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A feminista Sara Winter, conhecida nacionalmente por participar de protestos a favor do aborto e participar de programas de TV defendendo a liberdade de decisão das mulheres sobre suas escolhas, publicou em sua página no Facebook dois relatos sobre mudanças significativas de opinião em relação aos temas que fazem parte dos principais debates na sociedade.

No primeiro artigo, Sara Winter expressa que após seu primeiro aborto, se arrependeu amargamente, e que após engravidar novamente, decidiu levar a gestação até o final e agora, é contra o aborto. Com o nascimento do filho, a feminista disse que decidiu também expor sua opinião contra a ideologia de gênero, que prega que uma pessoa pertence ao gênero que escolher, não ao qual nasceu.

Junto com a corajosa exposição de sua mudança de opinião sobre o aborto, Sara pediu perdão às pessoas que se sentiram ofendidas com sua postura ao longo dos anos sobre o tema: “Eu me arrependi de ter abortado e hoje peço perdão. Meu texto começa assim. Porque é a síntese de tudo o que eu sinto. Amanhã faz um mês que meu bebê nasceu e minha vida ganhou um novo sentido. Estou escrevendo isso enquanto ele dorme sereno no meu colo. É a melhor sensação do mundo”, escreveu a feminista.

“A minha experiência de ter quase perdido a vida, de ter tido sequelas, pesadelos horríveis e de quase ter perdido meu bebê me tornou uma mulher CONTRA O ABORTO. Isso mesmo, eu Sara Winter, sou CONTRA O ABORTO.

Sobre a ideologia de gênero, Sara expressou o que parece ser o entendimento da maioria das pessoas sobre o tema: “Eu não acredito que uma pessoa possa se identificar com um gênero e a partir de então pertencer a ele. Ou seja, essa ladainha de ‘eu sou mulher porque me sinto mulher’, eu não acredito e não apoio. Pra mim mulher é quem nasce com vagina e homem é quem nasce com pênis. ATENÇÃO AQUI: eu não tenho absolutamente nada contra pessoas transexuais, eu só não acredito que trocar de roupas, colocar silicone e fazer a transição com hormônios e cirurgia possa mudar o gênero de alguém”, escreveu.

Em relação à forma de escrita adotada por muitos ativistas, Sara Winter destacou que é contra, pois sob um pretexto de inclusão, resulta na exclusão de outros: “Meu filho é filho. Eu não concordo mais com essa besteira de filhx, e ficar usando o X (linguagem inclusiva), até porque é uma linguagem elitista. É difícil de ler, de entender e explicar para as pessoas”, opinou.

Confira trechos do relato da feminista Sara Winter sobre o aborto:

EU ME ARREPENDI DE TER ABORTADO E HOJE PEÇO PERDÃO.

Meu texto começa assim. Porque é a síntese de tudo o que eu sinto.

Amanhã faz um mês que meu bebe nasceu e minha vida ganhou um novo sentido. Estou escrevendo isso enquanto ele dorme sereno no meu colo. É a melhor sensação do mundo.

Eu ensaiei este texto milhares de vezes durante meses na minha mente e talvez ele não saia tão brilhante como eu gostaria que saísse, mas o mais importante que gostaria de que chegasse a vocês é que, por favor, mulheres que estão desesperadas para abortar, pensem muito, eu me arrependi muito, não quero o mesmo destino pra vocês.

Eu sou feminista e sempre serei. Isso significa que eu quero e luto pra que mulheres tenham os mesmos direitos e acesso a políticas públicas específicas (…)

Um dos maiores problemas que tive contato com o feminismo nesses meus 3 anos e meio de militância foi o INCENTIVO AO ABORTO.

Não estamos falando de pessoas que militam para que o aborto seja legalizado, estamos falando aqui, de mulheres que organizam grupos online para DISTRIBUIÇÃO DE CYTOTEC (misoprostol – droga abortiva proibida no Brasil). Estamos falando de mulheres brancas e de classe média que se unem para comprar essa droga para outras mulheres, inclusive, meninas menores de idade. Estamos falando de mulheres que incentivam o abortamento e acreditam que o método é uma forma de empoderamento da mulher.

Eu caí nessa ladainha. Eu quase morri.

Uma feminista me deu a droga, e eu num momento de desespero, abortei. A mesma feminista sequer me avisou sobre o pós procedimento, mais conhecido como CURETAGEM. Não me deu qualquer suporte emocional, qualquer ombro amigo. Dez dias depois eu sangrei até quase morrer e tive sequelas gravíssimas.

Ironia do destino ou não, quem me ajudou foi um HOMEM que de pró feminista não tinha nada.

Eu não estou falando que toda feminista faz isso, veja bem, mas muitas fazem e essas são a escória irresponsável do movimento e que na minha opinião deveriam ser presas por tráfico de drogas e tentativa de homicídio.

Isso não aconteceu apenas comigo, isso acontece todos os dias.

O aborto clandestino não é seguro.

Eu recebi um laudo médico de que se eu desejasse engravidar novamente teria de fazer ANOS E ANOS de tratamento. Fiquei arrasada, um arrependimento terrível tomou conta de mim (…) 

Sete meses depois de abortar eu engravidei novamente. Essa foi a maior felicidade da minha vida. Mesma sabendo que o progenitor não iria me ajudar com absolutamente nada, Deus me deu uma segunda chance.

Infelizmente por conta da aborto meses antes, minha gravidez foi de alto risco nos primeiros meses. O medo de perder meu bebê me assombrava todos os dias. Tive sangramentos, tive que ficar de repouso por dias, interromper todas as minhas atividades, foi um verdadeiro martírio.

O tempo todo eu pensava “porque aquela feminista que me deu cytotec não me falou que eu poderia morrer tomando isso?”, se eu que sou ativista feminista e tenho acesso a internet era completamente ignorante no assunto, imaginem mulheres que não tem esse mesmo privilégio?

Eu escrevi algumas vezes isso no meu perfil pessoal e fui atacada por feministas que me chamaram de pró vida, e disseram que a decisão foi minha de abortar e que eu estou sujando o movimento contanto isso. Mas as pessoas precisam saber da verdade. O feminismo deveria se concentrar mais em salvar mulheres do que colocar a vida delas em risco.

(…)

A minha experiência de ter quase perdido a vida, de ter tido sequelas, pesadelos horríveis e de quase ter perdido meu bebê me tornou uma mulher CONTRA O ABORTO. Isso mesmo, eu Sara Winter, sou CONTRA O ABORTO. (…)

Para as pessoas que não tem um pingo de vergonha na cara e tem me mandado mensagens e comentários chamando meu filho de ESTUPRADOR, eu imploro que parem. Uma criança não tem nada a ver com as atitudes ou passada da mãe. PAREM. Meu filho merece todas as energias positivas do mundo e merece crescer de maneira saudável fisicamente e mentalmente. Não façam mal a ele.

Para todas as pessoas que eu possa ter vindo a ofender sobre o assunto de aborto, eu peço, sem qualquer ressentimento: me perdoem.

Sara Winter, 14 de Outubro de 2015.

 

Confira a íntegra do relato dela sobre a ideologia de gênero:

MEU FILHO É XY E SOU MUITO FELIZ COM ISSO.

Algumas pessoas têm comentado aqui na page sobre o que eu acho da Teoria de gênero.

Quero deixar claro que há mais de 1 ano eu mudei minha concepção de gênero.

Eu não acredito que uma pessoa possa se identificar com um gênero e a partir de então pertencer a ele. Ou seja, essa ladainha de “eu sou mulher porque me sinto mulher”, eu não acredito e não apoio.

Pra mim mulher é quem nasce com vagina e homem é quem nasce com pênis.

ATENÇÃO AQUI: eu não tenha absolutamente nada contra pessoas transexuais, eu só não acredito que trocar de roupas, colocar silicone e fazer a transição com hormônios e cirurgia posso mudar o gênero de alguém.

Cada pessoa é livre para acreditar no que quiser e eu acredito nisso. E se pessoas transexuais se sentem melhor e mais confortável assim, pois que assim sejam e merecem respeito e segurança, mesmo que eu ou qualquer outro não acredite na teoria de gênero.

Não se “vira” mulher quando se passa batom, coloca silicone e começa a falar fino. Ser mulher é MUITO MAIS DO QUE ISSO. Assim, como duvido muito que uma mulher que coloque roupas largas e corte o cabelo terá privilégio que homens tem, como ganhar um salário 30% maior, tem mais segurança na rua…

Portanto meu filho é filhO. Eu não concordo mais com essa besteira de filhx, e ficar usando o X (linguagem inclusiva), até porque é uma linguagem elitista. É difícil de ler, de entender e explicar pras pessoas.

Sobre roupas e brinquedos do meu filho, eu pretendo deixar ele escolher tudo isso. Quer usar azul? Use. Quer usar rosa? Use. Quer usar roxa, laranja, verde, amarelo, vermelho? Use. E brinque com o que quiser

Eu não acredito que a cor da roupa dele vá influenciar em sua identidade de gênero ou orientação sexual. Criança tem que brincar e deixar a criatividade fluir, tem que ser criança.

Edit: Eu não comecei a pensar assim depois que tive meu filho, há mais de um ano eu não acredito em teoria de gênero, mas nunca comentei publicamente pois eu tinha MEDO de retaliação das outras feministas. Hoje, não tenho mais.

 

Facebook da Sara: https://www.facebook.com/sarawinter13?fref=nf

 

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As associações europeias ‘Profesionales por la Ética’ (da Espanha),’ Femina Europa’ (da França), ‘Woman Attitude’ (da Bélgica) e ‘Istituto per gli Studi Superiori della Donna’ (da Itália), com o apoio de mais 148 ONGs de 47 países, apresentaram à ONU a declaração “Women of the World” [“Mulheres do Mundo Inteiro”], na qual pedem mais ênfase para 5 prioridades:

1 – Valorização e restauração da dignidade do papel materno da mulher;

2 – Combate à discriminação sofrida pelas mulheres no local de trabalho por causa da maternidade;

3 – Combate à violência e à exploração da mulher;

4 – Políticas eficazes para conciliar trabalho e maternidade;

5 – Proibição da “barriga de aluguel”, entendida como “violação da dignidade da mãe de aluguel e do bebê”.

O manifesto “Women of the World” já foi apresentado à União Europeia no dia 3 de março. Elenor Tamayo, da Profesionales por la Ética, afirmou que “até agora, a ideologia de gênero e o feminismo radical tentaram monopolizar a voz das mulheres. Isso precisa parar. Chegou a vez das mulheres que falam como mulheres. Não aceitamos que instituições internacionais apliquem políticas que ignoram, combatem ou eliminam a identidade da mulher”.

A espanhola declara que a intenção da declaração é “fazer as instituições internacionais saberem o que nós, mulheres do mundo,realmente queremos”.

O texto “Women of the World” foi apresentado em Nova Iorque no simpósio “Mulher, Família e Desenvolvimento Sustentável”, organizado por institutos de planejamento familiar e direitos femininos na América Latina, em 17 de março, e na “Conferência Pequim+20 – Mudanças do Milênio”, em 19 de março

A representante da Profesionales por la Ética e promotora do projeto “Mãe, mulher e profissional”, Luisa Peña, espera muitas outras organizações apoiem a declaração e superem a “ideologia estéril que sacrifica a identidade sexual no altar de uma homologação que ofende mulheres e homens”.

Fonte: Aleteia

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Em fevereiro do ano passado, algumas ativistas do movimento feminista Femen, famosas por suas exibições internacionais desnudas, decidiram “comemorar” a renúncia do Papa Bento XVI invadindo a Catedral de Notre Dame, em Paris, com inscrições no corpo que diziam: “ Pope no more – Papa não mais” e “Pope Game Over”. Além dos transtornos causados pela invasão do templo e pelo ultraje ao sentimento religioso dos católicos presentes, as militantes teriam danificado três sinos da igreja com bastões de madeira, segundo informações das agências internacionais.

Notícias recentes reportam que as feministas foram “absolvidas por ato na Notre Dame”. A Justiça penal da França não só decidiu “inocentar nove ativistas do movimento feminista Femen”, como “condenou três vigias da catedral que haviam tentado interromper a ação das militantes a multas que vão de 300 euros a 1 mil euros (…) por violência contra as militantes”!

Não, você não leu errado. É isso mesmo. As ativistas invadiram Notre Dame e saíram… impunes. Ao contrário, os vigias “malvados”, que não deixaram que as militantes “expressassem o seu pensamento”, foram condenados pelo tribunal a pagar multas.

Mas, o absurdo não para por aí. A Justiça francesa “considerou que não havia provas suficientes de que as ativistas haviam danificado o sino” da igreja! Ou seja, não tem problema nenhum em invadir a catedral, gritar e insultar a religião católica… contanto que os sinos da igreja permaneçam intactos. Está liberado entrar em templos religiosos e fazer o escarcéu… contanto que não se danifique nenhum móvel ou objeto do local. “Se alguém jura pelo Santuário, não vale; mas se alguém jura pelo ouro do Santuário, então vale!” (Mt 23, 16), decretam os fariseus do século XXI.

Os jornalistas que falam sobre a absolvição das jovens do Femen também estão obcecados com os sinos. “No julgamento, as militantes do Femen contestaram ter danificado o sino, alegando que haviam coberto os bastões de madeira com feltro” – “O advogado dos representantes da Notre Dame, por sua vez, disse que a proteção se descolou e que as ativistas tocaram o sino com um bastão sem proteção” – “A Justiça considerou que não havia provas suficientes de que as ativistas haviam danificado o sino”. Ora, quem é que pode se preocupar com um sino, ainda que de ouro, quando o santuário está sendo profanado? “Insensatos e cegos! Que é mais importante, o ouro ou o Santuário que santifica o ouro?” (Mt 23, 17).

Mas, em uma cultura materialista, as pessoas não são capazes de enxergar nada além do que captam os seus sentidos. Veem o ouro, mas já não conseguem contemplar a beleza do santuário. O edifício da igreja já não é nada mais do que cimento e tijolos. Non est Deus (Sl 53, 1): não há Deus, nem nada sagrado e transcendente pelo qual viver.

O bárbaro da modernidade já não é capaz de elevar-se… esforça-se por esquecer que seus antepassados faziam o sinal da cruz ao passar em frente a uma capela; trabalhavam duro para conseguir o pão de cada dia para os seus filhos; e iam à Missa todos os domingos, pois tinham consciência de que, se o Senhor não construísse as suas casas e cuidassem de suas cidades, em vão trabalhariam os construtores e vigiariam as sentinelas (cf. Sl 126, 1). Então, para não mais lembrar que a Europa um dia foi cristã, eles, com uma impiedade animalesca, precisam pôr abaixo tudo o que lhes lembra este passado glorioso, quando os homens, justamente por adorarem a Deus, eram homens de verdade, de corpo e de alma.

Inna Schevchenko, uma das fundadoras do Femen, comemorou a sentença da Corte francesa. “É um bom exemplo para os outros países. Isso nos encoraja a continuarmos com nossa ação. Temos orgulho de saber que a blasfêmia é um direito e que não seremos condenadas por isso”, afirmou.

O tempora, o mores! Para esta triste época, em que a impunidade é encorajada, o ateísmo é acolhido como “religião oficial” do Estado e a blasfêmia não só é praticada, como transformada em “direito”, não resta senão suplicar a Cristo que suscite nos corações dos cristãos o amor a Deus e o empenho de, mais uma vez, salvar o Ocidente da barbárie.

Por Equipe Christo Nihil Praeponere – Fonte: BBC Brasil

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O feminismo virou uma guerra contra os homens. Há farta evidência disso, mas recomendo, para quem ainda duvida, o ensaio de Suzanne Venker, The War on Men, que custa menos de um dólar na Amazon. Convidada frequente da Fox News, Venker escreveu um artigo com o mesmo título em novembro de 2012, que se tornou “viral”. O pequeno e-book é uma elaboração um pouco mais profunda do tema.

A tese da autora é de que, em poucas décadas, desde o advento do movimento feminista, os Estados Unidos rebaixaram os homens de provedores e protetores respeitados para palhaços supérfluos e desnecessários. Os termos usados por feministas retratam a figura masculina muitas vezes como um inconveniente, como alguém que em breve será totalmente dispensável.

Venker faz um exercício hipotético interessante: seleciona algumas passagens de feministas ou atrizes famosas sobre os homens, e substitui por declarações direcionadas às mulheres. Seria simplesmente algo impensável, impossível. Isso mostra como passou a ser natural a aceitação de que as mulheres podem desmerecer abertamente o sexo oposto, enquanto o contrário jamais seria igualmente permitido.

O que fica claro em seu livro é que as feministas transportaram para a questão sexual a luta de classes marxista, onde há um opressor e um oprimido. O movimento feminista não quer direitos iguais, tampouco luta por mais opções para as mulheres. Não importa o quanto as feministas tentem embalar sua agenda com eufemismos: Venker está convencida de que se trata de uma simples guerra contra os homens.

Quem esperar uma defesa incondicional de um passado idealizado, ou uma visão machista que reduza a importância da mulher independente e trabalhadora, não irá encontrar nada parecido no livro. Venker, ela mesma filha de uma mulher que trabalhou por 15 anos no mercado financeiro, não prega nada disso.

O que ela condena é a visão idealizada da “libertação” feminina, que impõe um grande fardo a muitas mulheres que simplesmente apreciam a maternidade e hoje sofrem grande preconceito por isso. Para as feministas, a mulher da década de 1950 era uma “escrava confortável”, uma submissa total, que não valia nada. Absurdo, diz Venker. E pergunta: como a mulher podia valer pouco se os homens se levantavam assim que uma mulher entrasse no ambiente?

O ato de reverência ou respeito era justamente prova de como as mulheres eram valorizadas no passado. Quando o Titanic afundou, a maior parte dos sobreviventes era de mulheres e crianças. Isso não combina com a descrição de que os homens tinham as mulheres em baixa conta na hierarquia de valores. Hoje não podemos dizer o mesmo, e muito disso se deve ao próprio discurso feminista, que insiste em quanto os homens são supérfluos ou até inimigos das mulheres modernas.

A autora contrapõe essa visão “libertadora” do feminismo com a natureza humana, que não se altera da mesma forma que discursos vazios ou sensacionalistas. O resultado é o casamento cada vez mais desvalorizado, pois o homem tem’necessidade ‘da conquista, e se as mulheres se oferecem cada vez mais, sem ligação afetiva qualquer, então os homens serão incapazes de estimá-las da mesma maneira.

O que Venker busca é resgatar a noção de que homens e mulheres não são a mesma coisa, tampouco inimigos, mas sim complementares. Ela condena a agenda elitista das feministas, que enxergam a maternidade como algo inferior ao trabalho fora de casa, ou como se fossem inconciliáveis. Ela critica o hedonismo moderno também, que não tolera nenhum tipo de sacrifício em prol da família e dos filhos. Tudo que importa é a satisfação pessoal do aqui e agora.

O que os estudos sobre o feminismo mostram é que suas líderes, como Betty Friedman ou Virginia Wolf, eram pessoas com famílias muito complicadas, com sérias questões relativas ao matrimônio, com casamentos fracassados ou casos de abusos na infância. O feminismo seria uma espécie de fuga, de revanche, de vingança contra os homens.

Mas a existência de maridos ou pais ruins ou violentos não quer dizer que se pode generalizar, afirmar que todos são assim. Existem homens terríveis, como existem mulheres terríveis, péssimas esposas ou mães. O feminismo foca nas exceções como se fossem regras, para condenar a instituição familiar tradicional como um todo, e prometer uma panaceia libertadora.

Para Venker, na raíz dessa guerra contra os homens está o medo – medo de que o casamento não seja um investimento sólido. Ela acredita que as chances de felicidade aumentariam muito se as mulheres abaixassem suas armas e investissem de verdade em seus casamentos, sem abandonar suas carreiras, mas sem colocá-las como as únicas coisas realmente importantes. Nada substitui a família como fonte de estabilidade emocional, fundamental para a felicidade genuína.

O casamento não é uma guerra, uma disputa sobre quem é melhor ou pior. É uma união, em que cada um contribui com alguma coisa. O feminismo, segundo Venker, alterou profundamente nossa visão de mundo sobre isso, ao colocar o poder, a fama e o dinheiro acima dos relacionamentos e da família. Ao masculinizar a mulher, o feminismo acabou afeminando os homens, e o núcleo familiar passou a ser visto como descartável ou ultrapassado.

Para ela, o amor e a família devem voltar a ser o centro das atenções, o verdadeiro objetivo na vida, não o sexo e a independência – que, por si sós, são ótimos e muito bem-vindos, desde que não à custa dos primeiros.

Rodrigo Constantino

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Nesta segunda-feira (2) a o delegado da Polícia Federal em Macaé, Júlio César Ribeiro, foi até a Universidade Federal Fluminense (UFF) em Rio das Ostras, acompanhado de peritos da Polícia Civil para investigar a festa polêmica que aconteceu na instituição na última semana.

Denúncias e fotos tiradas no dia da festa mostram o consumo de bebidas alcoólicas, drogas, orgias sexuais e rituais satânicos. A ida dos policiais na UFF foi para tentar identificar e punir os envolvidos na festa.

“É inadmissível que um espaço federal seja utilizado para a prática de crimes. Os responsáveis serão punidos”, garantiu o delegado.

O evento chamado de “Xereca Satânik – A Festa” foi realizado na noite de quarta-feira (29) por alunos do curso de Produção Cultural. Quem esteve presente fez denúncias para alguns veículos de comunicação dizendo que as bebidas e a até drogas foram guardadas dentro da universidade tendo o consentimento dos diretores do prédio.

Além do consumo de drogas e álcool outro assunto que gerou debate sobre a festa foi a foto que mostra um suposto ritual de magia negra com o uso de um crânio humano.

“A festa ocorreu ao lado do prédio novo chamado multiuso. O diretor do pólo permitiu o armazenamento de bebidas dentro da universidade. O uso de drogas é praticamente liberado. Precisamos de uma intervenção urgente”, disse uma testemunha ao site G1 pedindo anonimato.

A reitoria da UFF informou que abriu uma sindicância para apurar o que aconteceu, já o diretor do Instituto de Humanidade e Saúde, responsável pelo curso de Produção Cultural, disse na TV que estava programado para aquele dia uma atividade acadêmica, não uma festa.

Um dos participantes chegou a dizer que tanto a presença do crânio humano, como a parte do evento onde uma mulher teve sua genitália costurada fazia parte de uma apresentação especial feita por profissionais contratados para falar sobre a resistência do corpo.

 Com informações G1

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Eu cresci sem referências a Deus nem à Igreja católica. Eu sabia que os meus avós eram católicos, mas ninguém falava disso. Eu nem sabia, na verdade, o que significava ser católico.
 
Por causa de um abuso terrível, fui afastada de casa aos 9 anos. Fiquei num abrigo durante um fim de semana, num orfanato durante oito meses e fui parar, depois, num lar adotivo, onde vivi até completar 12 anos.
 
O juizado mandou a minha mãe me buscar. Foi assim que nos conhecemos. Um dia, já morando com ela, encontrei um grupo de cristãos no parque. Eles não disseram nada. Mas me convidaram para visitar a igreja. Curiosa, eu fui. Conheci a esposa do pastor, que me falou de Jesus. Eu não sabia sequer o que era um protestante. Nem o que era o ateísmo, mas, quando cheguei em casa e falei com minha mãe sobre Jesus, descobri na hora que ela não aprovava nada que tivesse a ver com Deus. Nada.
 
Apesar disso, eu continuei indo à igreja. Estava encantada, muito feliz em Deus e esperançosa de superar as minhas experiências ruins em casa. Eu queria ouvir mais, não importava o quê.
 
Aos 14 anos, sem ideia do que estava acontecendo, me mandaram de volta para a casa do meu pai. Não pude nem me despedir dos amigos da escola e da igreja, que eu amava. Minha mãe não queria ser mãe. Era por isso que eu estava sendo mandada de volta.
 
Na casa do meu pai, eu não tinha igreja e não tinha mais amigos. Os abusos continuaram, agora numa escalada rumo ao abuso sexual.
 
Aquilo me mudou. Eu fiquei com raiva de Deus por não responder às minhas orações. Por não me ajudar. Fiquei com raiva do meu pai. Eu era novamente infeliz. Aos 17 anos, não aguentava mais. E fugi.
 
Conheci um grupo de pessoas que acreditavam em deuses pagãos, o que foi mais uma novidade para mim. Foi nesse grupo que eu recebi as influências da ideologia feminista.
 
Nunca senti com eles aquela alegria que eu sentia com Jesus, mas eles me “informaram”, intensamente, que Jesus não existia. O cristianismo era uma religião falsa, construída em cima da fé pagã, diziam eles, completando que os cristãos odeiam e impedem o poder das mulheres. Ainda de acordo com eles, os católicos eram os piores de todos os criminosos. Suas referências eram escritoras como Simone de  Beauvoir, Gloria Steinem, Camille Paglia, etc.
 
Para uma menina perdida, de 17 anos, aquele foi o início de uma longa e destrutiva espiral.
 
Nenhuma lei moral era verdadeira: a única diretriz ali era “não prejudique os outros, mas faça tudo o que você quiser”. Só que nem isso era respeitado: tudo era permitido, mesmo que prejudicasse os outros. Não havia limites. Tudo era válido, da homossexualidade à imoralidade sexual, da contracepção ao aborto: bastava você querer. Tudo era válido, menos os estilos de vida tradicionais. Esses eram reprovados.
 
As mulheres não apoiavam umas às outras: rotineira e regularmente, uma passava por cima das outras, embora todas propagandeassem uma vida matriarcal. Os homens eram diminuídos. Divórcio, relações abertas e uma série de outras “opções” eram a regra. As consequências de tudo isso nunca eram nem minimamente levadas em conta. Era um paraíso hedonista, sem qualquer norma.
 
Somente por graça de Deus eu consegui não me envolver em muitas daquelas coisas. Mas eu via aquilo tudo o tempo todo. E, lentamente, fui acreditando na mentira, com consequências brutais não só para a minha alma, mas também para a minha saúde mental e emocional.
 
Aos 34 anos, depois de quase duas décadas naquela estrada, conheci os escritos de Margaret Sanger. Aquilo me deixou péssima. Eu nunca concordei com a contracepção nem com o aborto. A eugenia e a visão dela sobre as mulheres que optavam por ficar com seus filhos também se chocavam contra a minha maneira de pensar. Foi quando eu finalmente comecei a me afastar daquilo tudo.

Eu olhei para a minha vida: eu não estava feliz. Eu não estava crescendo. Eu me sentia sozinha.
 
Eu olhei em volta: ninguém parecia amar ninguém de verdade ali. Era um ambiente de egos inflados, de lutas internas, de cada mulher por si mesma. Comecei a questionar o ideal feminista. Eu me lembrava do meu tempo com Jesus, quando criança, e, melancólica, notava o quanto eu já tinha sido feliz apesar das circunstâncias que me rodeavam. Agora eu tinha o tal “poder”, mas me sentia vazia e sozinha.
 
Eu tinha alimentado um ódio contra os homens, contra o patriarcado e contra tudo o que eu achava que os católicos representavam. Eu acreditava que os católicos eram opressores das mulheres. Que eles eram a pior espécie de gente. Eu tinha jurado que nunca me aproximaria deles.
 
Como amante de história, porém, eu me interessei por Henrique VIII. Não acreditava que uma pessoa acusada de ser tão terrível fosse mesmo completamente ruim. Ele tinha que ter alguma humanidade, não tinha? Decidi escavar até encontrá-la.
 
Durante aqueles estudos, descobri finalmente o que era o protestantismo, ou achei que tinha descoberto. Eu não conseguia entender como é que Catarina de Aragão, ou qualquer outra mulher que se respeitasse, tolerava o comportamento dele. Descobri que ela era e continuava católica. Mas por que ela era tão inabalavelmente fiel a uma igreja opressora que odiava as mulheres?
 
Continuei cavando e fiquei profundamente impressionada quando descobri os pontos de vista da Igreja católica sobre questões de justiça social, contracepção e aborto: eram idênticos aos meus. Fiquei muito surpresa ao conhecer o pensamento católico sobre Maria, sobre as mulheres e sobre a importância crucial da unidade da família tradicional. Comecei a sentir algo que eu não sei descrever. Mas eu ainda resistia. E também havia Jesus, no centro de tudo. Eu fiquei imensamente feliz ao saber que Jesus existia lá também! Nem me dei conta de que um ano se passou e que eu tinha deixado para trás os meus velhos “amigos”, graças a essas novas informações.
 
Decidi então descobrir o que era, de verdade, uma missa. Durante todos aqueles anos, havia no final da minha rua uma igreja católica. Eu olhava para ela de cara fechada, mas nunca tinha posto os pés lá dentro. Entrei. Eles estavam se preparando para começar a missa. Era a Páscoa de 2011. Eu olhava tudo, fascinada. Segurei as minhas lágrimas, segurei as minhas emoções, tudo guardado dentro de mim. Mas comecei a sentir aquela atração intensa mais uma vez.
 
Voltei para casa e continuei impactada. Até que um dia, finalmente, eu entrei num pequeno edifício atrás da igreja e fui direta em direção a uma mulher que veio me perguntar o que eu desejava. Respondi que eu precisava aprender. Ela sorriu, me disse que era a diretora de educação religiosa e me matriculou na catequese para adultos.
 
O pároco veio falar comigo e afirmou: “Eu nunca tinha ouvido falar de ninguém que tivesse chegado até a Igreja via Henrique VIII!”. E me deu um livro para levar para casa.
 
As catequeses começaram e eu me apaixonava cada vez mais. Conheci meu pároco e um casal que iria me auxiliar. No lava-pés, eu chorei. Baixinho. Conheci o nosso bispo e chorei de novo.
 
A Igreja era o contrário de cada uma das coisas que eu sempre tinha pensado que ela fosse.
 
Quando eu anunciei que estava entrando na Igreja católica, meus amigos ficaram horrorizados. Minha mãe me questionou: “E por que você faria uma coisa dessas?”. Mas o meu marido me deu as minhas primeiras estátuas de Maria e de São Judas Tadeu.
 
No dia do meu batismo, 7 de abril de 2012, eu chorei de novo, de felicidade. Passei um longo tempo sozinha com o corpo de Jesus e chorei de gratidão. Depois de todos os meus anos em busca da verdade, eu finalmente tinha encontrado a Verdade.
 
Antes do meu batismo, tinham me ensinado a fazer tudo o que eu quisesse. Eu passei anos vivendo com raiva, teimosamente desafiadora no meu “direito de escolher”, como feminista e pagã. Hoje, eu escolho viver como mulher batizada na Igreja de Deus. Eu ganhei uma família do tamanho do mundo. Uma família católica.
 
Meu marido, incrivelmente, também está participando da catequese de adultos. Minha mãe admite que existe um Deus e agora lê a bíblia. Meu filho foi batizado pelo mesmo padre que me batizou. E eu, finalmente, reencontrei o meu amigo, Jesus, na sua absoluta plenitude; na sua origem.
 
Aprendi o valor e a verdadeira beleza de ser mulher. No sentido mais puro, descobri o meu verdadeiro “direito de escolher”. Eu amo a minha Igreja católica. Eu amo a minha família. Eu amo a minha paróquia. Eu amo o nosso pároco. E eu sou muito, muitíssimo grata a Deus por estar, finalmente, em casa.

Catherine Quinn

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O bispo de Alcalá de Henares, Dom Juan Antonio Reig Pla, mostrou, durante a apresentação do livro “A teologia feminista: significado e avaliação” (de Manfred Hauke), uma análise do feminismo, que passou da igualdade ao radicalismo.
 
Dom Reig explicou o início da “dialética dos sexos” marxista e a figura de Simone de Beauvoir, “que une as raízes marxistas ao liberalismo, entendido como exaltação do indivíduo autônomo, partindo da liberdade individual como determinante de tudo”.
 
Segundo ele, os protestos estudantis de 68, a revolução sexual, a ideologia de gênero desconstrutiva, a Nova Era e o ecologismo são o “coquetel” do feminismo atual.
 
Na teologia, explicou, esse feminismo tem uma vontade de voltar a abordar desde a raiz todo o sistema teológico: o conceito de Deus, a antropologia, a cristologia-soteriologia, a mariologia, a eclesiologia, a liturgia, a escatologia etc. E, no âmbito cultural, promovem o aborto, o ataque ao casamento monogâmico e indissolúvel e a maternidade.
 
“O feminismo ideológico é um passo a mais no processo de desconstrução da pessoa”, aproximando-se das teorias Queer e Cyborg, explicou o bispo.
 
Durante a sua intervenção, Dom Reig mostrou a proposta da Igreja: “Chegou a hora de a vocação da mulher se cumprir em plenitude”. Depois de analisar o rico magistério dos papas, afirmou que “os próprios dons da mulher precisam ser realizados em fidelidade à Sagrada Escritura, à tradição e ao magistério da Igreja”.
 
O prelado afirmou quatro verdades inevitáveis: cada um dos sexos é imagem do poder e da ternura de Deus; a unidade substancial corpo-espírito; a diferença sexual não é um acidente; o aprofundamento na contribuição da mulher não passa pela sua clericalização.
 
Durante sua intervenção, pediu às mulheres que sejam promotoras de um novo feminismo, que, sem cair na tentação de seguir modelos machistas, saiba reconhecer e expressar o verdadeiro espírito feminino. Destacou também o “gênio feminino”.
 
“A Igreja também tem uma palavra para as pessoas que defendem os postulados do feminismo radical: elas merecem respeito e amor. É preciso propor-lhes a verdade, com caridade, e orar por elas”, disse Dom Reig.
 
“Amor e verdade são dois nomes da mesma realidade, dois nomes de Deus”, concluiu.

nao-click_contra_feminismoMulheres sem pedigree

Durante a segunda edição da Marcha das Vadias de Campina Grande (PB), em agosto de 2013, um grupo de feministas queimou um boneco da jornalista Rachel Sheherazade, com os seguintes dizeres: “Rachel, cale-se”01.

Para quem não se lembra, Rachel Sheherazade é a âncora do SBT Brasil, que ficou conhecida nacionalmente, em 2011, após um comentário seu sobre o carnaval cair na internet02. Na época, Sheherazade comandava o jornal local da TV de Silvio Santos, em João Pessoa (PB), e acabou caindo nas graças do empresário, vindo a receber um convite para assumir a bancada do principal programa jornalístico da emissora. Desde então, a crítica contundente da jornalista vem suscitando a simpatia de milhares de pessoas Brasil afora, ao mesmo tempo em que perturba o establishment politicamente correto e anticristão.

Do outro lado do Atlântico, no entanto, enquanto os católicos da Catedral de Colônia, Alemanha, assistiam à Santa Missa de Natal, uma ativista do grupo feminista Femen subiu ao altar da igreja totalmente nua e com a inscrição “Eu sou Deus” pintada em seu seio03. A cena grotesca chocou os fiéis da Arquidiocese comandada pelo Cardeal Joachim Meisner, provocando reações na opinião pública do mundo todo. Mas para o cúmulo da bizarrice, a iniciativa da militante feminista, ao contrário do que se espera de gente normal, acabou recebendo o apoio de centenas de ativistas dos direitos femininos, com a justificativa de que ela estaria lutando contra a opressão machista da Igreja Católica.

Os dois episódios citados acima dão conta de explicar no que se transformou o feminismo nas últimas décadas. Rachel Sheherazade é uma mulher sem pedigree feminista. Ela é conservadora, casada, mãe e cristã. Ou seja, tudo o que uma mulher “moderna”, “livre” e “independente” não poderia ser… pelo menos na cabeça de gente como Simone de Beauvoir, Judith Butler e cia. E é por isso que atividades como as das feministas de Campina Grande podem passar despercebidas; enquanto ações deploráveis como as do grupo Femen são aplaudidas e incentivadas pela militância. Para a ideologia desses grupos, só se é mulher quando se reza pela cartilha deles. Só se é mulher quando se abandona a “opressão” machista do matrimônio para se rebaixar à opressão feminista do movimento.

No final da década de 1920, o escritor inglês G. K. Chesterton resumia o feminismo como “a confusa ideia de que as mulheres são livres quando servem seus empregadores, mas são escravas quando servem seus maridos”04.

De fato, a ideologia feminista é um compêndio de contradições. Ela contesta a exploração machista, dizendo que os homens tratam as mulheres como objetos de prazer, para depois defender uma suposta emancipação sexual feminina, alegando que a mulher pode ter quantas relações quiser. Ela se revolta com a esposa que cuida do lar e educa seus filhos, tachando-a de inimiga dos direitos femininos por se negar a trabalhar fora, mas não se importa – e às vezes até defende – com a prostituta que se submete a satisfazer as perversões de um homem, a troco de algumas notas de reais. O feminismo se importa com a mulher até descobrir que o sexo do bebê é feminino. Veja-se, por exemplo, o que indica um estudo da Universidade de Oxford, sobre os casos de abortos na Inglaterra, entre os anos de 1969 e 2005: a prática do aborto em mulheres grávidas que rejeitam o sexo do bebê cresceu enormemente, sobretudo quando se trata de nascituros meninas05.

Rachel Sheherazade é somente um dos inúmeros casos que se poderia citar a respeito do Apartheid feminista. Quando Gianna Jessen – uma jovem americana pró-vida que sobreviveu a uma tentativa de aborto – nasceu, por exemplo, não havia nenhuma ativista dos direitos da mulher no hospital, para defendê-la do aborteiro que há pouco tentara matá-la06. Na época, seguindo o pensamento da eminente feminista Florence Thomas – para quem um nascituro não passa de um “tumor” -, Jessen não mereceria viver07. Na lógica feminista, algumas mulheres são mais mulheres que outras.

Eis a verdadeira face do feminismo: ele é tão inimigo das mulheres quanto o machismo.

Fonte: Christo Nihil Praeponere

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Pouco depois do início da Missa matutina de Natal, na Catedral de Colônia, a ativista do Femen Josephine Witt (20) arrojou-se da primeira fileira e pulou em cima do altar vestindo apenas uma roupa íntima. Ela havia pintado a expressão “Eu sou Deus” em seu peito. A mulher foi retirada das vistas do Arcebispo Cardeal Joachim Meisner pelo serviço de segurança da Catedral.

Witt, que se autodenomina “Markmann”, tornou-se conhecida através de diversos protestos do Femen, incluindo um protesto contra Wladimir Putin. No final de maio ela fez parte das ativistas do Femen que foram presas e condenadas a quatro meses de prisão após protestarem nuas na Tunísia. As mulheres foram liberadas com ajuda diplomática em junho de 2013.

Segundo informações da polícia, até o início da celebração católica, Witt estava sentada na primeira fileira, vestindo um casaco de couro, um vestido e um lenço na cabeça. Por volta das 10:05h, ela despiu-se, puxando o vestido por baixo e pulou em cima do altar.

Witt foi prontamente detida e retirada da Catedral pelo serviço de vigilância. A polícia deteve a mulher até o final da missa e apresentou queixa contra perturbação de culto religioso e invasão de domicílio.

“Foi um protesto individual planejado, que funciona melhor do que quando muitas mulheres estão envolvidas”, disse Witt à agência de notícias dpa. Com a ação, a organização Femen International quis protestar contra o ‘monopólio de poder da Igreja Católica’.

O processo todo durou apenas alguns minutos. Segundo informações do periódico “Kölner Stadtanzeiger”, Meisner benzeu o altar após o incidente com um breve ritual e prosseguiu com a Missa. As pessoas queriamm celebrar o Natal e não estragar o clima. Ao final da missa, ele incluiu a ativista em suas orações.

Meisner, que deixará seu cargo já no primeiro semestre de 2014, é considerado um dos cardeais mais conservadores. O cardeal alemão, que ocupa uma das mais altas posições, frequentemente, é criticado como um linha-dura e, recentemente, esclareceu publicamente que não via qualquer necessidade de reforma dentro da Igreja Católica. Meisner nasceu há 80 anos no dia de Natal.

Vídeohttp://www.youtube.com/watch?v=A2Iz1ieJTS4

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http://www.youtube.com/watch?v=mJOWPavdn4s

Nota do Fratres: No dia 19 de dezembro, Inna Schewtschenko, uma proeminente ativista ucraniana do Femen, insurgiu-se contra a política da Igreja Católica em relação ao aborto correndo nua na Praça de São Pedro. Em seu peito lia-se “O Natal está cancelado”. 

Fonte: Fratres  in Unum

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“O adiamento da votação sobre a ‘resolução Estrela’ manifesta o fastio reinante no Parlamento Europeu com a contínua insistência da ala vetero feminista, que todo mês repropõe as mesmas questões a favor do aborto e do casamento homossexual”, declarou Carlo Casini, presidente do Movimento italiano pela Vida (MPV).

“A grandíssima maioria rejeitou a emenda, que teria esparramado o péssimo conteúdo da proposta. Isso demonstra, infelizmente, que o trabalho a ser feito na Europa para defender a vida é realmente grande, mas, com esse novo adiamento, o Parlamento Europeu disse que é hora de acabar com esse método oblíquo, arrogante, substancialmente enganador e incorreto com que as questões bioéticas são apresentadas continuamente ao debate parlamentar”.

O presidente do MPV italiano espera “que o voto do tribunal tenha expressado a inquietação dos parlamentares, que, mesmo não tendo rejeitado a substância da resolução, não quiseram sequer discutir o assunto, pelo menos neste momento”.

“A iniciativa popular ‘Um de Nós’ não teve e não tem nada a ver com o debate de hoje”, acrescenta Casini, referindo-se ao abaixo-assinado que vem reunindo assinaturas em toda a Europa a fim de pedir o reconhecimento da dignidade do embrião humano como “um de nós”, ou seja, como pessoa humana. A resolução agora adiada, “mesmo que tivesse sido aprovada, não poderia dificultar o processo legislativo desta iniciativa popular europeia”.

É notório, no entanto, conclui Casini, que “chegou a hora de obrigar a opinião pública e o Parlamento Europeu, tão solícitos para defender teoricamente a igualdade e a dignidade humana, a olharem para a criança concebida e responderem à única pergunta da qual depende a solução de todos os problemas: o bebê ainda não nascido é ou não é um de nós?”.

Zenit

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Kitty Green, diretora do documentário Ukraine is not a Brothel (Ucrânia não é um bordel), revelou que a mente mestre que está por trás do grupo feminista radical.

Femen não é uma mulher e sim um homem identificado:, um polêmico personagem que trata as ativistas de uma forma horrível chegando a insultá-las chamando-as de “cadelas”.

As ativistas radicais Femen se definem como “sextremistas”, e costumam protestar com o peito de fora, e já atacaram violentamente a membros da Igreja Católica.

Em entrevista ao jornal britânico The Independent, Green indicou que embora Svyatski seja considerado formalmente como um “assessor” do Femen, “uma vez que eu estava dentro do círculo interno, é impossível não conhecê-lo. Ele é Femen”.

“Era um tema moral importante para mim, porque me dava conta como esta organização era dirigida. Ele (Svyatski) era bastante horrível com as garotas. Ele lhes gritava e as chamava cadelas”.

“É o seu movimento e ele escolhe as participantes a dedo. Ele escolheu a dedo as garotas mais bonitas, porque as garotas mais bonitas vendem mais jornais. As garotas mais bonitas que aparecem na capa… que se converteu em sua imagem, que se converteu na forma em que venderam a marca”, assinalou a diretora do documentário.

Quando Green finalmente conseguiu entrevistar a Victor Svyatski, ele reconheceu ser um tipo de “patriarca” à frente do Femen, assegurando que “estas garotas são frágeis”.

“Elas não têm a força de caráter -diz Svyatski no documentário-. Elas não têm sequer o desejo de serem fortes. Em lugar disso, mostram-se submissas, faltas de caráter, carentes de pontualidade, e muitos outros fatores que não lhes permitem converter-se em ativistas políticas. Estas são qualidades que são essenciais que devo ensinar-lhes”.

Quando foi perguntado se criou Femen para “conseguir mulheres”, Svyatski admitiu que “provavelmente sim, em alguma parte do meu profundo subconsciente”.

Uma das ativistas entrevistadas pelo Green reconheceu um tipo de síndrome de Estocolmo, como uma simpatia dos sequestrados pelo seu sequestrador, na relação das mulheres ativistas com o fundador do Femen.

“Somos psicologicamente dependentes dele, mesmo sabendo e entendendo que poderíamos fazer isto por conta própria, sem sua ajuda, é dependência psicológica”, reconheceu.

O cristianismo foi um motor propulsor da autêntica liberdade da mulher, afirma Lucetta Scaraffia, uma das mais conhecidas estudiosas do movimento feminista, professora de História na Universidade «La Sapienza» de Roma, nesta entrevista concedida a Zenit.

-Por que há correntes do movimento feminista que vêem sua relação com Igreja como um conflito irredutível?

–Lucetta Sacaraffia: Ainda quando a investigação histórica demonstrou que o cristianismo sempre mostrou um respeito e uma atenção às mulheres ignoradas nas demais tradições culturais, persiste a convicção de que a Igreja católica é desde sempre «inimiga das mulheres». Na realidade, se se vê desde a teologia ou desde a normativa eclesiástica à história social, a valorização da relação entre mulheres e Igreja se apresenta bem diferente.

A verdadeira inovação que trouxe o cristianismo foi a eleição da castidade como caminho espiritual, porque ela permitiu às mulheres evitar seu destino biológico. Pela primeira vez, de fato, a castidade se propôs como caminho espiritual a mulheres e homens: tratava-se de uma ideia revolucionária na medida em que permitia um acesso democrático, aberto então também a analfabetos e mulheres, para a evolução espiritual, para alguns até a santidade.

Para as mulheres, enfim, esta possibilidade de evitar seu próprio destino biológico constituiu uma nova possibilidade de seguir um caminho de crescimento espiritual e no mínimo também intelectual até então negado.

A igualdade espiritual entre mulheres e homens, pelo mais, foi sempre mantida pela tradição cristã, também na separação dos roles e na consideração das mulheres como seres socialmente inferiores que caracterizaram as culturas antigas: as virtudes heroicas necessárias para certificar a santidade de um ser humano, de fato, são as mesmas para as mulheres e para os homens, ainda que se realizem papéis diferentes. E o reconhecimento da dignidade humana e espiritual das mulheres conformou sempre o pensamento da Igreja sobre a família.

–Historicamente, o feminismo nasce simultaneamente com o movimento do controle de natalidade.

–Lucetta Scaraffia: Isso mesmo! O controle da natalidade se une desde o princípio a duas correntes de pensamento: a emancipação feminina e o ateísmo, isto é, a rejeição para reconhecer a vontade de Deus na criação dos seres humanos, de onde deriva, a tentação eugenésica de intervir para melhorar a humanidade com «instrumentos científicos»

Os movimentos neomalthusianos ingleses, de fato, estão intimamente ligados; com freqüência trata-se dos mesmos líderes, como Charles Bradlaugh com os movimentos de «livre pensamento», destinados a arrancar as raízes religiosas da sociedade vistas como fonte de reclusão e obscurantismo–, e ao mesmo tempo com cientistas como Francis Galton que transportam o evolucionismo darwiniano sobre os seres humanos.

A seleção eugenésica que se esconde detrás do controle da natalidade se propõe portanto como uma intervenção legítima que os cientistas devem aplicar à sociedade para acelerar o processo natural de seleção.

As raízes dos movimentos para o controle da natalidade, que consideram a queda dos nascimentos e a liberdade de abortar como sinais positivos da modernidade de um país, estão assim ligados à secularização por um lado e à emancipação da mulher por outro, e este enlace originário segue caracterizando-os também hoje.

–Como reagiu a Igreja frente às limitações da procriação?

–Lucetta Scaraffia: A força profética da discutida encíclica «Humanae vitae» (1968) de Paulo VI espera ainda ser reconhecida até por alguns setores da própria Igreja.

Com efeito, não se trata somente de uma proibição, mas da identificação nos meios de controle da natalidade de um perigo preciso: o da introdução de meios artificiais em um processo natural de primordial importância –o que garante a continuidade da vida– segundo um processo que se poderia estender até chegar a um controle total da reprodução humana por parte das tecnologias.

Hoje vemos que precisamente isto é o que se está levando adiante: intervindo com métodos científicos que cada vez são mais poderosos e sofisticados, abre-se a porta a monstruosidades como a clonagem ou a máquina que substitui o ventre materno da gravidez.

Por Federico Cenci

Quando se fala em femicídio, é preciso mencionar duas notícias. A primeira é que o fenômeno, embora ainda generalizado, está sofrendo uma diminuição, apesar de a cobertura da mídia fazer parecer o contrário.

A segunda é ainda mais surpreendente: a revolução sexual é cúmplice da propagação da violência contra as mulheres.

Mas não era o contrário? Não foi a “liberação dos costumes” que estabeleceu a paridade, o advento de uma era em que a relação homem-mulher é marcada pelo respeito mútuo? Nem um pouco. Esse mito de 68, sedimentado na cultura dominante, está destinado a cair diante de uma realidade bem diferente.

A realidade revela, por exemplo, que existe uma correlação entre a indústria pornográfica, cujo motor foi a revolução sexual, e a violência contra as mulheres.

Um estudo recente, realizado pela Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, e publicado pela revista Violence and Victims, aponta que a pornografia estimula nos homens uma agressividade de tipo misógino. A tese, ignorada por aqueles que se afanam para disparar o alarme social do femicídio, é assumida e compartilhada por Vincenzo Puppo, médico e sexólogo do Centro Italiano de Sexologia (CIS).

Em entrevista ao jornal La Stampa, alguns meses atrás (1), Puppo declarou que a pornografia é viciante e, por isso, tem consequências preocupantes. De acordo com o sexólogo, “a visão contínua e repetida dos órgãos genitais masculinos e femininos induz lentamente, sem que o homem ou a mulher percebam, a uma inibição da capacidade de excitar-se mentalmente: o mesmo estímulo sensorial, repetido continuamente, é excitante no início, mas, depois de um certo tempo, não é mais. E o cérebro precisará de estímulos mais fortes ainda”.

Daí que o “salto” para um nível maior de perversão seja curto. “Dos sites, revistas e filmes pornográficos ‘normais’, passa-se para aqueles que contêm, por exemplo, estupros e outros tipos de violência sexual, sadomasoquismo, ou com animais, com crianças, etc”. E quando o cérebro fica viciado em certas abominações, numa viagem infernal do instinto rumo ao abismo, “há quem vá buscar seus desafogos fora desse ‘ambiente’ e acabe por explodir em episódios de violência, não só contra as mulheres, mas, ainda mais grave, também contra meninos e meninas”.

Muita gente deveria escutar bem as palavras deste especialista. Em particular aquelas pessoas que, em nome do “direito ao prazer”, ao longo dos anos, nada fizeram além de pisotear o pudor com o auxílio de ferramentas como imprensa, TV, arte, política (2). O resultado é que, pelos modelos propostos ao público, a mulher se reduz a mero objeto de desejo. De guardiã do lar, ela se tornou vítima de própria “emancipação”.

É surpreendente que essas pessoas, hoje, sejam as mesmas que rasgam as vestimentas diante da violência contra as mulheres e apontem o dedo para o “modelo arcaico da sociedade”, que se basearia no abuso do macho contra a fêmea.

Na verdade, foi precisamente para destruir esse “modelo arcaico da sociedade”, ninho de obscurantismos reacionários, que, algumas décadas atrás, teve impulso o movimento social silencioso, mas devastador, que responde pelo nome de revolução sexual. E os efeitos nefastos, agora, incluindo a violência contra as mulheres, estão sob os olhos de quem for capaz e quiser enxergar.

NOTAS
(1) http://www.lastampa.it/2012/11/21/scienza/benessere/lifestyle/violenza-contro-le-donne-tra-le-cause-anche-la-pornografia-JoRmq3034Zqoaa694DfVDN/pagina.html

(2) O Partido Comunista italiano apresentou, em dezembro de 1977, um projeto de lei com o significativo título “Novas normas para proteger a liberdade sexual”.