Por Paul de Maeyer

“Ele deu um CD para um vizinho e vai sofrer cinco anos de cadeia”. Com estas poucas palavras, o pastor Mustapha Krim, presidente da Igreja Protestante da Argélia (EPA, na sigla em francês), resumiu para a Compass Direct News (30 de maio) a condenação do cristão evangélico Siaghi Krimo.

O tribunal do distrito ou cité de Djamel, em Oran, cidade portuária a 470 quilômetros a oeste da capital Argel, condenou o cristão a uma pena de cinco anos de cadeia e multa de 200.000 dinares (quase 2.760 dólares) por ter “ofendido” o Profeta. Krimo, casado e pai de uma menina de 9 meses, teve dez dias para apelar. A condenação foi sentenciada no último 25 de maio.

O homem foi preso com outro cristão, Sofiane, pelos serviços de segurança da Argélia, em 14 de abril. Solto depois de três dias, Krimo foi levado ao tribunal em 4 de maio. Quem acusou o cristão de proselitismo e blasfêmia contra o profeta Maomé foi seu vizinho muçulmano, a quem Krimo dera um CD e com quem discutira sobre a fé cristã.

Chama a atenção que todo o processo contra Krimo se desenrolou em ausência da única testemunha da suposta blasfêmia: o próprio vizinho muçulmano. Também faltou qualquer tipo de provas materiais. Este “detalhe” não impediu o juiz de ir além da pena exigida pelo representante da fiscalização. A pena preventiva proposta era de dois anos, com multa de 50.000 dinares, mas o juiz infligiu ao réu o castigo máximo previsto no Código Penal da Argélia pela violação do artigo 144.

Esse artigo, que poderia ser definido como a versão argelina da infame lei paquistanesa da blasfêmia, prevê condenações preventivas de até cinco anos de prisão para quem ofender o Profeta ou “os mensageiros de Deus”, e também para quem “denegrir os dogmas e preceitos do islã através de textos escritos, desenhos, declarações ou qualquer outro meio” (Compass).

A rigidez da condenação deixou a comunidade cristã da região boquiaberta. “Se eles começarem a aplicar a lei desse jeito, significa que não existe respeito pelo cristianismo”, declarou o diretor da EPA, Mustapha Krim, que teme o pior. “Muitos cristãos da Argélia vão parar na cadeia”, disse a Compass. “Se o simples fato de dar um CD para o vizinho vai custar cinco anos de cadeia, então é uma catástrofe”.

O advogado de Krimo, Mohamed Ben Belkacem, afirmou que a sentença foi inesperadamente dura, refletindo o preconceito do poder para com os cristãos. “Não esperávamos uma sentença dessas”, confessou a Compass. “O juiz castigou os cristãos, não só o acusado. Não havia provas, mas o tribunal não aceitou as circunstâncias atenuantes”, continuou o advogado, que lembrou que Krimo tinha “boas relações” com os vizinhos e que se proclamou inocente. “Meu cliente negou ter insultado o Profeta e não há nenhuma prova material que fundamente essa acusação”, destacou Ben Belkacem.

Existem especulações de que o tribunal tenha sido pressionado a condenar o cristão a uma pena exemplar. “O juiz teria eximido Krimo de todas as acusações, em circunstâncias normais, mas acho que recebeu ordens superiores para ser tão duro”, declarou um representante da EPA, citado pela organização International Christian Concern (28 de maio).

Para analistas, a sentença reflete uma nova postura do governo do presidente Abdelaziz Bouteflika (no poder desde 1999) contra as igrejas evangélicas. Simbólica para o clima instalado no país é a decisão do governador ou wali da província de Bejaia (ou Bugia), Ahmed Hammou Touhami, de ordenar o fechamento definitivo dos sete lugares de culto protestantes dessa província nordestina, dois dos quais na cidade de Cabilia.

Em declaração enviada à EPA em 22 de maio, o governador explicou sua decisão escrevendo que todas as igrejas da província eram ilegais por não estarem registradas pela autoridade, como obriga a lei nº 06-03 (ou 06-02 bis), conhecida como a Ordenança 06-03.

“Não somos contra o exercício de cultos diferentes do islã. Só convidamos as comunidades religiosas não muçulmanas a respeitar a lei”, defendeu-se o governador. “Pedimos que obedeçam à lei. Alguns fazem seus cultos em garagens” (Watan, 25 de maio).

Muito diferente é a versão proporcionada pela igreja protestante local. Segundo Mustapha Krim, “todas as medidas necessárias foram tomadas junto à Comissão Nacional dos Cultos e ao Ministério do Interior depois da promulgação da lei 06-03, para a regularização da nossa situação”. Ações que se mostraram inúteis, por causa de um “bloqueio” ministerial.

A norma, criada em 2006, é polêmica. Segundo estudiosos, ela gerou “uma zona cega em que o governo e a polícia têm margem para agir contra a igreja. Essa lei permite que o governo condene os crentes por sua fé ou por culto ilegal, mesmo com a constituição garantindo a liberdade religiosa” (Compass, 5 de outubro de 2010). Igualmente contundente é a opinião de Mustapha Krim, que confirma o uso instrumentalizado e até “inquisidor” da lei contra os cristãos (Watan, 25 de maio).

Para o advogado Ben Belkacem, “os cristãos vivem uma situação muito difícil na Argélia”. “São tolerados por motivos de política exterior, mas na realidade não têm nenhuma liberdade de culto, já que nenhuma associação é reconhecida, apesar dos muitos esforços”(Compass, 25 de maio).

Tampouco Watan tem dúvidas. “A intolerância oficial continua fazendo estragos” na Argélia, um país onde “ter o Evangelho ou bíblias converteu-se em crime com pena de cárcere”. O jornal acusa as autoridades de fazer o mesmo jogo dos integralistas e fundamentalistas, em particular da Frente Islâmica de Salvação (FIS).

Como recorda Compass, a Argélia conta hoje com mais de 99.000 cristãos, que representam menos de 0,3% da população, composta por 35,4 milhões de habitantes.

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A impressão que eu tenho é que- no fundo- eles não tem certeza de sua fé e tentam de todas as formas bloquear a evangelização.

Nossa comunidade possui uma casa missionária na Argélia onde fazemos um trabalho junto a estudantes estrangeiros.

Um grupo de jovens católicos espanhóis produziu 25 vídeos em que falam sobre temas como matrimônio, homossexualismo, celibato sacerdotal, ordenação de mulheres e as “riquezas” da Igreja. Os vídeos ecoaram em várias redes de televisão nacionais [espanholas] e produziram uma avalanche de ataques e insultos no YouTube.

Os vídeos, que podem ser vistos em www.arguments.es/proyectos/jmj, foram produzidos por um grupo de estudantes da Universidade de Navarra como preparação para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e propõem-se a dar uma resposta pessoal aos temas mais controvertidos da opinião pública sobre a Igreja.

Nos ultimos dias, os vídeos foram notícia nos meios de comunicação nacionais [da Espanha]. O periódico “Público” lhes dedicou uma página inteira e os vídeos foram veiculados em três canais de televisão: “Cuatro”, “TeleCinco” e “La Sexta”.

A consequência direta foi uma avalanche de críticas virulentas e agressivas a todos os vídeos. A maior parte não foi publicada no canal “catequesisarguments” do YouTube, por estarem cheias de insultos e obscenidades, especialmente contra as garotas que aparecem nos vídeos. No Twitter também tem havido muita repercussão.

O vídeos sobre o homossexualismo, que no começo tinha 3 mil visitas, já está com 30 mil, com 134 votos favoráveis e 556 contrários.

Os promotores da iniciativa pediram àqueles que gostaram dos vídeos que votem a favor ou deixem algum comentário positivo no YouTube. Para mais informações, visite o blog http://www.arguments.es/blogjmj/

‘Religión Confidencial’ publicou como ‘Vídeo do dia’ várias d[est]as gravações.
Veja-as aqui

A França já proibiu.
A França já proibiu.

“São 11 milhões os muçulmanos na Europa: a presença deles é um fato na vida dos países e das paróquias, assim como são um fato as muitas experiências de diálogo compartilhadas para encontrar uma linha comum de orientação”. Dom Duarte da Cunha, secretário do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, apresentou assim os motivos do II Encontro dos Delegados das Conferências Episcopais para as Relações com os Muçulmanos no velho continente, que aconteceu em Turim neste 31 de maio.

“O CCEE optou por dois temas, o das relações entre a Igreja, o Estado e o Islã na Europa e o da Islamofobia, ou seja, o perigo da difusão de uma sensação de medo e de intolerância com o Islã”.

O encontro “tem um caráter puramente pastoral. O diálogo teológico foi conduzido pelo Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, com o objetivo de uma reflexão intraeclesial, diferenciando-se de muitos outros encontros organizados no passado junto a representantes de outras confissões cristãs e comunidades muçulmanas”.

“É necessário acolher este processo em desenvolvimento”, prosseguiu o secretário da Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência Episcopal do Piemonte-Valle d’Aosta, Dom Andrea Pacini, “que é o da inserção madura das comunidades muçulmanas no contexto europeu”.

A Europa representa “uma grande oportunidade para o Islã se enriquecer e voltar a expressar a sua identidade puramente religiosa, mais que política, jurídica e social”.

Isto “constitui um desafio para o Islã, mas interessa muito também aos vários componentes da sociedade civil europeia e às igrejas, porque, dentro dos estados europeus em que a liberdade religiosa é garantida, é importante tecer relações entre as comunidades religiosas para contribuir o mais possível a uma convivência pacífica e harmoniosa dentro de todas as sociedades”.

Também há “consequências muito práticas, como compartilhar as capelanias hospitalares, militares, penitenciárias e universitárias, que oferecem oportunidades de diálogo concreto e não só ocasional”.

“O Islã”, afirmou o arcebispo de Túnis, Dom Maroun Lahham, “não é um bloco monolítico. As diferenças são muitas conforme os contextos. É mais fácil que eu me entenda com o mufti de Hebron do que com o bispo de Estocolmo, já que os palestinos e os cristãos árabes têm 15 séculos de história com os muçulmanos do Oriente Médio, o que nos torna conscientes de pertencer à mesma cultura e mentalidade. Este é um fator forte de coexistência. Para um cristão árabe, por exemplo, a Europa se negar ao acolhimento é uma coisa contrária à sua cultura”.

A consequência negativa desta convivência secular é “o mal-entendido que equipara o cristão com o ocidente e com as suas escolhas políticas e econômicas”. Neste âmbito, “a família, a mesquita e a escola, as três principais instituições do mundo islâmico, não fazem muito para definir os cristãos. Nem sequer se fala de cristãos, mas de não- muçulmanos”.

A propósito de preconceitos, “o Oriente Médio não é um foco de terrorismo e os movimentos não foram criados contra os cristãos, mas por causa da situação política”. Foi acolhida muito positivamente, segundo Lahham, “a unidade do povo palestino, porque assim o interlocutor do processo de paz será um só”, mas “é necessário que por parte de Israel exista vontade política neste sentido” e que Israel “não tenha medo da paz”.

O bispo tunisiano também expressou sua confiança quanto aos movimentos revolucionários do norte de África, “protagonizados por jovens cultos, hábeis no uso da internet e que não suportavam mais os regimes que os dominavam”. “É preciso olhar sempre com otimismo para esses movimentos pró-democracia e confiar nestas situações que se aplicarão também aos cristãos, com certeza na Tunísia, mas também no Egito. Eu tenho certeza de que não devemos ter medo”.

Chiara Santomiero

No Reino Unido, a moral católica vem sofrendo duros golpes do Judiciário. Segundo informa Zenit (4/5/2011), no último dia 26 de abril, terça-feira, foi rejeitado, pelo Charity Tribunal, o último apelo apresentado pelas agências católicas de adoção de crianças – dentre as quais a Catholic Care, pertencente à diocese de Leeds- pedindo dispensa das disposições da Equality Act (Sexual Orientation) que exigem a aceitação de “casais homossexuais” como potenciais pais adotivos.

Desde 2007, a Equality Act vem sendo aplicada para criminalizar as “discriminações” contra a adoção de crianças por homossexuais, impedindo dessa forma qualquer agência de seguir a orientação católica. Para Andrea Minichiello Williams, diretor-geral do Christian Legal Center, a decisão da “Equality Act, que se apresenta como uma ferramenta para garantir uma sociedade mais tolerante, é utilizada como uma forma de intolerância patrocinada pelo Estado”.

Havia, no Reino Unido, 11 agências católicas em 2007. Hoje, várias dessas já fecharam suas portas, mas outras, infelizmente, optaram por se desvincular das respectivas dioceses e, portanto, da moral católica, para seguir as diretrizes exigidas pelo governo.

Mark Wiggin, diretor-gerente da Catholic Care, afirma que a mensagem do tribunal é clara: “Encerrar o trabalho ou deixar de ser uma agência católica, um ultimato inaceitável para o organismo.”

O bispo da diocese de Leeds, Dom Arthur Roche, também lembra que “é lamentável que aqueles que sofrem por causa dessa decisão sejam as crianças”, (The Guardian, 26/4/2011).

Com lágrimas de crocodilo, o Charity Tribunal reconheceu que o fechamento da Catholic Care será “uma perda para a sociedade”, mas, no entanto, afirma que aceitar a isenção seria “um mal para casais do mesmo sexo e para a sociedade em geral”. Portanto o Tribunal considera oficialmente a doutrina e a moral cristã como uma mal para a sociedade.

Esse fato, ocorrido logo após a Semana Santa, bem faz lembrar as brutais perseguições que os católicos tiveram de enfrentar durante os primeiros séculos da Igreja, em que o governo Romano colocava a Igreja e sua moral como um crime que se comete contra os deuses oficiais do Estado.

A liberdade que se tem procurado tanto no mundo moderno não está se tornando um modo de opressão em que o mal vem sendo defendido e incentivado e o bem reprimido? Ou, em outras palavras, o vício posto como virtude, e a virtude como vício?

Quando Umar Fidai (foto), 14, acionou o seu cinturão de bombas, ficou decepcionado: o dispositivo falhou. Restava-lhe uma granada, mas, antes que pudesse detoná-la, foi atingido por um tiro de um policial. O seu colega de 15 anos, contudo, já tinha se explodido, matando 7 pessoas e ferindo outras centenas que tinham ido a um santuário da minoria sufi no Paquistão, na cidade Dera Ghazi Khan. O atentado ocorreu no começo deste mês.

Fidai – que perdeu um braço – diz agora estar arrependido e que acreditava que o atentado fosse levá-lo para o paraíso, conforme lhe prometeram talibãs.

Disse que no dia do atentado seguiu à risca a orientação que recebera: após a explosão causada pelo seu colega, ele ficou o mais próximo possível do maior número de pessoas, que certamente morreriam, caso o seu cinto não tivesse falhado.

“Foi um momento de felicidade para mim quando notei que tinha chegado o momento certo [para a denotação das bombas]. Eu pensei que haveria um pouco de dor, mas logo estaria no céu.

Fidai afirmou que se arrependeu ainda no local da explosão, quando, atingido por uma bala, foi socorrido por  policiais.

No hospital, ele pediu perdão às famílias dos mortos pelo seu “terrível engano”. Ela também se disse vítima, só que da lavagem cerebral dos talibãs. “Os talibãs rezam e leem o Alcorão o tempo todo, e eu pensei que eles fossem boas pessoas.”
Mesmo na prisão, o rapaz teme ser morto por talibãs por ter falhado no atentado.

Aqui neste link da BBC vc terá acesso as imagens.

O jornal espanhol La Razón informou que mais de 60 000 pessoas já assinaram um pedido dirigido à nova delegada do Governo de Madrid, Dolores Carrión, para que proíba a “procissão atéia” convocada para a quinta-feira Santa na capital espanhola.

A plataforma cidadã HazteOír.org advertiu que os organizadores expressaram seu desejo de ofender os fiéis. O porta-voz do grupo chamado Ateus em Luta disse a uma emissora de Rádio que sua intenção é “castigar a consciência católica”.

Um pôster que promove o ato informa que a marcha recorrerá ruas cujos nomes foram tomados da tradição cristã.

Embora um pôster que convoca ao ato, assegura que participarão agrupamentos como “a Irmandade da Santa Pedofilia” e “a confraria do Papa do Santo Latrocínio”, a Associação Madrilenha de Ateus e Pensadores Livres, que figura entre os organizadores do evento, assinalou ao jornal La Razón que não se responsabilizam pelo pôster.

Dom André-Joseph Leonard (foto), arcebispo de Bruxelas e chefe da Igreja Católica da Bélgica, foi alvo  de quatro tortas atiradas por estudantes. Uma atingiu o seu rosto quando chegou a uma cidade do sul do país e as outras durante uma palestra a estudantes da região. Leonard já tinha sido atingido por uma torta em novembro de 2010, quando celebrava uma missa [vídeo abaixo]. A repulsa ao arcebispo se deve às suas declarações conservadoras, entre as quais a de que a Aids é uma vingança da natureza decorrente de “desvios do amor”.


“Gostaria de oferecer à minha família uma vida segura, em um lugar qualquer, que não seja o Paquistão. Mas sei que talvez não viverei para ver esse futuro. Acordo pela manhã pensando que talvez será o meu último dia. E choro” .

A reportagem é de Francesca Caferri, publicada no jornal La Repubblica, 27-03-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A mulher, mãe de cinco filhos, foi presa em 2009 e condenada em 2010: a sua culpa, segundo as vizinhas de casa, teria sido a de insultar Maomé e de ter se recusado a se converter ao Islã. O caso se transformou em uma questão internacional quando a proposta de modificar a lei sobre a blasfêmia após o seu episódio gerou uma onda de violências no Paquistão: uma raiva que culminou nos assassinatos, em janeiro e março, do governador de Punjab, Salmaar Tasmeer, e do ministro das Minorias Religiosas,Shahbaz Bhatti, que haviam defendido a modificação.

Depois dessas mortes, o cerco ao redor de Asia Bibi (foto) se restringiu ainda mais. Hoje, ela vive em isolamento: não pode sair da cela nem para tomar ar, porque existe o temor de que ela seja assassinada. Familiares e advogados são ameaçados. Está doente, e quem a conhece está preocupado com a sua saúde, física e mental. Essa preocupação é um dos motivos que explica a escolha de romper o silêncio, falando pela primeira vez com um jornal.

Asia Bibi responde às perguntas por meio do seu marido, Ashiq, a única pessoa junto aos seus advogados autorizada a encontrá-la, e na sede londrina da Masihi Foundation, que se ocupa da sua defesa.

Eis a entrevista.

Senhora Bibi, em primeiro lugar, quer nos contar como está?

Antes de responder à sua pergunta, quero mandar os meus agradecimentos a todos aqueles que estão preocupados comigo e que estão rezando por mim. Eu estou muito mal. A notícia da morte de Shahbaz Bhatti me devastou e não consigo me recuperar. Sinto-me sufocar nestes quatro muros a todo momento. Todo minuto que passa me parece ser o último. Acordo todas as manhãs pensando que talvez será o meu último dia: e então choro. Choro pelos meus filhos e pelo meu marido.

Conte-nos como vive.

As minhas condições de vida na prisão não são simples. Estou em isolamento e não posso falar com ninguém, além do pessoal da prisão, com o qual, porém, não gosto de falar. Estou em uma situação verdadeiramente difícil. Ninguém pode entender o que estou vivendo: condenaram-me à morte, e sou inocente. Não cometi nenhum crime, porém, todas as pessoas nesta prisão me olham como se eu fosse a pessoa mais terrível que vive no mundo.

Tem medo?

Sim, tenho medo, estou aterrorizada: pela minha vida, pela dos meus filhos e do meu marido. Não consigo mais e só penso em sair deste lugar miserável. O que mais me preocupa são as minhas filhas, que estão sofrendo comigo: sinto como se toda a minha família tivesse sido condenada. Isso me deixa triste e me faz sentir como se eu fosse responsável, como se tivesse sido eu que fracassei em alguma coisa. As mulheres deste mundo são chamadas a construir uma casa, um futuro junto com as suas família: mas e eu? Que futuro posso prometer à minha família, às minhas filhas, se estou bloqueada aqui dentro?

Gostaria de oferecer-lhes uma vida mais segura em outro lugar: em um lugar qualquer que não seja o Paquistão. Mas sei que talvez não viverei para chegar a ver esse futuro. Ficarei feliz se só soubesse que a minha família está segura. Mas sei, por certo, que, se eu também saísse da prisão, se a corte também decidisse que sou inocente, aqui eu não sobreviveria: nem eu, nem a minha família. Os extremistas não nos deixarão mais em paz: sou uma mulher marcada. Mas a minha fé é forte e acredito que Deus misericordioso responderá às minhas orações.

A senhora é consciente de que o seu caso se tornou internacional? Que no Paquistão e em muitíssimos outros países se levantaram debates e polêmicas ao redor do seu caso? Se essas notícias lhe chegarem, como a senhora avalia tanto interesse? Isso está se revelando útil para o seu caso?

O meu mundo está fechado dentro destes quatro muros. Ouvi muitas coisas sobre esses debates, me contaram a respeito: mas tanto barulho não levou a nenhuma mudança das minhas condições de vida. Duas das pessoas que mais me apoiaram no Paquistão, que fizeram ouvir a sua voz por mim, estão mortas. Estou aterrorizada por qualquer um aí fora que esteja arriscando a sua vida por mim e pelas tantas outras pessoas que estão sofrendo por mim. Tenho medo não só pela minha família, mas também pelos meus advogados e pela Masihi Foundation, que, com tanta generosidade, está ajudando a minha família. Rezo a Deus todos os dias para que não aconteça nada com as pessoas que estou do meu lado.

O que a senhora pensou quando soube que duas da pessoas que haviam lutado pela senhora foram mortas, uma depois da outra? E que muitas pessoas no Paquistão se alegraram com essas mortes?

Senti uma dor terrível quando soube da morte de Salman Taseer antes e de Shahbaz Bhatti depois: fiquei sem palavras, em estado de choque. Depois, me enfureci, não queria acreditar: o meu coração está com as suas famílias e com todas as pessoas que os amavam. Deram a vida por uma causa importante. Gostaria que o mundo inteiro reconhecesse a sua luta e o seu sacrifício, que foram feitos em nome da humanidade inteira. Desde então, passo muitas noites sem dormir.

Estou frustrada e penso que a minha vida está em um ponto morto. Estou desesperadamente esperando sair desta prisão e quero pedir ajuda a todos para que façam qualquer coisa para resolver este caso. As pessoas aqui do Paquistão usam a lei sobre a blasfêmia para resolver suas próprias questões pessoais: essa lei só deveria ser abolida, porque faz mal a todos, sejam eles cristãos ou muçulmanos. Ninguém jamais estará seguro no Paquistão enquanto essa lei continuar existindo. Sou certamente uma vítima inocente dessa lei. Sofro, e o mundo inteiro deve saber que estou sofrendo sem ter cometido nenhum crime.

Falemos do futuro, senhora Bibi: o que sonha em fazer quando sair? Qual será o seu primeiro gesto?

Agradecerei a Deus por ter tomado conta de mim e da minha família. Abraçarei fortemente cada membro da minha família e depois farei com eles uma grande janta para celebrar. Depois agradecerei as pessoas que não conheço pessoalmente, mas que estão fazendo tanto por mim, como Haroon Masih da Masihi Foundation, de quem ouvi tanto falar. Mas o meu maior sonho é o de encontrar o Papa Bento. Haroon me fez chegar a notícia de que o Santo Padre falou de mim: isso me deu muitíssima esperança, me levou a continuar a viver, me fez sentir amada e como se o mundo inteiro estivesse comigo. Senti-me honrada: é um privilégio saber que ele falou por mim, que pronunciou o meu nome, que acompanha o meu caso pessoalmente. Gostaria de viver o suficiente para ver o dia em que poderei encontrá-lo e agradecê-lo pessoalmente.


Um bloco significativo de países islâmicos abandonou  uma campanha de 12 anos no sentido de criminalizar internacionalmente a “difamação da religião”.

A medida contava com a oposição de vários países ocidentais e latino-americanos, que defendiam que uma resolução nesse sentido poderia dar cobertura à perseguição de minorias religiosas e legitimar leis anti-blasfémia como a que existe no Paquistão.

Existiam ainda preocupações ao nível da liberdade de expressão, uma vez que a definição de “difamação”, poderá variar consoante a situação e a interpretação que é dada.

O Paquistão, porta-voz da Organização da Conferência Islâmica, afirmava que tal medida era urgente para defender os fiéis de ações ofensivas, dando como exemplo a publicação na Dinamarca de cartoons a ridicularizar Maomé.

Ao ver o apoio à sua proposta diminuir nos últimos anos, a OCI aceitou desistir da sua campanha, abrindo caminho à discussão e eventual adoção de uma resolução que visa proteger os crentes e não as crenças.

A nova proposta, de três páginas, reconhece a existência de “intolerância, discriminação e violência” em todo o mundo e, sem usar o termo difamação, condena todas as formas de ódio religioso que leve à hostilidade ou violência contra crentes.

Fonte: Rádio Renascença

António Justo

A perseguição aos cristãos matou mais pessoas nos últimos cem anos do que em toda a sua História anterior. O anti-cristianismo raramente é tema nos Meios de Comunicação Social pelo fato de os cristãos não se defenderem e assim não se tornarem públicos. Na linguagem corrente o conceito “anti-cristianismo” não é usado. O que não existe nos conceitos não existe na consciência do povo!…

Os cristãos são o grupo mais perseguido do mundo. São alvo de racistas e de pretensos anti-racistas. No mundo árabe e asiático são vítimas de assassinos, perseguição e racismo. Entre nós são vítimas da arma da palavra ou do esquecimento. Tornou-se chique, na opinião publicada e em conversas privadas, ser-se anticristão, anti-papa ou até justificar-se os ataques à bomba de hoje com o passado, como cruzadas, etc.

Uma luta cultural insidiosa de militantes do secularismo contra o catolicismo/cristianismo procura atribuir, tudo o que houve de abominável na história política e económica, aos cristãos e não ao cidadão ou ao governo secular de então. Sem se diferenciar, reduz-se o Cristianismo a uma pia onde se lavam as próprias impurezas.

Tornou-se chique falar de anti-semitismo, de anti-arabismo, anticomunismo, de racismo contra ciganos mas não é chique falar-se de anti-cristianismo ou de anti-catolicismo. Vê-se o argueiro no olho dos outros mas não se nota a tranca que se tem nos próprios olhos. Atacam-se os outros para se defender os seus. O anti-cristianismo é descurado na mídia porque os cristãos não se defendem e porque os extremistas do secularismo iluminado precisam do catolicismo como área de projecção, como terreno inimigo a combater.

Quem não tem o Islão e outros como inimigo precisa do cristianismo como adversário. O racismo cultural solidariza-se contra os preconceitos contra minorias de outras culturas e aninha-se na própria cultura numa opinião publicada enegrecedora do Cristianismo e falsificadora dos factos. Vive-se bem da mentira das meias verdades. Fato é que o Homem tem em si partes divinas e partes diabólicas independentemente de seu ser de cristão, maçónico, comunista ou capitalista, etc.

Mede-se com duas medidas. O que acontece de mau nos países muçulmanos é visto como obra de extremistas, porém o que aconteceu de mal na História passada é visto como obra dos cristãos. Na nossa sociedade, a difamação de minorias é vista como preconceito, enquanto a difamação de maiorias é legitimada ou aceite. Falta o conhecimento e humanidade. O preconceito contra o Islão deixa de o ser quando se expressa contra os cristãos.

Os Media nos seus títulos falam de “violência depois do atentado na Igreja”; as pessoas assassinadas na Igreja escrevem-se em letras pequenas e à margem da notícia.

PORQUE SÃO OS CRISTÃOS O GRUPO MAIS PERSEGUIDO NO MUNDO?

O Cristianismo é um fator desmancha-prazeres para detentores do poder e carreiristas. Ele coloca o interesse da pessoa no centro e em segundo plano os interesses de economias, ideologias, culturas e estruturas sociais. Todas as estruturas do poder não se sentem bem ao verificarem que uma estrutura global, como o Catolicismo, se erga, globalmente, como voz das pessoas sem voz. Muitos poderosos, especialmente na África e na Ásia, constatam que onde os cristãos estiveram, a democracia, a liberdade política e religiosa, os direitos humanos começaram, por primeiro, a germinar, apesar da corrupção inerente à pessoa. Isto complica-lhes o domínio.

O cristianismo não pertence a nenhuma cultura, raça, sistema ou ideologia; o seu lugar é o Homem e o seu Deus encontra-se no interior de cada pessoa independentemente de confissões religiosas e da crença em Deus. Isto perturba e torna-se numa “ameaça” para quem quer fazer o seu negócio, sem problemas de consciência, à custa da pessoa.

O cristianismo é perseguido em toda a parte porque é mais que uma crença, é mais que uma religião. Ele é a religião, a filosofia, do Homem individual integrado na comunidade universal sempre a caminho e sempre em revelação! Consequentemente a dignidade humana encontra-se no Homem e não fora dele; ela não se encontra na cultura, na Constituição, na religião nem na nação. O lugar de Deus é o Homem e isto perturba todas as estruturas e ideologias. Por isso estruturas e sistemas de poder da humanidade passarão mas o cristianismo não passará. Tudo o que verdadeiramente serve o Homem no seu ser humano, permanecerá, o resto passará.

Assim, as estruturas e as formas do poder serão sempre relativas e passageiras e os poderosos encontrarão a barreira do Homem, com a sua dignidade, ao seu poder. As culturas, os partidos, as formas de governo passarão, o cristianismo, no que tem de matriz humana não passará. Naturalmente que muitos cristãos e não cristãos só conhecem e se interessam pelo folclore cristão. Esta é também uma realidade humana.

No Natal foram assassinados 86 cristãos na Nigéria; nas Filipinas, devido a um atentado à bomba, foram feridas 11 pessoas numa missa de Natal; no Iraque no Natal houve atentados a casas de cristãos e foram impedidas as missas devido a ameaças de islamistas; na passagem de ano, no Egipto, com um atentado a uma Igreja foram mortos 21 cristãos e 97 feridos; no Paquistão moças e mulheres cristãs são violadas por muçulmanos para assim ficarem estigmatizadas como “impuras” na sua cultura. Meninas cristãs de 12-13 anos são violadas por muçulmanos, ficando assim impedidas de casar. Por estes e outros meios se impede a proliferação dos cristãos. O maior problema está no facto de tudo isto acontecer no meio do povo sem uma palavra que se levante em defesa dos inocentes. Segundo o Corão todos os meios que sirvam o Islão são legítimos.

O atentado assassino do Egito foi atribuído a uma rede de terror de fora do país e o governo egípcio fala como se os cristãos coptas do Egito não fossem discriminados. Por um lado são discriminados e por outro lado, procura-se através de ofertas de dinheiro e de ofertas de perspectivas profissionais levá-los à conversão, como me testemunhava um estudante egípcio na Alemanha.

No momento em que os muçulmanos atingem 50% da população duma região ou país, passam à ofensiva, exigindo a independência e discriminando os outros com as suas leis de maneira a torná-los minoria. No sentido islâmico, a História da perseguição muçulmana nos países onde dominam é uma História de “sucesso”, como mostra a perseguição da Turquia aos cristãos com o holocausto aos cristãos arménios. Nos últimos 100 anos, a Turquia conseguiu reduzir os cristãos de 25% da população para 0,1% atualmente. A discriminação no Sudão, no Egito e muitos outros países segue a mesma lógica. No Iraque a perseguição em curso contra os cristãos conseguiu reduzi-los de 1,5 milhões para menos de meio milhão.

Países islâmicos tornaram-se no Inferno ou pelo menos no Purgatório dos Cristãos embora esses países sejam a sua terra natal. Os nossos políticos não acreditam no “Inferno”, por isso não há uma perspectiva de paraíso para eles, nos países em que são perseguidos.

O filósofo judeu Bernard Henry Levy constata que “os cristãos formam hoje, à escala planetária, a comunidade perseguida da forma mais violenta e na maior impunidade.” Esta realidade é calada e até justificada, como se todo o mal do mundo fosse culpa dos cristãos. Esta realidade tem de ser calada para se ter uma “boa consciência”!

Setenta e cinco por cento da perseguição religiosa no mundo é contra os Cristãos, afirma um novo relatório da organização católica do Reino Unido.

Examinando 33 países, a filial britânica da organização ajuda à Igreja que Sofre relatou que a maioria das perseguições que estava ocorrendo no Oriente Médio, África e Ásia em um relatório sobre os Cristãos oprimidos por sua fé” de 2011.

Além dos suspeitos de costume – China, Irã, Coréia do Norte e Arábia Saudita – o relatório revelou também que países como a Venezuela, o Zimbabwe e até a Terra Santa são culpados de perseguição religiosa. O relatório também descobriu que os Cristãos que enfrentam perseguições aumentaram em 22 países entre os analisados, com o Egito, Iraque, Líbano, Nigéria e Paquistão estando entre os piores países para os cristãos viverem. O relatório também diz que agora 100 milhões de Cristãos em todo o mundo estão enfrentando perseguição.

“A proporção de países com uma piora histórica de violência anti-cristã e intimidação seria maior se não fosse pelo fato de que em muitos casos, a situação dificilmente poderia ter sido pior, em primeiro lugar,” afirma o relatório.

Além da perseguição de extremistas islâmicos, o relatório também destacou que os Cristãos são perseguidos pelo aumento do nacionalismo em países como Birmânia, Índia e Sri Lanka. Há também a crescente ameaça do extremismo islâmico no Norte da África e partes da Ásia. Enquanto isso, alguns países comunistas e ateus estão suprimindo os direitos religiosos das minorias.

“Extremistas associam cada vez mais Cristãos locais com seus países do Ocidente,” explicou John Pontifex, porta-voz da Ajuda à Igreja que Sofre, a respeito. “Como eles são na maioria dos casos incapazes de atacar países ocidentais diretamente, muitos extremistas transformar seu fogo contra os Cristãos locais.”

Esta semana, Ann Widdecombe, um político britânico conhecido, foi nomeado como enviado especial sobre liberdade religiosa para a caridade do auxílio à Igreja que Sofre.

Widdecombe, católico, disse na quinta-feira que está “cada vez mais alarmado” com os relatos de violência e intimidação contra os Cristãos. Ela também destacou a incoerência do esforço do governo britânico para proteger os direitos das minorias religiosas no mercado interno e sua tendência de fechar os olhos à perseguição dos Cristãos no exterior.

“É hora de colocar a cabeça acima do parapeito e falar em nome dos Cristãos que sofrem por sua fé,” disse ela. “Estou muito satisfeita em apoiar o trabalho da Ajuda à Igreja que Sofre, que está fazendo um excelente trabalho para ajudar os Cristãos perseguidos.”

O cardeal Reino Unido, Keith O’Brien, de Edimburgo recentemente descreveu a perseguição aos Cristãos como “talvez o maior escândalo de  direitos humanos da nossa geração.”

Zenit

Na semana passada, a Europa descobriu com surpresa que, em um país democrático como a Alemanha, uma mãe foi presa por se recusar a levar seus filhos à aula de educação sexual do Estado e que já eram 53 os pais condenados por esse motivo.

Na última segunda-feira a associação Profissionais pela Ética – a ‘Alliance Defense Fund’ (ADF), entidade jurídica que defende os direitos das famílias alemãs perante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo, informou sobre dois novos casos de prisão de pais em Salzkotten.

São eles: Eduard W., pai de 8 filhos, e Artur W., pai de 10 filhos e a duas semanas de ter o 11º.

Esses pais se recusaram a permitir que seus filhos participem do programa de educação sexual, porque não concordam com a educação sexual que o Estado quer impor aos seus filhos de forma obrigatória e consideram que seus direitos humanos e civis estão sendo violados.

De acordo com Roger Kiska, advogado de ADF, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo não aceitou o pedido para decretar medidas de emergência para libertar a Sra. Wiens, apesar da prisão injusta.

“Estamos convencidos de que, quando o Tribunal de Estrasburgo ditar sua sentença sobre os casos de pais que foram presos pelo simples fato de exercer a paternidade, a justiça vai prevalecer”, disse ele.

Enquanto isso, na Espanha, Profissionais pela Ética promove uma declaração a favor da Sra. Wiens, a mãe presa pelo mesmo motivo, na mesma localidade alemã de Salzkotten, assim como de outros pais alemães condenados.

Nesta declaração, que foi assinada por 43 associações da Espanha, Irlanda, Itália, Bélgica, França, Eslováquia, Alemanha, EUA, Quênia, Filipinas, México e Noruega, pede-se às autoridades alemãs que libertem os pais presos por quererem educar seus filhos segundo suas convicções.

Também se exige que as instituições europeias garantam os direitos fundamentais e a liberdade de educação.

A declaração foi enviada às seguintes instituições: Chancelaria Federal da Alemanha; governo federal alemão; ministérios da Cultura e Educação dos estados alemães federados; instituições do Conselho da Europa; representantes dos governos alemão e espanhol no Conselho da Europa; Parlamento Europeu; embaixada alemã na Espanha; tribunais que condenaram os progenitores alemães; pais alemães presos.

“Com esta ação – disse Leonor Tamayo, chefe da área internacional de Profissionais pela Ética -, queremos sensibilizar a opinião pública e apoiar os pais, obrigando as autoridades a evitar essa violação agressiva dos direitos humanos.”

A declaração pode ser assinada em: http://www.profesionalesetica.org/suscribirse-a-la-declaracion/

Para mais informações: www.profesionalesetica.org