A reflexão do Padre é bem fundamentada na visão moral da Igreja e pode nos ajudar MUITO a entender nossa responsabilidade pessoal e eclesial diante da eleição presidencial dia 31.

Leia devagar para entender a linha de raciocínio do sacerdote.Excelente! Depois vamos divulgar como artigo de reflexão para nossos amigos e irmãos.

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Carta enviada por um sacerdote a alguns amigos petistas, algumas semanas antes do início do processo eleitoral brasileiro.Com a devida autorização, tomei a liberdade de a reproduzir.

Reveste-se ainda de extrema oportunidade, tanto pela importância dos pontos levantados quanto pela forma sistemática através da qual eles são abordados.( Blogueiro Jorge Ferraz)

Padre Hiereus

I. Problema moral em geral.

A. Uma deliberação da vontade (escolha) é moralmente honesta quando concorrem três elementos:

a. Objeto bom ou indiferente: o fim objetivo (que não depende da intenção do sujeito), o objeto.

b. Meios bons ou indiferentes: o método empregado.

c. Intenção boa: o fim subjetivo, ou meta do sujeito (o bem que eu tenho vontade de alcançar).

Se faltarem um ou dois desses elementos, a ação é má. Se faltar a boa intenção, é dolosa.

E, olhando pelo prisma do Evangelho, é pecado tanto mais grave quanto maior for o mal que se escolhe.

B. Há objetos que são intrinsecamente maus, que podem ser conhecidos como tais pela razão (lei natural) e são explicitados nas formulações negativas do Decálogo.

As formulações negativas são taxativas e não admitem exceção.

Para um exato conhecimento do objeto político de uma decisão, cada problema deve ser situado no quadro em que lhe é próprio. Não se pode colocar o uso da força no exercício do direito à legítima defesa no campo da violência. O problema do aborto deve ser enquadrado no âmbito do direito à vida. Se for colocado no campo da saúde pública, do direito da mulher ao seu corpo ou das opções meramente religiosas, desnatura-se o enquadramento moral e jurídico do objeto da decisão (uma coisa é decidir entre matar e não matar, outra coisa é decidir como combater as mortes ou doenças causadas pelo aborto clandestino; uma coisa é decidir levando em conta os direitos de duas pessoas – mulher e nascituro – outra coisa é decidir entre a vida da mulher e um “glomérulo de células” nocivas ao corpo).Os direitos à propriedade e à liberdade, combinados com o bem comum. E assim por diante.

Aqui só exemplifico os problemas mais evidentes. Mas há problemas vinculados ao direito dos pais de escolherem sem coação por parte do Estado a linha de educação (sexual, moral, religiosa, ideológica, etc.) dos filhos, o direito à formação da família, o direito à proteção da saúde (não à eutanásia e não aos tratamentos excessivos), o direito  à propriedade privada combinado com a hipoteca social dos bens privados, o direito à liberdade de expressão, etc.

O modo de enquadrar estes problemas não é moralmente neutro. E vinculam a consciência da pessoa que deve escolher.

II. O problema moral em relação à eleição.

A. Os partidos.

Os partidos podem ser considerados um instrumento político para a consecução do bem comum ou como a expressão de uma utopia.

No primeiro caso, ele é um meio e deve ser avaliado quanto aos métodos que emprega na luta política e à utilidade em vista do fim a ser alcançado.

No segundo caso é a ideologia que deve ser analisada em relação ao bem comum. A pessoa que adere a uma ideologia deve tomar o cuidado de confrontar se o ideal de sociedade e o ideal de “nova-humanidade” que o partido encarna corresponde ao bem comum da sociedade.

O tipo de adesão é diferente. No primeiro caso é puramente instrumental e não há dificuldade em se confrontar criticamente com a organização. No segundo caso, a adesão e a militância reveste muita paixão política, chegando por vezes a ser acrítica e, no pior dos casos, se tornar uma “idolatria”: o partido-utopia-ideologia pode se tornar uma “religião civil” (expressão muito usada na esquerda européia, para indicar a ideologia que pretende substituir a religião tomando-lhe as características mais marcantes).

Aqui quero testemunhar o meu sofrimento no seminário e nos primeiros anos do ministério: a ideologia da TdL (Teologia da Libertação – que me ligava ao Partido) tinha se tornado a lente através da qual eu olhava a Igreja (doutrina e indicações morais ou disciplinares). A ideologia pastoral e partidária tinha se tornado o meu critério de avaliação do Evangelho e do Magistério da Igreja: não o contrário.

B. Questões práticas: nas eleições é preciso levar em conta alguns elementos políticos:

a)      o candidato uma vez eleito pode apelar para a objeção de consciência ou tem obrigação de fidelidade partidária em todos os pontos do programa e resoluções, inclusive os que vão contra a sua consciência?

b)      o cargo para o qual é eleito lhe dá possibilidade objetiva de realizar os pontos imorais do programa?

c)      o mandato é vinculado ao partido ou ao eleitorado?

Se o partido consente a objeção de consciência, por exemplo, posso escolher um candidato para o senado ou câmara dos deputados que esteja num partido com um programa que contém pontos eticamente inaceitáveis, desde que tenha a certeza moral (absoluta é impossível) de que ele votará contra tais projetos. Por outro lado, não posso escolher um candidato que estou moralmente certo de que votará a favor mesmo que de um único ponto imoral.

Se o partido exige a fidelidade partidária sem exceções e o seu programa contém projetos vinculantes contrários à lei natural, e os cargos para os quais concorrem seus candidatos dão poder de realização desses projetos – ainda que haja muitos projetos bons em concomitância – não é possível votar nesses candidatos.

III. Consciência do cristão

Além do aspecto meramente racional colocado acima que onera a consciência da pessoa reta e do cidadão, o Cristão tem a vantagem de conhecer as mesmas verdades que a razão atinge com esforço por meio da Divina Revelação. A razão e a fé são as duas asas com as quais o espírito humano voa no céu da verdade. Sem uma delas é mais frágil o espírito humano, não mais forte.

O compromisso da pessoa com a própria consciência é no cristão ao mesmo tempo compromisso com Jesus Cristo e a sua Esposa.

As indicações dos Bispos

  1. Indicações de critérios: são vinculantes na medida em que correspondem ao Magistério da Igreja e ao Evangelho. Devemos levar em conta ao decidir.
  2. Indicações positivas de candidatos: Não é consentido aos pastores indicar ou patrocinar candidatos como católicos. Se o fizessem se trataria somente de opinião pessoal, posso me considerar livre para discutir e discordar, respeitados os critérios a que se refere o n. 1.
  3. Indicações negativas: Quando os Pastores dão uma indicação negativa, de candidato, de pessoa ou de partido, porque contrárias à lei natural (direito à vida, direitos fundamentais da pessoa humana, à liberdade religiosa, etc), o católico fica vinculado em consciência à indicação negativa. Um exemplo histórico: o Papa Pio XII declarou que os católicos não podiam votar no Partido Comunista (stalinista, trotskista ou gramsciano) sem cometer pecado mortal, por causa dos fins anti-religiosos e totalitários que perseguia.
  4. Há uma indicação geral da Igreja: uma proibição dos católicos de se associarem a organizações de qualquer tipo que contenham entre os seus objetivos, fins contrários ao Evangelho e à ordem moral (social ou pessoal). Não é ilícito cooperar com estas organizações quando perseguem fins indiferentes ou bons, discernidos um a um. Por exemplo: não posso me associar à maçonaria (ficaria em pecado mortal e proibido de comungar), mas posso colaborar com os maçõns em formas de solidariedade social que não envolvam compromisso doutrinal ou moral. Posso colaborar com partidos que têm pontos de programa ilícitos, em tudo o que não me obrigue a comprometer a minha adesão ao Evangelho e à ordem moral.

Por fim uma resposta a uma pergunta concreta.

Outro dia você me perguntou por que a Igreja critica só o PT e a Dilma.

Posso fazer a mesma pergunta: por que depois de tantos anos dando apoio mais ou menos direto ao PT a Igreja no Brasil começou a assumir uma posição crítica?

Quando os Bispos do País tomam uma posição assim crítica, contra uma posição histórica favorável, é preciso perguntar quem foi que mudou. A doutrina social da Igreja, se mantém a mesma.

O próprio Dom Paulo Evaristo Arns, que não pode ser suspeito de ser de direita, é crítico em relação ao programa do PT (especialmente ao PNDH 3, retocado mas não desmentido) e à candidatura Dilma.

Não estou falando da posição do D. Luis Bergonzini, que não é a posição de todos os Bispos do Brasil, estou falando dos critérios que a CNBB propôs.

Os programas oficiais dos partidos: o programa de governo do PT e dos demais partidos vai ser apresentado entre hoje e amanhã. Por que não foi apresentado antes? Temor da crítica política ou das organizações da sociedade civil?

Resta o fato de que a imprensa não conseguirá dar cobertura sobre eles antes de se começar o silêncio eleitoral. Não creio que tenha sido (digo em relação a todos os partidos sem exceção) uma decisão inocente.

Pedro Ravazzano

1 – O PT tem um claro projeto revolucionário , com a participação no Foro de São Paulo e reconhece a importância da promulgação da permissividade imoral como forma de instaurar a desconstrução da ordem cultural.

2 – Em 1989, por exemplo, a Prefeita petista Luiza Erudina, então no PT, na cidade de São Paulo, instalou no município o primeiro “serviço” de aborto financiado com dinheiro público do país.

3- Em 2002, dos oito projetos de lei que tramitavam no Congresso que objetivavam ou a legalização do aborto ou o favorecimento de sua prática, seis eram de autoria de petistas.

4 – Com a eleição de Luís Inácio Lula da Silva a ação dos adeptos da cultura de morte tomou maiores proporções; além da publicação de cartilhas abortistas pelo Ministério da Saúde, foi entregue, em 2005, pela secretária especial de Políticas para Mulheres, Nilcéa Freire, um anteprojeto que reivindicava a “total liberação” do aborto por ser este “um direito inalienável de toda mulher”, e que mais tarde virou projeto de lei.

5 – Outro dado interessante é o número dos deputados que assinaram o recurso pela deliberação da PL 1.135/91 (descriminalização do aborto) em 2008; 49,20% dos parlamentares eram do PT, enquanto os outros 50% estavam divididos entre doze partidos, sendo que o segundo lugar, o PCdoB, encontrava-se muito distante dos petistas com apenas 11,11%.

6 – Já em 2006, no 13º Encontro Nacional, o Partido dos Trabalhadores outorgou as “Diretrizes para a Elaboração do Programa de Governo do Partido dos Trabalhadores” que incluía a “descriminalização do aborto e a criminalização da homofobia” (item 35). O Presidente Lula, então, acrescentou ao seu programa de governo a seguinte proposta; “criar mecanismos nos serviços de saúde que favoreçam a autonomia das mulheres sobre o seu corpo e sua sexualidade e contribuir na revisão da legislação” (Programa Setorial de Mulheres, p. 19). Com a eficaz ação dos deputados pró-vida e das ONGs contrárias à cultura de morte, o governo petista iniciou a repetição do mantra de que a legalização do aborto trata-se apenas de questão de saúde pública.

7 – No 3º Congresso do Partido dos Trabalhadores – instância máxima do PT -, em 2007, foi legitimada como parte integral do programa a seguinte definição; “defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público”. Interessante pontuar que esta resolução teve 70% de votos favoráveis. A minoria que se opunha, que alegava a liberdade de consciência, foi vaiada.

Com razão a Dep. Fed. Iriny Lopes, do Espírito Santo, que juntamente com a ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, liderava a investida abortista, afirmou; “somos um partido socialista e laico”. Tão válida era esta definição que em 2008, no 10º Encontro Nacional das Mulheres do PT, foi aprovada a instalação da Comissão de Ética para investigar os parlamentares antiabortistas, tendo em vista a “orientação para expulsão daqueles que não acatarem e não respeitarem as resoluções partidárias relativas aos direitos e à autonomia das mulheres”. Os deputados Luís Bassuma, da Bahia, e Henrique Afonso, do Acre, foram punidos por infringirem “a ética-partidária ao ‘militarem’ contra resolução do 3º Congresso Nacional do PT a respeito da descriminalização do aborto.”

Na primeira noite eles se aproximam

e roubam uma flor do nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem;

pisam as flores,

matam nosso cão,

e não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles

entra sozinho em nossa casa,

rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo,

arranca-nos a voz da garganta.

E já não podemos dizer nada.


(Eduardo Alves da Costa)

O artigo que publicamos abaixo amplia bem a compreensão a que tipo de revolução estamos lentamente passando no Brasil.

A visão da revolução armada foi superada pela revolução cultural que visa desconstruir os valores de nossa sociedade associados em muitos aspectos à fé e aos valores Cristãos que acreditamos.

Lentamente se propõe modelos alternativos e novos paradigmas capazes de alcançar a mudança desejada que passa pelo esvaziamento da força da Igreja e de sua capacidade de mobilização e de defesa de valores humanos autênticos.

Esse momento de eleições é tempo de reflexão!

Não se trata apenas da escolha de um candidato mas de um modelo de sociedade que queremos para nós e para nossos filhos. Estamos construindo o futuro!

Penso que,neste momento histórico em que vivemos, mais importante do que a eleição para presidente é a eleição dos Senadores e Deputados Federais que,uma vez eleitos, poderão aprovar leis que agridem os valores de liberdade que tanto cremos e defendemos. Lá é que “o bicho vai pegar”

Quando Dilma afirma que é pessoalmente contra o aborto ela sabe que o PT tendo seus filhos e amigos ideológicos nos lugares certos,tudo será aprovado. Por isso ela assumiu o compromisso de ser contra, como o Lula, (que no entanto assinou tudo que defendia o “direito “ao aborto em nome da liberdade da mulher de gerir seu próprio corpo e em nome da  “questão de saúde pública”).

É desta maneira que o Chaves está desconstruindo a sociedade Venezuelana, de forma “democrática” e com manipulações como fez nas recentes eleições em que a oposição teve a maioria mas perdeu na quantidade de representantes.

O Brasil caminha sim para esse modelo-devagarzinho- e só não é mais forte porque as instituições democráticas do Brasil seguram a onda. Ainda!

Por isso, veja bem em que vai votar para Senador e Deputado Federal. Sua escolha poderá fazer uma grande diferença para a sociedade que queremos para nossos filhos.
Não escolha qualquer um.

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Pedro Ravazzano

O marxismo tem como uma das características mais marcantes a sua práxis. De fato, dentro dos paradigmas propostos por Karl Marx, a prática revolucionária é o fundamento basilar da sociedade comunista. Os princípios econômicos desta doutrina refletem a perspectiva materialista da história e da existência. Assim, para o pensador alemão, toda a evolução social parte do desenvolvimento de forças produtivas, causadoras, portanto, da opressão e da alienação. Em concreto, a religião é, observando esses princípios, mais um instrumento de dominação do proletariado e, como consequência, o combate ao sagrado é parte integral do processo revolucionário.

A religião, segundo o materialismo histórico, se relaciona com a opressão; do mesmo modo que o bem produzido pelo trabalhador torna-se estranho a ele, graças à exploração do trabalho e da mais-valia, gozando de vida própria independente do seu criador, Deus, uma criação também humana, se volta contra o indivíduo de forma hostil. A religião transforma-se, então, num fator de esvaziamento do homem, o distanciando da sua essência. Assim como a alienação econômica, a religiosa cria um produto com identidade estabelecida; Deus, que sacrifica o próprio homem. A fé, enquanto tal, é mais uma peça fundamental do que Marx denomina “superestrutura” que, por sua vez, é responsável pela manutenção e perpetuação do sistema opressivo e dialético. A alienação religiosa é originada na classe burguesa que, na perpetuação de crenças, legitima o seu poder, justifica a dominação e impede o despertar revolucionário entre o proletariado.

Obviamente, a perspectiva materialista do marxismo se afasta radicalmente de qualquer princípio cristão, a começar pelo fato de submeter toda a existência a um dado econômico. O marxismo, concebe a revolução como uma verdadeira redenção, não só desconsiderando a única e real Redenção, a de Cristo, como alimentando a crença de que o resultado desta seria um novo homem, com uma nova filosofia e um novo paradigma existencial. Karl Marx acreditava, factualmente, no poder redentor do comunismo revolucionário, entretanto, desconsiderava um dado crucial e essencial no entendimento da complexa natureza humana; o pecado original.

Explicando o marxismo, na Quadragesimo Anno, S.S Pio XI diz que “a sociedade humana” para os comunistas “não é mais do que forma ou aparência da matéria, em evolução segundo as suas leis; por uma necessidade fatal, tende, por meio de um perpétuo conflito de forças, para a síntese final: uma sociedade sem classes (…) Insistindo no aspecto dialético do seu materialismo, pretendem os comunistas que o conflito, destinado a levar o mundo para a síntese final, pode ser precipitado, devido aos esforços humanos. Por isso procuram tornar mais agudos os antagonismos ressurgentes entre as diversas classes da sociedade. A luta de classes, com os seus ódios a as suas destruições, reveste o aspecto de uma cruzada do progresso da humanidade. Pelo contrário, todas as forças se opõem a estas violências sistemáticas, sejam de que natureza forem, devem ser aniquiladas, como inimigas do genêro humano.”

Nesse processo dialético, de luta de classes, a revolução toma forma como o fim dos anseios humanos por uma sociedade fundamentada na justiça e na concórdia. Entretanto, os princípios marxistas partem, em suas origens, de concepções relativistas que se chocam com a utopia imaginada pelos arautos do comunismo. O próprio Lênin, justificando a prática bolchevique, que em sua época já havia matado sete milhões de ucranianos de fome, dissera, no discurso ao Comitê Central do Partido Comunista, em Julho de 1928, que “É sofisma usar da palavra violência, quando referida à ação revolucionária. Isto não impede os socialistas de serem partidários duma guerra revolucionária” O que o revolucionário russo pretendera defender é que “qualquer guerra é justa, desde que sirva a Revolução Soviética (…) a violência é justificada, quando favorece a ação revolucionária. A violência é condenável quando contrária à revolução comunista”, como comentou o fabuloso Arcebispo de Nova Iorque Fulton Sheen.

Desde a queda do muro de Berlim o marxismo ortodoxo, de cunho tipicamente soviético, foi perdendo forças para ações baseadas em Gramsci, Lukács, frankfurtianos etc. Gramsci já era lido e debatido nas rodas revolucionárias, em especial com os crescentes problemas internos da URSS e a percepção de outros teóricos a respeito do papel crucial da cultura no processo da revolução. Entretanto, só com a derrocada da ortodoxia marxista, encarnada em Moscou, que se deu a devida relevância à sua cartilha. Antes disso, com o poder bolchevique exportando guerras, ainda se acreditava na redenção revolucionária através das armas. Dito isso, o processo revolucionário vivencia, atualmente, um novo paradigma de atuação. Aqueles que ainda crêem no poder místico de uma AK-47 perdem espaço para jovens que adotam como bandeira a ação cultural da revolução, com maior eficácia no mundo moderno. Dentro dessa linha, sem dúvida alguma, Gramsci se destaca. O comunista da “filosofia dela prassi” se opunha ao caráter dogmático do marxismo soviético; atrofiava a prática revolucionária e fechava a teoria. A cultura, para ele, tem uma função essencial, já que dentro da perspectiva gramsciana a união entre o pensamento e a ação se faz nas circunstâncias concretas, através de um processo interno que abarca a intelectualidade e tendo como fim a revolução. A “filosofia da práxis” se transforma numa verdadeira reforma revolucionária, levando em conta a liberdade cultural da sociedade e as variantes que não podem ser forçadas por meio de uma prática marxista pré-fabricada, como quiseram os russos.

O pensamento de Antonio Gramsci se revitaliza nos tempos atuais juntamente com a necessidade do marxismo de revisar os modelos falidos da URSS. O absolutismo da democracia desfavorece a “práxis” que não adota a roupagem democrática, mesmo que seja de forma nominal. O contexto atual lança ao ostracismo político aqueles que defendem, numa honestidade interna louvável, o processo revolucionário como ruptura violenta – vide, por exemplo, a imagem de partidos como PCO, PSTU e PCB. A relevância do teórico comunista italiano se faz, justamente, no novo modelo proposto; não mais uma revolução entendida como luta armada e motins sociais, mas sim que parte da cultura e da classe intelectual.

A “função orgânica” dos intelectuais, como diz Gramsci, torna-os peças relevantes em todas as etapas de reprodução social, refletindo, obviamente, o poder de liderança que têm junto ao homem comum. Nesse tocante, o comunista italiano afirma que a intelectualidade deve ser transformada em artífice de uma nova moral e uma nova cultura, combatendo a “hegemonia” e a opressão das classes capitalistas, gerindo a reflexão social que abarcaria toda e cultura e teria como fim, no devido momento histórico, o socialismo; “Admiro os revolucionários que se dão a tanto trabalho para explodir muralhas com dinamite, enquanto o molho de chaves das pessoas bem-pensantes lhes teria permitido entrar tranquilamente pela porte, sem acordar ninguém”, assim disse o magistral pároco do “Diário de um pároco de aldeia”, de Georges Bernanos.

A escola, “aparelho privado de hegemonia”, era, para Gramsci, do mesmo modo, peça relevante na edificação de um novo paradigma social. A juventude, formada nos colégios, absorve modos de raciocínio que bebem da cultura dominante, da ideologia da opressão. Logo, se faz mister romper com a subordinação intelectual, erigindo a nova sociedade, a começar pela desconstrução do discurso moralista, religioso.

Destarte, Antonio Gramsci destacava o papel relevante da Igreja na contra-revolução, por ser esta uma força essencialmente “reacionária”. Assim como as escolas deveriam ser tomadas por agentes da ideologia partidária, a destruição da Igreja, Mãe e Mestra da Verdade, se tornava parte determinante de qualquer projeto socialista de governo. O socialismo, para Gramsci, era a “a religião que” mataria “o cristianismo”. Ademais, dentro da ótica gramsciana, o Partido Comunista adota uma mística religiosa, sendo uma reprodução “vermelha” do Príncipe maquiavélico.

A subordinação sem limites do militante à sigla reflete, em essência, a ânsia do ser humano por Deus. A dura disciplina interna, somada ao forte estudo intelectual-doutrinário, com uma destacada centralização, transforma o Partido sonhado por Gramsci quase como uma instituição religiosa de fundo transcendental, destinado ao misticismo revolucionário.

A ação comunista contra a Igreja Católica compreende, hoje em dia, uma diversidade de práticas, desde o ataque frontal, até às sórdidas arquitetações da grande mídia. O Cristianismo enfrenta uma violência interna e muito bem articulada. O relativismo moral e religioso da sociedade moderna, fruto, de certo modo, da decadência alimentada pela perspectiva coletivista, cria o habitat apropriado para o fortalecimento dos “chavões sociais” comumente repetidos nas sacristias e passeatas.

De todo o modo, nem mesmo o mais organizado dos ataques conseguirá derrubar aquela que é a Esposa de Cristo, a única instituição Divinamente pensada e sobrenaturalmente guardada. Como bem disse Fulton Sheen – oxalá seja uma profecia; “O martelo que tantas habitações e tantos lares destruíra, tantos santuários profanara, há-de um dia, em virtude de tantas preces e de tantos sacrifícios feitos por milhões de homens e mulheres, transformar-se numa cruz; a foice que os comunistas usaram para ceifar tanto caule verde, tanta vida incipiente, deixará o seu simbolismo e transformar-se-á numa lua de pureza sob os pés da Virgem Nossa Senhora.”


No artigo os membros da SDV afirmam que “nas últimas décadas, a humanidade tem assistido a um trabalho internacional, calculado e planejado, que pretende modificar radicalmente as concepções básicas do cristianismo no tocante ao papel da sexualidade, da
família, da dignidade da vida humana e da própria ética que foi pilar fundamental para a evolução da civilização que construímos. Os conceitos do que sejam a vida e a dignidade humana estão ameaçados no mundo de hoje como nunca se viu em toda a história”.

A associação chama a atenção para o fato que “atualmente há países onde o aborto está legalizado durante todos os nove meses de gestação e outros onde se pretende remover a própria possibilidade da objeção de consciência para os médicos que não queiram praticar o aborto, inclusive nos casos mais comuns.

A Organização das Nações Unidas, vendo já suficientemente enraizada a cultura do aborto, pretende reconhecê-lo não mais como um mal menor a ser tolerado, mas como um novo direito humano fundamental a ser promovido, enquanto no mundo dito desenvolvido procura-se agora introduzir a prática pela qual os cidadãos mais idosos peçam a própria morte, disfarçada também sob o rótulo de um novo direito a ser concedido pelo Estado, quando suas vidas não evidenciam mais sinais de utilidade social, mesmo que ainda estejam no gozo de boa saúde”.

“A Cultura da Morte, já em estado avançado na Europa e Estados Unidos, promovida graças ao financiamento maciço de grandes fundações internacionais, bem conhecidas e já denunciadas em ampla
documentação, começou a ser introduzida no Brasil, com mais empenho, graças às mesmas organizações, a partir do fim dos anos 80 e início da década de 90.

Mas foi em 2003 que
esta encontrou, no Partido dos Trabalhadores, que neste ano havia alcançado o poder, o seu principal aliado”, denunciou também o grupo pró-vida.

Desde que chegou ao poder, o Partido dos Trabalhadores assumiu como projeto de governo a completa legalização do aborto no Brasil, ao mesmo tempo em que, para promover este projeto a qualquer custo, passou a negar sistematicamente que tivesse qualquer intenção de fazê-lo, mesmo diante de todas as evidencias em contrário, confiando na cumplicidade dos que não se dariam ao trabalho de divulgá-las”.

A SDV recorda ainda que em 2007 o PT aprovou um Estatuto que estabelecia, como requisito para ser candidato pelo partido, “a concordância com as normas e resoluções partidárias, entre as quais está a da legalização do aborto como programa de governo”.

“Não se pode ser cristão e ao mesmo tempo apoiar um partido cujo projeto de governo é o desenvolvimento d a Cultura da Morte, nem tampouco pode-se ser democrata e ao mesmo tempo apoiar um partido cujo projeto de governo é a institucionalização da violação dos direitos humanos, que são os próprios fundamentos do ideal democrático. Nas palavras de Pio XII, o que está em jogo não é uma eleição, mas se “estamos com Cristo ou contra Cristo”, adverte o texto da SDV.

Para entender mais sobre a promoção da cultura de morte no Brasil recomendamos:

Como foi planejada a introdução da cultura da morte no Brasil
http://www.cnbbsul1.org.br/arquivos/defesavidabrasil.pdf

Documentação sobre o PT e a promoção do aborto

http://www.youtube.com/watch?v=4cJZZzWysN4

Denúncia do vice presidente do regional sul 1 da CNBB, Dom Benedito Beni e a leitura do “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras” dos bispos deste Regional, confira o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=Bkxxm1ALPLY

Esse artigo se encontra no site do PT

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Estatuto do Nascituro: mais uma aberração a ser combatida

Não bastassem todos os ataques cotidianos à dignidade das mulheres, neste 19 de maio, tivemos mais uma lamentável notícia. Os deputados da bancada fundamentalista conseguiram que passasse pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados uma aberração nomeada “Estatuto do Nascituro”, que visa, entre outras coisas, a revogar direitos conquistados pelas mulheres e aprofundar a realidade de dominação que as submete, inclusive, a risco de morte e de sequelas todos os anos.

O tal projeto de lei elimina os casos de aborto previstos atualmente em lei: quando há risco de morte para a mãe e quando a gestação é decorrente de estupro. Sem contar que o texto abre brecha para a proibição, inclusive, de algumas medidas contraceptivas.

Não há nenhuma novidade nisso. O fundamentalismo religioso que procura impor sua crença a todos, desrespeitando o princípio democrático e republicano de laicidade do Estado e mesmo o direito à liberdade religiosa, é o mesmo que conhecemos em uma série de oportunidades, sempre atentando contra a vida das mulheres, seus direitos e sua autonomia. Muitos ataques são desferidos contra a luta das mulheres pelo mesmo e conhecido grupo de parlamentares que visam a mantê-las subjugadas.

Propostas absurdas como a apelidada de “bolsa-estupro”, por exemplo, por oferecer dinheiro para que as mulheres vítimas de violência sexual não interrompam uma gravidez daí decorrente, sempre pipocam com o intuito de retroceder nos direitos das mulheres. Mas a cada vez, os fundamentalistas se superam e, com criatividade impensável, propõem mais mecanismos para impedir que as mulheres sejam seres humanos livres e autônomos. Aproveitam a proximidade do período eleitoral para rebaixar o nível dos debates, para nos condenar a tomar decisões sobre a vida das mulheres a partir de uma crença que é de alguns, mas eles querem impor a todos.

Sempre defendemos e defenderemos o direito à liberdade religiosa, liberdade de culto e de crença, mas não aceitaremos que Igreja nenhuma criminalize as mulheres para evitar que exerçam sua autonomia. O corpo e a vida das mulheres não é um objeto a ser controlado e vigiado, que possa ser objeto de tutela nem da Igreja, nem dos juízes, nem do Estado.

Portanto, retroceder a esse ponto, obrigar mulheres vítimas de violência sexual a levarem essa gestação a cabo, inviabilizar a interrupção de uma gravidez que traga risco de morte à mulher, é inadmissível e incabível. É uma crueldade que não tem tamanho. Não podemos tolerar a violência contra as mulheres. Criminosos são os agressores!

Como resposta, mais uma vez, vamos aprofundar nossa luta em defesa da legalização do aborto e contra a violência contra as mulheres. Sabemos que as chances de uma aberração como essa passar impunemente pela Comissão de Constituição e Justiça são mínimas. Também sabemos que muitos companheiros e companheiras da Igreja estão conosco na nossa luta, e que a opinião dos fundamentalistas está distante de ser unanimidade entre os religiosos. Neste momento, queremos contar com esses e com companheiros e companheiras parlamentares, solidários à luta das mulheres, que querem construir conosco um mundo de igualdade, liberdade, justiça, solidariedade e livre de qualquer tipo de opressão.

Alessandra Terribili, integrante da Secretaria Nacional de Mulheres do PT.

Veja fonte: http://www.pt.org.br/portalpt/secretarias/-mulheres-16/artigos-141/estatuto-do-nascituro:-mais-uma-aberracao-a-ser-combatida-4634.html

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Que tal?

É trágico como em momento algum se pensa nas crianças. Só importam as mulheres e seus pretensos direitos.

Profundamente lamentável e que nos oferece um trágico horizonte.

Oremos!

Everth Quiroz

“No caso de uma lei intrinsecamente injusta, como aquela que admite o aborto ou a eutanásia, nunca é lícito conformar-se com ela, nem participar numa campanha de opinião a favor de uma lei de tal natureza, nem dar-lhe a aprovação com o próprio voto”. A observação foi feita há 15 anos atrás, pelo Papa João Paulo II, na encíclica Evangelium Vitae, e não perdeu a sua validade.

Não é permitido ao católico dar aprovação à campanha de opinião a favor da lei do aborto ou da eutanásia sem que contrarie os preceitos e os ensinamentos da Santa Igreja.

É necessário reafirmar todas essas verdades porque estamos em tempo de eleições. Entre os candidatos à Presidência da República, ao Senado e ao Congresso Federal, muitas vezes se apresentam alguns com propostas totalmente antagônicas às palavras de Jesus Cristo e do Magistério da Igreja Católica.

O exemplo dado pelo Papa João Paulo II faz referência ao aborto e à eutanásia. Quem quer que defenda a descriminalização dessas práticas não pode ser levado a sério por nenhum católico. O cristão que coopera, de alguma forma, com campanhas contrárias à promoção da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural, incorre em pecado mortal, quando consciente do seu deve de zelar por esses importantes valores morais.

No Brasil, infelizmente, há poucos partidos comprometidos com a causa cristã. Pouquíssimos. Os que mais se destacam no cenário político brasileiro – o Partido dos Trabalhadores é um exemplo a ser citado – possuem uma agenda abortista, cujas propostas não se coadunam de modo algum com os verdadeiros direitos humanos. Então, a um católico não é permitido votar em candidatos que, coerentes com a agenda pró-aborto de seus respectivos partidos, lutam pela legalização desse assassinato. A coerência deles com as propostas da comunidade política na qual estão inseridos e a nossa aderência à sua causa seria uma incoerência, uma traição.

Nas Resoluções do 3° Congresso do partido, constava a “defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público evitando assim a gravidez não desejada” (pg. 82).

Assim sendo, observando primeiramente o ensinamento da Igreja sobre o aborto – a Igreja pune com excomunhão latae sententiae (i. é, automática) quem pratica esse atentado contra a vida humana -, a proposta petista de legalizar esse homicídio, chegamos à certeza de uma real incompatibilidade entre os princípios da doutrina católica e os princípios desse partido. Embora a Igreja admita que haja “legítimas opiniões, divergentes entre si, acerca da organização da ordem temporal” (Gaudium et Spes, n. 75), há também aspectos da vida humana simplesmente irrenunciáveis, e a integridade da vida do embrião humano é um desses aspectos com os quais o PT infelizmente não têm compromisso nenhum.

Portanto, um católico que deseja de fato honrar a Deus com suas atitudes (é de se lamentar que haja católicos “de segundo momento”, que dão mais atenção às suas convicções pessoais que aos mandamentos da lei do Altíssimo) não pode votar em candidatos petistas, porquanto suas propostas estão em direta contradição com a doutrina moral da Santa Igreja Católica.

Que os católicos do Brasil sejam conscientes de que devem permanecer fiéis a Cristo também em seu voto. Rejeitem os programas que, com medidas totalitárias, se apresentam como barreiras ao desenvolvimento de uma correta compreensão da dignidade humana.


Nesta época de campanha politica, fiquemos atentos ao que os políticos falam sobre o aborto e não caiamos na falácia de que “aborto é uma questão de saúde pública”, maneira sutil e “sabida” de se eximir da responsabilidade pessoal em assumir uma posição clara diante dos eleitores, que nessa época são respeitados e supostamente ouvidos.

Como a maioria do povo brasileiro é contra o aborto e a ideologia não, essa transferência de responsabilidade é inaceitável para qualquer político, que precisa deixar clara sua posição sobre esse e outros temas para nos ajudar a escolher livremente quem defende os verdadeiros valores.

Na Espanha, conseguiram aprovar e ampliar o aborto e esse manifesto é um protesto contra esse assassinato sob a “proteção” de uma lei imoral que permite jovens de 16 anos abortar sem  precisar consultar ninguém, nem mesmo os pais!

Não importa o partido do politico, se é a favor do aborto ou não assume uma posição clara CONTRA , não deve ter nosso voto.

Vida não se negocia.

***

Mais de 300 intelectuais e cientistas da Bio-Medicina, Humanidades e Ciências Sociais assinaram um primeiro Manifesto contra a lei do aborto livre na Espanha.

Leia o texto completo do Manifesto de Madrid contra o Aborto.

A doutora Mónica López Barahona, biomédica e consultora de Bioética da Organização das Nações Unidas (ONU), ressaltou que o embrião humano “é vida humana” e portanto “tem os mesmos direitos humanos que qualquer outro indivíduo da espécie humana”, inclusive o direito à vida.

“Por isso”, continua a doutora Barahona,ficar discutindo prazos não é aceitável, por que ninguém pode pertencer mais ou pertencer menos à espécie humana de acordo com o número de células que possui ou quantos quilos pese”.

O Manifesto de Madrid

“Os abaixo-assinados, professores universitários, pesquisadores, acadêmicos e intelectuais de diferentes profissões, diante da iniciativa do Grupo de Parlamentares Socialistas no Congresso, através da Subcomissão do aborto, de promover uma lei de prazos para permitir o aborto, assinamos o Manifesto pela Defesa da Vida Humana em seu estágio inicial, embrionário e fetal e rejeitamos a sua instrumentalização a serviço de interesses econômicos ou ganhos políticos e ideológico.

Em primeiro lugar, exigimos uma interpretação correta dos dados científicos sobre a vida humana em todas as suas fases e, nesse sentido queremos que sejam levados em conta os seguintes fatos:

a) Existem evidências científicas de sobra que a vida começa no momento da fertilização. O conhecimento atual demonstra: a Genética indica que a fecundação é o momento em que se constitui uma identidade genética única; a Biologia Celular explica que os seres multicelulares são criados a partir de uma única célula inicial, o zigoto, o cerne da informação genética é preservada em todas as células e que determina a diferenciação celular, a Embriologia descreve o desenvolvimento e revela como ele funciona perfeitamente.

b) O zigoto é a primeira realidade do corpo humano. Após a fusão dos núcleos gaméticos maternos e paternos, o núcleo resultante é o ponto focal do desenvolvimento que reside nas moléculas de DNA, resultante da adição de genes paternos e maternos, em uma combinação nova e única.

c) O embrião (desde a fecundação até a oitava semana) e o feto (a partir da oitava semana) são as primeiras etapas de desenvolvimento de um novo ser humano no útero e esse ser humano não é de qualquer órgão da mãe, mas que depende dela para seu próprio desenvolvimento.

d) A natureza biológica do embrião e do feto humano é independente da forma em que se tenha originado a partir de reprodução artificial ou de reprodução natural .

e) O aborto não é apenas uma “interrupção voluntária da gravidez”, mas um simples ato cruel de “interrupção de uma vida humana”.

f) O aborto é um drama com duas pessoas: um morre e um sobrevive e sofre diariamente as consequências de uma decisão dramática e irreversível. Quem aborta é sempre a mãe e que também sofre, mesmo que a decisão de abortar seja voluntária.

h) Por conseguinte, é necessário que as mulheres que escolhem o aborto estejam cientes das consequências psicológicas e, em particular o ato de psicopatologia conhecida como “Síndrome
Pós-aborto (sintomas depressivos, culpa, pesadelos, alterações de comportamento, perda da autoestima, etc.) .

i) Dada a importância do ato do aborto deve-se respeitar a liberdade de objeção de consciência a este respeito.

j) O aborto é também uma tragédia para a sociedade. Uma sociedade indiferente ao abate de cerca de 120 mil bebês por ano, é uma sociedade doente e fracassada.

k) Longe de ser a conquista de um direito da mulher, o aborto sem limites definiria as mulheres como as únicas responsáveis por um ato violento contra a vida de seu próprio filho.

l) O aborto é especialmente difícil para uma garota de 16 a 17 anos, a quem se pretende negar a presença, aconselhamento e apoio de seus pais para decidir se continuará a gravidez ou abortará. Forçar uma menina a decidir sozinha em uma idade tão jovem é uma irresponsabilidade e definitivamente uma forma de violência contra as mulheres.

Em suma, acreditamos que as conclusões do Grupo de Parlamentares Socialistas no Congresso por meio da sua Subcomissão sobre o aborto, irá pôr em prática uma lei de prazos (do aborto) que agrava a situação e ignora a sociedade que não quer uma nova lei para legitimar um ato violento para o nascituro e sua mãe, mas sim pede uma regulamentação para acabar com o abuso e fraude à lei dos centros médicos onde são praticados abortos. “

Fonte: Scriptor.org

  • Em abril de 2009, a Junta Diretora do Colégio Oficial de Médicos de Sevilha, reunida em sua sessão plenária, aclamou seu apoio ao Manifesto de Madrid contra o Aborto e confirma que “existem evidências científicas de sobra que a vida começa no momento da fertilização.
  • Em junho de 2009, o Colégio de Médicos de Madrid, informou seu apoio ao Manifesto de Madrid.
  • Em setembro de 2009, a Comissão Nacional de Bioética da Espanha reconhece que o embrião é um ser humano.
  • Em outubro de 2009, o Colégio Oficial de Médicos de Cádiz informa que a lei proposta pelos partidos socialistas espanhóis impedem que os médicos exerçam seu direito fundamental de se negar a praticar abortos.

O Plano Nacional de “Direitos Humanos” do Brasil

As propostas do governo socialista brasileiro de que o aborto representa um avanço nos direitos humanos são obsoletas e ultrapassadas perante as evidências científicas modernas. Existe sim vida no embrião e se tem vida, o embrião tem direito a usufruir dessa vida o que é um dos Direitos Humanos fundamentais do ser humano. A legalização do aborto sequer deveria ter sido inserida no PNDH do Brasil e se foi feita, o foi por motivos que não respeitam a maioria do povo brasileiro. Muito menos respeitam as várias convenções e tratados internacionais assinados pela República do Brasil.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos deve ser respeitada

O Brasil concordou em assinar a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Em seu artigo, essa Declaração estabelece:

“Artigo III.
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Pedimos ao governo brasileiro e ao seu ministro dos “Direitos Humanos” que respeitem os compromissos internacionais aceitos pela República do Brasil e deixem de promover quaisquer iniciativas contra o assassínio de seres humanos, sob o nome disfarçado sob o nome de “aborto” ou mais eufemisticamente ainda de “interrupção da gravidez”, quando na verdade se trata do “extermínio de uma vida humana” ou mais claramente “assassinato” o que é crime independente da idade do cidadão brasileiro que foi morto.

A Constituição Brasileira deve ser respeitada

A Constituição da República do Brasil, lei máxima à qual todas as outras leis devem ser subordinadas, estabelece no seu artigo 5º “a inviolabilidade do direito à vida”.

A Convenção Americana de Direitos Humanos deve ser respeitada

Em 25 de setembro de 1992, o Brasil ratificou a Convenção Americana de Direitos Humanos, que dispõe, em seu artigo 4º, que o direito à vida deve ser protegido desde a concepção.

O Estatudo da Criança e do Adolescente deve ser respeitado

O artigo 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que a criança nascitura tem direito à vida, mediante a efetivação de políticas públicas que permitam o nascimento.

O povo brasileiro não quer o aborto

Em março de 2007 o instituto de pesquisas Datafolha (do jornal Folha de S. Paulo) realizou um estudo estatístico que revelou que 65% dos brasileiros acreditam que a atual legislação sobre o aborto não deve ser alterada. Uma pesquisa mais específica, realizada pelo instituto Vox Populi para a revista Carta Capital e para a emissora de televisão Bandeirantes, revelou que apenas 16% da população brasileira concorda que o aborto deve ser permitido em caso de gravidez indesejada.

A classe política brasileira não quer o aborto

A 13ª. Conferência Nacional de Saúde ocorrida em Brasilia no dia 18 de novembro de 2007 rejeito a proposta do governo para descriminalizar o aborto. Cerca de 70% dos 5.000 delegados presentes votaram contra a legalização do aborto.

O projeto de lei 1135/91 que prevê a legalização do aborto, foi rejeitado por unanimidade pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, no dia 7 de maio de 2008.

Foi também rejeitado pela Comissão de Cidadania e Justiça da Câmara dos Deputados por 57 votos a 4, no dia 9 de julho de 2008.

Quem quer o aborto?

O governo do PT, amplamente divulgado na mídia, e uma minoria, insistem em promover a causa pró-aborto, indo contra toda a vontade do povo brasileiro ao qual dizem servir.

Aborto: o governo foge de suas responsabilidades sociais

O povo brasileiro está mais avançado que seus governantes no assunto aborto. Aborto é crime. Aborto é atraso. Aborto é o meio que um governo encontra de fugir de sua responsabilidade em dar condições dignas de vida para todos seus cidadãos, inclusive aqueles que estão dentro do ventre de suas mães.

Pedimos ao governo brasileiro que pare de promover iniciativas sem apoio da sociedade. Ao invés disso, que dê condições dignas de apoio social, psicológico, moral e financeiro para aquelas mães que se encontram diante da decisão de aceitar um filho mesmo que seja indesejado, e ajudá-las a superar a rejeição e oferecer alternativas para que os bebês sejam criados de forma digna.

Sabemos que é muito mais “fácil”, “rápido” e “barato” matar o cidadão brasileiro indesejado – o bebê – do que prover assistência à mãe e filho e mesmo ao pai durante meses ou anos para que aceitem o bebê e tenham meios de criá-lo com dignidade. Mas essa é a obrigação do governo brasileiro perante a sociedade que o elegeu. Cumpra-se a vontade do povo.

Apesar do recuo e dos retalhos feitos pelo presidente Lula no texto, as entidades ainda não estão plenamente satisfeitas com as alterações no Programa Nacional de Direitos Humanos.

A Igreja Católica aprovou a exclusão da proibição de ostentação de símbolos religiosos em prédios públicos, mas não se satisfez com a mudança no artigo sobre aborto.

Lula vetou o texto que defendia a descriminalização do aborto e também mandou retirar do plano a parte que trata da autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos. A nova versão considera o aborto um problema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde.

A reportagem é de Evandro Éboli e publicada pelo jornal O Globo, 14-05-2010.

O secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara, comemorou em parte as mudanças. Ele considerou ótima a manutenção de símbolos da Igreja em locais públicos, mas disse desconfiar das mudanças na parte que trata do aborto.

— O aborto não foi excluído de maneira incisiva. Quando diz que é problema de saúde pública, o que isso quer dizer? Saúde pública é priorizar as maternidades, os serviços de atendimento às gestantes, para que tenham um pré-natal seguro e adequado, e colocar a polícia em cima de clínicas clandestinas de aborto? Aí, tudo bem. Agora, se for apenas outra forma de justificar o aborto, nada muda — disse dom Dimas Lara.

Críticas ao trecho sobre campo

O presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TelevisãoAbert), Daniel Slaviero, elogiou as duas mudanças feitas pelo governo no capítulo referente aos meios de comunicação. (

— Vemos como muito positiva a demonstração de diálogo do governo e também a alteração de pontos críticos do texto — disse Daniel Slaviero, por intermédio de sua assessoria.

As críticas mais duras às alterações vieram da presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que classificou as mudanças feitas no capítulo que tratam da violência no campo como “uma maquiagem”.

O texto acabou com a audiência coletiva que estava prevista antes de uma decisão judicial sobre reintegração de posse de terras invadidas.

Pelo novo texto, a mediação em conflitos agrários será feita pelo Incra, por institutos de terras dos estados e pelo Ministério Público.

— Não muda nada. Saiu a audiência e entrou a mediação. Não tem que ter intermediário em decisão judicial. Não se pode abrir mão do direito de propriedade e do direito à segurança pública — disse Kátia Abreu.

Para a senadora, a utilização do sistema de mediação vai obrigar o produtor rural a negociar com aqueles que “criminosamente invadem sua propriedade”.

— É um desvirtuamento, um novo delírio do governo. Os produtores invadidos não podem negociar o indisponível.

O texto reescrito por Paulo Vannuchi (ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos) continua sendo, portanto, um amontoado de sandices — afirmou Kátia Abreu.

Delegados reunidos no congresso nacional da legenda decidiram:

Os petistas  mantiveram na resolução apoio do partido ao Programa Nacional de Direitos Humanos editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de 2009. Depois da polêmica em torno do programa, os delegados do PT entenderam que o partido deve manifestar “apoio incondicional ao programa” por considerar que ele é “fruto de intenso processo de participação social”.

O impasse sobre o programa teve início depois que a área militar reagiu ao artigo que criava a Comissão da Verdade para investigar crimes cometidos pela repressão política durante o período da ditadura militar (1964-1985). O ministro Nelson Jobim (Defesa) pressionou o presidente Lula por mudanças, o que levou o petista a editar um novo decreto.

Na nova versão, Lula estabeleceu que a Comissão da Verdade vai investigar crimes contra os direitos humanos praticados no período –sejam eles por militares ou militantes de esquerda.

Além dos militares, a Igreja Católica e setores do agronegócio também reagiram à criação do programa. A igreja critica pontos como a descriminalização do aborto e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) também classificou de intolerante a sugestão do programa de “impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União”.

***

Quero ver como será possível Católicos votarem em candidatos do PT com essa resolução oficial do partido nas próximas eleições deste ano..

Quero ver como será possível conciliar aborto, retirada dos símbolos religiosos,”casamento ” gay, censura à imprensa,dentre outras bizarrices, com a fé em Jesus Cristo e com a fé em nossa Igreja e sua doutrina – que já se posicionou CLARAMENTE através de seus Bispos contra esse Plano em muitas de suas propostas.

Quero ver como alguém pode votar no PT e ao mesmo tempo dizer-se Católico ou até mesmo cristão..Sabendo de forma clara e oficial – que estará apoiando a morte de inocentes.

Quero saber agora o que os “católicos” ideologizados pelo marxismo vão escolher.

A questão não é mais de “práxis” mas de coerência com a fé em sua essência e de comunhão com a verdade.

Chegou a hora da verdade!

Na noite de ontem, o Diretório Nacional do PT decidiu punir os deputados federais Luiz Bassuma (BA) e Henrique Afonso (AC). Por unanimidade, ambos tiveram seus direitos políticos suspensos por um ano e 90 dias, respectivamente. Não poderão votar nem ser votados nas instâncias partidárias ou discursar em nome do partido. É possível que Bassuma, nessas condições, não consiga nem mesmo se candidatar à reeleição. Uau! Será que este partido está, finalmente, se emendando? Afinal, o que ambos fizeram? Abaixo, segue um diálogo imaginário com um leitor otimista. Ele pergunta (em negrito) e eu respondo.

— Será, Reinaldo, que eles foram pegar dinheiro de Marcos Valério no Banco Rural?
— Besteira! Isso é permitido. Não dá punição.

— Então usaram recursos “não contabilizados” de campanha. Acertei?
— Bobagem! Isso é do jogo. Como você sabe, a campanha de Lula foi paga em moeda estrangeira, no exterior, com dinheiro de origem desconhecida.

— Já sei! Então integraram algum grupo de aloprados para fazer um dossiê falso contra adversários! Na mosca?
— Claro que não! Integrar grupo de aloprados é coisa tão importante, que todos aqueles que participaram daquela aventura eram do entorno do próprio presidente Lula. É coisa para gente graduada.

— Ah, então vamos ver: usaram, sei lá, a estrutura de um ministério, da Casa Civil por exemplo, para fazer outro dossiê contra adversários do governo.
— Errado! Quem faz isso acaba sendo considerado candidato natural à Presidência da República. Isso rende promoção no PT, jamais punição.

— Ah, então vai ver eles violaram o sigilo bancário de um caseiro. Coisa feia!
— Tolice. Isso não tem importância. Quem dá bola para caseiro?

Que, então, fizeram esses dois para que toda a cúpula petista, sem exceção, decidisse ser tão severa? Bem, eles resolveram tornar pública a sua posição contrária à descriminação do aborto. Vocês entenderam direito e não precisam ler de novo. Alguns pecadilhos, no PT, como os listados acima, não têm grande importância. Mas defender o direito de um feto à vida, a depender de como seja feito, é incompatível com a ética petista. Eu já desconfiava que fosse assim. De fato, não sei o que ambos fazem no PT sendo o partido tão escancaradamente favorável à descriminação do aborto.

Como a gente nota, no PT, os que cometeram todos aqueles crimes, merecem uma segunda chance. Mas o feto não merece a única chance que tem. É a forma que a esquerda tem de ser humanista, de ser progressista. A direção recomendou ainda que Afonso não seja reconduzido à Comissão de Seguridade Social e da Família na Câmara dos Deputados. Só pode pertencer a uma comissão de família quem é favorável à morte dos fetos, entenderam?

É o PT aplicando o seu Código de Ética. Ele comporta, por exemplo, Ideli SaLvatti a defender Sarney com todos os “esses” e “erres”, mas não parlamentares que participam de uma marcha contra o aborto. Vejam que engaçado: a tal manifestação, sabe-se, teve o apoio de uma ONG que conseguiu dinheiro público para a sua realização etc — vocês conhecem aquela rotina típica de petistas e ONGs. Pô, aí já é demais, não é? Dinheiro público bem utilizado é aquele que financia marchas em defesa do aborto.

Um dia essa gente há de encontrar o lugar certo na história. Que seja logo!

Fonte: Blog Reinaldo Azevedo

da Folha Online

O Diretório Nacional do PT decidiu na noite desta quinta-feira punir os deputados federais Luiz Bassuma (BA) e Henrique Afonso (AC) por contrariarem orientação do partido para defesa da descriminalização do aborto.

Por unanimidade, os dois parlamentares tiveram seus direitos partidários suspensos –Bassuma, por 1 ano, e Afonso, por 90 dias.

Com a decisão do Diretório Nacional, os dois parlamentares ficam impedidos de votar e fazer discursos em nome do partido.

Bassuma ainda corre o risco de não poder tentar a reeleição no ano que vem.

Reportagem da Folha, publicada no dia 26 de agosto, revelou que uma manifestação antiaborto realizada no último dia 30 em Brasília foi financiada com dinheiro público garantido por uma emenda parlamentar do deputado Luiz Bassuma, que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e Contra o Aborto.

Já o deputado Henrique Afonso, é autor de um projeto de lei que propõe sustar a norma técnica de 1998 que instrui aos hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde) a praticarem aborto seguro em caso de gestações decorrentes de estupro até o quinto mês.

Leia abaixo a íntegra das duas decisões do Diretório Nacional:

Processo ético-disciplinar contra o deputado federal Luiz Bassuma (PT-BA):

Considerando representação feita pela secretária nacional de Mulheres do PT, Laisy Morière, contra o deputado federal Luiz Bassuma (PT-BA), e o relatório da Comissão de Ética tratando da infração disciplinar denunciada;

Considerando que o Estatuto do PT garante a todo e qualquer filiado o direito de manifestação pública sobre questões doutrinárias e políticas, sendo, portando, admissível que um militante petista se pronuncie contrariamente a uma posição partidária, desde que os faça respeitosamente e dentro dos limites éticos cabíveis;

Considerando, contudo, que o comportamento do deputado acusado não se limitou ao mero exercício do direito à liberdade de expressão, mas assumiu uma dimensão militante e agressiva contra diretriz definida em resolução do 3º Congresso Nacional do PT;

Considerando ainda que o deputado acusado em nenhum momento solicitou a discussão, nas instâncias competentes, a respeito da resolução do 3º Congresso sobre descriminalização do aborto, nem invocou o direito assegurado no Artigo 13, inciso 15 do Estatuto partidário;

Considerando, finalmente, que o deputado acusado teve atitudes desrespeitosas e ofensivas à ética partidária em relação a militantes e parlamentares petistas que defendem a descriminalização do aborto, nos termos da resolução aprovada no 3º Congresso;

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, com base nos artigos 13, incisos 14 e 15; 14, incisos terceiro e quarto; 209, incisos primeiro, segundo e oitava; e 210, parágrafo 4º do Estatuto partidário;

Resolve:

1. Aplicar a pena da suspensão das atividades partidárias pelo período de 1 (hum) ano;

2. Nos termos do Artigo 210, parágrafo quarto do Estatuto do PT, indicar como direitos e funções partidárias cujo exercício serão atingidos:

A) suspensão do direito de participar na elaboração e na aplicação da política partidária, de votar e de ser votado em quaisquer instâncias partidárias, inclusive no âmbito da Bancada Federal;

B) determinação à Bancada Federal que proceda, de imediato, a substituição do deputado Luiz Bassuma na Comissão de Seguridade Social e da Família na Câmara dos Deputados.

3. Recomendar ao deputado acusado que retire os projetos de Lei de sua autoria que contrariam a resolução do 3º Congresso.

Processo ético-disciplinar contra o deputado federal Henrique Afonso (PT-AC):

Considerando representação feita pela secretária nacional de Mulheres do PT, Laisy Morière, contra o deputado federal Henrique Afonso (PT-AC), e o relatório da Comissão de Ética tratando da infração disciplinar denunciada;

Considerando que o Estatuto do PT garante a todo e qualquer filiado o direito de manifestação pública sobre questões doutrinárias e políticas, sendo, portando, admissível que um militante petista se pronuncie contrariamente a uma posição partidária, desde que os faça respeitosamente e dentro dos limites éticos cabíveis;

Considerando, contudo, que o comportamento do deputado acusado não se limitou ao mero exercício do direito à liberdade de expressão, vindo a militar ostensivamente contra resolução do 3º Congresso Nacional do PT sobre a descriminalização do aborto; nunca solicitando, na forma estatutária cabível, o exercício do direito assegurado pelo Artigo 13, inciso 15 do Estatuto do PT;

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, com base nos artigos 13, incisos 14 e 15; 14, incisos terceiro e quarto; 209, incisos primeiro, segundo e oitavo; e 210, parágrafo quarto do Estatuto partidário;

Resolve:

1. Aplicar a pena da suspensão das atividades partidárias pelo período de 90 (noventa) dias;

2. Nos termos do Artigo 210, parágrafo quarto do Estatuto do PT, indicar como direitos e funções partidárias cujo exercício serão atingidos:

A) suspensão do direito de participar na elaboração e na aplicação da política partidária, de votar e de ser votado em quaisquer instâncias partidárias, inclusive no âmbito da Bancada Federal;

B) determinação à Bancada Federal que o deputado Henrique Afonso não seja reconduzido à Comissão de Seguridade Social e da Família na Câmara dos Deputados.

***

Nossas escolhas feitas aqui repercutem nas leis aprovadas lá!

Eleição é coisa séria e com decisões que atingem em cheio nossa vida e,nesse caso, roubando a vida de quem não chegou a nascer.

Vítimas inocentes,sem direito ao mais elementar e básico dos direitos humanos, “bandeira histórica do partido dos trabalhadores”.

Lamentável a posição do partido.

lamentável a posição de defender em seu programa o aborto e outras coisas indefensáveis na ótica cristã e também de punir os seus afiliados por defenderem a vida.

Agora..uma pergunta: os ” punidos ” pelo partido não sabiam de que o PT em seu programa era a favor do aborto? porque então se afiliaram?

O jornalista e sociólogo José Maria e Silva realizou excelente entrevista com Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, 43 anos, presidente do Movimento Pró-Vida de Anápolis,(www.providaanapolis.org.br), fundado pelo bispo emérito Dom Manuel Pestana.

Padre Lodi concluiu seu terceiro curso superior. O segundo foi teologia, no Institutum Sapientiae de Anápolis e o primeiro foi engenharia eletrônica, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1985. “Sou apaixonado por matemática, e engenharia eletrônica tem muita matemática”, explica o padre, que, agora, é também advogado, inscrito na OAB de Goiás. Mas não pretende advogar: “Só quando for preciso defender a vida”.

Sua abnegação pela causa antiaborto deve levá-lo à Itália, onde tenciona fazer mestrado em bioética. Está estudando latim e lendo a gigantesca Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino, seu filósofo predileto – e também do cientista norte-americano Robert Gallo, um dos descobridores do vírus da Aids, que recentemente citou o santo, no Roda Viva da TV Cultura, para mostrar aos seus entrevistadores botocudos que ciência não é incompatível com religião. É o que o intelectual Luiz Carlos Lodi – padre, advogado e engenheiro eletrônico – prova nesta entrevista.

Leitura indispensável para quem busca ler conteúdo fundamentado e inteligente.Iremos postar a entrevista por etapas já que é um pouco  longa e não queremos perder nada.

Padre Lodi é um “Guerreiro” na defesa da vida e suas palavras de muita sabedoria e perspicácia.

***

O governo Lula, atendendo a um compromisso histórico de suas bases, está determinado a descriminalizar o aborto no país.O movimento pró-aborto nunca esteve tão forte no país. Como o senhor avalia isso?

É uma concorrência desleal, uma luta de Davi contra Golias. O abortista – usei a palavra proibida [risos] – é alguém que pelo simples fato de defender o aborto publicamente, militantemente, tem recursos financeiros muito abundantes, oriundos de fundações internacionais como a Federação Internacional de Planejamento, a IPPF [International Planned Parenthood Federation], presente em 180 países, inclusive no Brasil, através da Bemfam [Bem-Estar Familiar]. As entidades pró-aborto também recebem recursos das fundações Ford, McArthur e de organismos da ONU, como o Unicef. E, agora, temos um governo que tem um compromisso histórico com a legalização do aborto no país. Foi o PT quem instalou o aborto na rede hospitalar pública municipal em São Paulo, em 1989. E todos os outros municípios onde se instalou o aborto foi em decorrência de ações de vereadores e prefeitos do PT ou de partidos análogos, como o PC do B.

No governo Fernando Henrique, o então ministro da Saúde, José Serra, implantou o chamado aborto legal na rede hospitalar do país, inicialmente restrito a alguns municípios, como São Paulo. O que o governo Lula fez de diferente disso até agora?

Já no primeiro mandato, o presidente Lula, por intermédio da secretaria Nilcea Freire, apresentou um projeto para liberar o aborto durante os nove meses de gravidez, embora ele parecesse fazer certas restrições ao projeto. O Código Penal, na parte referente ao aborto, seria totalmente revogado, com exceção do artigo 127, que é o aborto provocado contra a vontade da gestante. Na versão inicial daquele projeto, até os planos de saúde seriam obrigados a custear os procedimentos abortivos, embora pudessem fazer restrições ao parto, dando prioridade à morte sobre a vida. Mas, diante da forte reação da Igreja Católica e de outros setores, o governo recuou. Agora, nesse segundo mandato, ele está sendo mais explícito, como se vê pelas declarações do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que tem sido muito mais ousado na defesa do legalização do aborto do que os seus antecessores, Humberto Costa e Saraiva Felipe.

Os defensores da legalização do aborto sustentam que os abortos clandestinos são um caso de saúde pública. E falam em milhões de abortos provocados, para mostrar que a Igreja é insensível ao sofrimento das mulheres.

Uma das coisas que os abortistas usam de maneira freqüente é a mentira. Essas estatísticas de aborto não são apenas falsas – são desvairadas. Dizer que no Brasil morrem centenas de milhares de mulheres por causa de abortos malfeitos é simplesmente um absurdo. Se pelo menos o ministro José Gomes Temporão se desse ao trabalho de acessar o Datasus na Internet, que é o banco de dados do próprio ministério que ele comanda, veria que esses dados são delirantes e que o número de mulheres mortas em decorrência de aborto, de 1996 para cá, nunca chegou a 200 por ano. Mesmo assim, essas mortes não são todas decorrentes de aborto provocado, elas também incluem gravidez ectópica, mola hidatiforme, aborto espontâneo e aborto não identificado, entre outras causas. Ora, como se pode falar em 300 mil mortes por ano, como alegam muitos abortistas? Uma coisa que sempre me chamou a atenção é que os abortistas dizem que no Brasil ocorrem 1,5 milhão de abortos por ano. Quando eu lia isso, pensava: “Esse jornal deve ser contra o aborto e teve estar horrorizado com essa cifra”. Porque quando se fala que tem seqüestro demais, que os estupros estão aumentando, que os homicídios viraram rotina, o normal é se fazer uma campanha para recrudescer a perseguição penal. Mas, no caso do aborto, a campanha é outra: vamos liberar o aborto. Já que todo mundo faz, vamos acabar com o que eles chamam de hipocrisia e que todo mundo faça de maneira segura, higiênica, legal. Por esse critério, o governo teria de promover o seqüestro seguro, o roubo seguro, o homício seguro. Esses argumentos, apesar de completamente irracionais, são repetidos com tanta insistência que muitas pessoas se rendem a eles.

Pesquisa liderada pelo médico Amaury Teixeira Leite, da Universidade Federal de Juiz de Fora, realizada na maternidade-escola da instituição, mostra que, de 1927 a 2001, só ocorreram na referida maternidade 144 mortes decorrentes de abortos. E nem todos eles foram provocados. Se numa maternidade, ao longo de 75 anos, só ocorreram 144 mortes, como o senhor explica essa crença dos formadores de opinião num número tão inflacionado de abortos?

Essa inflação das estatísticas de aborto começou nos Estados Unidos, com o ginecologista e obstetra norte-americano Bernard Nathanson, um dos fundadores da Liga Nacional para os Direitos do Aborto e, a partir de 1971, diretor da maior clínica de abortos do mundo: o Centro de Saúde Sexual, em Nova Iorque. Ele foi um abortista profissional, que fez pessoalmente 5 mil abortos, e confessa que, de 1968 a 1973, ajudou a inventar falsas estatísticas sobre aborto, dizendo que havia, anualmente, 1 milhão de abortos clandestinos nos Estados Unidos quando, na verdade, ocorriam menos de 100 mil. Ele conta também que, quando abortistas de outros países usavam esses dados, ele ria muito, porque, como autor da mentira, sabia que eram falsos. Mas o dr. Bernard Nathanson se arrependeu do que fez e, hoje, integra a luta pró-vida. Hoje, o Brasil está sendo alvo do mesmo processo de falsificação de dados que levou à aprovação do aborto nos Estados Unidos.

O senhor foi alvo de um processo judicial, movido pela antropóloga Débora Diniz, da UnB, e pelo promotor Diaulas Ribeiro, do Distrito Federal, que se sentiram ofendidos por serem chamados de “abortistas”. O senhor foi proibido de usar a palavra abortista. Como anda esse processo?

Fui surpreendido na Justiça, em primeiro e segundo graus, com a proibição de usar a palavra abortista para quem defende o aborto. Agora, esse caso está no Supremo. Sabe-se lá o que vai acontecer, se o Supremo vai expurgar essa palavra do nosso dicionário ou se vai haver uma reviravolta. Estou sentindo que a ascensão do PT ao governo está nos inserindo numa época de ditadura. Percebo uma ameaça séria às liberdades e aos direitos fundamentais do ser humano. Uma das coisas que se aprende no direito e também com o bom senso, é que a boa fé se presume e a má-fé tem de ser provada. No caso dos defensores do aborto, cheguei à conclusão contrária: diante deles, a inocência do adversário é que tem de ser provada. A revista Época, por exemplo, me acusou de jogar feto de borracha nos outros e, mesmo quando escrevi para a revista dizendo que isso era mentira, a revista insistiu que esse era um fato comprovado por testemunhas. Quando num debate duas pessoas buscam a verdade, existe diálogo. Mas, quando os abortistas são militantes, a gente nota que não existe a busca da verdade, mas o desejo de derrotar a outra pessoa. Essa falta de honestidade intelectual tem me levado a recusar propostas de debate na televisão. Hoje, defender a vida nesses debates é dar aos cães o que é santo, é lançar pérolas aos porcos.

No primeiro governo Lula, a ministra Nilcea Freire, da Secretaria das Mulheres, promoveu audiências públicas para discutir a questão do aborto. Um observador da CNBB, José Maria da Costa, disse que só pessoas e entidades favoráveis foram convidadas a participar dos debates. Segundo ele, há uma estratégia do governo de implantar o aborto através do Judiciário, considerado mais avançado, nessas questões do que a sociedade.

É verdade. Quando a ministra Nilcea Freire começou a fazer propaganda da legalização do aborto, montou-se uma comissão tripartite, formada por membros do Legislativo, do Executivo e da sociedade civil. No caso da sociedade civil, só foram admitidas entidades abortistas. Quando a CNBB quis participar, disseram que o Estado é laico. Não sei o que querem dizer com Estado laico. Será Estado ateu, antirreligioso? Quem tem religião não pode se manifestar? Um diálogo sem o contraditório não é diálogo, mas monólogo. O resultado desse circo montado pelos defensores do aborto resultou num substitutivo apresentado por Jandira Feghali, do PT do Rio, para um projeto de lei antigo visando a aprovação do aborto. O objetivo era dar a entender que aquilo era produto da vontade popular e não um simples plano do governo de enfiar o aborto goela abaixo dos brasileiros. Como a via legislativa não tem dado certo, porque a maioria dos brasileiros é contra o aborto, optou-se pela via do Judiciário. Foi o que ocorreu, recentemente, na Colômbia, que aprovou o aborto via Corte Suprema. E os colombianos tiveram que engolir essa decisão judicial, porque juiz não é eleito, e, como todos nós, como todo ser humano, ele tem certa tendência ao orgulho. Como não foi eleito, quando a sociedade pressiona o juiz, ele faz o contrário, para mostrar que é independente. Mas essa estratégia de recorrer ao Judiciário não é nova nem original. Remonta a 1973, quando os Estados Unidos oficializaram o aborto.

O senhor fala do caso que ficou conhecido como Roe versus Wade?

Exato. Costuma-se dizer que os Estados Unidos legalizaram o aborto. Isso nunca aconteceu. Não existe lei nos Estados Unidos legalizando o aborto. O que acontece foi o seguinte. Em 1971, uma jovem do Texas chamada Norman McCorvey, apelidada de Jane Roe, queria fazer um aborto. Mas, de acordo com a legislação do Estado do Texas, sua gestação já ultrapassava o período em que o aborto seria permitido. Ela entrou na Suprema Corte, em Washington, com o que nós, no Brasil, chamaríamos de ação direta de inconstitucionalidade. Então, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, por sete votos contra dois, que o nascituro não é pessoa. Essa decisão, como é da tradição dos Estados Unidos e da Inglaterra, teve efeito vinculante, obrigando os 50 Estados membros da Federação a adequar suas leis para liberar o aborto. Ou seja, o aborto foi liberado nos Estados Unidos  por vontade  de sete magistrados não eleitos pelo povo, indicados pelo presidente da República. E numa decisão que nem sequer foi unânime. Mas, 22 anos depois, em 1995, Jane Roe contou para a revista Newsweek que nunca havia sido estuprada – história que ela inventou para facilitar a aprovação do aborto na Suprema Corte. Ela se converteu ao cristianismo e se arrepende muito do que fez. Tive a oportunidade de encontrá-la em 1998, em Houston, e vi que ela se sente como uma criminosa. Irônico é que a emenda que reconheceu os negros como pessoa é a que foi utilizada para retirar a condição de pessoa do feto.

Em 1857, os negros norte-americanos, por decisão da Suprema Corte, tinham sido considerados como não pessoa. Então, para acabar com a distinção entre brancos e negros, fez-se uma emenda á Constituição que dizia que todo aquele que for nascido ou naturalizado nos Estados Unidos é cidadão norte-americano. Essa emenda, criada para acabar com a discriminação contra os negros, foi usada para discriminar os nascituros. Entenderam que o nascituro não é nascido, também não é naturalizado, logo ele não é pessoa. Se não é pessoa, ele carece de direitos. Entre a expectativa de direitos de alguém que ainda vai nascer e o direito natural da mulher à privacidade, à autonomia, à saúde, a liberdade, segurança, entenderam os abortistas que devem prevalecem esses direitos.

Continua..