Um documento exibido no Brasil no canal da TV cabo Discovery Channel , afirma ter identificado o túmulo onde foram enterrados Jesus Cristo, seus pais, Maria e José, e Maria Madalena.

Esse documentário apresentado no inicio deste ano na época da quaresma, voltou a ser apresentado nestes dias,claro, por causa do natal..

Intitulado The Lost Tomb of Jesus (O Túmulo Perdido de Jesus), o documentário foi produzido por James Cameron, director do filme Titanic, e pelo arqueólogo Simcha Jacobovici para o canal, com três anos de preparação. No entanto, a comunidade científica ironizou o seu conteúdo, classificando-o como “falso” e “apenas um chamariz publicitário para um futuro livro a ser lançado pelo cineasta”.

O suposto túmulo, do qual originou o documentário, foi encontrado em 1980 no subúrbio de Talpiot, em Jerusalém. Na ocasião, os arqueólogos encontraram dez caixões (repositórios de ossos) e três crânios. Em alguns dos esquifes havia inscrições que foram traduzidas como “Jesus, filho de José”; “Judá, filho de Jesus”; “Mariamne”; “Maria”; “José” e “Mateus”. Testes de DNA nos resíduos dos ossos verificaram que não havia parentesco entre os ossos de Jesus e de Mariamne. Com isso, Cameron concluiu que ambos só poderiam ocupar a mesma tumba se fossem casados. Além disso, passou a defender que Mariamne seria o nome verdadeiro de Maria Madalena. Em outras palavras, o documentário de Cameron e Jacobovici tenta relacionar os nomes encontrados aos da família da Jesus e argumenta que Jesus e Maria Madalena foram casados e tiveram um filho (Judá).

Após o lançamento do documentário a comunidade científica no Brasil e no exterior manifestou-se contrária aos argumentos de Cameron e Jacobovici. Em opinião unânime, especialistas afirmam serem absurdas as teorias apresentadas. Sem considerar a tentativa de colocar em dúvida a ressurreição de Cristo, os arqueólogos afirmam que, histórica e arqueologicamente, é impossível Cameron e Jacobovici provarem tais fatos.

Comunidade científica ironiza

Historiador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos principais especialistas brasileiros sobre a vida de Jesus, André Chevitarese afirma que é preciso encarar com muito ceticismo o anúncio da descoberta da suposta tumba de Cristo. Segundo ele, Jesus seria virtualmente invisível para um arqueólogo de hoje. Em entrevista ao site G1, Chevitarese explica que “não só ele (Jesus), como quase toda a primeira e segunda geração de cristãos eram pessoas periféricas, gente muito simples, de origem rural, que seriam incapazes de deixar restos materiais claros de si mesmos” por não terem condições financeiras de terem uma tumba como a de Cameron mostrou.

Sendo assim, os ossários apresentados por Cameron,como o local do último descanso de Jesus, sua mãe Maria e sua suposta esposa Maria madalena, estaria muito acima das possibilidades financeiras de alguém como Ele. A decoração em alguns dos ossários aponta para uma família da classe média alta, e não para camponeses da Galileia.

Para o professor Chevitarese, é preciso ficar sempre com um pé atrás diante de um anúncio como esse. “A impressão é que se está diante de um fenómeno: uma emissora de TV simplesmente querendo criar polémica em torno do tema. Qualquer trabalho científico sério precisa trabalhar com hipóteses, que podem ser testadas ou refutadas. O problema é que, nessas belíssimas teorias que são criadas, a resposta já vem pronta e os factos simplesmente são forçados a se encaixar na conclusão desejada”, critica o historiador. Na entrevista, Chevitarese comparou esse tipo de esforço à trama do romancista Dan Brown no livro O Código Da Vinci.

Segundo André Chevitarese, o túmulo de onde vieram os ossários, achado em 1980 num subúrbio de Jerusalém, não é o primeiro a conter a inscrição “Jesus, filho de José”. Outro ossário com esses dizeres veio à tona em 1926, e causou os mesmos rumores, até que se percebeu que era extremamente comum entre os judeus do primeiro século dC pessoas com o nome de Jesus e filhos de algum José.

Amos Kloner, arqueólogo israelita que descobriu a tumba em 1980 e a documentou como a sepultura de uma família judaica, está convicto de que não há provas para sustentar a tese de que o túmulo é de Jesus.

Em entrevista à agência de notícias France Press, Kloner, que é professor do Departamento de Arqueologia e estudos da Terra de Israel na Universidade de Bar-llan, em Tel Aviv, enfatiza que não há possibilidade de se apropriar de uma história religiosa e transformá-la em algo científico. “Insisto no facto de que é uma tumba comum no século I antes de Cristo”, disse Kloner, acrescentando que “os nomes eram uma coincidência e o filme é uma bobagem”.

Em relação à tese em que Jesus e Maria Madalena podem ter tido um filho chamado Judá, Kloner ridiculariza, afirmando que não há registos históricos disso e, portanto, é impossível de ser provada. Kloner enfatiza que não há possibilidade de o túmulo pertencer à família de Jesus. Segundo ele, Maria e José não poderiam ter uma tumba familiar em Jerusalém. “Eles eram uma família paupérrima. Posso dizer positivamente que não aceito a identificação como pertencendo à família de Jesus em Jerusalém. Não aceito, nem historicamente, nem arqueologicamente”, afirmou o arqueólogo durante a entrevista.

De acordo com o especialista, existem muitos nomes populares e comuns no primeiro século antes de Cristo, inclusive Jesus e José. Kloner afirmou que, das 900 tumbas encontradas num espaço de 4Km na cidade velha de Jerusalém na mesma época, o nome de Jesus foi encontrado 71 vezes, e que “Jesus, filho de José” também foi encontrado muitas vezes.

Outro conhecido arqueólogo israelita, Dov Ben Meir, que escavou durante anos as ruínas da velha Jerusalém, também rejeitou os argumentos utilizados por Cameron e Jacobovici e disse que eles “não passam de tolice”. O professor L. Michael White, da Universidade do Texas, também diz ter dúvidas sobre a veracidade da descoberta. Segundo ele, é uma forma de tentar vender documentários. “Uma série de testes rígidos deveriam ser conduzidos antes que um ossário ou uma inscrição possa ser apresentado como antiga. Não é arqueologicamente sensato. Isso é uma fanfarra”, conclui.

***

Veja posição Católica sobre esse assunto.

Declaração do presidente da Conferência Episcopal do Peru

Publicamos a declaração emitida  por Dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, O.F.M., arcebispo metropolitano de Trujillo e presidente da Conferência Episcopal Peruana, sobre a suposta tumba de Jesus, com o título «Uma fantasia arqueológica».

1. Nos últimos dias o canal Discovery Channel,realizou um documentário apresentando como novidade o descobrimento, realizado há 27 anos (1980), de uma câmara mortuária em Talpiot – Jerusalém, a mesma que continha 10 urnas de pedra com restos ósseos e inscrições dos nomes dos possivelmente enterrados ali e que pertencem ao segundo Templo.

2. A novidade deste documentário está em que afirma que este lugar seria a tumba de Jesus de Nazaré e sua família, identificando as seis inscrições que contêm estas urnas com os nomes de Jesus de Nazaré, sua mãe Maria, Maria Madalena, e alguns parentes chamados Mateus, Josá e Judá, atrevendo-se a afirmar que este último seria «o filho de Jesus».

3. Mas o pretender que este lugar contenha os restos mortais da família de Jesus não é um fato novo. Isso tem sido desmentido por falta de sustentação inclusive científica, tal como expressa um dos mais destacados arqueólogos israelenses, Amos Kloner, membro da Universidade Bar-Ilan e arqueólogo oficial do Distrito de Jerusalém, que supervisionou as escavações deste descobrimento em 1980, descobertas pelo arqueólogo Yosef Gat. Kloner tem dito que isso é «somente uma farsa publicitária, um excelente material para um filme de televisão, mas totalmente sem sentido, algo absolutamente impossível». Esclarece, além disso, que «a afirmação de que a tumba (de Jesus) foi encontrada não está baseada em nenhuma prova e é só uma manobra para vender» e assinalou ademais que a nova produção da Discovery era meramente uma renovada tentativa de criar controvérsia no mundo cristão com o fim de obter maiores lucros.

4. Ao lado da inconsistência da prova arqueológica sobre esse tema, totalmente contestada por arqueólogos israelenses, aparece novamente, como no caso do Código Da Vinci, o desejo de negar a divindade de Jesus Cristo e o fato de sua ressurreição através de um argumento de ficção apresentado como científico; pelo que este documentário se converte em uma nova edição do infrutífero e permanente ataque aos fundamentos da fé católica e cristã ao longo da história.

5. Ante este documentário nós, católicos, devemos reafirmar nossa fé em Jesus Cristo , Único Salvador do Mundo, que morreu na cruz e ressuscitou por nossa Salvação, fato histórico que fundamenta nossa fé e a vida da Igreja, e também convido os homens de boa vontade a buscar sempre a verdade histórica, diferenciando-a das novas manifestações de ficção arqueológica ou científica a que nos estão acostumando alguns meios de comunicação.

6. São Paulo diz: «Se Cristo não ressuscitou, vossa fé é vã… mas não! Cristo ressuscitou dentre os mortos…» (1Cor. 15, 17.20).

7. Por outro lado, todos os estudos críticos sobre a primitiva comunidade cristã têm demonstrado que na verdade profunda das narrações da Ressurreição de Jesus Cristo se dá uma historicidade incontestável.

8. Devemos perguntar-nos Por que os meios de comunicação têm tanto interesse em pôr em sua mira Jesus?, evidentemente porque Jesus, no profundo da cultura do Ocidente e não somente do Ocidente, constitui um ponto de referência tão decisivo e importante que tudo o que o afeta nos afeta.

Horas depois de ser colocado, cartaz foi vandalizado

***

Um outdoor colocado do lado de fora de uma igreja anglicana da Nova Zelândia, mostrando a imagem da Virgem Maria na cama com José, está provocando protestos de cristãos no país.

O outdoor traz a legenda Poor Joseph. God was a hard act to follow (“Pobre José. Foi difícil vir depois de Deus”, em tradução livre), sugerindo que a cena ocorreu após a Concepção do Menino Jesus.

Segundo o vigário da igreja St. Matthew-in-the-City, Glynn Cardy, a ideia do cartaz era questionar estereótipos e promover o debate entre os fieis sobre o nascimento de Jesus Cristo.

Mas a Igreja Católica condenou o outdoor, chamando-o de “inapropriado” e “desrespeitoso”.

Apenas horas depois de ser exibido em público, o cartaz foi vandalizado com tinta marrom.

Sátira

O vigário Glynn Cardy disse que o objetivo do cartaz era satirizar a interpretação literal da concepção de Cristo.

“Estamos tentando fazer com que as pessoas pensem mais sobre o sentido do Natal”, disse ele à agência de notícias New Zealand Press Association (NZPA).

(O Natal) tem a ver com um Deus espiritual masculino enviando seu sêmen para que uma criança nasça ou com o poder do amor em nosso meio?”, questionou.

Cardy disse à NZPA que a igreja recebeu e-mails e telefonemas sobre o polêmico outdoor.

“Cerca de 50% disseram ter adorado, e cerca de 50% disseram que era terrivelmente ofensivo”, disse ele, “mas foram cerca de 20 comentários sobre o cartaz. Isso é a Nova Zelândia.”

‘Ofensivo’

A porta-voz da Diocese Católica de Auckland, Lyndsay Freer, disse que o poster era ofensivo para os cristãos.

“Nossa tradição cristã de 2 mil anos diz que Maria permanece virgem e Jesus é filho de Deus, não de José”, disse ela ao jornal New Zealand Herald. “Um cartaz como esse é inapropriado e desrespeitoso.”

O grupo de defesa dos valores familiares Family First disse que qualquer debate sobre o nascimento de Jesus de uma Virgem deve ser realizado dentro da igreja.

“Confrontar crianças e famílias com o conceito, com um outdoor na rua, é completamente irresponsável e desnecessário”, disse o diretor do grupo Bob McCroskrie ao site de notícias stuff.co.nz.

Fonte: BBC Brasil

Por muitos anos, a Igreja segue com grande sofrimento as dificuldades causadas pela conduta lamentável do Arcebispo Emérito de Lusaka, Emmanuel Milingo. Muitas foram as tentativas para trazer o Sr. Emmanuel Milingo de volta à comunhão com a Igreja Católica, inclusive a procura de meios adequados que lhe possibilitassem o exercício do ministério episcopal.

O Papa João Paulo II e o Papa Bento XVI envolveram-se diretamente nestes esforços e ambos os Papas seguiram pessoalmente o caso do Sr. Milingo em espírito de paterna solicitude.

Numa triste série de eventos, já em 2001 ele se achou numa situação de irregularidade como resultado de sua tentativa de contrair matrimônio com a Sra. Maria Sung, e incorreu na pena medicinal de suspensão (cf. Cânones 1044 § 1, n. 3; 1394 § 1 do Código de Direito Canônico). Desde então, ele encabeça certos grupos promotores da abolição do celibato sacerdotal e segue dando inúmeras entrevistas nos meios de comunicação em aberta desobediência às reiteradas intervenções da Santa Sé, causando grave desgosto e escândalo entre os fiéis.

Em particular, em 24 de setembro de 2006 em Washington, o Sr. Milingo ordenou quatro bispos sem mandato pontifício. Agindo assim, ele incorreu na pena de excomunhão latae sententiae (Cânon 1382), declarada pela Santa Sé em 26 de abril de 2006 e que permanece em vigor. Infelizmente, o Sr. Milingo não deu sinais do desejado arrependimento em vista do retorno à comunhão plena com o Sumo Pontífice e os demais membros do colégio episcopal. Pelo contrário, ele persistiu no exercício ilegítimo dos atos específicos do ofício episcopal, cometendo novos delitos contra a unidade da Santa Igreja. Especialmente, nos meses recentes o Sr. Milingo procedeu a algumas outras ordenações episcopais.

Estes graves delitos, recentemente cometidos, devem ser considerados uma prova da persistente contumácia do Sr. Emmanuel Milingo e levaram a Santa Sé a impor-lhe a ulterior pena de demissão do estado clerical.

Segundo o Cânon 292 do Código de Direito Canônico, a pena de demissão do estado clerical, agora acrescentada à grave pena de excomunhão, tem os seguintes efeitos: perda dos direitos e deveres conexos ao estado clerical, exceto a obrigação de celibato; proibição do exercício do ministério, salvo o disposto no Cânon 976 do Código de Direito Canônico naqueles casos envolvendo perigo de morte; perda de todos os ofícios e funções e de todo poder delegado, assim como a proibição de usar o hábito clerical. Consequentemente, a participação dos fiéis em celebrações futuras organizadas pelo Sr. Emmanuel Milingo deve ser considerada ilegítima.

Deve-se destacar que a demissão do estado clerical de um Bispo é um fato muito extraordinário, a qual a Santa Sé se viu obrigada a impor em razão da gravidade das consequências para a comunhão eclesial que resultam das repetidas consagrações episcopais sem mandato pontifício; a Igreja, todavia, conserva a esperança de seu arrependimento.

No que concerne às pessoas recentemente ordenadas pelo Sr. Milingo, é bastante conhecida a disciplina da Igreja relativa à pena da excomunhão latae sententiae para aqueles que recebem a consagração episcopal sem mandato pontifício (Cânon 1382 CIC). Embora expressando esperança na conversão dos envolvidos, a Igreja reafirma o que foi declarado em 26 de setembro de 2006, ou seja, que ela não reconhece tais ordenações, nem pretende reconhecê-las no futuro e todas as ordenações delas derivadas. Portanto, o estado canônico dos supostos bispos permanece aquele em que se encontravam antes da ordenação conferida pelo Sr. Milingo.

Nesta hora em que a Igreja experimenta profunda dor pelos graves atos perpetrados pelo Sr. Milingo, ela confia ao poder da oração o arrependimento dos culpados e de todos aqueles que – sejam sacerdotes ou fiéis – de alguma forma colaboraram com ele em seus atos contrários à unidade da Igreja de Cristo.

Fonte: Santa Sé


Veja a resposta dada pelo então Cardeal Ratzinger no excelente livro ” O Sal da Terra”.(à venda no Brasil,busque na internet)

Veja que resposta!

***

Pergunta: De outra parte, muitos dos seus convites e apelos não parecem ter surtido resultados particulares. Em todo caso, o senhor não conseguiu provocar um amplo movimento contra as tendências do tempo e uma mudança de mentalidade de vastas proporções. Como consolação, o senhor disse que Deus conduz a Igreja por caminhos misteriosos. Mas não lhe parece deprimente o fato que o debate termine em si mesmo e que, ao contrário, o nível das discussões tenha já descido tão baixo? Neste ínterim parece ainda que os conteúdos da fé tenham ulteriormente se perdido, que em todas estas questões se tenha produzido uma indiferença ainda maior?

Cardeal Ratzinger: Jamais pretendi impor uma outra direção ao timão da história. E se o próprio Nosso Senhor termina na cruz, então se vê que os seus caminhos não levam tão rapidamente a resultados mensuráveis. Creio que isto seja realmente muito importante. Os discípulos lhe fizeram perguntas do gênero: mas o que está acontecendo? Por que não se vê nenhum resultado? E ele lhes respondeu com as parábolas do grão de mostarda, do fermento e muitas outras ainda, e explicou-lhes que a estatística não é um dos critérios de Deus.

Todavia com os grãos de mostarda e com o fermento acontece algo realmente substancial e decisivo, que vós agora não podeis ver.

Por isso, parece-me, não ser necessário levar em consideração os critérios quantitativos de sucesso. Não somos uma empresa comercial, que pode ter como unidade de medida as cifras e dizer; a nossa política produziu bons resultados e as vendas cresceram. Nós realizamos um serviço, que em última instância não está nas nossas mãos, mas nas de Deus. Por outro lado, não é verdadeiro que tudo acabe em nada. Existem ainda, mesmo entre os jovens e em todo os continentes, sinais de renascimento da fé.

Talvez devêssemos abandonar as ideias de igreja nacional ou de massa. É provável que diante de nós esteja uma época diferente da história da Igreja, uma época nova em que o cristianismo se encontrará na situação de grão de mostarda, em grupos de pequenas dimensões, aparentemente sem influência, que todavia vivem intensamente contra o mal e portam no mundo o bem, que deem espaço a Deus.

Vejo que um grande movimento deste gênero já esteja em ato. Neste momento não quero citar exemplos. Seguramente não há conversões em massa ao cristianismo, mudanças paradigmáticas ou inversões de tendência. Mas há maneiras fortes de viver a fé, que reanimam as pessoas e lhes dão vitalidade e alegria, uma presença de fé, pois que significa algo para o mundo.

Fonte: Papa Ratzinger Blog

Crucifixo
O batizado foi interrompido no momento da oração do Credo

A Justiça da Espanha condenou nesta sexta-feira um ateu a um ano e dez meses de cadeia por interromper um batizado no momento da oração do Credo.

O incidente aconteceu quando o espanhol Raul C. P., de 38 anos, entrou na Paróquia de Cristo Rei de Usera, em um subúrbio de Madri, durante o batizado coletivo de cinco crianças.

Na hora da oração do Credo em que os fiéis respondiam em coro “creio em…”, o ateu gritou várias vezes “não creio” e depois ofendeu o sacerdote.

Segundo a sentença do Tribunal da Audiência Provincial de Madri, o homem “obrigou o padre a interromper a cerimônia com comportamento obsceno ante as imagens religiosas e os fiéis”.

O juiz decretou um ano de prisão por delito de atentado e mais dez meses por delito contra os sentimentos religiosos.

O Tribunal descarta a possibilidade de que o réu sofresse problemas mentais e a sentença não admite apelações.

Testemunhas

De acordo com o depoimento das testemunhas, Raul C.P. teria entrado na igreja em silêncio, sentou no último banco e permaneceu quieto durante a primeira metade da cerimônia.

Ele só teria levantado no instante da prece e começou a gritar, ao mesmo tempo em que os parentes e convidados.

Quando o batizado foi paralisado pelo sacerdote, o homem se aproximou do altar soltando palavrões e disse que a cerimônia representava “uma atitude que não leva a nada, nem a lugar algum”.

Depois discutir com vários fiéis dentro da paróquia, Raul C.P. foi algemado e levado pela polícia por “resistência à ordem pública”, segundo a sentença.

Fonte: BBC Brasil

Muitos fundamentalistas e protestantes evangélicos adotam uma crença conhecida como “O Arrebatamento”. Existem muitas variações desta doutrina. A série popular de livros “Deixados para Trás”, escrita por Tim Lahaye e Jerry Jenkins, apresenta apenas uma dessas variações. Para defender suas idéias, os partidários do “Arrebatamento” citam alguns versículos genéricos da Bíblia, inclusive 1Tessalonicenses 4,15-17:

“Nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares”.

E também costumam citar 1Coríntios 15,51-52:

“Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”.

Destas mínimas passagens misteriosas resultam predições detalhadas e precisas que preenchem volumes e mais volumes, complementados com calendários, datas, tabelas e gráficos. A versão apresentada nos livros da série “Deixados para Trás” é denominada “dispensionalismo pré-milenarista e pré-tribulacional”. Sua proposta consiste em afirmar que no futuro a terra experimentará um reinado de Jesus que durará mil anos. Imediatamente antes deste reinado, os “verdadeiros crentes” serão “arrebatados” por Jesus, ascendendo com Ele de maneira secreta e silenciosa, entra as nuvens. Para eles não importa que a Bíblia mencione uma forte voz e uma trombeta… a maioria dos partidários do “arrebatamento” garante que o evento ocorrerá em segredo.

Esta interpretação exagerada assegura que aqueles infelizes que serão “deixados” sofrerão um período de sete anos de tribulações – uma espécie de última chance para a fé. Ao findar os sete anos, Jesus retornará para uma Segunda Vinda “extra”, desta vez com legiões de fiéis. Juntos, derrotarão o Anticristo e iniciarão os mil anos do reinado de Jesus sobre a terra. A ironia disto tudo é que os protestantes crêem que é a Igreja Católica quem sustenta ensinamentos “antibíblicos” (apontando a doutrina católica sobre Maria como o maior exemplo), muito embora a crença no “arrebatamento” seja aceita sem questionamentos e com pouquíssima substância bíblica. É irônico também que muitos protestantes que acreditam que a Igreja Católica alterou os seus ensinamentos muitas vezes no decorrer dos séculos, admitam hoje o conceito de “arrebatamento”, sendo que tal doutrina nunca é encontrada na História do Cristianismo, pois não aparece nem na literatura católica, nem na protestante até o século XIX, quando surgiram suas primeiras manifestações nas obras de John Nelson Darby, um ministro fundamentalista que posteriormente se converteu em sacerdote anglicano.

Os ensinamentos da Igreja Católica sobre o fim dos tempos são muito menos detalhados – e ainda muito menos dramáticos – do que os de John Nelson Darby e Tim Lahaye.

É certo que a Igreja afirma a Segunda Vinda de Jesus. Um exemplo conhecido encontra-se na frase do Credo de Nicéia: “E de novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos”; e há outro na afirmação de São Paulo, de que os crentes serão “levados” até o Senhor. No entanto, no tocante a data e a natureza destes eventos, a Igreja diz muito pouco, uma vez que há certas coisas que são reservadas por Deus:

“As coisas ocultas concernem ao Senhor, nosso Deus; porém, as reveladas, são para nós e para os nossos filhos, para que pratiquemos sempre todas as palavas desta Lei” (Deuteronômio 29,29).

E, como nos adiantou o Senhor Jesus Cristo:

“Quanto ao dia e a hora, ninguém sabe – nem os anjos dos céu, nem o Filho, mas apenas o Pai” (Mateus 24,36).

Para ter uma idéia mais detalhada sobre o ensino magisterial da Igreja sobre o fim dos tempos, leia os parágrafos 671 a 679 do Catecismo da Igreja Católica.


Por Carlos Caso-Rosendi-Tradução: Carlos Martins Nabeto

Fonte: Vox Fidei

Por Pe. John Flynn, L.C.

Com a transição para uma sociedade pós-cristã, muitos países estão imprimindo uma pressão crescente sobre os crentes que trabalham em instituições de financiamento público. Um dos últimos casos envolve um projeto de lei, em Washington D.C., sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

No dia 1 de novembro, explicou um artigo publicado pelo jornal The Washington Post, uma análise da proposta de legalizar as uniões do mesmo sexo revela que as cláusulas que se dizem proteger a liberdade religiosa “são lamentavelmente insuficientes e fornecem uma proteção mais ilusória do que real”.

As regras propostas, detalhava o Post, não oferecem proteção adequada contra a perda de benefícios do governo por se recusar a reconhecer uniões de pessoas do mesmo sexo. Assim como há uma falta de proteção dos que discordam de modo individual, com objeção religiosa a promover uniões do mesmo sexo, caso que inclui fornecedores, músicos e fotógrafos.

De acordo com notícia publicada no dia 12 de novembro no jornal The Washington Post, a arquidiocese de Washington declarou que não será capaz de continuar a prestar os programas de serviço social que funcionam agora.

O temor da arquidiocese, por exemplo, é ser obrigada a fornecer benefícios laborais a pares do mesmo sexo.

De acordo com o artigo, as organizações de caridade católicas prestam serviços para 68.000 pessoas na cidade. Além dos recursos públicos que recebe para tais atividades, a arquidiocese dedica mais 10 milhões de dólares em recursos próprios.

O arcebispo de Washington, Dom Donald W. Wuerl, escreveu um artigo de opinião para o site do Washington Post, publicado no dia 17 deste mês.

Ali, salientava que, ainda que a Igreja Católica não concorde com a redefinição do casamento, tudo o que estão pedindo é que o projeto vise a um equilíbrio mais justo entre os diferentes grupos de interesse.

O arcebispo Wuerl afirmou que a arquidiocese e as organizações católicas estão empenhadas em continuar a prestar serviços, mas as disposições da nova lei sobre as uniões do mesmo sexo poderiam restringi-las de realizar este desejo.

Isso não tem importância para alguns editorialistas do Los Angeles Times, que animaram, a 18 de novembro, os funcionários de Washington a permanecer firmes. O editorial pedia ao governo federal que adote uma postura mais forte quanto aos fundos federais e as organizações de natureza religiosa, especificamente sobre a possibilidade de não contratar pessoas que não compartilhem seus pontos de vista religiosos.

A obrigação do aborto

Enquanto isso, no mês passado, a Austrália completou um ano desde a aprovação da legislação que impede aos médicos o direito à objeção de consciência nos casos de aborto, no estado de Victoria.

De acordo com Nicholas Tonti-Filippini, especialista em bioética do Instituto João Paulo II para o Matrimônio e a Família de Melbourne, ao menos dois médicos com objeção de consciência ante o aborto se negaram a dirigir seus pacientes a outro profissional para que pudesse provocar o aborto.

Juntamente com a descriminalização do aborto, no ano passado, a nova lei obriga os médicos objetores de consciência a expressar sua crença e encaminhar o paciente para0 outro médico.

No dia 22 de outubro deste ano, os bispos católicos do estado de Victoria publicaram uma carta pastoral sobre o tema do aborto e a reforma legislativa.

Em sua carta, os bispos observaram que, além de negar o direito dos médicos de abster-se a cooperar com um aborto, a lei também elimina a objeção de consciência dos enfermeiros.

“Certo tipo de hipocrisia já predomina nos hospitais”, afirma a carta. “Em um quarto, o bebê prematuro será cuidado com muito esforço e com a melhor tecnologia. Em outra sala, uma criança por nascer, talvez já maior que o bebê prematuro, pode ser assassinada impunemente”.

Os bispos também apontaram que as mulheres que procuram um aborto não têm acesso às informações precisas sobre o que acontece com seus filhos ou os riscos que corre.

Problemas mais profundos

“Não devemos ver a legalização do aborto, em Victoria, como um problema isolado, e sim como o sintoma de um problema muito mais profundo e cultural da crescente secularização e do relativismo”, advertiu a carta.

“Leis como essa do aborto representam uma ameaça direta para toda a cultura dos direitos humanos, porque a teoria dos direitos humanos se baseia na afirmação de que a pessoa humana não pode ser submetida à dominação dos demais”, continua a carta.

O arcebispo de Melbourne, Dom Denis Hart, presidiu um culto ecumênico de oração na Catedral de St. Patrick, no dia 25 de outubro, em reparação ao aborto.

Em sua homilia, ressaltou que desde o primeiro século a Igreja afirma que há mal moral em qualquer aborto provocado.

“O feto deve ser tratado como pessoa desde o momento da concepção; o embrião deve ser defendido na sua integridade, tratado e curado, na medida do possível, como qualquer outro ser humano”, afirmou.

Mais ao norte, na capital do país, Camberra, os líderes católicos estão preocupados com a proposta de venda ao governo do Hospital do Calvário, por parte da Little Company of Mary Health.

Canberra Times informou no dia 29 de outubro que o cardeal George Pell, de Sydney está preocupado, pois os motivos do governo são ideológicos e dirigidos por elementos anticristãos.

O artigo também explica que antes, o vigário-geral da arquidiocese de Camberra, monsenhor John Woods, tinha expressado sua preocupação de que a missão da Igreja de proporcionar cuidados de saúde se veria comprometida pela venda.

Como Angela Shanahan escreveu no jornal Australian no dia 31 de outubro, há suspeita de que o governo, sob o controle de uma coalizão ‘verde-esquerda’, queira simplesmente tirar a Igreja Católica do serviço de saúde pública na capital do país.

Ela citou um relatório do partido verde que recomendava que o hospital fosse retirado das mãos católica ou vendido ao governo, porque não faria abortos, esterilizações ou “toda a gama de serviços reprodutivos”.

Trabalhadores da saúde

Os Estados Unidos têm vivenciado debates desde o início do ano, quando o governo Obama rescindiu as normas que protegiam os trabalhadores da saúde que não desejam participar de abortos.

Em um comunicado datado de 23 de março, a Conferência Episcopal dos Estados Unidos declarou: “a proteção do direito fundamental da consciência assume urgência ainda maior quando os membros das profissões de cura são submetidos à pressão ou a algum risco, que seria a retirada da vida humana; fundamento que vai contra as regras da medicina”.

O comunicado também ressaltou a contradição entre a posição do governo federal em comprometimento a uma política de “escolha” no que diz respeito ao aborto, enquanto, ao mesmo tempo, eliminava a possibilidade de escolha para os enfermeiros, médicos e hospitais em não fornecer ou facilitar os abortos.

O arcebispo Raymond Burke, Prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, abordou o tema da cultura da vida, no atual contexto político, em um evento realizado no dia 18 de setembro.

“Ainda que a verdadeira religião ensine a lei natural e moral, a observância desta não é uma prática confessional”, observou. “É sim uma resposta ao que está inscrito no fundo de cada coração humano”, disse ele.

“Se os cristãos não conseguem articular e fazer cumprir a lei moral natural, então eles falham no dever fundamental de patriotismo, de amar seu país, servindo ao bem comum”, afirmou. Violar os direitos de consciência não é só uma afronta aos crentes, mas também uma negação dos princípios fundamentais que devem nortear uma sociedade secular.

Uma proeminente coalizão de mais de 150 líderes cristãos: bispos católicos, ministros evangélicos e diversos acadêmicos assinaram a “Declaração de Manhattan”, um manifesto no qual insistem a defender a sacralidade da vida humana, o Matrimônio e a liberdade religiosa.

Esta declaração dada a conhecer recentemente é um “forte chamado” aos cristãos dos Estados Unidos para aderir-se à mesma e informa às autoridades civis que os assinantes “sob nenhuma circunstância” abandonarão sua consciência cristã.

“Somos cristãos os que nos reunimos indo além das linhas das diferenças eclesiásticas para afirmar nosso direito –e o que é mais importante, sublinhar nossa obrigação– de falar e atuar em defesa destas verdades. Assinalamos aos nossos irmãos crentes que nenhum poder da terra, cultural ou político, intimidar-nos-á com o silêncio ou a aquiescência”, diz a declaração.

Os assinantes explicam que reconhecem “o dever de cumprir com as leis (…) a menos que estas normas sejam gravemente injustas ou requeiram que quem as cumpra façam algo injusto ou imoral”.

Deste modo precisam que “não cumpriremos nenhuma norma que obrigue as nossas instituições a participar de abortos, investigações que destruam embriões, suicídio assistido e eutanásia , ou qualquer ato anti-vida; tampouco abençoaremos uniões imorais que queiram equiparar-se ao matrimônio, nem nos calaremos para proclamar a verdade, que conhecemos, sobre a moralidade e a imoralidade, do matrimônio e a familia”.

“Sempre e totalmente daremos a César o que é de César, mas sob nenhuma circunstância daremos ao César o que é de Deus”, precisam.

Depois de denunciar a política abortista do governo, recordam a necessidade de custodiar o matrimônio que é a união para sempre entre um homem e uma mulher sobre a qual se funda a autêntica família.

Sobre esta declaração o vaticanista italiano Sandro Magister assinala que “não cai no ar mas em um momento crítico para a sociedade e a política dos Estados Unidos: precisamente enquanto a administração de Barack Obama está empenhada em excesso em fazer acontecer um plano de reforma da atenção de saúde nos Estados Unidos”.

“Defendendo a vida humana desde a concepção e o direito à objeção de consciência, o chamado responde dois pontos postos em perigo pelo projeto de reforma atualmente em discussão no Senado”, acrescenta.

Sobre a reforma debatida no Congresso, Magister assinala que “o perigo foi destampado graças a uma premente ação de lobby conduzida em plena luz do dia pelo episcopado católico. Depois que o voto final tinha garantido tanto o direito à objeção de consciência assim como o bloqueio de qualquer financiamento público ao aborto, a conferência episcopal tinha reivindicado este resultado como um ‘triunfo’”.

“Mas agora –prossegue– no Senado a batalha tornou a começar do início, sobre um texto base que de novo a  Igreja julga inaceitável. A Conferência Episcopal já dirigiu aos senadores uma carta indicando as modificações que queria que fossem contribuídas a todos os pontos controvertidos”.

Entre os assinantes desta declaração estão o Arcebispo de Filadélfia, Cardeal Justin Rigali, o Arcebispo Emérito de Detroit, Cardeal Adam Maida; o Arcebispo de Denver, Dom Charles Chaput, o Arcebispo de Nova Iorque, Dom Timothy Doam; o Arcebispo de Washington, Dom Donald Wuerl, e outros 9 bispos católicos mais.

Também assinaram a declaração: o metropolita Jonah Paffhausen, primado da igreja ortodoxa dos Estados Unidos, Peter Akinola, primado da igreja anglicana da Nigéria; o Dr. James Dobson, fundador da Focus on the Family (Enfoque à Família); o Dr. William Donohue, Presidente da Catholic League; Robert Duncan, primado da igreja anglicana da América do Norte; o Pe. Joseph D. Fessio, fundador e editor da Ignatius Press; William Owens, diretor da Coalizão de Pastores Afro-americanos; entre outros.

Para ler um resumo do manifesto e a análise completa do vaticanista Sandro Magister, o leitor pode ingressar em:
http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1341135?sp=e

A declaração completa, em inglês, com a possibilidade de assiná-la: http://manhattandeclaration.org/

Efren Peñaflorida

A cadeia de notícias CNN escolheu um jovem católico filipino como ganhador na categoria principal do prêmio “Herói do Ano”. Trata-se de Efren Peñaflorida, quem aos seus 28 anos de idade lidera uma iniciativa para salvar os meninos pobres da delinqüência através da educação.

Efren, filho de um condutor de triciclo e uma dona-de-casa, cresceu perto do depósito de lixo da cidade de Cavite ao sudoeste da Manila, aí decidiu muito jovem que não integraria uma gangue –como a maioria de seus vizinhos- e que superaria a pobreza de seu lar com a educação.

Aos 16 anos de idade prometeu ajudar a que outros meninos tomassem a mesma decisão, por isso criou um programa que oferece tutoria e livros aos menores que vivem em bairros pobres e nas ruas.

Neste tempo, sua organização chamada Dynamic Teen CO, que é integrada por voluntários, pôde melhorar as condições de leitura, escritura e saúde de uns mil e 500 meninos.

Efren se converteu em um dos modelos da Jornada Juvenil Asiática organizada pela Igreja Católica no país.

Segundo Dom Joel Baylon, presidente da Comissão Episcopal de Juventude, Efren é um modelo inspirador para os jovens locais e o prêmio comprova que é possível marcar a diferença na vida cotidiana.

Fonte: ACI

Pe. José Gabriel Funes, Diretor do Observatório Vaticano

Ao apresentar-se esta no Escritório de Imprensa da Santa Sé, as conclusões da “astrobiologia”, a Semana de Estudo organizada pela Pontifícia Academia das Ciências e o Observatório Astronômico Vaticano, o diretor deste organismo, Pe. José Funes, assinalou que a investigação da possibilidade de vida fora da Terra é um tema muito interessante que merece atenção.

O sacerdote jesuíta se perguntou ao iniciar a conferência: “por que o Vaticano se interessa na Astrobiología?”, e respondeu que embora esta ciência abranja “um âmbito novo e ainda em estudo, as questões sobre a origem da vida e de sua existência em outros lugares do universo são muito interessantes e merecem grande atenção, além de apresentar implicâncias filosóficas e teológicas”.

De outro lado, o professor Jonathan Lunine, do Departamento de Física da Universidade romana de Tor Vergata (Itália); assinalou que “a astrobiologia é o estudo das relações da vida com o resto do cosmos: seus temas principais abrangem a origem da vida, seus antecedentes, a evolução da vida na terra, suas perspectivas futuras fora e dentro deste planeta”.

Por isso, continuou, “a Semana de Estudo brinda aos cientistas de diferentes disciplinas básicas a oportunidade de compreender como o trabalho em suas especialidades particulares pode repercutir em outros âmbitos. Isto é evidente, mais que em nenhum outro setor, no estudo de como se formou a vida na Terra e evoluiu com as diversas mudanças de ambiente”.

Ao seu turno Chris Impey, do Departamento de Astronomia e Observatório de Steward, da Universidade de Tucson (Arizona, EUA) observou que “se a biologia não for uma exclusividade da Terra, ou se a vida em outros lugares é distinta da nossa, ou se inclusive chegamos a entrar em contato com espécies inteligentes na imensidão do espaço, as implicâncias para a imagem que temos de nós mesmos serão profundas”.

“É muito oportuno –continuou– que a Pontifícia Academia das Ciências dê capacidade a um encontro sobre este tema fronteiriço. A metodologia e os argumentos podem diferir, mas a ciência e a religião consideram a vida como um ganho especial em um vasto e em sua maior parte inóspito universo. Há um terreno fértil para o diálogo entre os peritos de astrobiologia e os que querem entender o significado de nossa existência em um universo biológico”.

As intervenções concluíram com a da Dra. Athena Coustenis, do Observatório de Paris-Meudon, LESIA/CNRS (França), quem explicou brevemente o avanço das investigações em outros planetas e satélites.

Fonte: Zenit

***

A percepção da Igreja sobre o assunto não tem absolutamnte nada a ver com a visão esotérica nem espiritualista,mas diz respeito a uma possibilidade cientifica real que em nada esvazia nossa fé nem nossas crenças.


Parapsicologia estuda o comportamento paranormal (ao lado do normal) da alma humana. Procura explicar os fenômenos raros que no passado eram somente atribuídos a espíritos do além.

Têm sido ministrados Cursos de Parapsicologia no Brasil, os quais têm deixado muitos fiéis perplexos, já que alguns parapsicólogos entram em assuntos de fé católica e, com explicações parapsicológicas, acabam, às vezes, negando verdades de fé: anjos, demônios, milagres, ressurreição, etc.

A parapsicologia é uma ciência muito nova ainda e avança muito lentamente através de investigações e experiências, para ir formulando as suas leis, por meio de estatísticas. A formulação dessas leis não é fácil e estão sujeitas a enganos, já que lida com um campo de hipóteses com difícil comprovação.

Sabemos que a alma humana tem o Consciente e o Inconsciente. Acredita-se que usamos apenas um oitavo da potencialidade do Inconsciente. Pode ser que, por um motivo não muito claro, a pessoa possa usar desse poder do inconsciente, de maneira para´normal; por exemplo: comporta-se como se fosse outra pessoa, vê à distância, emite energias, realiza telepatia, percepção extra-sensorial, etc. É o que dizem os parapsicólogos. O que se torna difícil aqui é se saber quais os motivos que desencadeiam esses processos.

É muito difícil conhecer os mecanismos do psiquismo, e a parapsicologia ainda é muito limitada nesse campo, e portanto, não pode excluir a ação de Deus ou do demônio nesses fenômenos. Corre-se o risco de se reduzir os fenômenos espirituais a fenômenos meramente parapsicológicos.

Não se aceitando o influxo do demônio, em certos casos, acaba´se não aceitando também a ação maravilhosa de Deus. Infelizmente, alguns parapsicólogos acabam negando, direta ou indiretamente, algumas verdades da fé, que a Revelação, a Tradição da Igreja e o Magistério, afirmam sem exitação. Nega-se às vezes a existência ou a ação dos demônios, atestada nos Evangelhos (Mt 1,20´24; 2,13´19; 28, 2´5; Lc 1,26; 2,9´15). Nega-se a possessão diabólica, também atestada na Bíblia (Mt 17, 14´20; Mc 1,23´27. 32´34; 3,11s …). Jesus praticou o exorcismo e a Igreja também o realiza, mediante autorização do Bispo. Alguns parapsicólogos negam também as aparições de Nossa Senhora e dos santos.

No entanto, com o devido exame e cautela, a Igreja já se manifestou favorável a muitas aparições (La Sallete, Fátima, Lourdes, Guadalupe, etc). Querer reduzir todas as aparições a processos meramente subjetivos é um grave engano. É arbitrário e preconceituoso. A própria ressurreição de Cristo, e alguns dos seus milagres, são algumas vezes colocados em dúvida. Diante do “Sepulcro vazio”, das aparições aos Apóstolos (Jo 20,24´29), aos discípulos de Emaús (Lc 24,13s), do testemunho de São Paulo (1 Cor 15,13´17), e tantas outras evidências, a Igreja nunca duvidou dessa verdade. Alguns parapsicólogos, negando a existência do demônio e dos anjos, afirmam também que “a Bíblia está cheia de erros científicos e que não foi Deus quem escreveu a Bíblia, mas os homens”. É outro grave engano que a Igreja não aceita.

Toda a Bíblia foi escrita por homens (hagiógrafos), mas sob inspiração divina (Hb 4,12; 1 Ts 2,13; 2 Tm 3,16; 2 Pe 1,20; Rm 15,4). Embora ela não seja um livro de ciência, no entanto traz a verdade religiosa transmitida por Deus para a nossa salvação.

Vê-se portanto, que é preciso muita cautela com esses Cursos de Parapsicologia que têm sido ministrados no país.

Cabe lembrar aqui que o Pe.Oscar Quevedo, muito conhecido, e talvez o mais destacado parapsicólogo do Brasil, escreveu um livro entitulado “Antes que os demônios voltem“, que contém erros de doutrina; foi severamente constestado pela Santa Sé. O seu autor chegou a ser suspenso por um ano de suas atividades por defender pontos de vista em contradição com o ensino da Igreja ( Revista Veja, 22 de outubro de 1986, pg 85) Nota-se que algumas pessoas que frequentam os tais cursos de parapsicologia, às vezes acabam ´esfriando´ na sua fé, achando que todos os fenômenos, mesmo os espirituais, podem ser explicados totalmente pela parapsicologia. Isto não é verdade.

Deus pode agir como quer, e muitas vezes realiza curas e milagres que a ciência não pode explicar. Para proclamar alguém Beato, a Igreja exige um milagre desta pessoa, comprovado pela ciência; e dois, para declará-lo Santo.

Felipe de Aquino

Em Blanc, na França, se encontra o lar das Irmãzinhas Discípulas do Cordeiro, uma comunidade com uma característica muito especial: algumas de seus integrantes têm Síndrome de Down e demonstraram que estas mulheres excepcionais podem responder a um chamado à vida  contemplativa segundo a regra de São Bento.

Conforme informou o jornal espanhol La Razón, em Blanc se vive desde 1985 uma “história de amor” muito particular pois possivelmente se trate da única comunidade religiosa que admite a mulheres com esta síndrome.

As Irmãzinhas Discípulas do Cordeiro foram fundadas em 1985 e sua vocação é eminentemente contemplativa, apoiada na Regra de São Bento e no caminho da Infância Espiritual de Santa Teresa do Menino Jesus, e oferece às jovens com síndrome de Down a possibilidade de realizar sua vocação religiosa, acompanhadas por outras irmãs da comunidade que não apresentam a mesma condição.

A irmã Line, responsável pela comunidade, afirma que “no âmbito espiritual, os termos de ‘validez’ e de ‘incapacidade’ devem relativizar-se” pois “a incapacidade mais grave acaso não é aquela produzida pelo pecado, que obstaculiza a vida de Deus na alma?”, pergunta-se.

Para a irmã Line, “uma pessoa que acolhe plenamente a graça se constrói e se abre também humanamente”.

Em sua vida cotidiana, estas religiosas participam da Missa, rezam e realizam trabalhos de costura, bordados, confeitaria, entre outros. A comunidade recebe assistência do monastério beneditino de Fontgombault e conta atualmente com umas dez irmãs.

Nestes anos, a comunidade recebeu o apoio de pastores e numerosas pessoas, entre elas Birthe Lejeune, viúva de Jerome Lejeune, o descobridor da Síndrome de Down.

Conforme recorda Birthe, que se converteu em benfeitora das irmãzinhas, Lejeune pensava “que a vocação religiosa é um chamado que poderia ser para todos, incluindo as pessoas que sofrem de retardo mental” e sustentava que “este caminho de encontro íntimo com Deus, e portanto o desenvolvimento pessoal está à disposição das mulheres jovens com síndrome de Down, como mostram com muita felicidade nesta comunidade”.

A comunidade foi reconhecida em 1990 pelo então Arcebispo de Tours, Dom Jean Honoré, como uma associação pública de fiéis leigos, um status confirmado em 1995 pelo então Bispo de Bourges, Dom Pierre Plateau.

Com ocasião de seus 20 anos de fundação, Dom Plateau animou às irmãzinhas a seguir respondendo ao chamado de Cristo e assinalou que “porque as ama, Jesus as chamou, provavelmente porque quer que sua pequena comunidade mostre a um mundo que pode ser muito egoísta, a ternura de Deus para todos os que o reconhecem e como os pequenos são capazes de demonstrar muito amor e provavelmente mais que outros. É sua maneira de proclamar a Boa Nova”.

Para mais informação (em francês) se pode visitar a página Web da Arquidiocese de Bourges:
http://catholique-bourges.cef.fr/communaute/religieuses/agneau.htm


Cardeal Kasper: O diálogo só é possível se ambas as partes mantêm sua identidade.

O diálogo ecumênico entre confissões cristãs só é possível “se as partes mantêm sua identidade” e conseguem “escutar-se, mudar a forma de pensar e os corações”, processo que “não tem nada a ver com o sincretismo religioso”.

Foi o que afirmou  o cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos, durante uma reunião com os membros da Conferência de Bispos Católicos da Bielorrússia.

Segundo explicou, o ecumenismo “não nasceu ontem, mas durante a Última Ceia, quando Jesus proclamou: Ut unum sint – Que sejam um. Cristo fundou a Igreja única. As divisões dentro dela são consequências do pecado”.

“A aspiração à unidade dos cristãos é antes de tudo uma realidade espiritual, e daí que o coração seja o ecumenismo espiritual”, explicou o cardeal. O caminho à comunhão, portanto, passa pela oração e a perseverança. “A perseverança deve ser, contudo, pelas duas partes”, advertiu.

“Precisamos escutar outras pessoas, mudar nossa maneira de pensar e nossos corações. Apenas então estaremos no verdadeiro ecumenismo”.

Este processo, advertiu, “não tem nada a ver com o sincretismo, já que o diálogo é possível enquanto ambas as partes mantenham sua identidade”.

“Nossos inimigos hoje não são as demais confissões, mas o secularismo e a falta de Deus. Por isso, precisamos responder juntos aos desafios do presente”, sublinhou o cardeal Kasper.

O presidente do dicastério vaticano afirmou que existem três colunas de diálogo entre cristãos: o diálogo com a Igreja ortodoxa, o diálogo com as comunidades protestantes e o diálogo com os novos movimentos religiosos.

A respeito do diálogo com os ortodoxos, o purpurado explicou que este “está já em sua segunda fase, a do diálogo teológico. Depois de uma pausa que durou alguns anos, o diálogo foi retomado em 2005”.

“Nos últimos anos se celebraram três reuniões nesse contexto –em Belgrado, Rávena e Chipre. A última delas se dedicou à questão da primazia do bispo de Roma no primeiro milênio. Deram-se pequenos passos, mas ainda resta muito adiante. Um dos aspectos positivos é que ambas as partes estão dispostas a continuar o diálogo iniciado”.

Quando ao diálogo com os protestantes, explicou, “tem-se feito muito”, mas “apareceram muitos problemas ocasionados pelo liberalismo na esfera da moralidade das Igrejas protestantes”.

Neste sentido, afirmou que o diálogo com os anglicanos “é de especial importância” e que a constituição apostólica Anglicanorum coetibus é uma resposta ao pedido dos anglicanos.