Foram divulgados à imprensa, nesta terça-feira, os dados salientes contidos no novo Anuário estatístico da Igreja 2010, editado pela Livraria Editora Vaticana.

Aumentam os católicos batizados: de 1 bilhão e 45 milhões no ano 2000 a 1 bilhão e 166 milhões em 2008. Esse foi o arco de tempo levado em consideração no Anuário 2010 para avaliar as tendências de maior relevo para a Igreja Católica nos cinco continentes e nos vários países.

O crescimento em termos percentuais é de 11,54, pouco superior ao crescimento da população mundial, que é de 10,77.

Portanto, uma situação de estabilidade, embora na África se registre o maior incremento, que é de 33%, enquanto na Europa é de somente 1,17%. Cresce também em 10% o número dos bispos, passando de 4.541 para 5.002, em maior medida na Ásia e África, enquanto cresceu também o total de sacerdotes, embora com um incremento inferior a 1% em média, com crescimento de 33,1% na África e 23,8% na Ásia, com decréscimo de – 7% e – 4% na Europa e Oceania, respectivamente.

A maior perda se registra no âmbito dos sacerdotes religiosos, que passaram de 139.397 no ano 2000, para 135 mil em 2008, enquanto os sacerdotes diocesanos aumentaram passando de 265.781 para 272.431.

Registra-se uma pequena redução também entre os religiosos não sacerdotes, que diminuíram em 1416 unidades; e as religiosas, que eram 740 mil em 2008, o dobro dos sacerdotes, mas em diminuição de 7,75% em relação ao ano 2000.

Por sua vez, os estudantes de Filosofia e Teologia nos institutos diocesanos e religiosos aumentaram 28,6%, passando de 110 mil para 177 mil, e assim cresceu também o número de diáconos permanentes, que registrou um aumento de 33,7%, passando dos 28 mil no ano 2000, para 37.203 em 2008. (RL)

Fonte: Rádio Vaticano

Pichação feita por vândalos na estátua do Cristo Redentor.

Sem comentários…

A Conferência Episcopal dos EUA informou que, este ano, cerca de 150 mil as pessoas entrarão para a Igreja católica, entre convertidos, que receberão os sacramentos da iniciação cristã, e cristãos que entrarão em plena comunhão com a Igreja Católica.

A maioria entrou para a Igreja Católica por ocasião da Vigília Pascal, no dia 11 de abril, em numerosas paróquias rurais e urbanas de todo o país.

As várias comunidades estão se preparando para as festividades pascais, repletas de simbolismos, que marcarão a entrada dos “neófitos” nas novas realidades eclesiais de fé.

Os números mostram o aumento e a vitalidade da Igreja Católica, onde, tradicionalmente, é uma minoria. Segundo o “Official Catholic Directory”, em 2007 foram quase 50 mil os batizados de adultos, enquanto 87.363 cristãos adultos completaram seu itinerário de iniciação cristã e entraram em plena comunhão com a Igreja Católica.

Fonte: Rádio Vaticano.


Muitos de nós não entendemos bem o lugar da tradição na Igreja e sua relação com as Sagrdas escrituras e com o Magistério.

Segue esse estudo para nossa leitura e entendimento. Bem interessante.

***

Renato Salles

Existem na Igreja Católica duas fontes de Revelação:

1 – A Sagrada Escritura
2 – A Sagrada Tradição


O que é a Tradição?

Tradição vem do latim tradere que significa transmitir. “A Tradição é a palavra de Deus não-escrita, mas ensinada de viva voz por Jesus Cristo e pelos Apóstolos que chegou sem alteração, de século em século, por meio da Igreja, até nós.” (Catecismo Maior de São Pio X, 2005 p. 211) Em outras palavras Jesus ensinou de viva voz aos apóstolos que transmitiram aos primeiros bispos e estes porventura transmitiram aos seus sucessores e assim por diante.

É um erro pensar que apenas a Sagrada Escritura é fonte de Revelação como fazem os protestantes pois os evangelistas não escreveram todas as verdades que haviam aprendido de Nosso Senhor: “E tem também outras muitas coisas que fez Jesus, que se fossem escritas cada uma delas, não caberiam no mundo tantos livros que se haveriam de escrever.” (Jo 21,25).

Cristo não mandou os apóstolos escreverem um evangelho para propagar sua doutrina, mas sim de pregá-la de viva voz: “E lhes disse: Vão por todo o mundo; prediquem o Evangelho a toda criatura.”( Mc 16,15). São Paulo mesmo já dizia “A Fé vem pelo ouvido” (Rm 10, 17). Por exemplo, São Lucas nos diz em seu evangelho que Nosso Senhor passou, depois de sua ressurreição, 40 dias instruindo os seus apóstolos sobre o reino do Céu, ou seja, sobre sua Igreja, mas o evangelho não diz quais foram estas instruções. O próprio símbolo dos apóstolos (o credo) foi ensinado de viva voz e recitado de memória até o século VI. Todavia, alguns apóstolos escreveram uma parte do ensino de Nosso Senhor, mas aqueles não o apresentam como um corpo completo de sua doutrina, mas apenas fatos principais de sua vida e alguns pontos de Fé e de Moral.

Um outro ponto interessante é que a Tradição é provada até pelos adeptos do Sola Scriptura, pois a própria aceitação da Bíblia como livro de inspiração divina chegou até nós por Tradição. A substituição do sábado pelo domingo como dia do Senhor é outro exemplo de Tradição que chegou até nós e que é, também, aceita pelos protestantes.

Meios onde se encontram consignadas os ensinamentos da Tradição

As verdades ensinadas oralmente pelos apóstolos foram escritas mais tarde e transmitidas por diversos meios. Estes meios são:

a) os Símbolos –> o símbolo dos Apóstolos, de Nicéia, de Santo Atanásio.

b) os Concílios –> os concílios gerais são a voz da Igreja universal. Todos embasaram suas decisões sobre o ensinamento anterior e particularmente sobre as dos primeiros séculos. Sua doutrina não pode diferir da dos apóstolos.

c) Escritos dos Santos Padres –> Os escritos dos santos padres são o grande canal da Tradição Divina. Chamam-se Padres da Igreja os escritores eclesiásticos dos primeiros séculos reconhecidos como Testemunhas da Tradição. Para se requerer este titulo são necessárias quatro condições:
1 – uma doutrina sublime
2 – uma santidade notável
3 – uma remota antiguidade
4 – o testemunho da Igreja

Os primeiros padres que escreveram a tradição apostólica são:

– Clemente de Roma,100 DC
– Santo Inácio de Antioquia, 107 DC
– São Policarpo, 166 DC
– São Justino, 166 DC
– Santo Irineu, 202 DC
– São Clemente de Alexandria, 217 DC
– Entre outros

Tertuliano, Orígenes e Eusébio, etc, não são mais que escritores eclesiásticos, pois não são santos. Se às vezes se dá o nome de Padres é por sua antiguidade e pelo brilho de sua doutrina.

Os Padres da Igreja se dividem em 2 categorias: Padres Gregos e Latinos.

Principais Padres Gregos


– Santo Atanásio, patriarca de Alexandria (296-373)
– São Basílio, arcebispo de Cesareia (329-379)
– São Gregório, arcebispo de Nacianzo (329-389)
– São João Crisóstomo, arcebispo de Constantinopla (347-407)

Principais Padres Latinos

– Santo Ambrosio, arcebispo de Milão (340-397)
– Santo Hilário, bispo de Poitiers, morto em 367
– São Jerônimo, presbitero, tradutor da Biblia (346-420)
– Santo Agostinho, bispo de Hipona (358-430)
– São Gregório Magno, Papa (543-604)

Enquanto Testemunhas da Tradição, os Padres possuem uma autoridade especial. Quando vários apresentam uma doutrina como pertencente à Tradição Apostólica, aquela merece o assentimento de nossa Fé, pois é impossível que autores de diversos séculos, de diversas localidades diferentes estejam de acordo ao colocar em suas obras as mesmas crenças se não as receberam por Tradição.

d) os Livros litúrgicos –> o missal, o pontifical, o ritual, o breviário etc contém as orações, cerimônias em uso para o Santo Sacrifício, para administração dos sacramentos etc. Estes livros que datam dos primeiros séculos, tem suma importância, pelo testemunho da fé de toda a Igreja.

e) Atas dos mártires –> Estas atas, por nos fornecer as verdades que os mártires selaram com seu sangue, nos mostram provas incontestáveis da fé primitiva da Igreja.

f) Monumentos públicos –> As inscrições gravadas nos sepulcros ou nos monumentos públicos, testemunham a crença dos primeiros cristãos acerca do batismo das crianças, a invocação dos Santos, o culto das imagens e das relíquias, etc. Os confessionários encontrados nas Catacumbas de Roma provam a divina instituição da confissão sacramental.

4) A autoridade da Sagrada Tradição

A Sagrada Tradição possui a mesma autoridade da Sagrada Escritura, pois é igualmente palavra de Deus, pois consiste nas verdades que Deus nos revelou e que são conservadas mediante o ensinamento infalível da Igreja. Em sentido lato, ela, inclusive, contém a Bíblia dado que a própria Bíblia foi considerada pelo Magistério da Igreja de inspiração divina por causa da Tradição, já que esta é anterior àquela. Em sentido estrito, ela se refere apenas ao conjunto de ensinamentos extra-biblicos.

A Tradição pode ser dividida em tradição objetiva e tradição subjetiva:

1 – tradição objetiva à é o conjunto de verdades transmitidas
2 – tradição subjetiva à é órgão por meio do qual se transmite estas verdades. Este órgão é o Magistério da Igreja.

É bom lembrar que a Igreja não inventa uma tradição nova, ela, através de seu Magistério, apenas explicita, clareia um dado da Revelação – seja da Sagrada Escritura, seja da Tradição – para a crença dos fieis, pois muitas vezes os ensinamentos contidos na Sagrada Escritura ou na Tradição são de difícil interpretação e acabam por dar origem a interpretações contrárias. Faz-se necessário também distinguir entre uma tradição que é puramente humana das Tradições Divinas. Para isto deve-se seguir algumas regras como as seguintes:

I – Toda a doutrina não contida na Sagrada Escritura e admitida como de Fé pela Igreja, pertence à Tradição Divina. É segundo esta regra que reconhecemos os livros canônicos por exemplo.

II – Todos os costumes da Igreja que se encontram em todos os séculos passados, sem que se possa atribuir sua instituição a nenhum concilio nem a nenhum papa, deve ser considerada como de instituição apostólica como por exemplo o sinal da cruz.

III – O assentimento unânime ou quase unânime dos Santos Padres acerca de um dogma ou de uma Lei que não pode ser encontrada na Sagrada Escritura, é um sinal infalível que este Dogma ou esta Lei são de Tradição Divina.

Referências

_P.A. HILLAIRE. La Religion demonstrada.

Durante o congresso UNIV 2010 de Roma

O Papa Bento XVI convidou os universitários hoje a refletirem sobre a formação de uma “mentalidade católica universal”, ao saudar, em italiano, um nutrido grupo de estudantes e professores, durante a audiência geral na Praça de São Pedro.

Os universitários – um grupo de aproximadamente 4 mil pessoas procedentes de diversos países – participam nestes dias do 43º Congresso Internacional, realizado anualmente em Roma pela prelazia pessoal do Opus Dei.

O título do congresso UNIV deste ano é: “O cristianismo pode inspirar uma cultura global?”.

O Papa especificou que esta mentalidade católica universal é a que Josemaria Escrivá descrevia como “amplitude de horizontes e aprofundamento vigoroso do que está permanentemente vivo na ortodoxia católica”.

Após cumprimentá-los particularmente em espanhol, inglês e português, o Pontífice se dirigiu a eles em italiano para exortá-los a que “cresça em cada um o desejo de encontrar Jesus Cristo pessoalmente, para dar testemunho d’Ele com alegria em cada ambiente”.

Após a audiência, uma delegação dos universitários entregou ao Papa uma carta de agradecimento e solidariedade, assinada pelo presidente do Fórum UNIV 2010, o austríaco Robert Weber.

Na carta, ele agradece ao Papa por ter convocado o Ano Sacerdotal e mostra seu apoio diante dos últimos escândalos referentes a membros do clero.

“Vemos que muitos aproveitam a ocasião de fatos dolorosos para a Igreja e para o Papa para semear dúvidas e suspeitas. A estes semeadores de desconfiança queremos dizer com clareza que não aceitamos sua ideologia. Nós os respeitamos, mas exigimos deles o respeito pela nossa fé e pelo direito que temos de viver como cristãos em uma sociedade pluralista.”

A carta acrescenta: “Cada um de nós, também quem não tem o dom da fé, conhece diretamente inúmeros sacerdotes, capelães universitários, párocos, diretores espirituais e confessores. Nós os conhecemos pessoalmente, não por meio dos jornais, e estamos agradecidos por sua presença disponível, eficaz, sacrificada, aberta a todos”.

O texto termina agradecendo ao Papa pelo seu convite a seguir Cristo “com uma doação total, sem nos deixarmos intimidar pelo palavreado das opiniões dominantes”.

Os encontros UNIV nasceram em 1968, sob a inspiração e incentivo de São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei. Desde então, todos os anos, seus participantes foram recebidos pelos papas, começando por Paulo VI. O texto das suas alocuções está disponível em www.univforum.org.

Os participantes, estudantes procedentes de 30 universidades italianas e de outras 200 espalhadas pelo mundo, trabalham durante uma semana sobre o tema proposto e participam de diversas atividades culturais em Roma.

Zenit

Um milionário britânico anunciou a doação de quase toda sua fortuna, estimada em 480 milhões de libras (cerca de R$ 1,3 bilhão), para pagar uma promessa feita quando era jovem e pobre.

Albert Gubay, de 82 anos, diz ter feito um “acordo com Deus” quando trabalhava como vendedor de rua na juventude, para torná-lo milionário.

Em troca, segundo declarações feitas há alguns anos a um programa de TV, ele prometeu dividir “meio a meio” sua fortuna, acumulada com a venda da cadeia de supermercados Kwik Saver, fundada por ele, e por investimentos em imóveis e em uma rede de academias de ginástica.

“Faça-me um milionário, e você poderá ter metade de meu dinheiro”, prometeu ele, segundo contou no programa.

Agora, porém, ele decidiu doar quase tudo, ficando com pouco menos de 10 milhões de libras (R$ 27 milhões) para si.

Doações

Gubay passou sua fortuna para o nome de uma fundação que ficará encarregada de distribuir suas doações para caridade. Metade do dinheiro irá para a Igreja Católica, para cumprir com seu acordo.

Mesmo após a doação de sua fortuna, o milionário deverá continuar à frente de suas empresas e disse esperar conseguir elevar o montante de suas doações para mais de 1 bilhão de libras até morrer.

Em 2009, Gubay havia sido listado pela revista Forbes como a 647ª pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna estimada então em US$ 1,1 bilhão, mas ficou fora da lista de bilionários da revista neste ano, por causa da desvalorização da libra, que derrubou o valor nominal de sua fortuna em dólares.

BBC

Um estudo assinalou que o crescimento dos latinos nos EUA desde 1990 a 2008 impulsionou a Igreja Católica no país, mas as novas gerações deste setor são mais propensas a ser religiosamente diversas.

O estudo se intitula “Identificação Religiosa dos Latinos nos EUA 1990-2008: Crescimento, Diversidade e Transformação”, e é uma extensão da “Pesquisa de Identificação Religiosa Americana (ARIS 2008 por suas siglas em inglês)”, realizado pelo Juhem Navarro-Rivera.

O relatório indica que entre 1990 e 2008, a entrada de 9 milhões de católicos latinos representou a maioria dos onze milhões de católicos adicionais nos EUA. Quer dizer, os latinos são em 2008 32 por cento de todos os católicos, comparado com 20 por cento de 1990.

Entretanto, também se adverte que igual à população adulta americana, a porcentagem de latinos identificados com qualquer uma das denominações cristãs no país se reduziu de 91 por cento em 1990 a 82 por cento em 2008.

Esta tendência é contrária ao número de pessoas que não se identificam com religião alguma, o qual se quadruplicou, passando de quase 900 mil (seis por cento), a quase 4 milhões (12 por cento) em 2008.

Do mesmo modo, identificou-se que quanto mais tempo vivem nos EUA, os latinos tendem a ser menos católicos.

Com respeito ao matrimônio, os dados indicam que a percentagem de solteiras que convivem fora do matrimônio civil ou religioso, varia de 15 por cento entre as pessoas sem religião, a 11 por cento entre os católicos e 7 por cento entre outras denominações cristãs.

O prova litográfica Identificação Religiosa dos Latinos nos EUA 1990-2008: Crescimento, Diversidade e Transformação (em inglês), está em: www.americanreligionsurvey-aris.org/latinos2008.pdf

Paul Richardson, “bispo” auxiliar da diocese anglicana de Newcastle, na Inglaterra, foi recebido na plena comunhão da Igreja Católica, em cerimônia realizada na capela da Universidade de Durham, no mês passado.

Richardson não planeja pedir ordenação sacerdotal ou episcopal, nem, por enquanto, unir-se a um dos ordinariatos para ex-anglicanos criados pelo Papa Bento XVI. Por ora, quer ser apenas um fiel católico comum.

Mais detalhes no link acima ou em uma nota em espanhol que pode ser lida aqui.

Perto de 18 mil fiéis detiveram através do correio eletrônico uma exposição fotográfica que ia se realizar no Centro de Cultura Contemporânea da Universidade de Granada (UGR), e que mostrava um Cristo homossexual, uma Virgem prostituta, São José como um camelo e situava o Nascimento de Cristo em um bordel.

A protesta cívica se deu logo que a plataforma cidadã Hazteoir.org (HO, em português “Faça-se ouvir”), alertara sobre a exposição “Circus Cristi”, promovida pela UGR.

HO informou que em apenas quatro horas a UGR recebeu 18 mil correios eletrônicos exigindo a retirada do seu apoio à amostra.

Nesse mesmo dia o reitorado anunciou sua suspensão.

***

A impressão pessoal que tenho é que  nós Católicos não sabemos a força que temos.

Para ser sincero, acho que de maneira geral somos medrosos e omissos e não assumimos nossa fé diante da sociedade, caindo na tentação – tão combatida pelo Papa- de reduzir a fé é algo “intimo e privado” e de que  não deve se manifestar diante da sociedade e do mundo.

A fé precisa se expressar em nossos valores pessoais mas também nos valores socias já que somos um pais de 90%  de cristãos, sendo 70% de católicos.

NÃO DÁ PRA FICAR VENDO “A BANDA PASSAR” E A GENTE APENAS LAMENTAR..

Cerca de 200 mil pessoas foram à Basílica de Santo Antônio de Pádua de 15 a 20 de fevereiro para acompanhar a ostensão excepcional do corpo do santo.“O surpreendente é que todas essas pessoas – era uma procissão interminável – tinham a percepção clara, não de encontrar-se diante de um morto, um esqueleto ou alguns ossos, mas perante uma pessoa que está viva”, explicou à Rádio Vaticano o vigário geral da diocese de Pádua, Dom Paulo Doni.

As oitenta horas de exposição dos restos mortais de Santo Antônio provocaram “um movimento espontâneo por parte de muitas pessoas, e não só da cidade e da diocese, mas de muitos outros lugares da Itália e também do exterior”, disse.

Para o bispo, a resposta à ostensão excepcional mostra que “as pessoas têm uma grande necessidade de ter um ponto de referência espiritual, de uma pessoa”.

E se deve “à presença de uma pessoa – neste caso Antônio – que não é do passado, mas do presente”, segundo “a grande verdade que é a comunhão dos santos”, que “supera o tempo e o espaço”.

Segundo o vigário geral de Pádua, Santo Antônio de Pádua representou, em seu tempo e ainda hoje, o amor aos pobres, à justiça e à lei.

Os restos mortais de Santo Antônio foram expostos na Capela das Relíquias da Basílica Pontifícia do santo em Pádua.

O Corpo de Santo Antônio esteve visível em uma urna de vidro, depois de 29 anos de seu último reconhecimento canônico e médico-científico, em 1981, 750 anos depois da morte do santo.

A ostensão da semana passada coincidiu com a festa litúrgica do traslado de Santo Antônio, que se celebra a 15 de fevereiro. A festa recorda o primeiro traslado do corpo do santo, que teve lugar a 8 de abril de 1263, por obra de São Boaventura (que encontrou naquela ocasião a língua incorrupta), e a de 15 de fevereiro de 1350, quando a tumba do santo ocupou seu lugar definitivo na atual Capela da Arca.

***

A força da fé e da fé católica !

O Secretário de estado Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, e o Arcebispo Fernando Filoni, Substituto para os Assuntos Gerais, apresentaram no fim de semana ao Papa Bento XVI a edição do Anuário Pontifício de 2010. Neste documento se indica, entre outros importantes dados, que os católicos no mundo aumentaram em 19 milhões.

Entre 2007 e 2008, assinala o anuário, os católicos no mundo passaram de 1,147 bilhões para 1,166 bilhões, com um aumento de 19 milhões de fiéis, quer dizer, 1,7 por cento.

Destaca-se ademais que em 2009, o Papa erigiu 8 sedes episcopais e uma prelatura territorial; foi elevada a diocese uma prelatura territorial e 3 prefeituras a vicariatos apostólicos. Do mesmo modo, nomearam-se 169 novos bispos.

Entre 2007 e 2008 os bispos passaram de 4 946 a 5 002. Por isso concerne ao número de presbíteros, tanto diocesanos como religiosos, aumentaram nos nove últimos anos, passando de 405 178 em 2000 a 409 166 em 2008.

A dinâmica desta cifra, entretanto, é distinta em cada continente: enquanto na África, Ásia e América crescem as vocações sacerdotais, na Europa diminuíram, passando de 51,5 por cento aos 47,1 por cento, e na Oceania se mantêm estáveis.

Entre o pessoal que colabora na atividade pastoral dos bispos e sacerdotes, as religiosas constituem o grupo mais numeroso. Se em 2000 eram 801 185, em 2008 passaram a ser 739 067. Na Europa e América se concentra a maior porcentagem de religiosas: 40,9 por cento e 27,5 por cento, respectivamente.

As maiores diminuições se percebem nestes continentes e na Oceania, enquanto que na África e na Ásia aumentaram 21,2 por cento e 16,4 por cento, respectivamente. Embora estes números rebatam o decréscimo, não chegam a anulá-lo totalmente.

Em relação aos candidatos ao sacerdócio, houve um aumento, passando de 115 919 em 2007 a 117 024 em 2008, com uma evolução diferente em cada continente. Enquanto na África, Ásia e Oceania cresceram respectivamente 3,6 por cento, 4,4 por cento e 6,5 por cento, na Europa diminuíram 4,3 por cento e América se mantém invariável.

Entre 2007 e 2008, o número de fiéis batizados no mundo aumentou consideravelmente, passando dos 1,147 bilhões para 1,166 bilhões, um aumento total de 19 milhões de fiéis e percentual de 1,7%. Comparando estes dados com a evolução da população mundial no mesmo período, que passou de 6,62 para 6,70 bilhões de pessoas, se observa que a incidência de católicos a nível mundial teve um ligeiro aumento, entre 17,33 e 17,40 por cento.

Este é apenas um dos dados apresentados pelo Anuário Pontifício 2010.
As estatísticas referentes ao ano de 2008 fornecem uma análise sintética das principais tendências relativas à Igreja Católica nas 2.945 circunscrições eclesiásticas do planeta.A partir de 2009, foram erigidas pelo Santo Padre oito novas sedes episcopais e uma Prelazia; uma Prelazia foi elevada a Diocese e três Prefeituras a Vicariatos Apóstolos. No total, foram nomeados 169 novos bispos.

Entre 2007 e 2008, o número de bispos aumentou globalmente em 1,13%, passando dos 4.946 para 5.002. O aumento foi significativo na África (+ 1,83%) e nas Américas (1,57%), enquanto na Ásia (1,09%) e na Europa (0,70%) os valores estão bem abaixo da média global. A Oceania registrou, no mesmo período, uma taxa de variação de -3%. No entanto, tal diferença não causou alterações significativas na distribuição dos bispos por continente.

A situação numérica dos sacerdotes, seja diocesanos ou religiosos, continua a mostrar, globalmente, uma evolução positiva, mas ainda moderada e em torno de 1% no período entre 2000 e 2008.

Os sacerdotes, diocesanos e religiosos, de fato, aumentaram nos últimos nove anos, passando de 405.178 em 2000 para 408.024 em 2007 e 409.166 em 2008. A distribuição do clero entre os continentes, em 2008, é caracterizada por uma elevada prevalência de padres europeus (47,1%), enquanto os americanos são 30%; o clero asiático responde por 13,2%, o africano por 8,7% e o da Oceania por 1,2%.Entre 2000 e 2008, não se alterou a incidência relativa aos sacerdotes na Oceania; ao contrário, cresceu o número do clero africano, asiático e americano, enquanto o clero europeu visivelmente diminuiu de 51,5 para 47,1%.

No rol dos trabalhadores religiosos que auxiliam a atividade pastoral dos bispos e padres, os religiosos professos constituem o grupo de maior peso numérico. Tais religiosos, que eram 801.185 no mundo todo em 2000, diminuíram gradualmente, de tal modo que, em 2008, havia 739.067 (com uma diminuição relativa no período de 7,8%). Destaca-se que o grupo mais numero de religiosos professos encontra-se na Europa (40,9%) e na América (27,5%), e que as diminuições mais significativas ocorreram igualmente na Europa (- 17,6%) e na América (-12,9%), assim como na Oceania (-14,9%), enquanto na África e na Ásia houve um aumento significativo (+21,2% e 16,4%, respectivamente), que contrabalançaram a redução antes apresentada, mas não ao ponto de anulá-la.

Em nível global, o número de candidatos ao sacerdócio aumentou, passando de 115.919 em 2007 para 117.024 em 2008. No biênio, houve uma taxa de crescimento de cerca de 1%. Esta mudança foi positiva na África (3,6%), na Ásia (4,4%) e na Oceania (6,5%), enquanto a Europa registrou uma diminuição de 4,3%. A América apresenta uma situação de estabilidade.

Apresentação ao Papa

Os dados foram apresentados ao Santo Padre na manhã deste sábado, 20, pelo secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, e pelo substituto do secretário de Estado para Assuntos Gerais, Dom Fernando Filoni.

A redação do novo anuário esteve aos cuidados do responsável do Escritório Central de Estatísticas da Igreja, monsenhor Vittorio Formenti, do professor Enrico Nenna e de outros colaboradores.

O complexo trabalho de impressão esteve aos cuidados de Dom Pedro Migliasso, S.D.B., Antonio Maggiotto e Giuseppe Canesso, respectivamente Diretor Geral, Diretor Comercial e Diretor Técnico da Tipografia Vaticana.

O Santo Padre expressou sua gratidão, mostrando grande interesse pelos dados apresentados e expressando sua grande gratidão a todos os que contribuíram para a nova edição do Anuário.