* O termo “hermenêutica” provém do verbo grego “hermēneuein” e significa “declarar”, “anunciar”, “interpretar”, “esclarecer” e, por último, “traduzir”. Significa que alguma coisa é “tornada compreensível” ou “levada à compreensão”.

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]Annotationes Manu Scriptae

De libertate religiosa

6 de maio de 1965

I – Liberdade religiosa

1) Pode ser entendida como direito natural (e, portanto, digna de respeito por todos como direito natural e, por isso, digna de respeito e de defesa também pela Igreja, fundada na dignidade e na liberdade de consciência da pessoa humana).

2) Ou [pode ser entendida também] como direito positivo de facto, como na prática a concebe e regula a sociedade atual. Em uma sociedade pluralista, como hoje é em toda parte, e segundo o princípio cristão que distingue duas autoridades: césar e Deus, não se reconhece à autoridade civil o direito de legislar em matéria religiosa. Resulta [daí] que toda religião de facto deve ser respeitada e protegida pelo Estado, no exercício ordenado de sua atividade, no âmbito da ordem pública e em respeito às opiniões dos outros. Este estado de coisas é sem dúvidas aceito hoje pela Igreja, que o define melhor como “tolerância” do que como direito natural. Murray (Aggiorn. Soc. p. 307 – apr. 1965) disse superada a teoria da tolerância referente ao Estado.

Mas e referente à Igreja? O Estado não pode ser juiz da verdade religiosa, e por isso deve reconhecer aos cidadãos a “liberdade” de pensar religiosamente como eles crêem. A Igreja, ao contrário, está segura da própria verdade religiosa e por isso a) não podendo impô-La obrigando os outros a aceitarem-Na, b) deve tolerar que os outros sejam livres frente a ela.

3) Pode ser entendida como imunidade de coações externas; liberdade de (nemo cogatur); e como capacidade (jurídica ou de facto) de professar uma religião; liberdade para (nemo impediatur), dentro de certos limites da ordem pública, de respeito aos demais, da moralidade pública, etc.

4) Pode referir-se à pessoa individualmente, e pode referir-se a grupos, associações, comunidades. E pode referir-se à Igreja em respeito ao Estado, quando a Igreja reivindica a própria liberdade religiosa; e pode referir-se ao Estado que deve conceder e tutelar a liberdade religiosa – tanto pluralista, quer dizer, em igual forma e medida para toda religião, quanto preferencial, para a religião própria do povo em seu conjunto, da nação (história, consciência popular, etc.).

II – liberdade religiosa

1) Pode ser estudada nas manifestações históricas, tanto do Antigo Testamento e dos diversos povos quanto na vida e nos documentos da Igreja; e deve ser estudada nos pensamentos de Cristo, no Evangelho e no [Novo?] Testamento em geral, tanto sob o aspecto “nemo cogatur” (cfr. por exemplo a parábola do trigo e do joio, ou ainda Lc. 9, 55: nescitis cuius spiritus estis, ou ainda Jo. 18, 11: mitte gladium tuum in vaginam) quanto sob o aspecto do “nemo impediatur”, referido à liberdade de pregar e testemunhar a verdade religiosa (cfr. os mártires).

2) Pode ser estudada todavia:

– como liberdade do ato de fé, na pessoa individual; aspecto fundamental que reconduz a consideração ao direito da consciência individual.
– como liberdade da autoridade da Igreja, de exercer Sua missão e de governar-Se segundo Suas próprias leis em Sua deontologia interior.

3) Não se deve confundir com a indiferença, o agnosticismo, a indeterminação, etc., quer dizer, com uma liberdade negativa. Deve estabelecer-se, ao contrário, sobre

– o dever da busca à verdade;
– o dever da fidelidade à verdade;
– o dever do ensino da verdade;
– o dever da profissão e da defesa da verdade religiosa, que é objetivamente uma só e que em sua plenitude é a da Revelação Cristã, guardada e ensinada pela Santa Igreja Católica.

E sobre seu aspecto prático: vantagens e méritos.

Fonte: http://blog.ilgiornale.it/tornielli/2011/02/20/liberta-religiosa-lermeneutica-di-paolo-vi/

É comum vermos, especialmente entre o ateísmo militante, a afirmação de que quanto mais educação uma pessoa recebe, menos senso religioso ela tem. Já faz muito tempo, vimos uma pesquisa com egressos de universidade, mostrando que o ensino superior não chegava a causar tanto estrago na fé dos jovens.

Ontem, Barry Kosmin, do Trinity College, no estado norte-americano do Connecticut, divulgou outros dados, desta vez

Fonte em inglês, aqui.

A conclusão foi de que a elite intelectual americana não é assim tão diferente de seu compatriota médio.

É verdade que o número de “nones” (ateus, agnósticos, seculares e outros tipos de não crentes) subiu entre os pós-graduados no período de 1990 a 2008, mas ainda assim teve um crescimento menor (de 11% para 17%) que entre a população em geral (de 8% para 15%). A proporção de católicos permaneceu estável entre os pós-graduados; os “nones” ganharam espaço especialmente entre os protestantes. Mas o “ganho” dos não crentes termina aí; vejamos:

• A proporção de pessoas que crê num Deus pessoal é maior entre os pós-graduados que entre os americanos em geral (73% contra 70%).

• Os pós-graduados também superam o americano médio na porcentagem de pessoas que passaram por cerimônias de iniciação religiosa (85% a 71%), tiveram casamento religioso (86% a 72%) e querem um funeral religioso (70% a 66%).

• E, por último mas não menos importante, entre as pessoas que aceitam a teoria da evolução proposta por Darwin, a porcentagem de pós-graduados que participa de cerimônias religiosas pelo menos uma vez por semana é maior que entre a população em geral (28% a 18%).

Fonte: Tubo de ensaio

O número global de muçulmanos deve aumentar cerca de 35% nos próximos 20 anos, passando dos atuais 1,6 bilhões para 2,2 bilhões até 2030. As projeções são do instituto de pesquisas norte-americano Pew Research Center.

Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira 27 de janeiro, no mesmo período, a população muçulmana no mundo deverá crescer cerca de duas vezes mais que a das outras religiões, atingindo uma taxa média de crescimento anual de 1,5%, em comparação com 0,7% para os não-muçulmanos. Segundo o instituto, se as tendências atuais continuarem, os muçulmanos serão 26,4% da população mundial projetada de 8,3 bilhões em 2030.

Em 2010, são 23,4% de 6,9 bilhões. No entanto, esse crescimento é menor do que o que aconteceu nos últimos 20 anos: de 1990 a 2010, a taxa de crescimento do número de muçulmanos no mundo foi de 2,2%.

Outros números da pesquisa revelam que, no continente americano, a projeção é de haver um aumento do número de religiosos islâmicos dos atuais 5,2 milhões para aproximadamente 11 milhões daqui a 20 anos.

No Brasil, o aumento é moderado, de 204 para 227 mil, cerca de 0,1 % da população. O país está entre o grupo de 105 países do mundo com menos de 1% da população professando a fé islâmica. No outro extremo, há 32 países em que mais de 90% da população é muçulmana. Em 2030, serão 33. Na lista, Marrocos lidera com 99,9%, seguido de perto por Afeganistão e Tunísia, com 99,8%. Territórios Palestinos tem 97,5% de seus moradores desta religião.

O estudo é parte do projeto The Pew-Templeton Global Religious Futures (o futuro das religiões globais) que analisa as transformações por que passam as religiões e o impacto destas mudanças sobre as sociedades ao redor do mundo. A metodologia utilizada inclui técnicas de ciências sociais como pesquisas de opinião, análises demográficas e políticas.

Veja relatório (Inglês)  http://pewforum.org/Global-Muslim-Population.aspx

Em 2010, os cinco nomes mais comuns de meninas foram Júlia, Sophia, Isabella, Maria Eduarda e Giovanna. Entre os meninos, o pódio foi de Gabriel, Davi, Miguel, Arthur e Matheus.

Segundo o Babycenter, site que realizou a pesquisa baseado no cadastro de mais de 43 mil nomes de bebês, é possível ver os reflexos de alguns eventos marcantes do ano no ranking.

As eleições, por exemplo: Gabriel é o nome do neto da presidente eleita Dilma Rousseff, nascido na reta final da campanha. Marina, nome da candidata do Partido Verde, teve um crescimento de sete posições em relação ao ano passado, e ficou em 33º lugar.

Filhos de celebridades, a Copa e a novela “Viver a Vida” também tiveram efeito sobre o ranking de nomes. Benício (nome do filho de Angélica e Luciano Huck), Benjamin (nome do filho de Gisele Bündchen e Tom Brady) e Kyara (nome da filha de Joana Prado) subiram na lista. Rafaela, Miguel, Felipe e Bruno – todos nomes de personagens da novela – subiram e ficaram entre os 10 mais.

Júlio César, nome do goleiro da seleção brasileira, disparou e subiu 14 posições. O site registrou o cadastro de dois bebês Sneijder (atacante holandês que marcou os gols que eliminaram o Brasil da Copa) e um Lionel Messi.

A religião também é um fator de influência na escolha do nome dos filhos. Segundo a pesquisa do site, um a cada quatro bebês nascidos no Brasil ganha um nome ligado religioso – seja do Antigo Testamento, de anjos, santos ou líderes. Entres os evangélicos, a taxa de nomes religiosos sobe para 40%. Emanuel, Isaac, Esther e Rebeca são alguns deles.

Outra tendência notada pelos organizadores da pesquisa foi a grafia internacional, não recomendada por especialistas. Sophia bateu Sofia, Sarah foi mais popular do que Sara, Stella superou Estela e Arthur teve mais ocorrências que Artur. E, apesar da presença do galã Cauã Reymond na atual novela das nove, “Passione”, a grafia Kauã superou a do nome do ator.

Fonte: IG

Canção Nova

Montagem sobre fotos / Arquivo e EcclesiaEm sentido horário: Cardeal Tarcisio Bertone, Dom Mario Toso e alguns dos últimos Papas

“A pessoa humana tem direito à liberdade religiosa”. A afirmação faz parte da Declaração Dignitatis Humanae sobre a liberdade religiosa, um dos documentos fruto do Concílio Vaticano II, promulgada ainda em 1965 pelo Papa Paulo VI.

Já se passaram mais de 45 anos desde o surgimento desse texto. No entanto, a recente intensificação dos casos de perseguição e restrição da liberdade de crer e expressar a própria fé, especialmente contra os cristãos, é prova contundente de que ainda há muito trabalho pela frente para que a liberdade religiosa seja um direito amplamente assegurado no mundo.

“É doloroso constatar que, em algumas regiões do mundo, não é possível professar e exprimir livremente a própria religião sem pôr em risco a vida e a liberdade pessoal. […] Não se pode aceitar nada disto, porque constitui uma ofensa a Deus e à dignidade humana”, expressou Bento XVI em sua recente Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2011, com o tema Liberdade religiosa, caminho para a paz.

Há diversos documentos do Magistério, declarações dos últimos Papas e indicações de relevantes figuras da Igreja que tratam do tema. O Papa João Paulo II afirmou que “o respeito por todas as expressões da liberdade religiosa é considerado como um modo muito eficaz de garantir a segurança e a estabilidade no seio da Família dos Povos e das Nações no século XXI”.

Já o atual secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, discursou em um Congresso sobre o assunto, realizado em outubro de 2007, e indicou: “Desejo ressaltar como a liberdade religiosa não é apenas umdos direitos humanos fundamentais; muito mais, entre esses direitos, ela é preeminente. […] Onde floresce a liberdade religiosa, germinam e desenvolvem-se também todos os outros direitos; quando está em perigo, vacilam também eles”.

De acordo com o secretário do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Dom Mario Toso, o fanatismo, o fundamentalismo e o laicismo apresentam-se como os principais inimigos da liberdade religiosa, que sempre implica a busca livre pela verdade.

“Se o direito à liberdade religiosa é mal-entendido, a consequência inevitável é a distorção do estatuto moral e jurídico do ser humano. É colocado em risco o respeito pelo outro, seja indivíduo ou povo. Desencadeia-se assim um processo de conflito social constante, que leva à ascensão dos focos de guerra”, assinala.

Declaração Dignitatis Humanae

A declaração do Vaticano II expressa que a liberdade religiosa consiste em que “todos os homens devem estar livres de coação, quer por parte dos indivíduos, quer dos grupos sociais ou qualquer autoridade humana; e de tal modo que, em matéria religiosa, ninguém seja forçado a agir contra a própria consciência, nem impedido de proceder segundo a mesma, em privado e em público, só ou associado com outros, dentro dos devidos limites”.

O texto explica ainda que esse direito não pertence à esfera subjetiva, mas sim à própria natureza humana. Em matéria religiosa, a procura do homem pela verdade precisa acontecer “por meio de uma busca livre. […] Não deve, portanto, ser forçado a agir contra a própria consciência. Nem deve também ser impedido de atuar segundo ela”.

A declaração ainda defende a liberdade das comunidades religiosas, da família, a necessidade de o poder civil tutelar e promover esse direito, bem como que ele serve para que os homens desempenhem com responsabilidade seus deveres na vida social.

Compêndio da Doutrina Social da Igreja (DSI), lançado em 2004, é um dos textos oficiais mais recentes que pode ajudar a esclarecer melhor a posição da Igreja sobre o assunto.

O Compêndio destaca que o Vaticano II comprometeu ainda mais claramente a Igreja na promoção da liberdade religiosa, bem como que ela não deve ser obstaculizada.

“A dignidade da pessoa e a mesma natureza da busca de Deus exigem que todos os homens gozem de imunidade de toda coação no campo religioso. A sociedade e o Estado não devem forçar uma pessoa a agir contra a sua consciência, nem impedi-la de proceder de acordo com ela”, explica o texto.

No entanto, mesmo que a liberdade religiosa seja um direito que deva ser reconhecido pelo ordenamento jurídico e sancionado como direito civil, não é ilimitado. A Igreja prega que esses justos limites devem ser determinados “para cada situação social com a prudência política, segundo as exigências do bem comum, e ratificados pela autoridade civil mediante normas jurídicas conformes à ordem moral objetiva”.

A esse propósito, a DSI salienta que determinada comunidade religiosa pode receber especial reconhecimento por parte do Estado, considerando os vínculos históricos e culturais com uma nação, mas que isso “não deve, de modo algum, gerar uma discriminação de ordem civil ou social para outros grupos religiosos”.

O Compêndio também lembra que o respeito pela liberdade religiosa exige que a comunidade política garanta à Igreja o espaço de ação necessário, embora ela não tenha um campo de competência específico na estrutura política.

“O reconhecimento efetivo do direito à liberdade de consciência e à liberdade religiosa é um dos bens mais altos e dos deveres mais graves de cada povo que queira verdadeiramente assegurar o bem da pessoa e da sociedade”, indica.

Bento XVI

Na Mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano, Bento XVI fez importantes apontamentos sobre as principais características e frentes de ação no que diz respeito à liberdade religiosa:

– O direito à liberdade religiosa está radicado na própria dignidade da pessoa humana;

– A liberdade religiosa está na origem da liberdade moral;

– A liberdade religiosa é uma aquisição de civilização política e jurídica;

– A liberdade religiosa não é patrimônio exclusivo dos crentes, mas da família inteira dos povos da terra;

– Embora movendo-se a partir da esfera pessoal, a liberdade religiosa – como qualquer outra liberdade – realiza-se na relação com os outros. Uma liberdade sem relação não é liberdade perfeita;

– A instrumentalização da liberdade religiosa para mascarar interesses ocultos, como, por exemplo, a subversão da ordem constituída, a apropriação de recursos ou a manutenção do poder por parte de um grupo, pode provocar danos enormes às sociedades;

– o fundamentalismo religioso e o laicismo são formas reverberadas e extremas de rejeição do legítimo pluralismo e do princípio de laicidade;

– um diálogo sadio entre as instituições civis e as religiosas é fundamental para o desenvolvimento integral da pessoa humana e da harmonia da sociedade.

Uma pesquisa do instituto Gallup revelou que 84% dos adultos do mundo ainda vêem a religião como uma parte importante de suas vidas – algo que não mudou ao longo dos últimos quatro anos.

A pesquisa, realizada em 114 países em 2009, mostrou que em 10 países – incluindo Bangladesh, Níger, Iêmen e Indonésia – ao menos 98% das pessoas dizem que a religião é importante em sua rotina.

Todos os países mais religiosos são relativamente pobres, com PIB per capita de menos de US$ 5 mil. Em comparação, em países com PIB per capita mais alto, apenas cerca de 47% da população dizem que a religião é importante.
Os países menos religiosos incluem Estônia (16%), Suécia (17%) e Dinamarca (19%

Fonte: Diário da saúde

A correlação positiva entre a religiosidade e satisfação geral com a vida é bem conhecida dos pesquisadores há muito tempo.

Procurando conhecer mais a fundo esse fenômeno, cientistas agora afirmam que há um “ingrediente secreto” na religião que torna as pessoas mais felizes.

“Nosso estudo fornece indícios de que são os aspectos sociais da religião, em vez da teologia ou da espiritualidade, que conduz à satisfação com a vida,” afirma Chaeyoon Lim, sociólogo da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos.

“Em particular, nós descobrimos que as amizades construídas nas congregações religiosas são o ingrediente secreto da religião que faz as pessoas felizes,” propõe o pesquisador.

Felicidade na religião

Segundo o estudo, 33 por cento das pessoas que frequentam templos e igrejas semanalmente e que têm entre 3 e 5 amigos íntimos em sua igreja relatam ser “extremamente satisfeitos” com as suas vidas.

“Extremamente satisfeito” é definido como um 10 em uma escala que varia de 1 a 10.

Em comparação, apenas 19 por cento das pessoas que frequentam serviços religiosos semanalmente, mas que não têm amigos íntimos em sua igreja relatam estar extremamente satisfeitos com a vida.

Por outro lado, 23 por cento das pessoas que frequentam serviços religiosos apenas algumas vezes por ano, mas que têm entre 3 e 5 amigos íntimos em sua congregação são extremamente satisfeitos com suas vidas.

Finalmente, 19 por cento das pessoas que nunca frequentam serviços religiosos e, portanto, não têm amigos ligados à igreja, afirmam que estão extremamente satisfeitos com suas vidas.

“Para mim, as evidências confirmam que não é realmente ir à igreja e ouvir sermões ou rezar o que torna as pessoas mais felizes, mas fazer amigos com base na igreja e construir redes sociais íntimas lá”, disse Lopes.

Tradições

Lopes e seu colega Robert Putnam usaram dados de uma pesquisa nacional sobre religião realizada nos Estados Unidos em 2006 e 2007.

Os resultados do estudo são aplicáveis às três principais tradições cristãs – católicos, protestantes das igrejas reformadas e evangélicos.

“Nós também encontramos padrões semelhantes entre os judeus e os mórmons, mesmo com um tamanho de amostra muito menor”, disse Lopes, ressaltando que não havia muçulmanos ou budistas suficientes no conjunto de dados para testar o modelo para esses grupos.

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Minha experiência pessoal coloca a teologia e a espiritualidade no mesmo nível da satisfação social.

Essa música fez um imenso sucesso na década de 70 e MUITA gente a conhece… Agora, o que MUITA gente não conhece é a letra da música e PARA QUEM o famoso Beatle canta.

Acompanhe até o fim e veja como nem sempre os cristãos são “exagerados” quando percebem realidades que os leigos da fé não sabem e de que nem tudo é tão singelo, romântico e puro como querem nos fazer crer.

Ele cita, cantando o mantra dos  Hare Krishna e alternando com a expressão cristã Aleluia (que significa louvai a Yahweh) várias divindades Hindus

Se preferir, deixe carregando e vá direto para o final do vídeo.


Jornal Zero hora

Maurício Palazzuoli foi mórmon até perto dos 30 anos. Alfredo Spínola mastigava a hóstia das missas matinais, no colégio interno católico, para investigar a verdade. Daniel Sottomaior é descrente de nascença. Se acreditassem em alma, os três seriam a da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), entidade fundada por eles em 2008 e que alcançou 1,74 mil membros na semana passada.

Duzentos e noventa desses sócios, o equivalente a 17% do total, foram amealhados em apenas seis dias, como consequência de uma polêmica que colocou a Atea em evidência nos jornais e na internet.

O motivo da controvérsia foi o veto, em São Paulo, Salvador (BA) e Porto Alegre, de uma campanha concebida pela entidade para combater o preconceito contra os ateus. O episódio deixou o trio ainda mais convencido de que a sociedade brasileira não aceita sequer conceder a palavra a quem não crê na existência de deuses.

– O preconceito é tão grande que não conseguimos sequer lançar uma simples campanha. No Brasil, o ateu é associado a tudo de horrível. É visto como criminoso, alguém que acredita em demônios, que quer a morte de todos. Mas o ateu é apenas alguém que não acredita em mitos – diz Palazzuoli, um biólogo de 40 anos que responde pela tesouraria da Atea.

O fato novo é que, no Brasil e em várias partes do mundo, os ateus não estão mais dispostos a ficar calados. Favorecidos pela internet, que os colocou em contato por meio de comunidades de discussão, os descrentes se articularam e começaram a lançar campanhas para enfrentar o preconceito e expor seu ponto de vista. Também saíram à rua para protestar, como durante a recente visita papal à Espanha. A onda ateísta contou ainda com uma série de best-sellers publicados por intelectuais importantes, como o evolucionista Richard Dawkins (Deus – Um Delírio) e o jornalista Christopher Hitches (Deus Não é Grande).

O Brasil seguiu na mesma onda, e a Atea é uma das manifestações do fenômeno. Sua campanha publicitária segue o modelo já adotado em países europeus e nos Estados Unidos. Na capital gaúcha, os anúncios deveriam estampar a traseira de 10 ônibus durante um mês. Na última hora, a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) barrou as peças, justificando que a legislação municipal proíbe manifestações religiosas (na verdade, são vetadas peças que estimulem a discriminação religiosa).

O presidente da entidade, o engenheiro civil Daniel Sottomaior, 39 anos, anunciou que vai acionar judicialmente a ATP.

Sottomaior é o rosto do ateísmo no Brasil há cerca de uma década. Curitibano radicado em São Paulo, ele se tornou conhecido por comparecer a programas de TV e rádio para defender o ponto de vista dos céticos. A militância rendeu-lhe ataques dos crentes na internet e ameaças de morte por e-mail e telefone. Ele conta que o pai e a mãe transitaram por diferentes credos, mas nunca o introduziram à religião.

– Tive a imensa sorte de não ser doutrinado quando criança.



Dinheiro é investido em ações e campanhas

Casado com uma agnóstica, Sottomaior tem uma filha de seis anos, a quem faz questão de manter afastada da religião. Ao procurar uma escola para ela, peregrinou por estabelecimentos que se diziam laicos, mas que punham as crianças a rezar na hora das refeições. Só na terceira tentativa encontrou uma instituição que não oferecia a ideia de que deuses existem.

Foi por meio de comunidades de ateus na internet que Sottomaior conheceu o biólogo Palazzuoli e o advogado Spínola, o que levou à criação da Atea.

A entidade mantém um site (www.atea.org.br) bem fornido, com notícias, argumentos para ser ateu e um espaço para incentivar os descrentes a sair do armário. O dinheiro da entidade (25% dos sócios são contribuintes) é investido nos procedimentos legais contra quem ataca os ateus e em campanhas de esclarecimento.

– É muito mais representativo quando uma ação vem da associação do que quando chega de ateus isolados. O ateu é uma minoria e precisa se unir – diz Palazzuolo.

Ele é o único que acreditou em divindades. Batizado como mórmon, não faltava às celebrações dominicais no templo até os 30 anos. A crença desmoronou ao ter contato com a ciência: ingressou na faculdade de Biologia em 1998, foi exposto à teoria da evolução e converteu-se ao ateísmo.

O veterano é o advogado Spínola, 61 anos e passagem por várias escolas católicas na infância. Em uma delas, na qual era interno, os padres diziam que a hóstia era o corpo de Jesus e não deveria ser mastigada, ou verteria sangue. Spínola passou a mordê-la todos os dias. Não saiu sangue nenhum.

– Percebi tantas mentiras que comecei a desconfiar de tudo – diz.

Luiz Jacobs/PML

Capela da UEL não pode ser utilizada para missas ou cultos
A missa em ação de graças celebrada há dez anos no campus da Universidade Estadual de Londrina (UEL), este ano, terá de ser realizada em outro local.

Recomendações da Procuradoria da República impedem que a universidade permita o uso da estrutura ou dos instrumentos da instituição para fins religiosos. A capela ecumênica construída no campus, por exemplo, tem mero efeito decorativo.

“O Estado é laico e não deve professar nenhum tipo de religião, mas a Constituição garante a expressão do sentimento religioso. A manifestação não é proibida, mas não se pode utilizar a estrutura e os instrumentos da universidade para esses fins”, disse a procuradora jurídica da instituição Marinete Violin. Sobre a capela, ela disse que o templo “pode ser utilizado, mas sem vinculação a qualquer crença”.

O procurador da República João Akira Omoto instaurou procedimento administrativo no final do ano passado, depois de receber denúncia de uso da instituição para fins católicos. Segundo a procuradora, a pastoral universitária publicava informativos no boletim Notícia e enviava comunicados pelo mailing da UEL. 

O arcebispo emérito de Londrina, Dom Albano Cavallin, que celebrava as missas no campos, hoje vai realizar a cerimônia na Capela Nossa Senhora Esperança, no Jardim Champanhat, às 18 horas. Para ele, não se busca o estado laico, mas o estado ateu.

“Na missa, eu vou tocar neste assunto: o que é estado secular, o que é estado laico e o que é estado ateu”, disse. “(Essa proibição) não tem um fundamento jurídico consistente”. Ele também admitiu que houve uma falha de um grupo que usou papel timbrado da UEL para divulgar eventos religiosos.

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Alguém poderia explicar como é que uma capela “ecumênica” ” não pode ser usada por nenhuma crença ?

Se existe erro seria na exclusividade católica, mas privá-la de também usar o espaço é uma contradição.

Para que então serve essa “capela” se não for para ser usada por TODAS as expressões religiosas, INCLUSIVE A CATÓLICA?

Fonte: ACI

Peritos brasileiros advertiram recentemente que a “campanha dos ônibus ateus” seria desmoralizante para a fé e contrária à constituição, além de assinalar que não existe descriminação aos ateus no Brasil.

A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) pretendeu lançar a iniciativa, na qual se colocaria nos veículos públicos frases como: “A fé não dá respostas. Só impede perguntas” ou “Somos todos ateus com os deuses dos outros”, além de imagens ofensivas à fé em Deus.

A iniciativa era parte da campanha “Diga não ao preconceito contra ateus”. A propaganda não chegou a ser realizada porque as empresas de mídia acabaram desistindo alegando impedimentos da legislação.
Segundo a informação fornecida pelo portal Canção Nova Notícias, as peças publicitárias contêm insinuações polêmicas e preconceituosas que são inconstitucionais, de acordo com o renomado jurista Ives Gandra Martins. Segundo ele, o inciso 4º do artigo 3º da Constituição – que proíbe qualquer tipo de discriminação – seria ferido por essa iniciativa que teria lugar nas cidades de Salvador, Porto Alegre e São Paulo.

“Não pode ser permitida e, se for, deve ser retirada, pois é inconstitucional. Além do mais, não busca fazer qualquer tipo de defesa do ateísmo ou agnosticismo, mas agredir abertamente os valores religiosos, desmoralizando e descaracterizando a fé como caminho de valores”, afirma Granda.

De acordo com a Atea, a campanha seria “mais um passo dado pela entidade para o reconhecimento dos descrentes na sociedade como cidadãos plenos e dignos”, conforme indica em seu website.

Segundo o Prof. Felipe Aquino, apresentador e blogger da Canção Nova, “a mensagem da campanha que traz Hitler como crente e Charles Chapin como ateu, e dizendo que “religião não imprime caráter”, não é verdadeira. A fé católica imprime caráter. Hitler estava a anos luz de distância de ser cristão como querem alguns. O nazismo matou cerca de 2000 padres. O ditador nazista queria assassinar o papa Pio XII. Portanto, usar Hitler como exemplo de “crente” não é coerente. Por outro lado Stalin, Lenin, e outros comunistas russos ateus condenaram cerca de cem milhões à morte. A fé católica imprime caráter, seriedade, honradez, honestidade, pureza e santidade, mesmo que nem todos os católicos dêem prova disso”.

“Por isso, e por outras coisas, nos parece vazia a argumentação da campanha. Além do mais, Deus não é um mito, e nem um “delírio” como quer o Dr. Richard Dawkins. O Natal não é um mito. Deus é uma realidade. Sem Ele não existiria o universo e cada um de nós. O ateísmo jamais poderá explicar isso. O senhor “Acaso” não existe. Tudo o que existe fora do nada é parte de um plano”, sustentou o Prof. Aquino.

Para o Arcebispo de São Paulo (SP), Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer – cidade originalmente incluída no projeto –, é sempre necessário ressaltar o respeito pelo outro, sem agressões.
“Não existe situação de discriminação e perseguição contra esse grupo na sociedade. Parece-me que se está buscando criar um problema que objetivamente não existe, importando idéias de outros lugares”, disse o cardeal em declaração reunidas pelo Canção Nova Notícias.

Pe. John Flynn, LC

A liberdade religiosa é um direito humano, diz o Departamento de Estado norte-americano em seu Relatório Internacional sobre Liberdade Religiosa 2010, que abrange o curso que terminou em 30 de junho.

“O direito de acreditar ou não acreditar, sem medo de intervenção ou restrição de qualquer governo, é um direito humano básico”, observou o relatório, que foi divulgado em 17 de novembro. É uma agenda global, contida na Declaração Universal dos Direitos Humanos, acrescentou. Como tal, “fornece uma base essencial para uma sociedade baseada na dignidade humana, numa sociedade civil robusta e numa democracia sustentável”.

O relatório propõe um quadro de análise em que descreve as principais situações nas quais a liberdade religiosa não é respeitada.

1) Governos autoritários. Esta situação é na que mais abusos foram cometidos, disse o relatório. Nesses países, os governos estão se esforçando para controlar completamente todo pensamento e expressão religiosos e consideram alguns grupos religiosos como inimigos do Estado, ao fornecer um conjunto alternativo de crenças que desafiam a ideologia dominante.

2) Hostilidade com relação aos grupos religiosos não-tradicionais e minoritários. Embora não seja uma tentativa de exercer um controle completo, há graves abusos quando os governos intimidam e assediam as comunidades religiosas e não fazem nada frente a atos de intolerância contra elas. Este é um problema real quando um governo é formado por um grupo étnico ou religioso majoritário, que reprime as minorias.

3) Incapacidade para lidar com a intolerância social. Alguns Estados não conseguem resolver a intolerância contra certos grupos religiosos. Embora possa haver leis que garantem a liberdade religiosa, isso não é suficiente.

4) Discriminação institucionalizada. Às vezes, o governo restringe a liberdade religiosa aprovando leis discriminatórias ou promovendo ativamente uma religião ao invés de outra. Isso pode discriminar comunidades religiosas novas ou historicamente reprimidas.

5) Ilegitimidade. Alguns governos discriminam grupos específicos, alegando que eles são ilegítimos ou perigosos para os indivíduos ou para a ordem social. Nesta situação, tais grupos são descritos como “cultos” ou “seitas”.

Preocupação mundial

A falta de liberdade vai além de uma preocupação por alguns Estados em particular. O relatório observou que, nos últimos anos, alguns países com populações muçulmanas têm procurado promover, em organismos internacionais, como a ONU, o conceito de “difamação de religiões”.

O Departamento de Estado assinalou que, embora não se deva tolerar a falta de respeito pelas crenças religiosas, essas iniciativas podem ser usadas para prejudicar a liberdade de religião e de expressão. Em vez de tentar proibir a expressão, os governos fariam algo melhor desenvolvendo procedimentos que enfrentem a discriminação, recomendou o relatório.

Outra questão internacional é a tendência crescente de tentar que as pessoas retornem ao seu país de origem pela força, onde é provável que sofram perseguições por suas atividades religiosas. O relatório indicou a China neste tipo de abuso, por tentar forçar o regresso de muçulmanos uigures e de budistas tibetanos de outros países.

A maior parte do relatório é dedicada a uma análise de cada país sobre o estado da liberdade religiosa. Continuando com a China, o Departamento de Estado comentou que há tolerância de cinco denominações religiosas – budistas, taoístas, muçulmanos, católicos e protestantes – e isso é limitado às associações patrióticas dessas religiões autorizadas pelo Estado.

Nos 12 meses abrangidos pelo relatório, houve alguns aspectos positivos. O Departamento de Estado assinalou que as autoridades permitiram que o trabalho social das organizações religiosas registradas, assim como de alguns grupos religiosos estrangeiros. Houve também uma melhora na cobertura da mídia oficial sobre as questões da liberdade religiosa e ao estatuto das igrejas não registradas.

No entanto, funcionários do governo continuaram controlando e, em alguns casos, assediando certos grupos religiosos e espirituais, tanto registrados como não registrados, segundo o relatório. Além disso, apesar dos desmentidos oficiais de que ninguém foi preso ou detido somente por causa de sua religião, o governo tem detido ou condenado alguns líderes religiosos e seus seguidores.

Paquistão

As notícias não são tão boas com relação ao Paquistão. O país recentemente ocupou manchetes devido à preocupação com o destino da Asia Bibi, uma mulher condenada à morte por supostamente blasfemar contra Maomé. Até o Papa Bento XVI se referiu publicamente à sua situação. Há alguns dias, ela foi perdoada pelo presidente do Paquistão.

O Departamento de Estado observou que, enquanto no ano passado o governo tomou medidas para melhorar a situação das minorias religiosas, ainda existem alguns problemas. No ano passado, aumentou o número e a gravidade dos casos notáveis de intolerância religiosa. Isso tem sido trabalho não só dos indivíduos, mas também dos funcionários e forças de segurança que aplicaram as leis, que abusaram das pessoas detidas ou não conseguiram evitar ou suspender os abusos. Por exemplo, em 16 de setembro de 2009, um jovem cristão, Robert Fanish, que foi acusado de blasfêmia, morreu enquanto estava detido pela polícia.

As leis que proíbem a blasfêmia continuaram sendo usadas contra os cristãos e membros de outros grupos religiosos, segundo o relatório. Este é um problema agravado pelo fato de que os tribunais inferiores muitas vezes requerem evidências adequadas em casos de blasfêmia. Como resultado, alguns têm acusado e condenado pessoas a passar anos na prisão antes de, eventualmente, os tribunais superiores anularem as condenações; 1.032 pessoas foram processadas por blasfêmia entre 1987 e 2009.

O Egito é outro país problemático, destacado no relatório. Continua sendo escasso o respeito à liberdade religiosa, sem melhoras em relação ao ano anterior. Além da discriminação e assédio por parte das autoridades, o governo não foi capaz de processar os culpados de violência contra os cristãos coptos. Esta inação resultou em um “clima de impunidade”, quando se trata de crimes contra os coptos, expôs o relatório. Há também longos atrasos, inclusive de muitos anos, para a obtenção de autorizações para restaurar ou ampliar igrejas existentes.

Aqueles que se convertem do islamismo ao cristianismo continuam enfrentando problemas na obtenção de novos documentos, como a carteira de identidade e permissões para se casar. O governo também discrimina os cristãos na hora de conseguir um emprego no setor público.

Pouco respeito

A Coreia do Norte, que atualmente atrai muita atenção por sua agressão militar, não demonstrou qualquer melhoria no seu “respeito extremamente pobre pela liberdade religiosa”, indicou o relatório. Alguns visitantes comentaram que os serviços religiosos em igrejas aprovadas pelo Estado pareciam ser feitos e usados para dar sustentação política ao regime.

Em maio deste ano, 23 cristãos foram presos por pertencerem à Igreja clandestina na Kuwol-dong, no sul da província de Pyongan. De acordo com relatos, três foram executados e os outros foram enviados para um campo de prisioneiros políticos.

No Vietnã, o relatório apontou algumas melhorias e observou que o presidente Nguyen Minh Triet se reuniu com o Papa Bento XVI no Vaticano. No entanto, de acordo com o Departamento de Estado, continua havendo problemas sérios.

No ano passado, houve casos ocasionais de assédio e de uso excessivo da força contra membros de grupos religiosos por funcionários do governo local. Outros problemas estão relacionados a atrasos na aprovação do registro de congregações protestantes e a persistente falta de autorização do governo para traduzir a Bíblia ao hmong, apesar da espera de cinco anos.

O relatório também comentou que não havia informações sobre o tratamento cruel aos prisioneiros acusados de provocar violência durante um protesto contra o fechamento de um cemitério na paróquia católica de Con Dau.

Outros países sem liberdade religiosa são mencionados no resumo do relatório. São: Irã, Iraque, Arábia Saudita, Birmânia, Cuba e Venezuela.

“Em muitos lugares, as pessoas se tornam objetivo devido às suas crenças religiosas e enfrentam a discriminação, intimidação e até mesmo ataques violentos”, disse no relatório de Michael H. Posner, secretário adjunto no Departamento para a Democracia, os Direitos Humanos e o Trabalho. Uma triste situação que continua em muitos países e que a mídia e o a opinião pública costumam ignorar.

Na última terça-feira (07), a presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel, afirmou que apresentará uma proposta para que todas as religiões tenham espaço na programação da TV Brasil e nas outras oito emissoras de rádio que compõem a rede pública.

A proposta de um programa para cada crença contrapõe a intenção primeira do Conselho Curador da EBC de excluir todos os programas de cunho religioso da programação de suas emissoras e produzir, em seu lugar, atrações com informações sobre o tema.
“É uma questão ainda em debate, um debate muito caloroso. Há posições divergentes. Há quem diga que o Estado é laico, então não deve ter religião. Eu digo: mas a TV não é do Estado, a TV é pública, então, ela é da sociedade, a sociedade é diversa.
Na minha opinião, todas as religiões devem ter expressão na TV pública. Na próxima reunião quando o conselho for retomar o debate, a TV Brasil vai apresentar uma proposta de ampliar o papel das religiões,” disse Tereza, segundo informa o portal Terra.
No mesmo dia da declaração de sua presidente, o Conselho Curador da EBC decidiu postergar para fevereiro de 2011 a decisão sobre os programas religiosos.

“Hoje nós só temos de fato, programas católicos e evangélicos (…) Acho que é mais condizente ter a pluralidade do que proibir tudo”, disse Tereza. “Acho que isso foi uma demonstração de maturidade do conselho de não tomar uma decisão que não unifica. Quando as opiniões estão divididas é sinal de que é preciso conversar mais”.
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