Uma nova crítica ao filme “Dois Papas” foi feita, desta vez, pelo Bispo Auxiliar de Los Angeles, Dom Robert Barron, que assegura que há tanto “desequilíbrio” na representação dos protagonistas, que “prejudica fatalmente” o filme.

“The Two Popes” (Dois Papas), que estreou na Netflix em 2019, centra-se em encontros imaginários entre o Papa Bento XVI e o Cardeal Jorge Mario Bergoglio no período entre os conclaves de 2005 e 2013. No filme, Bento XVI é interpretado por Anthony Hopkins e o Cardeal Bergoglio, o futuro Papa Francisco, por Jonathan Pryce.

“O novo filme da Netflix, The Two Popes, deveria se chamar The One Pope (O único Papa), por direito, já que apresenta um retrato bastante matizado, texturizado e compreensivo de Jorge Mario Bergoglio (Papa Francisco) e uma caricatura completa de Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI). Esse desequilíbrio prejudica fatalmente o filme, cujo objetivo, ao que parece, é mostrar que o velho Bento, mal humorado e legalista, encontra seu rumo espiritual através do ministério de Francisco amigável e progressivo”, escreveu Dom Barron em uma coluna de opinião intitulada “The One Pope”, publicada em 2 de janeiro no site ‘Word on Fire’.

O Prelado explica que, na forma como o filme é narrado, “viola as duas figuras e converte o que poderia ter sido um estudo de caráter extremamente interessante em uma apologia previsível e tediosa do cineasta sobre o catolicismo”.

ALERTA DE SPOILERS

Dom Barron comenta em sua coluna que fica claro “que estamos lidando com uma caricatura de Ratzinger” quando “apresenta-se o Cardeal bávaro como um ambicioso que faz complô para assegurar a sua eleição como Papa em 2005”.

“Em pelo menos três ocasiões, o verdadeiro Cardeal Ratzinger implorou a João Paulo II que lhe permitisse se aposentar de seu cargo de Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e se dedicar a uma vida de estudo e oração. Ele só ficou porque João Paulo rejeitou categoricamente os seus pedidos. E em 2005, após a morte de João Paulo II, até os opositores ideológicos de Ratzinger admitiram que o Cardeal, então com 78 anos, não queria mais nada além de retornar à Baviera e escrever sua cristologia”, esclareceu o Bispo Auxiliar de Los Angeles.

Outra cena criticada pelo Prelado é a que representa uma reunião imaginária entre o Papa Bento e o Cardeal Bergoglio nos jardins de Castel Gandolfo.

Nesta reunião, “o velho papa se dirige ao seu colega argentino franzindo a testa, criticando amargamente a teologia do Cardeal”, disse Dom Barron.

“Mais uma vez, inclusive os difamadores de Joseph Ratzinger admitem que o ‘rottweiler de Deus’ é de fato invariavelmente amável, de voz suave e gentil em seus tratos com os demais. O ideólogo dos latidos é, novamente, uma caricatura conveniente, mas nem sequer próxima ao verdadeiro Ratzinger”, esclarece.

Segundo Dom Barron, a mais grave descaracterização ocorre no final do filme “quando um Bento desanimado, determinado a renunciar ao papado, admite que havia deixado de ouvir a voz de Deus e que havia começado a escutá-la novamente através de sua nova amizade com o Cardeal Bergoglio”.

O Prelado sustenta que seu comentário não significa “um falta de respeito” ao Papa Francisco, mas que lhe parece “absurdo”, considerando que Bento XVI é “um dos católicos mais inteligentes e espiritualmente alertas dos últimos cem anos”.

“Do começo ao fim de sua carreira, Ratzinger/Bento produziu algumas das teologias espiritualmente mais luminosas da grande tradição. Sim, é evidente que em 2012 estava cansado e fisicamente doente e que se sentia incapaz de governar o grande aparato da Igreja Católica; mas de nenhuma maneira estava espiritualmente perdido. Mais uma vez, poderia ser uma fantasia para alguns de esquerda que os ‘conservadores’ ocultem sua falência espiritual por trás de uma aparência de regras e autoritarismo, mas seria muito difícil aplicar essa hermenêutica a Joseph Ratzinger”, afirmou o Bispo Barron.

Por outro lado, reconhece que as melhores partes deste filme são as memórias das etapas passadas ​​na vida de Jorge Mario Bergoglio, que “lança uma luz considerável sobre o desenvolvimento psicológico e espiritual do futuro Papa”.

“A cena que representa seu poderoso encontro com um confessor que morre de câncer é particularmente comovente, e o tratamento intransigente de suas relações com dois sacerdotes jesuítas sob sua autoridade durante a ‘Guerra Suja’ na Argentina explica em grande parte seu compromisso com os pobres e uma forma de vida simples”, assegurou o Bispo Auxiliar de Los Angeles.

Em outro ponto, Dom Barron opina que o que teria melhorado “infinitamente” o filme “seria um tratamento semelhante em relação a Joseph Ratzinger”.

“Se pelo menos tivéssemos uma lembrança do menino de dezesseis anos de uma família ferozmente antinazista, pressionado pelo serviço militar nos últimos dias do Terceiro Reich, entenderíamos mais a fundo a profunda suspeita de Ratzinger das utopias seculares/totalitárias e cultos da personalidade. Se pelo menos tivéssemos uma lembrança do jovem sacerdote, Peritus (especialista em teologia) para o Cardeal Frings, diante da facção liberal no Vaticano II e ansioso por abandonar o conservadorismo pré-conciliar, teríamos entendido que não era um guardião ingênuo do status quo”, descreve.

Além disso, Dom Barron também acha que faltou pelo menos “um flashback com o professor de Tubingen, escandalizado por um extremismo pós-conciliar”, com o qual seria possível entender “sua reticência em relação aos programas que advogam a mudança apenas pela mudança”.

“Se ao menos tivéssemos uma memória do Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé que compôs um documento matizado, tanto crítico como profundamente agradecido pela Teologia da Libertação, poderíamos ter entendido que o Papa Bento não era indiferente à difícil situação dos pobres”, acrescentou.

Por fim, Dom Barron destaca que um tratamento como o explicado “teria feito um filme muito mais longo, mas quem se importa?”.

“Eu estive disposto a passar três horas e meia tediosas de The Irishman (Irlandês). Eu teria gostado de ver quatro horas de um filme que fosse tão honesto e perspicaz sobre Joseph Ratzinger como o foi sobre Jorge Mario Bergoglio. Teria sido não apenas para um fascinante estudo psicológico, mas também para um olhar esclarecedor sobre duas perspectivas eclesiais diferentes mas profundamente complementares. Em troca, tivemos mais de uma caricatura”, concluiu Dom Barron.

Você trabalhou duro o ano todo, foram horas e horas de trabalho – muitas delas até fora do expediente – e uma infinidade de tarefas que consumiram seu tempo até mesmo quando você estava longe do escritório. Então, com a proximidade do Natal e a chegada do 13° salário, você já prepara a lista de presentes e também já tem em mente o que deseja comprar na black friday.

Ok, não é errado gastar um pouco do suado dinheirinho com alguns itens e até mesmo algo que desejamos há muito tempo. Porém, não devemos esquecer que datas como essa foram criadas com o intuito de aumentar as vendas e, por isso, as lojas criam grandes anúncios divulgando preços que parecem “sensacionais”, “imperdíveis”. Pronto: lá estamos nós preparados para não perder algo que parece uma “oportunidade única”.

Sendo assim, é válido pensar um pouco antes de agir por impulso. E, para te ajudar a manter as finanças sob controle e, quem sabe até poupar, separamos oito motivos para você refletir antes de iniciar sua jornada de compras na black friday:

1 A BLACK FRIDAY NOS ENCORA A GASTAR DESNECESSARIAMENTE

Os compradores mais inteligentes têm um plano estratégico e organizado para a data: eles sabem exatamente o que querem e priorizam as lojas que já conhecem e pesquisaram antecipadamente. Porém, para os desavisados, as atraentes promoções anunciadas os deixam transtornados e vulneráveis a usar o cartão de crédito inadvertidamente. O problema com as compras por impulso é não saber se aquele é de fato um bom negócio ou não, pois não envolveu comparação de preços, leituras de avaliações do produto e, até mesmo, não envolveu uma breve pausa para se pensar na real necessidade daquele bem, principalmente se ele é um produto de maior valor;

2 TENHA FOCO E SÓ COMPRE O QUE VOCÊ PRECISA

É deliciosamente fácil se deixar levar pelo modismo e emoção da black friday. Surpreendentemente, 92% das pessoas fazem compras por impulso com base em ofertas e negócios. Então pense se você realmente precisa ou quer aquilo que lhe chama atenção. Você também deve evitar compras do tipo “pague 2 leve 6”, principalmente em lojas de perfil atacadista – você não precisa se render à barganha de comprar seis escovas de dentes elétricas pensando que talvez consiga convencer seus amigos a comprar os excedentes. Geralmente, há um motivo pelo qual os varejistas ofereçam descontos em mercadorias como esta, e muitas vezes é o fato de que um novo modelo será lançado em breve. Pense antes de comprar;

3 PREÇO DE BLACK FRIDAY NEM SEMPRE É O MELHOR

Com as recém-chegadas coleções de verão às lojas, definitivamente essa não é a melhor data para comprar as últimas tendências da moda. O mesmo vale para itens de decoração de Natal. E não deixe de iniciar a pesquisa dos preços daquilo que você quer com antecedência e, assim, poderá identificar se o lojista aumentou os valores às vésperas da black friday com o intuito de criar um desconto falso, ou seja, o produto está sendo vendido com o preço normal;

4 EXISTEM OUTRAS MANEIRAS DE CONSEGUIR PROMOÇÕES

O desconto na black friday pode ser bom, mas não necessariamente quer dizer que aquele é o menor preço que tal produto já atingiu. Para saber se vale a pena comprar ou não, procure por sites especializados em pesquisas de preço e passe a acompanhar a variação do valor do produto desejado ao longo dos meses. Alguns sites permitem até que você crie uma conta e receba um alerta por e-mail, caso o produto atinja preço inferior ao que você determinou. Nesse caso, você se deve estar atento se a loja vendedora é conhecida e tem boa reputação na internet;

5 AQUELE “GRANDE NEGÓCIO” PROVAVELMENTE NÃO VALE A PENA

Você se deparou com uma verdadeira pechincha: uma TV de 50 polegadas por R$ 1.000,00! Mas você já ouviu falar dessa marca? Se não é uma grande marca como as que você já conhece, provavelmente é melhor não arriscar e evitar dores de cabeça no futuro. Também fique atento às coisas do mostruário da loja, que costumam ser oferecidas com preço bem inferior ao do produto na caixa, mas que podem apresentar arranhões, falta de peças e até dos manuais de instruções. Se achar que mesmo assim vale a pena, tente barganhar o máximo possível;  

6 PODEM EXISTIR MELHORES OFERTAS EM OUTRAS OPORTUNIDADES

Por que todos pensamos na black friday como o único dia em que podemos economizar dinheiro? A maioria das lojas, especialmente em tempos econômicos ruins, promovem grandes liquidações nas primeiras semanas do ano. Há também varejistas que mantêm os preços baixos durante toda a temporada de festas para incentivar a compra ou até oferecer melhores vendas nas semanas seguintes à black friday. Para aqueles que não procuram presentes de Natal, a semana imediatamente após o feriado costuma oferecer melhores preços, já que as lojas tentam se livrar do estoque que carregaram durante as festas de fim de ano. É nessa época que os grandes varejistas promovem grandes descontos em itens como brinquedos, pois precisam de espaço para renovar suas prateleiras; 

7 QUANTO MAIS VOCÊ TEM, MAIOR PODERÁ SER SEU NÍVEL DE ESTRESSE

O aumento de posses impacta diretamente no aumento de responsabilidades. Um terreno ou casa nova exigem mais pagamentos de taxas e impostos, já um carro exige também coisas como documentação, seguro e por aí vai. E quando se trata de objetos como equipamentos eletrônicos, móveis, eletrodomésticos, à medida que eles aumentam em quantidade, automaticamente passam a ocupar mais espaço físico, o que pode levar a uma limitação de espaços dentro da casa e gerar estresse. Se você tem tendência a acumular coisas, veja se não é hora de repensar seus hábitos;

8 A ÂNSIA POR COMPRAS NOS DEIXA ALIENADOS, AO INVÉS DE AGRADECIDOS

Em uma das memoráveis passagens do Livro de Mateus, Nosso Senhor Jesus Cristo disse: “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.” (Mateus 6,19-21)

Enfim, nessa época, a black friday domina a atenção das pessoas e se torna um assunto central nas conversas, com todos falando sobre descontos e o que deseja comprar e se esquecendo de que deveriam estar se preparando para o Advento. A cada um de nós cabe refletir que o momento é de agradecimento a Deus pela prosperidade e todas as realizações alcançadas ao longo do ano.

Autora: Beatriz Camargo

Nos últimos anos tem havido um pequeno movimento – principalmente na Europa – segundo o qual os indivíduos procuram ser “desbalizados” e removidos do registro batismal das igrejas. Trata-se de uma maneira formal de “renunciar” ao sacramento do Batismo, cortando completamente os laços com a Igreja Católica.

Mas o Batismo pode ser anulado?

O Catecismo da Igreja Católica afirma que:

“Incorporado em Cristo pelo Batismo, o batizado é configurado com Cristo. O Batismo marca o cristão com um selo espiritual indelével da sua pertença a Cristo. Esta marca não é apagada por nenhum pecado, embora o pecado impeça o Batismo de produzir frutos de salvação. Ministrado uma vez por todas, o Batismo não pode ser repetido”(Catecismo da Igreja Católica, 1272).

Isso significa que, mesmo que uma pessoa peque contra Deus, renunciando a Ele de maneira oficial, esse ato nunca pode apagar a marca espiritual deixada pelo batismo.

O Catecismo acrescenta:

“O Espírito Santo nos marcou com o selo do Senhor (‘caráter de Dominicus’) ‘para o dia da redenção.’ ‘O batismo de fato é o selo da vida eterna’. O cristão fiel que ‘manteve o selo ‘até o fim, permanecendo fiel às exigências de seu batismo, poderá partir desta vida’ assinalada com o sinal da fé ‘”(CCC 1274).

O selo do Batismo não garante uma “passagem” para o céu, mas marca para sempre a alma de uma pessoa e ela será julgada por Deus, de acordo com esse selo.

Com isto em mente, um pastor não é capaz de remover uma pessoa de seu registro batismal. É também por isso que uma pessoa nunca pode ser batizada pela segunda vez. Desde que o primeiro Batismo seja válido, um católico que renuncie oficialmente a sua fé não precisa ser batizado pela segunda vez para ser readmitido no rebanho. A recepção fiel do sacramento da Confissão (juntamente com a plena satisfação de qualquer tipo de penitência ligada a esses pecados) tem o poder de eliminar todos os pecados e restaurar a inocência batismal da pessoa.

Ateus e satanistas que se arrependem de seus pecados são bem-vindos de volta ao rebanho de Jesus Cristo e não precisam ser batizados novamente.

Deus é muito paciente e, mesmo quando nos afastamos de nossas promessas batismais, ele nunca para de nos perseguir. Cabe a nós nos permitir sermos encontrados por Deus e aceitar seu amor em nossas vidas.

Autor: Philip Kosloski

O amistoso em Viena seria a estreia internacional da recém-formada seleção feminina de futebol do Vaticano, mas se transformou num protesto contra a Igreja.

Surpreendidas pelas provocações das adversárias, as jogadoras do time feminino de futebol do Vaticano deixaram o campo em Viena antes do início do jogo com as austríacas do Mariahilf.

O amistoso seria a estreia internacional da recém-formada seleção feminina de futebol do Vaticano, mas se transformou num protesto contra a Igreja. Durante o hino do Vaticano, algumas meninas austríacas levantaram suas camisetas expondo frases a favor do aborto e proclamando mensagens pró-LGBT, em controvérsia com as posições da Igreja. Das arquibancadas surgiram também faixas polêmicas.

Time acaba de ser criado

O protesto surpreendeu as jogadoras do Vaticano e toda a equipe técnica, que estavam prontas para uma simples festa. Em conjunto com o diretor esportivo, tomaram a dolorosa decisão de não jogar a partida para não continuar a instrumentalização de um evento para o qual haviam se preparado com alegria.

O time de futebol feminino do Vaticano jogou no último dia 26 de maio seu primeiro jogo contra as meninas da ‘Primavera de Roma’: apesar de perderem de 10 a zero, o evento foi uma bela manifestação de amizade e esporte.

Vatican News

O Prefeito da Educação Católica apresenta o novo documento “Homem e mulher os criou”: “Há uma emergência educacional, devemos superar os slogans. Respeitamos e exigimos respeito”

“Sobre gênero, devemos encontrar vias de diálogo, sem cair em slogans e extremismos. Mas devemos fazê-lo a partir de nossa identidade e sabendo traduzir em argumentos da razão também a luz que vem da fé, porque a confusão é grande e nas escolas há o risco de se impor como científico um único pensamento. Nós respeitamos todos, mas pedimos para sermos respeitados”. São estas as palavras do cardeal Giuseppe Versaldi, prefeito da Congregação para a Educação Católica, que junto com o arcebispo Vincenzo Zani, secretário do Dicastério, assinou o documento “Homem e mulher os criou”.

Ele foi entrevistado pelo Vatican News.

Eminência, qual é o propósito do documento?

É importante nos deter no subtítulo: ‘Para um diálogo sobre a questão do gênero na educação’. O nosso não é um documento doutrinário, mas é bastante metodológico: como educar as jovens gerações para abordar essas questões numa época em que há tanta confusão sobre isso. Estamos testemunhando o risco de que seja imposto nas escolas como científico um pensamento único que não podemos aceitar. Ao mesmo tempo, devemos ser capazes de dialogar, de nos renovar e de valorizar o que de bom emergiu das pesquisas sobre gênero.

Como nasce esse novo texto?

A ocasião e o estímulo para prepará-la vieram das visitas ad limina dos bispos de todo o mundo, também das viagens que realizamos e especialmente das escolas e universidades. Uma ideologia de gênero está se difundindo e o ensino da Igreja é rotulado como retrógrado. Por isso era necessário tentar estabelecer um diálogo educacional sobre esse tema.

Em que bases vocês trabalharam?

Tentamos fazer isso no plano da razão, com argumentos racionais, e não com slogans ou de maneira fideísta. Para nós, a razão é iluminada pela fé e a fé não é contrária à razão. Sobre a questão do gênero, no entanto, é possível estabelecer um diálogo com base em argumentos que não requerem a adesão à fé católica, através de três atitudes: escutar, raciocinar e propor. Existem argumentos racionais que esclarecem a centralidade do corpo como subjetividade que comunica a identidade do ser. Sob tal luz, se entende o dado biológico da diferença sexual entre homem e mulher. A formação da identidade é baseada na alteridade e na família o confronto com a mãe e o pai facilita a criança na elaboração de sua própria identidade-diferença sexual. O gênero “neutro” ou “terceiro gênero”, por outro lado, aparece como uma construção fictícia.

Quais são os pontos de encontro?

Primeiro, devemos distinguir entre a ideologia de gênero que é apresentada como científica e que também se difunde nas escolas, das pesquisas sobre gênero. Embora não aceitemos a ideologia, reconhecemos pontos de encontro nas pesquisas sobre gênero para crescer na compreensão recíproca. Cito dois exemplos: a mesma dignidade entre homem e mulher, depois das formas de injusta subordinação que marcaram séculos da nossa história. Depois, há a educação das crianças e dos jovens para respeitar cada pessoa em sua condição peculiar e diferente – deficiência, raça, religião, tendências afetivas – combatendo toda forma de bullying e discriminação injusta. Outro ponto importante diz respeito aos valores da feminilidade evidenciados na reflexão sobre gênero: tem havido muito foco no aspecto físico da sexualidade, ofuscando aspectos culturais que aprofundam a natureza, porém sem se opor a ela. Esse aprofundamento do valor da feminilidade também está bem fundamentado nos documentos dos últimos Pontífices.

Vamos focar nos aspectos mais críticos. Quais são?

As teorias de gênero, especialmente as mais radicais, afastam-se do dado natural chegando a uma opção total para a decisão do sujeito emocional. Assim, a identidade sexual e, consequentemente, também a família se tornam “líquidas” e “fluidas”, fundadas no desejo do momento mais do que no dado natural e sobre a verdade do ser. Deseja-se apagar a diferença sexual, tornando-a irrelevante para o desenvolvimento da pessoa.

A quais resultados esperam chegar com este novo texto?

Ao propor a via do diálogo fundado nos argumentos da razão, respeitamos os posicionamentos distantes dos nossos e pedimos o respeito pelos nossos. Não somos nós que escolhemos os alunos das escolas e das universidades católicas, são as famílias e os estudantes que escolhem essas escolas e essas universidades, sabendo que são católicas. Não podemos desconsiderar a nossa identidade aderindo a um pensamento único que gostaria de abolir a diferença sexual reduzindo-a a um mero dado ligado às circunstâncias culturais e sociais. Devemos evitar os dois extremos: aquele do pensamento único e da ideologia que procede por slogan, e aquele segundo o qual nas nossas escolas somente deveriam vir aqueles que compartilham a fé católica e pensam como nós. Devemos buscar vias de diálogo e responder à emergência educacional sobre esses temas. O documento é uma contribuição nesse sentido.

Vatican News

O ator britânico Tom Ellis se tornou conhecido por interpretar o personagem Lucifer Morningstar na série “Lúcifer”, lançada em 2016 pela rede Fox e adquirida em 2018 pela Netflix.

No final de maio, Ellis postou em seu perfil no Twitter a seguinte mensagem:

“Obrigado a todas as pessoas que têm nos perguntado sobre os presentes de casamento ou sobre doações a instituições de caridade em minhas próximas núpcias com @MoppyOpps. É muito gentil. Se você quiser fazer uma doação para a @PPFA #plannedparenthood, ficaremos muito gratos”.

tom ellis
@tomellis17

Thank you to all the people that have been asking about wedding gifts or charitable donations for my upcoming nuptials with @MoppyOpps that is so kind. If you would like to make a donation to @PPFA

we would be very grateful 

Que organização é essa?

Planned Parenthood, instituição que ele “recomenda”, é o maior conglomerado abortista do planeta Terra. Essa rede internacional de clínicas de aborto não apenas lucra com o extermínio de milhões de bebês por ano como também é alvo de graves denúncias de ex-funcionários no tocante a procedimentos e métodos, além de já ter sido acusada até de tráfico de partes de fetos abortados, num escândalo que, embora tenha sido registrado em vídeo, acabou sendo relativamente bem abafado após pouco tempo. Seria o caso de se questionar o que haveria de “caridade” nos negócios de uma organização de tal natureza.

Reação de sacerdote brasileiro

pe. Gabriel Vila Verde, sacerdote brasileiro que usa ativamente as redes sociais para esclarecer aspectos da nossa fé, se manifestou no Facebook a respeito da sugestão literalmente luciferiana do ator:

“O ator que fez o papel de Lúcifer no famoso seriado que muitos católicos assistem, agora está pedindo, como presente de casamento, doações para uma clínica de aborto. Se nota que ele ainda está cumprindo bem o seu papel. Encarnou verdadeiramente a personagem da série.

‘Ai daqueles que ao mal chamam de bem, e ao bem, mal, que mudam as trevas em luz e a luz em trevas’ (Isaías 5,20).

https://www.facebook.com/gabriel.vilaverde/posts/2225671070886825

Um anúncio deste último 3 de junho tem gerado polêmica no México: a Secretaria de Educação Pública, órgão do governo socialista do presidente Andrés Manuel López Obrador, apresentou durante um evento na capital do país o chamado “uniforme neutro“, informando que, de agora em diante, as meninas poderão ir à escola de calça e os meninos de saia.

A novidade foi divulgada pelo secretário de Educação Pública, Esteban Moctezuma Barragán, e por Claudia Sheinbaum, da prefeitura da Cidade do México, o primeiro município em que a medida será implementada. Claudia, do mesmo partido do presidente, declarou:

“A época em que as meninas tinham que usar saia e os meninos tinham que usar calça eu acho que já passou para a história. Isso é uma parte da equidade, da igualdade”.

Ideologia de gênero contra reais benefícios para os alunos

União Nacional dos Pais de Família questiona a medida e considera que se trata de mais um passo na implementação da ideologia de gênero. Seu presidente nacional no México, Leonardo García, declarou à agência ACI Digital:

“Pode parecer algo inofensivo, mas pode passar depois para banheiros neutros e linguagem neutra, na qual não possa mais usar o masculino e o feminino. Isso colocaria em risco a integridade dos alunos. Não queremos ideologias, queremos respeito. E o apelo é a todos os pais, para que fiquem atentos e participem de tudo o que acontece em cada comunidade escolar dos nossos filhos. A melhor decisão tem que ser acordada com os pais de família. Não podemos ficar de fora.

É fato que ninguém quer nenhum tipo de discriminação na escola, nem em qualquer setor da sociedade. Como união de pais, nós sempre pedimos respeito a qualquer pessoa sem distinção. No entanto, ficamos surpresos, sim, de que o próprio secretário de Educação Pública esteja se preocupando com os uniformes e não com temas de mais relevância, como, por exemplo, fornecer água para milhares de escolas que não contam com sistemas de distribuição, ou acesso à eletricidade, pavimentação e instalações adequadas. Ainda há muitos estudantes em nosso país que não têm o básico nas escolas. Chama a nossa atenção ver que eles se preocupam com uniformes escolares neutros e não com questões de qualidade”.

Papel da família

Leonardo García acrescenta, enfático:

“A decisão de como educar nestes aspectos deve sempre recair nos pais de família. Nós somos os pais de família, os primeiros e principais educadores dos nossos filhos, e temos o direito e o dever de decidir sobre a educação que eles vão receber. Isso é protegido pela Constituição e por tratados internacionais como a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Seria uma interferência indevida por parte da Secretaria de Educação Pública e do Estado introduzir as teorias ideológicas no conteúdo da educação sexual ensinada nas escolas. A educação sexual cabe aos pais, não ao Estado.

A ideologia de gênero tenta desenraizar a sexualidade da sua natureza para explicá-la de acordo com a cultura: ‘sexualmente somos construídos pelo nosso ambiente’. Isto se opõe à biologia, à fisiologia, à anatomia, à genética, às neurociências. O problema é que o Estado se intrometa em nossa vida sob a hegemonia da ideologia de gênero, hoje refletida nesse absurdo de uniformes neutros

Com informações da ACI Digital

Desta terça (28) até quinta-feira (30), o Vaticano, centro espiritual e político da Igreja Católica, sedia um evento inusitado, se considerarmos seus princípios. Trata-se da Understanding Unbelief, apresentada como a maior conferência mundial sobre ateísmo. O programa, financiado pela Fundação John Templeton, é organizado por quatro instituições acadêmicas, todas do Reino Unido. Na coordenação está a Universidade de Kent. E colaboram as universidades Conventry, Queen’s e de Saint Mary. 

Este evento não se realizaria no Vaticano se não fosse por uma efeméride: trata-se do 50º aniversário de uma conferência semelhante realizada no Vaticano”, afirmou à BBC News Brasil o antropólogo Jonathan Lanman, diretor do Instituto de Cognição e Cultura e professor da Universidade Queen’s Belfast, um dos organizadores do evento, Ele contou que um dos pesquisadores entrou em contato com o Vaticano e então “eles concordaram em revisitar os temas da ‘incredulidade'”.

A conferência de 1969, a primeira do gênero sobre o tema, ocorreu como consequência da abertura provocada pelo Concílio Vaticano II, ocorrido de 1962 a 1965.  O papa Paulo 6º (1897-1978) era um entusiasta do diálogo com outros cristãos, judeus e adeptos de outras religiões. E também criou um secretariado próprio para ouvir a quem chamava de “descrentes” – segundo suas palavras, o ateísmo era “um dos assuntos mais sérios de nosso tempo”

O evento desta semana tem a chancela do Pontifício Conselho para a Cultura, dicastério criado em 1982 pelo papa João Paulo 2º (1920-2005)

Há 50 anos, a primeira conferência foi, segundo o sociólogo Rocco Caporale (1927-2008), que escreveu um livro sobre ela (‘The Culture of Unbelief: Studies and Proceedings From the First International Symposium on Belief Held at Rome’), uma primeira oportunidade para que a Igreja pudesse debater várias questões da “cultura da não-crença” e sobre como estudá-la. Caporale relata que uma das principais percepções dos participantes do simpósio de 1969 foi a de que “o crer e o não crer são uma completa terra incógnita”. Mas dessa vez, o pesquisadores poderão se debruçar sobre os dados de um estudo realizado pelas universidades britânicas de Kent, Conventry, Queen’s e Saint Mary. Trata-se de uma pesquisa conduzida em seis países sobre o que é ser ateu hoje. No total, foram entrevistadas 6,6 mil pessoas – seguindo criteriosa amostragem científica – do Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, China, Japão e Dinamarca. O relatório, que será publicado nesta terça (28), trouxe oito pontos-chave para entender o fenômeno da não-crença no mundo:

Ateus – aqueles que não acreditam em Deus – e agnósticos – os que não sabem se existe Deus ou não, mas não acreditam que haja uma maneira de descobrir – não são homogêneos. Eles aparecem em grupos diferentes nos países pesquisados. “Por conseguinte, há muitas maneiras de ser incrédulo”, pontua o documento. 

Em todos os seis países, a maioria dos que não acreditam em Deus se identifica como “sem religião”. Na hora de se autorrotularem, os incrédulos que preferem ser chamados de “ateu” ou “agnóstico” não são a maioria. Muitos classificam-se como “humanistas”, “pensadores livres”, “céticos” ou “seculares”.

Os ateus do Brasil e da China são os menos convencidos de que sua crença sobre a não-existência de Deus está correta. Não crer em Deus não significa necessariamente não acreditar em outros fenômenos sobrenaturais, ainda que os ateus sejam mais céticos em relação a estes do que as populações gerais. Entre os ateus, o percentual de pessoas que acham que o universo é “em última instância, sem sentido” é maior do que no restante da população. Mas, ainda assim, em número muito inferior ao de metade dos pertencentes ao grupo.

Quando confrontados com questões relacionadas a, segundo o relatório, “valores morais objetivos, dignidade humana e direitos correlatos, além do valor profundo da natureza”, as posições dos ateus são semelhantes ao do restante da população. Por fim, quando perguntados sobre quais são os valores mais importantes da vida, houve uma “concordância extraordinariamente alta entre incrédulos e populações gerais”.

Da mesma maneira que nem todos os que se descrevem como “sem religião” são ateus – muitos cultivam uma espiritualidade própria – a pesquisa mostrou que nem todos os ateus são “sem religião”. No caso do Brasil, por exemplo, 73% dos incrédulos se identificam como “sem religião”, enquanto 18% se dizem cristãos. Na Dinamarca, 63% dos ateus se dizem “sem religião” – 28% são cristãos. A explicação para isso pode ser por conta da tradição familiar. Com exceção dos chineses e dos japoneses, a maioria dos ateus entrevistados disseram que romperam uma religião de família – é o caso de 85% dos incrédulos brasileiros e 74% dos norte-americanos.. Em todos os países ouvidos, a grande maioria dos ateus veio de famílias cristãs (79% dos brasileiros, 63% dos norte-americanos, 60% dos dinamarqueses). A questão dos rótulos também traz variações – muitas vezes motivadas por receio de preconceitos. 

Para os chineses desse grupo, 20% se dizem ateus e 18% racionalistas. Japoneses, britânicos e dinamarqueses preferem ser classificados como “não-religiosos” (34% e 27% e 17%, respectivamente) e norte-americanos se definem como “agnósticos” (26%). Já no grupo dos que afirmam que “Deus não existe” – tecnicamente ateus – 30% dos brasileiros se autodenominam ateus, 14% sem religião. Situação semelhante aparece na pesquisa realizada com norte-americanos – 39% assumem-se ateus. E entre os chineses, há um equilíbrio entre os que preferem ser chamados de racionalistas, ateus e livres-pensadores (respectivamente com 22%, 21% e 19%). 

A crença na ciência como o melhor modelo para atingir o conhecimento apareceu como homogênea entre crentes e incrédulos em todos os países aferidos, exceto Brasil e Estados Unidos. No caso brasileiro, os métodos científicos são considerados o melhor caminho para 71% dos não-crentes – contra 43% da população em geral. Entre os norte-americanos, o número é de 70% entre os incrédulos e despenca para apenas 33% da população em geral. “Essas descobertas mostram de uma vez por todas que a imagem pública do ateu é, na melhor das hipóteses, uma simplificação. E, na pior das hipóteses, uma caricatura bruta”, ressalta Lois Lee, pesquisadora de estudos religiosos da Universidade de Kent , “Em vez de confiar em suposições sobre o que significa ser ateu, podemos agora trabalhar com uma compreensão real das diferentes visões de mundo que a população ateísta inclui. As implicações para a política pública e social são substanciais .” “Nossos dados vão de encontro a estereótipos comuns sobre os incrédulos”, afirma Lanman. “Uma visão comum é que os incrédulos não teriam um senso de moralidade e propósito objetivos, nutrindo um conjunto de valores muito diferente do restante da população. Nossa pesquisa mostra que nada disso é verdade.

Fonte Original UOL

O mundo inteiro voltou seus olhos para a França esta semana. Uma catedral pegou fogo! Toda a preocupação humanista que se viu na mídia secular não é capaz de atingir a dimensão deste incidente; é preciso olhá-lo com os olhos da Fé. Porque uma catedral não é um monumento histórico: é um símbolo sagrado, é uma síntese da humanidade, é algo tão caro ao mundo que conhecemos que se pode até mesmo dizer — como ouvimos nos últimos dias — que uma catedral é um arquétipo da própria civilização.

Na segunda-feira santa, à tarde, caíram-me como uma bomba as notícias sobre o incêndio de Notre-Dame. Nas imagens que me chegavam pela internet eu não via apenas um prédio antigo que queimava: era toda a civilização em chamas, abandonada ao descaso, caindo aos pedaços, desmoronando sob os nossos olhares impotentes. O primeiro sentimento, quase imediato, quase instintivo, foi, assim, o de tristeza. Por tudo o que perdemos, pela tragédia que se abateu sobre nós.

À tristeza seguiu-se — confesso-o embaraçado — o desespero. Primeiro porque parecia que tudo iria cair, que o fogo iria destruir tudo, que a incompetência e a impiedade dos homens iriam colocar tudo a perder. O tempo passava e a catedral queimava e parecia que não iria restar pedra sobre pedra; quando a flecha da torre desmoronou — e nós o vimos quase ao vivo pela internet –, parecia que, com ela, todo o edifício viria abaixo.

E, depois, havia o sentido simbólico por trás de tudo, maior, muito maior do que o telhado centenário que ruía: era a própria Fé Católica que se consumia e virava cinzas no coração da Filha Primogênita da Igreja. Era como se os Céus nos estivessem mandando um recado, e a destruição de Notre-Dame fosse uma terrível e providencial metáfora da destruição do Catolicismo no mundo.

Até porque Notre-Dame era, desde há muito, uma sobrevivente. Olhávamos para aquele edifício, ainda que não o soubéssemos verbalizar, com um misto de reverência e admiração: no contraste entre a Paris medieval e a França moderna, qualquer um podia perceber que aquele mundo não mais existia. Notre-Dame estava lá, encrustada no meio da cidade, no coração da Île-de-France, inundada de turistas, como uma testemunha silenciosa de um tempo áureo há muito perdido nas brumas da História. Por aqui passou uma raça de homens superiores, a velha catedral nos dizia, e os seus arcos e ogivas vertiginosos se impunham ao homem moderno como vestígios de um tempo de glória. E quando os católicos já há muito se haviam calado, aquelas pedras medievais permaneciam ecoando ao mundo as glórias do Deus Altíssimo.

Como não enxergar na queda da catedral a mais perfeita e lógica decorrência natural do abandono da Fé nas almas?

E, no entanto, a vigília espiritual em que imediatamente nos pusemos fez aquele desespero arrefecer. O passar das horas nos deu notícia de que nem tudo caiu na Sé de Paris; poder-se-ia até mesmo dizer que caiu muito pouco, somente o telhado, apenas o pináculo. O espetáculo era terrível para quem via de fora; por dentro, no entanto, a Catedral sobrevivia.

Toda a estrutura da Igreja resistiu ao fogo, assim como o altar-mor, com a Pietà ladeada por dois reis de França, Luís XIII e Luís XIV. Foi preservada também a maior parte dos vitrais, estátuas, púlpitos, mesmo os bancos. O órgão não foi destruído. A majestosa rosácea — cujos vidros coloridos, segundo se ouviu dizer, foram fabricados pelos antigos alquimistas — também continua lá. Por fora, a destruição parecia total. Mas apenas por fora. Apenas parecia.

E tudo isso, apesar de toda a dor, de toda a tragédia, nos encheu de esperança. O incêndio nos revelou algo de mais profundo sobre a nossa história, sobre as nossas raízes: é que nós tendemos a aquilatar as coisas pela estatura do nosso tempo. Aquele fogo que nós vimos segunda-feira teria reduzido a pó qualquer coisa construída nas últimas décadas; mas ele não pôde ombrear-se ao gênio da antiga Cristandade. Pensávamos que Notre-Dame fosse tão frágil quanto um Shopping Center; contudo, a velha catedral se mostrou tão inquebrantável quanto a Fé dos que a construíram. Vimos o fogo, e Notre-Dame havia caído; entramos por seus pórticos, e Notre-Dame estava de pé.

E, assim, aquele simbolismo funesto que entrevíamos à primeira vista se inverte por completo, dando lugar a um alento de esperança: no interior do templo sagrado, no coração da catedral, a Cruz permanece de pé, refulgente, mesmo em meio ao fogo e à destruição. A Fé Católica fincada um dia no coração da França é firme, é forte, como as paredes juncadas de gárgulas que resistem a incêndios: afinal de contas, não vimos os franceses, muitos deles jovens!, cantando e rezando de joelhos diante do incêndio? Essa manifestação espontânea de Fé, em meio à impiedade generalizada das nossas metrópoles, não é um milagre tão portentoso quanto os vitrais de Notre-Dame resistindo ao fogo?

As catedrais legadas por nossos antepassados são mais fortes do que acreditamos. E mais forte, muito mais sólida do que as paredes de pedra, é a Fé Católica pela qual os mártires verteram o seu sangue e de cuja vivacidade os santos deram testemunho com a própria vida. O que recebemos do passado é mais duradouro do que aquilo que encontramos no presente. Notre-Dame resistiu ao fogo no centro da França; como seria possível que a Fé Católica não sobrevivesse aos assaltos do mundo no coração dos franceses? Não é a Fé da Igreja muito mais indestrutível do que as antigas catedrais? Se estas resistem aos séculos, como poderia aquela vir a perecer?

Obrigado, Notre-Dame! A Semana Santa iniciou com a catedral em chamas. Que saibamos discernir os sinais dos céus. Que possamos nos arrepender e fazer penitência por nossos pecados; que possamos seguir os passos de Nosso Senhor. Com os olhos fitos na Ressurreição d’Aquele que venceu o mundo. Com a certeza de que as portas do Inferno não prevalecerão jamais contra a Igreja.

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O glioma é o tipo mais comum de tumor cerebral maligno primário nos Estados Unidos; glioblastoma sendo o tipo mais comum de glioma em adultos. Embora as diferenças entre os sexos nas taxas de incidência e sobrevivência do glioma fossem conhecidas, os pesquisadores não investigaram se as diferenças genéticas baseadas no sexo poderiam lançar luz sobre potenciais diferenças no perfil de risco do glioma entre homens e mulheres.

Agora, uma equipe da Escola de Medicina da Universidade Case Western Reserve, em conjunto com um consórcio internacional de pesquisadores, descobriu que homens e mulheres têm diferentes fatores de risco genético para o desenvolvimento de glioma.

A pesquisa foi publicada recentemente em Relatórios Científicos. O estudo envolveu o trabalho de mais de 35 investigadores representando mais de 30 universidades, institutos e agências governamentais em todo o mundo.

“Análises estratificadas por sexo em estudos como esse podem revelar novos insights sobre as diferenças sexuais conhecidas no glioma e fornecer associações de risco genético previamente desconhecidas”, disse Jill Barnholtz-Sloan, professora designada de pesquisa sobre tumor cerebral na Case Western Reserve.

“Esta descoberta pode fornecer uma avenida [de informações] para obtermos uma melhor compreensão das diferenças sexuais na incidência de tumores cerebrais, e também pode sugerir vários mecanismos e vias da doença”, completa.

O consórcio analisou as diferenças genéticas entre todos os pacientes com glioma, glioblastoma e não glioblastoma com base no sexo. Drª. Quinn Ostrom surgiu com a ideia para o estudo, enquanto ela era uma assistente de pós-graduação de Barnholtz-Sloan. Ostrom agora está fazendo pós-doutorado em epidemiologia do câncer no Baylor College of Medicine, em Houston, Texas.

Os pesquisadores encontraram três regiões no genoma onde existiam diferenças genéticas significativas entre homens e mulheres, e essas diferenças também variavam por sexo e tipo de tumor (glioblastoma vs. não-glioblastoma).

“Há um que está claramente associado a um risco aumentado em homens, um em que está claramente associado a um risco aumentado em mulheres, e em um que está aparecendo tanto em homens como em mulheres, mas parece ter uma associação mais forte em mulheres”, disse Barnholtz.

Embora esteja no início o processo de compreensão das fontes genéticas de diferenças baseadas no sexo em tumores cerebrais malignos, a análise recente pode ajudar a definir caminhos para um teste genético que ajude os médicos avaliar o risco de câncer no cérebro.

“Ficamos surpresos ao encontrar uma grande região no genoma associada ao glioma e especificamente glioblastoma apenas em mulheres”, disse Barnholtz-Sloan.

“Esta região não havia sido associada anteriormente com gliomas, embora outros estudos associados ao genoma tenham identificado associações nessa região para uma variedade de características, incluindo várias doenças auto-imunes, bem como o aumento da idade na menarca”, relata.

Se o aumento da exposição ao estrogênio ao longo da vida diminuir o risco de glioma, como alguns supõem, é possível que variantes que aumentem a idade da menarca (potencialmente diminuindo a exposição total ao estrogênio) possam aumentar o risco de glioma em mulheres.

Comentário:

A citação de um estudo como esse para reforçar a diferença biológica dos sexos é uma tentativa bem simples de revelar a diferença entre pensamento científico e ideologia.

A máxima feminista da atualidade, corroborada com a ideologia de gênero, está no desprezo pelas diferenças sexuais. Está em fazer parecer que a “autopercepção” e a construção de gêneros são os elementos mais importantes e determinantes na qualidade de vida de uma pessoa, quando não é.

A realidade objetiva dos fatos nos faz entender que precisamos tratar com objetividade o que é, de fato, objetivo. Não com fantasias ou elucubrações infindáveis de “subjetividades” que escapam ao senso de realidade.

Se a ideologia, e não o pensamento científico, fosse levada a cabo em todas às áreas da ciência, estudos como o citado acima jamais existiriam, pois o tal “pesquisador” jamais iria considerar o caráter objetivo – e imutável – das diferenças sexuais.

Por: Ansley Gogol

Leia para sair da bolha

Nossos dias estão lotados de distrações. Leitores pouco cautelosos correm o risco de ceder à tentação de tentar acompanhar, em tempo real, todas as polêmicas do dia na internet. Acabam lendo muito, mas aprendendo pouco. Em tempos de excesso de informação, quem não tem um plano para organizar suas leituras será inevitavelmente soterrado por elas. É preciso tomar cuidado, porém, para não cair em outra armadilha: a de evitar todos os textos que não nos agradam.

Em excesso, a disciplina na leitura corre o risco de virar alienação. Esse mal acomete fãs de livros com muita frequência. Por mais que se orgulhem de ler “de tudo – até bula de remédio”, na prática há muitos leitores que resistem a mudar seus hábitos. Conheço muitos leitores de não-ficção que não têm paciência para a ficção, e vice-versa. Alguns só leem alta literatura e torcem o nariz para os best-sellers sem piedade. Outros se prendem a um gênero, como a literatura fantástica ou policial, e jamais dão uma chance a outros temas. Há até quem só dê atenção para os clássicos e acham absurda a ideia de perder tempo com literatura contemporânea.

Para leituras na internet, fugir da monotonia é ainda mais difícil. As redes sociais e sites de busca são feitos para mostrar aquilo que queremos ler. Quanto mais demonstramos atenção por um autor ou um assunto, maior a chance de depararmos com eles no futuro. Textos que ignoramos ou rejeitamos aparecem com menos frequência.

No Facebook, muitas vezes aceleramos o processo ao “limpar” a timeline e remover  pessoas ou páginas com quem discordamos em assuntos polêmicos. Em seu livro O filtro invisível, o americano Eli Pariser faz um alerta contra esse hábito. O risco é ficar preso numa bolha em que nada ataca nossas convicções e não descobrimos nada novo. Não há mal nenhum em não saber tudo sobre o último escândalo político, não participar de todos os bate-bocas no Facebook ou não acompanhar em tempo real o cotidiano das celebridades. Os livros que mais gostamos de ler são prioridade. A leitura, antes de tudo, deve ser um prazer. Ler notícias que não nos interessam ou comprar um livro muito diferente do que costumamos ler, ou seja, se aventurar em territórios desconhecidos, pode ser importante.

Quando sentir que suas leituras estão se tornando monótonas, tente dar uma chance a um texto que você jamais leria. O exercício exige paciência. Quem só está acostumado a ler clássicos pode levar algum tempo para se acostumar com um best-seller atual. Por mais que o impulso inicial seja largar o livro, resista. Tente se acostumar com o desconhecido. Talvez você se surpreenda e descubra novas paixões. A leitura serve para nos tirar da bolha. Quem não desafia a própria ignorância é incapaz de aprender.

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O cardeal Robert Sarah (foto acima) prefeito desde 2014 da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, afirmou nesta semana que “diluir a doutrina moral católica não vai atrair os jovens” – e isso vale também para os ensinamentos católicos sobre a sexualidade humana.

Ao falar durante o Sínodo dos Jovens no Vaticano, o cardeal nascido em Guiné, na África, declarou, no último dia 16 de outubro, o que considera que a Igreja tem de fazer:

Propor corajosamente o ideal cristão que corresponde à doutrina moral católica e não diluí-lo, escondendo a verdade para atrair os jovens ao seio da Igreja”.

O cardeal Sarah observou que os ensinamentos da Igreja até podem não ser compartilhados por todos, mas ninguém pode acusá-la de não ser clara. No entanto, essa clareza nem sempre chega a todos os fiéis:

“Falta clareza por parte de alguns pastores ao explicarem a doutrina”.

E este fato, segundo o purpurado, exige “um profundo exame de consciência”.

Ele mencionou a passagem evangélica do jovem rico para destacar a radicalidade de Jesus, que lhe disse para vender tudo, doar aos pobres e então segui-Lo.

“Jesus não aliviou nenhuma das suas exigências no seu chamado”.

E a Igreja também não deveria aliviá-las, reforçou em seguida o prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

Sarah recordou ainda que os jovens ambicionam “justiça, transparência na luta contra a corrupção e respeito à dignidade humana”. É um grave erro “subestimar o alto idealismo dos jovens”, além de uma falta de respeito que “fecha as portas para um processo real de crescimento, maturidade e santidade. Ao respeitarmos e promovermos o idealismo dos jovens, podemos conseguir que eles se tornem o recurso mais precioso de uma sociedade que quer crescer e melhorar”.

O cardeal guineense tem acumulado elogios e conquistado grande respeito de jovens católicos ansiosos por clareza e firmeza na exposição e na preservação da doutrina católica.

Do convento para a televisão. Assim foram os últimos dias da Irmã Juliana Cruz, uma religiosa que pertence à ordem das Irmãs Dominicanas da Virgem do Rosário de Fátima de Porto Rico.

Apaixonada pela culinária de seu país, ela ficou famosa depois de participar do MasterChef Latino. A irmã não chegou à final da competição, mas a passagem pelo programa a motivou a lançar uma revista eletrônica que mistura culinária e evangelização.

“A revista ‘SisterChef‘ surge para atender a uma demanda de milhares de pessoas que me seguiram pelas redes sociais durante a minha participação no MasterChef Latino. Agora, eu terei a oportunidade de interagir e compartilhar com elas os meus temperos”, disse a religiosa. Os vídeos serão publicados no Facebook, Instagram, YouTube e Twitter.

O que nasceu primeiro, a religiosa dominicana ou a cozinheira?

IRMÃ JULIANA CRUZ, O. P.: A cozinheira, pois aprendi a cozinhar em casa. Desde criança, recebia instruções sobre como fazer as coisas de uma maneira única e perfeita. Foi em casa que meu pai e minha mãe me educaram e me formaram. Meus grandes mestres na cozinha também foram meus pais e minhas irmãs. Venho de uma família grande; os mais velhos iam ensinando os menores e assim por diante.

Por que decidiu se juntar às irmãs dominicanas?

Minha vocação religiosa surgiu da formação que recebi em casa. Madre Dominga Guzmán, fundadora da Congregação, dizia que a fé é semeada pelos pais nos corações dos filhos. Assim aconteceu comigo. Há 35 anos, algumas irmãs chegaram para trabalhar com algumas famílias em minha cidade e eu gostei deste estilo de vida, por isso decidi me juntar a elas.

Como é a vida no convento? A senhora também cozinha lá?

Cozinho quando eu posso. Mas, depois da minha participação no MasterChef, passei a cozinhar mais no convento.

A senhora ganhou fama nas redes sociais e nos meios de comunicação por causa do programa. Como chegou até lá e o que a experiência lhe ensinou?

Cheguei ao programa porque as irmãs me escolheram para representar a Congregação. Para mim, foi um grande compromisso, pois não era só a Irmã Juliana que estava lá, mas uma irmã dominicana de Fátima, uma religiosa. Por isso, sempre que tive a oportunidade, levei a mensagem de que há opções de vida na vida consagrada. A participação no MasterChef me levou a aprofundar ainda mais a minha fé e a minha vocação, reconhecendo as maravilhas de Deus em cada um de nós, já que, em Sua misericórdia, ele escolhe os instrumentos para levar Sua mensagem de salvação.
Naquela ocasião, ele me escolheu. Eu, que não sou das redes sociais e não amo os meios de comunicação. Mas estou aceitando minha opção de vida e esquecendo meus gostos pessoais para levar a mensagem que Deus quer que eu leve.

Como a senhora conseguiu conciliar a vida contemplativa com um reality show?

Sempre tive muito presente em mim que sou religiosa e que tinha que levar minha vida consagrada acima de tudo. Durante o programa, não tive oportunidade de viver minha vida comunitária. Mas sempre estive em silêncio e oração. No período do programa, me impus uma disciplina maior do que tenho no convento, já que assumi um compromisso que não me permitia luxos ou comodidade.

A senhora se imagina algum dia preparando um prato para o Papa Francisco? Tem alguma sugestão de cardápio?

Preparar um prato para o Papa Francisco? Morreria de emoção! O prato ficaria salgado, pois eu iria chorar o tempo todo… Mas, se eu tivesse esta oportunidade, sem dúvida recomendaria um prato porto-riquenho, uma boa sopa com carne de frango deste país para rejuvenescer e dar força física, já que o Santo Padre já tem a força do Espírito Santo com ele.

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