Depois do êxito do vídeo no qual relata a história de como sua mãe desobedeceu aos conselhos médicos para acabar com sua vida porque detectaram uma deficiência física no ventre, o tenor Andrea Bocelli assinala que não quer que este seu testemunho seja considerado como “uma intervenção contra o aborto: com minhas convicções pessoais, de católico, não somente combato contra algo, combato por algo e estou a favor da vida”.

Em uma entrevista concedida ao jornalista Paolo Rodari do jornal Il Foglio da Itália, o tenor assinala que com o vídeo “quis ajudar, confortar as pessoas que se encontram em dificuldades e que em ocasiões só necessitam sentir que não estão abandonadas: a força da vida é perturbadora, mas é necessário ficar à escuta, abrir bem as orelhas” para acolhê-la.

Bocelli assinala logo, antes de contar como filmou o vídeo, que chamou muito a sua atenção o fato de que começaram a chegar ligações de todo o mundo, mais que o usual: “disse essas coisas há um ano e meio em uma vídeo-mensagem para o Padre Richard Frechette (padre Rick), um missionário que trabalha para os meninos do Haiti e mereceria, ele só, um livro inteiro: fiz um concerto, para ajudá-lo a construir a Casa dos Anjos e me pediu dizer umas palavras de esperança para as mães em dificuldades e escolhi contar a história do meu nascimento”.

“Eu o fiz contando a experiência pessoal da minha mãe sem sequer pedir permissão a ela, mas ela não me censurou, e eu tampouco estava preparado para todo este clamor que foi gerado com efeito retardado”, acrescenta no telefone enquanto esperava com sua familia o início do primeiro jogo da seleção italiana de futebol que empatou com o Paraguai em 1 a 1.

Na entrevista, Bocelli também relata como desde pequeno e quando jovem “era muito inquieto, bastante inconsciente: amava a velocidade” e que sentiu a música desde muito pequeno: “minha mãe me conta que eu chorava assim que escutava uma melodia, inclusive através da parede do quarto do hospital, girava em direção ao som e escutava encantado”.

Testemunho dado em Espanhol, nos Estados Unidos.

Seu Nome: Fernando Casanova

Apesar de um período de boas mudanças após o apartheid, a África do Sul luta contra muitos de problemas: violência, AIDS e ruptura familiar, verifica o bispo auxiliar de Durban, às vésperas da copa do mundo de futebol.

Dom Barry Wood nasceu e cresceu na África do Sul, no seio de uma família que viveu naquela parte do mundo por mais de 200 anos.

Conhecida por sua diversidade, a África do Sul tem as maiores comunidades de caucasianos, índios e mestiços no continente africano. Também tem, em sua constituição, 11 idiomas oficialmente reconhecidos.

Nesta entrevista, ele fala das mudanças “milagrosas” em seu país e dos problemas mais urgentes enfrentados pelo povo e pela Igreja.

–Por este tempo o senhor deve ter visto mudanças. O senhor diria que o país mudou para melhor ou para pior?

–Dom Wood: Bem, tendo crescido e vivido tanto tempo sob o regime do apartheid, foi uma grande libertação experimentar em 1994 nossa nova democracia.

A Igreja, como você sabe, foi muito ativa em tentar trazer a nova democracia devido à injustiça do sistema do apartheid. E naquele tempo nós sofremos muito.

A maioria de nossa gente sofreu muito, mas todos nós sofremos de certo modo ou outro ao tentar acabar com aquele regime que era mau. E a nova África do Sul é uma libertação para todos nós, porque a maioria de nossa gente tem direitos humanos agora. A maioria de nossa gente tem está aprendendo o que significa a auto-estima que lhe foi arrebatada no regime anterior e, de um modo lento, mas seguro, está crescendo espiritualmente e materialmente.

–Que mudanças negativas experimentou este tempo posterior ao apartheid?

–Dom Wood: A mudança negativa foi a ruptura da vida familiar. Há uma enorme ruptura da vida familiar.

Como você mencionou ao começo: os crimes e a violência, as violações, os abusos contra mulheres, mas principalmente o problema da injustiça econômica.

–Gostaria de me ater à questão ruptura da família. Pode nos dizer de onde vem? Por que entrou tão de repente na vida dos sul-africanos?

–Dom Wood: Não acredito que seja algo novo. Durante o tempo do apartheid, os homens separaram as mulheres. As mulheres permaneceram nas áreas rurais e os homens iam para as cidades e, deste modo, as mulheres e as famílias não puderam ficar com os homens nas cidades e o que aconteceu é que esta forma de vida se tornou parte do sistema da África do Sul.

E, infelizmente, isto se perpetuou depois de 1994, o governo está dando ajuda financeira às meninas jovens que estão grávidas e, deste modo, muitos estão grávidas para adquirir as ajudas e isto está causando estragos entre os jovens.

–Por que o governo começou a dar ajuda? Qual é o propósito desta ajuda?

–Dom Wood: A finalidade era ajudar estas jovens que ficaram grávidas a criar suas famílias, mas, infelizmente, como na maioria das coisas, pessoas tiraram vantagem disto e querem o dinheiro.

–E veem isto como uma fonte de renda?

–Dom Wood: Veem isto como uma fonte de renda. E assim as meninas ficam grávidas. Têm filhos. Enviam os bebês às avós e seguem trabalhando ou tendo os bebês. E isto realmente se transformou em um problema.

–A transição do apartheid na África do Sul foi verdadeiramente um milagre. Eu acredito que não foi bastante estimada. Falamos do Muro de Berlim – uma mudança sem violência – mas a mudança na África do Sul também foi um milagre.

–Dom Wood: Foi um milagre e nós não esperávamos por isto. Esperávamos pelo pior, ano após ano; depois de cada celebração da Eucaristia, rezávamos pela paz na África do Sul: rezávamos a oração de São Francisco e creio de verdade que a oração do povo influenciou nas negociações que aconteceram entre Nelson Mandela e F. W. de Klerk.

Eu realmente acredito que a fé de pessoas trouxe este milagre.

–E o milagre ainda continua, a menos que eu me confunda, não se percebe o desejo de vingança por parte das pessoas de cor para os brancos. Não é assim?

–Dom Wood: Absolutamente. Há aceitação e perdão. Em algumas áreas há raiva e as pessoas querem vingança, mas diria que a grande maioria aceitou e seguimos em frente.

-Pode-se dizer que, neste período posterior ao apartheid, o país ainda está procurando sua identidade. Que identidade tem a África do Sul? Que identidade nacional o senhor poderia dizer que possui o país?

–Dom Wood: Ainda temos uma democracia muito jovem. Ela só tem 16 anos e, como algo que tem 16 anos, está procurando nossa identidade.

–Um adolescente, por assim dizer.

–Dom Wood: Um adolescente, uma democracia adolescente e estamos buscando nossa identidade.

Cometemos muitos erros, como os adolescentes fazem quando estão amadurecendo, e acredito que isto é o que nos está acontecendo. Cometemos erros, mas nos levantamos e continuamos em frente e tentamos aprender com nossos erros. Mas nós somos uma democracia adolescente e queremos alcançá-la. Acredito que há uma verdadeira vontade por parte das pessoas, de alcançá-la.

–Porém, também está a sensação de que a Igreja Católica, especialmente na África do Sul, está relacionada com o período colonial, e que há um movimento novo, por assim dizer, que rejeita tudo aquilo que pertence àquele período colonial, inclusive a Igreja, e está a favor de instituições, organizações que sejam africanas em origem e em orientação. Como a Igreja Católica encontra seu lugar perante este movimento?

–Dom Wood: Em primeiro lugar, eu ouvi este rumor de que há um movimento que quer eliminar qualquer coisa que venha do tempo colonial, mas a Igreja Católica na África do Sul é acostumada à perseguição, desde o exato momento em que chegamos à África do Sul, não fomos bem recebidos, principalmente pelos holandeses, então pelos britânicos, depois pelo regime africâner, que fez tudo o que pôde para nos rejeitar, e nos chamava: “O Perigo Romano”.

Por isso somos acostumados à perseguição; somos acostumados a ser golpeados pelo regime e, conseqüentemente, para este último problema que surge, sentimos que nossa fé e nossa gente são suficientemente fortes ao ponto de resistir a qualquer tipo de ataque deste tipo.

–Assim a fé vem de pessoas. As raízes estão, por isso, bastante profundas, o senhor pode assegurar que as raízes da fé estão bastante profundas na população, nas comunidades, para suportar este nível de desafio?

–Dom Wood: Eu acredito que sim; Eu sei que sim.

–A África do Sul tem um dos índices maiores em AIDS do mundo. Pode nos falar algo em sua perspectiva?

–Dom Wood: É um dos maiores e é uma pandemia em nosso país. Milhões de pessoas estão vivendo com AIDS ou estão afetados por esta doença. E se transformou em um verdadeiro problema para nossas pessoas.

–Como o senhor vê concretamente, quer dizer, nos órfãos da AIDS?

–Dom Wood: Uma vez mais nós falamos da ruptura da vida familiar. Algumas famílias não têm mães e pais. Há crianças que tomam conta das casas, órfãos da AIDS e crianças vulneráveis. E não se trata de exceções; está estendido pelo país inteiro. E o cuidado básico e a atenção para estes órfãos da AIDS são um grande desafio.

–A África do Sul respondeu a isto com a política do preservativo. Durante os últimos 20 anos se tem apresentado os preservativos como a solução e, ainda assim, a AIDS está nada menos que em 22% da população. Pode-se dizer que a política do preservativo falhou?

–Dom Wood: Definitivamente, a pandemia está crescendo.

Distribuíram a nossa gente milhões de preservativos e ainda assim, todavia, vivemos com a AIDS, e está crescendo. Não importa que o ministro da saúde diga que o número baixou, porque as pessoas nas ruas dizem “Não, está aumentando”, e nossos sacerdotes que estão enterrando ao povo, fim de semana após fim de semana, dizem que a coisa está piorando.

–De acordo com o senhor, qual o fracasso da política do preservativo?

–Dom Wood: A educação. Às pessoas apenas são distribuídos preservativos e dizendo-se que há um problema, usem os preservativos e o problema desaparecerá.

Não desapareceu.

–E não se tem promovido a abstinência como uma possível alternativa?

–Dom Wood: Bem, a Igreja tem feito isto durante anos, contudo de um modo lento, mas seguro. Quando se vê os anúncios do governo, a abstinência está na cabeça da lista.

Está chegando e eles promovem a abstinência. Promovem ao mesmo tempo abstinência, fidelidade e preservativos, mas diria que na parte de cima da lista está a abstinência e eu acredito que estão começando a perceber que é a única estrada.

–Há aproximadamente 3,3 milhões de católicos na África do Sul, pelo que, de fato, o tamanho da Igreja Católica da África do Sul é muito pequena e, ainda assim, seu impacto é até significante. Que impacto tem a Igreja Católica? Que programas tem realizado? E como é possível que a Igreja Católica, nesta porcentagem tão pequena da população, tenha tal um impacto grande?

–Dom Wood: Ao longo dos anos, a Igreja da África do Sul teve um verdadeiro impacto nas pessoas pela educação e pela saúde.

Desde o começo da Igreja, o governo, por aquele tempo, nunca ministrou saúde ou educação, e agora com a pandemia estamos no segundo lugar, depois do governo, chegando até as pessoas. Não tenho a percentagem. Mas é reconhecido e as pessoas o afirmam: a Igreja chega até eles.

E está em todas as esferas: nos cuidados do lar, nos cuidados às crianças vulneráveis e órfãos, nos hospícios para os moribundos, no cuidado com as mulheres abusadas sexualmente e das grávidas com problemas. O aspecto todo e o desenvolvimento de tratamentos antiretrovirais.

–Qual a maior necessidade da África do Sul hoje para o senhor?

–Dom Wood: A maior necessidade da África do Sul é o trabalho, o emprego, porque creio que todos estes problemas como o crime e os abusos de mulheres e crianças e todo o demais, estão sendo causados porque as pessoas estão frustradas e furiosas; e não têm emprego. E isto, creio eu, ajudaria à situação, se pudéssemos encontrar emprego para a maioria das pessoas de nosso país. E também qualificação profissional, estas duas coisas reunidas.

–E da perspectiva da Igreja: qual seria a maior necessidade da Igreja na África do Sul?

–Dom Wood: A maior necessidade da Igreja, acredito, e o maior desafio que temos, é tentar confrontar o problema da ruptura da vida familiar e pôr todos nossos recursos na tentativa de reconstrução do sentido da vida familiar novamente.

–Como se pode alcançar isso?

–Dom Wood: Não estou completamente seguro. Se tivesse a solução, estaria contente, mas acredito que nós temos que começar com as pequenas comunidades cristãs onde nós somos fortes.

Temos pequenas comunidades cristãs e precisamos evangelizá-las no sentido de prover um lar, uma vez mais, a importância da vida familiar.

É algo mesmo da cultura africana, mas todo esse individualismo ocidental entrou de um modo silencioso e destruiu. Acredito que agora nós precisamos acentuar novamente a beleza do marido e do pai e das crianças – e a beleza da vida familiar.

Esta entrevista foi realizada por Mark Riedemann para “Deus Chora na Terra”, um programa rádio televisivo semanal produzido pela Catholic Radio and Television Network, (CRTN) em colaboração com a organização católica Ajuda à Igreja que Sofre. Mais informação em www.ain-es.org e www.aischile.cl.

A maioria de vocês me conhece como um cristão protestante “de carteirinha”. Não tanto como um daqueles “crentes” típicos, isto é, moralista, fundamentalista (na pior acepção da palavra) e às vezes inconvenientemente proselitista. Sempre fui um cristão discreto (até demais…) ou mesmo tímido, mas essa discrição e essa timidez têm sido compensadas, nos últimos anos, por uma intensa participação em listas de discussão e em comunidades no Orkut. E essas minhas participações fizeram-me um evangélico razoavelmente conhecido na Internet, ou pelo menos em um grupo relativamente grande de amigos e conhecidos evangélicos. O fato de muitas pessoas me conhecerem — umas mais, outras menos — como um protestante atuante e “engajado” é o que me obriga, por uma questão de honestidade, a vir a público dar-lhes uma notícia que para muitos (talvez para a maioria) de vocês poderá ser decepcionante, revoltante até, mas que eu preciso comunicar, até por um dever para com a minha própria consciência e com Deus.

Sem mais delongas, quero lhes comunicar minha decisão de me tornar católico apostólico romano. Não se trata de uma decisão súbita, ao contrário, é fruto de um processo que se iniciou há pelo menos cinco anos.

Resumidamente, para quem não conhece, vou contar minha trajetória religiosa até aqui. Eu nasci numa família protestante. Meus pais eram — e são até hoje — membros da Igreja Presbiteriana do Brasil, igreja onde fui batizado e fiz profissão de fé. Durante boa parte da minha adolescência, freqüentei uma igreja pentecostal conservadora. Com a morte da dirigente dessa igreja (que era minha tia), os membros se dispersaram, e eu então me tornei membro da igreja batista, onde congreguei por cerca de 3 anos, de onde saí para freqüentar, por poucos meses, uma pequena comunidade evangélica no bairro de Botafogo. Então com 24 anos, ingressei na faculdade de filosofia, o que fez com que eu me afastasse da igreja (embora não de Deus) por certo período, durante o qual eu pude refletir criticamente sobre a minha experiência como cristão.

Ao fim do curso, escolhi como tema da minha monografia um pensador religioso chamado Søren Kierkegaard (1813-1855), que era luterano. O estudo do pensamento desse filósofo, que é considerado “o pai do existencialismo”, com sua perspectiva cristã ao mesmo tempo bíblica e original, reacendeu minha fé e eu então me tornei membro da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Mas, por causa da minha formação em filosofia (que continuou até o mestrado), desde que voltei a freqüentar a igreja (em 2002) eu sempre estive refletindo sobre a fé, sobre igreja (a fé institucionalizada) e sobre a religião em geral. Esse processo de reflexão, aliado ao princípio tipicamente protestante do “livre exame da Bíblia” (que alguns católicos chamam um tanto impropriamente de “livre interpretação”), levou-me a uma fé bastante subjetiva e racionalista (embora muitas vezes esse racionalismo se confundisse com fideísmo, certamente pela mania tipicamente racionalista de separar fé e razão). Esse subjetivismo e esse racionalismo por fim me levaram ao liberalismo teológico, não o liberalismo vulgar e irresponsável que muitos “teólogos” têm defendido hoje em dia, mas o liberalismo clássico.

Em outras palavras, embora eu reconhecesse a importância (e mesmo a imprescindibilidade) da Igreja e dos princípios básicos e tradicionais da fé cristã, passei a interpretar esses princípios de forma excessivamente racionalista (mais precisamente como “princípios morais”, ao modo de Kant), e essa postura fez com que minha fé se apagasse novamente (Obs.: não foi à toa que o liberalismo teológico nasceu e se desenvolveu em contexto luterano.). Mas, ao longo desse percurso, eu mantive uma “relação de amor e ódio” com o catolicismo. Essa relação começou praticamente junto com minha aproximação do luteranismo, visto que Lutero nunca rompeu totalmente com a igreja católica (ao contrário de Calvino, por exemplo), e que a igreja luterana conserva até hoje muito da liturgia e até da teologia católicas (particularmente no que diz respeito ao sacramento da Eucaristia ou Santa Ceia).

Por isso, à medida que eu me aproximava do catolicismo, conhecendo sua profundidade teológica e sua própria trajetória histórica (que indubitavelmente remonta a Cristo, aos Apóstolos e aos primórdios da Igreja cristã), minhas raízes protestantes enchiam-me de “ódio” por essa religião “idólatra”, por esse “cristianismo pervertido”, por esse “paganismo mal disfarçado”. E então eu me envolvia em inúmeras discussões com católicos, como que querendo, inconscientemente, convencer a mim mesmo de que o catolicismo estava errado e de que o protestantismo é que estava certo. Mas ao mesmo tempo em que eu ia tendo contato com o pensamento e com os consistentes argumentos católicos, eu ia constatando o subjetivismo e a mixórdia que infelizmente caracterizam o universo protestante, com suas incontáveis igrejas e profissões de fé, com as muitas variações entre um grupo protestante e outro. Como a doutrina de Cristo e dos Apóstolos poderia variar tanto? Como cada cristão poderia ter o direito de crer de acordo com o seu talante e de acordo com a sua própria interpretação (ou de acordo com a interpretação do fundador da sua igreja)? O subjetivismo e a variabilidade indicavam que alguma coisa estava errada, que a religião legada por Cristo e pelos Apóstolos haveria de ter permanecido incólume com o passar do tempo, sem estar sujeita ao arbítrio dos homens. E se há uma igreja que remonta a Cristo e aos Apóstolos, em que o subjetivismo simplesmente não existe, e onde uma autoridade visível (o Magistério) sempre foi e será responsável pela salvaguarda da fé, essa igreja só pode ser a igreja católica apostólica romana, essa igreja que não está sujeita às intempéries da história, nem aos modismos de cada época, nem aos gostos dos fregueses.

Ninguém pode negar que a história da Igreja Católica é manchada por episódios tristes, pela atuação de homens desonestos. Mas é necessário compreender que, se os homens da Igreja são pecadores, ela, em si mesmo considerada, é santa; é humana, mas também é divina. Seus membros são pecadores e humanos, mas a Igreja é santa e divina por causa da sua origem. E é precisamente esse o ponto em que o meu liberalismo teológico e minha atração pelo catolicismo se encontraram, como que numa encruzilhada. Se o meu liberalismo estivesse correto, isto é, se Jesus Cristo não fosse Deus em carne e osso (conforme ensina a fé cristã bíblica e tradicional), mas fosse apenas um mestre espiritual ou moral, então a questão sobre a igreja verdadeira perderia todo o sentido. Cada um poderia seguir individualmente o “mestre” Jesus, ter a sua própria “experiência” com ele, e isso bastaria.

Mas se, ao contrário, Jesus foi de fato Deus em forma humana (e esse é o cerne da fé cristã), então saber qual a Igreja que Ele (isto é, Deus em pessoa!) de fato fundou passa a ser uma questão crucial. E por mais que os protestantes se recusem a admitir, é histórica e logicamente inegável que essa Igreja é a Igreja católica, apostólica e romana, onde os sucessores dos Apóstolos foram incumbidos de preservar a doutrina revelada. E a verdade é que eu cansei de lutar contra as evidências, de lutar contra mim mesmo. Cansei de seguir simplesmente o meu próprio entendimento (Prov. 3,5), de ser pretensioso e orgulhoso ao ponto de achar que posso dispensar a experiência, o conhecimento e a autoridade daqueles que são os sucessores dos Apóstolos escolhidos por Cristo; que a minha compreensão da fé cristã é equivalente (quiçá superior!) à do Magistério; que a Igreja que Cristo fundou e cujo governo confiou aos Apóstolos (que evidentemente deveriam ter sucessores legítimos, visto que não poderiam viver eternamente!), e à qual prometeu acompanhar “até a consumação dos séculos” (Mt. 28,20), vagou perdida e equivocada por longos 1.500 anos, até que Lutero e os demais reformadores a “resgatassem”; enfim, cansei de lutar contra mim mesmo e contra Deus. (Obs.: talvez o meu liberalismo tenha sido uma última e desesperada tentativa de rechaçar o catolicismo, pois se Jesus não fosse Deus em forma de homem, então o catolicismo estava errado e eu não precisaria me preocupar mais com ele…)

Não estou aqui querendo julgar nenhum de vocês, nem poderia fazê-lo. Os que, dentre vocês, já são católicos, hão de me compreender e, presumo, de me felicitar. E os que são evangélicos eu espero que me compreendam da melhor forma possível, e que não se afastem de mim nem deixem de ser meus amigos por causa dessa minha decisão. Até porque não só por causa da minha origem protestante, mas também em consonância com o chamado da Igreja católica (particularmente na pessoa do atual Papa), vou continuar me empenhando no diálogo ecumênico, e talvez fazê-lo com mais dedicação ainda.

Finalmente, sei que estou correndo alguns riscos ao me expor dessa forma a tantas pessoas. Risco de ser incompreendido, de me tornar objeto de repulsa ou de chacota, e até de me transformar de amigo em inimigo. Mas eu simplesmente não poderia esconder dos amigos uma decisão de tal importância (a não ser que eu sumisse da Internet, trocasse os números dos telefones, enfim, desaparecesse, só para não ter que dar satisfações a ninguém…).

Há ainda várias razões pelas quais eu decidi me tornar católico. Uma delas é fato da Igreja católica ser o único porto efetivamente (e nãoaparentemente) seguro em meio ao relativismo filosófico, religioso e moral que grassa nos nossos dias.

Passei, então, a partir disso, a ter contatos com católicos no intuito de efetivar minha admissão na Igreja fundada por Cristo. Conversei com alguns leigos, tive direção espiritual com o Pe. Carlos Nogueira, LC, então diácono dos Legionários de Cristo, no Rio de Janeiro, e uma entrevista com o meu novo Bispo, D. Rafael Llano Cifuentes, da Diocese de Nova Friburgo, à qual pertenceria, uma vez convertido. Fui então, sendo preparado, para incorporar-me, externa, definitiva e formalmente, à única Igreja de Jesus, Nosso Senhor.

A partir de então, dediquei boa parte do meu tempo à formação doutrinária e um fortalecimento da amizade com Cristo, fazendo, inclusive, um extenso exame de consciência que me iria preparar à minha primeira Confissão geral de todos os meus pecados mortais. Confessei-os no dia 14 de dezembro de 2007, uma sexta-feira, dia penitencial por excelência (o que já se mostrou um sinal).

Minha confissão, embora árdua, foi uma bênção. Foi, acredito eu, como deveria ser: confessei meus pecados todos oralmente, o padre usou sua estola, ouviu atentamente a minha confissão, concedeu-me o perdão mediante a fórmula devida, e por fim prescreveu-me a penitência.. A certeza da reconciliação com Deus e com Sua Igreja, assim como a paz que advém dessa certeza, é algo inestimável! Louvado seja o santo nome do Senhor Jesus Cristo!

No dia 16 de dezembro de 2007, III Domingo do Advento, pela maravilhosa graça de Deus, por Sua infinita bondade e pela intercessão da Santíssima Virgem Maria, fui admitido na plena comunhão da Igreja Católica, por meio da Profissão de Fé e da Primeira Comunhão. A cerimônia, rigorosamente de acordo com o que determina o RICA (Ritual de Iniciação Cristã de Adultos), foi singela, como eu também esperava que fosse. A alegria de poder dizer publicamente “Creio e professo tudo o que a santa Igreja católica crê, ensina e anuncia como revelado por Deus” foi indescritível, e a experiência da Primeira Comunhão também ficará para sempre na minha memória.

Por quanto tempo eu andei errante, seguindo tão-somente aquilo que eu achava que era a verdade?! Por quanto tempo eu acreditei que tinha o direito de julgar tudo e todos com base em critérios eminentemente subjetivos, isto é, em critérios que me pareciam serrazoáveis?! Nos últimos tempos, esse subjetivismo havia me levado a uma fé fria, em pouco ou em nada diferente de um humanismo ou de uma moralidade de feitio kantiano, uma deplorável mistura de relativismo e liberalismo teológicos que eu tentava mitigar professando exteriormente uma fé conservadora da qual intimamente eu duvidava.

Mas algo em mim não deixava meu intelecto em paz, algo me dizia que aquele estado de indefinição, de permanente suspensão de qualquer juízo definitivo, não poderia ser aquilo que Deus planejou para mim. A verdade não poderia ser uma meta inatingível, nem algo que cada um pudesse ou devesse estabelecer de acordo com o seu próprio arbítrio. Algo me dizia que eu estava perdido em meio às minhas elucubrações, mas eu não tinha forças para sair daquela areia movediça em que eu mesmo me coloquei. Às vezes parecia que eu tentava fazer como o Barão de Munchausen, ou seja, tentava sair do atoleiro puxando eu mesmo o meu próprio cabelo… Mas eu sabia, havia tempos, que a verdade deveria ser buscada em algo maior do que eu, em algo que não dependesse do arbítrio de nenhum ser humano e que não estivesse sujeito às intempéries do tempo. Eu já sabia que a verdade só poderia ser encontrada na Igreja, isto é, naquela Igreja fundada pelo próprio Deus em carne e osso (Nosso Senhor Jesus Cristo!), cuja chefia Ele confiou aos Apóstolos e especialmente a Pedro, os quais, por causa dessa incumbência especialíssima, deveriam ter seus legítimos sucessores. Mas o meu orgulho e a minha presunção impediam-me de admitir essa verdade, e por isso meu intelecto ficava se debatendo, pois eu sabia que a verdade só pode ser encontrada num único lugar, nesse lugar onde todo intelecto pode, enfim, repousar, nesse verdadeiro porto seguro, onde fé e razão podem se entrelaçar perfeitamente, onde não há espaço para voluntarismos, nem para subjetivismos ou relativismos. Enfim, eu sabia que a verdade, a mais sublime verdade, só pode ser encontrada na una, santa, católica e apostólica Igreja de Cristo, que Ele prometeu jamais abandonar e sobre a qual Ele disse que as portas do inferno jamais prevalecerão. Mas eu insistia em me apegar à minha débil razão, em achar que aquela esperança desesperada que eu chamava de fé era o máximo que eu poderia alcançar, e preferia ficar com esse arremedo de fé a abdicar do meu “bom senso” em favor de algo maior. E foi nesse estado que a graça divina me alcançou, foi desse lamaçal que Deus me resgatou.

Hoje eu não tenho palavras para descrever a felicidade que o fato de estar na verdadeira Igreja tem me proporcionado. Tudo o que eu quero é agradecer a Deus todos os dias da minha vida por essa bênção e procurar conhecer mais e mais a fé católica apostólica. Sei que muitos podem e poderão achar que essa é só mais uma “fase”, que assim como eu passei por outras igrejas, passarei também pela católica… Mas só pensa isso quem não sabe (ou se esqueceu) que a Igreja Católica não é uma igreja como outra qualquer, não é uma “opção” válida entre outras igualmente válidas. Quem se converte à Igreja Católica, ou nela permanece, pensando que o catolicismo é uma “opção” dentre outras (em vez de ser a verdade plena e definitiva), não conhece a fé que professa. E em meu íntimo eu já sabia que ser católico é algo muito sério, e também por isso eu vinha adiando minha decisão, até que a graça de Deus suplantou o meu medo e meu orgulho, de modo que eu abracei a fé católica com plena consciência do que isso significa, com a consciência de que essa é uma decisão para a vida toda. Eu sabia que, no dia em que me convertesse ao catolicismo, seria de uma vez para sempre.

Que Deus me dê a graça de perseverar até o fim. Que Ele não permita jamais que eu volte a seguir o meu próprio entendimento (Pv. 3,5), que não me deixe cair nessa tentação (pois sou homem e por isso estarei sempre sujeito a cair). Que eu nunca me esqueça de que sem Deus eu nada sou e nada posso fazer.

Quero agradecer publicamente ao meu irmão e amigo Marcus Pimenta, que suportou por anos a fio a minha petulância e a minha teimosia, em intermináveis debates por e-mail. Jamais esquecerei sua paciência e sua generosidade, meu irmão!
Agradeço também ao meu amigo e irmão Robson, companheiro do bacharelado ao mestrado em filosofia (hoje ele é doutorando e professor com uma brilhante carreira pela frente), com quem tive o prazer de conversar muitas vezes e que tenho a certeza de que rezou por mim.

Agradeço também à equipe do site Veritatis Splendor, especialmente os irmãos Alessandro Lima, Alexandre Semedo (a quem devo desculpas pelo tom ríspido dos últimos e-mails, de alguns anos atrás!) e Rafael Vitola Brodbeck, com os quais tive o privilégio de debater e com quem muito aprendi (e continuo a aprender!).

Agradeço ainda ao estimado irmão Marcelo Coelho, pela inestimável ajuda; ao prezado Yvan Eyer, com quem “briguei” muitas vezes pelo Orkut mas que também contribuiu, com sua inteligência e conhecimento, para esse passo tão importante; ao querido Joathas Bello, cristão exemplar e uma das pessoas mais íntegras e inteligentes que conheço; aos familiares e amigos da minha esposa em Belford Roxo (Baixada Fluminense), com quem tive (e espero continuar tendo!) a oportunidade de conhecer de perto o jeito católico de ser; e a todos os irmãos que, de uma forma ou de outra, me ajudaram e têm ajudado na caminhada até aqui. Que Deus abençoe grandemente todos vocês!

Enfim, agradeço à minha esposa, Osana, católica de berço, e que assim permaneceu até hoje. Ainda que não tenha influenciado diretamente no meu processo de conversão, ela certamente contribuiu com o seu comportamento, com sua simples presença ao meu lado, como que sempre a me lembrar da possibilidade de vir a me tornar católico. Também com ela eu comecei a aprender algo sobre o catolicismo, especialmente no que diz respeito à liturgia e ao calendário da Igreja. Com ela eu fui a várias missas, bem antes de me converter (missas nas quais a graça de Deus certamente já agia, ainda que silenciosamente). E com ela eu pude receber o meu primeiro sacramento católico, já que nos casamos na Igreja Católica.

Finalmente, quero agradecer a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, a quem toda a honra e toda a glória são devidas, e à Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, pela maravilhosa intercessão em favor desse filho rebelde!

A todos, o meu cordial e fraterno abraço.

Marcos Monteiro Grillo


Pesquisa realizada na Itália traz dados importantes sobre o catolicismo naquele país.

87,8% dos italianos declaram-se católicos. Entretanto, apenas 36,8% afirmam ser praticantes. A pesquisa mostra, também, que 68,5% são a favor do divórcio e 77,8% não concordam com a proibição da comunhão para divorciados e para os que constituíram nova família.
No caso da posição relativa ao aborto os dados são muito significativos: 83,2% são a favor em caso de perigo de morte para a mãe e 72,9% são a favor em caso de anomalia grave e má formação do feto.

Mostra ainda a pesquisa que 65,1% mostram-se favoráveis em caso de violência sexual, mas apenas 18,6% declaram-se a favor quando apenas o desejo de não ter filhos move a ação abortiva.

Uma maioria significativa – 76,2% – diz ser a oração que os leva à Igreja. Menos de 17% dizem ir à Igreja seguindo uma tradição familiar. Muitos declararam a necessidade de ir à Igreja buscar força para enfrentar os momentos difíceis da vida.

Com relação aos sacramentos a grande maioria declarou o batismo seguido do casamento e da confirmação – nesta ordem – como os mais importantes. A confissão foi citada como de importância menor.

A maioria simples diz acreditar em milagres. O restante prefere não acreditar dizendo que são eventos naturais para os quais a ciência ainda não encontrou explicação.

Mais de 30% declararam ir à missa todos os Domingos.


Cabo Andrew Koenig mostra bala taleban em seu casco

Em Mariaj, Afeganistão, o jornalista Michael M. Phillips do “The Wall Street Journalolhava pasmo o capacete do cabo Andrew Koenig perfurado por um tiro de um fanático islâmico. Mas, o cabo passava bem. Tim Coderre, detetive que trabalha para os Marines, interrogava-se: “ele está vivo por alguma razão, isto não acontece por azar”.

Perto dele, o cabo Christopher Ahrens contou ter sido alvejado por duas balas no capacete no Afeganistão e três no Iraque. Ele mostrou orifícios de entrada e saída dos projéteis.

Virando-o, mostrou o interior forrado com uma grande imagem de São Miguel Arcanjo esmagando a cabeça de Lúcifer. Com um sorriso, acrescentou: “eu não preciso de sorte”.

Sebastian Piñera
Sebastian Piñera

Os casais chilenos que completarem 50 anos de matrimônio ganharão um prêmio do governo por fortalecerem a instituição familiar.

A reportagem é de Gustavo Hennemann e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 22-05-2010.

O anúncio foi feito  pelo presidente do Chile, Sebastián Piñera, católico , que integra o partido de centro-direita Renovação Nacional.

O plano foi divulgado durante a primeira prestação de contas ao Congresso do mandatário, que tomou posse no último mês de março.

Em seu discurso, ele citou Deus cinco vezes e disse que o Chile está em dívida com as famílias, o que exige medidas urgentes para “proteger e fortalecer” os lares do país.

“Estudamos a chance de dar incentivos tributários e prêmios educativos às famílias com mais de dois filhos e premiaremos com um bônus de bodas de ouro os casais que completarem 50 anos de casamento”, disse o presidente.

Ele não disse qual será o valor do prêmio nem como pagará a recompensa.

Piñera também prometeu aumentar os valores repassados a famílias pobres por meio de programas sociais, com o objetivo de estimular os casais a terem mais filhos.

“Não podemos seguir indiferentes ante à diminuição da natalidade e dos casamentos, nem ao fato de nascerem mais crianças fora do que dentro do matrimônio.”

Ele disse ainda que a família, além de formar cidadãos, é o melhor caminho para fortalecer valores, evitar a droga, a delinquência e o alcoolismo.

Durante a prestação de contas, realizada no Congresso chileno, em Valparaíso, o presidente também fez um balanço parcial do plano de reconstrução do Chile, atingido por um forte terremoto no dia 27 de fevereiro.

Segundo o presidente, os prejuízos alcançaram US$ 30 bilhões, o equivalente a 18% do PIB chileno. No entanto, todas as escolas e hospitais danificados já estão em funcionamento novamente.

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Quando teremos no Brasil um presidente assim?

Vamos aproveitar essas eleições para escolher ” o menos ruim”.

Ele venceu o candidato favorito do governo socialista anterior que possuia altissima aprovação popular.

Mesmo assim, Venceu!

Parabéns ao bravo povo chileno!

Quase dez dias após discutir as denúncias de pedofilia envolvendo padres, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) divulgou na quinta-feira (13) um documento de orientação em que reforça a recomendação para que seja evitada a ordenação de homossexuais.

O texto foi dividido em três partes – a primeira trata da formação de novos padres. Diz que a Igreja deve “ater-se” ao documento de 2005, aprovado pela Santa Sé, chamado “Instrução sobre os critérios de discernimento vocacional acerca de pessoas com tendências homossexuais e da sua admissão ao seminário e às ordens sacras”.

O documento define que, “embora respeitando profundamente as pessoas em questão, [a Igreja] não pode admitir ao seminário e às ordens sacras aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente radicadas ou apoiam a chamada cultura gay”.

O objetivo do texto é explicar como agir em casos de denúncias de abusos sexuais que envolvam membros da Igreja.

O assunto foi discutido na Assembleia Geral da CNBB. Padres foram acusados de abuso em São Paulo e Alagoas.

Na quinta, o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, defendeu a recomendação. “A posição da Igreja não pode ser interpretada como se fosse discriminatória, como se fosse de condenação ou de repúdio às pessoas que trazem a característica da homossexualidade.”

“A questão se coloca em outro nível. A Igreja tem direito de estabelecer critérios para conceder o sacramento da ordem, constituir alguém como sacerdote”, completou.

Ainda em relação à formação dos novos padres, a CNBB indicou que deverá ser feita uma “acurada seleção dos candidatos” ao seminário, com testes que permitam a admissão de pessoas “com indispensável saúde física e mental, somada aos atributos de equilíbrio moral, psicológico e espiritual”.

Outra orientação foi a suspensão do padre de suas funções na paróquia quando surgirem denúncias.

No documento fechado na quinta, a CNBB pediu perdão às vítimas de abuso sexual, reconhecendo “o mal irreparável a que foram acometidas”.

Para Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), a posição da Igreja é uma “atitude da idade das trevas”.

Folha Online

A biografia oficial do ator britânico Alec Guinness, que faleceu em 2000, destacou o papel de Deus em sua vida e no processo de conversão.

Guinness foi o ídolo de uma geração em seu papel como o Mestre Jedi Obi Wan Kenobi (Star Wars), mas antes já tinha conseguido enorme prestígio no mundo do cinema, com um Oscar em 1957 por seu papel em The Bridge rio Kwai.

O biógrafo de Guinness, Piers Paul Read, prevê, em seu livro (Alec Guinness: A biografia autorizada), uma atenção especial à fé católica do ator, onde sempre encontrou consolo e crescimento.

A infância de Guinness não foi fácil: nascido em Londres em 1914, não conheceu o pai.

Depois dos estudos, trabalhou um ano numa empresa de publicidade e, em seguida, começou a trabalhar como ator.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Guinness se tornou anglicano e mesmo depois do casamento, cogitou a possibilidade de se tornar padre. Mas então, durante anos na guerra, como oficial da Marinha Real, sentiu que o catolicismo era o verdadeiro “regimento de elite”.

Guinness escreve em seu diário: “Minha alma, meu corpo, meu cérebro precisam de religião. O mundo é muito triste e inexpressivo, sem um sentimento de adoração”.

Quando seu filho, Matthew, teve poliomielite, Guinness fez uma promessa para que Deus o curasse. Matthew se restabeleceu completamente. A partir desse fato, Guinness começa a ler os trabalhos espirituais do Cardeal Newman, Chesterton, Hilaire Belloc, Knox, Charles de Foucauld e Santa Teresa de Ávila.

Merula, sua esposa, declara: “Com todas as suas contradições, sempre havia um núcleo de verdade lá no meio que me fazia lembrar quando nos apaixonamos pela primeira vez. Eu sabia que podia sempre confiar nele “.

As relações entre envolvimento religioso e saúde.

De acordo com levantamento publicado na Revista de Psiquiatria Clínica, no Brasil 83% da população considerara a religião muito importante para sua vida, enquanto 37% da mesma freqüenta serviços religiosos pelo menos uma vez por semana.

O trabalho é da autoria de Alexander Moreira-Almeida, professor adjunto de Psiquiatria e Semiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora e colegas, e foi disponibilizado na edição de janeiro de 2010.

Segundo os autores, para colheita de dados, foram incluídos no estudo 3.007 indivíduos (2,346 adultos com 18 anos ou mais e 661 adolescentes de 14 a 17 anos) de 143 cidades. Foram contemplados por eles critérios religiosos como: filiação, religiosidade organizacional e subjetiva. A filiação religiosa foi avaliada usando questões como ‘qual é sua religião?’ – com respostas possíveis ‘Afro-brasileira (umbanda e candomblé)’, ‘Espiritismo Kardecista’, ‘Catolicismo’, ‘Protestantismo’, ‘outra’ e ‘nenhuma religião’.

Nos resultados da pesquisa, os especialistas destacam que “cinco por cento dos envolvidos declararam não ter religião, 83% consideraram religião muito importante para sua vida e 37% frequentavam um serviço religioso pelo menos uma vez por semana.

As filiações religiosas mais frequentes foram Catolicismo (68%), Protestante/Evangélica (23%) e Espiritismo Kardecista (2,5%). Dez por cento referiram frequentar mais de uma religião. De modo semelhante a estudos em outros países, maior idade e sexo feminino se associaram a maiores níveis de religiosidade subjetiva e organizacional, mesmo após o controle para outras variáveis sociodemográficas”

Para Alexander e colegas, “posto que religiosidade possui várias conexões com saúde, incluindo níveis globais de saúde, mortalidade e uso de serviços de saúde, é muito importante compreender a distribuição da religiosidade na população como um todo e em relação com variáveis sociodemográficas. Nossos achados mostram que a religiosidade se mantém importante para a maioria dos seres humanos, inclusive os brasileiros. Essa importância é ainda maior entre mulheres e idosos, dois grupos com necessidades específicas de cuidados em saúde e para quem a religiosidade é frequentemente um importante modo de lidar com situações estressantes como o adoecimento”.

Para ler o artigo na íntegra, acesse: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832010000100003&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

Jorge ferraz

Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como sociedade, é na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em união com ele, que se encontra, embora, fora da sua comunidade, se encontrem muitos elementos de santificação e de verdade, os quais, por serem dons pertencentes à Igreja de Cristo, impelem para a unidade católica.
[Lumen Gentium, 8 – grifos meus]

Sejamos claros desde o princípio: a Igreja Católica é depositária fiel de uma Doutrina, legada diretamente por Deus, por cuja integridade deve zelar e em cuja transmissão sem acréscimos nem recortes deve Se empenhar até a volta gloriosa de Jesus Cristo, Nosso Senhor. Esta é uma atribuição absolutamente fundamental da Igreja, sem a qual Ela trairia o Seu Divino Fundador e perderia a Sua razão de existir. De modo que é dever da Igreja como um todo e de cada católico em particular ser completamente intransigente na defesa do Depositum Fidei, não tolerando de modo algum nenhuma alteração n’Aquilo que tem o próprio Deus como Autor. Neste sentido, diz São Josemaría Escrivá:

A transigência é sinal certo de não se possuir a verdade. – Quando um homem transige em coisas de ideal, de honra ou de Fé, esse homem é um homem… sem ideal, sem honra e sem Fé.
[Caminho, 394]

Todavia, é o mesmo santo que acrescenta:

Sê intransigente na doutrina e na conduta. – Mas suave na forma. – Maça poderosa de aço, almofadada.
– Sê intransigente, mas não sejas cabeçudo.
[Caminho, 397 – grifos meus]

A “forma” à qual se refere aqui o santo é a maneira como as coisas são ditas. Trata-se de uma aplicação concreta de um princípio mais geral, o qual poderia ser formulado da seguinte maneira: a forma não é o conteúdo. Ou ainda: mudar a forma não implica necessariamente em mudar o conteúdo. E, arrematando: a intransigência católica é quanto ao conteúdo, e não quanto à forma.

O mesmíssimo ensinamento podemos encontrar em São Francisco de Sales:

Uma mulher por nome Glicéria sabia distribuir as flores e formar um ramalhete com tanta habilidade que todos os seus ramalhetes pareciam diferentes uns dos outros. (…) De modo semelhante o Espírito Santo dispõe e arranja com uma admirável variedade as lições de virtude que nos dá pela boca e pela pena de seus servos.

É sempre a mesma doutrina, apresentada de mil modos diferentes. Na presente obra outro fim não temos em mira senão repetir o que já tantas vezes se tem dito e escrito sobre esta matéria. São as mesmas flores, benévolo leitor, que te venho ofertar aqui; a única diferença que há é que o ramalhete está disposto diversamente.
[São Francisco de Sales, “Filotéia”, Prefácio de S. Francisco de Sales. Vozes, 16ª edição, 2008]

Certamente é útil considerar ainda as seguintes palavras de Boulenger:

O papa usa o seu poder doutrinal

a) ora por definições solenes sobre a fé ou os costumes:

b) ora por outro meio qualquer que lhe pareça mais idôneo para instuir os fiéis. (…) Seja qual for o modo que o Sumo Pontífice adotar para dirigir-se aos fiéis, suas palavras sempre devem achar, por parte de todos, o eco mais afetuoso e dócil, a submissão mais sincera e respeitosa.
[Boulenger, “Doutrina Católica – Manual de Instrução Religiosa (adaptado); Primeira Parte: O DOGMA”. 18ª lição: Constituição da Igreja]

E, por fim, sobre este assunto, é-nos salutar procurar ainda o que se diz no Código de Direito Canônico:

A Doutrina Cristã seja apresentada de modo apropriado à condição dos ouvintes e, em razão dos tempos, adaptada às necessidades.
(CIC, Livro III – Do múnus de ensinar da Igreja. Cân. 769)

O fiel católico tem um duplo dever com relação à Doutrina que recebeu da Igreja: por um lado, precisa ser-lhe fiel mas, por outro lado, precisa fazê-la conhecida dos homens de todos os tempos e lugares. Precisa ser apóstolo[o]bedece[r] a exigências ensinadas pela experiência, escolhe[r] os meios convenientes, não se prende[r] a vãos apriorismos nem se fixa[r] em expressões imóveis, quando estas tenham perdido o poder de interessar e mover os homens (Ecclesiam Suam, 48). Repitamos: a fidelidade católica é – em última instância – às realidades expressas pelas fórmulas, e não às fórmulas em si. Que isto seja bem entendido, antes que venham as acusações de que estas idéias incorrem na condenação da Pascendi: não defendemos que se devam “lançar às favas” as fórmulas doutrinárias existentes, nem que elas sejam inúteis, e nem nada disso. Acontece que, se por um lado é certo que as expressões clássicas que nos foram legadas pela Igreja são santas e isentas de erro (e isso ninguém pode negar), por outro lado elas não esgotam a capacidade expressiva humana de maneira que não haja possibilidade de se dizer as mesmas coisas de outra forma.

A Igreja sempre condenou que fossem ditas outras coisas distintas daquilo que Ela ensina; mas nunca proibiu que essas mesmas coisas fossem ditas de formas distintas. e, no cumprimento desta exigência, pode e deve procurar a melhor maneira de fazer a Verdade ser compreendida em Sua integridade. Pode e deve – como nos ensina o Papa Paulo VI –

Há um clássico (e claro) exemplo disso numa passagem da vida de São Paulo. Pregando certa vez aos atenienses, no Areópago, disse o Apóstolo:

Percorrendo a cidade e considerando os monumentos do vosso culto, encontrei também um altar com esta inscrição: A um Deus desconhecido. O que adorais sem o conhecer, eu vo-lo anuncio!
(At 17, 23)

É evidente que Iahweh não é um “Deus desconhecido” (é, ao contrário disso, o Deus que Se revela) e é também evidente que São Paulo não está fazendo “sincretismo religioso” e dizendo que os pagãos já adoravam ao Deus Verdadeiro. Trata-se, ao invés disso, de uma maneira diferente (de oferecer um ramalhete disposto diversamente, diria São Francisco de Sales) de falar sobre o Deus de Abraão e de fazer com que os atenienses entendessem melhor o anúncio do Evangelho. Com isso, alguns homens aderiram a ele e creram (At 17, 34). Se São Paulo não tivesse o discernimento de “traduzir” as expressões do mundo judaico para a realidade pagã grega (que era o seu público-alvo), talvez estes pagãos não se tivessem convertido ao Evangelho. E fica, assim, o ensinamento: é fundamental não se desviar da Doutrina, mas é também fundamental fazer-se entender.

Há um outro exemplo na História da Igreja onde resplandece com clareza o erro de se apegar com intransigência meramente às fórmulas. Trata-se de uma das questões que está relacionada com o Cisma do Oriente do século XI: a questão do Filioque. Como todos sabem, o I Concílio de Constantinopla completou o Credo de Nicéia (Concílio Ecumênico anterior), dando origem ao que passou a ser chamado de Credo Niceno-Constantinopolitano. De acordo com este Concílio:

O Espírito Santo, conforme diz o Segundo Concílio Ecumênico da História da Igreja, procede do Pai. E, no Concílio de Calcedônia (IV Concílio Ecumênico – 451 AD), a Igreja determinou o quanto segue:

Na verdade, este Símbolo [o Niceno-Constantinopolitano], sábio e salutar, bastaria, pela graça de Deus, para fazer conhecer perfeitamente e confirmar as verdades da Fé. Com efeito, este Símbolo dá um ensinamento perfeito a respeito do Pai, do Filho, do Espírito Santo e aos que o acolhem com fé ele mostra o que é a encarnação do Senhor.
[…]
Depois de ter formulado tudo isto com toda a exatidão e atenção, determinou o sagrado Concílio Ecumênico que já não é lícito a ninguém proferir e muito menos redigir ou compôr outra profissão de fé, ou pensar ou ensinar de outra forma.
[Definição de Fé do Concílio de Calcedônia, in “Documentos dos primeiros oito Concílios Ecumênicos”, tradução de Mons. Otto Skrzypczac. 2. ed. revista e ampliada, EDIPUCRS, Porto Alegre, 2000)

Todavia, a princípio pontualmente e, após o século XI, de maneira institucional na Igreja, o Filioque (o Espírito Santo procede do Pai e do Filho) foi introduzido no Símbolo. O que nos interessa  é o seguinte: a fórmula original (qui ex Patre procedit) foi alterada, no decorrer dos séculos, dando origem assim à fórmula atual (qui ex Patre Filioque procedit). Oras, isto não significa, evidentemente, que o conteúdo do Depositum Fidei foi alterado [posto que afirmar isso é afirmar que as portas do Inferno prevaleceram sobre a Igreja]; então, significa que a Igreja reconhece a Sua potestade de exprimir as verdades de Fé com as fórmulas que julgar por bem prescrever. O acréscimo do Filioque foi um dos motivos alegados pelos orientais para o Grande Cisma do século XI. Afirmar, portanto, que a Igreja não pode mudar a maneira de expressar a Doutrina – porque a Doutrina em Si é inalterável, mas o modo de exprimi-la, não – é, assim, coisa de cismático ortodoxo, e não de católico romano.

Concluamos: se os santos reconhecem, com palavras e gestos, a licitude de se pregar o Evangelho da maneira mais adequada ao ouvinte; se o Direito Canônico prescreve a mesma coisa; se os autores dos manuais clássicos reconhecem que o Papa usa o seu poder doutrinal por qualquer meio que lhe pareça conveniente; se há, na História da Igreja, precedentes para a substituição, por parte do Magistério, de uma fórmula doutrinária válida por outra igualmente válida; se é assim, então, não há motivo algum para que se questione a expressão utilizada pelo Concílio Vaticano II, posta em epígrafe, segundo a qual a Igreja de Cristo subsiste (subsistit in, ao invés de est, como já fora anteriormente definido) na Igreja Católica.

De maneira análoga ao que ocorre com o Credo de Constantinopla, a nova expressão não “revoga” a antiga; explicita-a, complementa-a, di-la de outra maneira, mas não a contradiz. Permanece verdade que a Igreja de Cristo é (est) a Igreja Católica, e o subsistit in não vem abrogar e nem muito menos condenar a expressão anterior. Os que defendem semelhante tese – quer para apoiá-la, como é o caso dos modernistas, quer para condená-la, como é o caso dos rad-trads – incorrem em grave erro, ou por defenderem que a Doutrina pode ser alterada, ou por postularem que o Papa não tem autoridade para exprimir as mesmas verdades de Fé diversamente das fórmulas consagradas pelos que o precederam. Contra ambos ergue-Se a Igreja, único farol seguro a guiar constantemente no meio das tempestades da vida. Acheguemo-nos a Ela e, em Seu seio, saibamos estar ao abrigo de todos os erros e heresias, porque é ouvindo-Lhe a voz e respondendo-Lhe docilmente que estaremos no caminho estreito que conduz à Salvação e à Glória, na fidelidade a Jesus Cristo Nosso Senhor; fidelidade esta que não se consegue a não ser no amor e na submissão filial à Igreja Católica, Esposa de Cristo, nossa Mãe e nossa Glória.

]As missões católicas e a emigração tiveram um papel fundamental na divulgação do culto mariano, incluindo a devoção a Fátima, nas ex-colónias portuguesas, países maioritariamente católicos. Há em todo o mundo 911 igrejas e 267 santuários dedicados a Fátima.

“As missões foram muito importantes para a difusão do culto mariano, como à Virgem de Fátima, nos países lusófonos’, disse à agência Lusa o historiador José Eduardo Franco.

Para o especialista em História Religiosa e doutorado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, ‘a devoção a Nossa Senhora está profundamente ligada a Portugal desde a sua fundação e à identidade nacional portuguesa, que levou ao surgimento de vários templos e congregações marianas’.

“Os missionários, cheios desta espiritualidade mariana, levaram-na consigo [para as ex-colónias], sendo uma marca da presença portuguesa, e realizaram a divulgação do culto a Nossa Senhora”, disse José Eduardo Franco, acrescentando que isso já acontecia mesmo antes das aparições de Fátima (1917), que só vieram a reforçar esta devoção.

“O culto mariano e Fátima são mais facilmente aceitas – por apresentar um elemento feminino, maternal, uma figura que unifica – pelos povos africanos ligados a estas missões católicas”, indicou ainda o sociólogo Moisés do Espírito Santo, professor jubilado da Universidade Nova de Lisboa.

Paulo Mendes Pinto, diretor da área de Ciências da Religião da Universidade Lusófona, sublinhou que as comunidades emigrantes também tiveram um papel importante e, já nos anos de 1920, “levavam ao mundo o culto à Nossa Senhora de Fátima”.

“Hoje encontramos o culto a Fátima espalhado pelo mundo lusófono mais direto onde existem comunidades emigrantes, como em França, Canadá e Estados Unidos”, acrescentou Mendes Pinto.

Existem 41 santuários de Fátima no Brasil – um dos maiores países católicos do mundo -, além de seis em Moçambique (Nossa Senhora da Conceição é a padroeira do país, como em Portugal e Timor-Leste) e cinco em Angola (a padroeira é o Imaculado Coração de Maria), sendo que no mundo há 911 igrejas e 267 santuários dedicados a Fátima.

Os brasileiros sempre tiveram grande devoção a Maria, sendo a sua padroeira Nossa Senhora Aparecida.

Os católicos de Cabo Verde, que são a maioria da população, estão a programar a inauguração de mais uma igreja de Nossa Senhora de Fátima (remodelada a partir de uma antiga capela), na Ilha do Fogo, a 16 de maio. A padroeira de Cabo Verde é Nossa Senhora das Graças, sendo feriado oficial nacional.

Em São Tomé e Príncipe, onde há muitas igrejas dedicadas a Maria, são festejados os dias das Senhoras de Fátima, de Guadalupe, Peregrina, das Neves, de Nazaré e do Bom Despacho, entre outras.

Timor-Leste é um país que tem forte influência da Igreja Católica e o bispo emérito de Díli, Ximenes Belo, foi galardoado com o prémio Nobel da Paz em 1996, juntamente com o atual presidente timorense, José Ramos-Horta, pelo trabalho na busca de soluções para o conflito timorense com a Indonésia naquela altura.

A Guiné-Bissau é a exceção entre as ex-colónias, já que tem como religiões principais o islamismo e as crenças animistas, sendo uma minoria da população católica (cerca de 5 por cento). A padroeira católica do país é Nossa Senhora da Candelária.

Ansa.

O número de católicos aumentou 33,02% entre 2000 e 2008, principalmente na África, e um pouco menos na América (10,93%), enquanto na Europa o percentual se manteve estável, segundo estatísticas oficiais da Igreja Católica divulgadas nesta terça-feira pelo Vaticano.

A presença de católicos no mundo passou, em oito anos, de 1,045 bilhão no ano de 2000 a 1,166 bilhão em 2008, com uma variação relativa de +11,54%.

Numa leitura dos dados de forma diferenciada, observa-se que, na África, foi registrado um incremento de 33,02%, com os católicos passando de 130 milhões em 2000 a 173 milhões em 2008.

Na América, passaram de 519 milhões a 576 milhões no mesmo período estudado.

Na Europa, a situação manteve-se estável (+ 1,17%); na Ásia, o incremento foi de 15,61% e na Oceania, de 11,39.

Devido à crise de vocações, a população sacerdotal diminuiu 7,63% na Europa, enquanto a África registrou um aumento de 31,09% e, a Ásia, de 23,77%.

Na América, o número de sacerdotes se mantém estável.