Das 7.100 línguas faladas sobre a Terra, mais de 3.700 não têm nenhuma tradução das Escrituras. Para ser preciso “a Bíblia inteira foi traduzida para 700 línguas, pouco mais de 1.500 possuem o Novo Testamento e outras 1.100 apenas algumas partes, dos Salmos aos Evangelhos”.

Trabalho não falta, considerando que “para uma tradução é preciso muito tempo”, explica o professor Schweitzer ao Corriere: “Se tudo correr bem, para o Novo Testamento são necessários entre três e quatro anos e para toda a Bíblia sete e oito”.

Não importa por quantas pessoas um idioma seja falado. No ano passado, as Sociedades Bíblicas (“trabalhamos com todas as denominações cristãs”) contribuíram para traduzir os textos sagrados em 66 línguas faladas por 440 milhões de pessoas. Entre as traduções da Bíblia, havia línguas como Rote (falada na Indonésia por 30 mil pessoas), Malto (Índia, 51 mil), Kalanga (Botsuana, 142 mil) ou Lusamia-Lugwe (650 mil em Uganda e Quênia).

Entre as versões do Novo Testamento aquelas em língua Lemi (Mianmar, 12.000 falantes) e Blin (Eritreia, 112.000).

A questão das línguas indígenas também está sendo abordada no Sínodo da Amazônia.  A tradução da Bíblia pode proteger idiomas em extinção? “Pode ser um efeito, mas esse não é o objetivo principal”, explica o teólogo. “Para nós, o essencial é que seja a comunidade cristã local a querer uma tradução e esteja envolvida no trabalho. Nosso trabalho é realizado com igrejas locais, são formados tradutores na língua materna “.  Além disso, “a tarefa de construir uma ponte entre o hebraico ou o grego antigos e as línguas mais remotas do presente – eventualmente não há equivalentes para ‘redenção’ ou ‘perdão’- é um trabalho imenso, com grupos de tradutores, e nunca termina”, considera Schweitzer: “Línguas e culturas evoluem. Trata-se também de retraduzir: uma versão litúrgica antiga não pode ser proposta para os jovens de hoje”.

 Fonte : Corriere della Sera, 11-10-2019.

Hoje, expor publicamente símbolos da fé cristã é um escândalo nos EUA, principalmente na Cidade de Nova Iorque. Mas nem sempre foi assim. E uma foto da Cidade de Nova Iorque, logo antes da Páscoa de 1956, prova que os cidadãos americanos não tinham vergonha de mostrar publicamente que eram cristãos.

Nova Iorque em 1956

Dê uma olhada nessa foto da Semana Santa quando a Cidade de Nova Iorque estava recordando, em 1956, a morte de Jesus e celebração de sua ressurreição dos mortos e compare com a Cidade de Nova Iorque hoje, que se tornou o centro do esquerdismo nos EUA.

A foto mostra prédios com luzes formando a cruz.

“Enormes cruzes, formadas por janelas iluminadas, brilham sobre o horizonte de Nova Iorque como parte de uma exposição de Páscoa no distrito financeiro de Manhattan,” segundo Snopes.

Essa cena, fotografada da parte de cima do prédio municipal, tem cruzes de 50 metros de altura em importantes prédios comerciais.

Repare que essa foto foi publicada originalmente em 31 de março de 1956, exatamente dias antes da Páscoa, que foi em 1 de abril. Isso significa que bem antes da Páscoa a Cidade de Nova Iorque e seus prédios mais importantes já estavam celebrando Jesus Cristo.

Quem tirou a foto nunca imaginou que os EUA passariam de uma nação que respeitava o Cristianismo para uma nação que nega suas raízes cristãs.

Hoje, esquerdistas ficam furiosos quando os cristãos usam seus estabelecimentos comerciais para expressar sua fé em Cristo. Mas eles ficam muito alegres quando grandes estabelecimentos comerciais iluminam seus prédios com as cores da agenda homossexual.

Julio Severo

Nos últimos meses, tornou-se viral no Brasil um clipe musical de algumas religiosas, vestindo seus hábitos, tocando e cantando em um estilo pop-rock; muitos se perguntaram quem eram aquelas consagradas e a ACI Digital traz a resposta com uma entrevista exclusiva.

Trata-se do grupo musical Siervas, formado por religiosas das Servas do Plano de Deus, uma congregação fundada em Lima (Peru), em 1998. Esta banda católica surgiu em 2014, através de uma “Deuscidência”, como definem as próprias integrantes.

Naquele ano, as integrantes do grupo começaram “a viver juntas na mesma comunidade graças às missões que naquele momento tínhamos; nós dizemos que é uma ‘Deuscidência’, não simplesmente uma coincidência, pois nasce de Deus”, assinala Ir. Arisa Cárdenas, japonesa e violinista.

A partir daquele momento, passaram a viver juntas religiosas com dons e estudos musicais, provenientes de 7 nacionalidades diferentes, como Peru, Chile, Equador, Costa Rica, Japão, China e Filipinas.

Foi então que “a ideia de formar este grupo surgiu em setembro daquele ano, com a finalidade evangelizadora e também de arrecadar fundos para abrir uma nova casa em uma aldeia em Angola (África)”.

Nesse sentido, desde seu princípio, a banda traçou aquilo que seria o seu norte: a evangelização e o trabalho solidário. “Chamamo-nos ‘Siervas’ porque, com nossa música, nos colocamos a serviço de Deus, da Igreja e dos necessitados, levando uma mensagem de esperança, de amor e arrecadando fundos para realizar obras solidárias”, explica Ir. Arisa.

Para essas religiosas, sua missão consiste em evangelizar através de “uma linguagem universal”, que é a música, pois, como consagradas, o “maior desejo” delas “é que Deus tenha espaço na cultura contemporânea”.

“E a música, como meio universal que é, ajuda para que Sua mensagem possa chegar, tanto de modo direto ou indireto, através das letras e melodia, no nosso caso, nos valemos do gênero pop, pop-rock e latin-pop, porque gostamos e responde aos gostos do mundo atual”, assinala.

Tanto as letras como as melodias das canções são compostas e interpretadas pelas próprias religiosas, que combinam “violino, clarinete com instrumentos modernos como bateria, guitarra e baixo”.

“Nas Siervas, buscamos fazer uma música que chegue a todas as periferias, inclusive existenciais, aos católicos afastados, aos cristãos que não são católicos ou até mesmo aos ateus. Fazemos música que se possa escutar a todo momento, música com uma mensagem que possa acompanhar as pessoas em sua vida diária”, descreve.

Segundo a religiosa, “Deus tem que ser anunciado nas periferias existenciais das quais o Papa Francisco tanto tem falado, e nossa música tem a missão de chegar aos corações de quem mais necessita de Deus”.

Nesses quatro anos de missão das Siervas, sua música cruzou fronteiras, com apresentações em diversos países, chegando inclusive ao Papa Francisco. Em 2016, por exemplo, na viagem do Pontífice ao México, o grupo participou da Missa em Ciudad Juárez, na fronteira com os Estados Unidos.

“Alegra-nos muito que a mensagem de esperança, de Deus, chegue cada vez a mais pessoas e nos alegra muitíssimo saber que há pessoas que foram ajudadas por nossa música, pessoas que se encontravam em situações difíceis, doenças, depressões, pessoas afastadas da Igreja, ateus”, sublinha a violinista.

Para as integrantes do grupo, é motivo de felicidade saber que sua missão musical levou “muitos a entenderem suas próprias experiências e até mesmo a como se relacionar com Deus através de nossa música”. Isso, garante, “motiva a seguir com este projeto criado por Deus”.

Além disso, o grupo de religiosas também tem sido diante dos jovens um verdadeiro testemunho vocacional. De acordo com Ir. Arisa, “somos muito felizes vivendo nossa vocação”.

“Além da música, nosso principal carisma é servir às pessoas que sofrem, aos mais necessitados, aos frágeis e enfermos através de nossas obras de caridade”, ressalta e acrescenta que, “se nossa vida pode ajudar para que outros sejam felizes descobrindo a sua” vocação, “isso nos alegra e nos convida a viver com maior responsabilidade essa vida tão bela que é a consagrada”.

Por fim, Ir. Arisa deixa um recado aos jovens, convidando-os a recordar “que não devemos ter medo de dar tudo, de perguntar a Deus o que sonhou para nós”, pois, “essa é a garantia da felicidade, fazer o que Ele quer”.

Para conhecer mais e acompanhar a missão das Siervas, é possível seguir sua página no Facebook canal no Youtube.

Uma imagem de São Inácio de Loyola de óculos Wayfarer traz a frase “São Ináciohipster/ canonizado a bala antes de ser Santo”. Para entender a piada, primeiro é preciso saber que hipsters têm a mania irritante de fazer as coisas “antes de todo mundo” e depois que São Inácio foi baleado na perna por um projétil antes de se converter. Por isso, a brincadeira com a bala.

Bem-vindo ao mundo dos memes católicos.

(Foto: Facebook.com/CatholicMemeBase)

Richard Dawkins cunhou o termo “meme” em seu livro de 1976 O Gene Egoísta, como forma abreviada da palavra memética (do grego “o que é imitado”). Memes expressam comportamentos, atitudes e ideias culturais de pessoa para pessoa através de imitação e da variação. Um meme da internet, basicamente, é qualquer coisa que possa ser transmitida de pessoa para pessoa na internet. Isso inclui vídeos, frases, links e, mais popularmente, imagens sobrepostas com texto escrito.

Ainda que quase tudo o que é compartilhado na internet possa ser considerado meme, o termo é mais usado para exemplos bem-sucedidos e duradouros. É difícil prever o que vai pegar, mas os memes que viralizam geralmente têm um equilíbrio perfeito entre humor absurdo e replicabilidade. Os memes virais funcionam na medida em que podem ser interpretados como piadas e também podem ser personalizados e aplicados a diferentes situações e públicos. Os memes mais populares podem ser reutilizados para piadas internas entre grupos de amigos.

(Foto: Brandon Ocampo/Catholic Memes)

É por aí que começam os memes católicos. Brandon Ocampo, ministro de campus da arquidiocese de Newark, lembra o nascimento dos memes católico no Catholic Memes on Tumblr, em uma entrevista à America. Tudo surgiu há oito ou nove anos, quando um grupo de amigos católicos começou a aplicar piadas religiosas a memes conhecidos como All the Things e Success Kid. Quando os memes compartilhados entre amigos cresceu ainda mais, Ocampo, 22 anos, pensou: “Seria fantástico ter nossa própria página. É uma forma muito boa de evangelizar as pessoas.” Ele começou com o Tumblr e depois criou uma página no Facebook e no Twitter. “Não precisamos falar sério da nossa fé o tempo todo”, explica Ocampo, e os memes nos permitem “provocar perguntas e conversas”.

A original página do Catholic Memes no Facebook tem mais de 38.000 seguidores. Ocampo observa que ficou mais difícil criar conteúdo novo depois de começar a faculdade e a trabalhar em período integral. Por isso, a página muitas vezes compartilha mensagens de outra página de memes católicos do Facebook, gerenciada pelo uCatholic.

“O objetivo do uCatholic é alcançar as pessoas onde estiverem”, disse Ryan Scheel à America. “O Catholic Memes é um carisma particular dessa missão”. Scheel, 37 anos, fundou tanto o portal uCatholic como a página Catholic Memes, que tem mais 359.000 seguidores. Com sede em Cleveland, Scheel e o sobrinho, Billy Ryan, um estudante da Universidade de Akron de 20 anos, são os administradores da página e, segundo eles, o conteúdo atinge mais de um milhão de usuários do Facebook por semana.

“Usamos a mesma linguagem que a internet usa”, explica Scheel, mas com o objetivo de promover o ministério da Igreja.

Na verdade, a evangelização é uma marca registrada da missão tanto do uCatholiccomo da Catholic Memes. A página de Ocampo exibe o seguinte slogan:

“Evangelização através de memes”. “Através de algo que faz rir é que se provoca os corações das pessoas a buscar Cristo de forma mais autêntica”, afirma.

Scheel e Ryan também veem sua página como parte da nova evangelização, trazendo a mensagem da Igreja para um universo cada vez mais secular. Segundo eles, 62% do público tem entre 18 e 24 anos. Para Scheel, a página no Facebook permite que jovens “conversem sobre coisas que talvez não conversariam” sem esse estímulo.

“A igreja está esquecendo o que diz São Paulo: primeiro se dá leite, depois alimento sólido”, argumenta Scheel. Referindo-se à 1ª Carta aos Coríntios e a Carta aos Hebreus, ele diz que a Catholic Memes permite que jovens católicos aprendam os princípios da fé. Em vez de discutir temas específicos de dentro da Igreja, como as traduções litúrgicas, os jovens que comentam no Facebook “estão interessados em relíquias, santos, liturgias, belas igrejas [e] abstinência”, afirma Scheel.

Apesar de a evangelização ser o cerne da Catholic Memes, Scheel não tem expectativas irreais de criar um meme perfeito para levar os jovens ao catolicismo. “Não convertemos ninguém”, diz Scheel, “mas plantamos sementes que mais tarde podem ser regadas na vida dessas pessoas”.

De acordo com o bispo auxiliar da diocese de Sydney, Richard Umbers, os memes católicos são “peculiares, têm um apelo imediato, mas também algum mistério”. Umbers, 46 anos, recentemente escreveu no The Washington Post: “Sou um bispo católico apostólico romano. E faço memes de Jesus”. Ele diz à America que os memes são como parábolas no evangelho, concebidos para uma cultura oral. É fácil lembrar os detalhes de uma parábola e aplicar diferentes significados com base em diferentes contextos. Da mesma forma, os memes trabalham para a nossa cultura visual, explica Umbers, “porque é possível aplicar diferentes significados à mesma imagem várias vezes”.

Para o bispo, os memes tem que ver com “ganhar o coração das pessoas, não discussões”. Ele acredita que as pessoas são atraídas para o conteúdo católico on-line por causa da explicação do Papa Francisco em “Laudato Si'” de que “tudo está conectado”. Para Umbers, a Catholic Memes pode apresentar uma visão de mundo fora do convencional, mas, ainda assim, racional.

Postar memes no Twitter e no Facebook é uma extensão do escritório episcopal do Bispo Umbers. “O que você vê no Twitter é a minha personalidade de verdade”, diz. Em seu próprio interesse pelo inusitado, o bispo interage com católicos e não católicos na internet, em um novo tipo de apostolado. “É um transbordamento da vida espiritual interior”, afirma.

Ainda que alguns memes possam levar os leitores a refletir sobre o catolicismo, os criadores dizem que o verdadeiro trabalho de evangelização acontece nos comentários. “É lindo ver uma piada virar perguntas e respostas de verdade nos comentários”, diz Ocampo. Scheel concorda com esse sentimento, dizendo que fica surpreso com o quão “tradicional e ortodoxo” o público-alvo é. Os comentários dão às pessoas “a oportunidade de atacar a Igreja e de defender a Igreja apologeticamente”.

Como muitas vezes acontece na internet, no entanto, conversas saudáveis entre pessoas respeitosas podem degringolar rápido. Os administradores de ambas as páginas leem os memes e os comentários e excluem os mais ofensivos. Ryan, que se identifica com o título curioso de memeólogo, também analisa todos os memes submetidos à página da comunidade Catholic Meme. Ele diz que “filtra tudo o que vise causar polêmica de forma descarada”, como memes com blasfêmia explícita. E quando vê encontros particularmente improdutivos nos comentários, tenta resolver a situação postando um GIF engraçado.

“Temos uma linha de respeito na página”, diz Scheel, “mas isso não significa que não sejamos espertinhos”. Ao filtrar vulgaridades e blasfêmias explícitas, os administradores dizem que não se intimidam por memes que causam discussão. Memes sobre não católicos, por exemplo, devem ser piadas leves em relação às diferentes visões de mundo. “É como se provocaria um amigo com quem saímos para beber”, disse.

Enquanto a ausência de conversa civilizada não é um problema exclusivo da página do Catholic Meme, há uma grande tensão nos comentários. A salvação das almas parece ser colocar um link em cada comentário para uma página apologética. Por mais prudentes que as pessoas sejam, os comentários dos memes controverso sobre os protestantes ou sobre a missa em latim não parecem um debate espirituoso entre semelhantes, mas sim um grito frustrado no vazio.

(Foto: Facebook.com/CatholicMemeBase)

Este meme relacionou uma cena do novo filme do Star Wars às diferenças entre as bíblias protestante e católica, despertando uma discussão que passou ilesa pelo crivo dos administradores da página. Um luterano comentou que dizer que “Martinho Lutero removeu livros da Bíblia” era uma leitura reducionista da história e os católicos responderam em bando, argumentando e corrigindo.

No final, a discussão ecumênica acabou numa competição para escrever o comentário derradeiro ao argumento dos outros, deixando ambos os lados frustrados. Houve acusações de heresia (ainda que em níveis variados de ironia) de ambos os lados, tentando encerrar a conversa. Mesmo os mais fiéis e ortodoxos acabam sendo vítimas das brigas nos comentário.

Mas para os criadores de meme, trolls e comentários depreciativos são casos isolados. “Talvez, no Juízo Final, olhem os memes que eu não fiz”, brinca o bispo, dizendo que é importante não cair na guerra da internet. “Assim como no sermão, é bom ser impactante, mas não é bom bater sempre na mesma tecla”.

Em vez disso, o bispo Umbers, que também é pároco, destaca o senso de comunidade que existe on-line. “São pessoas reais vivendo debates reais”, diz. Para ele, as pessoas mudam de ideia sobre várias questões com base nas relações que desenvolveram on-line. Afirma, ainda, que as comunidades on-line não substituem a paróquia, mas são “experiências complementares” da comunhão católica.

É impossível não se seduzir pelo idealismo de ser encontrado nas comunidades católicas de memes. Os memes são um novo tipo de linguagem, afirma o bispo, que a Igreja precisa falar. Enquanto a Igreja Católica nos Estados Unidos continua lidando com a queda do número de jovens na igreja, será que as comunidades on-line como a Catholic Memes vão ser suficientes para interligar Igreja e mundo? Será que as piadas internas dos que já falam a língua da Igreja são interessantes para o mundo externo? Os criadores de memes e seus ávidos seguidores certamente acreditam que sim.

Angelo Jesus Canta, SJ, publicada por ‘America’, 14-03-2018.

Em 28 de julho de 2013, último dia da viagem apostólica do Papa Francisco ao Brasil, foi celebrada a Missa de encerramento da XXVIII Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Participaram daquela celebração eucarística, também chamada de “Missa de Envio“, cerca de 3,7 milhões de peregrinos.

Número histórico

De todas as edições da JMJ já realizadas no mundo, foi a segunda com mais fiéis reunidos, atrás apenas da edição de 1995 na capital filipina, Manila, com 4 milhões de peregrinos.

A prefeitura do Rio de Janeiro afirmou que a Missa de Envio da JMJ 2013 foi o maior evento já realizado em toda a história da Cidade Maravilhosa do ponto de vista da quantidade de pessoas presentes. E isso considerando grandes shows e festivais internacionais de música ocorridos na cidade, um carnaval que é apelidado de “maior espetáculo da Terra” e um réveillon que é reconhecido entre os mais concorridos do planeta.

O próprio Ministério do Turismo do Brasil informou que a JMJ 2013 trouxe a maior movimentação de turistas da história do país até então.

Quem pagou a conta?

O custo estimado do evento católico foi de R$ 118 milhões. Quem pagou foi a própria Igreja, mediante o seu Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. A participação do governo do Estado e da Prefeitura do Rio de Janeiro se concentrou no que já é sua obrigação: a segurança e o atendimento médico das pessoas. O prefeito carioca da época, Eduardo Paesconfirmou este fato em entrevista à Rádio Globo:

“Quem paga pelas despesas da JMJ é o Comitê Organizador Local (COL), criado pela Igreja Católica. Não pagamos pelo palco, pelos shows, pela hospedagem do Papa. Tudo o que tem a ver com a infraestrutura do evento é pago pelo COL da JMJ”.

Paes reafirmou que os governos federal, estadual e municipal devem colocar à disposição da população serviços como saúde e segurança, da mesma forma que o fazem em quaisquer grandes aglomerações de pessoas, como o carnaval, o réveillon e, para citar outro exemplo de evento religioso, a “Marcha para Jesus”, organizada anualmente por denominações evangélicas.

Mesmo assim, houve protestos enviesados: já no primeiro dia de visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro, manifestantes contrários ao que chamavam de “gastos públicos com um evento religioso particular” entraram em conflito com a polícia.

2017-2018: na maior crise da história do Rio, o maior show de fogos da história do Rio

Neste réveillon que deu as boas-vindas a 2018, um Rio de Janeiro onipresente nos noticiários graças ao ápice da crise econômica, política, social e moral que o assola há anos realizou a sua maior queima de fogos de artifício de todos os tempos.

Ao contrário do ano anterior, em que, devido à crise, houve apenas um palco para os shows e 12 minutos de queima de fogos, o réveillon de Copacabana nesta virada de 2017 para 2018, apesar da crise que não apenas prosseguiu como ainda piorou, contou com mais shows que se estenderam pela madrugada: DJ Tucho, Alex Cohen, Ana Petkovic, Belo, Cidade Negra, Frejat, Anitta, DJ Luis Henrique e as escolas de samba Portela e Mocidade Independente de Padre Miguel, vencedoras do carnaval 2017. 12 telões gigantes espalhados pela praia destacavam cenas tanto dos shows quanto da queima de nada menos que 25 toneladas de fogos de artifício, disparados a partir de 11 balsas na baía da Guanabara e que adornaram os céus de Copacabana durante 17 minutos, diante de um público de 2,4 milhões de pessoas, conforme dados divulgados pela Riotur.

Para organizar os shows pirotécnicos de réveillon no Rio de Janeiro, são necessários em média 90 dias de preparação e uma equipe de 1.500 pessoas.

Segundo o presidente da Riotur, Marcelo Alves, o investimento para este réveillon foi de R$ 25 milhões, sendo 82% captados junto à iniciativa privada. Entre os gastos, foram estimados pelo menos 8 milhões de reais com estruturas de palco a serem bancadas pela prefeitura. O BNDES(Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) foi um dos “patrocinadores” do evento, com 2 milhões de reais – dinheiro que também é público. Este patrocínio foi dado mediante a Lei Rouanet, criada em 1991 para incentivar projetos culturais e fomentar novos talentos, mas que está continuamente na berlinda por bancar projetos de grandes artistas já consagrados, bem como por acusações de favorecimentos, falta de transparência e adoção de critérios ideológicos favoráveis a projetos alinhados com a assim chamada “agenda da esquerda”.

Vida real

Enquanto isso, o Rio de Janeiro registra hospitais municipais com superlotação, falta de insumos, equipamentos danificados e cidadãos que morrem na fila à espera de um atendimento que não é prestado. Servidores públicos dependem de esmolas de amigos e familiares para sobreviver aos atrasos contínuos no pagamento dos seus salários. Pelo menos duas empresas de ônibus que atendiam ao município deixaram de operar e outras estão em litígio com a prefeitura, aumentando a crise no transporte público da cidade. Os números da violência equivalem aos de países em guerra, com casos frequentes de balas perdidas que matam civis dentro de suas próprias casas e crianças dentro de suas próprias escolas, além de um número recorde de policiais executados. Regiões da cidade são controladas quase inteiramente pelo crime organizado, diante da impotência do Estado e do fracasso das suas políticas de segurança.

Já no primeiro dia deste novo ano, a página inicial dos principais sites de notícias do país estampam: “Rocinha, no Rio, tem intenso tiroteio nas primeiras horas de 2018“.

O atual prefeito, Marcelo Crivella, da Igreja Universal do Reino de Deus, remete a culpa pela falta de recursos, na maior medida, à Olimpíada de 2016. Já o ex-prefeito Eduardo Paes rebate dizendo que “não se contraiu um real de dívida para se construir qualquer estádio para a Olimpíada. Todos já estão pagos”.

Um mês antes de resolver conceder seu “patrocínio” ao réveillon, o BNDES chegou a dizer, pela boca de seu presidente Paulo Rabello de Castro, que “o Rio de Janeiro está em estágio terminal“.

O remédio terá sido queimar fogos durante 17 minutos?

Se você não sabe,  já estamos vivendo em um mundo de mídia social orientado para “vídeo”. Mais e mais conteúdo que mais cresce em plataformas sociais como Facebook e Instagram é o vídeo.

Se você deseja alcançar mais pessoas e criar mais impacto para a sua evangelização, então você precisa entender que todas as plataformas de redes sociais estão se movendo em direção a essa ideia de que o vídeo é a principal opção de publicação de conteúdo.

Por exemplo, Mark Zuckerberg disse: “Há dez anos, a maioria do que compartilhavamos e consumiamos on-line era o texto. Agora são fotos, e logo mais será vídeo. “- Mark Zuckerberg

 Aqui estão algumas estatísticas importantes para você entender como acontece o consumo de vídeo em plataformas sociais:

1) 85% dos vídeos no Facebook são assistido sem som (mudo).

Você sabia que o vídeo do Facebook possui uma ferramenta de legenda mágica que adicionará legendas automaticamente ao seu vídeo? Você pode entrar e fazer pequenos ajustes nas legendas antes de sua postagem entrar em ação.

Infelizmente este recursos está apenas disponível em inglês. Você até pode ter um vídeo seu com áudio em português, porem a legenda irá aparecer em inglês. Em breve imagino que o Facebook irá lançar esta ferramenta com suporte em português.

 

2) 52% do público do Facebook prefere conteúdo de vídeo pré-gravado, enquanto 48% prefere conteúdo de vídeo ao vivo.

É um empate técnico. Na verdade eles não se importam tanto sobre a maneira que você sobe este vídeo, muito embora o Facebook dê mais impulso orgânico a vídeos que são feitos ao vivo. Neste caso, o ao vivo tende a ter um alcance inicial bem maior que o vídeo gravado.

 

3) 39% do público do Facebook é mais propenso a assistir “vídeos com legendas” até o final. Legenda retem a atenção do internauta.

Quer mais engajamento e interação? Use legendas/Subtitles que o resultado do seu vídeo será ligeiramente melhor.

 

4) Os consumidores de vídeos do Facebook são mais propensos a interagir e assistir até o final as seguintes temáticas de vídeo:

  • Vídeos informais de Bastidores – “causa muito comentário”
  • Vídeos engraçados – “Curtir e compartilhar”
  • Vídeos educacionais – “Compartilhar”
  • Vídeos emocionais “Like and Share”

5) 63% do público decide em menos de 30 segundos se vai ou não vai assistir o vídeo até o final (43% do publico decide em menos de 15 segundos!)

O que você aprende com isso? Você precisa capturar a atenção do usuário para o seu vídeo nos primeiros 15 segundos. Esqueça aberturas e artes gráficas longas. Pule logo para o que interessa, afinal você só tem 15 segundos pra segurar a atenção e audiência. Se vira nos 15.

 

6) Apenas 39% dos produtores de conteúdo estão criando vídeos quadrados e/ou verticais.

O consumo digital de vídeo acontece em sua grande esmagadora maioria pelo smartphone, na tela do celular.  Vídeo quadrado se destaca e é claramente o caminho a seguir para alcançar mais pessoas. Os vídeos quadrados são maiores em uma tela de smartphone do que um vídeo normal de dimensão 16: 9 como estamos acostumados em uma TV ou no próprio youtube. Use vídeo quadrado, isso fará seu público parar. Não quer dizer que o 16: 9 não funciona. Mas que há uma oportunidade bem maior em alcançar a atenção do publico ao usar o formato quadrado.

Lembrando que isto é um hábito de consumo em uma rede social como Facebook e Instagram, tendo em vista, que o Youtube é altamente relevante usando formatos 16:9, mas o Youtube é um canal de vídeo e muitos usuários ao usa-lo em tela cheia precisa rotacionar o celular.

7) 84% do público do Facebook está assistindo vídeos em um dispositivo móvel

Referente ao ponto 6, tudo o que ajudar o seu vídeo a ser mais visto é bom. Além disso, quando as pessoas estão no celular elas são muito mais propensas a passar pela timeline rapidamente. Obter a atenção inicial ao passar o mouse ou dedo é muito importante.

 

8) 56% da audiência do Facebook, assiste vídeos à noite, e 38% muito tarde da noite.

O público geralmente tem mais tempo a noite para assistir o vídeo, e é interessante que foi detectado que bem tarde da noite também tem uma grande quantidade de pessoas assistindo vídeos. Isso se dá pelo habito que muitas pessoas tem, (“eu tambem faço muito isso”) de surfar pela timeline do Facebook enquanto estão deitados na cama antes de dormir.

Portanto, o agendamento torna-se especialmente importante. Se você criar um vídeo longo e publicá-lo na parte da manhã, é menos provável que seja visto.

André Câmara

No Calvário, onde o crucificado termina sua existência terrena, Jesus “tem a última conversa com um pecador, para lhe abrir de par em par também a ele as portas de seu Reino”, e isto “é interessante: é a única vez que a palavra ‘paraíso’ aparece nos Evangelhos”.

Papa Francisco concluiu seu ciclo de catequese dedicado à esperança cristã, que começou no início do ano litúrgico, e dedicou hoje sua reflexão ao paraíso, ressaltando que Jesus, com um milagre que se repete hoje, “nos leitos de tantos hospitais ou nas celas das prisões”, o promete a um “pobre diabo” que lhe pede o perdão, porque “o paraíso não é um lugar como nas fábulas, nem muito menos um jardim encantado”, mas “o abraço com Deus” que perdoa. “Se acreditamos nisto, a morte deixa de nos causar medo, e podemos inclusive esperar partir deste mundo de maneira serena, com muita confiança”.

“Paraíso”, disse o Papa, “é uma das últimas palavras pronunciadas por Jesus na cruz, dirigida ao bom ladrão. Detenhamo-nos um momento nesta cena. Na cruz, Jesus não está sozinho. Junto a Ele, à direita e à esquerda, estão dois malfeitores. Talvez, passando diante dessas três cruzes içadas no Gólgota, alguém lançou um suspiro de alívio, pensando que finalmente se fazia justiça condenando à morte gente assim. Junto a Jesus também está um réu confesso, que reconhece ter merecido aquele terrível suplício. Nós o chamamos de o “bom ladrão”. Opondo-se ao outro, disse: ‘nós recebemos o que merecemos por nossas ações’”. 

“No Calvário, nessa sexta-feira trágica e santa, Jesus chega ao extremo de sua encarnação, de sua solidariedade conosco, pecadores. Aí se realiza o que o profeta Isaías havia dito do Servo sofredor: ‘foi contado entre os culpados’. E é aí, no Calvário, que Jesus tem a última conversa com um pecador, para lhe abrir também a ele as portas de seu Reino. Isto é interessante: é a única vez que a palavra ‘paraíso’ aparece nos evangelhos. Jesus o promete a um ‘pobre diabo’ que na madeira da cruz teve a coragem de lhe dirigir o mais humilde dos pedidos: ‘Lembre-se de mim quando entrar no seu Reino’. Não possuía obras de bem para fazer valer, não tinha nada, mas confiou-se a Jesus, que o reconhece como inocente, bom, muito diferente dele. Foi suficiente esta palavra de humilde arrependimento, para tocar o coração de Jesus”. 

“O bom ladrão nos recorda nossa verdadeira condição diante de Deus: que nós somos seus filhos, que Ele sente compaixão por nós, que Ele cede cada vez que lhe manifestamos a nostalgia de seu amor. Nos leitos de tantos hospitais ou nas celas das prisões, este milagre se repete numerosas vezes”, destacou o Pontífice argentino. “Não existe uma pessoa – insistiu o Papa -, por mais que tenha vivido mal, a qual lhe reste só o desespero e lhe seja proibida a graça. Diante de Deus, todos nós nos apresentamos de mãos vazias, um pouco como o publicano da parábola que havia se detido para orar no final do templo. E cada vez que um homem, fazendo o último exame de consciência de sua vida, descobre que as faltas superam amplamente as obras de bem, não deve desanimar, mas confiar na misericórdia de Deus. E isto nos dá esperança, isto nos abre o coração! Deus é Pai, e até o último momento aguarda nosso regresso. E ao filho pródigo que regressou, que começa a confessar suas culpas, o pai lhe fecha a boca com um abraço”.

O paraíso, continuou Francisco, “não é um lugar como nas fábulas, nem muito menos um jardim encantado. O paraíso é o abraço com Deus, Amor infinito, e entramos graças a Jesus, que morreu na cruz por nós. Onde está Jesus, há misericórdia e felicidade. Sem Ele, existe o frio e as trevas”.

Na hora da morte, “o cristão repete a Jesus: ‘Lembre-se de mim’”, disse Francisco. “E mesmo que não houvesse ninguém para se recordar de nós, Jesus está aí, junto a nós. Quer nos levar ao lugar mais belo que existe. Quer nos levar ali, com o pouco ou muito de bem que existe em nossa vida, para que nada se perca do que Ele já havia redimido. E à casa do Pai também levará tudo o que em nós ainda tem necessidade de redenção: as faltas e os erros de uma vida inteira. É esta a meta de nossa existência: que tudo se cumpra e seja transformado no amor. Se acreditamos nisto, a morte deixa de nos dar medo, e podemos inclusive esperar partir deste mundo de maneira serena, com muita confiança”. 

“Quem conheceu Jesus, não teme mais nada. E também nós poderemos repetir as palavras do velho Simeão, também ele abençoado pelo encontro com Cristo, após uma vida inteira consumida na espera. “Agora, Senhor, pode deixar que seu servo morra em paz, segundo a sua palavra, porque meus olhos viram a salvação”. E nesse instante, finalmente, não teremos mais necessidade de nada, não veremos mais de maneira confusa. Não choraremos mais inutilmente, porque tudo é passado; inclusive, as profecias, também o conhecimento. Mas o amor não, é o que permanece. Porque “o amor não passará jamais”.

Vatican Insider

Já falamos sobre as orientações que o Beato Paulo VI deu em sua primeira encíclica a respeito da evangelização como diálogo compreensivo e amistoso. Se queremos, porém, evangelizar com fidelidade à fé da Igreja e com a esperança de sermos compreendidos pelos nossos interlocutores, é necessário tomar consciência de uma noção muito importante: a hierarquia das verdades.

Implicitamente, essa noção não é nenhuma novidade, mas corresponde a uma sensibilidade básica que guiou o anúncio da Igreja desde o início. Foi o Concílio Vaticano II que a retomou de modo explícito, dizendo que “existe uma ordem ou ‘hierarquia’ das verdades da doutrina católica, já que o nexo delas com o fundamento da fé cristã é diferente” (Decreto Unitatis Redintegratio, n. 11). O papa Francisco, por sua vez, a desenvolveu na sua exortação Evangelii Gaudium (n. 34-39).

“No mundo atual, com a velocidade das comunicações e a seleção interessada dos conteúdos feita pelos meios de comunicação de massa, a mensagem que anunciamos corre mais do que nunca o risco de aparecer mutilada e reduzida a alguns dos seus aspectos secundários”, constata Francisco. É algo que percebemos no dia-a-dia: quantas pessoas, por exemplo, têm a impressão de que a doutrina da Igreja se resume a um conjunto de proibições, pela maneira como temas como aborto, contracepção e homossexualidade são tratados nas notícias?

“O problema maior ocorre quando a mensagem que anunciamos parece então identificada com tais aspectos secundários, que, apesar de serem relevantes, por si sozinhos não manifestam o coração da mensagem de Jesus Cristo”, diz o papa. “Portanto, convém ser realistas e não pressupor que os nossos interlocutores conhecem o horizonte completo daquilo que dizemos ou que eles podem relacionar o nosso discurso com o núcleo essencial do Evangelho que lhe confere sentido, beleza e fascínio.”

Desvinculadas daquilo que é o núcleo essencial do anúncio cristão, questões sobre aspectos morais ou sacramentais podem parecer sem sentido. Não basta falar sobre ir à missa aos domingos ou sobre o sexo antes do casamento e simplesmente esperar que o ouvinte, instantaneamente, veja sentido no que dizemos. Nem sequer explicar exaustivamente esses pontos é suficiente. É preciso ir mais fundo e entender o horizonte no qual se situam essas questões, deixando claro qual a relação que existe entre elas e o coração do Evangelho.

Por isso, diz o papa, “uma pastoral em chave missionária não está obcecada pela transmissão desarticulada de uma imensidade de doutrinas que se tentam impor à força de insistir. Quando se assume um objetivo pastoral e um estilo missionário, que chegue realmente a todos sem exceções nem exclusões, o anúncio concentra-se no essencial, no que é mais belo, mais importante, mais atraente e, ao mesmo tempo, mais necessário. A proposta acaba simplificada, sem com isso perder profundidade e verdade, e assim se torna mais convincente e radiosa.”

Qual é, então, o essencial? Em que consiste a medula do anúncio cristão? Qual é a doutrina segura que a Igreja proclama? “Todas as verdades reveladas procedem da mesma fonte divina e são acreditadas com a mesma fé, mas algumas delas são mais importantes por exprimir mais diretamente o coração do Evangelho. Neste núcleo fundamental, o que sobressai é a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado”, escreve Francisco.

O amor de Deus que nos salva! Um amor tão incondicional, tão sublime, tão apaixonado que nos constrange, que nos faz corar de vergonha pela nossa frieza. Na vida, morte e ressurreição de Jesus, Deus torna esse amor imenso palpável, concreto, inegável.

O papa tira as consequências práticas disso para a nossa pregação: “Antes de mais nada, deve-se dizer que, no anúncio do Evangelho, é necessário que haja uma proporção adequada. Esta reconhece-se na frequência com que se mencionam alguns temas e nas acentuações postas na pregação. Por exemplo, se um pároco, durante um ano litúrgico, fala dez vezes sobre a temperança e apenas duas ou três vezes sobre a caridade ou sobre a justiça, gera-se uma desproporção, acabando obscurecidas precisamente aquelas virtudes que deveriam estar mais presentes na pregação e na catequese. E o mesmo acontece quando se fala mais da lei que da graça, mais da Igreja que de Jesus Cristo, mais do papa que da Palavra de Deus.”

E Francisco deixa claro: isso não significa negar ou esconder nenhum elemento da doutrina da Igreja. Pelo contrário, trata-se de fazer cada elemento ser compreendido na plenitude de seu significado, e não distorcido e tornado, assim, estéril e frágil, fazendo da doutrina da Igreja “um castelo de cartas”, como diz o papa.

Se falamos desses elementos sem evidenciá-los como decorrências daquele anúncio central de amor, o risco é grande. Muitas pessoas, não vendo sentido no que dizemos, não aceitarão a nossa pregação – e com razão. Diz o papa: “É que, então, não estaremos propriamente a anunciar o Evangelho, mas algumas acentuações doutrinais ou morais, que derivam de certas opções ideológicas.” A tarefa do evangelizador não é propagar verdades isoladas, fragmentadas e incompreensíveis, mas anunciar o amor misericordioso de Deus manifestado em Jesus Cristo e só então, a partir daí, servir à consciência do outro, explicitando como a nossa resposta de amor pode se concretizar nas diversas dimensões da nossa vida.

Autor Felipe Koller- Sempre Família

No universo musical existem vários grupos que escapam ao rótulo de “artistas cristãos”, muito embora possuam repertório com letras que chegam a envergonhar outros que se dizem inseridos em tal rótulo.
Dessa lista a que menos convence é a Black Sabbath, mesmo com algumas letras “cristãs”. Na verdade, o balanço final dessa banda não é positivo levando em conta toda a sua discografia. A mantive por fidelidade ao post original replicado aqui.

1. U2

u2
Pode não ser novidade para muita gente, mas não deixa de ser um fato que a banda de sucesso mundial carrega várias de suas músicas com uma temática Bíblica e de fé cristã. Abaixo alguns exemplos clássicos:

“40” do álbum War possui letras tiradas diretamente do Salmo 40:

“Esperei pacientemente no Senhor/ Ele inclinou-Se e ouviu meu choro/ Ele me levantou do poço/ E me tirou do barro lamacento.”
(I waited patiently on the Lord / He inclined and heard my cry / He lifted me up out of the pits / And out of the miry clay.)

 

“I Still Haven’t Found What I’m Looking For” é uma música cristã bem direta:
“Eu acredito que quando o Reino chegar / Todas as cores irão sangrar em uma só / Mas sim, ainda estou correndo / Você quebrou as amarras / Você afrouxou as correntes / Você carregou a cruz / Da minha vergonha / Você sabe que eu acreditei nisso / Mas eu ainda não encontrei o que estou procurando.”
(I believe when the Kingdom comes / Then all the colors will bleed into one / But yes, I’m still running / You broke the bonds / You loosened the chains / You carried the cross / Of my shame / You know I believed it / But I still haven’t found what I’m looking for.)

 

A maioria das músicas em Pop são sobre uma crise de fé, e “Wake Up, Dead Man” se refere diretamente a Jesus Cristo:“Jesus / Eu estou esperando aqui, chefe / Eu sei que você está cuidando de nós / Mas talvez suas mãos estejam ocupadas / Seu pai, Ele fez o mundo em sete / Ele está no comando do paraíso / Você pode falar em meu nome? / Acorde, acorde homem morto.”
(Jesus / I’m waiting here, boss / I know you’re looking out for us / But maybe your hands aren’t free / Your father, He made the world in seven / He’s in charge of heaven / Will you put a word in for me? / Wake up, wake up dead man.)

 

2. Mumford & Sons

mumford-sons_new-image_1
Marcus Mumford, líder da banda, é filho de um casal de líderes na Vineyard Church, Inglaterra, e ele é um membro desta igreja até hoje. Algumas de suas músicas refletem sua espiritualidade; Mumford disse ao The Guardian que suas músicas são “deliberadamente algo espiritual, mas deliberadamente não-religiosas”.

“Sigh No More”
“Sirva a Deus, ame-me e conserte / Isto não é o fim / Vivi sem feridas, somos amigos / E me desculpe / Me desculpe.”
(Serve God, love me and mend / This is not the end / Lived unbruised, we are friends / And I’m sorry / I’m sorry.)

 

“Below My Feet”
“E eu estava parado mas sob seu feitiço / Quando Jesus me disse que tudo estava bem / Então tudo deve estar bem.”
(And I was still but I was under your spell / When I was told by Jesus all was well / So all must be well.)

 

“Whispers in the Dark”
“Sussurros no escuro / Roube um beijo e você partirá seu coração / Recolha suas roupas e curve seus dedões / Aprenda sua lição, me guie até em casa / Poupe meus pecados para a arca / Eu fui devagar demais para partir / Sou um cafajeste mas não uma fraude / Eu me propus a servir ao Senhor.”
(Whispers in the dark / Steal a kiss and you’ll break your heart / Pick up your clothes and curl your toes / Learn your lesson, lead me home / Spare my sins for the ark / I was too slow to depart / I’m a cad but I’m not a fraud / I’d set out to serve the Lord.)

 

3. Belle & Sebastian

Belle_and_Sebastian_British_Band
Stuart Murdoch, principal compositor da Belle & Sebastian, tem sido bastante aberto acerca de sua fé e envolvimento nas atividades da sua paróquia local na Escócia, e tem colocado temas Bíblicos em várias das canções da banda. Apesar disso, seus fãs tendem a ser bem secular e eles raramente são citados como uma banda cristã. Mas aqui vão alguns versos da Belle & Sebastian que são notoriamente religiosos:

“If You Find Yourself Caught In Love”
“Se você se achar apaixonado / Você deve fazer uma oração para o homem acima / Se você não der ouvido as vozes então meu amigo / Você rapidamente ficará sem opções / Que pena será / Você fala de liberdade, não vê / A única liberdade que você realmente conhecerá / Está escrita em livros de há muito tempo / Abra mão de sua vontade para aquEle que te ama / As coisas irão mudar, eu não digo que do dia para a noite / Mas algo tem que ceder.
(If you find yourself caught in love / You should say a prayer to the man above / If you don’t listen to the voices then my friend / You’ll soon run out of choices / What a pity it would be / You talk of freedom, don’t you see / The only freedom that you’ll ever really know / Is written in books from long ago / Give up your will to Him that loves you / Things will change, I’m not saying overnight / But something has to give.)

 

“The Ghost of Rockschool”
“Eu vi Deus no sol / Eu vi Deus nas ruas / Deus antes da cama e a promessa de sono / Deus nos meus sonhos / E a carona grátis da graça / Eu vi Deus brilhando / Através do reflexo dela.”
(I’ve seen God in the sun / I’ve seen God in the street / God before bed and the promise of sleep / God in my dreams / And the free ride of grace / I’ve seen God shining / Out from her reflection.)

 

“The State I Am In”
“Eu me entreguei ao pecado / Eu me entreguei a Providence / E eu estive lá e de volta outra vez / O estado em que estou / Oh meu amor, você dignar-se-ia a me ajudar / Eu sou estúpido e cego / O Desespero é trabalho do diabo, é a insensatez da mente vazia de um garoto.”
(I gave myself to sin / I gave myself to Providence / And I’ve been there and back again / The state that I am in / Oh love of mine, would you condescend to help me / I am stupid and blind / Desperation is the Devil’s work, it is the folly of a boy’s empty mind.)

 

4. The Avett Brothers

the-avett-brothers_wide-4d81be074727cd57fd24e82d859001d3110cb233-s6-c30
The Avett Brothers surgiu como uma banda cult no cenário indie-folk mundial. Foram aceitos como uma banda basicamente secular, apesar de várias de suas letras serem bem claras acerca de sua fé cristã.

 

“Me and God”
“Agora eu não duvido que o Bom Livro é verdade / O que é certo para mim pode não ser certo para você / Ficarei do lado da igreja no domingo / Todas as pessoas sofrendo com o medo em seus olhos / E eu agradeço ao Senhor pela terra / Assim como Paulo eu agradeço a Ele por minhas mãos / E eu não sei se minha alma está salva / As vezes eu palavrões enquanto oro / Meu Deus e eu não precisamos de um intermediário.”
(Now I don’t doubt that The Good Book is true / What’s right for me may not be right for you / To church on Sunday I’ll stand beside / All the hurtin’ people with the fear in their eyes / And I thank the Lord for the country land / Just like Paul I thank him for my hands / And I don’t know if my soul is safe / Sometimes I use curse words when I pray / My God and I don’t need a middle man.)

 

“Through My Prayers”
“No fundo de minha mente onde eu não me importo em ir / A dor de uma lição está me fazendo saber / Se você tem amor no coração deixe ele aparecer enquanto você pode / Sim, agora eu entendo / Mas agora minha única chance / De falar com você é através de minhas orações / Eu só queria dizer a você que eu me importo.”
(Down in my mind where I don’t care to go / The pain of a lesson is letting me know / If you have love in your heart let it show while you can / Yes, now I understand / But now my only chance / To talk to you is through my prayers / I only wanted to tell you I care.)

 

5. Black Sabbath

black_sabbath_1970s
Sim, isso mesmo. As frequentes acusações de satanismo em face do grupo encabeçado por Ozzy Osbourne formam uma tremenda ironia, já que muitas de suas canções possuem letras com conteúdo cristão e falam em temer (evitar) o diabo e a ira de Deus. São temas considerados tabus até mesmo para os púlpitos da igrejas, mas que o Black Sabbath traz de uma forma bastante direta e crua. Pode não ser uma verdade que muitos considerem agradável de ouvir mas, ainda assim, uma verdade na perspectiva cristã.

 

“Black Sabbath”
“Grande forma negra com olhos de fogo / Dizendo as pessoas seus desejos / Satanás está sentado lá, rindo / Observando as chamas subindo e subindo / Oh não, não, Deus me ajude!”
(Big black shape with eyes of fire / Telling people their desire / Satan’s sitting there, he’s smiling / Watches those flames get higher and higher / Oh no, no, please God help me!)

 

“War Pigs”
“Agora na escuridão o mundo para de girar / Cinzas onde os corpos queimam / Nenhum porco político tem mais o poder / A Mão de Deus chega em hora / Dia do julgamento, Deus está chamando / De joelhos os porcos da guerra se arrastam / Implorando piedade por seus pecados / Satanás rindo abre suas asas / Oh Senhor, sim!”
(Now in darkness world stops turning / Ashes where the bodies burning / No more war pigs have the power / Hand of God has struck the hour / Day of judgment, God is calling / On their knees the war pig’s crawling / Begging mercy for their sins /
Satan laughing spreads his wings / Oh Lord, yeah!
)

 

“After Forever”
“Você já pensou sobre sua alma – ela pode ser salva? / Ou talvez você pense que quando você morrer apenas ficará em seu túmulo / Deus é apenas um pensamento em sua mente ou Ele é parte de você? / Jesus é apenas um nome que você leu em um livro quando estava na escola? / Quando você pensa na morte você perde o fôlego ou mantém a calma? / Você gostaria de ver o Papa pendurado em uma corda – você acha ele um tolo? / Bem, eu vi a verdade / Sim, eu vi a luz e eu mudei meus caminhos / E eu estarei preparado quando você estiver sozinho e assustado no fim de seus dias / Será que você está com medo do que seus amigos irão dizer? / Caso eles soubessem que você acredita no Deus acima / Eles deveriam perceber antes de criticar / que Deus é a única forma de amar.”
(Have you ever thought about your soul – can it be saved? / Or perhaps you think that when you’re dead you just stay in your grave / Is God just a thought within your head or is He a part of you? / Is Christ just a name that you read in a book when you were at school? / When you think about death do you lose your breath or do you keep your cool? / Would you like to see the Pope on the end of a rope – do you think he’s a fool? / Well, I have seen the truth / Yes, I have seen the light and I’ve changed my ways / And I’ll be prepared when you’re lonely and scared at the end of your days / Could it be you’re afraid of what your friends might say / If they knew you believe in God above / They should realize before they criticize / That God is the only way to love.)

6. Lenny Kravitz

enhanced-buzz-31336-1365703993-18
Lenny Kravitz é um cristão devoto e tem escrito sobre temas espirituais durante toda sua carreira. E não é apenas suas letras – ele passou por anos de celibato como parte de sua fé.

 

“Are You Gonna Go My Way?” é cantado na perspectiva de Jesus:
“Eu nasci há muito tempo / Eu sou o escolhi, Eu sou o único / Eu vim para salvar o dia / E não vou sair enquanto não terminar / Então é por isso que você tem que tentar / Você tem que respirar e se divertir / Mesmo não sendo pago Eu jogo este jogo / E eu não vou parar enquanto eu não terminar / Mas o que eu quero realmente saber é / Você vai seguir meu caminho?”
(I was born long ago / I am the chosen, I’m the one / I have come to save the day / And I won’t leave until I’m done / So that’s why you’ve got to try / You got to breathe and have some fun / Though I’m not paid I play this game / And I won’t stop until I’m done / But what I really want to know is / Are you gonna go my way?)

 

“Believe”
“O Filho de Deus está na sua cara / Oferecendo graça eterna / Se você quiser você tem que acreditar / Por que ser livre é apenas um estado de consciência / Um dia nós iremos deixar isso tudo para trás / Apenas coloque sua fé em Deus / E um dia você verá / Se você quiser isso então você terá.”
(The Son of God is in your face / Offering us eternal grace / If you want it you’ve got to believe / ‘Cause being free is just a state of mind / We’ll one day leave this all behind / Just put your faith in God / And one day you’ll see it / If you want it you got it.)

 

“Beyond the 7th Sky”
“Eu tô falando sobre a lua, estrelas e o céu / Eu tô falando sobre você, Deus e eu / Vamos levar isso para onde a vida foi formada / E para o lugar onde Jesus Cristo nasceu.”
(I’m talkin’ ‘bout the moon and stars and sky / I’m talkin’ ‘bout you and God and I / Let’s take it to the place where life was formed / And to the place where Jesus Christ was born.)

 

7. Kings of Leon

kings of leon shot for nme magazine, location elms lester painting rooms
Os três irmãos que integram a banda são filhos de um pastor de uma United Pentecostal Church (Igreja Pentecostal Unida) e apesar de sua música ser geralmente secular, a formação cristã deles influencia várias de suas letras, com temas sobre redenção ou fogo e enxofre.

 

“Lucifer”
“Eu fui e vendi minha alma a Jesus / E ninguém sabe o que ele significa para nós / Eu fui e consegui pra mim um pouco daquele fogo do espírito / Não há nada neste mundo que possa me levar mais alto.”
(I went and I sold my soul to Jesus / And nobody knows just what he means to us / I went and I got me some of that holy ghost fire / Ain’t nothing in this world that can take me higher.)

 

“Crawl”
“Os vermelhos e os brancos e abusados / Os E.U.A crucificado / À medida que sua hipocrisia surge / Oh o inferno está mesmo chegando / O rato e a mosca / Eles estão buscando por um álibi / Enquanto nós aguardamos a ira / Eles nunca foram à missa de domingo.”
(The reds and the whites and abused / The crucified U.S.A. / As their hypocrisy unfolds / Oh Hell is truly on its way / As the rat, and the fly / They’re searching for an alibi / As we await the wrath / They never went to Sunday Mass.)

 

8. Evanescence

Evanescence
O co-fundador do Evanescence, Ben Moody, veio da esfera do rock cristão, então não deveria ser nenhuma surpresa que muitas das músicas da banda são diretamente religiosas ou reverberem temas cristãos. Os discos da banda eram na maioria das vezes encontrados em lojas cristãs antes de se tornarem um sucesso.

 

“Tourniquet”
“Estou morrendo / Orando / Sangrando / Gritando / Estou tão perdido para ser salvo? / Estou tão perdido? / Meu Deus! / Meu torniquete / Retorne para minha salvação.”
(I’m dying / Praying / Bleeding / Screaming / Am I too lost to be saved? / Am I too lost? / My God! / My tourniquet / Return to me salvation.”)

 

“Bring Me To Life”
“Como você consegue ver dentro dos meus olhos, como portas abertas / Levando você a meu centro / Onde eu fiquei tão dormente / Sem uma alma / Meu espírito dormindo em algum lugar frio / Até você achá-lo lá e o trazer de volta ao lar / Me acorde, me acorde por dentro / Me salve.”
(How can you see into my eyes, like open doors / Leading you down into my core / Where I’ve become so numb / Without a soul / My spirit’s sleeping somewhere cold / Until you find it there and lead it back home / Wake me up, wake me up inside / Save me.)

 

9. Black Rebel Motorcycle Club

Blackrebelmotorcycleclub
Black Rebel Motorcycle Club (Clube Motociclista dos Rebeldes Negros) tem um nome badass que é devido à contracultura dos anos 60 e sua música é fortemente influenciada por bandas como The Velvet Underground e The Jesus and Mary Chain>. Assim é fácil não perceber que quase todas as suas letras são, de algum modo, sobre Jesus e Deus. Baixista e vocalista Robert Levon Been cresceu no rock cristão, já que seu pai era o frontman da banda cristã The Call.

“White Palms”
“Jesus parece roubar minha alma / Ele nunca vai me deixar ir / Jesus me fará pagar / Nunca devia ter ido embora / Eu quero ir pra casa.”
(Jesus seems to steal my soul / He’ll never let me go / Jesus gonna make me pay / Never should’ve run away / I wanna go home.)

 

“Salvation”
“Então Jesus deixou você sozinho / Parece que nada é realmente sagrado / Ninguém, ninguém ouve o seu chamado / Caindo, tudo está caindo.”
(So Jesus left you lonely / Feel’s like nothin’s really holy / No one, no one hears your calling / Falling, everything is falling.)

 

“Grind My Bones”
“Jesus, deixe eu lhe falar / Estou correndo para seu paraíso / Você consegue me ouvir chegar? / E a luz brilhante está se apagando / O pregador me diz, ‘Filho, eu tenho que pagar pra falar’ / Meu Senhor, venha me carregar / Eles falham em impressionar / E eu não consigo acreditar / E eu não vi outro Senhor / Ele mói meus ossos para salvar minha alma / Não, eu não vi outro Senhor.”
(Jesus, let me tell you son / I’m running to your heaven / Can’t you hear me coming? / And the bright light’s been fading off / The preacher tell me, “Son, I got to pay to talk” / Sweet Lord, come carry me / They fail to impress / And I can’t believe /
And I ain’t never seen no other Lord / He grind my bones to save my soul / No, I ain’t never seen no other Lord.
)

 

10. Sufjan Stevens

enhanced-buzz-31190-1365704044-13
Ele é conhecido por fazer música indie, mas sempre foi aberto acerca de seu cristianismo e é um frequentador regular no Brooklyn. Mesmo quando está fazendo álbuns conceituais elaborados sobre a mitologia cultural de estados como Illinois e Michigan, suas letras são bastante influenciadas por sua fé.

“Seven Swans”
“Eu vi um sinal no céu / Sete trombetas, sete trombetas, sete trombetas / Eu ouvi a voz na minha mente: / Eu sou o Senhor, Eu sou o Senhor, Eu sou o Senhor / Ele vai tomar conta de você / Se você correr, Ele vai te perseguir / Por que ele é o Senhor.”
(I saw a sign in the sky / Seven horns, seven horns, seven horns / I heard a voice in my mind: / I am Lord, I am Lord, I am Lord / He will take you / If you run, He will chase you / ‘Cause he is the Lord.)

 

“Ah Holy Jesus”
“Por mim, bondoso Jesus, foi tua encarnação / Tua tristeza mortal e oferta de vida / Tua morte de angústia e tua amarga paixão / Para minha salvação.”
(For me, kind Jesus, was thy incarnation / Thine mortal sorrow and thy life’s oblation / Thy death of anguish and thy bitter passion /
For my salvation.
)

 

“The Transfiguration”
“O que ele disse a eles / A voz de Deus: o mais amado filho / Considerem o que ele diz à vocês, considerem o que está por vir / A profecia foi posta à morte / Foi posta à morte, e assim será o Filho / E mantenham suas palavras, disfarcem a visão até que a hora tenha chegado.”
(What he said to them / The voice of God: the most beloved son / Consider what he says to you, consider what’s to come / The prophecy was put to death / Was put to death, and so will the Son / And keep your word, disguise the vision till the time has come.)

 

11. The Civil Wars

civil wars
Joy Williams inciou como uma cantora pop cristã, mas tem se distanciado da música notoriamente religiosa como parte do dueto country-folk: The Civil Wars. Mas ainda enquanto canta músicas essencialmente seculares sobre amor e romances, ela apimenta suas letras com referências à fé e ícones do cristianismo.

 

“20 Years”
“Se significa que vou esperar vinte anos / E mais vinte / Estarei rezando por redenção / E seu bilhete sob minha porta.”
(If it means I’ll be waiting twenty years / And twenty more / I’ll be praying for redemption / And your note underneath my door.)

 

“C’est la Mort”
“Vamos andar na estrada sem fim / Esgueirar onde apenas os anjos pisam / Paraíso ou inferno ou algum lugar no meio / Faça uma promessa e me leve com você.”
(Let’s walk on the road that has no end / Steal away where only angels tread / Heaven or hell or somewhere in between / Cross your heart and take me with you.)

 

“Kingdom Come”
“Corra, corra, corra e se esconda / Em algum lugar que ninguém mais pode encontrar / Árvores altas curvando seus galhos apontando para onde ir / Onde você ainda estará sozinho”.
(“Run, run, run and hide / Somewhere no one else can find / Tall trees bend their limb pointing where to go / Where you will still be all alone”.)

Crédito das imagens: divulgação.

(via Catavento)

BRO

A execução no mês passado de dois missionários chineses por militantes do Estado Islâmico – EI, no Paquistão, (imagem acima) deixa óbvio os perigos desta atividade na região, porém dois jovens cristãos chineses que viveram próximo a um reduto controlado pelo grupo terrorista, no norte do Iraque por mais de um ano, disseram que a vida pode ser mais pacífica aí do que em sua terra natal. O South China Morning Post entrevistou, com exclusividade, o casal, morador de um condomínio fechado que serve de refúgio para mulheres e crianças que fogem do EI.

Michael, de 25 anos, e Christy, 23, deixaram a China há pouco mais de um ano, logo após se casarem para ir morar numa das regiões mais atormentadas pela guerra no mundo. As preocupações com a segurança, no Iraque e na China, significam que detalhes de suas identidades não podem ser revelados.

“Aqui não é tão preocupante como muitas das pessoas imaginam quando leem os jornais. Na verdade, eu me sinto mais seguro neste local”, diz Michael, ao comparar sua experiência no Iraque com a vida na China. “A vida aqui pode ser descrita como normal”.

Não há estatísticas oficiais sobre o número de missionários chineses trabalhando no exterior, e frequentemente eles se passam por empresários ou professores diante das autoridades alfandegárias. Estimativas feitas por pesquisadores e igrejas locais dizem que pode haver centenas de missionários no exterior, ou mesmo alguns milhares.

Pastores que trabalham em suas igrejas na China dizem que o país tem o maior número de cristãos convertidos no mundo, e isso apesar de contar com um governo comunista oficialmente ateu. A China está a caminho de se tornar o maior “exportador da fé cristã”.

Espelhando-se em missionários ocidentais na China séculos atrás, a maior parte dos missionários chineses servem em países em desenvolvimento, especialmente nações muçulmanas, onde atividades desse tipo são perigosas.
A lua de mel preferida dos casais chineses seria algo como as Maldivas, porém Michael e Christy passaram a sua lua de mel e o primeiro aniversário de casamento em um vilarejo iraquiano, dizendo que simplesmente se viram chamados pela fé.

“Uns podem achar que isso é extraordinário, mas não é grande cosa”, explicou Michael. “É apenas a coisa certa a fazer”.

O casal trabalha como voluntário em um projeto a somente 60 quilômetros daquele que era, até recentemente, um território controlado pelo EI. Os militantes usaram civis como escudos humanos e realizaram execuções em massa dos que tentavam fugir.
Prometendo dedicar suas vidas à obra missionária, Michael e Christy dizem que estão preparados para permanecer no Iraque por tempo indeterminado.

“O que fazemos não é raro entre os cristãos chineses”, informou Chisty. “Há tantos outros por aí que amam a Cristo e que dedicam suas vidas ao Reino de Deus”.

Armados com a fé, o idioma inglês e o árabe, que aprenderam por conta própria, Michael e Christy trabalham com refugiados yazidis, membros de uma minoria religiosa perseguida pelo EI como adoradores do demônio. Um estudo divulgado em maio afirma que, pelo menos, 9.900 yazidis iraquianos morreram ou foram sequestrados em um ataque em 2014 perpetrado pelo Estado Islâmico. Cerca de 3.100 foram mortos – a maior parte dos quais assassinados com tiro, degolados ou queimados vivos – e aproximadamente 6.800 foram sequestrados para se tornarem escravas sexuais ou combatentes.

Christy costura roupas com viúvas yazidis para ajudá-las a ter renda, e ela e Michael também ministram aulas de inglês a crianças locais, muitas sendo órfãs ou filhas de famílias monoparentais.

“Estamos felizes por passar o tempo com estas pessoas”, diz Christy. “Cada uma delas tem a sua própria história e tudo o que precisam é de amor. Então, estamos aqui para levar o amor de Cristo a elas”.

Michael disse que não falam explicitamente sobre religião, porque acham que compartilhar o amor através de suas vidas é mais importante do que com palavras, e que querem respeitar a cultural local. O casal está também tentando aprender o dialeto curdo, falado pelos yazidis.

Segundo ele, coisas pequenas como ensinar o vocabulário básico de inglês, fazer desenhos juntos das crianças ou brincar com elas podem fazer uma enorme diferença em infundir valores positivos.

“Muito embora não preguemos o Evangelho, pelos menos plantamos uma semente em seus corações”, disse Michael.
Porém o casal também enfrenta outros perigos, além do extremismo islâmico. Recentemente Christy sobreviveu a um problema sério de saúde, tendo passado dois meses em recuperação após uma infecção, resultado de médicos iraquianos que a operaram com instrumentos sem esterilização em um teatro que se assemelhava a uma garagem mal-cuidada.

Michael e Christy estão longe das imagens estereotipadas dos chineses que vão ao exterior como turistas culturalmente insensíveis. Os dois fazem parte de uma tendência crescente de chineses ao redor do mundo que se põem em viagem por outros motivos que não os negócios, exemplo disso sendo as mortes dos dois missionários chineses, identificados pelas autoridades paquistanesas como Lee Zing Yang, de 24 anos, e Meng Li Si, de 26, mortos por atiradores do EI após sequestro na cidade de Quetta, no final de maio. (foto no topo)
Em resposta ao incidente, o Paquistão encrudesceu a liberação de novos vistos e mandou de volta para a China onze missionários que faziam parte do mesmo grupo de Lee e Meng.

“Estamos bastante tristes com o que ouvimos dos missionários no Paquistão”, disse Michael. “Eram bem jovens, tínhamos praticamente a mesma idade”.

Ele disse que o incidente servia como uma lembrança aos missionários de seu país de que, em primeiro lugar, é preciso respeitar a cultura local e evitar ser visto como se estivesse impondo a própria religião aos outros.

“Pregar o Evangelho em um país muçulmanos é ilegal”, disse Michael. “Se convertemos um filho, estamos literalmente pedindo que o seu pai o mate”.

Michael disse também que ter sido criado num lar cristão na China, onde igrejas independentes foram suprimidas, o ajudou a se adaptar ao trabalho missionário num ambiente difícil.

“Na China, a nossa religião foi severamente suprimida”, falou. “Quando a fé é resultado de um grande esforço, ela é mais genuína e sincera”.

“Só desejamos difundir valores positivos. Mesmo se viermos a construir uma igreja algum dia, ela seria tão sutil quanto aquela que temos na China. Não haveria estruturas extravagantes, o foco estaria na conexão interior com Deus e na qualidade do companheirismo”.

Missionários protestantes e católicos criaram muitas organizações de caridade, escolas e igrejas na China durante o século XIX, com James Hudson Taylor, quem visitou o país onze vezes a partir de 1854, dizendo: “Se eu tivesse mil vidas, a China deveria as ter”.
No entanto, todos os missionários estrangeiros foram expulsos da China quando os comunistas subiram ao poder em 1949.

Embora o número de missionários chineses que trabalham no exterior permanece pequeno comparado ao de missionários americanos ou sul-coreanos, muitos preveem que a China venha a se tornar o principal país de origem de tais pessoas no futuro.

O Centro de Estudos sobre o Cristianismo Global, do Seminário Teológico Gordon-Conwell, dos EUA, disse que, em 2010, o número de missionários internacionais era de 400 mil. Informou que os EUA, o Brasil, a Coreia do Sul e a Índia estavam entre os principais países de origem. Segundo a Associação Coreana de Missão Mundial, no ano passado havia mais de 27 mil missionários sul-coreanos atuando no exterior, com a maior parte atuando nos países do norte e do sul asiáticos.

Estatísticas oficiais chinesas põem o número de cristãos no país na casa dos 28 milhões, em 2014, com 23 milhões sendo protestantes espalhados por 56.000 igrejas com 48 mil pastores e pregadores. No entanto, estudiosos e analistas estrangeiros estimam, por baixo, que o número de protestantes evangélicos chineses está entre os 70 e 100 milhões.

Um pastor taiwanês que recentemente participou de um congresso cristão em Hong Kong falou que a China se impôs como um país exportador de capital ao se transformar numa fonte de investimento estrangeiro a países da Rota da Seda, mas que está pronto para se tornar o maior exportador da fé cristã agora.

“O reavivamento por vir na China é grande demais para ignorar”, disse o pastor, que tem trabalhado na formação lideranças cristãs há quase duas décadas e que não quis se identificar.

As igrejas locais protestantes da China trabalham de forma independente das organizações religiosas sancionadas pelo Estado, com membros de suas congregações sofrendo perseguições e com as autoridades tendo aumentado a pressão contra elas nos últimos anos.

Michael e Christy são cristãos de terceira geração, nascidos em áreas rurais, mas que cresceram em ambientes urbanos. Eles e seus pais testemunharam o crescimento resiliente de igrejas protestantes, apesar de décadas de supressão intensa. Provavelmente os sus avós se converteram ao cristianismo quando o número de cristãos rurais aumentou drasticamente durante e após a Revolução Cultural, quando os fiéis passaram a ser ilegais no país, sendo submetidos a uma severa perseguição.

Michael disse que seus pais compreenderam a escolha feita por ele e que, às vezes, sente saudades de casa.

As investigações em torno das mortes de Lee e Meng no Paquistão continuam, porém as autoridades chinesas e a imprensa os consideram pregadores ilegais que acabaram sendo coagidos por uma igreja sul-coreana.

Estas mortes vêm sendo lembradas de forma anônima em postagens nas mídias sociais por comunidades cristãs locais, que continuam dispostas a mandar missionários ao exterior, apesar de uma repressão acirrada nas fronteiras, informou o Dr. Brent

Fulton, analista americano para assuntos asiáticos e autor de “China’s Urban Christians: A Light that Cannot be Hidden”.
Segundo Fulton, em grande parte o esforço foi local, com apenas algumas igrejas cooperando com os organismos internacionais ou chineses no exterior.

“Sugerir que este casal em particular foi, de alguma forma, coagido a ir para o Paquistão por missionários coreanos me parece errado”, falou.

Um missionário americano que tem documentado as lutas das igrejas chinesas no país há mais de uma década diz que os missionários chineses alimentam-se da paixão, mas que não têm nenhuma agenda por trás.

“Eles não estão tentando estabelecer bairros chineses em Bagdá”, disse, concordando com a afirmação de que as igrejas locais na China são as principais promotoras do movimento missionário.

Uma cristã de Wenzhou, na China, em treinamento ser missionária, falou que os missionários chineses passam por uma formação, dada por igrejas ou seminários não reconhecidos pelo Estado, antes de ir ao exterior. Uma formação básica inclui estudos bíblicos e saber como viver em um ambiente transcultural; alguns dos formandos recebem aconselhamentos ou formação de missionários estrangeiros na China.

“Para que alguém se qualifique para trabalhar como missionário de longo prazo, levam-se anos”, disse ela. “Centenas iniciam um programa de treinamento que pode durar até três anos, mas pode acontecer que só dois se qualificam para ir ao exterior”.

“O movimento de enviar missionários da China ao exterior está só começando. Muitas das missões existentes são de curto prazo”.

É compreensível que algumas turmas foram canceladas após os assassinatos no Paquistão, em decorrência do medo de haver uma repressão por parte do governo chinês.

Mas em lugar de se deixar dissuadir, os cristãos aqui têm circulado mensagens nas redes sociais dizendo que a tragédia somente irá encorajá-los ainda mais a viver a fé.

Acostumado a trabalhar no limiar de uma zona de guerra, Michael não se vê como um mártir potencial.

“A situação aqui não é tão ruim”, diz. “O sacrifício não deve ser um objetivo. É um dom de Deus, portanto se ele está nos dando este dom, também nos dará a força para seguir em frente”.

Por The South China Morning Post

3154127798_a4b2956bfe_o

O Pe. Julián Carrón, presidente do movimento Comunhão e Libertação, é a favor da diminuição da ênfase sobre as guerras culturais, não porque as posturas tradicionais da Igreja estão erradas, mas porque começar com a ética sempre foi o modo errôneo de apresentar o cristianismo ao mundo.

Uma das questões mais difíceis que os cristãos ocidentais enfrentam neste começo de século XXI é sobre se – e como – a Igreja deveria continuar combatendo nas guerras culturais.

Existe uma corrente de pensamento segundo a qual a Igreja deveria se retirar do campo de batalha porque, em muitos temas, como a contracepção e as mulheres, “ela esteve do lado errado”. Para alguns, como Rod Dreher e sua defesa de uma “opção Bento”, dizem que a Igreja deveria se retirar, pois já perdeu a batalha, e que tudo o que pode esperar, dentro desta cultura, é manter vivas as “pequenas ilhas da fé”.

Com efeito, o Pe. Julián Carrón, presidente do influente movimento católico Comunhão e Libertação, representa uma postura neste debate: tirar a ênfase sobre as guerras culturais. Na entrevista a seguir, Carrón sustenta que não é que as posturas tradicionais da Igreja estejam equivocadas, ou que a batalha já acabou.

Diferentemente, é porque começar com a ética sempre foi o modo equivocado de apresentar o cristianismo ao mundo, que, em seu cerne, é um “evento” – palavra que pode parecer banal, mas que no vocabulário do movimento que deriva de seu fundador, o padre italiano Luigi Giussani, é rica de significado.

A fé como um evento significa que a vida de uma pessoa se transforma quando ela encontra um fato, como o que aconteceu a João e André, quando encontraram Jesus”, contou ele ao Crux no domingo. “Não se pode negar a realidade do que aconteceu, não se pode desfazê-la. É como São Paulo, que ao perseguir os cristãos, tentando destruí-los, encontrou o Cristo vivo e isso revolucionou o seu pensar”.

“A escolha não pode se resumir às guerras culturais ou a um cristianismo esvaziado de conteúdo, porque nenhuma destas opções tem a ver com Abraão e com a história de salvação”, disse Carrón. “Abraão foi escolhido por Deus para começar a introduzir, na história, uma nova maneira de viver a vida, que poderia lentamente começar a gerar uma realidade externa com a capacidade de dignificar a vida, de torná-la plena”.

Carrón foi entrevistado em sua residência em Milão. Entre outras coisas, falou sobre o lançamento recente de seu livro em inglês intitulado “Disarming Beauty”, sobre como apresentar o “evento” cristão na cultura pós-moderna e secular do Ocidente.

***

Recentemente Rod Dreher defendeu a ideia de que os cristãos deveriam se retirar das guerras culturais nos países ocidentais porque nós já as perdemos, e tudo o que podemos esperar é a “opção Bento”, ou seja, preservar criativamente pequenas “ilhas da fé” em meio a uma cultura decadente e hostil. O senhor também parece estar dizendo que devemos superar as guerras culturais, mas por um motivo diferente.

Com certeza [devemos superar as guerras culturais]. Sempre me surpreende a contraposição entre tentar tornar o cristianismo uma religião civil, de um lado, e, de outro, tentar torná-lo uma religião inteiramente privada. Para mim, isso é como tentar alterar o projeto de Deus. Eu me pergunto: Quem teria apostado que Deus começaria a estender sua mão ao mundo chamando a Abraão? Foi o modo mais improvável, mais confuso de fazê-lo que alguém poderia imaginar.

A escolha não pode se resumir às guerras culturais ou a um cristianismo esvaziado de conteúdo, porque nenhuma destas opções tem a ver com Abraão e com a história de salvação. Abraão foi escolhido por Deus para começar a introduzir, na história, uma nova maneira de viver a vida, que poderia lentamente começar a gerar uma realidade externa com a capacidade de dignificar a vida, de torná-la plena.

Imagino que se Abraão estivesse aqui hoje, em nossa situação minoritária, e se dirigisse a Deus para dizer que “ninguém está prestando atenção em mim”, o que Deus teria dito? Sabemos muito bem o que ele diria: “É por isso que o escolhi, para começar a trazer à realidade um comportamento significativo, mesmo se ninguém acreditar nele; (…) farei de vocês um povo tão numeroso que seus descendentes serão como estrelas no céu”.

Quando enviou o seu filho ao mundo, despojado de seu poder divino para se tornar homem, Deus fez a mesma coisa. É como disse São Paulo: ele veio para nos dar a capacidade de viver a vida de um jeito novo. É isso o que gera uma cultura. A questão é se a situação em que estamos hoje nos dá a oportunidade de recuperar as origens do projeto de Deus.

O senhor parece bastante otimista de que algo assim ainda é possível.

Sim, absolutamente. Sou completamente otimista, por causa da natureza da fé em si. Sou otimista com base na natureza da experiência cristã. Isso não depende da minha leitura das coisas, do diagnóstico que faço da situação sociológica. O problema é que, para sermos capazes de começar de novo a partir deste ponto de partida absolutamente original, temos de voltar às raízes da própria fé, naquilo que Jesus dizia e fazia.

Se há um motivo para o pessimismo, ele é o de que, muitas vezes, nós reduzimos o cristianismo ou a uma série de valores, uma ética, ou simplesmente a um discurso filosófico. Isso não atrai, não tem o poder de seduzir. As pessoas não sentem a força de atração do cristianismo. Mas exatamente porque a situação que vivemos hoje é tão dramática, de todos os pontos de vista, torna-se paradoxalmente mais fácil difundir a novidade do cristianismo.

Se olharmos a Europa, hoje, há uma nova geração a amadurecer que, realmente, não investe nas velhas batalhas da religião x secularidade, porque foram criados numa cultura amplamente pós-religiosa e, portanto, muitas vezes olham para elas não com animosidade, mas com curiosidade. Isto cria um momento novo para a evangelização?

Sim, existe um momento novo. A questão é se os cristãos podem tirar proveito desta oportunidade para compreender, nós mesmos, o que realmente é a fé, o que significa ser cristão, pois ela deve nos interessar e irá interessar os demais. Temos que entrar aqui não nos preocupando com os números, e precisamos nos projetar unicamente para a plenitude da experiência que Cristo representa em nossas vidas.

Lembro uma expressão que Giussani frequentemente usava ao falar da fé: “A fé é uma experiência presente, onde tenho, em minha própria experiência pessoal, a confirmação da adequação humana da fé”. Sem isso, a fé não será capaz de resistir a um mundo em que todas as coisas dizem o contrário.

Então a sua estratégia de evangelização para o começo do século XXI é viver a fé de um modo tal que esta “experiência da confirmação” aconteça e, em seguida, aos poucos, apresente aos outros este modo de viver?

Quando um cristão vive a fé com essa alegria, com essa plenitude, fica evidente que quando ele, ou ela, vai trabalhar, ou sair com os amigos, ou quando está no aeroporto, os demais verão esta novidade nele/a. Se chegamos às 8 horas na empresa onde trabalhamos e vamos ao chão de fábrica, e aí encontramos um colega que está cantando, nos abraça e divide conosco as nossas fraquezas e dificuldades, iremos perguntar: “O que há com você, que chega ao trabalho cantando às 8 horas da minhã?”

Isso leva a mensagem cristã muito mais adiante do que tantas outras coisas, muito mais adiante do que todos estes argumentos éticos, porque, quando vemos alguém assim, naturalmente queremos perguntar: “De onde vem essa alegria? De onde vem esta plenitude de vida?” As pessoas podem não achar imediatamente que a origem ulterior desta felicidade se chama Jesus Cristo, se chama fé. Mas quando começar a entender que esta maneira estupefata de viver no mundo real, tão feliz, tão alegre, origina-se na fé, começarão a se interessar.

Em uma só palavra: comunica-se o cristianismo vivendo-o. [O poeta T.S.] Eliot certa vez se perguntou: “Onde está a vida que perdemos ao viver?” Para nós, é o contrário (…) ganhamos vida ao viver na fé. Se não for assim, não iremos interessar a ninguém, inclusive nós mesmos. Dito de outra forma: a Igreja reprovou a humanidade, ou a humanidade reprovou a Igreja?

Lançar não uma série de doutrinas, mas um modo de vida?

É uma experiência de vida.

O Papa Francisco fala muito sobre criar uma “cultura do encontro” e, claro, “encontro” foi também um conceito central para Giussani. Olhando a Igreja hoje, que exemplos de “cultura do encontro” mais o impressionam?

Sempre fico impressionado com os exemplos de criação de espaços de encontro entre pessoas completamente diferentes. Por exemplo, nós [do movimento Comunhão e Libertação] temos aqui, em Milão, um programa complementar às aulas, um centro, onde um grupo de professores – alguns deles pertencem ao movimento, outros não – oferta o seu tempo livre para ajudar as crianças com problemas na escola.

Aí estão italianos, imigrantes, membros de religiões diferentes, a maioria católicos e muçulmanos, e vemos neste ambiente um lugar de encontro. Essas pessoas vêm de situações muito diferentes, e aí podem encontrar um lugar onde sua humanidade renasce.

Certa vez, uma criança apareceu com um canivete em sua mochila, e sob circunstâncias diferentes ele poderia acabar se tornando um terrorista. Mas, ao passar um tempo com estas pessoas, desfez-se de toda a sua agressividade e se tornou, mais tarde, exemplo de transformação. Eis o poder do encontro.

E quanto a exemplos fora de seu próprio movimento?

Bem, eu não conheço o mundo inteiro, evidentemente, mas posso exemplificar. Por exemplo, venho e vou a diferentes paróquias de Roma e, às vezes, de Milão, e podemos ver este espírito do encontro vivo nelas. Conheço um padre aqui em Milão que tem uma relação ímpar com os paroquianos. Ele tem uma capacidade fantástica e se engaja na vida dos fiéis, de um modo que os auxilia na reconstrução da vida.

No Brasil, há a experiência da APAC [Associação de Proteção e Assistência aos Condenados], uma rede penitenciária sem guardas e sem armas, e onde o índice de reincidência – aproximadamente 80% nas prisões comuns – cai para 15%. Podemos pensar que é uma ilusão, que o que acontece é que estão, na verdade, incentivando a criminalidade. Mas, pelo contrário, é um exemplo do que acontece quando há um encontro real. Tudo o que se atravessa no caminho da humanidade verdadeira, mais cedo ou mais tarde, cai por terra.

Por exemplo, havia um prisioneiro que fugiu de várias cadeias diferentes e que acabou em uma dessas unidades. Ele não tentou mais escapar. Um juiz, impressionado com essa história, foi até a prisão perguntar: “Por que não tentou escapar?” O prisioneiro respondeu: “Não podemos nos afastar do amor”.
O nosso problema é que às vezes não acreditamos em certas coisas mais. Praticamente pensamos que qualquer outra solução, conquanto violenta, é mais eficaz do que o poder do amor.

Está dizendo que, no fim, o nosso “realismo” não é, na verdade, tão realista.

Isso está claro. Temos como dado que certas coisas são ilusões, e pomos de lado a única chance de penetrar verdadeiramente no coração das pessoas. De novo, é isso o que me faz otimista – a fé funciona!

Como disse anos atrás o Papa Bento: Há ainda uma chance para o cristianismo, hoje, neste mundo? Ele diz que sim, porque o coração da pessoa humana necessita de algo que somente Cristo pode dar. Essa capacidade de corresponder ao que as pessoas estão procurando verdadeiramente é o que sempre o torna atraente.

O senhor também parece dizer que precisamos ser audaciosos, não temer desafiar a sabedoria convencional neste mundo.

O que não podemos ter é um cristianismo reduzido, ambíguo, achando que essa é a forma nos encontrar com as pessoas. Não, nós precisamos vivê-lo com audácia, plenamente. Temos de nos convencer, com a mesma audácia de Jesus ao entrar na casa de Zaqueu, de forma alguma ignorando as coisas que ele fez, mas desarmados, respondendo ao que estava em seu coração. Historicamente, temos aqui um método absolutamente novo. Jesus surpreende a São Paulo, do mesmo modo como nos surpreende.

Nada há que desafia mais o coração de uma pessoa do que um gesto assim, um gesto absolutamente surpreendente.

Um conceito-chave para Giussani, que o senhor repete em todo o seu livro, é que a fé é um “evento”. Pode explicar o que isso quer dizer e por que é importante?

A fé como um evento significa que a vida de uma pessoa se transforma quando ela encontra um fato, como o que aconteceu a João e André, quando encontraram Jesus. Não se pode evitar a realidade do que aconteceu, não se pode desfazê-la. É como São Paulo, que, ao perseguir os cristãos, tentando destruí-los, encontrou o Cristo vivo e isso revolucionou o seu pensar.

É como aquela cena no romance de Manzoni, intitulado “I promessi sposi”. A experiência de encontrar alguém tão pronto a perdoar foi tão surpreendente que foi impossível não se render ao seu poder de atração. Quando o cardeal cumprimenta o bandido, dizendo: “Quando irei voltar? Mesmo se você negar me ver, irei aparecer aqui à sua porta, obstinadamente, como um pobre mendigo que precisa vê-lo novamente”.

Esse é o tipo de experiência chocante que transforma uma vida, e isso é fé.

O Papa Bento sempre disse que, nas origens do cristianismo, ele não era uma doutrina, não era um ensinamento, mas um encontro com Cristo. A forma do “evento” cristão é este encontro, não de um modo virtual ou como um propósito que se faz. Não. Trata-se de um encontro tão poderoso que não se quer deixar de tê-lo para o resto de nossas vidas.

O objetivo de seu livro é despertar a consciência deste evento?

Com certeza. O problema é como levar esse evento às pessoas. É como a experiência do amor, do se apaixonar… Não acontece por falarmos sobre o assunto, mas por realmente se apaixonar.

A certa altura, o senhor escreve que a finalidade da comunidade, ou seja, a Comunhão e Libertação, mas também da Igreja em geral, é gerar “adultos na fé”. O que quer dizer com isso?

Quero dizer das pessoas que se regeneram ao participar na comunidade cristã, no sentido que elas têm uma nova capacidade de compreender a realidade, uma nova capacidade ser livres, e uma nova capacidade de transmitir um sentido de reverência aos demais. Se o cristianismo não for capaz de gerar um tipo novo de pessoa, então permanecerá distanciado da vida delas.

Não há nada mais decisivo no momento presente do que a habilidade de gerar adultos na fé, adultos que vivem livremente entre os outros e que podem dar testemunhos de fé não só quando vão à igreja ou quando participam de alguma atividade à parte da vida cotidiana, mas em seu ambiente de trabalho e em suas vidas.

Precisamos de pessoas que podem difundir a novidade da fé no seio do mundo, o que leva à pergunta: “Mas de onde estamos tirando esta novidade, esse frescor? O que está por trás disso?” Estar em condições de responder a estas perguntas levará naturalmente as pessoas a algo mais grandioso.

É um testemunho real da fé mesmo se as pessoas não conseguem identificar o nome de Cristo, só olhar para a pessoa torna impossível não querer entender o que a faz brilhar. Elas irão querer saber quem é a “terceira parte”, e temos aqui um testemunho.

Somente um testemunho verdadeiro pode tornar visível e tangível o evento da fé (…) a habilidade de fazer a fé parecer razoável às pessoas só pode vir de uma experiência real dela, um “evento”. É isso o que capacita uma pessoa a não ter receio de ser incompreendida, e a resistir à tentação de reduzir o cristianismo a algo mais.

Permitam-me perguntar o seguinte: Por que pensamos às vezes que, para um gesto gratuito ser entendido, ele precisa ser reduzido a algo mais, ele precisa ser menos gratuito? Quanto mais gratuito for, mais surpreendente e cativante, não? Não precisamos reduzir as coisas para serem compreendidas.

Por vezes, achamos que, para uma pessoa que não tem fé, precisamos reduzir as coisas para que sejam compreendidas. Mas é o contrário: quanto mais um gesto é gratuito, como o de perdoar alguém por uma ofensa, ao invés de responder na mesma moeda, mais esse gesto irá absolutamente surpreender. Não é que precisamos reduzi-lo, diminuir o seu efeito, torná-la mais simples, a fim de evitar escândalos (…) Ninguém se escandaliza por ser perdoado.

Na última frase do livro, o senhor escreve que a alegria é como uma flor de cacto. O que quer dizer?

A fé introduz um atrativo à vida, que ao mesmo tempo nos atrai a ela mas também não nos deixa a sós. Nada desafia mais uma pessoa do que algo que responda a todas as suas expectativas em plenitude. Nada é mais transformador do que ter todas as nossas promessas realizadas! É por isso que a fé é como [uma flor de] cacto … é bela, nos atrai, mas também é espinhenta. Podemos aceitá-la ou rejeitá-la, mas nada transforma e perturba a sua vida com o mesmo poder.

Seria correto dizer que este livro é uma tentativa de expressar a visão de evangelização que advém de Giussani, e que vem sendo amplificada pelos três últimos papas?

Para mim, a resposta é sim.

A reportagem é de John L. Allen Jr. e Inés San Martin, publicada por Crux, 22-06-2017.

web3-closed-church-for-sale-st-laurence-church-chicago-daniel-x-oneil-cc

Recentemente, foi anunciado o fechamento de um número considerável de paróquias católicas no estado de Connecticut, Estados Unidos. Isso é somente uma parte do problema que está vivendo a Igreja na nação americana, especialmente nas dioceses do norte.

Sobre este aspecto, o monsenhor Charles Pope propôs, na revista Community in Mision, seis pontos para a reflexão, oferecendo aos fiéis americanos um guia para saber quais são as raízes do fenômeno e, portanto, para ajudá-los a enfrentar o problema com mais conhecimento.

  1. Os bispos não fecham as paróquias; são as pessoas que o fazem. É certo, entretanto, que, juridicamente, os bispos são os responsáveis por dar o certificado de reconhecimento de abertura, fechamento ou fusão das paróquias. Em última instância, é o povo de Deus que cria ou retira a necessidade de ter uma paróquia. A dura verdade é que, a cada dia, há mais católicos a favor dos anticoncepcionais e do aborto. O número de fiéis só cai. Nas áreas urbanas do noroeste dos Estados Unidos, somente 15% frequentam regularmente as missas dominicais. Houve uma falha na evangelização, mas as feridas mais profundas estão na diminuição da frequência nas missas e nossa incapacidade de transmitir a fé. Atualmente, estamos enterrando a última geração que ensinou que a missa do domingo é uma obrigação, que deveria ser cumprida – sob a pena de pecado mortal.
  2. Existe uma responsabilidade compartilhada. É fácil ficar zangado com os bispos e padres quando eles fecham as paróquias. Anos de má catequese, falta de pregação efetiva e liturgias mal celebradas estão na conta. E o clero deve ficar com a primeira responsabilidade sobre isso. No entanto, a divisão dos fiéis e o desvio da prática da fé também são fatores importantes. Há muitos padres que não pregam com firmeza nem insistem em uma doutrina clara. O preço disso é alto, sim, mas no final do dia, o clero não pode assumir a responsabilidade completa do problema nem abordá-lo por si só. A evangelização não pode ser só um problema da reitoria; em última instância, é um problema familiar. Os pais e avós devem se esforçar mais para reunir seus filhos em casa e serem testemunhos da força transformadora da liturgia e dos sacramentos.
  3. A liturgia tem culpa? Muitos culpam a liturgia da Igreja Católica por ser “enfadonha”, “monótona” e até “banal”. As soluções para este tema são, muitas vezes, desconcertantes e não cumprem com o objetivo, atraindo somente porções muito pequenas de fiéis. Por exemplo, alguns são a favor da reintrodução da missa tradicional, em latim. Com todo o encanto que isso possa ter, não há uma só diocese nos Estados Unidos em que essa forma de expressar a liturgia atraia mais de um por cento dos frequentadores da missa. Portanto, o problema parece ser mais profundo.
  4. O coração do problema é um mal-estar geral. Há pouca urgência; poucas pessoas parecem sentir a necessidade da fé, da Igreja, dos sacramentos ou da palavra de Deus. O universalismo (todos se salvarão) e o relativismo (tudo é verdade) dentro e fora da Igreja representaram o papel mais importante do problema. O que a Igreja oferece “não é necessário”. Os problemas dela “não são os problemas da modernidade”. A opinião comum em nossa cultura é que a religião é um pouco menos do que um acessório agradável para a vida. Quem se importa com isso?
  5. Como controlar a erosão da prática da fé católica? Como disse Ralph Martin, o primeiro passo deve ser reviver uma visão mais bíblica – com urgência – da salvação. O fato de muitas pessoas, inclusive entre o clero, dizerem que a salvação “não é um problema” não significa que não seja. Jesus dedicou muitas horas de pregação e muitas parábolas para nos alertar sobre a necessidade de merecer a salvação que Ele oferece. Mas muita gente não considera a confissão dos pecados, a frequência na missa e o recebimento da Eucaristia como caminhos para a salvação de nossas almas.
  6. Não cair na ilusão do chamado “discurso do medo”. Muitos temem o juízo de Deus. De algumas coisas temos que ter medo, incluindo nossa tendência a sermos de coração duro e tolo em relação à Graça e a preferir as coisas do mundo às verdades eternas. O pânico, com efeito não é útil. Mas a sobriedade, a necessidade vital dos sacramentos, a Palavra proclamada, a comunhão e o poder transformador da liturgia são.

É triste perder edifícios, muitos deles verdadeiras obras de arte. Mas é ainda mais triste refletir sobre a perda humana que os edifícios vazios representam.

Aleteia

O programa “Terra da Padroeira“, transmitido pela TV Aparecida aos domingos, recebeu na edição de 17 de julho de 2016 a jovem dupla sertaneja Hugo e Tiago, que impactou e levou o público às lágrimas com um testemunho de fé de arrepiar.

Com a dupla, estava presente o padre Alcides Piquilo, que é irmão de Tiago. Os dois irmãos compartilharam a sua dramática vivência recente da enfermidade do pai, que também se chama Alcides e que enfrentou uma severa pneumonia, agravada pelo fato de só ter um pulmão.

A culminação do drama familiar veio no dia em que, mesmo depois que a família tinha se unido com grande fervor na oração do rosário, “seu” Alcides ficou à beira da morte.

Naquele dia, Tiago entrou no quarto do pai e sentiu um forte odor de flores e rosas. Ele imediatamente associou o cheiro ao de um velório e, em desespero, pensou que o pai tivesse falecido. Chamou a mãe e a irmã e, todos juntos, correram para o hospital na tentativa de salvar a vida do pai.

Três horas depois que o pai tinha praticamente morrido, os médicos chamaram a família e fizeram uma declaração surpreendente, que o próprio Tiago relata aos prantos de emoção.

Fonte: Aleteia

Confira neste vídeo o arrepiante testemunho: