Em protesto contra a decisão, um grupo de republicanos então decidiu se reunir e se manifestou publicamente através de uma carta orientando sobre o perigo que abririam através da mudança no logotipo, ao menosprezar a liberdade religiosa. O congressista Randy Forbes, que lidera o movimento também se expressou diretamente contra a remoção da palavra “Deus”, destacando que a decisão da Força Aérea é uma das “mais chocantes” que já viu. “A Força Aérea está tomando um tom que desnecessário contra o uso da palavra ‘Deus’. É uma ponte longa demais entre os direitos de homens e mulheres que servem aos serviços militares e sua capacidade de expressar sua fé”, observa Forbes. O caso da Força Aérea é apenas um entre vários outros embates que tem ocorrido entre ateus e cristãos nos Estados Unidos, por conta de solicitações de grupos ateístas para a retirada da palavra “Deus” ou outras referências religiosas de manifestações públicas, em nome da separação entre Estado e religião. Embora diversos grupos se esforcem para marcar sua presença contra a liberdade religiosa, o jurista Geoffrey Surtees, advogado do Centro Americano para Lei e Justiça, acredita que a investida dos grupos ateus “faz parte de uma guerra que não será fácil de ser vencida, segundo sua análise. “A história e as tradições do nosso país são muito fortes, e eu acho que, para estes grupos, não há como prevalecer sobre esta base”, disse o advogado norte-americano ao The Christian Post.
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Aristóteles discerniu, 23 séculos atrás, algo que nossa sociedade tenta esquecer: há uma ordem no universo, englobando tudo o que existe. Em outras palavras: as leis da física, da química, da política e da moral são apenas aspectos de uma ordem muito maior em que estamos todos inseridos, do homem mais sábio à partícula subatômica mais distante.
O modo como nos inserimos nesta ordem é o da nossa natureza; o cachorro é essencialmente diferente da samambaia, que é diferente do homem. Cada um desses seres tem uma natureza distinta. Essa natureza é ineludível; é impossível transformar um homem em cachorro ou um cacto em um gato. Só é possível, ainda que daninho, negar temporariamente um ou outro aspecto de uma natureza; é o que se faz quando se tranca um cão, negando o gregarismo da natureza canina.
Nossa sociedade é tão useira e vezeira em fazer este tipo de coisa que acaba se convencendo de que as naturezas não existem. Faleceu há pouco tempo um senhor que fizera operações plásticas sucessivas até adquirir uma aparência supostamente felina. Nasceu homem e morreu homem, todavia; qualquer gato que o cheirasse não teria dúvida disso.
Mas vivemos sob luzes artificiais, em ambientes em que o cinza predomina, comendo coisas que vêm em caixinhas com códigos de barra, sem jamais tocar os pés nus na terra úmida de orvalho, sem ter consciência das fases da lua (mesmo as mulheres, tão intimamente ligadas a ela, frequentemente não se dão conta de como variam seus ciclos hormonais).
É nesta artificialidade do nosso modo de viver que vêm as negações mais radicais da natureza humana: os comunistas e nazistas, no século passado, mataram milhões de inocentes em tentativas naturalmente frustras de criar um Novo Homem. E ainda há, entre nossos poderosos, quem não tenha desistido.
Alguns se especializam em devaneios ligados à sexualidade, tentando reduzir o que é essencialmente um sistema reprodutivo a seus incentivos sensíveis acidentais, como se a degustação de chicletes fosse o mesmo que a nutrição. Outros, ainda, negam a agressividade humana e se dedicam à impossível tarefa de “recuperar” sociopatas ou, pior ainda, de pregar que eles seriam as verdadeiras vítimas, por não terem tido colinho, todinho ou carrinho. Para estes, as palmadas devem ser proibidas e as cadeias, fechadas.
Estão todos cegos para o essencial: a natureza humana não é um construto social, mas algo dado. Nos cabe viver dentro dessa ordem, a ordem de todas as coisas; Só assim se pode ter uma sociedade sã.
Publicado no jornal Gazeta do Povo. Carlos Ramalhete é professor.
Em sua entrevista publicada com o cofundador do jornal italiano La Reppublica, Eugenio Scalfari, o Papa Francisco se referiu ao agnosticismo e assegurou ao seu interlocutor, que não acredita na existência da alma, mesmo que ele não acredite, ele tem uma.
Francisco assegurou que “o proselitismo é uma solene tolice, não tem sentido. Nós temos que conhecer um ao outro, escutar um ao outro, e melhorar o nosso conhecimento do mundo que nos rodeia”.
“Às vezes, depois de um encontro, quero realizar outro porque nascem novas ideias e descubro novas necessidades. Isso é importante: conhecer as pessoas, ouvir, expandir nosso círculo de ideias”.
O Santo Padre assinalou que “o mundo está atravessado por caminhos que se aproximam e se separam, mas o importante é que eles nos levam para o Bem”.
“Cada um tem a sua própria ideia do Bem e do Mal e deve escolher seguir o Bem e combater o Mal, como o entende. Isso bastaria para melhorar o mundo”, assegurou.
O Papa indicou que “cada um de nós tem uma visão do Bem e do Mal. Nós devemos encorajar as pessoas a caminharem em direção ao que elas consideram ser o bem”.
A graça, disse, “não é parte da nossa consciência, é a quantidade de luz que temos na nossa alma, não de conhecimento ou de razão. Inclusive o senhor, sem o saber, poderia ser tocado pela graça”, pois “a graça diz respeito à alma”.
Depois de Scalfari assinalar que ele não acredita na alma, Francisco lhe disse “não acredita, mas você tem uma”.
O Santo Padre perguntou a seu entrevistador “você, leigo, que não acredita em Deus, em que você acredita? Você é um escritor e um homem de pensamento. Você acredita em alguma coisa, você deve ter um valor dominante. Não me responda com palavras como honestidade, busca, a visão do bem comum, todos princípios e valores importantes, não é isso que estou perguntando”.
“Estou perguntando o que você considera ser a essência do mundo, sem dúvida, do universo. Você deve se perguntar, é claro, como todo mundo, quem somos, de onde viemos, para onde vamos. Inclusive as crianças fazem essas perguntas a si mesmas. E você?”.
Scalfari agradeceu ao Papa por sua pergunta e lhe respondeu que ele acredita “no Ser, que está no tecido do qual surgem as formas e os corpos”.
“E eu acredito em Deus”, respondeu o Santo Padre, precisando que não se trata de “um Deus Católico, não há Deus Católico, há Deus e creio em Jesus Cristo, sua encarnação. Jesus é o meu mestre e meu pastor, mas Deus, o Pai, Abba, é a luz e o Criador. Esse é o meu Ser. Você acha que estamos muito distantes?”.
O Santo Padre pediu também ao diretor de La Reppublica que defina “o que você chama o Ser”.
Segundo Scalfari, “o Ser é uma fábrica de energia. Energia caótica, mas indestrutível e caos eterno. As formas emergem da energia quando ela atinge o ponto de explosão”.
Para o jornalista italiano, “as formas têm as suas próprias leis, os seus campos de magnetismo, os seus elementos químicos, que combinam aleatoriamente, evoluem e eventualmente são extintos, mas a sua energia não é destruída.”.
“O homem é provavelmente o único animal dotado de pensamento, ao menos, no nosso planeta e no sistema solar. Disse que ele é guiado por instintos e desejos, mas eu acrescentaria que ele também contém dentro de si uma ressonância, um eco, uma vocação de caos” disse Scalfari.
O Papa Francisco assinalou ao jornalista italiano que “do meu ponto de vista, Deus é a luz que ilumina a escuridão, mesmo se não a dissolve, e uma fagulha de luz divina está dentro de nós”.
“Na carta que lhe escrevi, você irá lembrar que disse que as nossas espécies terminarão, mas a luz de Deus não terminará e nesse ponto ela invadirá todas as almas e estará toda em todos”.
O Santo Padre lhe disse ao jornalista italiano que “demos um passo à frente no nosso diálogo”.
“Observamos que na sociedade e no mundo em que vivemos o egoísmo tem aumentado mais do que o amor pelos outros, e que os homens de boa vontade precisarão trabalhar, cada qual com os seus pontos fortes e experiência, para garantir que o amor aos outros aumente até que seja igual e possivelmente exceda o amor por si mesmo”, indicou.
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O maior drama do ateísmo não é a sua impossibilidade de demonstrar a inexistência de Deus, mas sim a de estar estruturalmente impedido de conseguir os seus objectivos: erradicar a religião. Porque das duas, uma: ou tece críticas inteligentes, objectivas e fundamentadas à religião, e nesse caso só pode ser benéfico para ela; ou as suas críticas não são nem inteligentes, nem objectivas, nem fundamentadas e, nesse caso, elas não beliscam a religião.
Equívoco ateísta:
“Se uma afirmação é digna de crédito, então ela pode ser formulada como uma hipótese empiricamente testável pela metodologia científica. A existência de Deus não é formulável como uma hipótese empiricamente testável pela metodologia científica. Logo, a afirmação da existência de Deus não é digna de crédito. ”
Resposta:
1. Qualquer pessoa que tenha conhecimentos mínimos de lógica reconhecerá aqui facilmente um argumento válido da forma modus tollens. Um argumento logicamente válido não é, porém, um argumento inatacável. Os melhores argumentos, como este, são dedutivos, o que significa que a conclusão sai necessariamente das premissas e, por isso mesmo, depende inteiramente delas. Isto significa que se alguma das premissas do argumento é discutível, também o será a sua conclusão. É o que se passa com este argumento.
A sua primeira premissa encerra um equívoco: o de que os seres humanos baseiam a sua existência única e exclusivamente sobre afirmações não só empiricamente testáveis mas também empiricamente testadas segundo a metodologia científica. Segundo os não crentes, as crenças humanas têm que ser racionais e a racionalidade científica é a única de que faz sentido falar. Não se fundamentando na racionalidade científica, as crenças religiosas são irracionais e, por conseguinte, não são dignas de crédito.
2. Ora, não é verdade que a racionalidade humana se reduz à racionalidade científica nem, por conseguinte, que as crenças humanas dignas de crédito são as que se baseiam neste gênero de racionalidade. Muitas das crenças humanas nas quais se fundamenta a vida das pessoas comuns baseiam-se no testemunho e no crédito que elas se atribuem umas às outras. Não são o resultado positivo de qualquer teste científico a que essas crenças são submetidas.
3. Não tenho nenhuma prova científica de que a minha mãe me amou desde que fui concebido no seu seio. Não tenho nenhuma prova científica de que sou o fruto de uma relação de amor autêntico entre o meu pai e a minha mãe. Não tenho nenhuma prova filosófica ou científica de que Picasso foi um pintor excepcional, ou de que a música de Beethoven é superior à de Wagner, ou de que a poesia de Herberto Helder tem um valor excepcional.
Não há nenhuma prova científica de que a vida humana começa no ‘momento’ da concepção, ou de que a eutanásia é a opção mais humana para quem quer terminar a sua vida em determinadas circunstâncias. Poderíamos continuar a enumerar as áreas da vida humana nas quais a racionalidade científica não tem nem a única nem a última palavra. Os críticos de arte não fazem qualquer apelo a testes empíricos realizados segundo a metodologia científica quando têm que atribuir um prêmio ao melhor filme no festival de Veneza, ou ao melhor romance, ou livro de poemas num concurso literário.
4. A vida humana vive-se numa complexa rede de relações interpessoais no interior da qual se estabelecem relações de confiança pelas quais acreditamos em muitas coisas que não são demonstráveis nem filosófica nem cientificamente. O cristianismo surgiu precisamente de uma teia de relações que se estabeleceu entre os primeiros cristãos com base em experiências factuais dos contemporâneos de Jesus. Os cristãos não têm, pois, outro acesso a Deus a não ser a partir da experiência dos primeiros cristãos no seu contacto com Cristo que se apresentou como Deus em forma humana.
5. A história do cristianismo, tomada no seu conjunto de luzes e sombras, é fundamentalmente – e continua a ser hoje -, uma história de testemunho, um testemunho que se revelou credível ao longo de dois mil anos, e que tem sido transmitido de geração em geração. Em vez de tomarem a história do cristianismo no seu conjunto, os não crentes preferem fixar-se apenas nas suas sombras. Este constitui um outro equívoco e corresponde a uma metodologia que permite aparentemente justificar uma tese e a sua contrária, segundo se considera apenas um ou outro conjunto de elementos (luzes ou sombras).
6. Os não crentes continuarão a pedir aos crentes não apenas uma prova da existência de Deus mas uma prova que seja científica. Como se Deus fosse necessariamente semelhante a um campo gravitacional ou a uma galáxia.
Continuarão a perguntar como sabemos cientificamente que os primeiros cristãos não se enganaram a respeito de Cristo. Como se eu devesse fornecer uma prova científica do amor que me têm os meus pais. O valor do testemunho não se mede pela racionalidade científica, a única que os não crentes em geral aceitam.
7. Há contudo algumas excepções. Desidério Murcho, um não crente, não reduz a racionalidade humana à sua vertente científica, como afirmou no Dererumnatura (20.12.07): “É um erro reduzir a racionalidade ao mero cálculo, à prova ou à experimentação. A racionalidade é mais vasta… Procurar justificar a crença na existência de Deus só não faz sentido se entendermos a justificação nessa acepção restrita e caricatural de justificação que tem o cientificista.”
8. Conclusão: o argumento acima citado e que nega fundamento à crença na existência de Deus, sendo embora válido, não é convincente, uma vez que a sua premissa maior carece ela mesma de fundamento.
Alfredo Dinis,sj
Experiências ‘estranhas’, ‘sobrenaturais’, são frequentemente narradas por pessoas afetadas por doenças mentais. Para alguns neurocientistas que se têm pronunciado sobre esta questão em décadas recentes, as experiências fora do comum, relacionadas com Deus, anjos e demônios, relatadas pelos seus pacientes afetados de perturbações mentais, são por eles acriticamente identificadas como experiências religiosas, e com base nelas consideram que se pode proceder a uma análise clinica e cientificamente objetiva da experiência religiosa em geral. Esta corrente tem sido denominada ‘neuroetologia’.
É no contexto da neuroteologia que surgem quatro afirmações sobre a experiência religiosa.
A primeira é a de que ela acontece nos estreitos limites do cérebro humano.
A segunda, é a de que a experiência religiosa é algo de extraordinário, não comum, e está com frequência associada a perturbações mentais.
A terceira é a de que tal experiência é essencialmente emocional e não cognitiva.
A quarta, consequência das três primeiras, é a de que o conteúdo da experiência religiosa nada tem a ver com qualquer realidade divina existente fora dos percursos neuronais do cérebro humano.
Michael Persinger é um dos neurocientistas que primeiro defendeu desde a sua primeira obra Neuropsychological Basis of Human Belief (1987), as teses hoje integradas na neuroteologia, afirmando: “as experiências de Deus são fenómenos transitórios, carregados de referências emocionais. A natureza dessas experiências é influenciada pela zona específica do cérebro na qual tem a sua origem”.( Michael Persinger, Neuropsychological Basis of Human Belief, New York: Praeger Publishers, 1987, p. 1.)
Na mesma linha de Persinger, Rawn Joseph afirma mais especificamente: “a intensa ativação do lobo temporal, do hipocampo e da amígdala, têm sido entendidas como fonte de intensas experiências sexuais, religiosas e espirituais, e a sua hiperestimulação contínua pode levar o indivíduo a estados de hiper religiosidade ou à visualização e experiência de fantasmas, demônios, anjos, e até mesmo de Deus, a afirmar-se possuído por anjos ou demônios, ou ter a experiência de deixar o seu próprio corpo.” (R. Joseph, “Dreams, spirits, and the soul” in R. Joseph (org), Neurotheology. Brain, Science, Spirituality, Religious Experience, San Jose, Califórnia, California University Press, 2003, p. 412.)
Um outro neurocientista, V.S. Ramachandran, afirma, referindo-se às experiências religiosas dos pacientes que sofrem de epilepsia no lobo temporal esquerdo, que “todos os estudantes de medicina aprendem que os pacientes com crises de epilepsia nesta parte do cérebro, podem experimentar fortes experiências espirituais durante as crises, e preocupam-se frequentemente com problemas espirituais e morais, mesmo durante os períodos entre uma crise e outra.” (V.S.Ramachandran – S. Blakeslee, Phantoms in the Brain, New York: Quill William Morrow, 1998, p. 175)
Tais pacientes “vivem experiências espirituais profundas e impressionantes, como o sentimento de uma presença divina e a sensação de se encontrarem em direta comunicação com Deus, e afirmarem-se possuídos por anjos ou demônios, ou a terem a sensação de saírem do próprio corpo.”( Ibid., p. 179)
Observando o lobo parietal posterior superior durante o estado de profunda meditação de um monge budista, Andrew Newberg, um dos mais conhecidos e reputados ‘neuroteólogos’ verificou que existia naquela área cerebral, responsável pela percepção dos limites do próprio corpo e do seu movimento no espaço, uma atividade particularmente baixa. O sentimento de perda da percepção dos limites do próprio corpo e de união com o universo experimentado pelo monge, é o simples resultado da diminuição de atividade neuronal naquela zona do cérebro. O autor afirma que encontrou o mesmo gênero de correlação em religiosas franciscanas que entravam em profunda oração. Newberg apresenta a sua teoria como uma metateologia, que revela as condições neurobiológicas de possibilidade da experiência religiosa.
Sem negar o interesse dos estudos de Newberg e dos neuroteólogos em geral, deve dizer-se que há em todos eles um esquecimento da natureza relacional do ser humano, e da dimensão comunitária da experiência religiosa, entre outros elementos.
Além disso, as experiências acima apresentadas pelos neurocientistas, são em geral, fonte de prazer. Como afirma mais explicitamente Persinger, “normalmente a experiência de Deus inclui emoções eufóricas e positivas. A pessoa fala de uma extraordinária experiência de Deus que é caracterizada por um profundo sentimento de paz, de serenidade cósmica e do significado de tudo. Trata-se sempre de um estado que inclui a redução da ansiedade acerca da morte.” (Neuropsychological Basis of Human Belief, p. 2)
Ora, a experiência religiosa não tem que ser necessariamente caracterizada por uma paz silenciosa, ou sequer por uma agitada euforia. Há pessoas cujas experiências religiosas passam por períodos, por vezes longos, de aridez e sofrimento. Como afirma Woodward, “um dos principais erros dos neuroteólogos consiste em identificar a religião com experiências e sentimentos específicos. Perder-se na oração pode ser agradável e excitante, mas estas emoções não têm nada a ver com a qualidade da nossa relação com Deus. De fato, muitas pessoas rezam melhor quando sentem vergonha ou dor, e o sentimento da ausência de Deus não é menos válido que a experiência da presença divina.” (“Faith is more than a feeling”, Newsweek, 7, May 2001, p. 58.)
Os autores que associam as experiências religiosas à activação neuronal do lobo temporal esquerdo durante episódios de epilepsia não fazem qualquer distinção entre experiências religiosas normais e patológicas, com excepção de Andrew Newberg. O autor reconhece que é um erro estabelecer uma associação necessária entre experiência religiosa e patologia: “nem todas as pessoas com epilepsia no lobo temporal esquerdo têm experiências religiosas, e certamente nem todas as experiências religiosas estão relacionadas com a atividade epiléptica no lobo temporal esquerdo. … Por conseguinte, o estudo neurocientífico das experiências espirituais deve, em parte, incluir uma ulterior distinção entre experiências espirituais que ocorrem em pessoas sem perturbações neuropsiquiátricas e experiências espirituais associadas com patologia.” (A. Newberg, “Pathological and normal spiritual experiences”, in The Global Spiral, 2001.12.10, em www.metanexus.net.)
Persinger e os demais neurocientistas citados não estabelecem a necessária distinção entre a condição necessária para que se verifique a experiência religiosa, ou qualquer outra experiência, – a actividade neuronal -, e a condição suficiente para que se verifiquem tais experiências.
Uma condição necessária não é sempre condição suficiente e, no caso da experiência religiosa, a actividade neuronal só poderia ser considerada condição suficiente se aquela experiência fosse fundamentalmente causada pelo cérebro. Ora, isso é o que se pretende provar. Não se pode partir desse pressuposto. A experiência religiosa tem a ver não apenas com a ativação cerebral, mas também com a cultura em que a pessoa se encontra – não necessariamente aquela em que nasceu ou em que foi educada – e tem a ver com opções livres e racionais no contexto da vida quotidiana, opções que são o resultado da interação de complexos fatores, internos e externos. Para os crentes, entre estes fatores está, tanto interna como externamente, Deus. Por conseguinte, a ativação neuronal é condição necessária mas não suficiente da experiência religiosa.
P. Alfredo Dinis, sj
ATEÍSMO MILITANTE
Percival Puggina
Conheço muitos ateus. Gente da melhor qualidade e gente não tão boa assim, como em qualquer conjunto de indivíduos. Só recentemente, porém, passei a encontrar ateus militantes, engajados na tarefa de menosprezar e investir contra as crenças alheias. Ora, toda militância pressupõe o desejo de concretizar algum objetivo.
O que pretende a militância ateia? 1º) Dar sumiço à ideia de Deus. Provocar e proclamar a falência total dos órgãos divinos, como fez o ensandecido Nietzsche. 2º) Eliminar as religiões para produzir uma humanidade nova, sob o senhorio do barro de que somos feitos.
***
Outro dia, nosso talentoso Luiz Fernando Veríssimo escreveu uma crônica cujo eixo expositivo firmava-se na ideia de que Deus é uma hipótese. Fiquei a pensar. Se Deus é hipótese, mera conjetura, um olhar em volta de nós mesmos revelará, então, a indispensável existência de um nada (quase escrevo esse nada com “n” maiúsculo) criador de quanto vejo. E seremos levados a atribuir a esse insignificante nada um verdadeiro frenesi criador.
Surgirá, então, quem afirme que esse nada deu origem a tudo em seis dias e que no sétimo descansou sobre uma almofada de nuvens. Outros, mais em conformidade com o cientificismo do século 21, sustentarão que esse poderosíssimo nada, no exato milissegundo do Big Bang, de um até então inexistente tempo, fez explodir pequena bolinha de coisa nenhuma e… pronto! – estava criado o Universo. Onde? Onde? No imenso e absoluto vazio no qual o nada preexistia. Bum!
É interessante constatar, portanto, que ambos, tanto os crentes em Deus quanto os ateus não prescindem, para suas convicções, de algum ato de fé. Ou em Deus, ou no nada. Os primeiros partem dessa fé para as respectivas opções religiosas. Elas levam à oração, ao encontro do sentido da vida, ao consolo dos aflitos, ao repouso da alma. No caso dos cristãos, ao conhecimento do amor de Deus, à encarnação de Jesus, ao Divino que irrompe docemente no humano e na História, aos sacramentos, à meditação, ao perdão, à misericórdia. Levam, também, aos tesouros guardados onde não os corroem as traças. E, ainda, ao amor ao próximo e ao inimigo, ao luminoso exemplo dos grandes santos, a um precioso conjunto de verdades, princípios e valores que, entre outras coisas, compõe o cerne do moderno constitucionalismo. O leitor acha que é muita coisa? Pois isso tudo é apenas uma “palhinha”. Há mais livros escritos sobre essa pauta do que a respeito de qualquer outro assunto de interesse humano.
A adesão vital ao hipotético nada, por sua vez, leva a coisa alguma. Ou por outra, leva o ser humano a deixar-se conduzir por um vórtice que se esgota em si mesmo. Organizado em militância, como vejo acontecer, compõe uma nova igreja, a igreja do non credo a que já me referi. Tal religião religa seus crentes a um hipotético nada onde não há perdão nem salvação. A fé no nada não mobiliza sequer um fio de cabelo. A esperança no nada é o próprio desespero. E tudo acaba sob sete palmos de terra. Se houver algum resíduo perceptível de espírito, algo assim como um ainda latejante fragmento de consciência, que disponham dele os vira-latas. Como é grande o prejuízo nessa escolha!
Fonte: G Prime
1) Dai-me inspiração, oh Pai!
Pois em meus versos
quero declamar…
2) Escribas selavam destinos
Mostravam o Deus vivo, eterno poder
Nos versos de tantos poetas…
3) Eu vou cavalgar, pra encontrar
A minha história nesse mundo de meu Deus!…
4) Senhor, olhai por nós que usamos teu nome em vão,
A fé sem razão… irmão contra irmão, destrói a nação!
5) O galo cantou
com os passarinhos no esplendor da manhã
agradeço a Deus por ver o dia raiar
Os trechos acima são parte das letras do samba-enredo de 2013, respectivamente, das escolas Mangueira, Salgueiro, Beija-Flor, Caprichosos de Pilares e Unidos de Vila Isabel.
Uma análise atenta dos sambas deste ano das 12 agremiações do Grupo Especial do carnaval carioca revela que as referências a Deus são abundantes. O site do portal Terra usou o sistema “nuvem de palavras” para identificar os termos mais usados pelas Escolas do Rio este ano.
O resultado surpreende. A chamada “festa mais profana do planeta”, mostra que “Deus” está em alta! Só perde para o tradicional grito dos puxadores “Vaaaaaai”. Mas essa não é parte dos sambas, apenas ajuda na marcação do tempo.
Em sequencia, “Coração”, “emoção” e “mistério” são os termos mais populares. Isso não significa que existe um sentido de adoração ou louvor, mas ressalta que existe uma espiritualidade intrínseca que muitas vezes passa despercebida pelos foliões.
Prof. Dr. Felipe Aquino*
Alguns cientistas ateus tentam usar a Ciência para provar que ou Deus não existe e/ou que não precisamos Dele para explicar a origem do Universo e da vida humana. Fazer isso é manipular a ciência. Nenhuma de suas teses e proposições são satisfatórias, pois Deus está numa dimensão além da ciência. Até hoje ninguém conseguiu explicar a origem da vida, e o que ela é. Um mistério de Deus.
O físico Marcelo Gleiser, ateu confesso, que escreve na Folha de São Paulo, mistura suas crenças ateias com a astrofísica e apresenta uma cosmovisão suspeita, empurrando a física para o lado do ateísmo, ideologicamente.
Em recente entrevista à Tv Bandeirantes, ele tentou mostrar que a ciência pode explicar a origem da vida humana, pelo “Princípio da Incerteza”, mas caiu no vazio como os demais.
Ora, o que ensina esse Princípio?
Este Princípio da Física, é a base da mecânica quântica e foi formulado em 1919 pelo físico alemão Werner Heisenberg; afirma que não é possível ter simultaneamente a certeza da posição e da velocidade de uma partícula e que, quanto maior for a precisão com que se conhece uma delas, menor será a precisão com que se pode conhecer a outra. A teoria do quantumde Max Planck ajudou a entender o porquê disso. Dr. Planck, Prêmio Nobel de física, estudou profundamente o assunto. É bom dizer que tanto Heisenberg como Planck acreditavam em Deus e eram crentes. É pena que Marcelo Gleiser, que aprendeu com eles a física, não tenha aprendido religião. Heisenberg foi Prêmio Nobel de física em 1932 e disse:
“Creio que Deus existe e que dEle procede tudo. A ordem e a harmonia das partículas atômicas têm que ter sido impostas por alguém.” (HEISENBERG, Werner K., dito em Madrid, 1969. Físico, Nobel de 1932).
Max Plank (1858-1947), físico, alemão, criador da teoria dos quanta, Prêmio Nobel 1928, disse:
“Para onde quer que se dilate o nosso olhar, em parte alguma vemos contradição entre Ciências Naturais e Religião; antes, encontramos plena convergência nos pontos decisivos. Ciências Naturais e Religião não se excluem mutuamente, como hoje em dia muitos pensam e receiam, mas completam-se e apelam uma para a outra. Para o crente, Deus está no começo; para o físico, Deus está no ponto de chegada de toda a sua reflexão. (Gott steht für den Gläubigen em Anfang, fur den Phystker am Ende alles Denkens)”.
Posso ainda citar o Dr. Schrödinger (1887- 1961), criador da mecânica ondulatória, Prêmio Nobel 1933:
“A obra mestra mais fina é a feita por Deus, segundo os princípios da mecânica quântica…”.
Fiz meu doutorado em ciências exatas no ITA e na UNESP, e pude estudar física quântica, cálculo tensorial de Einstein, mecânica relativística, Teoria cinética dos gases, etc., e não encontrei a mínima base científica no que Gleiser colocou para explicar a origem da vida e do Universo pelo Princípio da Incerteza de Heisenberg.
Para Gleiser a vida humana teve origem por acaso, e não tem como fator inicial a origem de vida inteligente. Tudo é obra do “senhor Acaso”cego e impotente, como se fosse um ser inteligente e organizador. É lamentável que um cientista moderno, que escreve em um grande Jornal, ainda apele para o senhor Acaso. O Dr. Adolf Butenandt, Prêmio Nobel em Química, em 1938, por seu trabalho sobre os hormônios sexuais, disse que:
“Com o átomos de um bilhão de estrelas, o acaso cego não conseguiria produzir sequer uma proteína útil para a vida”. (“A Criação não é um mito” , Domenico E. Ravalico, Ed.Paulinas, SP, 1979).
Desde já eu contraponho à tese do Dr. Gleiser, a palavra do maior cientista em biotecnologia dos tempos modernos, Dr. Francis Collins, Diretor do Projeto Genoma Humano, o maior empreendimento em biotecnologia do mundo.
Dr. Francis Collins, que é biólogo, físico, químico e médico, foi um dos responsáveis por um feito espetacular da ciência moderna: o mapeamento do DNA humano, em 2001. Foi o cientista que mais rastreou genes com vistas ao tratamento de doenças em todo o mundo. Ele escreveu o livro “The Language of God” (A Linguagem de Deus), onde conta como deixou de ser ateu para se tornar cristão aos 27 anos.
Dr. Collings enfrenta os famosos cientistas ateus como Richard Dawkins, Daniel Dennett e Sam Harris, dizendo:
”Eu acredito que o ateísmo é a mais irracional das escolhas. Os cientistas ateus, que acreditam apenas na teoria da evolução e negam todo o resto, sofrem de excesso de confiança…”. (VEJA, Edição 1992 de 24 de janeiro de 2007).
Chega a ser ridículo um físico moderno apelar para o Acaso para explicar a origem do universo e da vida.
Sabemos que o Universo teve origem com o Big Bang, melhor entendido hoje como uma “Big expansion” conduzida por Deus milimetricamente para chegar até o homem; como mostra hoje o “Principio Antrópico”. O Big Bang foi uma genial descoberta do Padre belga Dr. George Lamaitre, amigo de Einstein, que disse-lhe ser “a melhor explicação para a origem do Universo”. Einstein também acreditava em Deus, e dizia que “Deus não joga dados”; isto é, nada é obra do Acaso.
Os físicos do CERN, o maior acelerador de partículas nucleares já criado, a maior maquina humana já construída que custou mais de dez bilhões de dólares, comprovaram a realidade do Big Bang com a descoberta do bóson de HIggs. Os físicos modernos dizem que o Big Bang é a expansão de uma partícula de tamanho quase zero, mas que carrega uma massa e uma energia tão grande que é imensurável. Ora, quem poderia gerar isso senão Deus. Tudo o que existe fora do nada é obra de Alguém. O que existe atrás do “muro de Planck” – o que está antes do Big Bang – ninguém sabe, só Deus.
O Dr. Marcelo Gleiser defende a origem do Big Bang como produto mecânico da energia vital, uma energia que seria origem do ponto ou núcleo que deu origem a expansão do Universo. Mas ele não consegue explicar quem e como surgiu esse núcleo extremamente pequeno de massa e energia infinitas. Apela para o Acaso, uma fuga, e se refugia no Princípio de Heisenberg, outra fuga.
Viemos sim do “pó das estrelas”, mas criados por Deus.
*Prof. Felipe Aquino é doutorado pela UNESP, escreveu 73 livros e recebeu do Papa Bento XVI em 6/2/2012 o título de Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno
Os pinguins são nadadores exímios mas devido à resistência gerada pela fricção hidráulica – que deveria ser enorme – não era suposto eles serem tão rápidos a serpentear pela água e para cima dos blocos de gelo. Os pesquisadores, familiarizados que estão com as tentativas recentes de usar o ar como lubrificante para os barcos, repararam nas bolhas de ar que os pinguins “vestem” durante as suas subidas turbolentas. Tendo essa observação como base, os cientistas questionaram-se se os pinguins usam o ar como acelerador subaquático.
A National Geographic reportou recentemente a forma como Roger Hughes (Biólogo na Bangor University), inspirado por um documentário da BBC de 2001 que exibia pinguins imperadores a saltar para fora da água1, associou-se com um engenheiro dinamarquês e outros dois pesquisadores para investigar a forma como os pinguins conseguiam levar a cabo tal proeza. Os seus resultados, publicados na revista científica Marine Ecology Progress Series em 2011, revelaram o design único e espantoso presente nos corpos dos pinguins.2
Os autores do estudo admitiram que sem um pinguim de “controle”, isto é, um que não liberte bolhas de ar enquanto nada, eles não podem provar cientificamente a hipótese de que o pinguim imperador – e por extensão, os outros pinguins com habilidades similares – usam penas bolhas de ar para acelerarem enquanto se encontram debaixo de água. No entanto, eles encontraram inúmeras evidências em favor desta ideia.
Quando os pinguins se encontram fora da água, eles alisam as suas penas e aveludam-nas ao longo do seu corpo, aumentando cerca de 2,5 cm de ar entre a pele e parte mais externa das penas. O alisamento acrescenta também óleo de impermeabilização às penas, o que, junto com o resto, faz com que o pinguim transporte consigo um revestimento (ou um “casaco”) de ar quando mergulha nos oceanos.
Os pesquisadores estudaram cuidadosamente as imagens de pinguins a mergulhar e a emergir, e estimaram que eles se elevam, em média, a uma velocidade “2,8 vezes mais rápida que a sua velocidade descendente.“2 Quando os penguins mergulham a flutuabilidade do seu revestimento de ar requer mais energia do que quando eles nadam na direcção ascendente. Essencialmente, os pinguins armazenam essa energia e usa-na mais tarde para acelerar em direcção à superfície.
Os autores do estudo conjecturam que os pinguins trancam as suas penas sobre o ar comprimido em profundidade. Quando eles nadam para cima, o ar expande, mas eles permanecem com as penas para baixo contra a força de ar em expansão, que “irá automaticamente ser liberto na forma de pequenas bolhas.”2
Estas pequenas bolhas retiram grande parte da fricção entre as penas e a água – chegando aos 100%. Experiências levadas a cabo contra folhas planas representando os lados do tanque, mostraram uma redução da fricção que chegou aos 80%, segundo Hughes e os seus co-autores do estudo. O pinguim desliza através do “casaco” de ar que gera, deixando para trás as bolhas de ar. Esta talvez seja a razão que leva os pinguins a “disparar” para fora de água a 29 quilómetros por hora!
Como é que os pinguins gerem os “casacos” de ar? Primeiro, eles têm que saber como os alisar. Eles precisam também dum corpo aerodinâmico, formado para permitir que os seus bicos atinjam muitas penas corporais enquanto se alisam. Adicionalmente, “a plumagem dos pinguins é diferente das outras áves.”2 As suas penas encontram-se espalhadas de maneira uniforme por todo o seu corpo numa pequena malha de fios finos.
Elas têm toda a aparência de terem sido intencionalmente criadas para “prender” o ar.
Os pinguins precisam também de produzir o óleo específico que lhes permita preparar e impermeabilizar as suas penas. Para além disto, o “pinguim imperador precisa de ter um controle considerável sobre a sua plumagem.”2 Com músculos anexados a cada uma das penas, é perfeitamente razoável acreditar que os pinguins possuem tal controle. Todas as partes interligadas não só estão perfeitamente ajustadas, como são todas elas necessárias. Se uma das partes não funciona, todo o sistema entra em colapso.
Hughes e os seus co-autores poderiam testar empiricamente a ideia de construir um modelo de pinguim, mas “tecnicamente, isto seria uma tarefa difícil uma vez que a complexidade da plumagem do pinguim seria difícil de replicar através duma membrana ou malha porosa.”2 E o que é tecnicamente difícil de construir para homens inteligentes, é totalmente impossível de ser feito através de forças naturais não-inteligentes.
Mas, claro, isso é um problema para os evolucionistas, que, apesar da inexistência de evidências em favor disso, acreditam religiosamente e militantemente que aquilo que mentes inteligentes não conseguem fazer, as forças não-inteligentes da natureza conseguiram fazer. Para nós Cristãos, a extraordinária complexidade das características do pinguim não são um problema visto que nós estamos cientes que Nele, no Senhor Jesus Cristo (o Eterno Deus), ” todas as coisas subsistem” – até as penas dos pinguins.(3)
Referências
Hodges, G. Escape Velocity. National Geographic. Posted on ngm.nationalgeographic.com November 2012, accessed November 27, 2012.
Davenport, J. et al. 2011. Drag reduction by air release promotes fast ascent in jumping emperor penguins — a novel hypothesis. Marine Ecology Progress Series. 430: 171-182.
Colossenses 1,17.
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Para comemorar o calor intenso que tem feito nos últimos dias em grande parte do Brasil, confira algumas fotos que vem do hemisfério norte, onde o outono está no fim, e no dia 21 começa o inverno.
Estas macrofotografias de flocos de neve foram feitas pelo fotógrafo russo Andrew Osokin.
A beleza, complexidade e delicadeza destes flocos de neve é tanta que é difícil acreditar que são reais. Mas são.
Enquanto nosso inverno não chega, com um pouco de neve em Gramado e Canela no Rio Grande do Sul, refresque-se com a beleza resultante da baixa temperatura.
Fonte Gizmodo
Que a neve é um fenômeno muito bonito ninguém duvida – mas cada partícula que constitui a neve é um espetáculo à parte. Confira algumas imagens de flocos de neve vistos através de um microscópio.
A simetria dos flocos de neve encanta pesquisadores desde a antiguidade, quando chineses notaram que seus lados eram perfeitamente iguais. Até mesmo famosos cientistas como Johannes Kepler, Descartes e Robert Hooke.
Até mesmo um agricultor americano chamado Wilson Bentley fotografou milhares de flocos em toda a sua vida para tentar provar que eles eram completamente diferentes um dos outros.
Atualmente, sabe-se que os flocos de neve são distintos porque seu formato depende da temperatura e da pressão das nuvens. Como eles nunca se formam exatamente no mesmo lugar e caem em momentos diferentes, o histórico deles não é o mesmo, logo sua forma sempre varia.
Até hoje, nunca se encontrou dois flocos de neve exatamente iguais.
Terra | AFP
O Alto Conselho do Audiovisual (RTUK) turco aplicou uma multa de 22.600 euros ao canal de televisão turco CNBC-E por ter exibido um episódio da série animada Os Simpsons em que Deus aparece servindo uma xícara de café a Satã, informou a imprensa local.
O RTUK justificou sua decisão alegando que o episódio “debocha de Deus”. Na história, Deus também encoraja os jovens a consumir álcool por ocasião do Ano Novo e a morte é incentivada por “ordem divina”, segundo o jornal Hurriyet.
“A Bíblia é publicamente queimada e Deus e Satã são mostrados sob a forma de humanos”, denuciam as autoridades citadas pelo jornal.
A AFP não conseguiu contatar o RTUK para comentar esta decisão.
Hoje, diante de milhares de fiéis e peregrinos o Papa Bento XVI concedeu, na Sala Paulo VI, a Audiência Geral das\ quartas feiras.
Na ocasião, o Papa propôs a meditação acerca das três vias de acesso ao conhecimento de Deus. Vias que podem abrir o coração do homem ao conhecimento do Senhor, sinais que conduzem em direção a Ele.
A primeira dessas vias é o mundo, ou seja, a ordem e a beleza da criação nos levam a descobrir Deus como origem e fim do universo.
A segunda via é o homem. Com sua abertura à verdade, seu sentido de bem moral, sua liberdade e a voz da consciência, sua sede de infinito, o homem se interroga sobre a existência de Deus e descobre que somente Nele pode existir.
A seguir o Pontífice tratou da terceira via: a fé: quem crê está unido a Deus, aberto a sua graça, à força da caridade. Um cristão ou uma comunidade que é fiel ao projeto divino, se constitui num caminho privilegiado da existência e das ações de Deus para os indiferentes ou para os que duvidam. O Cristianismo, antes de ser uma moral ou uma ética, é a manifestação do amor que acolhe a todos na pessoa de Jesus.
Essas vias, explicou o Santo Padre, nos levam ao conhecimento da existência de uma realidade que é a causa primeira e o fim último de tudo. Na realidade, continuou o Papa, o homem, separado de Deus, está reduzido a uma única dimensão, a horizontal, e justamente este reducionismo é um das causas fundamentais dos totalitarismos que tiveram consequências trágicas no século passado, como também da crise de valores que vemos na realidade atual.
Ignorando a referência a Deus, ignora-se a o horizonte ético, para deixar espaço ao relativismo e a uma concepção ambígua da liberdade. Se Deus perde a centralidade, ensinou Bento XVI, o homem perde o seu lugar correto, não encontra mais o seu espaço na criação e nas relações com os outros. (JS)