Um dos casos mais impressionantes de corpo incorrupto é o da vidente de Lourdes, Santa Bernadette Soubirous.

Seu corpo encontra-se exposto na capela do convento de Saint-Gildard, na cidade de Nevers, França, nas condições que podem ser vistas no vídeo abaixo, registrado em julho de 2010.

Junto ao túmulo de Santa Bernadette, um cartaz esclarece:

“O corpo de Santa Bernadette repousa nesta capela desde o dia 3 de agosto de 1925. Ele está intacto e “como petrificado” segundo foi reconhecido pelos médicos juramentados e pelas autoridades civis e religiosas por ocasião das exumações de 1909, 1919 e 1925.

“O rosto e as mãos enegreceram em contato com o ar e foram recobertos com ligeiras máscaras de cera, moldadas diretamente do corpo.

“A posição da cabeça inclinada à esquerda foi tomada pelo corpo dentro do caixão.”

Nas referidas exumações constatou-se:

Na primeira, em 22 de setembro de 1909: na presença do bispo, da Madre superiora, de dois médicos e quatro operários que fizeram juramento de declarar a verdade, o corpo apareceu totalmente preservado, sem odor, a pele tinha cor pálida, os músculos e os ossos estavam unidos pelos ligamentos naturais, dentes e unhas também no seu lugar.

Verificou-se que o hábito estava ensopado pela umidade do túmulo e o terço estava completamente enferrujado. As freiras lavaram o corpo, o vestiram e o puseram num ataúde forrado de seda.

Na segunda, em 31 de abril de 1919, o corpo estava no mesmo estado. Apenas que por causa da lavagem feita pelas freiras tinha-se criado mofo no corpo. Foi observado que as veias ainda estavam proeminentes como se estivessem cheias de sangue.

Na terceira, em 18 de abril de 1925, o corpo estava no mesmo estado, com a pele mais escura. Os músculos mostravam-se tonificados, a pele estava elástica e inteira salvo em algumas partes mínimas. O fígado estava elástico, quase normal, quando deveria estar reduzido a pó ou petrificado.

Veja Vídeo abaixo.

Foram publicados três novos estudos empíricos sobre a situação da Igreja Católica na Itália e Estados Unidos que oferecem dados importantes com relação a vários aspectos da vida e da missão da Igreja.

Comecemos pelo  raio-X da religião na Itália.

A análise é de John L. Allen Jr., publicada no National Catholic Reporter, 13-08-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A título de prefácio, vou admitir que não há razão, em princípio, pela qual as vicissitudes da Igreja na Itália devam importar para, digamos, a República Democrática do Congo, ou as Filipinas, ou para os Estados Unidos – todos países cujas populações católicas ultrapassam a do “bel paese”.

No entanto, a Itália desponta como um país desproporcionalmente grande por pelo menos duas razões. A primeira é o papel histórico da Igreja e do papado na Itália, de forma que praticamente tudo o que acontece ou deixa de acontecer lá é visto como um referendo sobre a influência da Igreja. Em segundo lugar, a Itália é como um segundo lar para uma grande faixa dos legisladores, intelectuais e ativistas da Igreja.

Como resultado disso, quando a Igreja italiana espirra, o mundo católico tende a pegar gripe.

A edição atual da revista Il Regno, uma popular publicação católica italiana dos padres dehonianos, apresenta os resultados de um pesquisa abrangente sobre o comportamento e a fé religiosa italiana liderada pelo sociólogo Paolo Segatti, da Universidade de Milão.

A preocupante conclusão de Segatti é que, em uma geração, os católicos podem ser uma minoria na Itália. O estudo traz um título provocativo: “Sobre a Itália religiosa: De católica a genericamente cristã”.

Na verdade, os resultados não são tão ruins para a igreja:

  • 81,3% dos italianos se identificam como católicos (oficialmente falando, 96% foram batizados como católicos).
  • Quase 28% dos católicos italianos vão à missa pelo menos uma vez por semana, uma taxa comparável à dos Estados Unidos e extraordinariamente alta para os padrões europeus.
  • Quase 60% dos italianos dizem se sentir pessoalmente ofendidos quando ouvem alguém falar mal da Igreja ou do Papa.
  • Quase metade dos italianos dizem que é importante ser católico para ser um “verdadeiro italiano”.
  • Mais de dois terços dos italianos, 67,8%, dizem confiar na Igreja, um resultado significativamente mais alto do que qualquer parlamento nacional ou partido político.

Esses resultados parecem ser basicamente impressionantes para um país no coração da Europa ocidental contemporânea, onde o secularismo faz parte do pacote cultural básico. Pode-se entender por que alguns especialistas falaram que a secularização está realmente sendo “freada” ou até “revertida” na Itália.

O aspecto mais marcante dos dados de Segatti, porém, é a grande brecha geracional entre os nascidos depois de 1981 – ou seja, qualquer pessoa com menos de 30 anos – e os italianos mais velhos, especialmente aqueles com 65 anos ou mais:

  • Embora 27% dos italianos em geral vão à missa pelo menos uma vez por semana, a taxa é de 44% para o grupo com 65 anos ou mais, e de apenas 13% para a multidão com menos de 30 anos.
  • Embora 72% dos italianos dizem que “sempre” acreditam em Deus, a taxa é de 80% para os que têm mais de 65 anos, e um pouco mais de 50% para os menores de 30 anos.
  • Apenas 14% dos italianos com menos de 30 anos dizem que “frequentemente” se consideram católicos, e apenas 28% pensam que há alguma conexão entre ser católico e ser italiano.
  • Embora 77% dos italianos com mais de 65 dizem confiar na Igreja, esse número cai para menos da metade, 44%, entre os menores de 30 anos.

Analisando as crenças e as práticas dos italianos mais jovens, Segatti escreve: “Tem-se a sensação de observar um mundo diferente”, um mundo que “oferece um lampejo de um futuro em que os crentes em Deus são uma minoria”.

Há ainda um conjunto de resultados preocupantes para os líderes católicos: ou seja, o fraco papel da Igreja no debate público.

Diante de uma longa lista de questões sociais ardentes – incluindo os tratamentos para o fim da vida, o aborto, a homossexualidade, o desemprego, a imigração e o comportamento moral pessoal dos políticos, a maioria dos italianos em praticamente todos os casos disseram que o fato de se pronunciar sobre esses assuntos não deveria fazer parte da missão da Igreja. A única exceção foi o desemprego, em que 51% disseram que a Igreja deve fazer com que sua posição seja conhecida – talvez refletindo a tradição da doutrina social católica, assim como o importante papel do trabalho organizado na Itália.

Segatti tira a seguinte conclusão: “A religiosidade dos italianos tem assumido características que forçam as instituições eclesiásticas, se elas querem desempenhar um papel na esfera pública, a competir com as forças seculares. Mais frequentemente do que parece, elas sucumbem a essas forças seculares na formação das opiniões de seus próprios fiéis sobre questões públicas”.

O futuro da religião na Itália, conclui Segatti, será “mais diversificado e evanescente”, já que “um país que uma vez foi católico torna-se genericamente cristão”.

* * *

Falando de pesquisas que devem provocar uma pausa de reflexão nos líderes da Igreja, houve também uma pesquisa da Associated Press-Univision, divulgada nesta semana, que revelou que os latinos mais jovens dos Estados Unidos, e aqueles que falam mais inglês do que espanhol, são menos propensos a se identificar com a Igreja Católica.

No total, 62% dos hispânicos dos Estados Unidos se identificam como católicos. Assim como na Itália, no entanto, há uma clara divisão geracional: apenas 55% dos que têm entre 18 e 29 anos se identificam como católicos, comparados com os 80% daqueles que têm 65 anos ou mais.

A pesquisa também descobriu que a crença e a prática religiosas tendem a ser mais fortes entre os latinos protestantes, especialmente aqueles que pertencem a uma Igreja evangélica ou pentecostal. Esses hispânicos são duas vezes mais propensos a participar de serviços religiosos uma vez por semana, a ver a Bíblia como Palavra de Deus e a ter opiniões tradicionais sobre questões como o casamento homossexual e o aborto.

Pelo menos três questões surgem:

  • Há algo no catolicismo dos EUA que ofereça aos hispânicos menos isolamento das pressões da cultura secular do que nas Igrejas evangélicas e pentecostais?
  • Há algo na transição do espanhol para o inglês que esteja associado a um declínio da fé e da prática católicas? (Por exemplo, o tipo de catolicismo que se desenvolveu na cultura anglo-saxônica, com sua ênfase no individualismo, no congregacionalismo etc, é às vezes desagradável para os hispânicos?)
  • Quais programas de extensão ou evangelização entre os jovens latinos católicos parecem mais promissores?

Por razões óbvias, tudo isso deveria ser motivo de preocupação para os líderes pastorais do catolicismo norte-americano.

Um recente estudo do Pew Forum sobre a paisagem religiosa norte-americana projetou que, em 2030, a Igreja Católica dos Estados Unidos irá alcançar um marco demográfico: pela primeira vez, os brancos não serão uma maioria estatística da população católica. Eles ainda vão ser uma pluralidade, com 48%, mas os hispânicos representarão 41%. Até a metade do século, os hispânicos provavelmente vão se tornar a maioria católica.

Dada essa realidade demográfica – que Luis Lugo, diretor do Pew Forum, chama de “morenização” do catolicismo norte-americano –, o destino da fé entre os hispânicos mais jovens terá muito a dizer sobre o futuro do catolicismo norte-americano.

* * *

Finalmente, houve também um estudo nesta semana que oferece algumas claras boas notícias para a Igreja Católica.

Thomson Reuters, que é uma fonte de dados empresariais e profissionais laica e com fins lucrativos, divulgou um estudo de 255 sistemas de saúde dos Estados Unidos, agrupando-os em quatro categorias: católico, de propriedade de outra Igreja, secular sem fins lucrativos, e de propriedade de investidores com fins lucrativos. A linha de fundo é que os sistemas de saúde católicos tiveram a maior pontuação na qualidade em geral, bem como na qualidade dos serviços oferecidos às comunidades que atendem.

Os fatores levados em consideração incluem:

  • Taxas globais de mortalidade;
  • Taxas de complicação;
  • Índice de segurança do paciente;
  • Taxa de mortalidade ajustada de 30 dias por ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e pneumonia;
  • Taxa de readmissão ajustada de 30 dias por ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e pneumonia;
  • Tempo médio de permanência;
  • Avaliação do paciente pelo desempenho hospitalar em geral.

Os sistemas católicos, juntamente com os sistemas de propriedade de Igrejas em geral, superaram significativamente tanto os sistemas de saúde com fins lucrativos quanto os sem fins lucrativos.

“Nossos dados sugerem que as equipes de liderança (conselhos, executivos e chefes dos médicos e da enfermagem) dos sistemas de saúde pertencentes às Igrejas podem ser os mais ativos no alinhamento das metas de qualidade e no monitoramento das conquistas do sistema”, concluiu o estudo.

O ano passado, na verdade, foi um período turbulento para o sistema de saúde católico dos Estados Unidos. A dura batalha política sobre a reforma da saúde abriu uma ruptura com os bispos dos EUA que ainda não está completamente fechada, e há questões difíceis com relação à viabilidade econômica de hospitais e sistemas católicos em algumas partes do país.

Neste momento, a venda proposta do Caritas Christi Health Care de Boston para um grupo de capital de risco, que suscitou a indignação de alguns círculos católicos, serve como exemplo.

Especialmente nesse contexto, é consolador ver um claro reconhecimento público, e de uma fonte secular objetiva, da extraordinária qualidade do sistema de saúde católico dos Estados Unidos. “Complimenti!”

Roma (igreja de São Crisógono, no bairro de Trastevere).

Urna com os restos mortais da Beata Ana Maria Taigi (* 29-5-1769 + 9-6-1837), da Ordem terceira dos Trinitários, mãe de família exemplar, de condição social modesta, favorecida com dons sobrenaturais, inclusive com previsões sobre o futuro da Cristandade.

Era consultada por Cardeais e Príncipes, ao mesmo tempo que cuidava de seus afazeres domésticos e ajudava os pobres e doentes.fenômenos que mais chamam a atenção é a preservação até a incorruptibilidade do corpo de certos santos.

É fato que em condições excepcionais pode acontecer que um corpo não se desfaça inteiramente por razões meramente naturais.

Porém, o fenômeno dá-se com os santos em proporções muito acima do normal, sendo que na quase totalidade das vezes foram sepultados em condições comuns e que, portanto, deveriam se pulverizar como os outros.

No processo de canonização, a Igreja estabelece a apertura dos sarcófagos para conferir que o corpo ali enterrado pertence verdadeiramente ao Servo de Deus e constatar seu estado.

A conservação inusitada desse corpo é um sinal que, entre outros, contribui a definição da santidade do Servo de Deus.

Há, portanto, três tipos de preservação:

1 ‒ milagrosa (incorruptíveis strictu sensu),

2 ‒ deliberada por meios científicos (quando o corpo foi embalsamado, como foi o caso de B. Juan XXIII),

3 ‒ natural e acidental.

A incorruptibilidade propriamente dita é a preservação milagrosa que não se explica por nenhuma lei ou fator natural e é independente das circunstâncias (umidade, temperatura, tempo, cal ou outros elementos que poderiam acelerar a decomposição).

Só pode se ter certeza da incorruptibilidade quando o corpo admiravelmente conservado jamais foi embalsamado ou tratado com qualquer tipo de procedimento visando uma preservação.

Em alguns casos acresce que os corpos de santos também exsudam aromas ou perfumes, sobre tudo no momento da exumação.

A incorruptibilidade não é a mumificação (nem natural, nem por obra humana). Os corpos mumificados apresentam características facilmente reconhecíveis pela ciência.

Veja abaixo vídeo de seu corpo incorrupto.


A Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) acaba de receber do Vaticano o título de maior universidade católica do mundo, considerando o total de alunos. A informação é da própria universidade.

De acordo com a PUC e a arquidiocese de BH, o título foi concedido pela Congregação para a Educação Católica e foi entregue durante uma recente visita do arcebispo de Belo Horizonte e grão-chanceler da universidade, Dom Walmor Oliveira, e do bispo auxiliar da capital e reitor da PUC Minas, Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, ao Vaticano.

A  instituição já ostenta o “selo” vaticano.

Estrutura

A PUC Minas tem mais de 63 mil estudantes e um corpo administrativo e docente formado por quatro mil pessoas. A universidade oferece 101 cursos, 200 cursos de pós-graduação lato sensu; e 27 cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado).

É com  pesar que informamos que Dilma Roussef não aceitou o convite para participar do debate de presidenciáveis promovido pelas TVs católicas.

A candidata não confirmou sua participação alegando problemas de agenda.

Tal debate será promovido pelas TVs católicas Tv Aparecida e Tv Canção Nova, nesta próxima segunda-feira , dia 23, às 22:00, estimando-se um público atingido de cem milhões de pessoas, em sua grande maioria católica.
Felizmente contará com a participação dos demais candidatos.

Mas por que Dilma não iria para  um debate promovido por emissoras católicas?

A grande questão é:  Será que ela teria mesmo algo mais importante a ponto de não confirmar sua participação  nesta oportunidade única de falar a um público que busca esclarecimento de suas posições?

Será que o motivo é  que ela não gostaria de ser questionada por católicos?

Bem, se sabe que o catolicismo afirma valores que em muitos aspectos não se coaduna com a visão do partido majoritário que apoia a candidata. Esse fato é do conhecimento de todos.

Não ir a este debate  incorre em não ter que responder a estes temas em um ambiente de confrontação com outros candidatos, ficando na cômoda posição de não se expor a um eleitorado critico de muitas de suas posições.

Enfim: Será que não seria ela a mais interessada em querer esclarecer inúmeros pontos questionados e afirmados pela mídia?

Com o eleitor a resposta.

Faltando quase um mês da chegada do Papa Bento XVI ao Reino Unido, um diácono e autor inglês lançou a página web ProtectThePope.com para defender o Santo Padre e ajudar os católicos a responderem devidamente ante os incidentes que constituam uma incitação ao ódio religioso.

O criador do espaço é Nick Donnelly, diácono permanente da diocese de Lancaster, autor da Catholic Truth Society e membro da equipe editorial do The Catholic Voice of Lancaster, o jornal da diocese desta diocese.

“Diz-se que o anti-catolicismo é o último preconceito aceitável, e de uma forma na que nós os católicos colaboramos ao ignorá-lo, esperando que desapareça. Mas os ataques pessoais ao Papa Bento no período preparatório à visita papal mostram que este não desapareceu”, indicou no lançamento da página Web.

O página dará informação sobre a lei relativa ao delito de ódio religioso e proporciona aos católicos os meios para informarem à polícia sobre incitamento ao ódio religioso ou atos de ódio religioso que tenham lugar durante a visita do Santo Padre.

“Quando falo com outros católicos sobre a visita do Santo Padre em setembro, muitos expressam preocupação sobre sua segurança. O nível de hostilidade sem precedentes, ridículo e hostil de certas figuras públicas e setores da imprensa fizeram que alguns católicos se sintam verdadeiramente preocupados de que Bento será envergonhado ou até mesmo golpeado”, acrescentou.

Donelly assinala que “é importante saber que não temos mais razão para sofrer este tipo de abuso em silêncio como fizemos no passado, mas agora podemos invocar a lei para proteger-nos como fiéis católicos”.

“Há também uma grande quantidade de informação errônea e mentiras que são vendidas nas seções sensacionalistas da imprensa e, sejamos francos, por inimigos daIgreja. Sim, ainda temos inimigos, não desapareceram depois do Concílio Vaticano II”, assinalou.

“O Santo Padre tem sua própria equipe de segurança e a polícia para protegê-lo durante sua visita. Nossa preocupação nesta página é proteger a reputação do Santo Padre e a verdade da Igreja Católica

Assunção, detalhe iluminura s. XV.
Columbia University, UTS MS 049

“A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”

Com essas imorredouras palavras, o Santo Padre Pio XII definiu o dogma da Assunção da Santíssima Virgem ao Céu em corpo e alma, solenemente proclamado no dia 1º de novembro de 1950, pela Constituição dogmática “Munificentissimus Deus”.

A solene proclamação desse augusto dogma veio coroar séculos de devoção a Nossa Senhora enquanto tendo sido levada aos Céus em corpo ressurreto e alma.

Na difusão desta verdade e desta devoção a Idade Média deu um contributo fundamental.

Assumpta est Maria, col. De Ricci, MS 090, f. 1.

A fé na Assunção vem dos tempos apostólicos. As primeiras referências escritas se encontram na liturgia oriental que no século IV já comemorava a subida ao Céu de Nossa Senhora na festa da “Lembrança de Maria”.

A festa passou a ser denominada “Dormição de Maria” no século VI e o imperador bizantino Maurício fixou a data de 15 de agosto, apenas confirmando um costume pré-existente.

Diversos Padres e Doutores da Igreja forneceram a justificação teológica. Mas, a doutrina da Assunção de Nossa Senhora foi verdadeiramente aprofundada nos tempos medievais.

No século XII o tratado Ad Interrogata, atribuído incorretamente a Santo Agostinho defendeu a assunção corporal da Mãe de Deus.

Santo Tomás de Aquino e outros grandes teólogos medievais declararam-se decisivamente em favor desta verdade.

Coroando estas aspirações, no século XVI, o Papa São Pio V reformou o Breviário e incluiu orações que defendiam essa verdade largamente espalhada nos séculos medievais precedentes


In festo Assumptionis B M Virginis,
Columbia University, UTS MS 15.

Não espanta pois que quando o Papa Pio XII consultou o episcopado do mundo em 1946 na carta Deiparae Virginis Mariae, a resposta quase unanime é que deveria ser proclamada dogma.

“O dogma da Assunção de Nossa Senhora foi ardentemente desejado pelas almas católicas do mundo inteiro, porque é mais uma das afirmações a respeito da Mãe de Deus que A coloca completamente fora de paralelo com qualquer outra mera criatura e justifica o culto de hiperdulia que a Igreja lhe tributa.

“Nossa Senhora teve uma morte suavíssima, tão suave que é qualificada pelos autores, com uma propriedade de linguagem muito bonita, a “Dormição da Bem-Aventurada Virgem Maria” (Dormitio Beatae Mariae Virgine), indicando que Ela teve uma morte tão suave, tão próxima da ressurreição que, apesar de constituir verdadeira morte, entretanto é mais parecida a um simples sono.

Nossa Senhora, depois da morte, ressuscitou como Nosso Senhor Jesus Cristo, foi chamada à vida por Deus e subiu aos Céus na presença de todos os Apóstolos ali reunidos, e de muitos fiéis.

“Essa Assunção representa para a Virgem Santíssima uma verdadeira glorificação aos olhos dos homens e de toda a humanidade até o fim do mundo, bem como proêmio da glorificação que Ela deveria receber no Céu.

Assunção de Nossa Senhora, iluminura s. XV.
Columbia University, UTS MS 049

“A Igreja triunfante inteira vai recebê-la, com todos os coros de anjos; Nosso Senhor Jesus Cristo a acolhe; São José assiste à cena; depois Ela é coroada pela Santíssima Trindade.

“É a glorificação de Nossa Senhora aos olhos de toda a Igreja triunfante e aos olhos de toda a Igreja militante.

“Com certeza, nesse dia, a Igreja padecente também recebeu uma efusão de graças extraordinárias.

“E não é temerário pensar que quase todas as almas que estavam no Purgatório foram então libertadas por Nossa Senhora nesse dia, de maneira que ali houve igualmente uma alegria enorme. Assim podemos imaginar como foi a glória de nossa Rainha.

“Algo disso repetir-se-á, creio, quando for instaurado o Reino de Maria, quando virmos o mundo todo transformado e a glória de Nossa Senhora brilhar sobre a Terra”.

Fonte: Catolicismo

O Vídeo está em espanhol mas é totalmente compreensível.

Ao ver, me perguntei: Os protestantes não teriam a Biblia se não fosse a Igreja Católica, o contraditório é que depois a usam para negar a doutrina Católica e fundamentar suas doutrinas  mais anti católicas do que de evangelização.

Qual igreja protestante, em qualquer lugar do mundo, em qualquer tempo, teve essa preocupação com a história e com a fidelidade à  palavra de Deus divinamente inspirada?

Quem, senão a Igreja de Cristo para custodiar o Cristianismo e a verdade revelada?

É impossível continuar a ser protestante depois de um mergulho honesto na História ( Pode incluir aí também as páginas difíceis dessa história como as inquisições portuguesa, Espanhola,etc..)

Algum protestante se habilita?

Para ver a Bíblia : www.codexsinaiticus.org

Uma pesquisa realizada pela Univison e a Associated Press revelou que a maioria dos latinos nos Estados Unidos se declaram católicos, estão a favor de proteger os não-nascidos ante o aborto e defendem o Matrimônio como a união entre um homem e uma mulher.

Segundo a sondagem, 62 por cento dos latinos professa o Catolicismo, 10 por cento se declara cristão e 8 por cento protestante. Por outro lado, 11 por cento dos pesquisados disseram não pertencer a nenhuma religião.

O 35 por cento dos latinos pesquisados assiste ao menos uma vez à semana a serviços religiosos; 14 por cento o faz uma ou duas vezes ao mês, 20 por cento assiste poucas vezes ao ano e 13 por cento não participa dos serviços.

Em relação à biblia, 47 por cento dos latinos considera que as Sagradas Escrituras são a Palavra de Deus e acredita em uma interpretação literal da Bíblia; 36 por cento acredita que a Bíblia é a Palavra de Deus mas distingue que não todo o escrito deve ser tomado literalmente. Para 12 por cento a Bíblia é um livro escrito por homens e não é a Palavra de Deus.

A festividade religiosa de maior participação entre os católicos latinos é a semana santa com 43 por cento; 26 por cento celebra o dia dos Reis Magos ; 24 por cento participa das ‘posadas’ (piedade típica do México celebrada antes do Natal) antes e 21 por cento do Natal como festa religiosa.

Vida e Familia

Na pesquisa, 55 por cento dos latinos considera que o aborto é um ato ilegal. O 35 por cento deles está contra permitir o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo e 28 por cento está em desacordo de chamar matrimônio estas uniões mas apóia a possibilidade de que se legalizem sob algum tipo de união civil. Só 31 por cento está de acordo com as chamadas “bodas gay”.

O estudo foi realizado entre em 11 de março e em 3 de junho pelo National Opinion Research Center da Universidade de Chicago. A amostra de famílias foi provida pelo The Nielsen Company e entrevistaram um total de 1.521 hispânicos em inglês e espanhol, principalmente por correio mas também por telefone e internet. A margem de erro da amostra é de mais ou menos 3,5 pontos percentuais.

A escritora de 'Entrevista com o vampiro' Anne Rice.
A escritora de ‘Entrevista com o vampiro’ Anne Rice.
(Foto: AP)

A escritora Anne Rice, de 68 anos, anunciou em sua conta no Facebook que abandonou o cristianismo. Ela diz que se recusa a ser “antigay (…) e antifeminista” e ainda “anticontrole artificial de natalidade”.

“Em nome de (…) Cristo, eu deixo o cristianismo e de ser cristã. Amém”, completou.

O agente dela, Alfred A. Knopf, confirmou que o post foi feito por Rice.

A escritora ficou famosa como autora de “Entrevista com o vampiro” e por outros romances sobrenaturais.

Criada em uma família católica, Rice rejeitou a igreja quando era jovem, mas voltou ao catolicismo na década passada e publicou livros como “Cristo senhor – A saída para o Egito”, lançado no Brasil em 2007.

Em uma entrevista à agência Associated Press em 2008, Rice contou que sua volta à fé foi precedida de uma série de epifanias, muitas delas durante viagens pelas catedrais da Europa, Israel e Brasil.

Certa vez, quando visitou a estátua gigante de Cristo Redentor no Rio de Janeiro, ela relata que sentiu “delírio” e que as nuvens se abriram para revelar a estátua.

Na época, declarou que rompeu completamente com o ateísmo em 2002, após a morte do marido Stan Rice por um tumor cerebral e após se tornar diabética.

Ela começou a escrever livros sobre a vida de Cristo, e declarou que se objetivo era “simples”. “Quero escrever livros sobre nosso Senhor vivendo na Terra e fazê-lo real para as pessoas que não acreditem nele; ou pessoas que nunca tentaram acreditar”, explica. E reforça: “Eu tornei os vampiros em algo crível para mulheres adultas. Agora, se eu pude fazer isso, eu posso fazer nosso Senhor Jesus Cristo crível para as pessoas que nunca acreditaram. Espero e rezo [para isso].”

***

Cara Senhora, seja feliz!

Parabéns pela honestidade e coerência. É melhor não ser nada do que se dizer, sem ser.

Esperamos que a senhora possa voltar, desta vez aceitando a integridade da fé sem querer amoldá-la a seus próprios valores.

A Fé que é apenas reflexo da vontade dos homens e das mudanças culturais são vazias e deixam de fazer diferença no mundo.


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Após quase um ano trabalhando na gravação de todo o material, a apresentadora de uma emissora de rádio católica nos Estados Unidos, Cheri Lomonte, finalmente concluiu a produção de mil Mp3 players com conteúdo católico. O material, primeira parte de um grande lote, será enviado a soldados americanos no Iraque e Afeganistão, especialmente para os feridos.

A iniciativa, batizada de Frontline Faith Project (“Fé na Linha de Frente”, ou “Fé no Fronte”, em tradução livre) é feita em parceria com a arquidiocese militar americana. O material vem gravado com sete horas de conteúdo católico. Com ele os soldados podem ouvir o rosário, uma missa do Memorial Day, orações e homilias.

A intenção com a distribuição do programa é levar mensagens católicas de inspiração e alento para soldados católicos que ficam, às vezes, até oito meses sem a vista de um religioso às zonas mais críticas.

O material inclui ainda cartas de crianças para soldados lidas pelas próprias crianças, duas horas e meia de histórias sobre a fé na vida militar, incluindo o conto “O Padre Grunt”, sobre um padre que pregava a soldados de infantaria, e um conto de um soldado que carregava a Eucaristia para a batalha.

Os aparelhos estão sendo distribuídos através dos capelães militares, o que pode levar algum tempo, uma vez que há escassez de capelães entre os militares. Segundo a arquidiocese militar, custa 24 dólares para comprar e enviar os MP3 players. Até agora, foi levantado dinheiro suficiente para mil aparelhos.

Há 330 mil católicos no exército e o objetivo a longo prazo é que cada um deles receba um Mp3 player.

Gaudium Press

Soberbo!

Chesterton é irrefutável em seus argumentos.

Leia esse artigo e procure na Internet tudo que for escrito por ele e “devore”. Após lê-lo, saimos todos mais Católicos e mais amantes da verdade.

***

G. K. Chesterton

A dificuldade em explicar “Por que eu sou Católico” é que há dez mil razões para isso, todas se resumindo a uma única: o catolicismo é verdadeiro.

Eu poderia preencher todo o meu espaço com sentenças separadas, todas começando com as palavras, “É a única coisa que …” Como, por exemplo, (1) É a única coisa que previne um pecado de se tornar um segredo. (2) É a única coisa em que o superior não pode ser superior; no sentido da arrogância e do desdém. (3) É a única coisa que liberta o homem da escravidão degradante de ser sempre criança. (4) É a única coisa que fala como se fosse a verdade; como se fosse um mensageiro real se recusando a alterar a verdadeira mensagem. (5) É o único tipo de cristianismo que realmente contém todo tipo de homem; mesmo o respeitável. (6) É a única grande tentativa de mudar o mundo desde dentro; usando a vontade e não as leis; etc.

Ou posso tratar o assunto de forma pessoal e descrever minha própria conversão; acontece que tenho uma forte impressão de que esse método faz a coisa parecer muito menor do que realmente é. Homens muito melhores, em muito maior número, se converteram a religiões muito piores. Preferiria tentar dizer, aqui, coisas a respeito da Igreja Católica que não se podem dizer mesmo sobre suas mais respeitáveis rivais. Em resumo, diria apenas que a Igreja Católica é católica. Preferiria tentar sugerir que ela não é somente maior que eu, mas maior que qualquer coisa no mundo; que ela é realmente maior que o mundo. Mas, como neste pequeno espaço, disponho apenas de uma pequena seção, abordarei sua função como guardiã da verdade.

Outro dia, um conhecido escritor, muito bem informado em outros assuntos, disse que a Igreja Católica é uma eterna inimiga das novas idéias. Provavelmente não ocorreu a ele que sua própria observação não é exatamente uma nova idéia. É uma daquelas noções que os católicos têm de refutar continuamente, porque é uma idéia muito antiga. Na realidade, aqueles que reclamam que o catolicismo não diz nada novo, raramente pensam que seja necessário dizer alguma coisa nova sobre o catolicismo. De fato, o estudo real da História mostrará que isso é curiosamente contrário aos fatos.

Na medida em que as idéias são realmente idéias, e na medida em que tais idéias são novas, os católicos têm sofrido continuamente por apoiarem-nas quando elas são realmente novas; quando elas eram muito novas para encontrar alguém que as apoiasse. O católico foi não só o pioneiro na área, mas o único; e até hoje não houve ninguém que compreendesse o que se tinha descoberto lá.

Assim, por exemplo, quase duzentos anos antes da Declaração de Independência e da Revolução Francesa, numa era devotada ao orgulho e ao louvor aos príncipes, o Cardeal Bellarmine e Suarez, o Espanhol, formularam lucidamente toda a teoria da democracia real. Mas naquela era do Direito Divino, eles somente produziram a impressão de serem jesuítas sofisticados e sanguinários, se insinuando com adagas para assassinarem os reis. Então, novamente, os casuístas das escolas católicas disseram tudo o que pode ser dito e que constam de nossas peças e romances atuais, duzentos anos antes de eles serem escritos. Eles disseram que há sim problemas de conduta moral, mas eles tiveram a infelicidade de dizê-lo muito cedo, cedo de dois séculos. Num tempo de extraordinário fanatismo e de uma vituperação livre e fácil, eles foram simplesmente chamados de mentirosos e trapaceiros por terem sido psicólogos antes da psicologia se tornar moda. Seria fácil dar inúmeros outros exemplos, e citar o caso de idéias que são ainda muito novas para serem compreendidas.

Há passagens da Encíclica do Papa Leão sobre o trabalho [conhecida como Rerum Novarum, publicada em 1891] que somente agora estão começando a ser usadas como sugestões para movimentos sociais muito mais novos do que o socialismo. E quando o Sr. Belloc escreveu a respeito do Estado Servil, ele estava apresentando uma teoria econômica tão original que quase ninguém ainda percebeu do que se trata. E então, quando os católicos apresentam objeções, seu protesto será facilmente explicado pelo conhecido fato de que católicos nunca se preocupam com idéias novas.

Contudo, o homem que fez essa observação sobre os católicos quis dizer algo; e é justo fazê-lo compreender muito mais claramente o que ele próprio disse. O que ele quis dizer é que, no mundo moderno, a Igreja Católica é, de fato, uma inimiga de muitas modas influentes; muitas delas ainda se dizem novas, apesar de algumas delas começarem a se tornar um pouco decadentes. Em outras palavras, na medida em que diz que a Igreja freqüentemente ataca o que o mundo, em cada era, apóia, ele está perfeitamente certo. A Igreja sempre se coloca contra a moda passageira do mundo; e ela tem experiência suficiente para saber quão rapidamente as modas passam. Mas para entender exatamente o que está envolvido, é necessário tomarmos um ponto de vista mais amplo e considerar a natureza última das idéias em questão, considerar, por assim dizer, a idéia da idéia.

Nove dentre dez do que chamamos novas idéias são simplesmente erros antigos. A Igreja Católica tem como uma de suas principais funções prevenir que os indivíduos comentam esses velhos erros; de cometê-los repetidamente, como eles fariam se deixados livres. A verdade sobre a atitude católica frente à heresia, ou como alguns diriam, frente à liberdade, pode ser mais bem expressa utilizando-se a metáfora de um mapa. A Igreja Católica possui uma espécie de mapa da mente que parece um labirinto, mas que é, de fato, um guia para o labirinto. Ele foi compilado a partir de um conhecimento que, mesmo se considerado humano, não tem nenhum paralelo humano.

Não há nenhum outro caso de uma instituição inteligente e contínua que tenha pensado sobre o pensamento por dois mil anos. Sua experiência cobre naturalmente quase todas as experiências; e especialmente quase todos os erros. O resultado é um mapa no qual todas as ruas sem saída e as estradas ruins estão claramente marcadas, todos os caminhos que se mostraram sem valor pela melhor de todas as evidências: a evidência daqueles que os percorreram.

Nesse mapa da mente, os erros são marcados como exceções. A maior parte dele consiste de playgrounds e alegres campos de caça, onde a mente pode ter tanta liberdade quanto queira; sem se esquecer de inúmeros campos de batalha intelectual em que a batalha está eternamente aberta e indefinida. Mas o mapa definitivamente se responsabiliza por fazer certas estradas se dirigirem ao nada ou à destruição, a um muro ou ao precipício. Assim, ele evita que os homens percam repetidamente seu tempo ou suas vidas em caminhos sabidamente fúteis ou desastrosos, e que podem atrair viajantes novamente no futuro. A Igreja se faz responsável por alertar seu povo contra eles; e disso a questão real depende.

Ela dogmaticamente defende a humanidade de seus piores inimigos, daqueles grisalhos, horríveis e devoradores monstros dos velhos erros. Agora, todas essas falsas questões têm uma maneira de parecer novas em folha, especialmente para uma geração nova em folha. Suas primeiras afirmações soam inofensivas e plausíveis. Darei apenas dois exemplos. Soa inofensivo dizer, como muitos dos modernos dizem: “As ações só são erradas se são más para a sociedade.” Siga essa sugestão e, cedo ou tarde, você terá a desumanidade de uma colméia ou de uma cidade pagã, o estabelecimento da escravidão como o meio mais barato ou mais direto de produção, a tortura dos escravos pois, afinal, o indivíduo não é nada para o Estado, a declaração de que um homem inocente deve morrer pelo povo, como fizeram os assassinos de Cristo. Então, talvez, voltaremos às definições da Igreja Católica e descobriremos que a Igreja, ao mesmo tempo que diz que é nossa tarefa trabalhar para a sociedade, também diz outras coisas que proíbem a injustiça individual. Ou novamente, soa muito piedoso dizer, “Nosso conflito moral deve terminar com a vitória do espiritual sobre o material.” Siga essa sugestão e você terminará com a loucura dos maniqueus, dizendo que um suicídio é bom porque é um sacrifício, que a perversão sexual é boa porque não produz vida, que o demônio fez o sol e a lua porque eles são materiais. Então, você pode começar a adivinhar a razão de o cristianismo insistir que há espíritos maus e bons; e que a matéria também pode ser sagrada, como na Encarnação ou na Missa, no sacramento do casamento e na ressurreição da carne.

Não há nenhuma outra mente institucional no mundo que está pronta a evitar que as mentes errem. O policial chega tarde, quando ele tentar evitar que os homens cometam erros. O médico chega tarde, pois ele apenas chega para examinar o louco, não para aconselhar o homem são a como não enlouquecer. E todas as outras seitas e escolas são inadequadas a esse propósito. E isso não é porque elas possam não conter uma verdade, mas precisamente porque cada uma delas contém uma verdade; e estão contentes por conter uma verdade. Nenhuma delas pretende conter a verdade.

A Igreja não está simplesmente armada contra as heresias do passado ou mesmo do presente, mas igualmente contra aquelas do futuro, que podem estar em exata oposição com as do presente. O catolicismo não é ritualismo; ele poderá estar lutando, no futuro, contra algum tipo de exagero ritualístico supersticioso e idólatra. O catolicismo não é ascetismo; ele, repetidamente no passado, reprimiu os exageros fanáticos e cruéis do ascetismo. O catolicismo não é mero misticismo; ele está agora mesmo defendendo a razão humana contra o mero misticismo dos pragmatistas. Assim, quando o mundo era puritano, no século XVII, a Igreja era acusada de exagerar a caridade a ponto da sofisticação, por fazer tudo fácil pela negligência confessional. Agora que o mundo não é puritano mas pagão, é a Igreja que está protestando contra a negligência da vestimenta e das maneiras pagãs. Ela está fazendo o que os puritanos desejariam fazer, quando isso fosse realmente desejável. Com toda a probabilidade, o melhor do protestantismo somente sobreviverá no catolicismo; e, nesse sentido, todos os católicos serão ainda puritanos quando todos os puritanos forem pagãos.

Assim, por exemplo, o catolicismo, num sentido pouco compreendido, fica fora de uma briga como aquela do darwinismo em Dayton. Ele fica fora porque permanece, em tudo, em torno dela, como uma casa que abarca duas peças de mobília que não combinam. Não é nada sectário dizer que ele está antes, depois e além de todas as coisas, em todas as direções. Ele é imparcial na briga entre fundamentalistas e a teoria da Origem das Espécies, porque ele se funda numa origem anterior àquela Origem; porque ele é mais fundamental que o Fundamentalismo. Ele sabe de onde veio a Bíblia. Ele também sabe aonde vão as teorias da Evolução. Ele sabe que houve muitos outros evangelhos além dos Quatro Evangelhos e que eles foram eliminados somente pela autoridade da Igreja Católica. Ele sabe que há muitas outras teorias da evolução além da de Darwin; e que a última será muito provavelmente eliminada pela ciência mais recente. Ele não aceita, convencionalmente, as conclusões da ciência, pela simples razão de que a ciência ainda não chegou a uma conclusão. Concluir é se calar; e o homem de ciência dificilmente se calará. Ele não acredita, convencionalmente, no que a Bíblia diz, pela simples razão de que a Bíblia não diz nada. Você não pode colocar um livro no banco das testemunhas e perguntar o que ele quer dizer. A própria controvérsia fundamentalista se destrói a si mesma. A Bíblia por si mesma não pode ser a base do acordo quando ela é a causa do desacordo; não pode ser a base comum dos cristãos quando alguns a tomam alegoricamente e outros literalmente. O católico se refere a algo que pode dizer alguma coisa, para a mente viva, consistente e contínua da qual tenho falado; a mais alta consciência do homem guiado por Deus.

Cresce a cada momento, para nós, a necessidade moral por tal mente imortal. Devemos ter alguma coisa que suportará os quatro cantos do mundo, enquanto fazemos nossos experimentos sociais ou construímos nossas Utopias. Por exemplo, devemos ter um acordo final, pelo menos em nome do truísmo da irmandade dos homens, que resista a alguma reação da brutalidade humana. Nada é mais provável, no momento presente, que a corrupção do governo representativo solte os ricos de todas as amarras e que eles pisoteiem todas as tradições com o mero orgulho pagão. Devemos ter todos os truísmos, em todos os lugares, reconhecidos como verdadeiros. Devemos evitar a mera reação e a temerosa repetição de velhos erros. Devemos fazer o mundo intelectual seguro para a democracia. Mas na condição da moderna anarquia mental, nem um nem outro ideal está seguro. Tal como os protestantes recorreram à Bíblia contra os padres e não perceberam que a Bíblia também podia ser questionada, assim também os republicanos recorreram ao povo contra os reis e não perceberam que o povo também podia ser desafiado. Não há fim para a dissolução das idéias, para a destruição de todos os testes da verdade, situação tornada possível desde que os homens abandonaram a tentativa de manter uma Verdade central e civilizada, de conter todas as verdades e identificar e refutar todos os erros. Desde então, cada grupo tem tomado uma verdade por vez e gastado tempo em torná-la uma mentira. Não temos tido nada, exceto movimentos; ou em outras palavras, monomanias. Mas a Igreja não é um movimento e sim um lugar de encontro, um lugar de encontro para todas as verdades do mundo.

Disponível em inglês em Why I am a Catholic?

Jorge Ferraz

Fiquei profundamente triste quando li esta matéria da Folha de São Paulo. Foi por meio dela que descobri o site da “DASPU”, uma grife carioca ligada à ONG Davida, que tem como missão “[c]riar oportunidades para o fortalecimento da cidadania das prostitutas, por meio da organização da categoria, da defesa e promoção de direitos, da mobilização e do controle social”.

Não vou colocar aqui o site da “putique” – como é chamada a “loja da DASPU” – porque a decência mo impede. Aliás, aos curiosos que se aventurarem a procurá-lo, aviso que desliguem o som do computador, porque as músicas tocadas na “Rádio DASPU” não seriam tocadas, há alguns anos, nem mesmo nas casas de tolerância. A vulgaridade e as letras chulas expostas assim na internet, a um clique de quem quer que seja, sem nenhum aviso de que se trata de material pornográfico ao extremo, são uma amostra da decadência na qual se encontra a nossa sociedade. Às vezes eu tenho medo da internet…

Pois bem. A tal grife se diz, expressamente, “de quem não tem vergonha de dizer quem é e o que faz”: eis aí a inversão de valores dita às claras, e o vício exaltado como se fosse uma virtude. Não sei se isso é uma hipocrisia sem tamanhos ou uma patologia moral inaudita: gostaria muitíssimo de saber quantos dos que trabalham com esta ONG gostariam que as suas filhas fossem prostitutas. Afinal de contas, assumir uma postura diante do mundo que não se admite aplicar a si próprio é, para dizer o mínimo, equivocado. A grife – diz ainda no seu site – “não pretende tirar ninguém da prostituição”, e é essa intenção diabólica que mais me incomoda.

Se é verdade que sempre houve prostitutas, é igualmente verdade – e isto é o mais importante – que elas nunca gozaram de reconhecimento social como se fizessem parte de uma “categoria” de trabalho com a qual estivesse tudo bem.

Sempre houve prostituição, mas a prostituição sempre foi considerada por todos como aquilo que ela é: um terrível pecado e uma grave falha moral. Os que acusam a Igreja de ter tolerado a existência de prostíbulos até mesmo nos estados pontifícios – o que é verdade – “esquecem-se” de notar que entre tolerar um mal e dizer que este mal é um bem vai uma distância muito grande.

Diante da impossibilidade de se acabar com a prostituição, deve-se portanto reconhecer que ela é um valor a ser defendido e promovido: eis o “raciocínio” de muitos dos nossos dias.

[Aliás, en passant, vale salientar que este raciocínio tortuoso é aplicado para muitíssimas coisas: se não dá para se acabar com as prostitutas então vamos dizer que a prostituição é um direito a ser reconhecido, se existem homossexuais então vamos reconhecer o casamento gay, se não dá para acabar com as drogas então vamos legalizá-las, se não dá para acabar com o aborto então vamos transformá-lo num direito a ser tutelado pelo Estado, etc, etc.]

A Igreja sabe que o homem é fraco e, por conseguinte, que é capaz das mais terríveis quedas caso não se mantenha vigilante, zeloso na oração e assíduo aos sacramentos; no entanto, não deixa de afirmar ousadamente o ideal de santidade que é possível e aos quais os homens, ainda que fracos, são chamados. Clemência, sim, diante do pecador contrito; mas nunca conivência com o pecado.

Ao perder o senso moral, ao rejeitar o referencial absoluto, a sociedade moderna parece não ser mais capaz de apontar um ideal de santidade a ser valorizado para além das misérias humanas. Se há misérias, são estas que devem ser valorizadas: se há prostitutas, elas precisam ser integradas à sociedade naquilo que elas são. Não há ideais, não há mudanças possíveis: há somente a realidade humana nua e crua, e é com esta que se deve trabalhar.

Só que a realidade humana “sozinha” é muito triste. Sem a Graça, sem a vida sobrenatural, o mundo é muito feio e, as sociedades, aberrantes. Não há limites para as atrocidades morais das quais são capazes os homens “sozinhos”: negar a existência de um Referencial e entregar os homens à sua própria natureza nunca será capaz de produzir homens bons.

Em frontal oposição a tudo isso está a Igreja, com a mensagem do Evangelho e a afirmação – consoladora! – de que a natureza humana decaída não tem a última palavra, e é possível a conversão, é possível uma mudança de vida. Contra esta mentalidade moderna estão aquelas palavras de Nosso Senhor, segundo as quais as prostitutas precederiam a muitos no Reino dos Céus; mas não as prostitutas “praticantes”, mas sim aquelas que ouvissem o Seu chamado e O obedecessem quando Ele disse para que elas não tornassem a pecar.