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* Underground (“subterrâneo”, em inglês) é uma expressão usada para designar um ambiente cultural que foge dos padrões comerciais, dos modismos e que está fora da mídia. Também conhecido como Cultura Underground ou Movimento Underground, para designar toda produção cultural com estas características, ou Cena Underground, usado para nomear a produção de cultura underground em um determinado período e local

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Lançado no dia 30 de junho, Eclipse, terceiro filme da saga Crepúsculo, bateu recorde de público até o momento.

Por trás da história romântica teen que envolve a cultura gótica, vampírica, está um contexto perigoso. O alerta partiu do pastor da Igreja das Américas em Nova Friburgo (RJ), Silas Rahal. Conhecido por realizar evangelismo com comunidades undergrounds, Rahal lembra que algo errado está acontecendo com a juventude, até mesmo a cristã, que cada vez mais está sendo atraída por esta cultura.

Uma boa prova do sucesso da saga são os números. Foram 100 milhões de livros vendidos e no cinema, desde o lançamento, só no Brasil, mais de dois milhões de espectadores – principalmente adolescentes e crianças são seduzidos pela trama fácil e com ícones românticos.

Silas Rahal, pastor da Igreja Batista em Fazenda do Campo ou Igreja das Américas, conhece bem os perigos da propagação desta cultura e faz um trabalho de amparo aos jovens góticos e underground. Rahal diz que sempre pregou o evangelho para ‘malucos’ e ‘doidos’, mas de uns anos para cá o cenário ficou ainda mais complicado. “O vampirismo não pode ser considerado uma doença, um problema psicológico ou espiritual. É uma questão muito complexa, mas não há como negar sua existência, em alguns lugares mais e em outros menos. O vampirismo é parte da história humana e um fato desde sempre em todas as civilizações”, explica Silas.

Para o estudante de teologia a novidade é que o vampirismo está virando moda, uma tendência cultural, febre nos cinemas e tomando conta dos jovens de todo mundo. “Só pode ser um mau sinal, alguma coisa anda muito errada. O que será que passa na cabeça dos produtores. Será que eles pensam que isso tudo é mentira?, pois não é, basta ir a qualquer cemitério em qualquer lugar do mundo para encontrar jovens de preto praticando rituais bizarros”, relata.

Silas conta que os adeptos do vampirismo atual escutam black metal, fazem adoração ao satanás, usam roupas pretas, não tomam sol, são depressivos e muitos deles estão sempre com a garganta inflamada, devido a ingestão frequente de sangue humano. Além disso, acreditam que, caso cometam o suicídio irão ressuscitar como vampiros, aumentando cada vez os índices.

Não somente a igreja das Américas, mas todos os ministérios alternativos em todo o mundo estão tendo cuidado especial no evangelismo dos jovens e agem para mostrar a verdade, de acordo com as Escrituras. “O vampirismo atinge a vida humana, a plenitude da realização do indivíduo por preconizar valores depressivos e funestos da vida, já o evangelho de Cristo há de trazer luz a todos os que estão na região das trevas”, ressalta Silas Rahal.

O filme “O último cume” sobre a vida do sacerdote Pablo Dominguez, no fim de semana de sua estréia e com tão somente quatro cópias converteu-se no filme número 1 em espectadores de cinema na Espanha. A demanda popular permitirá que agora se projete em 50 salas de todo o país.

Conforme informou a produtora Infinito Más Uno, “o único filme em cinemas que fala bem dos padres vendeu (nas salas onde foi exibido) o dobro de entradas vendidas para o filme Sexo em Nova Iorque 2 e o triplo das entradas vendidas para O Príncipe da Pérsia ou Robin Hood” .

“Perto de 6000 mil pessoas já viram este filme de Juan Manuel Cotelo apesar de estar em tão somente em quatro cinemas de toda a Espanha e de competir diretamente com as grandes”, acrescentou a produtora em uma nota de imprensa.

Os produtores agradeceram pela maciça resposta do público. “O último cume passará por petição popular e em apenas uma semana sendo projetada em quatro cinemas a nada menos que mais de 50 salas de toda a geografia espanhola, e é apesar da estréia no meio do feriado longo do Corpus, situou-se como o primeiro filme do país em arrecadamento por cópia em cinema. Um tanto surpreendente se tivermos em conta que é um documentário cujo protagonista é nada mais e nada menos que um sacerdote”, indicaram.

Do mesmo modo, informaram que “são dezenas os cinemas que decidiram tirar de seus anúncios dos exitosos filmes em 3D para fazer um espaço para O último cume”.

“No próximo dia 11 de junho, O último topo será estreado em mais de 50 cidades espanholas graças ao apoio massivo que está recebendo há semanas através da rede. Um êxito que se deve à enorme acolhida obtida por este filme dos começos de sua caminhada, tanto pela figura do (padre) Pablo Domínguez como pelo apoio a todos os sacerdotes”, acrescentaram.

“Hollywood declara guerra contra Deus”

Essas foram as palavras dos críticos da 7ª arte em relação ao novo filme Legião.

O filme já estreou nos cinemas americanos e em sua trama, mostra um mundo no qual Deus perdeu a fé nos homens, e os anjos são enviados para nos destruir.

Serão os anjos a criatura sobrenatural da vez na ficção?

Misto de terror e ação, Legião tem um ponto de partida: decepcionado com a raça humana, o enredo conta que Deus decide exterminar os homens. Para isso, manda seus anjos à Terra. Um deles, Miguel (Paul Bettany), se nega a obedecer às ordens do Senhor. Resultado: vira um anjo caído.

Depois de cortar as próprias asas, segue para um restaurante de beira de estrada (O Paradise Falls “Paraiso Decaído”). A missão que ele próprio se impôs consiste em proteger Charlie (Adrianne Palicki), a garçonete “solteira”, desbocada e prestes a dar à luz. Segundo Miguel, a única esperança de sobrevivência para a humanidade reside no nascimento desse bebê (Um novo Messias ou será o Anticristo).

Mesmo sem botar fé na história, o dono do restaurante (Dennis Quaid), seu filho (Lucas Black) e alguns fregueses obedecem às ordens do forasteiro para defender a grávida. A história rapidamente se deteriora num festival de tiros, explosões e… zumbis! Sim, pessoas comuns – pais de família, velhinhas simpáticas e até um sorveteiro – se transformam em seres possuídos por anjos para matar outros humanos.

Quando tentam invadir o restaurante, são abatidos por rajadas de balas. Nem a ação contínua ou os efeitos especiais salvam o filme de seu roteiro constrangedor. O pastiche perde o rumo por completo no confronto final entre Miguel e seu anjo-irmão Gabriel (Kevin Durand).

O filme traz em todo o seu contexto mensagens satanistas onde o próprio produtor afirmou ter-se inspirado no livro do Apocalipse e mudando capítulos da historia bíblica para deixar o filme mais interessante e polêmica, a proposta é inverter os papéis em que Deus e seus anjos são assassinos enviados por Deus para esterminar os homens, estes mesmos anjos agem em estado de possessão para aniquilar a humanidade e o Mal salvaria a humanidade, agora com Arcanjo Miguel, que será o novo anjo decaído e protegerá o Novo Messias.

Estes tipos de heresias não são novidades para a arte de hollywood, outros filmes já estão sendo produzidos, seriados e até mesmos os famosos mangás (quadrinhos japoneses) antigos que tratavam de assuntos parecidos  já estão sendo ressuscitados para o público jovem, principal alvo.

Estão previsto outros filmes para os próximos anos, a idéia é tirar os vampiros fora de moda e colocar os anjos decaídos (ou demônios) num tom de protetores da humanidade.

Fonte: Isto É


César Moisés

Você é pai de uma adolescente e sabe o quanto são curiosos. Como você lida com essa questão em casa?

Essa é uma pergunta bastante pessoal e, por isso, talvez não se aplique a outros casos. Em relação à minha filha, por mais que alguém ache que seja retrógrado pensar assim, ela conhece limites. Não tenho nenhum receio em dizer “não” para ela. Afinal, ela só tem 11 anos e não pode decidir (inclusive legalmente) por sua vida. Agora, é lógico, entendo que não basta simplesmente dizer “não” sem que a situação sirva de experiência, ou seja, não a deixo sem razões. A ideia de limite, disciplina ou coisa parecida, precisa ter uma função pedagógica. Assim, o “não”, geralmente é seguido de “para que”. Algo que quero deixar claro é que não educo minha filha como se estivesse em uma redoma ou bolha, pois tal empreendimento é uma fuga temporária que fragiliza, imediatamente, a vida espiritual e, posteriormente, a vida adulta. Eu e a minha esposa sempre trabalhamos bem o fato de que se Deus nos criou, Ele é quem determina como devemos viver e não as convenções sociais ou os modismos. Por isso, não temos grandes problemas com esses assuntos, pois com pouco diálogo, a Céfora logo conclui que aquilo não é para alguém que conhece a Deus, logo, não é para ela! Sinceramente, existem coisas que, a priori, ela mesma não quer nem saber. Pode estar todo o mundo inclinado para o negócio que ela faz questão de ir na contramão. Alguém poderia alegar que ela assim procede apenas para agradar aos pais, entretanto, existem aqui também duas coisas importantes: caráter e sensibilidade espiritual. São coisas que ela precisa ter, pois não dá para forjar por tanto tempo.

Qual conselho daria para os pais?

É difícil, mas procurem fazer o mesmo. Conversem com os seus filhos, tenham diálogo. Não há receita de bolo (algo que funcione exatamente da mesma forma para todos os casos). Sejam os primeiros e maiores amigos de seus filhos, sem necessariamente serem cúmplices aceitando tudo que eles fazem ou querem. Agora é claro, tudo vai depender do tipo de criação que esse adolescente teve. Entre a repressão despropositada e a restrição consciente há uma grande distância. Outro cuidado extremamente necessário de se ter é não criar o filho em uma redoma, pois quando ele se deparar com o “mundo real” (sem o protecionismo ou a blindagem moral dos pais), não saberá como se comportar.

Qual conselho daria para os adolescentes?

Ele não é cristão porque é diferente, mas exatamente o contrário. É preciso que entenda que não é ele que está errado, mas os outros é que não estão sendo o que foram criados para serem! É por isso que, desde muito cedo, entendi que não adianta ensinar um monte de regras de “pode” ou “não pode”, pois elas se desgastam. O ideal é ensinar princípios e discutir o propósito da nossa existência: “Por que existimos?” “Para que fomos criados?” Essa é a metodologia adotada na educação de nossa filha e é altamente eficaz, esclarecedora e oferece a possibilidade de o adolescente decidir, por si mesmo, o que deve ou não fazer.

Convêm ao adolescente assistir esse tipo de filme?

Depende. Minha filha, por exemplo, assistiu o Crepúsculo juntamente comigo (Afinal de contas como é que eu iria criticar o filme ou o livro sem ter ao menos algum contato com o material?). Ela não gostou da mensagem do filme e eu fiz questão de apenas observar alguma coisa depois que ela fazia a crítica. Várias vezes ela parou o filme, e fez comentários extremamente maduros. Isso me alegra. Lamentavelmente, sei que essa não é a realidade da maioria dos lares cristãos. Assim, se os pais não possuem o costume de fazer um exercício crítico das programações televisivas e, de toda a cultura popular, é aconselhável aprofundar-se com literatura séria e, quem sabe, iniciar essa atividade a partir desses filmes. Por último, é importante observar a motivação com a qual o adolescente cristão quer assistir. Se caso a sua postura for de encanto, admiração ou mesmo simpatia, é preciso que, com o exercício crítico realizado juntamente com os pais, o adolescente cristão passe a, definitivamente, não gostar desse tipo de filme, ou seja, é preciso que ele tenha uma mudança de atitude.

Como o adolescente deve se portar com os amigos da escola, se ele não viu o filme e os amigos assistiram? Deve agradar os amigos para ser aceito naquele grupo?

Definitivamente não. Primeiro porque ele não é obrigado a ser como os demais, massificado. Para isso, volto a destacar, é importante que ele tenha tido uma boa formação familiar. Por outro lado, não recomendo que ele tenha uma postura antagonista ou legalista. Acredito que se o adolescente cristão estiver realmente preparado, pode até evangelizar  a partir do assunto do filme. Ele pode questionar alguém que não acredita em Deus, mas que, paradoxalmente, acredita nas ficções que envolvem ocultismo, superstições crenças e religiosidade. Tudo, repito, vai depender da capacidade e do conhecimento do adolescente cristão.

No filme existem vários pontos que vão contra nossa fé, por exemplo, a traição. Como mostrar para o adolescente que isso é errado, pois os filmes mostram que isso é comum?

Permita-me uma correção: a traição não é apenas contra a nossa crença, mas contrária aos bons princípios que até mesmo as pessoas não-crentes possuem. Esse é outro cuidado que precisamos ter ao tratar com os adolescentes cristãos. A traição não é errada somente para quem serve a Deus, mas para qualquer pessoa! E talvez seja exatamente nesse ponto que a gente mais erra. É preciso reconhecer uma coisa: o filme e os livros sabem passar sua ideologia de forma muito criativa e sutil. O nosso problema é que achamos que as coisas certas, ou seja, os bons valores e princípios devem ser ensinados com a testa franzida, a voz grave e em tom ameaçador. Em outras palavras, significa que eu não posso ser simplista e ensinar aos adolescentes cristãos que a traição é um pecado.
É preciso acrescentar que ser íntegro é obrigação do ser humano, independentemente de sua crença.
Por isso, não canso de insistir, tudo passa pela formação familiar do adolescente. Se ele tem essa boa formação, com certeza ela se refletirá em todos os momentos de sua vida, ou seja, ela servirá como um “filtro moral”, fazendo com que o adolescente rejeite tudo aquilo que não condiz com a ética, a boa moral, os bons costumes e valores e, acima de tudo, com a Palavra de Deus.

Qual o prejuízo para nossos jovens e adolescentes assistir filmes que trazem vampiros como mocinhos?

A ideologia que a trama consegue passar. Esse aspecto para mim é o mais pernicioso. O existencialismo (com sua indiferença e irresponsabilidade quanto às consequências das más ações), ou mesmo o ceticismo, aparecem em diversos momentos.

Só um exemplo, tem uma cena em que Bella (a atriz Kristen Stewart) e Edward chegam ao colégio onde ambos estudam. Devido ao fato de o Edward nunca ter sido visto com garota alguma, todo mundo fica olhando para eles. Ela então diz: “― Estamos quebrando todas as regras”, ao que ele responde: “― Não tem importância, eu vou para o inferno mesmo”. O momento é supervalorizado e não a eternidade.

Se as pessoas que assistem soubessem da realidade do inferno, aí sim sentiriam arrepios.

No entanto, da forma como a ficção mostra, o inferno pode se tornar interessante em virtude da criatividade com que toda a trama se desenrola (nos livros ou nos filmes). Não saber distinguir a realidade da ficção, no sentido de aferir as consequências de determinados atos, é algo extremamente perigoso. Se em minha época de adolescência (final dos anos 80 e início dos anos 90), o conde Drácula era assistido ― e temido! ―, no enredo da autora Stephenie Meyer, os vampiros são “legais” e atraentes, além de cavalheiros.

Em geral, os murmúrios despertados por um filme de tema católico suscitam maus presságios a respeito de seu conteúdo sacro.Exceção feita ao filme de Mel Gibson “Paixão de Cristo”, de 2004, quanto maior a atenção dada a um filme que trate de religião, maiores são as chances de que este seja hostil aos católicos.

Por tudo isso, quando “Lourdes”, filme da diretora austríaca Jessica Hausner, foi exibido no Festival de Cinema de Veneza, e venceu um prêmio da União dos Ateus (ainda que, para mim, o prêmio ateu de cinema por excelência seja mesmo a Palma de Ouro), eu esperava pelo pior.

Hausner, entretanto, me pegou completamente de surpresa com seu filme caloroso e muito humano; não piedoso, mas respeitoso; que não evangeliza, mas também não rejeita.

A trama gira em torno de uma menina francesa, Christine, presa a uma cadeira de rodas por uma enfermidade que poderia ser esclerose múltipla. Seus braços paralisados parecem condená-la definitavamente à cadeira. Etérea e com olhos grandes, não é uma imagem que desperta piedade; é a imagem de um outro mundo, a de um contexto desconhecido.

Christine não é particularmente devota, e dirige-se a Lourdes, principalmente, pela companhia, e para trocar de ambiente, mais do que por uma esperança de uma cura milagrosa. É a primeira a dizer que prefere os “lugares culturais, como Roma, aos religiosos” (ganhando assim imediatamente minha simpatia). Movida por simples espírito de camaradagem, junta-se à multidão de pessoas de todas as cores, línguas e doenças – sejam espirituais ou físicas – que se encontram reunidas em Lourdes.

Hausner não esconde a exploração comercial dos santuários. O enorme comércio de souvenirs e a massiva infra-estrutura turística mostram bem como são os negócios em Lordes. Tendo vivido em Roma e estado recentemente na Terra Santa, o filme me tocou por sua justaposição entre o sagrado e o profano. Quando Hausner permite, porém, que a Basílica de Lourdes entre em cena, os enfeites de plástico dão lugar à imponente majestade da igreja.

A impressionante construção se opõe às colinas e ao céu, como um símbolo de algo muito superior às atividades comerciais que se dão ao seu redor.

O filme leva o espectador a Lourdes através do olhar de Christine, que, como os outros, entra na fila para tocar as paredes da Gruta, banhar-se nas águas e receber a unção dos enfermos. Em nenhum momento Hausner ridiculariza a fé dos fiéis ou suas orações para obter saúde; mas leva o espectador a um mundo no qual os doentes constituem um grupo privilegiado, e no qual os que têm saúde são os curiosos.

O som desempenha um papel importante na obra, com o ruído das vozes substituindo a trilha sonora e o som de cadeiras e pés arrastados fornecendo a percussão. Os sons ásperos da vida cotidiana se suavizam apenas nas cenas que retratam as cerimônias sacras, nas quais o público é aliviado pelos cantos, o som de um órgão ou pela “Ave Maria”.

O pacífico sacerdote de feições redondas que acompanha o grupo é apresentado de maneira positiva, distante das caricaturas de sacerdotes tão comuns no cinema contemporâneo. Acentua o verdadeiro propósito de Lourdes: não curar o corpo, mas ajudar as pessoas a aceitar a vontade divina como fez a Mãe de Deus. Apresenta a questão chave: um corpo paralisado pela doença traz mais dor do que uma alma paralisada pela dúvida e pelo medo? Sua fé tem raízes sólidas, mas nem mesmo ele está imune à tentação de degustar a luz de um milagre.

Neste filme, os católicos apreciarão a figura de uma senhora idosa que reza pela cura de Christine e está sempre preocupada com ela. Sua fé simples, sua intercessão constante e, finalmente, a confissão Christine, terão como fruto o fato de que a jovem paraplégica voltará a andar.

A “cura” é apenas um ponto no meio do filme. As verdadeiras indagações serão colocadas a partir de então. É uma regressão da doença? É uma intervenção divina? É definitiva? O que fará Christine a partir dela? Onde termina o trabalho daquele que intercede, e qual será o preço desta cura?

Se Christine estava presa à cadeira de rodas como uma criança, logo se tornará uma adolescente. Agora que sua doença física desapareceu, estará à mercê de sua fraqueza espiritual. Como os voluntários da Ordem de Malta, apresentados flertando, bebendo e fazendo piadas de teor cético, tenta participar dos divertimentos a que não tivera acesso por sua doença.

Ainda que esta cena possa ser entendida como uma referência à hipocrisia ou a uma falta de sentido da religião, estas questões me atingiram profundamente e as considero muito humanas. Deixam um senso de esperança para todos nós.

Embora não se trate de um filme fácil, a ausência de blasfêmias, nudez ou profanações em “Lourdes” é muito reconfortante, e a narrativa é capaz de atingir com sucesso o público moderno, que tende a ver os santuários como um mero negócio lucrativo, abrindo espaço para um debate pacífico e equilibrado sobre a fé.

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* Elizabeth Lev leciona Arte e Arquitetura Cristãs no campus italiano da Duquesne University e no programa de Estudos Católicos da Universidade San Tommaso. Pode ser contatada no e-mail: lizlev@zenit.org

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” Bella “

Carlo Casini, presidente da Comissão para Assuntos Constitucionais do Parlamento Europeu, entregou no Parlamento Italiano, o prêmio Madre Teresa de Calcutá ao ator mexicano Eduardo Verastegui, protagonista e co-produtor do filme “Bella”.

Casini, que também é presidente do Movimento para a Vida na Itália, explicou que o Parlamento Europeu outorga prêmios que no geral não levam em conta as pessoas que lutam pela defesa da vida e da família. Por esse motivo, explicou que os Movimentos para a Vida no velho continente decidiram instituir esse prêmio, remetendo à religiosa albanesa, para homenagear aqueles que apoiam a vida e a família natural.

Este ano, o homenagiado foi o filme “Bella”, uma história de amor cujos protagonistas superam suas dificuldades graças ao nascimento de uma menina. Situada em Nova York, o filme ganhou o prêmio People’s Choice Award no Festival Internacional de Cinema de Toronto.

Na entrega do prêmio participou Pierferdinando Casini, ex-presidente da Câmara dos Deputados da Itália, que observou: “temos de divulgar este filme, porque nenhuma pessoa inteligente se prejudica com a sua mensagem, que não é ideológica, mas comovedora”.

Casini, líder do partido da União Democrática de Centro, fez referência à lei do aborto, confirmando que “o valor da vida e a maternidade é um denominador comum que une todos”, pois “temos de ajudar as mulheres que estão sozinhas e em dificuldades durante a gravidez.”

O diretor do jornal “Avvenire”, Marco Tarquinio, constatou que o filme “Bella” exalta a harmonia da família. “Na solidão há morte e na relação entre as pessoas está a vida”.

A produtora italiana Lux Vide comprou os direitos do filme “Bella” na Itália e anunciou que, após a distribuição nos cinemas, será transmitido pela rede pública italiana RAI, este ano.

Eduardo Verastegui, ao agradecer a concessão do prêmio, explicou que esse filme mudou sua vida e de muitas pessoas: calcula-se que ao menos 300 crianças que deviam ser abordatas puderam nascer depois que suas mães assistiram a “Bella”.

O ator também fez referência ao debate que aconteceu no México sobre o aborto e constatou que, nessa República, 18 Estados reconheceram em sua Constituição o direito à vida desde sua concepção.

Entrevista com o professor Antonio Scacco, fundador da revista “Future Shock”

Desde suas origens, uma das características do gênero literário e cinematográfico da ficção científica foram as posições anti-humanistas e cientificistas.Tais concepções mistificadas do futuro da ciência e da tecnologia retratam um mundo no qual a humanidade se vê a mercê do niilismo e dos caprichos de poderes ditatoriais.

Por outro lado, existe também uma corrente de ficção científica que define a si própria como “humanista”, e que nutre aspirações educativas.

Sobre o assunto, o livro do professor Antonio Scacco, “Fantascienza umanistica” (“Ficção científica humanista”, editora Boopen), é muito elucidador.

Neste livro, o autor, que é fundador e editor da revista “Future Shock” (www.futureshock-online.info/index.html), propõe que a ficção científica pode desempenhar um papel educativo ao conscientizar os leitores dos grandes dilemas da ciência.

–A seu ver, qual é o objetivo primordial da ficção científica?

–Scacco: Para compreendermos melhor a natureza e o propósito da ficção científica, ou como se diz em inglês, “Sci-fi” (science-fiction), precisamos voltar às suas raízes, que remontam ao nascimento da própria ciência moderna. O advento da ciência provocou, como se sabe, um choque cultural de proporções jamais antes experimentadas pela humanidade, dividindo-a em dois grupos antagônicos: o dos defensores e o dos opositores. É fácil perceber, assim, que o propósito primordial de uma obra de ficção científica é o de discutir os impactos da ciência em nossa sociedade. Não por acaso, a ficção científica tem sido definida como uma literatura de idéias. Nela são tratadas questões muito importantes: o sonho de um mundo melhor, a abertura ao horizonte utópico, e nos melhores exemplos, a indicação de um destino transcendente, que o homem moderno tenta remover da própria consciência.

–O que significa falar em uma obra de ficção científica humanista? O que a distingue das demais? Poderia indicar um autor?

–Scacco: Como já disse anteriormente, nem sempre o homem tem uma atitude positiva com relação à ciência. Esta é também a opinião de alguns autores de ficção científica, entres os quais citaria Edward M.Foster, por seu romance “The Machine Stops”, de 1909, na qual acusa a ciência de anular a capacidade de iniciativa dos homens.

Felizmente, para além destas duas posições – uma que exalta as “magníficas realizações do progresso científico”, e outra que levanta a bandeira do “vade retro” tecnológico, há uma terceira: a de uma ciência vista como fator de humanização, conforme defendida por Enrico Cantore em seu ensaio “O homem científico. O significado humanístico da ciência” (“Scientific Man: The Humanistic Significance of Science”, 1977).

Um exemplo de ficção científica de cunho humanístico é a de Isaac Asimov e seu romance “Lucky Starr e os oceanos de Vênus” (“Lucky Starr and the Oceans of Venus”, 1954), no qual o protagonista David Lucky Starr, uma espécie de cientista-filósofo, rico em coragem, espírito de aventura, retidão moral, humanidade e amor pela razão, representa o influxo humanizante da ciência, a ponto de sugerir uma recuperação do vilão Lyman Turner, um cientista criminoso, ao invés de eliminá-lo da sociedade.

Qual é a relação entre ciência, ficção científica e religião?

–Scacco: A ciência, hoje, parece seduzir o homem com o sonho de um poder ilimitado. É uma espécie de embriaguez, que turva a visão de outros horizontes. Aí reside a origem da crise religiosa que atinge, em nível global, o Homo tecnologicus.

A ficção científica, por sua íntima ligação com a ciência e por sua proposta de explorar todas as possibilidades reservadas ao futuro humano, não poderia se eximir de tratar dos problemas de natureza ética, espiritual e religiosa suscitados pelo desenvolvimento científico. Um tema frequentemente abordado pela ficção científica é o da presença do mal no mundo, como por exemplo nos romances “Guerra ao Nada” (A Case of Conscience, 1963), de James Blish e Os Endemoniados (A Plague of Pythons, 1965), de Frederick Pohl.

–Em um dos capítulos de seu livro, o senhor aborda a presença da Igreja Católica nas obras de ficção científica. Como é apresentada a Igreja?

–Scacco: A Igreja está presente nas narrativas de ficção científica por dois motivos. O primeiro é que esta, desde a Idade Média, não apenas promoveu o estudo da filosofia natural de Aristóteles, da qual derivam os trabalhos de Santo Alberto Magno e São Tomás de Aquino, como também estimulou e sustentou o nascimento e crescimento das primeiras universidades. Sem estes passos fundamentais, conforme demonstrou Edward Grant em seu livro brilhante “As origens medievais da ciência moderna”, não teria ocorrido a revolução científica galileiana, não teria nascido o que hoje chamamos de ciência nem nossa moderna civilização ocidental. O segundo motivo é que a Igreja Católica tem sido uma referência de humanismo, especialmente neste momento histórico em que uma escalada desumanizante parece submeter o gênero humano.

–Em outro capítulo, o senhor sustenta que a ficção científico serviu a um projeto de “descatolicização”. Poderia explicar como isso ocorreu?

–Scacco: O comportamento irreverente do homem diante de Deus, da criatura diante do criador, é tão antigo quanto o próprio mundo. Lembremos de um personagem da mitologia grega, Capaneu, um dos sete reis que participaram do cerco a Tebas, o qual, ao transpor os muros da cidade, desafiou a Zeus com injúrias, e este então o fulminou imediatamente com um raio. Nos dias de hoje, esta postura de soberba se desenvolveu excessivamente, graças ao desenvolvimento científico e tecnológico que conferiram ao homem um poder sobre a natureza e sobre seus semelhantes nunca antes imaginado.

Daí para a negação da transcendência é apenas um passo. O homem fez de si mesmo um deus, substituindo a esperança de um reino bíblico pela esperança de um reino do homem. Nesse contexto, a religião em geral, e em particular a Igreja Católica, são vistas como um obstáculo à plena felicidade do homem, que apenas a ciência e a tecnologia modernas podem proporcionar.

Muitos autores de ficção científica têm uma formação de caráter positivista, tornando-se, assim, promotores de uma ideologia antirreligiosa e anticristã, como é o caso por exemplo do romance de Norman Spinrad, “Deus X” (1992), no qual a Igreja do futuro é retratada como uma organização guiada por interesses puramente humanos, sob o comando da Papisa Maria I, “uma velha sagaz, que ascendeu numa das pirâmides mais falocráticas do mundo servindo-se de todos os meios disponíveis, lícitos ou ilícitos”.

–Quais são os méritos de uma ficção científica humanista e de que forma esta pode ser vinculada a um projeto cultural católico?

–Scacco: Apesar do sucesso de tantos filmes, como Star TrekBlade RunnerIndependence Day e o recente Avatar, a literatura de ficção científica está em crise. Qual seria a causa? A meu ver, isso se deve justamente ao fato de ter sido marcada como a literatura da transgressão, da dessacralização e do niilismo.

As obras de caráter anti-utopista, catastrofistas e pessimistas são interessantes ao gênero do “sci-fi” apenas até certo ponto. Por vezes, podem suscitar nos leitores um sentimento de impotência e frustração, que acaba por afastá-los da ficção científica. Com a ideia de uma ficção científica “humanista”, quis deixar a mensagem de que os autores do gênero devem procurar valorizar a função mais genuína da “sci-fi”: a de recosturar as culturas humanista e científica. Uma ficção científica comprometida com esse objetivo me parece atender a todos as exigências para fazer parte de um projeto cultural católico.

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Nossa Igreja está em todas! O esplendor da verdade atinge a tudo e a todos.

Urge Evangelizar!

O jornal L’Osservatore Romano dedicou um de seus habituais comentários cinematográficos a elogiar o tema da reconciliação e o perdão na produção Invictus, dirigida por Clint Eastwood, aonde através da luta pela obtenção do campeonato mundial de rugby de 1995, mostra Nelson Mandela lutando pela unidade e a pacificação da África do Sul.

O artigo do LOR assinala ao princípio que “às vezes acontece que um evento esportivo assume significados que vão além do aspecto competitivo. Assim se para a maior parte das pessoas a final da Taça do Mundo de rugby de 1995, disputada no Ellis Park Stadium de Johanesburgo, foi apenas uma vibrante partida com um resultado surpreendente, para a África do Sul representou um momento crucial da história nacional”.

Mandela, prossegue o texto, tinha ante si a “um povo dividido entre os brancos –poucos e donos do poder e da riqueza– e os negros, pobres e marginalizados. A impensável convergência dos torcedores ante uma equipe (de rugby), os Springboks, apoiados só pelos afrikaaners e odiada pelos nativos por causa das cores verde e ouro convertidas no símbolo da segregação, ajudou em parte a sanar as feridas do passado e a infundir esperança em um futuro cheio de incógnitas depois da vergonha do apartheid”.

LOR assinala que nesta produção Clint Eastwood segue em sua tarefa de “explorar o homem e a sociedade. Seguindo a rota do filme Gran Torino (hino à não-violência e convite à tolerância racial, contra todo preconceito) confronta os delicados tema do perdão e da reconciliação. ‘O perdão –faz dizer a seu Mandela– liberta a alma, cancela o medo. Por isso é uma arma tão potente’”.

Morgan Freeman e Matt Damon interpretam, respectivamente, Nelson Mandela e Françoise Pienaar, o líder dos Sprinboks, a equipe nacional de rugby que tem a missão de ganhar o campeonato mundial “que será disputado na mesma África do Sul. Mas o verdadeiro objetivo é a pacificação do país sintetizada no lema ‘uma equipe, um país’. A ocasião é única e irrepetível e, desportivamente, é uma empresa ao limite do possível”.

Para obtê-lo, continua o LOR, a equipe chega a ter o apoio das mais de 60 mil pessoas presentes na final no estádio de Johanesburgo e “mais de 42 milhões de sul africanos brancos e negros, unidos pela primeira vez, diante da televisão e do rádio”.

“Uma bela lição da história, levada inteligentemente ao cinema por um grande diretor para o benefício de um público mais vasto”, conclui o artigo.

Distribuidora Columbia Pictures não foi autorizada a usar imagem.
Valor ainda não foi estipulado e negociação é amigável, diz arquidiocese.

Carolina Lauriano Do G1.

No filme “2012” (assista ao trailer), do cineasta alemão Roland Emmerich, o Cristo Redentor é destruído junto com outras construções famosas ao redor do mundo. O uso da imagem da célebre estátua carioca, no entanto, não foi autorizado pela Arquidiocese do Rio, que agora pede uma indenização à distribuidora Columbia Pictures pelo uso indevido.

De acordo com Claudine Dutra, responsável pelo departamento jurídico da arquidiocese, a negociação está sendo feita de forma amigável e ainda não há uma ação contra a Columbia e nem um valor estipulado da indenização.

“Eles nos procuraram na fase de pré-produção do filme, acho que em 2008, para pedir autorização e isso foi negado. Mesmo assim, eles usaram o Cristo no filme”, afirmou a advogada.

A direção-geral da Columbia informou que o caso está sendo tratado por advogados em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Segundo a assessoria de imprensa da arquidiocese, o Cristo Redentor é de propriedade da igreja e, por isso, o órgão teria o direito de negar o uso da imagem da estátua.


Pedido de desculpas

Ainda de acordo com Claudine, em dezembro de 2009, um mês após a estreia do filme, a Columbia recebeu uma notificação e os advogados da distribuidora se retrataram, em reunião com a equipe da arquidiocese.

Em documento, segundo a arquidiocese, eles se desculparam dizendo que “em nenhuma hipótese o uso da estátua na produção do filme ‘2012’ teve por intenção causar prejuízo ou de qualquer outra maneira atacou ou ofendeu a imagem da igreja ou a fé católica”.

“A gente entendeu, mas isso não é suficiente. Houve o uso indevido da imagem, fiéis nos procuraram indignados”, afirmou a advogada.

Após o sucesso de “A paixão de Cristo” em 2004, hollywood está próximo de produzir mais um filme envolvendo Jesus Cristo.

O longa “The Ressurrection of the Christ” será lançado em 2011 e contará a história de Pilatos e a traição de Judas.

O roteiro é assinado por Dan Gordan e sua trama envolve a luta pelo poder e ganância das pessoas envolvidas na crucificação de Cristo: Pilatos, Herodes, Caifás e Judas. No projeto estão o produtor Bill Mckay e direção de Jonas McCord.

Pop News

Assistir Avatar tem deixado muita gente “feliz”. O problema é lidar com a realidade depois.

No site Avatar Forum, um dos maiores sobre o filme, é cada vez maior o número de fãs se queixando de Depressão pós-Avatar. Segundo o administrador do fórum, Philippe Baghdassarian, um tópico chamado “Maneiras de lidar com a depressão pelo sonho de Pandora ser intangível” recebeu mais de mil posts, o que o obrigou a abrir um segundo espaço para o mesmo assunto.
Usuários obcecados relatam que gastam horas pesquisando sobre o filme e que já o assistiram várias vezes. E lamentam não poder visitar ou morar no planeta Pandora, já que ele parece tão melhor do que a Terra. Além disso, muitos criticam a raça humana.
E alguns posts chegam a ser bastante preocupantes. Baghdassarian cita como exemplo o de um rapaz chamado Mike.

“Desde que fui ver Avatar eu ando deprimido. Ver o maravilhoso mundo de Pandora e todos os Na’vi fez com que eu quisesse ser um deles. Não consigo parar de pensar em tudo que aconteceu no filme e todas as lágrimas que já derramei por isso. Eu até já cogitei suicídio, pensando que se eu fizer isso vou renascer em um mundo similar à Pandora e tudo vai ser igual ao que é emAvatar”, escreveu Mike.

Preocupados com mensagens desse tipo, outros usuários do fórum tem tentado animar os colegas. Como formas de combater a depressão pós-Avatar eles sugerem que eles comprem a trilha sonora e jogos de vídeo game sobre o filme, além de conversar com amigos sobre seus sentimentos.

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Não se pode afirmar com essa informação que o filme gere isso em todos os que o assistem.Tive a oportunidade de assistí-lo e fiquei impressionado pela exuberância visual que a pelicula oferece e pelos efeitos extremamente perfeitos. Neste aspecto, é de tirar o chapeu.

Aliás, até saí “deprimido”, mas por outras razões..

O roteiro!

De fato o filme é um mergulho no panteísmo ecológico, tão em moda nos dias de hoje. Poderia se dizer que no aspecto religioso, o filme é de um paganismo só,uma apologia ao culto à mãe terra,aos seres criados,a harmonia mistica com os animais…Uma tristeza.

Sei que os filmes não tem a obrigação de estarem sempre defendendo os nossos valores cristãos – o que seria ótimo, mas a partir do momento que um filme, e esse é o caso, adentra no misticismo e na esfera religiosa,na relação do criado com o criador, “deus,”mãe terra” e outros conceitos religiosos da nova era, nos toca de forma muito particular porque,como cristãos,sabemos da redenção operada por Jesus Cristo e que estas coisas já foram superadas desde que o evangelho atingiu os pagãos.

Para os que vivem dentro de um vazio religioso,como parece ser o caso dos deprimidos da noticia acima- com todo o respeito por suas dores emocionais e existencias,o filme pouco acrescenta, pelo contrário,evidencia o vazio e os leva a sonhar com um mundo inexistente que os afunda ainda mais em sí e no niilismo.

Sabemos que o panteísmo não é resposta para o homem, obra prima da criação e que não pode ser confundido como “mais uma criatura”,idêntica às outras,em um nivelamento que relativiza a vida humana a de um animal,que tem seu valor,mas que não é igual ao homem,dotado de uma alma espiritual e criado a imagem e semelhnça de Deus.

Não se despreza com isso os animais,criaturas de Deus,mas se respeita a hierarquia da criação.

Claro que o filme apresenta alguns valores bons como a defesa da natureza,dos povos “indigenas” ou das minorias,da harmonia dos grupos sociais…Mas fico me perguntando se isso não seria possivel em um mundo menos idilico,menos envolvido em uma espiritualidade New Age ,perceptivel dentro dos diálogos, das imagens e cores,no culto a árvore sagrada,uma das principais “atrizes” do filme.

Penso que,enquanto espetáculo visual, o filme é bom de se ver.Mas se formos adentrar na mentalidade de fundo e superarmos o deslumbramento inicial das cores, pouca coisa o filme acrescenta para pessoas cristãs como nós, que teem na riqueza dos valores do evangelho e na salvação concreta e histórica trazida por Jesus Cristo,a resposta para um mundo verdadeiramente novo, onde os deprimidos saem refeitos e dispostos a lutar pelas suas vidas e as árvores servem para oferecer deliciosos frutos, sombra e lembrar que, vendo as belezas da terra sonharmos com o nosso amado pai e criador,que nos conhece pelo nome e nos ama eternamante, acima de todo o criado!

O jornal L’Osservatore Romano (LOR) publicou em sua edição desta sexta-feira um artigo no qual critica a nova produção “Lua Nova (New Moon)”, saga de “Crepúsculo”, uma história que relata o triângulo amoroso entre um vampiro vegetariano, um lobisomem e uma adolescente solitária que não encaixa em seu ambiente.

Esta segunda parte da saga mostra a protagonista Bela Swan, deprimida pela partida de seu noivo Edward Cullen, o vampiro, que a deixa para não colocar a vida de sua amada em perigo. Assim se aproxima de seu amigo Jacob Black, quem na realidade é um lobisomem.

“Em Lua Nova –diz LOR– Bela acaba de cumprir 18 anos mas está cheia de cicatrizes não curadas, não só exteriores, é uma moça próxima aos lobisomens que vive em equilíbrio entre dois mundos e foi ferida por quem deveria tê-la protegido”.

O jornal vaticano assinala que este filme “já gerou comentários de muitos (críticos profissionais e não profissionais, bloggers e outros) e a repetição até o cansaço do já foi dito e ouvido sobre o primeiro episódio: se trataria de pura propaganda moralmente perigosa, de um ‘elogio à repressão sexual em si mesma’, de uma espécie de anúncio cristão camuflado como best seller juvenil”.

Com esta tendência, diz o artigo, “terei que tirar o chapéu” para a autora Stephanie Meyers, que escreveu a saga e “que foi capaz de dourar a pílula para encobrir o severo alerta obscurantista com alguns” clichês “para ir criando uma máquina de dinheiro que funciona à toda potência em todo o mundo”.

Depois de comentar o tratamento pouco claro da produção sobre a sexualidade, LOR descreve que no filme “existe uma zona escura, uma hostil ansiedade comum a todos os personagens principais, assim como o medo a serem divididos pelo tempo que passa (apenas para Bela, a protagonista, pois Edward, o vampiro, terá sempre 17 anos) e o terror de decepcionar a pessoa amada, de perdê-la para sempre ou de causar-lhe um mal irremediável, como sucedeu com o Romeu” de Shakespeare.

Como em Crepúsculo, “a opção por fazer que os ‘monstros’ assim como os vampiros e os lobisomens falem é um eficaz instrumento expressivo fazendo que a própria pessoa esteja diante do enigma da liberdade e do misterioso impulso de morte que envenena a vida gerando violência, infelicidade e caos no mundo dos humanos, a ‘ferida original’ que todos têm dentro”.

É melhor, prossegue o artigo do LOR, “evitar chamar ‘pecado’ (seu aroma a incenso poderia alarmar aos laicistas) à ‘ferida original’ que pode ser traduzida como a sombra que envolve as relações de amizade ou amor, que transforma à chamada sociedade civil em uma instância de crueldade e ferocidade”.

Pode-se ver, ademais, “a facilidade com a que um afeto profundo ou inclusive uma relação de simples empatia se transforma em uma relação de poder, e o gosto amargo da ‘espinhosa realidade’, como escrevia Rimbaud, que se revela na contínua repetição do mecanismo de ‘tensão para o cumprimento, desilusão, reação violenta’”.

O texto assinala também que a “cada certo tempo o registro constantemente alto do roteiro faz tropeçar os diálogos em qualquer ingenuidade e não faltam algumas estupidezes e quedas da tensão, sobre tudo nas cenas rodadas na Itália, em Montepulciano (…) mas os intérpretes parecem convincentes (ao menos até agora) e irônicos inclusive fora do set: ‘75 por cento do mérito é dos cabelos’, responde Robert Pattinson (Edward) ao ser perguntado pelo êxito planetário do bom vampiro, um pouco James Dean, um pouco ícone dark de quem vive na cidade mais chuvosa dos Estados Unidos”.

De outro lado, o perito em cinema do Pontifício Conselho para a Cultura, Dom Franco Perazzolo, assinalou que a esta produção constitui “um vazio mais perigoso que qualquer tipo de mensagem desviada”.

O gênero vampiresco combina uma série explosiva de imagens que sempre atrai às jovens gerações para os extremos, depois do qual se encontra o vazio“, disse.

Fonte : ACI


O Ator Pedro Sarubbi, que fez o papel de Barrabás, confessa que se converteu durante a gravação do filme ao olhar para Jesus.

A publicação Alfa e Omega apresenta em sua última edição o testemunho de  Pedro Sarubbi, o ator que interpretou  Barrabás no filme “A Paixão de Cristo” , que assegura ter se convertido durante a  filmagem.

Sarubbi – que deu  uma entrevista ao jornal italiano Avvenire– relatou que queria interpretar São Pedro mas o diretor Mel Gibson “tinha escolhido os atores baseando-se na semelhança com os personagens retratados nos quadros de  Caravaggio e outros pintores”.

“Já como Barrabás, Gibson me disse que evitasse olhar  para  Jim Caviezel – que interpretava Jesus Cristo – até mesmo nos primeiros ensaios da cena em que deveríamos aparecer juntos. (O Diretor queria captar a reação do personagem quando visse Jesus pela primeira vez como um momento único).

Barrabás é como um cão feroz – me dizia Gibson–, mas há uma ocasião em que se torna um cachorrinho: ao encontrar-se com o Filho de Deus quando se salva.

Quero que seu olhar seja daquele que vê Jesus pela primeira vez ’. Fiz como ele me havia dito, e quando nossos olhos se cruzaram senti uma espécie de corrente; era como se olhasse de verdade para  Jesus.

Nunca  tinha me acontecido  uma coisa parecida em todos os meus anos de carreira”, indicou.

Para  Sarubbi,”A Paixão” “foi uma experiência não só profissional, mas também, e sobretudo, humana.

“Não me envergonho de dizer que me converti durante a filmagem. Todos nós atores que participamos do filme  mudamos um pouco depois dessa experiência, mas eu aprendi muito mais com o  filme do que em qualquer conferência”.

O ator lembrou que sua busca espiritual “começou há muitos anos, e me levou a percorrer todo o mundo. Realizei uma  longa busca antropológica, como homem e ator. Fui instruído nas artes marciais do mosteiro do Shaolín; permaneci em um  mosteiro tibetano durante seis meses com voto de silêncio; pratiquei a meditação na Índia; e vivi na Amazônia. Alcancei a meta final desta busca com Jesus”.

Jesus é a meta final.

Agora, indicou, “faço  o possível para  que esses olhos sigam sendo importantes para mim. Minha familia é o primeiro de tudo; e também atuo de palhaço para crianças órfãs. Por outro lado, tenho o meu trabalho: ensino executivos a dirigir-se em público, ensino em várias escolas para atores… Utilizo o que chamo “o método do guerreiro, o sacerdote e o palhaço”: na vida é preciso ser forte e honesto, espiritual e brincalhão. Um homem harmônico e justo é também um ator justo”.

Alfa e Omega explica que a seus 43 anos Sarubbi está há trinta no teatro – trabalhou com os grandes, como Grotowski e Cantor–, no  cinema–‘O bandolim do capitão Corelli’– e na televisão”.

“Desde fevereiro dirige o Master de recitação televisiva e teatral para atores profissionais na Escola Paolo Grassi, de Milão. Embora tenha percorrido todo o  mundo, gosta de viver em seu sítio  nos arredores de Milão, com sua mulher, seus quatro filhos e a multidão de animais que possuem”.

Fonte:ACI Digital

Pode ser que você não reconheça o nome, mas seguramente já escutou sua música. O maestro Ennio Morricone é considerado um dos melhores compositores de partituras de filmes de Hollywood.

Para muitos católicos, talvez seja apreciado pela música do filme “A Missão”, de 1986, sobre os jesuítas missionários na América do Sul do século XVIII. Mas sua contribuição à indústria do cinema estende-se a mais de 450 filmes, tendo ele trabalhado com os principais diretores de Hollywood, desde Sergio Leone a Bernardo Bertolucci, Brian De Palma ou Roman Polanski.

E com 80 anos segue em plena ebulição. O compositor acaba de terminar o arranjo musical de “Baaria”, de Giuseppe Tornatore, um filme italiano que abriu o Festival de Veneza deste ano. Quentin Tarantino o havia convidado para compor a música de seu mais recente filme, “Bastardos sem glória”, mas dificuldades de calendário impediram Morricone de realizar este trabalho. No entanto, ele permitiu que Tarantino usasse passagens de sua obra no filme.

O renomado compositor italiano também continua colecionando prêmios: no início do ano, Nicolas Sarkory, presidente da França, o nomeou Cavaleiro da Ordem da Legião de Honra, o mais alto reconhecimento do país. Isso se soma a uma longa lista de outros reconhecimentos, incluindo o Prêmio de Honra da Academia, cinco nomeações ao Oscar, cinco Baftas e um Grammy.

Apesar disso, o maestro Morricone, que nasceu em Roma, prefere manter-se longe das câmeras e raramente concede entrevistas. Por isso, foi uma surpresa quando ele amavelmente aceitou abrir uma exceção para ZENIT, tendo nos recebido em seu apartamento no centro da Cidade Eterna, para falar principalmente sobre sua fé e sua música.

Em seu apartamento se destaca um impecável piano preto ao lado da janela de uma grande sala decorada com muito bom gosto, artisticamente revestida de murais e quadros clássicos. Mas Morricone, casado, com quatro filhos já adultos, é um homem simples, e responde as perguntas do modo típico romano: diretamente.

Inspiração

Começo perguntando se sua música, que muitos consideram muito especial, está inspirada por sua fé. Ainda que se descreva como um “homem de fé”, adota um ponto de vista muito profissional em seu trabalho.

“Penso na música que tenho de escrever, a música é uma arte abstrata –explica. Mas, no entanto, quando tenho de escrever uma peça religiosa, certamente minha fé contribui”.

Ele acrescenta que tem interiormente uma “espiritualidade que sempre permanece em minha composição”, mas não é algo que deseja fazer presente, simplesmente o sente.

“Como crente, esta fé provavelmente está sempre ali, mas corresponde aos outros se darem conta dela, os musicólogos e os que analisam não só as peças de música mas que também têm uma compreensão de minha natureza, e do sagrado e do místico”, explica.

Ele reconhece que crê que Deus o ajuda a “escrever uma boa composição, mas essa é outra história”.

Morricone dá uma similar resposta profissional e honesta quando questionado se tem algum remordimento ao escrever música para filmes gratuitamente violentos.

“É-me pedido que me coloque a serviço do filme –diz. Se o filme é violento, então componho música para um filme violento. Se é um filme sobre o amor, trabalho para um filme de amor. Talvez possam existir filmes violentos em que há sacralidade ou elementos místicos, mas não busco voluntariamente estes filmes. Tento conseguir um equilíbrio com a espiritualidade do filme, mas o diretor nem sempre pensa da mesma maneira”.

Ennio Morricone iniciou sua carreira musical em 1946 após receber um diploma de trompetista. No ano seguinte, já era compositor de música de teatro, assim como músico em uma banda de jazz, para manter sua família. Mas sua carreira na música cinematográfica começou em 1961, quando começou a trabalhar com seu velho amigo de escola, Sergio Leone, e sua série de bang bang italiano, os “western spaghetti” (“Por um punhado de dólares”, “O dólar furado”…).

Talvez seja mais famoso por este gênero, apesar de lembrar que estes filmes representam apenas 8% de seu repertório, e que rejeitou uma centena de outros filmes similares. “Todos me pediam para fazer western, mas tentei não fazê-los porque prefiro a variedade”.

Milagre técnico

Falando de “A Missão”, diz que o grandioso da partitura deste filme era seu “efeito técnico e espiritual”. Com isso, refere-se ao modo como se conseguiu combinar os três temas musicais do filme. A presença de violinos e o oboé de padre Gabriel representam “a experiência do Renascimento do progresso da música instrumental”. O filme logo move-se para outras formas de música que surgiram da reforma da Igreja do Concílio de Trento, e acaba na música dos nativos indígenas.

O resultado foi um tema “contemporâneo” em que os três elementos combinaram-se harmoniosamente ao final do filme. “O primeiro e o segundo tema vão juntos, o primeiro e o terceiro podem ir juntos, e o segundo e o terceiro vão juntos –explica. Isso era um milagre técnico e creio que foi uma grande bênção”.

O compositor italiano assegura que não tem a fórmula para uma partitura cinematográfica de sucesso. “Se o soubesse, teria escrito mais música como essa”, disse, acrescentando que a qualidade da música depende de estar feliz ou triste.

“Quando era menos feliz, sempre me salvei com profissionalismo e técnica”, reconhece. Não menciona nenhuma peça ou filme favorito. “Gosto de todos porque me deram algum tipo de tormento e sofrimento quando trabalhava neles, mas não devo e não quero fazer distinções”, diz.

Passamos ao tema de outro sutil músico: o Papa Bento XVI. Morricone diz que tem “muito boa opinião” do Santo Padre. “Parece-me que é um Papa de mente sábia, um homem de grande cultura e também de grande força”, afirma.

É especialmente elogioso com os esforços de Bento XVI de reformar a liturgia, um assunto que Morricone sente com grande força.

“Hoje a Igreja cometeu um grande erro, atrasando o relógio 500 anos com as guitarras e as canções populares –argumenta. Nada disso me agrada. O canto gregoriano é uma tradição vital e importante da Igreja e desperdiçá-lo por misturas juvenis de palavras religiosas e profanas, canções ocidentais, é extremamente grave, extremamente grave”, enfatiza.

Afirma que é voltar atrás os ponteiros do relógio porque o mesmo sucedeu antes do Concílio de Trento, quando os cantores mesclavam o profano com a música sagrada. “O Papa faz bem em corrigir isso –observa. Deveria corrigi-lo com muito mais firmeza. Algumas igrejas têm levado em conta suas correções, mas outras não”.

O maestro Morricone parece em forma e consideravelmente mais jovem que sua idade, o que lhe permite seguir dando concertos ao redor do mundo. De fato, está mais solicitado que nunca: no próximo mês interpretará suas composições no Anfiteatro de Hollywood, em Los Angeles.

Apesar de toda essa fama e distinções, este grande compositor não perdeu nada de sua humildade e realismo romano. É talvez isso, mais que suas comoventes e únicas composições, que faz dele um dos grandes nomes de Hollywood.

Fonte: Zenit