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Sabe aquelas pessoas que falam que não gostam de algo (ou alguém), mas nunca deram chance ou experimentaram na vida antes?

Ou seja, é puro preconceito, afinal, como você sabe que não gosta mesmo? É so do seu julgamento para fora isso!

O experimento abaixo é a prova disso e uma bela prova.

Alguns estudos revelaram que levamos apenas 7 segundos para criar um impressão sobre uma pessoa baseando-se no seu aspecto exterior. Pensando nisso, convidaram 6 homens para fazer uma refeição juntos.

Porém, essa não era um café da manhã como qualquer outro. Todos os convidados era completamente diferentes um do outro, com diversas origens, classes sociais e estilos de vida, mas eles não tinham como saber, pois tudo aconteceu no escuro.

No vídeo abaixo você pode ver a  reação deles quando a luz se acende! 

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É agravante a decadência moral da sociedade pela falta de consciência de muitos cidadãos, governantes e governados. Está tudo sendo reduzido a nada, o homem está deixando de ser aquilo que é pra ser coisa; é um verdadeiro dominó desmoralizante. A sociedade está perdendo a capacidade de distinguir o bem e o mal, ou não quer nem distinguir para satisfazer seus próprios instintos.

Estamos no estágio de desumanização, um mundo que pisoteia a sua própria consciência negando a sua própria humanidade. “Será inócuo encher as páginas de leis e as prateleiras de códigos, como também será inócuo encher as ruas de policiais,

enquanto a humanidade na for chamada a respeitar a própria consciência.” [1]. É isso que acontece, quando o homem exclui a própria lei da consciência. Ele fica cego, desorientado, causando uma desordem moral.

É o que vemos na sociedade e no mundo, governos querendo legalizar o assassinato de seres humanos inocentes, abrindo portas para o casamento de pessoas do mesmo sexo, a destruição do conceito de homem e mulher com a Ideologia de Gênero; a venda de fetos assassinados cruelmente. É o homem destruindo a sua própria humanidade, levando a sociedade a perder aos poucos sua alma e esperança.

“A maior crise da sociedade é a da consciência. Rouba-se, mata-se, corrompe-se, tapeia-se, prostitui-se, engana-se… como se as consciências estivessem mortas, e como se Deus não existisse.” [2] Precisamos da um salto moral, começando pelas famíliashoje tão atacadas por tantas ideologias que tentam desmontar a célula motriz da sociedade. Os pais precisam se conscientizar e fazer alguma coisa para que a educação dos seus filhos, não seja regida primeiramente pelo Estado; são os pais os primeiros educadores de seus filhos.

A escola hoje está se tornando, ou melhor, já é um lugar que invés de educar os nossos filhos para o bom caráter, está destruindo a moral dos futuros cidadãos. Os nossos filhos estão sujeitos às más influências do Estado. O silêncio aqui não adianta, ou tomamos uma posição frente ao que está acontecendo ou seremos engolidos e esfacelados por esta decadência moral. Somos homens e mulheres com consciência esabemos o que é errado e o que é certo, porém se não lutamos pelo bem moral o mal aos poucos vai escurecendo o que é bom.

Dizia um filósofo existencialista cristão, chamado Gabriel Marcel: “Quem não vive como pensa, acaba pensando como vive.”. É isso que está acontecendo na sociedade em que vivemos, acabamos pensando que o que estamos vivendo é normal; acabamos achando normal abortar bebês, homossexuais se casarem, a venda de fetos abortados etc., e sufocamos a nossa consciência às vezes reta e bem formada, na qual sabemos que tudo isso, não é normal.

Tenhamos uma tomada de consciência à frente da sociedade, e lutemos por uma sociedade consciente, justa e bem formada; que segue a razão, “de acordo com o bem verdadeiro querido pela sabedoria do Criador.”. [3]

1. Aquino, Felipe. A moral católica e os dez mandamentos.

3. Catecismo da Igreja Católica, n. § 1783.

Autor: Francisco Iury Nascimento Lopes

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Uma fileira de cinamomos que por pouco não foram cortados acabou sendo a salvação dos cinco integrantes da família Lauxen, resgatados de helicóptero durante a violenta enchente que assolou nesta semana o município de Saudades, no interior de Santa Catarina.

Clairton Lauxen, de 41 anos, o filho Bruno, 13, e o irmão Alexandre, 38, se amarraram com uma corda em um dos cinamomos para não serem levados pela correnteza do rio Saudades, que transbordou com fúria. Na outra árvore ficaram Vanderlei Lauxen, 40 anos, e a esposa Janice. Todos moram na mesma propriedade, onde mantinham um camping que complementava a renda da família, também dedicada à agricultura.

No início da inundação, eles ficaram no chão agarrados às árvores. Quando a água chegou à altura do peito, eles conseguiram subir aos galhos, onde permaneceram durante cerca de duas horas, e ligar para os bombeiros, que precisaram de um helicóptero da Polícia Civil para resgatar a família.

Agarrado ao cinamomo, Clair viu sua casa ser levada pela correnteza – a mesma casa que, por pouco, não foi o local escolhido para se protegerem. Ele diz que “algo os conduziu aos cinamomos”, que agora não serão mais cortados: em vez disso, receberão placas para recordar o dia em que a vida venceu a morte.

Vanderlei — A gente começou a erguer as coisas [do camping] porque o rio nunca tinha subido de um determinado ponto. Quando começou a subir mais foi que nós resolvemos ir para o lado das árvores. A água estava abaixo da cintura. Mas a correnteza era tão forte que um tinha que ajudar o outro.

Alexandre — A gente tinha que ficar [agarrado às árvores] só com um pé no chão e depois trocar, pois a correnteza não deixava. Depois foi ficando frio e a água batia no rosto. Colocamos o Bruno nos galhos e conseguimos subir um pouco.

Clairton — Os galhos passavam do lado como uma faca e a água fazia ondas como o mar.

Alexandre — Nós só torcíamos para que não viesse uma árvore grande em nossa direção. Teve uma que passou perto e chegou a afundar no chão.

Clairton — Pensava em sobreviver, porque a nossa família iria acabar. O que passamos aqui ninguém merece! Aqui era uma alegria e agora está assim…

Vanderlei — A gente passou duas horas com a correnteza vindo e ameaçados pelos troncos de árvores. Nós não sabíamos se viria resgate, pois não dava para chegar por causa da correnteza. E conseguir um helicóptero seria difícil.

Clairton — [Quando o helicóptero chegou] o Bruno me disse: “Pai, eu vou jogar bola contigo naquele campo!”. Ele passou muita coisa para um menino de 13 anos. Eu o abracei e disse: “Agora você já pode ser chamado de homem”.


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Alexandre — Temos a vida para construir isso tudo de novo.Estamos vivos para construir. A gente até tinha pensado em cortar essa fileira de árvores, mas agora vamos deixar e colocar uma placa em cada uma delas.

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Foram mais de 50 anos juntos, considero-me afortunado e me lembrarei dela enquanto eu viver. Entre muitas coisas, sentirei falta das suas exigências para que eu fosse uma pessoa melhor, pois ela sempre teve expectativas muito superiores às que eu tinha sobre mim mesmo. Isso sem falar do seu esforço pela sua própria superação.
 
Estas exigências já me fizeram reclamar muito, mas hoje sinto falta delas, preciso delas.
 
Meus filhos sentem pena de mim e me visitam frequentemente, passam fins de semana comigo ou eu passo na casa deles. Às vezes, eu os pego olhando-me com ternura e posso adivinhar seus pensamentos: “Pobre papai! Vai sentir muita falta dela!”.
 
Já os ouvi recebendo condolências dos seus amigos, em diálogos com benevolentes comentários sobre o que eles consideravam como uma descrição belíssima do nosso amor: quanto tempo estivemos juntos; como parecíamos felizes convivendo; como nos comunicávamos bem; como compartilhávamos interesses e tantas outras coisas.
 
Sim, todos esses comentários refletem uma realidade, mas só uma parte dela. Não a mais profunda e total realidade do nosso amor, que estava muito acima de tudo isso. Descobri isso no final do caminho, no processo da sua doença.
 
Minha esposa sofreu de Alzheimer. Chegou um momento em que ela não sabia quem era eu, mas o importante era que eu sabia quem era ela. Tive o dom de poder ver sua parte angelical por trás do seu rosto inexpressivo.
 
Assim, podia evocar seu intenso sorriso, a agudeza das suas intuições ao me compreender e atender, suas broncas amorosas, sua alegria de viver, sua exigência por sermos melhores.
 
Ela era como uma pequena ave nas minhas mãos; não podia me oferecer uma companhia dialogante, nem ajuda nas circunstâncias da minha vida. Muito alheia às suas possibilidades, restava a menor das minhas necessidades, que ela costumava atender assim que a percebia enquanto tinha pleno uso de suas faculdades. Esta nova fase era, para mim, a oportunidade de fazer o sacrifício por amor, de ser abnegado.
 
Eu a atendia pessoalmente da melhor maneira possível, e todo o meu ser era para ela. Todo o meu ser para ela! Foi assim que pude compreender uma dimensão do amor conjugal que sempre havia estado presente e que ela com certeza já conhecia. Uma dimensão que iluminava com raios de sol nossa relação, tornando-a mais íntima que nunca. Uma dimensão na qual havíamos construído e reconstruído nosso amor cada dia.
 
Assim, todas as manhãs, eu enfeitava o quarto com os crisântemos de que ela tanto gostava, lia poemas de amor compostos por mim, cantava para ela, fazia cafuné, dançava e lhe contava histórias. Com lições bem aprendidas, eu a amava com um amor que me fazia ser melhor, até o último instante, em que Deus a levou.
 
Entendo que os casais jovens conhecem pouco do amor nesta dimensão. Esta é uma disciplina que terão de cursar, pois o casamento é uma relação de perfeição recíproca dos cônjuges em todos os âmbitos da vida, do mundo cotidiano ao mundo da intimidade mais estrita.
 
É assim que vai se dando o desvelamento da realidade pessoal de cada um, um desvelamento que permite a correção dos defeitos e o desenvolvimento das virtudes, contando com a ajuda e o apoio amoroso do cônjuge.
 
Por isso, são um bem um para o outro.
 
Minhas foi e será o maior bem da minha vida, vindo das mãos de Deus, e sou imensamente grato por isso.

Fonte: Aleteia

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Independentemente se você prefira livros ou revista, ou mesmo se se mantenha informado somente pela internet, o Papa Francisco disse que todas as mídias deveriam encorajar e edificar – e não escravizar.

“Em meus dias – durante a Idade da Pedra –, quando um livro era bom, lia-se; quando um livro era ruim, jogava-se fora”, contou ele a centenas de jovens em Sarajevo nesse sábado (6 de junho).

O papa encerrou a sua visita de um dia à capital deste país balcânico se encontrando com jovens de diferentes religiões e etnias que trabalham como voluntários no Centro Arquidiocesano São João Paulo II. Ele deixou de lado o texto preparado, dizendo preferir tirar algumas dúvidas em vez de discursar.

Um jovem disse ter lido que o papa havia deixado de assistir televisão há muito tempo e, então, quis saber o que o levou a fazer esta escolha.

O papa disse que decidiu, em meados de 1990, parar de assistir TV porque “durante uma noite senti que ter a televisão em casa não me fazia bem, ela estava me alienando”.

Ele não parou de assistir a filmes, no entanto.

Quando era o arcebispo de Buenos Aires, ele ia à rede de TV arquidiocesana para assistir um filme gravado que escolhia especificamente para isso, o que não tinha o mesmo efeito isolador sobre ele, contou.

“Obviamente, eu sou da Idade da Pedra, sou alguém ligado à Antiguidade!”

Os tempos mudaram, disse ele, e as “imagens” se tornaram muito importantes.

Mas mesmo nesta “Idade da Imagem”, as pessoas deveriam seguir os mesmos padrões que valiam lá na “Idade dos Livros: escolher tudo quanto me faz bem”, disse ele.

Os que produzem ou distribuem conteúdo, como as redes de televisão, têm a responsabilidade de escolher programas que promovam valores, que ajudem as pessoas a crescerem e a se prepararem para a vida, programas “que construam a sociedade, com valores que nos ajudam a progredir, e não a regredir”.

Os espectadores têm a responsabilidade de escolher o que é bom, e mudar de canal onde haja “sujeira” e coisas que “me fazem tornar uma pessoa vulgar”.

Embora a qualidade do conteúdo seja uma preocupação, é também fundamental limitar a quantidade de tempo que alguém fica diante da tela de TV, disse ele.

Se “vocês vivem grudados ao computador e se tornam escravos dele, acabam perdendo a liberdade. E se procurarem programas obscenos no computador, então perderão a dignidade”, acrescentou o pontífice.

Mais tarde, em resposta a uma pergunta de um jornalista no avião papal indo de Sarajevo de volta a Roma, o papa disse que o mundo online ou virtual é uma realidade “que não podemos ignorar”.

“Mas quando este mundo virtual nos distancia da vida cotidiana, da vida social, dos esportes, das artes e nós ficamos grudados ao computador, então temos uma doença psicológica”, disse ele.

Conteúdo negativo, continuou, inclui pornografia e conteúdo que é “vazio” ou desprovido de valores, como os programas que incentivam o relativismo, o hedonismo e o consumismo.

“Sabemos que o consumismo é um câncer para a sociedade, que o relativismo é um câncer para sociedade, e eu irei falar sobre isso na próxima encíclica” sobre o meio ambiente, a ser emitida em 18 de junho.

O papa disse que alguns pais não permitem que seus filhos tenham um computador em seus próprios quartos, mantendo-o em espaços comuns de convivência. “Estas são pequenas dicas que os pais encontram” para lidar com o problema dos conteúdos inadequados, disse.

A reportagem é de Carol Glatz, publicada pela Catholic News Service.

A educação moderna exagerou no culto à autoestima – e produziu adultos que se comportam como crianças. Como enfrentar esse problema é o tema da reportagem a seguir, publicada na revista Época.

 

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Os alunos do 3º ano de uma das melhores escolas de ensino médio dos Estados Unidos, a Wellesley High School, em Massachusetts, estavam reunidos numa tarde ensolarada para o momento mais especial de sua vida escolar: a formatura. Com seus chapéus e becas coloridos e pais orgulhosos na plateia, todos se preparavam para ouvir o discurso do professor de inglês David McCullough Jr. Esperavam, como sempre nessas ocasiões, uma ode a seus feitos acadêmicos, esportivos e sociais. O que ouviram do professor, porém, pode ser resumido em quatro palavras: vocês não são especiais. Elas foram repetidas nove vezes em 13 minutos. “Ao contrário do que seus troféus de futebol e seus boletins sugerem, vocês não são especiais”, disse McCullough logo no começo. “Adultos ocupados mimam vocês, os beijam, os confortam, os ensinam, os treinam, os ouvem, os aconselham, os encorajam, os consolam e os encorajam de novo. (…) Assistimos a todos os seus jogos, seus recitais, suas feiras de ciências. Sorrimos quando vocês entram na sala e nos deliciamos a cada tweet seus. Mas não tenham a ideia errada de que vocês são especiais. Porque vocês não são”..

O que aconteceu nos dias seguintes deixou McCullough atônito. Ao chegar para trabalhar na segunda-feira, notou que havia o dobro da quantidade de e-mails que costumava receber em sua caixa de entrada. Paravam na rua para cumprimentá-lo. Seu telefone não parava de tocar. Dezenas de repórteres de jornais, revistas, TV e rádio queriam entrevistá-lo. Todos queriam saber mais sobre o professor que teve a coragem de esclarecer que seus alunos não eram o centro do universo. Sem querer, ele tocara num tema que a sociedade estava louca para discutir – mas não tinha coragem. Menos de uma semana depois, McCullough fez a primeira aparição na TV. Teve de explicar que não menosprezava seus jovens alunos, mas julgava necessário alertá-los. “Em 26 anos ensinando adolescentes, pude ver como eles crescem cercados por adultos que os tratam como preciosidades”, disse ele à revista Época. “Mas, para se dar bem daqui para a frente, eles precisam saber que agora estão todos na mesma linha, que nenhum é mais importante que o outro”.

A reação ao discurso do professor McCullough pode parecer apenas mais um desses fenômenos de histeria americanos. Mas a verdade é que ele tocou numa questão que incomoda pais, educadores e empresas no mundo inteiro – a existência de adolescentes e jovens adultos que têm uma percepção totalmente irrealista de si mesmos e de seus talentos. Esses jovens cresceram ouvindo de seus pais e professores que tudo o que faziam era especial e desenvolveram uma autoestima tão exagerada que não conseguem lidar com as frustrações do mundo real. “Muitos pais modernos expressam amor por seus filhos tratando-os como se eles fossem da realeza”, afirma Keith Campbell, psicólogo da Universidade da Geórgia e coautor do livro Narcisism epidemic (Epidemia narcisista), de 2009, sem tradução para o português. “Eles precisam entender que seus filhos são especiais para eles, não para o resto do mundo”.

Em português, inglês ou chinês, esses filhos incensados desde o berço formam a turma do “eu me acho”. Porque se acham mesmo. Eles se acham os melhores alunos (se tiram uma nota ruim, é o professor que não os entende). Eles se acham os mais competentes no trabalho (se recebem críticas, é porque o chefe tem inveja do frescor de seu talento). Eles se acham merecedores de constantes elogios e rápido reconhecimento (se não são promovidos em pouco tempo, a empresa foi injusta em não reconhecer seu valor). Você conhece alguém assim em seu trabalho ou em sua turma de amigos? Boa parte deles, no Brasil e no resto do mundo, foi bem-educada, teve acesso aos melhores colégios, fala outras línguas e, claro, é ligada em tecnologia e competente em seu uso. São bons, é fato. Mas se acham mais do que ótimos.

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A expectativa exagerada dos jovens foi detectada no livro Generation me (Geração eu), escrito em 2006 por Jean Twenge, professora de psicologia da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos. No trabalho seguinte, em parceria com Campbell, ela vasculhou os arquivos de uma pesquisa anual feita desde os anos 1960 sobre o perfil dos calouros nas universidades. Descobriu que os alunos dos anos 2000 tinham traços narcisistas muito mais acentuados que os jovens das 3 décadas anteriores. Em 2006, dois terços deles pontuaram acima da média obtida entre 1979 e 1985. Um aumento de 30%. “O narcisismo pode levar ao excesso de confiança e a uma sensação fantasiosa sobre seus próprios direitos”, diz Campbell. Os maiores especialistas no assunto concordam que a educação que esses jovens receberam na infância é responsável por seu ego inflado e hipersensível. E eles sabem disso. Uma pesquisa da revista Time e da rede de TV CNN mostrou que dois terços dos pais americanos acreditam que mimaram demais sua prole.

Sally Koslow, uma jornalista aposentada, chegou a essa conclusão depois que seu filho, que passara 4 anos estudando fora de casa e outros dois procurando emprego, voltou a morar com ela. “Fizemos um superinvestimento em sua educação e acompanhamos cada passo para garantir que ele tivesse sua independência”, diz ela. “Ao ver meu filho de quase 30 anos andando de cueca pela sala, percebi que deveria tê-lo deixado se virar sozinho”. Que criação é essa que, mesmo com a garantia da melhor educação e sem falta de atenção dos pais, produz legiões de narcisistas com dificuldade de adaptação? Os estilos de criação modernos têm em comum duas características. A primeira é o esforço incansável dos pais para garantir o sucesso futuro de sua prole – e esse sucesso depende, mais do que nunca, de entrar numa boa universidade e seguir uma carreira sólida. Nos Estados Unidos, a tentativa de empacotar as crianças para esse modelo de vida começa desde cedo. Escolas infantis selecionam bebês de 2 anos por meio de testes. Isso acontece no Brasil também. No colégio paulista Vértice, um dos mais bem classificados no ranking do Enem, há fila para uma vaga no jardim da infância.

O segundo pilar da criação moderna está na forma que os pais encontraram para estimular seus filhos e mantê-los no caminho do sucesso: alimentando sua autoestima. É uma atitude baseada no “movimento da autoestima”, criado a partir das ideias do psicoterapeuta canadense Nathaniel Branden, hoje com 82 anos. Em 1969, ele lançou um livro pregando que a autoestima é uma necessidade humana. Não atendida, ela poderia levar a depressão, ansiedade e dificuldades de relacionamento. Para Branden, a chave para o sucesso tanto nas relações pessoais quanto profissionais é nutrir as pessoas com o máximo possível de autoestima desde crianças. Tal tarefa, diz ele, cabe sobretudo a pais e professores. Foi uma mudança radical na maneira de olhar para a questão. Até a década de 1970, os pais não se preocupavam em estimular a autoestima das crianças. Temiam mimá-las. O movimento de Branden chegou ao auge nos Estados Unidos em 1986, quando o então governador da Califórnia, George Deukmejian, assinou uma lei criando um grupo de estudos de autoestima. Os pesquisadores deveriam descobrir como as escolas e as famílias poderiam estimulá-la.

Os pais reuniram esses dois elementos – o desejo de ver o filho se dar bem na vida e a ideia de que é preciso estimular a autoestima – e fizeram uma tremenda confusão. Na ânsia de criar adultos competentes e livres de traumas, passaram a evitar ao máximo criticá-los. O elogio virou obrigação. Para fazer com que as crianças se sintam bem com elas mesmas, muitos pais elogiam seus filhos até quando não é necessário. O resultado é que eles começam a acreditar que são bons em tudo e criam uma imagem triunfante e distorcida de si mesmos. Como distinguir o elogio bom do ruim? O exemplo mais comum de elogio errado, dizem os psicólogos, é aquele que premia tarefas banais. Se a criança sabe amarrar o tênis, não é necessário parabenizá-la por isso todo dia. Se o adolescente sabe que é sua obrigação diária ajudar a tirar a mesa, diga apenas “obrigado”. Não é preciso exaltar sua habilidade em dobrar a toalha. Os elogios mais inadequados são feitos quando não há nada a elogiar. Se o time de futebol do filho perde de goleada – e o desempenho dele ajudou na derrota –, não adianta dizer: “Você jogou bem, o que atrapalhou foi o gramado ruim”. Isso não é elogio. É mentira.

Para piorar, um grupo de psicólogos afirma agora que a premissa fundamental do movimento da autoestima estava errada. “Há poucas e fracas evidências científicas que mostram que alta autoestima leva ao sucesso escolar ou profissional”, diz Roy Baumeister, professor de psicologia da Universidade Estadual da Flórida (EUA). Ele é responsável pela mais extensa e detalhada revisão dos estudos feitos sobre o tema desde a década de 1970. Descobriu que a autoestima alta é provocada pelo sucesso – não é causa dele. Primeiro vêm a nota boa e a promoção no trabalho, depois a sensação de se sentir bem – não o contrário. “Na verdade, a autoestima elevada pode ser muitas vezes contraproducente. Ela produz indivíduos que exageram seus feitos e realizações”. Outra de suas conclusões é que o elogio mal aplicado pode ser negativo. “Quando os elogios aos estudantes são gratuitos, tiram o estímulo para que os alunos trabalhem duro”, afirma.

Com uma visão distorcida de suas qualidades, com dificuldade para lidar com as críticas e aprender com seus erros, muito jovens narcisistas não conseguem se acertar em nenhuma carreira. Outros vão parar na terapia. Esses jovens acham que podem muito. Quando chegam à vida adulta, descobrem que simplesmente não dão conta da própria vida. Ou sentem uma insatisfação constante por achar que não há mais nada a conquistar. Eles são estatisticamente mais propensos a desenvolver pânico e depressão. Também são menos produtivos socialmente. Em terapia desde os 15 anos, Priscila Pazzetto tem hoje 25 e não hesita em dizer que foi e ainda é mimada. “Uma vez pedi para minha mãe me pôr de castigo, porque não sabia como era”, afirma. Os pais se referem a ela como “nossa taça de champanhe”, a caçula de três irmãos que veio brindar a felicidade da família num momento em que seu pai lutava contra um câncer. “Nasci no Ano-Novo. Quando assistia às chuvas de fogos na TV, meus pais diziam que aquilo tudo era para mim, para comemorar meu aniversário”, diz Priscila. Quando cresceu, nada disso a ajudou a terminar o que começava. Tentou inglês, teatro, tênis, karatê, futebol, jiu-jítsu e natação. Interrompeu até o hipismo, pelo qual era apaixonada. Estudou em 7 colégios particulares de São Paulo e, com frequência, seu pai precisou interferir para que ela passasse de ano. Passou em 3 vestibulares, mas não concluiu nenhum curso superior. “Simplesmente não me sinto motivada a ir até o fim”, afirma. Ainda morando com os pais, Priscila acaba de fazer um curso técnico de maquiagem e diz que arrumou emprego na butique de uma amiga. Tenta começar de novo.

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Esses modelos de criação domésticos são chamados pelos psicólogos de “estilo parental”. Não é uma atitude isolada ou outra. É o clima emocional criado na família graças ao conjunto de ações dos pais para disciplinar e educar os filhos. Eles começaram a ser estudados em 1966 pela psicóloga Diana Baumrind, pesquisadora da Universidade da Califórnia em Berkeley. De acordo com sua observação, ela dividiu os pais em 3 tipos: os autoritários, os permissivos e aqueles que têm autoridade, os competentes. O melhor modelo detectado por psicólogos, claro, são os pais competentes. Eles são exigentes – sabem exercer o papel de pai ao impor limites e regras que os filhos devem respeitar –, mas, ao mesmo tempo, são flexíveis para escutar as demandas das crianças e ceder, se julgarem necessário. A criança pode questionar por que não pode brincar antes de fazer o dever de casa, e eles podem topar que ela faça como queira, contanto que o dever seja feito em algum momento. Mas jamais admitirão que a criança não cumpra com sua obrigação. Ao dar limites, podem ajudar o filho a aprender a escolher e a administrar seu tempo. Os filhos de pais competentes costumam ser muito responsáveis, seguros e maduros. Têm altos índices de competência psicológica e baixos índices de disfunções sociais e comportamentais .

Os piores resultados vêm da criação de pais negligentes. Eles não são exigentes, não impõem limites e nem estão abertos a ouvir as demandas dos filhos. Segundo pesquisas brasileiras – com amostras pequenas, que não devem ser tomadas como definitivas –, esse é o estilo parental que predomina no país nos últimos anos. Quando se fala em estilo negligente de criação, isso não quer dizer que a criança está abandonada e não receba o suficiente para suprir suas necessidades materiais e de afeto. O problema é mais sutil. Com medo de parecer repressores, esses pais hesitam em impor limites. “É uma interpretação errônea dos modelos educacionais propostos a partir da década de 1970. Eles pregavam que a criança não deveria ser cerceada para que pudesse manifestar todo seu potencial”, diz Claudete Bonatto Reichert, professora do Departamento de Psicologia da Universidade Luterana do Brasil. “Provavelmente, a culpa que os pais sentem por trabalhar fora leva a isso”.

Se parece difícil implantar em sua casa o modelo dos pais com autoridade, ainda há outra esperança. Nem todos concordam que os pais sejam totalmente responsáveis pela formação da personalidade dos filhos. A psicóloga britânica Judith Harris, de 74 anos, ficou famosa por discordar do tamanho da influência dos pais na criação dos filhos. Para ela, se os filhos lembram em algo os pais, não é graças à educação, mas à genética. “Os pais assumem que ensinaram a seus filhos comportamentos desejáveis. Na verdade, foram seus genes”, afirma. O resto, diz Judith, ficará a cargo dos amigos, a quem as crianças se comparam. É por isso que ela acha inútil tentar dar aos filhos uma criação diferente da turma do “eu me acho”. “Houve uma mudança enorme na cultura”, afirma. “As crianças são vistas como infinitamente preciosas. Recebem elogios demais não só em casa, mas em qualquer lugar aonde vão. O modelo de criação reflete a cultura”.

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Na sua catequese desta quarta-feira, na Praça de São Pedro em Roma, o Papa Francisco relembrou alguns problemas e desafios que a família enfrenta atualmente e tratou o tema do matrimônio à luz o episódio evangélico das bodas de Caná. Na sua alocução o Papa respondeu à pergunta: “Por que os jovens não querem casar-se e preferem a convivência?”

Nas Bodas de Caná, “Jesus não só participou daquele matrimônio, mas ‘salvou a festa’ com o milagre do vinho!”, destacou o Pontífice. Este foi o “primeiro dos seus sinais prodigiosos, onde Ele revelou sua glória, durante um casamento, e foi um gesto de grande reverencia por esta família que começava, solicitado pelo afã materno de Maria”.

Deixando o texto que tinha preparado para sua catequese, o Papa improvisou: “E isto nos faz recordar o livro do Gênesis, quando Deus termina a obra da criação e realiza sua obra-prima; a obra-prima é o homem e a mulher. E aqui Jesus começa os seus milagres com esta obra-prima, em um casamento, em uma festa de núpcias: um homem e uma mulher. Assim, Jesus nos ensina que a obra-prima da sociedade é a família: o homem e a mulher que se amam!”.

O Pontífice reconheceu que desde a época das bodas em Caná até hoje, muita coisa mudou, “mas esse sinal de Cristo contém uma mensagem sempre válida”.

“Hoje em dia não é fácil falar do matrimônio como uma festa que é renovada com o passar dos anos, nas diversas fases da vida dos cônjuges”.

“É um fato que, hoje, as pessoas que se casam são a minoria”, ressaltou o Papa Francisco.

“Em muitos países aumentou o número de separações, e diminuiu a quantidade de filhos. A dificuldade de permanecer juntos –seja como casal ou como família– leva a romper as uniões sempre com maior frequência e rapidez, e os filhos são os primeiros a sofrer as consequências de uma separação”, acrescentou o Santo Padre.

O Papa assinalou: “Se você experimenta, desde pequeno, que o casamento é um laço ‘por tempo determinado’, inconscientemente para você será assim. Na verdade, muitos jovens são levados a renunciar ao projeto para si mesmo de um laço irrevogável e de uma família duradoura”. Acredito que devemos refletir com seriedade sobre por que tantos jovens ‘não sentem vontade de casar-se’”.

O Pontífice atribuiu esta situação à ““cultura do provisório”; tudo é provisório, parece que nada é definitivo”.

Essa realidade dos jovens que não querem se casar constitui, segundo o Santo Padre, uma das maiores preocupações dos tempos atuais. “Por que frequentemente as pessoas preferem conviver, e muitas vezes com uma ‘responsabilidade limitada’? Por que muitos –também entre os batizados– têm pouca confiança no matrimônio e na família?”.

“É importante procurar compreender isto, se quisermos que os jovens possam encontrar o caminho certo a ser percorrido. Por que não confiam na família? Para o Pontífice, “as dificuldades financeiras não são o único motivo. Há quem cite como provável causa a emancipação da mulher.”.

O Papa também assegurou: “Na verdade, quase todos os homens e as mulheres desejam uma segurança afetiva estável, um matrimônio sólido e uma família feliz”.

“A família é o principal valor de todos os níveis de satisfação entre os jovens; mas, por medo a equivocar-se, muitos não querem pensar no matrimônio; embora sejam cristãos não pensam no matrimônio sacramental, sinal único e exclusivo da aliança, que se transforma em testemunho da fé. “Talvez justamente esse medo de errar seja o maior obstáculo para acolher a Palavra de Cristo, que promete a Sua graça à união conjugal e à família”.

O Papa destacou também que “o testemunho mais persuasivo da bênção do matrimônio cristão é a vida boa dos esposos cristãos e da família. Não existe maneira melhor de explicar a beleza do sacramento!”.

“O matrimônio consagrado por Deus cuida desta união entre o homem e a mulher que Deus abençoou até o fim da criação do mundo; e que é fonte de paz e de bem para a vida conjugal e familiar”.

Francisco manifestou: “A semente cristã da radical igualdade entre os cônjuges deve levar hoje novos frutos. O testemunho da dignidade social do matrimônio se transformará em persuasivo através deste caminho, o caminho do testemunho que atrai. A vida da reciprocidade entre eles, da complementariedade”.

“Por isso, como cristãos, devemos ser mais exigentes com respeito ao matrimônio. Por exemplo: apoiar com decisão o direito a uma retribuição igualitária pelo mesmo trabalho; a desigualdade é um escândalo!”, afirmou.

Além disso exortou a “reconhecer como riqueza sempre válida a maternidade das mulheres e a paternidade dos homens, beneficiando especialmente as crianças.

Antes de concluir, oPapa pediu a todos os fiéis que não tenham medo de convidar Jesus à nossa “festa das bodas”. “Não tenhamos medo de convidar a Jesus à nossa casa para que esteja conosco e cuide da nossa família, e também sua Mãe Maria!”.

“Os cristãos, quando se casam ‘no Senhor’, são transformados em sinal eficaz do amor de Deus. Os cristãos não se casam somente para si: casam-se no Senhor em favor de toda a comunidade, de toda a sociedade”, concluiu Francisco, anunciando que, na catequese da próxima semana, dará continuidade à reflexão sobre a beleza da vocação do matrimônio cristão. 

Fonte: ACI

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Correu o mundo na semana passada a imagem de uma senhora de 81 anos de idade abraçando e beijando um senhor de 93. Tal encontro não teria nada de surpreendente, não fosse ela a judia Eva Kor submetida quando criança a “experimentos científicos” promovidos pelos nazistas. E não fosse o ancião um dos carrascos da SS julgado agora na Alemanha pela cumplicidade na morte de 300 mil judeus, entre eles os pais e irmãs de Eva, assassinados nas câmaras do campo de extermínio de Auschwitz – aliás, ele se tornou conhecido como o “contador de Auschwitz” pelo fato de administrar objetos de valor pilhados das vítimas.

O fato de Eva abraçá-lo não significa que ela o absolva, trata-se tão somente de gesto de generosidade humana de uma senhora após 70 anos do final da guerra. “O perdão é a maior vingança de todas”, escreveu ela em uma crônica no jornal inglês “The Times”. “Mas friso que perdoar não significa deixar de responsabilizá-lo por seus atos”.

Antonio Carlos Prado e Elaine Ortiz

Revista Isto É

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“… a Lei Natural, que é a marca do Criador na criatura, está acima das leis positivas humanas”

Um tema muito atual, mas, paradoxalmente, pouco tratado é o da objeção de consciência. Esta pode ser entendida como um tipo de resistência à autoridade pública por motivos íntimos, ou seja, quando o cidadão julga, de modo bem fundamentado, que as determinações da autoridade são injustas e, por isso, não merecem obediência, mas, sim, oposição.

Seu uso se perde no tempo, de modo que já os estudiosos da mitologia falam de Antígona, a heroína de um mito grego, imortalizada numa tragédia de Sófocles. Em nome de uma lei superior não escrita, que é a Lei Natural Moral, ela desobedeceu ao edito de seu tio, o rei Creonte, de privar de sepultura seu irmão Polinice. Contudo, surpreendida durante o rito funerário, ela foi condenada a ser sepultada viva. Mostrando-se insubmissa à norma legal, que estava em oposição à moral natural, Antígona resolveu, de modo exemplar, um problema de consciência que se colocou aos homens desde o início da História: se as autoridades ordenam fazer o mal, a quem se deve obedecer? A esses detentores do poder terreno? Ou a Deus e à própria consciência?

A resposta da mitologia pagã, reconhecendo que a lei humana não é a lei suprema, coincide com a resposta da Revelação divina, expressa por São Pedro em sua réplica aos chefes do Sinédrio, quando eles o proibiram de pregar: “Deve-se obedecer antes a Deus que aos homens” (At 5,29).

Foi em nome dessa regra de ouro que, desde os primeiros séculos do Cristianismo, muitos mártires preferiram morrer a incensar os falsos deuses, ou violar os Mandamentos do Decálogo e os preceitos da Lei natural.

Ora, entre nós, há cerca de vinte anos ou mais, quando raramente se falava em objeção de consciência logo se pensava naqueles que alegavam razões religiosas, éticas ou mesmo convicções políticas para não participarem de uma guerra considerada injusta ou para se recusarem a servir às Forças Armadas.

Dentro desse contexto, vários países trataram da questão, inclusive o Brasil que, no artigo 143 § 1, da Constituição Federal de 1988, propõe a dispensa do serviço militar a quem alegue motivos de consciência para não o cumprir.

Contudo, com a reviravolta ética dos últimos anos, os casos de objeção de consciência se ampliaram, pois perguntas novas surgiram: Como deve agir um médico que recebe ordem judicial para executar um aborto? (…) Qual deve ser a atitude de um professor, de um aluno ou de seus pais ao verem que determinada instituição de ensino ministra conteúdos contrários à sua consciência religiosa ou ética? Que ação terá um biólogo ante a manipulação ou a destruição de embriões humanos congelados? Que fará um farmacêutico ante a abortiva “pílula do dia seguinte”?

Essas são algumas das questões impostas pela vida de nossos dias. Diante delas a Igreja Católica recomenda ao fiel, sob pena de pecado, que alegue objeção de consciência, pois a Lei Natural, que é a marca do Criador na criatura, está acima das leis positivas humanas.

No entanto, a “ditadura do relativismo”, muito denunciada pelo Papa Bento XVI, vem atacando, em diversos países, também esse direito básico do ser humano à objeção de consciência, a fim de que seja realizada mais amplamente a destruição da vida e da família, valores básicos da civilização cristã.

Daí, se perceber, desde já, que frente a essa ditadura, não é fácil alegar e sustentar o direito humano básico à objeção de consciência. Contudo, temos, à luz da fé, uma certeza: ninguém é tentado acima de suas forças (cf. 1Cor 10,13). Afinal, como ensinava o renomado teólogo brasileiro Dom Estevão Bettencourt, O.S.B. (†2008): “A divina Providência nunca falta a quem lhe é fiel, como também não falta aos infiéis”.

*Vanderlei de Lima é filósofo e escritor. Autor do livro “Obedecer antes a Deus que aos homens” (Ed. Própria, 2013, 96p) Contato: toppaz1@gmail.com.

Gary Ridgway

Nem o desprezo, nem o sofrimento dos familiares das suas vítimas, nem as palavras carregadas de ódio conseguiram provocar alterações no olhar indiferente de Gary Leon Ridgway, o “assassino de Green River”.
 
Só o perdão sincero mostrado pelo pai de uma das mulheres assassinadas por ele o comoveu… até as lágrimas.
 
Esta é a breve, mas profunda sequência do julgamento realizado em novembro de 2003 nos Estados Unidos, que aparece neste vídeo, uma eloquente expressão do poder do perdão.
 
Ridgway, assassino confesso de 71 pessoas, foi condenado a 49 sentenças consecutivas de prisão perpétua sem direito de acesso à liberdade condicional.

Fonte: UPSOCL

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Publicamos para os nossos leitores a tradução que fizemos de uma carta aberta de filha ao seu próprio pai; este tinha sido um viciado em pornografia. Pelo seu teor pode ser de ajuda para pessoas que tenham circunstâncias parecidas. A carta original em inglês pode ser lida aqui

 

***

Querido Papai:

Em primeiro lugar gostaria que você soubesse que te amo e que te perdoo por tudo o que isso fez na minha vida. Também gostaria de dizer o que exatamente o seu vício à pornografia fez na minha vida. É provável que você ache que isso só afetou você, ou também a sua relação com a minha Mãe, mas é justo que você saiba que também teve um grande impacto em mim e em todos os meus irmãos.

Achei os seus vídeos pornográficos em algum lugar no seu computador quando tinha por volta de doze anos, justo quando começava a me tornar mulher. Em primeiro lugar achei muito hipócrita da sua parte tentar me ensinar o que sim e o que não valia a pena ver em termos de vídeos, filmes e televisão quando você regularmente mantinha a sua mente entretida com esse lixo. Os seus conselhos sobre o cuidado que tinha que ter com as coisas que via simplesmente não tinham nenhum significado para mim.

Devido à sua pornografia percebi que a minha mãe não era a única mulher que você olhava. Quando saíamos juntos desenvolvi uma grande sensibilidade para dar-me conta de quando você ativava o seu olhar sensual por outras mulheres, cartazes ou coisas. Isso me ensinou que todos os homens têm um lado indecente no qual não se pode confiar. Aprendi a suspeitar, e até mesmo a desprezar os homens pelo modo depravado que percebiam as mulheres.

Lembro-me que você tentou falar comigo sobre a modéstia, sobre como a minha maneira de vestir afeta as pessoas ao meu redor e sobre a importância de valorizar-me pelo meu interior. As suas ações, porém, me diziam que só seria verdadeiramente bonita e aceita se eu me visse como as mulheres das capas de revistas ou as dos seus vídeos pornográficos. Os seus discursos só serviam mesmo para deixar-me profundamente irritada.

Quando cresci essas ideias tornaram-se mais fortes graças à cultura em que vivemos. Tudo ao meu redor estava gritando que a beleza é algo que só pode ser alcançada se você se vê e atua como “elas”. Também aprendi a confiar cada vez menos em você, porque nada do que você dizia era coerente com o que você fazia. Já nessa época vivia preocupada com a possibilidade de não poder encontrar nunca um homem que me aceitasse e amasse pelo que sou e não pela minha cara bonita.

Quando convidava amigas para casa me perguntava como você as via. Se para você eram só minhas amigas e nada mais, ou se também você as imaginava nas suas fantasias. Nenhuma filha jamais deveria perguntar algo assim sobre o seu pai.

Conheci um homem. Uma das primeiras coisas que lhe perguntei foi se ele também via pornografia. Sou grato a Deus que essa prática nunca tenha tocado sua vida de forma significativa. No entanto, ainda temos brigas por causa das profundas raízes que tem no meu coração a desconfiança com os homens. Sim, apesar de todos os anos que passaram, a sua pornografia também afetou a relação que atualmente tenho com o meu atual marido.

Se eu pudesse dizer só uma coisa para você sobre este tema, diria o seguinte: a pornografia não só afetou a sua vida, mas afetou a vida de todos os que estávamos ao seu redor da forma que você nunca poderá imaginar. Até hoje em dia me afeta graças também ao peso que esta tem na nossa sociedade. Tenho medo do dia em que tenha que falar com o meu pequeno filho sobre a pornografia e seus poderosos e insaciáveis alcances; quando tenha que dizer-lhes como o vício à pornografia, como a maioria dos pecados, não só afeta à própria pessoa.

Como já disse, eu te perdoei. E sou profundamente grata pelo trabalho que Deus tem feito na minha vida neste campo. É uma área em que eu ainda tenho que lutar de vez em quando, mas me ultrapassa a gratidão para com a ajuda que Deus e meu esposo me deram. Rezo para que você tenha superado este vício e para que todos os homens que o consideram inofensivo abram os seus olhos para a verdade.

Com amor, a sua filha

(O autor preferiu permanecer anônimo)

Chapolin

O cardeal Norberto Rivera Carrera, arcebispo Primaz do México, e da Arquidiocese da cidade do México, expressou suas mais sentidas condolências pelo falecimento do ator e roteirista Roberto Gómez Bolaños, “Chespirito“, (apelido carinhoso que os mexicanos lhe deram e que relembra o escritor Shakespeare), especialmente conhecido pelos seus personagens “Chaves”  e “Chapolin Colorado”. O ator mexicano faleceu sexta-feira passada aos 85 anos em Cancun.

“Ao longo de sua carreira, foi a alegria de muitas gerações de mexicanos e do público em geral, para além das nossas fronteiras”, disse o comunicado publicado pelo sistema de informação da Arquidiocese do México.

Também indicam que Roberto Gómez Bolaños foi “um grande promotor da vida familiar, e através de seus personagens, soube mostrar com simplicidade valores como a amizade e a solidariedade, além de que foi um incansável defensor da vida humana desde o momento da concepção”.

Por fim, asseguram as suas orações “pelo eterno descanso da sua alma”, se juntam à dor sentida pelos seus familiares, amigos, companheiros de trabalho e seu público no geral.

Durante este fim de semana foram muitas as pessoas, públicas e anônimas, que agradeceram ao ator pela sua vida e obra, por alegrar a infância de mais de uma geração em muitos países de língua espanhola.

Vida que poderia não ter chegado a ver a luz já que o mesmo Bolaños disse uma vez que aconselharam sua mãe a abortar quando estava grávida dele”. “Oi, sou seu amigo Chespirito. Quando estava no ventre da minha mãe, ela sofreu um acidente que a deixou à beira da morte. O médico lhe disse: ‘Vai ter que abortar’. E ela respondeu: ‘Abortar? Eu? Jamais’. Ou seja, defendeu a vida, minha vida. E graças a isso estou aqui”. O spot formava parte de uma campanha pró-vida no México, por ocasião da lei de descriminalização do aborto em 2007.

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Contrariando a atração à frivolidade das mensagens virais que tomam a internet, uma antiga foto de um homem que se recusou a fazer o cumprimento nazista se espalha pelo Facebook e faz sucesso na rede mundial de computadores. Enquanto dezenas de pessoas saúdam o Terceiro Reich, o homem permanece de braços cruzados e com um semblante de desdém.

A imagem foi feita em 1936 – em plena Alemanha Nazista – no Porto de Hamburgo, onde a multidão se aglomerava para assistir ao lançamento de um navio militar. O cidadão se chamava August Landmesse e era operário do estaleiro de Hamburgo. Apesar de ter ingressado no Partido Nazista em 1931, ele foi expulso em 1935 por ser casado com uma judia. A união lhe valeu duas filhas e a prisão por “desonrar a raça ariana”. Em 1941, August foi libertado e enviado à guerra. Em pouco tempo no campo de batalha foi dado como desaparecido em combate e declarado morto. Já a mulher de August teria sido presa pela Gestapo, a polícia secreta nazista, e depois desaparecido.

A história veio à tona apenas em 1991, quando August foi identificado. Ao ver a foto num jornal alemão, Irene, uma de suas filhas, o reconheceu. Enquanto sua irmã foi morar com a avó materna, Irene foi enviada a um orfanato e depois adotada. Em 1996, ela escreveu um livro contando a história da família.

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