Uma nova e preciosa página na história da NBA! Dois de seus grandes atletas – Magic Johnson e Isiah Thomas – ficaram 26 anos separados pelo ódio, pelas acusações, maledicências e aspereza. Porém, diante das câmeras da NBA TV, selaram a reconciliação com um encontro, um abraço e muitas lágrimas.

O enfrentamento entre Magic Johnson e Isiah Thomas começou em 1991, quando Magic Johnson anunciou que era portador do vírus HIV. Na época, Isiah Thomas deu declarações questionando a vida sexual de Magic, que provocou um escândalo descomunal, inclusive nos vestiários das equipes.

Vingança e ambição

Não foram somente as declarações que levantaram a barreira entre os dois gigantes do esporte. Além disso Magic Johnson – segundo reconheceu mais tarde – fez de tudo para que Isiah Thomas não fosse convocado para os Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992. Ele o vetou, com a aprovação de Larry Bird, que era capitão da equipe, assim como Magic. A vingança estava servida. Isiah Thomas ficou de fora do Dream Team.

Foi uma história repleta de feridas, inclusive a que Magic Johnson lançou ao publicar o livro “When the game was ours” (Quando o jogo era nosso), em que fez várias acusações contra seu rival.

Deus foi bom por nos unir outra vez

Depois de 26 anos, o reencontro diante das câmeras não poderia ser mais emotivo. Magic Johnson se dirigiu a Isiah Thomas nestes termos:

“Eu gostaria de te dizer que este é um dia excelente. Minha mulher, meu pai e minha mãe me diziam que eu tinha que voltar a conversar com você. Por isso, quando me chamaram, não tive dúvidas, e disse: claro vamos fazer isso. Só de sentar de frente pra você e poder reviver esses momentos de diversão, excelência, de trabalho duro, de sonhar alto (…) Você é meu irmão, por isso, deixe eu te pedir perdão por ter te magoado e por ter ficado separado de você. Deus é bom por nos unir outra vez”

As palavras de Magic Johnson duraram 58 segundos. Depois, os jogadores choraram e se abraçaram.

O perdão foi mais forte que a mágoa que separou estes gigantes por 26 anos. Talvez seja a melhor história de Natal do basquete.

Veja!

Já tive um cachorro. Seu nome era Bozo. Hoje, tenho dois filhos pequenos, mas entendo que há algumas leves semelhanças: a energia exagerada, a disposição de fazer xixi em qualquer canto, e a vontade estranha de morder certas pessoas.
 
Mas nem por isso entendo essa moda de acreditar que os animais de estimação são, de fato, filhos.
 
Recentemente, um estudo feito na Inglaterra apontou que, de cada 10 casais, 3 preferem ter um “fur-kid” (criança peluda) ao invés de ter filhos genuínos.
 
Entenda: não são casais que não podem ter filhos. Ou estão esperando ter filhos. Ou que, por motivos pessoais, escolheram não ter filhos. Não. São casais que tomaram a decisão de terem animais ao invés de terem filhos.
 
Uma jornalista explicou sua preferência da seguinte maneira: “Mesmo com só oito semanas, meu bichinho Tilly ficava feliz trancado na cozinha, sozinho, com um brinquedo por algumas horas. Jamais poderia fazer isso com uma criança da mesma idade.”
 
Pois é. Imagina a surpresa dela quando descobrir que uma pedra de estimação exige ainda menos atenção.
 
O ponto é que vivemos em uma sociedade que quer redefinir os termos e ao mesmo tempo manter os privilégios. O conceito de “família”, “pai”, “mãe” e “casal” vem sendo redefinidos a um bom tempo.
 
Mas com essa troca de valores, perdeu-se uma verdade importante: um filho pode crescer e se empenhar em prol de uma sociedade mais justa. Um filho pode apontar aonde a nossa geração falhou e como consertar os erros. Um filho pode fazer a escolha de amar, abraçar e cuidar, não como mera reação animal, e sim com intencionalidade.
 
São coisas que um gato não pode fazer. Um animal pode apontar a criatividade do Criador; mas somente um filho aponta a sua glória.
 
Um filho é alma. É eterno. É um ser que pode conhecer a misericórdia e bondade do Deus que se revela como o Pai que ama seus filhos.
 
Em uma sociedade aonde não há mais lugar para Deus, a eternidade ou o conceito bíblico de amor, faz sentido preferir poodles a almas viventes. Querem o privilégio de cuidar, alimentar e demonstrar carinho. Mas sem a responsabilidade de lidar com um coraçãozinho que busca por seu Criador.
 
Resumindo: Temos cachorros e gatos para nossa própria alegria. Temos filhos para compartilhar a alegria de Deus.

Mais do que nunca, é preciso prestar atenção hoje à educação da afetividade dos filhos e à reeducação da afetividade dos adultos. Uma educação e uma reeducação que devem ter como base esse conceito mais nobre do amor que acabamos de formular: aquele que vai superando o estágio do amor de apetência – que apetece e dá prazer – para passar ao amor de complacência – que compraz afetivamente – e abrir-se ao amor oblativo de benevolência – que sabe renunciar e entregar-se para conseguir o bem do outro.

O amor maduro exige domínio próprio: ir ascendendo do mundo elementar – imaturo – do mero prazer, até o mundo racional e espiritual em que o homem encontra a sua plena dignidade. Reclama que se canalizem as inclinações naturais sensitivas para pô-las ao serviço da totalidade da pessoa humana, com as suas exigências racionais e espirituais. Requer que se conceda à vontade o seu papel reitor, livre e responsável. Pede que, por cima dos gostos e sentimentos pessoais, se valorizem os compromissos sérios reciprocamente assumidos… Aaron Beek, no seu livro Só o amor não basta, insiste repetidamente em que é necessária a determinação da vontade para dar consistência aos movimentos intermitentes do coração: o mero sentimento não basta.

O “amor como dom de si comporta – diz o Catecismo da Igreja Católica – uma aprendizagem do domínio de si <…>. As alternativas são claras: ou o homem comanda e domina as suas paixões e obtém a paz, ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz. Esse domínio de si mesmo é um trabalho a longo prazo. Nunca deve ser considerado definitivamente adquirido. Supõe um esforço a ser retomado em todas as idades da vida””.

Isto significa cultivar o amor. O maior de todos os amores desmoronar-se-á se não for aperfeiçoado diariamente. Empenho este que, na vida diária, se traduz no esforço por esmerar-se na realização das pequenas coisas, à semelhança do trabalho do ourives, feito com filigranas delicadamente entrelaçadas cada dia, na tarefa de aprimorar o trato mútuo, evitando os pormenores que prejudicam a convivência.

A convivência é uma arte preciosa. Exige uma série de diligências: prestar atenção habitual às necessidades do outro; corrigir os defeitos; superar os pequenos conflitos para que não gerem os grandes; aprender a escutar mais do que a falar; vencer o cansaço provocado pela rotina; retribuir com gratidão os esforços feitos pelo outro… e, especialmente, renovar, no pequeno e no grande, o compromisso de uma mútua fidelidade que exige perseverança nas menores exigências do amor…, uma perseverança que não goza dos favores de uma sociedade hedonista e permissivista, inclinada sempre ao mais gostoso e prazeroso.

O coração não foi feito para amoricos, dizíamos, mas para amores fortes.sentimentalismo é para o amor o que a caricatura é para o rosto. Alguns parecem ter o coração de chiclete: apegam-se a tudo. Uns olhos bonitos, uma voz meiga, um caminhar charmoso, podem fazer-lhes tremer os fundamentos da fidelidade. Outros parecem inveterados novelistas: sentem sempre a necessidade de estar envolvidos em algum romance, real ou imaginário, sendo eles os eternos protagonistas: dão a impressão de que a televisão mental lhes absorve todos os pensamentos.

Precisamos educar o nosso coração para a fidelidade. Amores maduros são sempre amores fiéis. Não podemos ter um coração de bailarina. A guarda dos sentidos – especialmente da vista – e da imaginação há de proteger-nos da inconstância sentimental, do comportamento volátil de um “beija-flor”…

Tudo isto faz parte do que denominávamos a educação afetiva dos jovens e a reeducação afetiva dos adultos. João Paulo II a chama “a educação para o amor como dom de si: diante de uma cultura que «banaliza» em grande parte a sexualidade humana, porque a interpreta e vive de maneira limitada e empobrecida, ligando-a exclusivamente ao corpo e ao prazer egoístico, a tarefa educativa deve dirigir-se com firmeza para uma cultura sexual verdadeira e plenamente pessoal. A sexualidade, de fato, é uma riqueza da pessoa toda – corpo, sentimento e alma -, e manifesta o seu significado íntimo ao levar a pessoa ao dom de si no amor”.

Dom Rafael Llano Cifuentes,

Escrevo esta coluna no Dia de Ação de Graças, o feriado mais importante do ano aqui nos Estados Unidos. Nesse dia, milhões de americanos cruzam o país por terra ou pelo ar para passar alguns dias com suas famílias. É o momento de avós reverem filhos e netos, de irmãos se reencontrarem, de amigos de infância se reunindo mais uma vez. Mas é, principalmente, dia de agradecer.

A história mais difundida sobre esse feriado diz que o primeiro Dia de Ação de Graças foi comemorado em 1621, quando colonizadores e índios americanos celebraram juntos a festa da colheita de outono em Plymouth. No entanto, há registros anteriores a essa data de celebrações semelhantes, como a do espanhol Pedro Menéndez de Avilé, que convidou os membros de uma tribo indígena local para celebrar uma missa seguida de um jantar, agradecendo a Deus pela chegada segura de sua tripulação à Flórida. Esse encontro se deu em Saint Augustine, cidade mais antiga dos Estados Unidos, no ano de 1565.

Sem deixar de lado a relevância dos registros históricos, o que realmente importa nesse feriado tão querido aos americanos é o seu caráter de agradecimento. Em um mundo em que homens se gabam por seus feitos, em que as pessoas enchem as mídias sociais com evidências fotográficas e filmográficas de suas realizações, e em que o humanismo tem sido levado ao extremo e soterrado a cultura de adoração e prostração ao divino, o ato de agradecer a Deus pelas bênçãos conquistadas chega a parecer algo impróprio, digno apenas dos fracos e fracassados. Além disso, o homem contemporâneo é marcado pela crença de que cada pessoa é capaz de criar seu próprio destino, e que cada dia que amanhece é um novo ponto inédito na linha infinita do tempo.

Essa noção linear de tempo não é, de forma alguma, a noção que prevaleceu no decorrer da história humana. Os antigos entendiam que tudo é cíclico, entendimento esse que tem muito mais respaldo no mundo real que a noção de tempo linear. Que o digam as estações do ano, as órbitas dos planetas e da lua, as repetições infindáveis dos fenômenos naturais, os batimentos cardíacos de cada um de nós e assim por diante. Nesse contexto, cada colheita de outono era recebida com muito agradecimento a Deus, pois seria a garantia de um inverno com comida e mantimentos.

Hoje, celebramos a “vitória” sobre os ciclos. Não importa se está nevando ou se o sol derrete o asfalto lá fora, os supermercados estão sempre cheios de tudo o que precisamos. Nossos sistemas de aquecimento e resfriamento mantêm a temperatura de casa e de locais públicos sempre no ponto ideal. O sujeito que sente fome no meio do dia pode parar em qualquer lanchonete ou restaurante e suprir suas necessidades até mesmo com pouco dinheiro no bolso. O mundo do século 21 é definitivamente menos convidativo ao agradecimento que o mundo dos séculos anteriores. E é justamente por isso que é tão importante entender a debilidade do ser humano e como isso se traduz na necessidade de sermos gratos.

Mas, infelizmente, parece que somente quando somos confrontados de forma traumática por essa realidade é que a compreendemos mesmo. Pessoas que passam por experiências como perder alguém querido por conta de um acidente, sofrer uma devastação por causa de uma tragédia da natureza ou ser acometido por uma doença grave ou incurável, só para citar três exemplos, têm muito mais facilidade de entender o que essa debilidade significa. Somos fracos, pequenos e incapazes de controlar nosso destino, mas trezentos anos de iluminismo nos fizeram crer no contrário.

A você, leitor ou leitora que acompanha este colunista, deixo um convite à reflexão. Não o deixo como alguém que fala sem experiência própria; muito pelo contrário. Desde muito cedo, me identifiquei com a noção do homem que cria seu destino. Sempre acreditei que poderia moldar meu futuro exatamente do jeito que eu determinasse. Quando conquistava algo, em vez de agradecer eu usava a conquista mesma para turbinar minha autoestima e minha certeza de competência profissional. Até que vieram a morte de meu pai num acidente de motocicleta, a falência do primeiro casamento, o declínio financeiro, a pedra no rim, a mudança de país, além de tantas outras experiências menores mas igualmente esclarecedoras de minha debilidade e fraqueza. Hoje, em vez de me vangloriar quando algo vai bem, agradeço a Deus; em vez de crer na sorte, creio na providência; em vez de me sentir competente, me sinto abençoado. Só assim sou capaz de enfraquecer as partes baixas da minha alma e fortalecer as partes altas, aquelas que se conectam diretamente ao divino; só assim posso dizer que sou feliz.

Feliz Dia de Ação de Graças.

Flávio Quintela

efemero

Em fevereiro de 2016, o diretor da pastoral universitária da diocese de Roma, dom Lorenzo Leuzzi, escreveu uma carta aberta aos universitários da Cidade Eterna para refletir com eles sobre a “cultura do efêmero” – intimamente ligada à mentalidade e às atitudes que o Papa Francisco chama de “cultura do descarte”. Pela sua relevância e atualidade, reproduzimos a seguir esse texto:

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Queridos universitários,

Faz uma semana, nosso Senhor chamou a minha mãe para a vida eterna. Foi uma experiência que me ajudou bastante a repensar a minha vida. Tenho que dizer que experimentei a alegria da ação de graças.

Abraçando os amigos que me deram forças com grande benevolência, procurei identificar o núcleo desta minha experiência de filho, que durou 60 anos. Uma frase famosa de Aldo Moro me veio à mente:

“A estação dos direitos será efêmera se não nascer uma nova estação dos deveres. Este país não se salvará, a estação dos direitos e das liberdades se revelará efêmera se não nascer na Itália um novo senso de dever”.

Amigos queridos, nunca como na hora da morte emerge o grande julgamento sobre a nossa vida: efêmera ou eterna!

Quando Aldo Moro pronunciou aquelas palavras, a sociedade italiana estava diante de uma encruzilhada: ou continuava no caminho da reconstrução, difícil, mas envolvente, ou escolhia o caminho da complacência narcisista, legítima até, mas sem qualquer perspectiva de futuro.

Quando somos jovens, é fácil escolher o segundo caminho, o dos direitos e das liberdades, livre de responsabilidades diante de nós mesmos e dos outros.

Eu recebi o grande presente de acreditar que o hoje é sempre ambíguo, que ele não exaure a nossa existência. Confiar-se ao hoje é construir sobre areia, sobre o efêmero.

Quando estudei o existencialismo, fosse da inspiração cultural que fosse, inclusive religiosa, fui sempre cético. Sim ao hoje! Mas… e o amanhã?

Queridos amigos, o efêmero é o hoje vivido sem passado e sem futuro. É o aqui e agora daqueles que não sabem que têm uma origem e que podem caminhar ao encontro de um objetivo. A morte está diante de mim para me recordar que eu preciso escolher entre confiar no efêmero ou ter um projeto de vida que permaneça e nunca se apague.

Quem pode me libertar do efêmero? Só o amor de Cristo!

Muitos tentaram resolver o problema com propostas de grande envergadura religiosa ou social. Penso no projeto do marxismo, na utopia do progresso contínuo, nas experiências de introspecção psicológica ou de vida espiritual: tudo isso é interessante e fascinante. Mas e eu, por que é que eu tenho que me comprometer se tudo é efêmero?

Os cristãos também sofrem a decepção de uma experiência de fé efêmera, forte e agressiva, mas vazia se, por trás dela, não estiver Ele, o Senhor da história.

(…) Este é o dilema: a novidade do efêmero ou a novidade da vida em Cristo? Em outras palavras: vivo no hoje ou vivo na eternidade? (…) Você quer passar ou quer permanecer? Com Cristo você pode dizer: tudo passa, mas eu permaneço. Confie n’Ele! Ele não quer “alistar” você; Ele só quer que você viva plenamente.

É por isso que Aldo Moro podia dizer com franqueza: a estação dos direitos e das liberdades, sozinha, não é suficiente para construir a história. É necessário algo mais importante: o amor de Cristo, que nos liberta do efêmero.

Só Ele pode nos dar os olhos para vermos a vida com o mesmo amor com que Ele a vê.

Com amizade,

+ Lorenzo, bispo

Aleteia

PureFlixBest

Já anda circulando por aí o trailer do filme Em Defesa de Cristo, produção que estreia em setembro e conta a história de um jornalista investigativo e ateu convicto que se propõe a refutar a existência de Deus depois que sua esposa virou cristã. O filme é da mesma produtora de sucessos no meio cristão como Deus Não Está Morto, de 2014. O que ainda pouca gente no Brasil sabe, porém, é que a produtora, a Pure Flix, mantém desde 2015 um serviço de streaming semelhante à Netflix, apenas com filmes voltados para a família e a fé.

“O sonho que Deus nos deu é oferecer conteúdo de forma constante, de forma a ser uma alternativa ao que Hollywood oferece”, disse David A. R. White, um dos fundadores da empresa, ao The New York Times. Há uma enorme variedade de conteúdo na plataforma. Assim como a gigante do streaming, a Pure Flix mantém no cardápio tanto produções originais quanto de outras produtoras

São mais de 7,5 mil títulos, que englobam diversos outros gêneros além dos filmes e séries com histórias de fé, superação e união do casal e da família. Se na Netflix você pode ver shows de stand-up com comediantes como Marco Luque e Dave Chappelle, no Pure Flix você conta com os episódios do Pure Flix Comedy All-Stars, com estrelas do stand-up norte-americano como Sinbad e Louie Anderson.

Mas se prefere documentários, a opção são séries apresentando a história da Medalha de Honra norte-americana e seus condecorados, um dossiê que tenta provar a verdade do criacionismo e os erros da teoria da evolução, a história da consagradíssima versão inglesa da Bíblia King James, a biografia da ex-secretária de Estado do governo Bush, Condoleezza Rice, ou a explanação dos salmos com o famoso autor Max Lucado

E a Pure Flix ainda oferece uma programação especial para a criançada, com desenhos animados como How Can I Celebrate Halloween?, a história de Digger, um garoto que quer festejar o Halloween, mas é cristão; Theo, um simpático senhor que ensina teologia para crianças; uma versão animada do clássico livro O peregrino, de John Bunyan; e até Ursinhos Carinhosos.

Brasil

O serviço já tem 250 mil assinantes e ainda é restrito aos Estados Unidos e ao Canadá, mas tem pretensões de se expandir para outros países. “Estamos sendo abençoados com um crescimento muito grande”, disse o diretor da empresa, Greg Gudorf, ao jornal nova-iorquino.

Vale lembrar que a companhia ficou entusiasmada com a recepção de Deus não Está Morto e de sua sequência no Brasil, onde, somados, os filmes arrecadaram mais de 2,6 milhões de dólares. Para se ter uma ideia, o Brasil foi a maior bilheteria estrangeira de Deus Não Está Morto 2, com quase 1,5 milhão de dólares – a segunda maior, o México, arrecadou apenas 431 mil dólares.

Para saber mais, acesse o site oficial do Pure Flix.

Felipe Sérgio Koller via Sempre Família

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O trabalho dignifica o ser humano e é o meio para proporcionar o bem-estar material à família. Mas nem sempre é fácil, para o homem e para a mulher, chegar a esse equilíbrio trabalho-família, levando em consideração as exigências do mundo empresarial do mundo de hoje.

As seguintes recomendações pretendem servir de reflexão sobre o negócio mais importante da vida: a família.

Ser eficientes durante o horário comercial: durante a jornada de trabalho, é preciso dedicar a ela toda a concentração e empenho possíveis, de maneira que sejam as horas mais produtivas possíveis e, assim, poder terminar tudo e tempo de ir para casa com calma.

Estabelecer limites e prioridades: a família é o cliente mais importante; portanto, deve ocupar seu lugar na agenda com caráter prioritário e sem opção de ser trocada por assuntos do trabalho.

Para garantir que este compromisso seja inamovível, sugere-se estabelecer encontros com data e hora, como se fosse um compromisso profissional. Isso envolve, além disso, aprender a defender este espaço; muitas vezes, será preciso saber dizer “não” a eventos ou convites que não são determinantes para a vida profissional e, ao contrário, são de grande proveito no lar.

Não levar trabalho para casa:  somente em circunstâncias extremas, que o exijam. É preciso aprender a concluir as tarefas laborais para poder curtir a família, sobretudo nesta era das comunicações, na qual é preciso saber “desconectar-se”: desligar o celular, não ficar revisando e-mails, afastar-se um pouco do computador, para não acabar deteriorando o espaço familiar.

Compartilhar os triunfos e as fracassos: não é justo chegar ao lar mal-humorado devido às dificuldades do trabalho. O cônjuge é um apoio e a pessoa mais indicada para escutar e talvez dar um conselho quando estas situações se apresentam, mas sempre com respeito, confiança e amor.

Contar ao cônjuge sobre as preocupações do trabalho: grandes ou pequenos, elas podem tirar o sono; contar ao cônjuge sobre tais dificuldades permitirá que a compreensão e a empatia fluam no casal, evitando, assim, muitos conflitos. É preciso levar em consideração que, diante de um comportamento agressivo ou retraído sem explicações, a imaginação não demora em começar a voar…

Estar em casa de corpo e alma: alguns pais caem no erro de chegar em casa para assistir televisão ou ficar navegando na internet. Quando se está em casa, é preciso dedicar tempo de qualidade, tanto ao cônjuge como aos filhos. O jantar, por exemplo, é um momento especial para que todos estejam juntos à mesa e comentem as experiências que cada um viveu no dia.

Se não é possível ter uma refeição diária juntos, é preciso buscar outro espaço que permita o diálogo e o lazer em família. O importante é evitar que todos cheguem em casa e fiquem trancados nos respectivos quartos. Cuidado: é preciso lutar por ser uma família “unida”, e não uma família apenas “junta”.

Tempo a sós com o cônjuge: este não é apenas um conselho, mas o resultado de diversas pesquisas que demonstram que um encontro semanal com o esposo(a), sem filhos nem distrações, une o casal e o fortalece – e isso acaba sendo benéfico para os filhos também.

LAFAMILIA.INFO

Businessman With a Pacifier and Bib --- Image by © Robin Bartholick/Corbis

Por Rafael Mansur

Trabalho em uma escola particular com famílias classes A e B, idade entre 26 e 37 anos. Vejo de tudo lá, tudo mesmo… e a coisa que mais tenho visto ultimamente é criança mandando em pai e mãe e pai e mãe tentando mandar na escola.

Tudo começa quando essa geração adulta de hoje, quando criança, foi um pouco mimada. Pouco não, supermimada! Eles cresceram junto à ascensão financeira de boa parte das famílias brasileiras; eles cresceram vendo videogame se popularizar, TV a cabo se tornar real, carrinho de controle remoto aos montes. Essa geração cresceu vendo Xou da Xuxa e desejando tudo que lá aparecia. Essa geração teve a adolescência marcada com a popularização do Windows 95, popularização do celular e aparecimento dos primeiros e-commerces. A grande questão é que essa geração não só viu isso, ela desejou isso, e ganhou muito disso.

Eles foram os primeiros supermimados. Cresceram com a ideia de que tudo a eles poderia pertencer. Qualquer coisa, basta bater o pé no chão, cruzar os braços e pronto… ganhou.

Certa vez, na escola em que trabalho, criamos um álbum de figurinhas no qual os alunos e alunas eram as figurinhas. Deu o maior trabalho fotografar todo mundo, conferir e mandar para a gráfica. Faltando uma semana para lançar o álbum entrou um aluno novo. A mãe (dessas mimadas que estou falando) pediu para inserir o rapaz no álbum. Já tínhamos impresso mais de 14.000 figurinhas, 300 álbuns, empacotado tudo etc… Eu respondi: Não.

A cena a seguir foi assustadora. A mãe falou: “Mas vai ter todo mundo, menos ele? Se for assim eu não quero esse álbum!”  Para visualizar melhor, eu descrevo como estava a postura corporal da pobrezinha: braços cruzados, cara fechada, um bico enorme e batendo o pé firme no chão. (Parecia que eu me via com 9 anos quando minha mãe não me dava as coisas). Assustado ainda, recuperei o fôlego e disse: “Realmente não vou poder ajudar. Já está tudo impresso, é impossível eu refazer este álbum”. Se você que está lendo o texto achou que a cena da pirraça era rídicula, veja o que aconteceu: “Eu pago! Eu pago todos os álbuns, as figurinhas novas, pago tudo! Mas quero meu filho no álbum!”  Eu disse novamente que era impossível, a mãe pegou as coisas dela para ir embora, pegou a mochila da criança e com os olhos cheios de lágrima (é sério) me disse que faria o próprio álbum para o filho dela não sentir. Você deve está achando que a criança tinha 7 ou 8 anos. Não! Ela tinha 2. Nem sabia direito o que era figurinha. A dor toda era da mamãe mimada.

O que me preocupa de fato é saber que este não é um caso isolado. Não sei se a mãe fez o tal álbum (provavelmente fez), mas ela é uma adulta que não sabe aceitar as dores que a vida nos oferece, prefere burlar. Quer ter tudo e acha que tudo a pertence. O problema maior é que uma criança está sendo criada com esse pensamento, está crescendo com a visão de mundo mimada. Melhor (ou pior)… crianças estão sendo criadas com este pensamento.  Vivem dentro da cultura do descarte, do consumo, vivem em um mundo camuflado de presentes de compensação de faltas.

A primeira geração de crianças supermimadas cresceu e se reproduziu. As crianças fruto dessa reprodução estão sendo mimadas ao triplo. Resta-nos agora esperar o dia em que veremos um adulto rolar no chão na fila do restaurante porque não liberaram ainda sua mesa.

Fonte: Radar Escola

 

fome

A Justiça italiana determinou: quem rouba porque não tem nada e está passando fome, fome de verdade, não comete crime. A necessidade não gera culpa criminal. E a propriedade é um bem que não pode vir antes que o ser humano.

O CASO

O protagonista do caso que tem gerado polêmica no mundo inteiro se chama Roman Ostriakov: é ucraniano, está desempregado e tem 36 anos de idade.

Em 2011, Roman foi pego furtando de um supermercado em Gênova, na Itália, dois pedaços de queijo e um pacote de salsichas. Valor total: 4,07 euros (cerca de 16 reais na oscilante cotação nominal atual, mas, na prática, em termos de equivalência de custo de vida, é como se fossem 7 ou 8 reais). Roman foi condenado em primeira instância a seis meses de prisão em liberdade condicional, além de pagar multa de 100 euros. A sentença foi confirmada após recurso, mas agora acabou anulada pelo Supremo Tribunal italiano, que declarou: “O fato não constitui crime”. Para a corte suprema da Itália, não é punível aquele que, impulsionado pela necessidade, rouba de um supermercado pequenas quantidades de comida para “enfrentar” a “imprescindível exigência de alimentar-se”.

Roman Ostriakov já tinha praticado pequenos furtos similares. No caso pelo qual foi polemicamente condenado, um cliente do supermercado o tinha visto furtando os alimentos e avisou os seguranças.

SOLIDARIEDADE

A sentença do Supremo Tribunal italiano, de certa forma histórica, estabelece um precedente relevante ao invalidar os julgamentos anteriores alegando que não houve crime devido às circunstâncias de necessidade imediata que levaram o acusado a furtar aquela pequena quantidade de comida. Além disso, reforça a necessidade social de mais solidariedade.

Massimo Gramellini, editor do jornal italiano La Stampa, comenta que, para os juízes, o direito à sobrevivência prevalece sobre o direito à propriedade. Não se trata, segundo Gramellini, de uma simples discussão ideológica sobre “legitimar a expropriação proletária”; trata-se de comer para sobreviver. E a sentença lembra a todos, conclui o jornalista, que, num país civilizado, nem mesmo o pior dos homens pode morrer de fome.

O QUE DIZ A MORAL CRISTÃ?

Aleteia conversou como o pe. Mauro Cozzoli, professor de Teologia Moral na Pontifícia Universidade Lateranense e capelão de Sua Santidade.

Professor, o sétimo mandamento ordena “não roubar”, mas que tipo de aplicação da norma moral é encontrado na Tradição e no Catecismo?

Pe. Cozzoli: Na tradição moral católica, o direito à propriedade não é um direito primário, mas secundário. Primário é o destino universal dos bens: os bens da terra são para todos, destinados por Deus a toda criatura. Daí o direito primário de todos a se beneficiarem dos bens disponíveis, de forma justa. Traduzido na prática, isto significa a possibilidade moral de usar da propriedade alheia em casos de extrema necessidade, por razões de sobrevivência.

Os juízes estabeleceram, que, em essência, “a fome não é crime”. O que o senhor diz?

Pe. Cozzoli: A fome, própria ou de um dependente, pode ser um caso de extrema necessidade e, portanto, apropriar-se de comida alheia quando se está passando fome não constitui um furto.

Este caso nos traz à mente a lembrança constante do Papa sobre a misericórdia na vida de fé, contra o legalismo da mera norma escrita. É uma comparação adequada?

Pe. Cozzoli: O apelo por misericórdia é uma razão a mais para se compreender e justificar a pessoa que recorre à propriedade alheia tentando resolver uma necessidade elementar e básica, que, de outra forma, não poderia ser satisfeita naquele momento.

É crucial ter a consciência bem formada para não se abusar deste princípio, evidentemente. Pode-se (e deve-se) perdoar um pequeno furto cometido por objetiva necessidade de sobrevivência, apenas de um bem voltado à satisfação direta dessa necessidade urgente e somente na quantidade necessária para esse fim. O que não se pode é ser conivente com quem alega necessidade, mas, na prática, “seleciona” o que “deseja roubar” e rouba aquilo de que não está precisando para sobreviver. É preciso saber julgar com misericórdia, mas também com bom senso e imparcialidade.

Aleteia

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Imagine que, por absurdo, você pudesse viajar no tempo e encontrar Adolf Hitler quando ele ainda era bebê.

Você saberia que, quando crescesse, aquele bebê se tornaria um dos monstros mais cruéis e doentios de todos os tempos, responsável pela tortura e pelo extermínio de milhões de pessoas na pior de todas as guerras já causadas em toda a história da humanidade.

Você teria, diante dos seus olhos e ao alcance das suas mãos, uma chance de impedir uma das mais devastadoras ondas de sofrimento e destruição imagináveis.

Você mataria aquele bebê?

Esta foi a terrível pergunta que o jornal The New York Times lançou aos seus leitores em outubro de 2015, embalado pelo frenesi que havia na época em torno ao filme “De Volta para o Futuro”, com seu enredo de viagens no tempo.

O resultado da pesquisa foi anunciado pelo jornal via Twitter: 42% dos leitores responderam que matariam, sim, aquele garotinho de olhos sonhadores que viria a se tornar o Führer nazista. 30% disseram que não o matariam e 28% não souberam o que decidir.

É importante recordar que as pesquisas via Twitter não têm valor científico, mas este caso, em concreto, sugere uma possível concepção geral de que cada pessoa está de alguma forma “predestinada” a fazer o que faz – e que nada poderia alterar o seu “destino”, exceto, talvez, soluções radicais como o assassinato.

A partir desta concepção, veio uma consequência preocupante: a maioria dos participantes da enquete se declarou disposta a matar um inocente (o menino Adolf) para punir um criminoso (o adulto Hitler).

O caso indica a nossa ilusão de “ler” em cada ser humano um prenúncio de genialidade ou de abjeção, como se tudo já estivesse pré-programado e fosse previsível mediante “metadados”. Vivemos numa época, aliás, em que somos continuamente catalogados e indexados tanto com base no que já fizemos ou dissemos quanto com base naquilo que “potencialmente” faremos ou diremos. Há computadores dedicados a “prever” o nosso comportamento com base em uma complexíssima gama de variáveis supostamente quantificáveis. Não sabemos, por exemplo, até que ponto o Google já nos classificou e arquivou nas suas memórias mais profundas e inacessíveis. O que sabemos é que milhares de empresas pagam milhões de dólares por “inteligência” a nosso respeito – e que, com base nessa “inteligência”, somos definidos como “bons” ou “maus” para determinados interesses econômicos, políticos, ideológicos…

Se isto em si mesmo já é grave o suficiente para merecer reflexões bastante sérias, é ainda mais grave constatar que, quando os “metadados” indicam que algo ou alguém é ou será “mau”, tendemos a acatar essa catalogação sem muito senso crítico.

Foi o que ocorreu nessa brincadeira de eugenia anacrônica do New York Times.

A propósito: você mataria aquele bebê?

Autor: Lucandrea Massaro

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Título Original: ‘Marido envia carta para fotógrafa que retocou fotos de esposa’

Somos nossos piores inimigos, e nosso espelho grita repetidamente. Nos comportamos como tiranos diante da nossa imagem, e o que isso reflete no nosso diálogo interno é verdadeiramente aterrorizante.

“Não sou feliz como sou”. “Tenho um corpo que não me agrada”. “Não me vejo bem”. “Odeio meus dentes, meus seios, meu quadril.” “Sou pele e osso, não tenho forma”. “Estou muito acima do peso”. “Desde a gravidez não recuperei a forma”. “Nunca me aproximo dos outros por medo de que me rejeitem”. “Tenho medo de que me julguem”. “Todos os meus amigos estão namorando, menos eu…”

Se cada vez que nos olharmos no espelho nos rejeitarmos pela gordura dos nossos músculos, pelas dobrinhas das nossas costas ou pelas rugas do nosso rosto,estamos criando um espaço interno dedicado à punição e à humilhação em vez de amor e segurança.

Nem imaginamos o que perdemos por não enxergarmos além do espelho. Não podemos ter ideia de como comprometemos nosso bem-estar cada vez que fugimos de nos observar, nos explorar e de nos reconhecer em nossa figura e nossas imperfeições perfeitas.

Algumas história, algumas fotos e o amor

Tudo começou um dia quando a fotógrafa Victoria Caroline foi contratada por uma mulher para participar de uma sessão de fotos, com a intenção de surpreender seu marido.

Tudo saiu conforme o script, a mulher foi arrebatadora, divertida e muito segura de si mesma. De fato, a fotógrafa ficou muito satisfeita com o resultado e finalizou a sessão bastante feliz.

No entanto, uma vez concluída a sessão, a mulher, que usava tamanho 46, olhou fixamente nos olhos da fotógrafa e disse: “Eu quero que você use o Photoshop para eliminar minhas manchas vermelhas, minha gordura, minhas estrias, minhas rugas e toda aquela carne que está onde não deveria estar.”

Victoria fez seu trabalho, retocou as fotos e imprimiu um maravilhoso álbum com o qual sua cliente ficou muito feliz. Mas com o passar do tempo aconteceu algo que abalou a artista e por isso ela decidiu compartilhar essa história no Facebook: o marido da sua cliente enviou o seguinte e-mail para ela.

“Quando minha mulher me deu o álbum e eu o abri, meu coração ficou em pedaços. É possível perceber que as fotografias são um belo trabalho e obra de uma fotógrafa com muito talento, mas… não são da minha esposa.

Você fez com que cada um de seus defeitos desaparecessem e, ainda que eu tenha certeza de que isso é exatamente o que ela pediu que você fizesse, ao apagá-los, também foram embora as marcas que atestam nossa vida juntos.

Quando foram apagadas as estrias, foi levada a prova de vida de nossos filhos. Ao tirar suas rugas, se foram as marcas de expressão de suas risadas e das preocupações que passamos juntos durante essas duas décadas. Quando suas celulites sumiram, deixaram de existir os momentos em que ela cozinhou e cuidou da nossa família.

Foi ao ver essas imagens irreais que me dei conta de que, sinceramente, não digo com frequência o quanto eu a amo e a adoro como ela é, mesmo com todos os seus defeitos. Certamente ela escuta tão pouco isso que acreditou que essas imagens com Photoshop são realmente o que eu queria e precisava ver.

Honestamente, eu preciso melhorar e celebrar cada imperfeição pelo resto de nossos dias.Obrigado pela lembrança.”

Essa história nos convida a fazer as pazes com nosso corpo e esquecer a guerra por estética que travamos com nosso peso e nossas medidas. Nosso valor depende de nós mesmos, não de nosso corpo. Se desejamos mudar algo, que seja por nossa saúde e não por pressão social.

A chave da beleza está dentro dos olhos com os quais se enxerga, e apenas você pode se sentir linda por dentro e por fora.

Fonte: Mente Maravilhosa

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1948. Festividade de São José, 19 de março. Douglas Hyde[i] se convertia à Igreja Católica. Por ocasião da sua conversão recebeu umas 900 cartas manifestando diversas opiniões e felicitando-o. Esse gentleman fora um dos principais dirigentes comunistas ingleses. Não obstante, vivia numa duplicidade: fervor intenso pelo partido comunista e atração ao extremo pela Idade Média. Paulatinamente, as suas leituras levaram-no a autores como Chesterton e Hilarie Belloc. Devido à influência desses dois autores, Hyde passou do comunismo à aceitação da propriedade privada.

Certo dia lhe encarregaram a redação de uma crítica à Igreja Católica como instituição que se opunha ao século XX. Não conseguia escrever! As leituras feitas já influenciavam assaz sobre a sua maneira de pensar. Uma noite, sua esposa, também do Partido Comunista, desabafou, numa verdadeira explosão, tudo o que pensava sobre o Partido. Hyde, pensando de maneira semelhante, fez simplesmente uma pequena repreensão: “o que você pensa que está fazendo? Por acaso você vai se converter à Igreja Católica ou algo semelhante?” Ao que ela respondeu: “Eu não me importaria de que assim fosse”. E ele interiormente: “Eu também não me importaria”. Os dois resolveram, então, manifestar o que pensavam um ao outro.

Pouco tempo depois, Hyde assistiu sua primeira Missa, compreendia o significado do Sacrifício. Inclusive antes da sua conversão, manifestou sua opinião sobre um debate interno da Igreja Católica. Uma Encíclica de Pio XII, a Mediator Dei, se referia ao incremento das línguas vernáculas na liturgia da Igreja. Hyde mostrou-se em pleno desacordo. Posteriormente, Hyde também participaria da teologia da libertação. Que pena que esse mesmo homem, convertido em 1948, escrevia em 1996: “Há muito não pratico o catolicismo (…) contribuiu a isso o fracasso do Vaticano II em responder às esperanças e legítimas expectativas de muitos, sobretudo, depois da morte de João XIII.” Também foi penoso o fato de que Hyde faleceu cinco semanas depois de escrever essas palavras, aos 19 de setembro de 1996. O funeral dele foi concluído com a reprodução da canção de protesto socialista. Patética ambigüidade: o livro que tinha relatado sua conversão, Eu acreditei, acabou relatando também o final da sua vida.

Do comunismo à propriedade privada, de uma visão popular à defesa do medievalismo mais forte, da revolução à defesa do latim na Liturgia Católica a tal ponto de não entrar em sintonia com Pio XII, do Concílio Vaticano II à uma teologia da libertação, da fé à “incredulidade”. Como a vida humana é complexa e como é importante ser humildes à hora de emitir os nossos próprios juízos!

Como é maravilhoso deixar-se guiar pela Igreja em cada momento e da maneira como ela quer viver a fé de sempre. Já dizia Aristóteles que a virtude, fugindo dos extremos, encontra-se no meio. Os extremismos sempre fazem mal às pessoas: comer demais ou comer nada, ambos extremos podem levar-nos ao hospital. Virtus in medio!

Às vezes nós também, na Igreja, tendemos a esses extremismos: uns poucos casos de pedofilia (sempre lamentáveis!) passaram a ser motivos para culpar o celibato e querer eliminá-lo. Ora, será que não leram suficiente história da Igreja? Alguns abusos litúrgicos (todos lamentáveis!) foram motivos para cair em outros extremos em se tratando de liturgia. E o curioso é que a Igreja Católica tem dentro dela uns vinte ritos que se saúdam em liberdade! O fato de que algum membro de uma paróquia em algum lugar do planeta mostrar-se um pouco cheio de si mesmo (defeito humano bastante desculpável!), talvez fosse suficiente para que a sensibilidade levada ao extremo induzisse um cristão a afastar-se da Missa dominical. Sejamos sinceros: afastar por isso manifesta pouca maturidade na fé e um desconhecimento da natureza humana caída e levantada, mas propensa a cair sete vezes ao dia.

A virtude dos filhos de Deus é equilibrada, inclusive o nosso amor que, paradoxalmente, pode crescer sem limites. Quem ama de veras a Deus e ao próximo se sente livre, com a liberdade gloriosa dos filhos de Deus. O cristão é um seguidor de Cristo. É muito edificante contemplar a Cristo nas páginas do Evangelho: come e bebe com pobres e ricos, passa 40 dias de jejum no deserto, trabalha tanto, reza pela noite, convida os discípulos para descansar, tem sentido de humor. Que equilíbrio tão grande vemos na vida de Jesus. Aprendamos! Tampouco se poderia dizer que o equilíbrio nesse caso seria viver o cristianismo pela metade. A vida de Jesus nos mostra santidade total e, ao mesmo tempo, otimismo e realismo.

A virtude é uma força (virtus), uma disposição, uma energia interior que nos dispõe a fazer o bem evitando o seu oposto. Ter uma boa disposição habitual nos levará a colocar-nos sempre no nosso lugar. Santo Tomás de Aquino dá uma definição de virtude que até nas palavras é de um equilíbrio impressionante: “virtude é aquela qualidade da alma pela qual se vive bem, ou seja, corretamente, e que não serve para nenhum mal”, se falamos das virtudes sobrenaturais da fé, esperança e caridade, há que acrescentar à definição que “Deus as infunde em nós sem a nossa ajuda” (S. Th. I-II, 44, 4, arg. 1).

Como conseguir ser uma pessoa virtuosa? À base da repetição de atos virtuosos. Uma pessoa que procura fazer sempre o bem, não é que ela tenha uma soma de atos bondosos, mas ela mesma acaba sendo uma pessoa boa. Um empresário que sempre atua prudentemente, não tardará em que se lhe reconheça como um homem prudente. Uma pessoa que sempre come com moderação, segundo a quantidade que lhe é necessária, sem avançar no prato nem fazer cara feia diante do que lhe põem, é uma pessoa sóbria, moderada, temperada. Quem sabe se divertir com moderação é eutrapélico (a eutrapelia é virtude que nos dispõe a divertir com moderação!). Não se trata, portanto, de ter virtude, fazendo uma espécie de coleção de virtudes, mas de ser virtuoso, ou seja, prudente, justo, temperado e forte. Quando se trata das virtudes sobrenaturais, trata-se de ser fiel, esperançoso e caridoso.

Todas as virtudes podem crescer. Ambas, virtudes humanas e sobrenaturais crescem ou pelo menos se dispõem a ser aumentadas quando realizamos vários atos virtuosos. No caso das sobrenaturais, ademais, é preciso pedi-las na oração: “Senhor, aumenta a minha fé, a minha esperança e a minha caridade”. Estas virtudes são importantíssimas. Por quê? Pelo simples e grandioso fato de que são elas que nos conduzem a Deus. Deus alcançou-nos com a sua graça e infundiu em nós as virtudes sobrenaturais ou teologais para que, com elas, possamos alcançá-lo.

Uma pessoa virtuosa é sempre agradável, alegre e simpática. Essa pessoa não só é equilibrada, mas deixa a elegância da virtude, com o seu tom de equilíbrio, por onde passa. Vem à minha memória uma das narrações que Charles Dickens, naquele delicioso romance titulado David Cooperfield, faz sobre Inês, a amiga do protagonista do relato, Cooperfield. Inês era uma senhorita gentil, sincera, amável, com uma capacidade de sofrer sem sentir-se vítima. Ela “falava de tal maneira que se percebia a sinceridade que ela transmitia ao expressar-se. Eu chorei tentando ocultar o rosto entre as mãos sem poder compreender a que se devia o bem-estar que eu experimentava ao seu lado. Inês, com a sua maneira plácida de falar, o seu olhar doce e risonho ao mesmo tempo, a sua serenidade cheia de paz, fazia – a meu ver – sagrado o lugar onde ela pisava. Ela acabou com a minha tristeza, fazendo com que eu lhe dissesse tudo o que tinha acontecido comigo desde a última vez que nos tínhamos visto”.

Apresentemos sempre o rosto amável da virtude e convidemos os outros, através do nosso próprio testemunho, a praticá-la. As pessoas do nosso entorno verão que a beleza está sempre no equilíbrio que dá a virtude e não na desarmonia causada pelo vício. Este sempre é algo feio e desumanizador. A virtude, com a sua nobre e simples presença, domina discretamente, e belamente.


[i] Sobre Douglas Hyde, pode ler-se em J. Pearce, Escritores conversos – la inspiración espiritual de uma época de incredulidad, Madrid: Palabra, 2006, págs.310-319.

Pe. Françoá Costa

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Atenção: A postagem não é política e não tem nada a ver com apoio a Temer. A Análise do artigo parte da notícia da Revista Veja mas faz uma reflexão sobre as ideologias, especialmente o feminismo. Ou seja, O Problema não está na esposa do vice presidente, mas nos valores intrínsecos nas palavras” Bela, recatada e do lar” que ofendem as feministas e sua reduzida e pobre percepção da mulher moderna.

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Em fevereiro deste ano, a Revista Veja (foto abaixo) trouxe na matéria de capa o tema “gênero neutro”, sobre pessoas que se identificam nem como meninos nem como meninas – e escrevem alunx, amigue etc. As personagens principais eram duas adolescentes; uma lésbica e uma bissexual. Ambas diziam ter a “sexualidade fluída”, ou seja, admitiam a possibilidade de suas preferências sexuais mudarem ao longo da vida.

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A chamada da capa sugeria um padrão comportamental para a nova geração de jovens, a chamada “geração Z”.

E aí, como a mulherada reagiu? Teve hashtag irônica nas redes sociais… Não?!? Textão no Facebook, das manas dizendo que uma revista de grande circulação não pode fazer apologia a um padrão de comportamento para a juventude… Não?!? Ué…

Três meses depois, a mesma revista publica uma matéria sobre a esposa do vice-presidente Michel Temer. O trecho que afirma que “Michel Temer é um homem de sorte” e o título “Marcela Temer: bela, recatada e “do lar” provocou o choro e o ranger de dentes das feministas. “Isso cria um estereótipo!”, esbravejam.

Deixem de bravata!

O modelo feminino que vigora hoje não valoriza e até mesmo menospreza a mulher “do lar”. Donas-de-casa, na maioria das vezes, são vistas como mulheres “sem profissão” e encostadas no marido. A mulher ideal dos nossos tempos é aquela que bate no peito pra dizer que ganha o próprio dinheiro e não precisa de homem pra nada. Tô mentindo?

Basta ver o perfil da maioria das nossas divas pop internacionais, que são o principal modelo das jovens, pra ver que o recato passa looooonge, e muitas delas nem mesmo querem se apresentar como bonitas: vendem a imagem de bizarras (Lady Gaga e Miley Cyrus) e devassas (Nicki Minaj). Por sua vez, Madonna, Britney, Hihanna, JLo e Beyoncé disputam nos red carpets da vida quem aparece mais pelada. Resultado: pergunte a uma menina ou adolescente o que ela deseja ser no futuro, e dificilmente ela falará que sonha em ser dona-de-casa.

Considere também a cansativa modinha de culto à imagem da pintora Frida Kahlo, que mantinha monocelha, bigode e sovaco peludo não por falta de gilette, mas pelo simples orgulho de ser jaburu. Ninguém dá piti quando a mídia exalta o seu casamento com Diego Rivera. Era uma história di amô taum linda, zênti, mas taaaaaaum linda, que a Frida até tentou se matar!

Frida é festejada como musa, mulher de verdade. Diego era 21 anos mais velho do que ela, mas a esquerdalha nunca chiou por isso. Por sua vez, Marcela é alvo de zombaria – inclusive por ter um marido bem mais velho. Por que a diferença de tratamento das irmãzinhas? Qual o critério que leva a endeusar uma e fazer da outra objeto de chacota? Já sei: Marcela, minha filha, tire esse sorriso maternal da cara, poste uma foto com pouca roupa no Instagram, vire uma baranga comunista e deprimida, e as miga vão te amar!

Para quem não notou, a matéria da Veja não foi nenhuma ode a Marcela – muito pelo contrário. O texto é propositalmente cafona e afetado, fazendo questão desfiar um vasto rol de peruagens e futilidades. Com que objetivo? Para despertar simpatia é que não poderia servir… O deboche é dissimulado. Não percebeu? Leia a matéria de novo.

Miga, sua louca, você não entendeu nada e deu chilique à toa! Serviu de inocente útil da esquerda, dando força para um movimento de mordaça , que achincalha todos aqueles que ousem exaltar o perfil de uma mulher “certinha”.

O QUE DIZ A BÍBLIA? O QUE DIZ O PAPA?

E as mulheres cristãs? Sob quais critérios podemos nos guiar para tomar posição nesse bafafá? Vamos olhar para as Escrituras e para as orientações do nosso Papa.

O texto de Provérbios 31 exalta a mulher que governa com eficiência a sua casa, que não é preguiçosa, que é caridosa com os pobres e abandonados, que fala coisas sábias e inteligentes, que tem o espírito forte.

É BELA? Talvez sim, talvez não… Isso não importa muito: “Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa sim será louvada” (Prov 31,30).

É RECATADA? Claro que sim! Não no sentido de ser retraída, mas no sentido de praticar a virtude da castidade. E esse recato se expressa também no cuidado com as roupas que ela veste: “Quero, do mesmo modo, que as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade…” (Timóteo 2,9). A postura oposta do recato é a indecência; não teria o menor cabimento a Bíblia aprovar esse tipo de coisa, né, gente?

É “DO LAR”? Sim, certamente é uma dona-de-casa muito dedicada! Ela prioriza o cuidado dos filhos e da casa. Mas também é possível que trabalhe fora, pois comercializa seu trabalho e traz rendimentos para a família: “Tece linha e o vende, fornece cintos ao mercador” (Prov 31,24).

Grande parte das mulheres católicas trabalha fora, como Santa Gianna Beretta, que era médica. Porém, temos que zelar para que o governo da nossa casa e a criação de nossos filhos não seja terceirizada. Como bem notou o Papa Francisco na sua última exortação apostólica, há muitos órfãos de pais vivos! Especialmente pela ausência da presença materna.

“O sentimento de ser órfãos, que hoje experimentam muitas crianças e jovens, é mais profundo do que pensamos. Hoje reconhecemos como plenamente legítimo, e até desejável, que as mulheres queiram estudar, trabalhar, desenvolver as suas capacidades e ter objetivos pessoais. Mas, ao mesmo tempo, não podemos ignorar a necessidade que as crianças têm da presença materna, especialmente nos primeiros meses de vida. (…) O enfraquecimento da presença materna, com as suas qualidades femininas, é um risco grave para a nossa terra.”

Papa Francisco. Amoris Laetitia

Crias de Marx fazem rebú quando alguém exalta a mulher “do lar”, porque é preciso que a mulher só se sinta poderosa e valorizada quando está “na rua”. E assim ele tende a ter menos filhos e a ficar menos tempo com eles. Uma família cada vez menor, com pais e mães que vivem mais na rua do que em casa, é mais fácil de ser esfacelada. No seu túmulo, o esqueleto da senhora Sartre deve estar sacolejando de júbilo!

“Não, eu não acredito que mulher alguma deva ter essa opção. Mulher alguma deveria ser autorizada a ficar em casa e cuidar dos seus filhos. A sociedade deveria ser totalmente diferente. As mulheres não deveriam ter essa opção precisamente porque se essa opção existir, demasiadas mulheres irão escolhê-la. Isto é uma forma de forçar as mulheres rumo a uma direção.”

Simone de Beauvoir, diálogo com Betty Friedan. Revista The Satuday Review, 1975

Essa Simone não era aquela mesma que pregava “que a liberdade seja a nossa própria substância”? Sim, mas desde que “liberdade” significasse seguir o seu modelo de vida e arrumar amantes menores de idade para o marido. Liberdade pra ser recatada e “do lar”? Jamé!

Você quer postar hashtag menosprezando o recato feminino e fazer papel de marionete pro fantasma dessa “fofa” marxista? É um direito seu. Eu tô fora.

Fonte: ocatequista.com.br