia de estar em uma tribo de um, fiel ao nosso próprio partido”: Uma dissertação muito interessante.

A tecnologia nos permite então, com maior ou menor facilidade, pensar e dedicar preferentemente nossos sentidos à aquilo que nos interessa ou nos agrada.

De fato, não cremos ser os únicos que experimentaram a tentação (e talvez caído nela) de perguntarmo-nos e olhar o que nos chegou no e-mail enquanto estamos em uma reunião de trabalho, social ou familiar, ou até inclusive enquanto escutamos algum sermão dominical não muito ameno.

Mas isto que os antigos poderiam qualificar como falta de educação -não dedicar os 5 sentidos ao interlocutor, ou ao expositor- é qualificado por muito de nossos jovens nativos digitais como uma “skill” a ser conquistada. Assim constatou nossa psicóloga:

“Meus estudantes me falam sobre uma nova e importante habilidade: trata-se de manter contato visual com alguém enquanto escreve uma mensagem, é difícil, mas pode ser feito”, lhe dizem os alunos a Sherry.

Pessoalmente o autor destas linhas teve essa experiência em mais de um jantar ou encontro, e posso dizer com toda a certeza que meu interlocutor ainda não havia adquirido a destreza suficiente para que eu não me sentisse desprezado. Mas enfim, devem ser minhas características de não nativo digital, mas de migrante digital, que ainda me encarceram nesses sentimentos.

Uma das mais finas, e interessantes observações que faz a professora do MIT é a da qualidade da “doação pessoal” e de outras características específicas que se patenteiam nas conversas digitais. Vejamos:

“No silêncio da conexão, as pessoas são consoladas por estar em contato com um monte de gente – cuidadosamente mantidos à distância. Nós não podemos ter o suficiente do outro se temos a capacidade de usar a tecnologia para manter o outro a distâncias que podemos controlar: não muito perto, não muito longe, apenas na distância correta (…) Em mensagens de texto, e-mails e postagens apresentamos o que queremos ser. Isto significa que podemos editar. E se quisermos, podemos excluir. Ou retocar: a voz, a carne, o rosto, o corpo. Não muito, não pouco”.

Esse contato não pleno que ocorre no ciberespaço, é introduzido de maneira sugestica por Turkle com a expressão o ‘silêncio da conexão’. Quer dizer, poderemos ‘falar’ muito por chat ou comunicar-nos até a saciedade por e-mail, mas sempre haverão elementos que não se transmitem e sobre os quais se faz silêncio. Não se transmitem porque os retocamos ou silenciamos, ou simplesmente porque as próprias limitações do canal o impedem. Mas além disso, um uso abusivo ou exclusivo deste tipo de comunicação pode atrofiar as capacidades que temos de dar-nos por completo aos demais na conversa ou no contato pessoal, e esse risco o correm particularmente os jovens.

“Um menino de 16 anos, que se baseia em mensagens de texto para quase tudo, disse, quase melancólico, ‘Algum dia, algum dia, mas certamente não agora, eu gostaria de aprender a ter uma conversa'”, relata Turkle.

“No trabalho de hoje, os jovens que cresceram temendo conversar aparecem usando fones de ouvido. Caminhando através de uma biblioteca da faculdade ou de um campus de alta tecnologia se vê a mesma coisa: estamos juntos, mas cada um de nós está em sua própria bolha, furiosamente conectado a teclados e telas sensíveis a toque minúsculos”, continua.

“Jovens que crescem temendo conversar”. Outra espressão muito bem encontrada, Encerrados em seus tanques cibernéticos, não são poucos os que terminam não conhecendo bem seus vizinhos mais próximos, seja no escritório ou na escola, pois uma mistura de temor e “falta de tempo” os inibe a abrir sua alma ou a peregrinar em almas alheias. Isso em moral cristã tem um nome talvez um pouco forte para aplicar a esta realidade mas que consideramos que não deixa de ser adequado e se chama egoísmo: sou eu, com meus desejos, com minha música e meus vídeos, com os amigos que eu quero frequentar, e na medida e intensidade que eu queira, mostrando só o que eu quero e quando quero.

Entretanto, e foi bem destacado na metafísica cristã recente, o ser humano é um ser ‘donal’, não só um ser ‘em relação’, mas uma criatura que está chamada por natureza a “dar-se”. O risco do egoísmo cibernético é que tem conexos com os deleitáveis e venenosos prazeres do egoísmo. Mas o egoísmo, qualquer que seja, inclusive se se disfarça de iphones, ipads, ou smartphones, cedo ou tarde, termina enfastiando, termina tornando amarga a existência.
E a solução segue sendo hoje como sempre, o dar-se, o entregar-se, o abrir-se, a imitação dAquele que há 2.000 anos na Palestina disse que não há quem demonstre mais amor que o que dá a vida por seus amigos.

Por Saúl Castiblanco

Traduzido por:
Emílio Portugal Coutinho

Vatican Insider

Hoje, o maior desafio para a Igreja não é aprender a usar a web para evangelizar, mas sim viver e pensar bem – até mesmo a fé – no tempo da rede”, afirma aos microfones da Rádio do Vaticano o padre Antonio Spadaro, diretor da revista Civiltà Cattolica e autor de  cyberteologia, um livro publicado pela editora Vita e Pensiero.

“Hoje, graças aos telefones inteligentes e aos tabletes, a nossa vida é sempre ‘online’, e a rede muda o nosso modo de pensar e de compreender a realidade. Por isso – afirma o jesuíta – eu me pergunto: como muda a busca de Deus no tempo dos sistemas de busca? Quem é o meu próximo na época da web? São possíveis a liturgia e os sacramentos na rede?”.

Segundo o padre Spadaro, “precisamente na rede, Cristo chama a humanidade a ser mais unida e conectada”. E essa concepção dos meios de comunicação pertence à tradição da Igreja. “Em 1931, quando o Papa Pio XI abençoou, em latim, os maquinários da Rádio Vaticano – lembra o padre Spadaro – ele salientou que comunicar as palavras apostólicas aos povos distantes, através do éter, era uma forma de estar unidos a Deus em uma única família. Uma intuição profunda para a época, que via na tecnologia do rádio não uma forma para transmitir conteúdos e fazer propaganda, mas sim um meio para criar relações, uma única grande família de crentes. Poderíamos quase dizer – observa Spadaro – que o Papa Ratti já havia compreendido plenamente a lógica das redes sociais”.

O autor deixa de lado as críticas às redes sociais, muito frequentes, não só no mundo católico. “Trata-se de ambientes em que se pode viver bem ou mal – explica o diretor da Civiltà Cattolica , depende da qualidade das pessoas que as frequentam”.

“Além de qualquer consideração – conclui – deve-se avaliar que, no Facebook, há mais de 500 milhões de pessoas, e assim a Igreja, sobretudo, não pode não estar lá. É um fato que apela à nossa moralidade”.

Diante do preconceito, duro de morrer, de uma Igreja inimiga do progresso, Spadaro lança, enfim, uma nova provocação: “Justamente nós, fiéis crentes, somos chamados a dar ao mundo uma contribuição de leitura teológica do fenômeno da rede, para entender as verdadeiras potencialidades desse ambiente”.

Um catálogo com mais de 300 mil volumes pertencentes a bibliotecas de oito instituições católicas portuguesas estão disponíveis na internet.

O projeto nomeado como “Cesareia”, pretende agregar o máximo de bibliotecas associadas a instituições eclesiais, dioceses, seminários e universidades.


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A iniciativa começou a ser executada no início em 2007 e tem como objetivo “partilhar com o público em geral, o patrimônio bibliográfico que na esmagadora maioria dos casos é desconhecido”, afirmou Sandra Costa Saldanha, diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI).

O número de instituições que forneceram dados para serem inseridos no catálogo on-line já passou de 20, entre elas está a Biblioteca João Paulo II, da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, com mais de 280 mil volumes.

“Outra ambição é unir esforços entre as bibliotecas para nos ajudarmos uns aos outros e o trabalho ser potenciado em rede, já que todas fazem a mesma coisa, confrontam-se com o mesmo tipo de problemas e têm as mesmas necessidades”, declarou a diretora do SNBCI.

Segundo a responsável, existe uma “falta de comunicação entre as instituições” eclesiais. Por isso o projeto “Cesareia” pretende criar condições para que as bibliotecas estejam abertas ao público, além de disponibilizar um técnico e meios informáticos, financiados com o apoio da Fundação do Secretariado Nacional da Educação Cristã. (EPC)

Agência Ecclesia

ACI

Catholic-link.com é site criado há um ano por um grupo de jovens universitários de distintos países, que difunde de uma maneira criativa e inovadora as verdades da fé católica segundo às exigências de hoje.

A idéia de criar este site nasceu dos jovens Luis Delgado, engenheiro de sistemas; Mauricio Artieda, estudante de ciências da comunicação, e Daniel Prieto, estudante de filosofia e futuro sacerdote.

“Tudo começou com um amigo sacerdote, que cansado de não encontrar os vídeos católicos que periodicamente eu enviava ao seu correio, aconselhou-me criar um blog onde eu classificasse e comentasse estes recursos. Pareceu-me uma idéia excelente e assim nasceu catholic-link.com“, explicou Artieda, peruano de 27 anos e diretor do site católico.


Devido à difusão e acolhida do blog, ao pouco tempo se transformou em uma página Web, que atualmente armazena e difunde recursos áudio-visuais, e conta para isso com uma pequena equipe de jovens universitários que semanalmente classificam, comentam e difundem vídeos católicos úteis para o apostolado.

Embora por agora não estão dedicados à produção áudio-visual, Catholic-link tem algumas produções próprias, entre elas o vídeo mais visto sobre a Igreja Católica em espanhol do youtube:http://www.youtube.com/watch?v=ntwncXj8DTE

Prieto, chileno de 25 anos e membro do projeto afirmou com entusiasmo que a iniciativa foi uma grande bênção: “todas as semanas nos chegam correios de catequistas, seminaristas, professores de religião e de muitas pessoas que nos dizem que os recursos que publicamos os ajudam muito em seu apostolado”

Para visitar o site, ingresse em: http://www.catholic-link.com

No Facebook confira: https://www.facebook.com/Catholiclink
Twitter: @catholic_link

Nieves San Martín

O padre Dalton Xavier Reyes Martínez, da Associação Sacerdotal Servos do Espírito Santo, na Colômbia, realiza uma singular missão evangelizadora através das redes sociais, especialmente no Facebook, onde tem cerca de oito mil amigos. Toda quinta-feira ele celebra a Eucaristia para os seus contatos. “Dou testemunho das bênçãos que recebemos através destes meios”, declara o pe. Dalton.

Como começou a sua experiência nas redes sociais?

– Padre Danton: Bom, a minha experiência nesses meios começou com a minha primeira conta no Hotmail. Eu fui explorando a facilidade que o uso do e-mail me dava para ficar em contato com pessoas de vários lugares, e, em pouco tempo, comecei a receber correspondência de muita gente pedindo conselhos, orações de intercessão, informação e formação. As contas do Hotmail tinham pouca capacidade naquela época, e eu tive que criar outra. Coloquei o nome de CARTERO2000, cartero por causa das cartas que eu recebia e 2000 por causa do chamado que o papa estava nos fazendo para o novo milênio.

Qual foi o resultado?

– Padre Dalton: Conheci mais pessoas, algumas que até hoje não encontrei pessoalmente. Com a chegada do Facebook, a rede se abriu muito mais e eu decidi compartilhar a minha vida de sacerdote, mensagens, fotos das missões, fotos cotidianas da paróquia… E então chegaram amigos de diferentes lugares. Eu consegui ajudar espiritualmente, com conselhos, oração, ensinamentos, compartilhei experiências com jovens que receberam o chamado vocacional, casais em dificuldades, namorados, famílias, doentes, consegui ter acesso a pessoas que procuravam informações.

Quantas pessoas recebem as suas mensagens?

– Padre Dalton: A resposta foi tão boa que a minha conta no Facebook chegou ao limite de 5.000 contatos. Tive que abrir outra no ano passado e já tenho quase 3.000 novos contatos, desde novembro. Enfim, levar a Palavra de Deus para esses grupos tem sido uma experiência maravilhosa.

Qual foi a sua última experiência?

– Padre Dalton: Faz uns quantos dias, na oração, me veio à mente celebrar uma eucaristia por todos os amigos que eu tenho no Facebook, no Twitter, no Skype, nos e-mails e no BlackBerry. Publiquei a ideia e marquei a quinta-feira como o dia de oração por eles. Imediatamente chegaram intenções de todo lado! Em menos de uma hora, chegaram 100 pedidos. No total, eu calculo que foram cerca de 500 intenções ou mais. Fiquei impressionado. Fonte: Zenit

O papa Bento XVI enviará suas mensagens após a oração do Ângelus e seus discursos mais importantes através da rede social Twitter, segundo afirmou nesta quinta-feira o responsável do dicastério vaticano da Comunicação Social, Claudio Maria Celli, à Radio Vaticana.

“Devemos ainda escolher a data para este início, mas será o mais rápido possível e isso está sendo estudado pelo Conselho Pontifício para a Comunicação Social”, afirmou Celli.

No Twitter o papa postará também “seus discursos em outros países, quando pedir colaboração, ajuda para certa forma de necessidade ou por ocasião de certas festas típicas de nosso calendário religioso, como a mensagem de Natal e da Páscoa”, continuou.

Celli acrescentou que foi criado o site Pope2you com as mensagens de Quaresma do pontífice, subdivididas em 40 tweets, com pequenas frases e dirigidas principalmente aos jovens. Mais uma vez, o papa “demonstra a sensibilidade às novas tecnologias e à comunicação de sua palavra”, assegurou o responsável do dicastério vaticano.

No dia 29 de junho do ano passado, Bento XVI inaugurou o novo portal multimídia do Vaticano na internet, News.va, com uma mensagem no Twitter – a primeira vez na história que um pontífice usou este meio de comunicação.

Fonte: Terra

O papa Bento 16 “abençoou” os meios de comunicação digital nesta terça-feira durante a apresentação do tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais 2012 — debate promovido pela Igreja Católica a respeito das comunicações de massa.

De acordo com o pontífice, AS REDES SOCIAIS podem ajudar fieis a encontrarem respostas para algumas de suas dúvidas mais profundas, desde que intercaladas com períodos de silêncio e reflexão.

“Grande parte da dinâmica actual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas”, afirma.

“Devemos olhar com interesse para as várias formas de sites, aplicações e redes sociais (…) que na sua essencialidade, contém breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo, como na bíblia – que podem exprimir pensamentos profundos”, completa o Papa, para em seguida lembrar aos fiéis que o silêncio também é fundamental para que a humanidade encontre a iluminação.

“Em nossos dias, a rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem se vê bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos”, finaliza.

Essa não é a primeira vez que o Papa Bento XVI se mostra íntimo de novidades tecnológicas. No último Natal, por exemplo, usou um tablet para acender as luzes de uma árvore de Natal que estava a 220 km de sua residência.

Fonte: Guardian

Ravasi, ministro da Cultura do Vaticano, usa redes sociais, abriu um blog, fala com o administrador do Google e explica por que a Igreja deve ir para rede.

A reportagem é de Marco Ansaldo, publicada no jornal La Repubblica A tradução é de Moisés Sbardelotto.

“O homem é o único animal capaz de corar. Mas também é o único que precisa disso (Mark Twain)”. “Cair não é perigoso, nem é desonroso. Mas não se levantar é as duas coisas (Konrad Adenauer)”. O comentário de um dos seus 4.419 seguidores: “Se todos seguissem @CardRavasi ninguém pediria que a Igreja pagasse o ICI [imposto municipal sobre os imóveis]”. Uma piada, obviamente, mas que dá conta da popularidade de um cardeal agora ativo também no Twitter.

Um cardeal que estreou na rede com um blog pessoal, que colabora com jornais “seculares” online, que vai à TV, que escreve todos os dias a coluna Mattinale do jornal dos bispos Avvenire, que participa em conferências que vão desde a mídia à música contemporânea, que organiza encontros inéditos no Vaticano para blogueiros jovens. Ele defende que chegou a hora da Internet. Ele também viaja o mundo com a sua iniciativa do “Atrio dos Gentios”, que se abriu aos seculares e até mesmo aos ateus.

Quem está fazendo isso não é um herege revolucionário, mas sim o presidente do Conselho Pontifício para a Cultura do Vaticano, Sua Eminência Reverendíssima o cardeal Gianfranco Ravasi. Papável, segundo muitos observadores. O cardeal midiático, de 69 anos, por outro lado, é um vulcão de projetos, e, ouvindo a sua secretária pessoal, ele já tem uma agenda cheia de compromissos para 2012. “Não há nada a fazer – abre os braços, sorrindo, Mons. Pasquale Iacobone, responsável pelo Departamento de Arte e Fé do Pontifício Conselho –, ele é um milanês”. E, nas palavras do principal colaborador do purpurado, lê-se: ele é um grande trabalhador, um obstinado, que não desiste nunca.

Com um forte senso de tradição, mas ao mesmo tempo um inovador.
Presente hoje no fronte da comunicação como nenhum outro na hierarquia eclesiástica. Os seus tuítes vão de citações cultas (os Evangelhos, as cartas de São Paulo, os grandes escritores) a anúncios sobre os eventos que não se pode perder, até os seus encontros, da Cáritas ao CEO do Google.

Grande biblista, teólogo, hebraísta e arqueólogo: todas atividades que, nas sábias mãos de Ravasi, não ficam empoeiradas e inacessíveis, mas adquirem sabor e vigor novos, transformadas em impulsos de ação e de reflexão. Sua Eminência escreve em um dos últimos posts do blog, intitulado Zitti! [Calados]: “É difícil viver com os homens, porque é muito difícil fazer com que fiquem em silêncio. Depois de uma viagem de trem de algumas horas é difícil não dar razão ao pessimismo que marca essa consideração de Nietzsche. (…) Às vezes, vem o desejo de que se cumpra o anúncio do livro do Apocalipse: ‘Fez-se silêncio no céu por cerca de meia hora’ (8, 1). É como se ressoasse sobre o planeta um poderoso ‘Calados!'”.

“Ainda há um longo caminho a ser feito – explica o cardeal –, mas agora é o momento de estar na Internet. Existe um espaço que deve ser preenchido, depois do divórcio entre a linguagem dos sacerdotes e a dos fiéis da Igreja.

A Igreja tem à sua frente um problema duplo. De um lado, deve conseguir encontrar uma nova abordagem. De outro, fazer com que a nova linguagem não desgaste o conteúdo: há grandes muito valores que, se reduzidos em um formato muito frio, correm o risco de desaparecer. Eis o complicado desafio: a alma deve entrar em um pequeno formato – e Ravasi parece se referir aos SMS – mesmo sendo infinita”.

E os blogs, então, Eminência? Não há medo no Vaticano dessa onda? “Quem que segue esse fronte – responde o alto prelado, que em maio passado organizou um encontro para os blogueiros no auditório São Pio X – sabe que pode ser um campo muito perigoso, porque é fácil que uma frase, mesmo que mínima, possa ter a força de uma ofensa. Mas não podemos nos isentar. Devemos olhar para todo o complexo da informação. E então como podemos ignorar os blogueiros? Os blogs são sujeitos fundamentais da comunicação, mesmo que o seu modo de se relacionar seja diferente com relação a quem, como eu, ainda escreve cartas à mão”.

De fato, Ravasi é um homem capaz de conjugar instrumentos nascidos há pouco com meios amplamente consolidados. Sua Eminência insiste na necessidade de informação. “Este mundo, que às vezes parece um emaranhado de absurdos, é, no entanto, o nosso mundo. E a leitura do jornal – continua, citando Hegel – é a oração da manhã do homem moderno. É preciso ler os jornais. E é um atitude esnobe aquela de quem diz que nunca lê os jornais, ou melhor, nem sequer os olha: uma atitude equivocada. O próprio fiel, de manhã, deve ter a Bíblia e o jornal, no qual verifica, mede, cruza a sua existência”.

O seu compromisso se estende assim dos tuítes aos blogs, a partir dos artigos para a Internet às comunicações mais tradicionais. Como os programas religiosos no Canale 5, ou os livros (as suas reflexões no Avvenire foram recém-publicadas pela Ed. Mondadori com o título Le parole del mattino), ou as conferências internacionais para o“Átrio dos Gentios”. Um projeto que remete ao espaço do antigo Templo de Jerusalém. Um lugar que se tornou academia de diálogo, com intelectuais de diferentes origens. E que, de MadriParis Florença, está se espalhando para BucaresteTiranaEstocolmoChicago.

O cardeal Dionigi Tettamanzi, pouco antes de deixar para Angelo Scola a diocese de Milão, se dirigiu assim a uma catedral lotada: “Muitos dentre os presentes encontraram em ti um autêntico mestre da Palavra”. Não há dúvida de que, com sua prosa pacata, Ravasi tem a capacidade dos grandes divulgadores de tornar fácil e comestível aquilo que é difícil e complexo. Ele representa o mais alto exemplo de uma reviravolta na Igreja, como destacou recentemente Eugenio Scalfari no jornal L’Espresso, “do diálogo através do qual se convence o interlocutor ou do qual se está convencido, sem preconceitos”.

Ravasi observa que, “nos últimos anos, houve uma mudança antropológica”. Mc Luhan, explica, “ensinou-nos que os meios de comunicação tornaram-se a nossa prótese. E essa atmosfera tão permeante atravessa a todos, até mesmo aqueles que se obstinam a não TV em casa ou o computador. A Igreja também está envolvida. Devemos adaptar o diálogo, atualizando-nos. Giovanni Battista Montini, o futuro Paulo VI, dizia em 1950 ao filósofo Jean Guitton: ‘É preciso ser antigo e moderno. De que serve dizer a verdade, se os nossos contemporâneos não nos entendem?”

Info

Sean Cunningham, um padre Irlandês, decidiu ajudar os fiéis que não moram mais no país e, mesmo assim, querem ver as missas realizadas na catedral de Tuam.

Ele instalou câmeras em vários pontos da igreja. Os equipamentos gravam todos os momentos da missa de domingo e enviam as imagens e o áudio, em tempo real, para a internet por um sistema de banda larga. As imagens são exibidas em alta definição.

Os fiéis – principalmente os que moram nos Estados Unidos e outras partes mundo, como a Austrália – por um link, da própria igreja, podem ver a homilia do Padre Cunningham.

Serviços

As câmeras são usadas também para outras finalidades.

Segundo o padre, os casais podem usar a tecnologia para transmitir os casamentos para os amigos que não podem ir até a Irlanda para acompanhar a cerimônia. As pessoas que usam a igreja para fazer o velório dos parentes também podem usar o serviço.

O Guia foi feito para crianças, pais e professores tirarem o melhor proveito da internet.O portal reúne uma série de dicas, histórias em quadrinhos, vídeos, links úteis e até indicações sobre o que fazer com o lixo eletrônico. Já os professores podem atualizar as futuras aulas.

Ambos (crianças e professores) contam com um glossário de significado dos termos usados com frequência como cyberbullying, app, android, geek, hacker e poderão se atualizar sobre a linguagem da rede.

No Brasil, 57% das crianças entre 5 e 9 anos já usaram um computador. O iPhone4 (14%), iPod Touch (13%) e iPad (12%) são os três presentes de Natal mais pedidos por elas.

Como agir diante de situações estranhas?

Este é um dos tópicos do Guia que fala didaticamente sobre questões que os pais podem ter dificuldade: “Se seu namorado ou namorada pediu uma foto sua mostrando o corpo, numa pose sensual ou em situação íntima, converse com alguém – um adulto em quem você confia (pode ser sua mãe, seu pai, uma professora, um tio ou tia). Lembre-se que se você mandar a imagem por celular ou pela internet, ela vai ficar para sempre em poder da outra pessoa. E se cair na rede, vai se tornar pública podendo ser vista e manipulada por muitas pessoas. Já o namoro pode não durar tanto…”

Veja o portal e baixe o guia.

Pais também têm participação fundamental para educar sobre o uso adequado da web. A iniciativa é da empresa GVT, em parceria com o CDI (Comitê pela Democratização da Internet), a Safernet e o site Mingau Digital.

Via: Blog Da Saúde