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Papa Francisco convocou os bispos da Venezuela para uma reunião urgente no Vaticano. A definição da data deverá acontecer nas próximas horas. Enquanto isso, a crise se aprofunda nas ruas de Caracas e em outras cidades.

Em Roma, ninguém confirmou a data, mas os bispos da Venezuela já estão prontos para o encontro que deverá acontecer com urgência, dado o particular interesse do Papa Francisco na busca de soluções para a grave crise que atravessa este país sul-americano. Enquanto prosseguem as manifestações e aumenta a lista de mortos – em sua grande maioria jovens – em mais de 70 dias de protestos contra o presidente Nicolás Maduro, a Santa Sé intensifica seu trabalho em todos os flancos.

Os detalhes da data estão sendo analisados, mas a reunião deve acontecer, segundo revelaram ao Vatican Insider fontes do episcopado venezuelano. Ao mesmo tempo, o novo encontro entre uma comissão da conferência episcopal e funcionários do governo de Maduro, após a primeira reunião mantida dias atrás, é mantido em sigilo.

Desde jornadas de oração com exposição do Santíssimo e assembleias extraordinárias no pleno dos bispos, até diligentes e inéditas ações diplomáticas, mantêm a Igreja ocupada em todos os níveis. Somente nos últimos 15 dias foram recebidos no Vaticano – para falar sobre o caso venezuelano – dirigentes políticos da oposição e alguns cardeais, embora alguns mantenham comunicação através de diferentes meios com a Secretaria de Estado.

Sobre essas reuniões, a Santa Sé não informou oficialmente nem divulgou fotografias. Soube-se delas apenas através das pessoas diretamente interessadas. No dia 31 de maio, Julio Borges, presidente da Assembleia Nacional, e Stalin González, chefe da Fração Parlamentar da Unidade Democrática tiveram um encontro com o secretário de Estado vaticano, Pietro Parolin.

Segundo indicou González no seu perfil do Twitter, a Santa Sé “tem conhecimento de que os protestos no país são organizados por um povo que busca respeito à Constituição”. “Nós confiamos e acreditamos que a Santa Sé quer uma imediata solução para a crise e para os sofrimentos vividos pelos venezuelanos”, acrescentou.

No último fim de semana, o núncio apostólico em Caracas, Aldo Giordano, reiterou a preocupação do Papa e garantiu que ele quer ajudar, o que deve ser um motivo de esperança para os venezuelanos. Disse que o serviço diplomático da Santa Sé é integrado por “operadores de paz” e ratificou a especial proximidade de Francisco, que “acredita profundamente nos milagres”.

Algo similar disse, por sua vez, o bispo Mario Moronta no sábado durante um ato eclesial em San Antonio del Táchira, região situada na fronteira com a Colômbia: “Assim como Pietro Parolin é um homem que não põe empecilhos, mas abre portas para construir pontes onde for necessário, assim é também Aldo Giordano na busca da paz para a Venezuela”.

“Converso com frequência com o núncio apostólico. Mantemos correspondência. E ele o faz também com o Papa Francisco, que está bem informado sobre o que estamos fazendo na Venezuela. Também conhece todas as dificuldades e a permanente ação da Igreja”, acrescentou. Ao confirmar que “o Papa convocou a Conferência Episcopal da Venezuela para uma reunião no Vaticano”, o também vice-presidente do episcopado assinalou que “vivemos momentos difíceis; mas queremos paz, convivência e fraternidade”.

Augurou que será uma ocasião “para atrair bênçãos para a Venezuela” e que se falará também sobre a situação da fronteira, onde diariamente atendem dezenas de milhares de pessoas que atravessam a ponte binacional para mitigar a crise.

Recentemente, o plenário dos bispos emitiu uma contundente exortação pastoral. Nela, reiteraram como “ilegal” e “inconveniente” a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro.

O comunicado ratificou o chamado ao cumprimento da Constituição e aderiu ao pedido de eleições como uma solução para a crise, após reiterar que a população venezuelana espera o cumprimento das condições aceitas, mas descumpridas: abertura de canal humanitário, eleições gerais, libertação de presos políticos e respeito à Assembleia Nacional.

Posteriormente, uma comissão da Conferência Episcopal presidida por seu presidente, Diego Padrón, recebeu uma equipe de alto nível do governo encabeçada pelo ministro e vice-presidente Elías Jaua, que prometeu levar o pedido pessoalmente a Maduro.

Embora se tenha anunciado a possibilidade de uma segunda reunião em circunstâncias diferentes, sem a presença das câmeras e dos “excessos de protocolo”, mantém-se sigilo a este respeito; assim como sobre a abertura ou não do canal humanitário através da Cáritas, ao que o governo ainda reage com resistências.

Neste contexto, as marchas continuam e aumenta a repressão à espera de um desenlace que freie a escalada de mortes nas ruas venezuelanas. Enquanto isso, a procuradora-geral da República, Luisa Ortega Díaz, ratificou sua posição contra a Constituinte, considerada pelos bispos como “desnecessária” e pelo Parlamento como um “golpe de Estado”, uma “evidência da ruptura da ordem constitucional na Venezuela”.

Vatican Insider

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O governo da Nicarágua, presidido por Daniel Ortega, demorou pelo menos 24 horas para responder, por meio do magistrado Francisco Rosales Argüello, presidente da Sala Constitucional da Suprema Corte da Justiça, ao comunicado da Conferência Episcopal da Nicarágua, no qual esta pede que as eleições gerais de novembro se realizem em um clima de transparência, competitividade e pluralismo ideológico. Os bispos também pediram que as eleições tivessem a participação de observadores nacionais e internacionais.

Em uma entrevista coletiva, o magistrado Rosales, acompanhado dos demais magistrados da Sala Constitucional atacou a cúpula empresarial, a Igreja e em especial o bispo auxiliar de Manágua, o carmelita descalço Silvio José Báez, a quem acusou de ser um “ativista político”.

Na semana passada, a Sala Constitucional esteve na mira da opinião pública do país devido a uma polêmica decisão do tribunal que despojou a oposição nicaraguense, aglutinada na denominada Coalizão Nacional pela Democracia(CND), da representação legal da cadeira 13, para entregá-la a um grupo político alheio.

Esta decisão foi criticada dentro do país pelo empresariado, por políticos de diferentes tendências ideológicas que integram a CND e por vários bispos, entre eles o cardeal Leopoldo Brenes, arcebispo de Manágua. Brenes disse ao jornal La Prensa de Manágua que a decisão da Suprema Corte de Justiça repercutiria negativamente nas eleições.

Em tom irado e chateado, Rosales acusou os bispos da Nicarágua de fazerem proselitismo político. O funcionário do Poder Judiciário da Nicarágua, após criticar a Igreja, demonstrou seus conhecimentos em história e direito para dizer que a Igreja não “unge” os governantes em um Estado moderno.

“Quando o Papa perde o poder temporal e surge o Estado moderno desaparece a concepção teológica do poder e o Papa deixa de ungir o governante. O Estado moderno e a República põem fim à monarquia e abrem passagem a uma sociedade moderna como a que vivemos. Não é Sua Santidade nem o cardeal nem ninguém que vai ungir os governantes de um país dentro do Estado moderno atual”, disse o magistrado Francisco Rosales entre gesticulações e irritação.

Rosales foi além e continuou fazendo comentários – em tom elevado – contra a Igreja, que acusou de ser a instituição “mais antidemocrática” do mundo. Também criticou o bispo auxiliar de Manágua, dom Silvio José Báez. “O que faz (monsenhor) Silvio Báez quando sai dando declarações sobre isto (a decisão do CSJ)? Faz atividade política. Mas não vou entrar em uma discussão com a Igreja. Mas se há alguém mais antidemocrático no mundo por excelência, é a Igreja católica”, disse o magistrado Rosales, visivelmente irritado.

Para muitos setores do país, as palavras virulentas do magistrado Francisco Rosales são a resposta do Executivo de Ortega, que, ao não poder reagir diretamente ao pronunciamento da Igreja, o fez por intermédio de seus operadores políticos assentados em outro poder do Estado.

Se o governo de Daniel Ortega (que completará 10 anos no poder em 2017) reagiu com irritação ao pronunciamento da Igreja a favor da democracia, outros setores e personalidades apoiaram a instituição e monsenhor Báez diante dos ataques do magistrado Francisco Rosales.

“Não vale a pena falar tanto de Deus e ignorar a sua Igreja. Clara posição da Conferência Episcopal; merece respeito e atenção”, disse pelo Twitter a escritora e poetisa Gioconda Belli.

“Francisco Rosales acusa os bispos de serem ativistas políticos. Isso não é problema. Que ele, sendo magistrado, o seja, isso sim é grave”, apontou nesse mesmo sentido a ex-guerrilheira sandinista Dora María Téllez, que agora faz parte da oposição a Ortega e é membro da CND.

O jornalista Luis Sánchez Sancho, colunista do jornal La Prensa, assinalou em um artigo que “Os bispos, como cristãos que são, estão acostumados a esses delírios do poder. Não vão, por isso, renunciar à sua missão pastoral de proclamar a verdade”.

Este acontecimento é o último dos conflitos entre a Igreja e o Governo de Ortega em 10 anos, entre outras razões, pelos excessos de Ortega no poder e o empenho da Conferência Episcopal da Nicarágua por manter-se firme na defesa da democracia, dos direitos humanos e da denúncia profética.

Fonte: Religión Digital

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O papa Francisco “segue com atenção” a situação na Venezuela e escreveu ao chefe de Estado Nicolas Maduro, disse  o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. Lombardi escusou-se a divulgar o conteúdo da carta de Francisco para Maduro, mas afirmou que o papa escreveu sobre “a situação do país”.

A Venezuela é já há algum tempo uma das preocupações do Vaticano e do papa, que se referiu ao país, em várias ocasiões, no passado. Lombardi lembrou uma das últimas intervenções de Jorge Bergoglio, no Domingo de Páscoa, antes da benção “Urbi et Orbi”, apelou ao diálogo na Venezuela perante “as difíceis condições em que vive a população”.

Francisco pediu a quem “tem nas mãos o destino do país” para “trabalhar a favor do bem comum, procurando espaços de diálogo e de colaboração entre todos”. O papa defendeu a “cultura do encontro, a justiça e o respeito recíproco” para “garantir o bem-estar espiritual e material” dos venezuelanos.

O Vaticano, que desempenhou um papel fundamental no restabelecimento das relações entre os governos dos Estados Unidos e Cuba, também quer contribuir para a paz na Venezuela, tal como afirmou em abril passado o núncio no país, monsenhor Aldo Giordano. “Estou aqui para comunicar ao país o afeto, a proximidade do papa Francisco, o papa é um protagonista da paz no mundo e estamos aqui para colaborar para a paz no nosso querido país (…) a nunciatura está aqui para contribuir para o bem do povo da Venezuela”, disse, na altura, Giordano, de acordo com um comunicado.

Fonte: Correio da Manhã

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O presidente Evo Morales, pouco antes de voltar para a Bolívia atacou os bispos de seu país. O presidente teve uma reunião na sexta-feira com o Papa Francisco, e participou na Pontifícia Academia das Ciências Sociais em um congresso de dois dias sobre a encíclica Centesimus Annus, publicada no centenário da Rerum Novarum.

A Agência Boliviana de Informação (ABI) escreve: “O presidente Evo Morales considerou no sábado que os líderes da Igreja Católica na Bolívia que não entendem a mensagem do Papa Francisco, de ficar ao lado dos pobres, deveriam criar o seu partido político pró-capitalista e ser oposição ao Governo do Movimento Al Socialismo”.

A notícia da ABI que destaca como o lugar da sua redação “Roma-La Paz” cita o presidente: “Em algumas missas alguns padres que dizem ‘que satanás está no Palácio’, então quem é o satanás, Evo”, manifestou ao lamentar que alguns líderes católicos assumiram uma postura de direita e de oposição ao Governo do movimento indígena campesino, trabalhadores e organizações sociais’”.

“No entanto, Morales, o primeiro presidente indígena da Bolívia, disse estar fortalecido pela mensagem do Papa Francisco de lutar contra a pobreza e a injustiça. O pontífice reuniu-se com ele na véspera e lhe disse: “Evo, sempre com o povo”, escreve a agência do governo.

A audiência papal, na qual Morales deu três livros sobre a coca ao Papa Francisco, foi considerada por muitos analistas como “fria” em relação às anteriores.

O atrito entre o governo Morales e a Igreja aumentou após os bispos do país andino publicarem, no dia 1 de Abril, um comunicado intitulado: “Igreja católica pede para abrir debate sobre tráfico de droga e toxicodependência que prejudica a sociedade boliviana”.

A Igreja da Bolívia manifestou assim a sua preocupação pela situação negativa que gera a produção de cocaína e o consumo da mesma no país, pede participar na redenção das pessoas que caíram na dependência e fazer com que as instituições fortaleçam o seu compromisso para enfrentar este problema.

“Ser produtor nos mostra como um dos principais elos da cadeia do tráfico de drogas. Ser país de trânsito fala muito mal da capacidade de interdição, até mesmo pode ser interpretado como cumplicidade de nossas instituições. Ser um país consumidor é causa de graves problemas relacionados com a violência, a corrupção e o abandono dos valores culturais”.

Poucos dias após a publicação do documento dos bispos, no 7 de abril, durante a sessão inaugural da 51ª Assembleia dos Bispos da Bolívia, o padre Christopher Washington, representante da Nunciatura Apostólica transmitiu uma mensagem de encorajamento: “Queridos e Exmos irmãos, o Papa nos disse que está seguro de que a Bolívia e a sua Igreja chegarão a tempo com o encontro com eles mesmo, com a história, com Deus”.

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O colégio Reina de la Paz, na localidade de Brunete, em Madri (Espanha), sofreu uma série de atos de vandalismo. Durante a madrugada do último sábado, 9, desconhecidos realizaram pichações ofensivas contra a fé.

A direção do colégio enviou um comunicado no qual assegura que atos como este “nos levam a pensar que hoje, mais do que nunca, vale a pena dedicar-se à causa de Cristo”.

“Denunciamos estes acontecimentos e, a partir de agora, trabalharemos ainda mais em impulsionar o colégio, pois vemos a necessidade de evitar que estes tipos de atos ocorram novamente e a melhor forma é promover a educação enraizada na Verdade, Jesus Cristo”, afirmam.

O Colégio Reina da Paz “promove a educação em virtudes, virtudes que orientam nossa personalidade e nossos atos para o bem” e indicam que “esse é o fim da pessoa: fazer sempre o bem, apesar das circunstâncias”.

Também agradeceram o apoio do prefeito da cidade de Brunete, Borja Gutiérrez Iglesias, o primeiro a denunciar publicamente os fatos nas redes sociais, e um grande número de vizinhos que manifestaram seu apoio e afeto.

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O Partido espanhol ‘Podemos’ pediu à Justiça de Aragão para cancelar o registro por parte da Igreja Católica da propriedade da antiga Catedral de Jaca, construída entre 1077 e 1139 e uma pérola da arquitetura românica.

O bispo da cidade regularizou a posse da Catedral em junho passado, com base em uma lei adotada em 1998 pelo governo espanhol de centro-direita do então Premier José Maria Aznar. “Podemos”, que apoiou a eleição do novo governo regional socialista de Aragão, pede que o ato de propriedade seja anulado e que a Catedral românica torne-se um bem publico

“Nos tiraram toda uma catedral com todos os bens internos”, disse o Secretário do ‘Podemos’ em Aragão, Pablo Ecenique, citado pela Publico online. O Partido ‘anti-casta’ propõe que o governo regional “dê início aos procedimentos necessários para anular o registro da Catedral por parte do Bispado de Jaca, e exija que seja declarada bem de propriedade pública para os cidadãos de aragoneses”.

“Podemos” pede, além disto, que sejam “restituídos” outros 30 cemitérios e igrejas registados como propriedades da Igreja entre 1998 e 2015 em Aragão. A Catedral de San Pedro Jaca é considerada um dos templos mais importantes da primeira fase do românico espanhol. A sua construção, a partir de 1077 pelo rei Sancho Ramirez, está diretamente ligada à própria fundação da cidade e à concessão de privilégios que lhe permitiram crescer e desenvolver-se como um próspero centro comercial na rota do Caminho de Santiago.

A maestria com que foi construído este templo harmonioso, o requinte com que foram esculpidos os capitéis das colunas das duas portas, além dos entalhes na porta principal, demonstram que foram obras de autênticos mestres.

O edifício atual é o resultado de sucessivas reformas, ampliações e destruições. Uma visita ao tempo poderia representar uma viagem pela história e pela evolução da arte, desde as primeiras manifestações do românico até as expressões artísticas do final do século XVIII. Tudo está concentrado como se fosse um livro aberto na Catedral de Jaca. (JE/Agências)

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A crise econômica na Venezuela golpeia novamente à Igreja Católica: a produção de hóstias caiu cerca de 60 por cento durante o último mês, afetando três estados do país sul-americano.

Giovanni Luisio Mass, encarregado da fabricação das hóstias por parte da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo do Templo de Jerusalém, no estado de Anzoátegui, explicou aos meios locais que há um mês aumentou a escassez da farinha de trigo sem fermento, a qual necessitam para fabricar as hóstias.

Segundo informou a TV Caracol, a produção mensal de hóstias diminuiu de 80 mil a 30 mil. Esta queda, indicou Mass, afetou todos os templos dos três estados venezuelanos. Acrescentou que somente podem enviar 1500 hóstias às Igrejas do norte do país, pois não têm a farinha suficiente para fabricar as 8000 que estavam acostumados a enviar.

Do mesmo modo, várias Igrejas junto às comunidades se organizaram para conseguir a farinha de trigo necessária para as hóstias.

A grave crise econômica

A Venezuela enfrenta um desabastecimento que vai desde alimentos, papel higiênico e remédios a peças para automóveis, chocolate, petróleo e ferro de passar roupa. Conforme expressou o Banco Central da Venezuela, no ano passado o preço dos alimentos subiu cerca de 92 por cento e durante os últimos dez anos a inflação subiu 1250 por cento.

Segundo o jornal colombiano ‘El Tiempo’ e ‘GDA’ (Grupo de Jornais da América), desde o ano 2003 o Governo elaborou uma lista de 165 produtos cujo preço é regulado pelas autoridades: azeite de cozinha, sabão, leite, farinha, carnes, cereais, papel higiênico, produtos de limpeza, detergente, fraldas, pasta de dente, açúcar, entre outros.

Esta medida ocasionou uma diferença entre os custos de produção e provocou um grande aumento nos preços, levando várias empresas à falência.

O Governo também estabeleceu políticas para controlar as vendas, como por exemplo a distribuição de ingressos para entrar por turnos aos supermercados e colocaram sensores de impressões digitais nas lojas, a fim de evitar que “ultrapassem” na quantidade de produtos adquiridos.

Segundo informou a BBC, diariamente os venezuelanos são obrigados a enfrentar grandes filas nos supermercados, mas muitas vezes não encontram os produtos de que necessitam e vão a outro e novamente devem enfrentar uma enorme fila. No melhor dos casos, quando encontram o produto que querem, o preço normalmente está muito elevado.

Em média, um venezuelano demora cinco horas semanais para fazer compras.

A BBC cita a pesquisa venezuelana Datanálisis, a qual afirma que em cerca de 80 por cento dos supermercados existe uma escassez de produtos básicos. Por isso, o mercado negro cresceu ou o “bachaqueo” – lugar no qual os produtos custam quatro vezes mais caros –, e 65 por cento das pessoas que estão nas filas dos supermercados são revendedores.

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Em sua visita à Bolívia o Papa Francisco recebeu do presidente Evo Morales uma cruz em forma de foice e martelo, símbolo do comunismo, tendo nela Jesus Crucificado, símbolo do cristianismo. Era uma réplica da escultura criada pelo jesuíta espanhol Padre Luis Espinal, ligado à Teologia da Libertação, como forma de diálogo ou mesmo simbiose entre o comunismo e o catolicismo.

Ao ver o rosto constrangido do Papa, lembrei-me do constrangimento de Dom Antônio Santos Cabral, arcebispo de Belo Horizonte, ao ser convidado por Juscelino Kubicheck para benzer a Igreja da Pampulha, em forma de foice e martelo. O arcebispo recusou, dizendo que a obra modernista de Oscar Niemeyer ia de encontro ao aceitável pela Igreja.

Deixando de lado a análise da impertinência do insólito presente de Evo Morales, consideremos apenas o significado de tal crucifixo em forma de foice e martelo.

Na entrevista no avião, o Papa explicou que o Pe. Luis Espinal pertencia à linha da Teologia da Libertação que utilizava a análise marxista da realidade. Segundo o Papa, Espinal era um entusiasta dessa análise da realidade marxista e também da teologia usando o marxismo. O Papa lembrou que, nesse tempo, o Superior Geral da Companhia de Jesus mandou uma carta a toda a Companhia sobre a análise marxista da teologia, dizendo que isso não podia, não era justo, pois são coisas diferentes. E o Papa Bergoglio lembra os documentos da Congregação para a Doutrina da Fé sobre o assunto (CDF Libertatis nuntius e Libertatis conscientia).

Alguns tentaram justificar a amálgama entre marxismo e cristianismo, alegando que se poderia “batizar Marx” assim como Santo Tomás de Aquino “batizou” Aristóteles. Mas esses se esquecem de que Aristóteles era pagão, tinha uma filosofia natural, mas não era anticristão, ao passo que Marx, sua filosofia, sociologia, materialismo dialético, negação da propriedade, etc. são visceralmente antinaturais e anticristãos. Impossível ser batizado! Coisas irreconciliáveis!

O documento citado pelo Papa Francisco relembra a advertência do Papa Paulo VI: “Seria ilusório e perigoso o esquecimento do íntimo vínculo que os une de forma radical, aceitar os elementos da análise marxista sem reconhecer suas relações com a ideologia, entrar na prática da luta de classes e de sua interpretação marxista deixando de perceber o tipo de sociedade totalitária que conduz esse processo” (Octogesima adveniens, 34).

“Essa concepção totalizante (de Marx) impõe sua lógica e leva ‘as teologias da libertação’ a aceitar um conjunto de posições incompatíveis com a visão cristã do homem… A nova hermenêutica, inserida nas ‘teologias da libertação’ conduz a uma releitura essencialmente política da Escritura… A luta de classes como caminho para uma sociedade sem classes é um mito que impede as reformas e agrava a miséria e as injustiças. Aqueles que se deixam fascinar por este mito deveriam refletir sobre as experiências históricas amargas às quais ele conduziu…” (Libertatis nuntius).

Dom Fernando Rifan
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, é um confesso admirador do papa Francisco, mas, por razões políticas, sempre bateu de frente com a cúpula católica boliviana: embora se declare católico de base, foi o responsável por revitalizar o ancestral culto politeísta indígena andino, que também pratica.

Desde que chegou ao poder em 2006, Morales polemizou e foi ofensivo com a hierarquia católica local, à qual acusou de direitista, aliada de oligarquias, de medieval, de agir como a inquisição e inclusive de estar vinculada a roubos nos templos.

O confronto aberto foi motivado pelo olhar crítico com o qual os bispos analisaram problemas como o crescimento do narcotráfico, o autoritarismo e a perseguição judicial a opositores.

Toda vez que a disputa se aqueceu, o governo alegou que os bispos deveriam se preocupar com a “salvação das almas”, e não influir na política, ao que a hierarquia católica respondeu ressaltando que não deixará de dizer o que pensa sobre o país.

Mas, apesar destas tensões, o anúncio da visita do papa à Bolívia entre os dias 8 e 10 de julho permitiu que o governo dialogasse pela primeira vez em muito tempo com a cúpula católica para coordenar a recepção, mas sem tocar em temas controvertidos.

Trata-se da primeira aproximação em cinco anos entre a igreja e o governo, segundo destacou o secretário-geral adjunto da Conferência Episcopal Boliviana, o sacerdote espanhol José Fuentes, coordenador da visita papal.

O sacerdote disse que os contatos com o governo se desenvolveram de forma muito positiva e relevou seu desejo de que seja “uma real reconciliação” acompanhada de uma renovação para ambas as partes.

No entanto, as tensões aumentaram recentemente devido ao confronto do governo com o sacerdote espanhol Mateo Bautista, a quem Morales e seus ministros desqualificaram por pedir maior orçamento para a saúde por meio de mobilizações.

Morales, que é indígena aimara, também reprova habitualmente que a Igreja Católica tenha acompanhado com a cruz “a dominação e submissão” de índios do continente durante a conquista espanhola.

Apesar de sua visão crítica para com a igreja de Roma, o governante visitou o papa Bento XVI em 2010 e se reuniu no Vaticano em 2013 e 2014 com Francisco, com quem também se encontrou no Brasil durante a Jornada Mundial da Juventude.

Para Bento XVI, Morales pediu a abolição do celibato e a aprovação do acesso da mulher ao sacerdócio, enquanto sobre Francisco opinou que é um papa “comprometido com seu povo, com pensamento revolucionário”.

Antes do governo Morales, a Igreja Católica exercia um papel central como mediadora no conflito político e social do país, mas agora perdeu influência política perante o Estado.

Em 2009, Morales promulgou a Constituição de “refundação” da Bolívia, na qual o catolicismo deixou de ser o culto oficial do país e se declarou que o Estado é “independente da religião”, mas garante a liberdade de todas as crenças.

Segundo defendeu o líder indígena, “o Estado laico é a melhor garantia da democracia religiosa”.

Uma recente pesquisa publicada na imprensa local assinalou que 74% dos bolivianos são católicos e 22% cristãos não católicos.

No entanto, na Bolívia também há uma forte presença dos cultos ancestrais pré-hispânicos misturados com o catolicismo, devido à importância demográfica das culturas indígenas.

À primeira vista, parece contraditório que Morales se declare católico e pratique os rituais que reconhecem a Terra, o Sol e as montanhas como deidades, e participe de cerimônias de sacrifícios de lhamas, que são frequentes na área rural boliviana.

No entanto, Morales e os bolivianos da região andina em geral têm “incorporadas de forma muito natural as práticas religiosas antigas de conjunto de raízes indígena e o catolicismo”, opinou a pesquisadora em temas culturais, Carmen Beatriz Loza.

“Pareceria esquizofrênico passar de uma prática à outra, mas não é contraditório porque ao longo de 500 anos as duas práticas foram se mesclando”, declarou Loza à Efe.

O governo organiza regularmente atos oficiais religiosos com representantes de vários cultos, entre eles os dedicados à Pachamama (Mãe Terra), muitos deles liderados por Morales e dos quais nem sempre participou a Igreja Católica.

Fonte: Terra

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Viviane Lambert (70), mãe de Vincent Lambert, um homem de apenas 38 anos, que neste momento continua em estado de tetraplegia indefinidamente, denunciou o governo da França e os médicos que o atendem afirmando que já não podiam fazer nada e perguntaram se podiam desconectá-lo da sonda que o alimenta e hidrata, com o fim de transforma-lo em um caso emblemático que sirva para promover a eutanásia no país europeu.

Em entrevista exclusiva concedida ao Grupo ACI por telefone de Reims, onde ela e seu esposo alugaram um departamento perto do hospital no qual seu filho está internado, Viviane assinalou: “O governo e os médicos do meu filho querem desconectá-lo, porque querem que seja aprovada a lei da eutanásia na França. Eles aproveitam da situação de Vincent, o utilizam como um caso emblemático para que a eutanásia seja legalizada no pais. A lei ainda não foi discutida mas querem aprova-la. Eles se aproveitam do meu filho para fazer um escândalo”.

Há alguns dias a família difundiu um vídeo no qual vemos que Vincent se mexe e reage a estímulos, para mostrar à sociedade que acha que ele está à beira da morte que ele segue vivo e consciente.

“Vincent está vivo, apesar do acidente que sofreu em 2008, está fazendo pequenos progressos em sua melhoria, como por exemplo comer papinha para bebê”.

“Entretanto, os médicos querem desconecta-lo pois dizem que já não existe esperança de vida. Isso é eutanásia”, declarou sua mãe.

“Houve reações positivas. As pessoas ficaram surpreendidas pois Vincent pode se mexer e está consciente. O vídeo causou muita comoção porque pensávamos que estava na cama quase morto. Mas não é verdade”.

“Vincent – prossegue a mãe– não está em coma, sua família se preocupa por ele, mas um grupo quer desconecta-lo da sonda que o alimenta e hidrata, por isso nós fomos reclamar para que a justiça seja feita e não o matem”.

 “Os médicos dizem que sua vida não tem sentido. Eles querem que morra, sempre nos dizem que já não tem sentido mantê-lo vivo. Mas eles não têm direito a dizer isso. Nós apoiamos Vincent e pedimos o apoio das pessoas para que o deixem com vida. Os médicos ainda não venceram esta batalha”, prossegue o dramático testemunho de Viviane.

Vincent Lambert sofreu um acidente de trânsito em 2008, ocasionando um severo dano cerebral e desde este ano ficou em estado de tetraplegia indefinida. Embora os médicos do Hospital de Reims (França), informaram que mexe seus olhos e sente dor, em 2013 declararam que já não podiam fazer nada e pediram à família para desconectá-lo.

No último 5 de junho a Corte Europeia de Direitos Humanos com sede em Estrasburgo se pronunciou a favor da eutanásia de Vincent.

Seus pais, Pierre (86) e Viviane Lambert -católicos praticantes-, e dois dos oito irmãos estão contra a prática de uma “eutanásia encoberta”; enquanto sua esposa Rachel Lambert – que se mudou à Bélgica com a filha – e seus outros seis irmãos querem retirar a sonda, alegando que Vincent ‘não quer viver dessa maneira’.

Viviane foi enfática com respeito a este tema e respondeu: “Ele nunca disse que não quer viver. Ela (a esposa) se contradiz”.

Com relação as autoridades da França, esta mãe disse ao Grupo ACI: “Minha opinião sobre o Estado é muito negativa, especialmente sobre o poder da Esquerda. Eu pedi ao presidente da República (François Hollande) visita-lo, mas não fui recebida por ele. Escrevi meu livro titulado “Pour la vie de mon fils” (Pela vida do meu filho), enviei uma dúzia de cartas às autoridades, mas ninguém me respondeu”.

“É contraditório. Eles não lutam pela verdade. Somente estão preocupados em manter uma boa imagem”, denunciou Viviane.

Sobre as mulheres da esquerda francesa, ele afirmou: “Lutaram para legalizar o aborto na França. Querem deixar que morram as pessoas inocentes e inúteis para a sociedade. A França é assim. A Esquerda está fazendo muito dano ao pais. A Igreja acabou sendo prejudicada também”.

A mãe de Vincent comentou ainda: “A minha família era unida: Os médicos a dividiram. Especialmente o Dr. Eric Kariger, anteriormente amigo da nossa família. Embora seja católico opinou que Vincent deve parar de sofrer e que seria melhor desconectá-lo”.

“A luta para salvar a vida de seu filho é de todos os dias”, assinala Lambert, especialmente porque tem duas doutoras que estão a favor de desconectar a sonda que o hidrata e alimenta. “É muito difícil, porque no hospital, no qual eu e meu esposo vamos todos os dias, as pessoas nos olham com rejeição o tempo todo e nos vigiam”.

Antes do acidente, Vincent era um homem alegre, cheio de vontade de viver. Praticava esportes, era brincalhão. Era um bom homem, trabalhador. Casou-se jovem. Era cristão. Não era muito devoto, mas acreditava em Deus, foi batizado, ia à missa aos domingos. Era um homem profundo, gostava de ver o filme ‘A Paixão de Cristo’. Ele o assistia sempre e chorava”.

“Uma vez quando ele estava no hospital coloquei este filme e dava para ver no seu rosto que ficou comovido. Seus olhos estavam cheios de lágrimas. Acho que reconhecia a música e os sons”, destacou Viviane durante sua entrevista.

“Meu filho reconhece minha voz porque quando entro no seu quarto e falo com ele, gira a cabeça para o meu lado. Somente faz isso comigo e fico muito contente. Nossa forma de comunicação é através do olhar. Nós falamos com ele e também o olhamos. Os olhares do Vincent são muito profundos demonstram como se sente. Está muito atento, me escuta e sei que ele compreende as coisas em silêncio”.

Depois de assinalar que logo difundirão um novo vídeo, esta mãe abnegada comenta: “Meu filho é carne da minha carne, amor do meu amor. Por isso não posso abandona-lo. Se o abandonasse não poderia sequer me olhar no espelho. Meu filho é meu filho. Vou lutar por ele. Pois não seria uma atitude normal de uma mãe abandonar o seu filho”.

Para concluir a entrevista, Viviane Lambert afirma: “Quero que compreendam nossa luta e que continuem trabalhando pela vida e que lutem por ela. Contra o aborto e a eutanásia. A vida é sagrada e temos que protegê-la porque é um dom de Deus. Só Deus a pode dar e tirar”.

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O Vaticano confirmou nesta quarta-feira (22) que o Papa Francisco irá visitar Cuba antes de sua viagem aos Estados Unidos em setembro deste ano.

Segundo o padre Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, o Papa aceitou o convite recebido pelas autoridades civis e pelos bispos de Cuba para visitar o país.

O trabalho da diplomacia vaticana foi decisivo no histórico processo de reaproximação entre as autoridades de Cuba e dos EUA.

A visita a Cuba será a a primeira etapa do périplo pelos EUA, onde Francisco se tornará o primeiro papa da história a discursar no Congresso americano.

Francisco tem um encontro previsto com o presidente americano, Barack Obama, na Casa Branca, no dia 23 de setembro.

A viagem será encerrada na Filadélfia, onde o papa participará do Encontro Mundial das Famílias, organizado pela Igreja Católica.

O Vaticano está se movimentando há muito tempo para viabilizar a visita de Francisco à ilha.

O secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, uma espécie de primeiro-ministro do Vaticano, participou da VII Cúpula das Américas, no Panamá, reunião que contou com a presença de Obama e do presidente cubano, Raúl Castro.

Cuba e a Santa Sé também celebram em 2015 os 80 anos do início de suas relações diplomáticas.

O Papa Bento VXI viajou a Cuba em março de 2012. Quatorze anos antes, João Paulo II tinha visitado à ilha.

Fonte: O Globo

Comunismo-Marx

Católico socialista é igual a judeu nazista.

Alguém já viu algum judeu nazista? Eu, nunca, e creio que tal bizarrice jamais existiu ou existirá. Mas há um tipo de criatura similar, em termos de absurdo filosófico e moral: o católico que se diz socialista, ou que ajuda a colocar no poder políticos declaradamente marxistas. Esse tipo, infelizmente, existe aos montes!

Enquanto Hitler matou mais de seis milhões de judeus, os grandes líderes comunistas foram responsáveis pelo genocídio de cerca de 100 MILHÕES de pessoas. Estes números foram divulgados em 1997 por “O Livro Negro do Comunismo: Crimes, Terror, Repressão”, uma obra realizada em conjunto por professores e pesquisadores europeus. Se bem que dois dos autores do livro (Nicholas Werth e Jean-Louis Margolin) discordam deste total de 100 milhões de mortos… O número de vidas ceifadas pelos regimes do martelo e da foice estaria entre 65 e 93 milhões. 

A crueldade, a mentira e a violência do socialismo estão na sua raiz. Por isso, seus líderes sabem que não obterão o apoio popular se, antes, não desumanizarem as pessoas. E a melhor forma de fazer isso é afastá-las de Deus, é afastá-las, em especial, da caridade cristã. Isso fica mais do que evidente nas afirmações abaixo:

“O comunismo começa onde começa o ateísmo.” Karl MARX  (Fulton J. Sheen, Communism and the Conscience of the West)

“O comunismo, porém, abole as verdades eternas, abole a religião e a moral.” Karl MARX (Manifesto Comunista)

“Devemos combater a religião. Isto é o a-b-c de todo o materialismo e, portanto, do marxismo”.

Que palavras meigas! Não é à toa que grande parte parte das vítimas dos regimes socialistas é composta por cristãos, das mais diversas denominações. Por isso, ao aparecer aos Pastorinhos de Fátima, Nossa Senhora revelou o seu temor de que a Rússia espelhasse os seus erros pelo mundo, a Virgem pedia orações para que a ideologia demoníaca do comunismo não se espalhasse para outras nações, o que de fato veio a ocorrer.

Ainda hoje, nos países governados por ditaduras comunistas, os cristãos continuam a ser duramente perseguidos por causa de sua fé, até mesmo na “avançada” China.. Apesar de tudo isso, os políticos de partidos declaradamente marxistas contam com a simpatia e o voto de milhões de católicos.

Não vamos pegar pesado com os adolescentes das PJs da vida, que andam por aí exibindo a imagem de um facínora na camiseta. Desde a infância, ano após ano, eles sofrem uma verdadeira lavagem cerebral nas salas de aula, Ssão levados a crer que  Che é uma versão de São Francisco de Assis com fuzil na mão… Mas ingenuidade tem limite, né, galera? 

Sabe aquele candidato simpaticão, filiado a um partido socialista, que você tá pensando em votar (ou em quem você já votou) nestas eleições? Ele tem em mente as mesmas metas de carniceiros como Lênin, Stálin, Mao Tse-tung e Pol Pot: abolir a moral, a família e a religião. Acha que eu tô exagerando? Então deixa de preguiça e dá uma lida no programa do partido desse cara. Você verá ali:

Ainda que escamoteado, o plano de repressão das liberdades individuais, especialmente pelo controle dos meios de comunicação;
a defesa das uniões homossexuais e a doutrinação das crianças nas escolas, para que vejam com normalidade (dentro da norma) o comportamento homossexual;a defesa do aborto (muitas vezes indicada pela expressão “direito reprodutivo das mulheres”);a campanha pelo fim da propriedade privada;o estímulo ao ódio e à luta de classes,etc.

Para tentar se desvincular da imagem das pilhas de cadáveres e do autoritarismo desumano dos governos totalitários comunistas, os políticos socialistas, dando uma de espertos, criticam os excessos de gente como Stálin (como se ele fosse a única maçã podre deste cesto imundo), e dizem propor um socialismo comprometido com a liberdade e a democracia. 

Mas a máscara de “defensores da liberdade” dos políticos socialistas nunca demora muito pra cair. Na Venezuela, por exemplo, o presidente Chávez, quando vivo, fechou diversas rádios e TVs, por terem cometido o “crime” de criticar o seu maravilhoso governo. E, aqui no Brasil, os políticos de esquerda já não escondem de ninguém que estão doidinhos para controlar os conteúdos veiculados pela mídia. E pretendem conseguir isso por meio da aprovação de uma nova lei.

Socialista querendo tirar onda de democrata ..sobre isso, é interessante esta declaração:

“De início, se mostram amantes da ‘democracia e da liberdade’, mas logo, quando podem, revelam que sua democracia (…) não passa de matar quem não concorda com eles ou destruir toda oposição a sua utopia. O século 20 é a prova cabal deste fato.” (Luiz Felipe Pondé, filósofo. Fonte: Folha de São Paulo)

A definição é perfeita, DECOREM ISSO: o ódio marxista ao cristianismo e a meta de destruir um a um os valores cristãos fazem parte do DNA dos políticos socialistas.

É verdade que a ameaça aos valores defendidos pela Igreja parte não só dos políticos de esquerda. Porém, a “vantagem” daqueles que não possuem o gene do marxismo é que, com eles, ao menos os cristãos têm alguma possibilidade de diálogo, têm maior potencial de pressão. Já um político com o socialismo na veia jamais desiste da sua meta de implementar um estado totalitário. E, até conseguir isso, ele vai derrubando todo os vestígios de cristianismo e de democracia que vê pelo caminho.

Adaptado da fonte original: O catequista. http://ocatequista.com.br/archives/7201

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O que existe de «comunismo» no Ocidente contemporâneo

Impressiona, por vezes, a dificuldade que têm as pessoas – mesmo as bem-intencionadas… – em entender o porquê de ser o comunismo uma doutrina condenada pela Igreja ou mesmo de identificar traços comunistas na sociedade em que hoje vivemos. São dois problemas: por um lado, muitos parecem incapazes de reconhecer o comunismo que se lhes antolha; por outro lado, do comunismo sobre o qual ouvem falar como de a uma coisa distante, muitos não conseguem emitir um juízo de reprovação.

Penso que os dois problemas estão intimamente relacionados: é porque pintam com cores muito carregadas o comunismo, a fim de incutir horror a respeito dele, que as pessoas não o conseguem enxergar na política contemporânea; e é porque mitigam-lhe o alcance em um sem-número de aspectos, a fim de o adequar à realidade contemporânea, que as pessoas não conseguem emitir sobre ele o juízo de reprovação que seria esperado…

Parece fundamental esclarecer algumas coisas. E a primeira coisa que precisa ficar clara parece ser a seguinte: o comunismo contemporâneo, de matriz gramsciana, não é imediatamente identificável com a doutrina fulminada pela Quadragesimo Anno. Isso – atenção! – não implica em dizer que o atual estado de coisas é catolicamente aceitável; mas, até mesmo para que consigamos conversar com os nossos interlocutores, é necessário reconhecer que há diferenças – e diferenças à primeira vista deveras relevantes – entre o passado e o presente.

Em 1931, Pio XI dedicou alguns parágrafos da sua encíclica para falar sobre a «evolução do socialismo». O horizonte histórico do Soberano Pontífice, naturalmente, abrangia o intervalo de tempo compreendido entre a publicação da Rerum Novarum– 1891 – e a data em que ele escrevia a Quadragesimo Anno. E, já então, o Papa se sentia autorizado a dizer que «[g]randes foram as transformações, que desde os tempos de Leão XIII sofreram tanto a economia, como o socialismo»…! Que se dirá, então, das transformações ocorridas nesses mais de oitenta anos que nos separam do Magistério de Pio XI? Ora, se num tempo em que as mudanças ocorriam com relativa lentidão um Papa julgou oportuno assinalar as «grandes (…) transformações» sofridas pelo socialismo, que metamorfoses não precisaríamos apontar, hoje, em pleno século XXI, quando tudo parece transmudar-se tão vertiginosamente que não se consegue sequer acompanhar?

O mesmo trabalho sistematizador de Pio XI, no entanto, o seu sucessor não julgou oportuno realizar. Na Centesimus Annus, escrita seis décadas depois, S. João Paulo II não traçou a evolução do socialismo até os seus dias. Ao invés de julgar o acerto ou o equívoco dessa escolha, contudo, parece (muito!) mais relevante atentar para aquilo que o documento traz de propositivo. E penso que um dos seus pontos-chaves encontra-se no número 13, quando o Papa vai falar do erro fundamental do socialismo, de onde peço licença para uma citação um pouco longa:

[O] erro fundamental do socialismo é de carácter antropológico. De facto, ele considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo económico-social, enquanto, por outro lado, defende que esse mesmo bem se pode realizar prescindindo da livre opção, da sua única e exclusiva decisão responsável em face do bem ou do mal. O homem é reduzido a uma série de relações sociais, e desaparece o conceito de pessoa como sujeito autónomo de decisão moral, que constrói, através dessa decisão, o ordenamento social. Desta errada concepção da pessoa, deriva a distorção do direito, que define o âmbito do exercício da liberdade, bem como a oposição à propriedade privada. O homem, de facto, privado de algo que possa «dizer seu» e da possibilidade de ganhar com que viver por sua iniciativa, acaba por depender da máquina social e daqueles que a controlam, o que lhe torna muito mais difícil reconhecer a sua dignidade de pessoa e impede o caminho para a constituição de uma autêntica comunidade humana.

Pelo contrário, da concepção cristã da pessoa segue-se necessariamente uma justa visão da sociedade. Segundo a Rerum novarum e toda a doutrina social da Igreja, a sociabilidade do homem não se esgota no Estado, mas realiza-se em diversos aglomerados intermédios, desde a família até aos grupos econômicos, sociais, políticos e culturais, os quais, provenientes da própria natureza humana, estão dotados — subordinando-se sempre ao bem comum — da sua própria autonomia. É o que designei de «subjectividade» da sociedade, que foi anulada pelo «socialismo real».

Ao invés de assinalar o «socialismo» historicamente existente, o Papa vai mais fundo e oferece uma definição do que existe de condenável no socialismo. A mudança de abordagem é notória. E ela nos autoriza algumas conclusões:

1. O fenômeno histórico «socialismo» é susceptível de profundas transformações no decurso da história, tendo se apresentado, ao longo do tempo, sob roupagens as mais diversas.

2. O seu «erro fundamental», no entanto, é de caráter antropológico. Significa que o que existe de comum entre os diversos “socialismos” historicamente existentes – e poderíamos até mesmo dizer, por que não?, teoricamente possíveis – é uma determinada concepção a respeito do homem: a de que ele não passa de uma «molécula do organismo social», a ele subordinada, somente em referência ao qual o homem pode se afirmar.

3. Isso significa também – é o mais importante! – que a identidade diacrônica do socialismo não advém de uma unidade política, de um concurso de atores, de uma continuidade de escola de pensamento à qual explicitamente se vinculam acadêmicos, nem nada do tipo. O que faz o socialismo ser socialismo é um determinado erro antropológico. Portanto, ainda na hipótese de que pessoas distintas, separadas no tempo e no espaço, chegassem, por meio distintos e totalmente independentes entre si, a conclusões antropológicas redutíveis àquela visão do homem enquanto “molécula do organismo social”, então a mesma censura que se aplica ao «socialismo» seria aplicável, igualmente, a todas essas pessoas, por mais que elas aparentemente nada tenham que ver umas com as outras.

Ora, é muito difícil demonstrar (v.g.) que o lulo-petismo obedece a instruções de Moscou, que Barack Obama é subserviente aos interesses da KGB ou que o neoconstitucionalismo latino-americano é controlado diretamente de Havana pelos herdeiros da família Castro. Tais elucubrações, no entanto, são totalmente desnecessárias para que se reconheça um determinado traço comum a todos esses fenômenos, que não é de ordem política e nem estratégica mas sim conceitual; e para que se possa, a partir dessa identificação, rejeitar essas concepções políticas como equivocadas e incompatíveis com a visão de «homem» esposada pelo Catolicismo. Nem todo erro exige uma enorme conspiração por trás. E não é por não haver conspiração que o erro fica afastado.

O que torna o comunismo condenável não é apenas a sua insistência em perpetrar genocídios, mas sim a sua visão utópica quer do homem, quer da realidade social. E o que existe de socialista nos regimes políticos latino-americanos hodiernos não é meramente uma gradativa concentração de poderes e correspondente cerceamento de liberdades individuais, mas sim certa concepção de «sociedade» somente em função da qual deve ser dado espaço ao homem para existir. Vistas as coisas dessa maneira, talvez nos seja possível, afinal!, contornar as dificuldades apresentadas no início deste texto. E se, retratada agora com estas características, talvez haja discordâncias a respeito da valoração que merece tal visão de mundo, quiçá consigamos nos pôr de acordo ao menos quanto à situação de fato da existência e predominância desta concepção social. Já será um grande avanço.

Fonte: Blogueiro Jorge Ferraz