Em todas as etapas da vida dos filhos os pais têm novos desafios. À medida que eles crescem, algumas adaptações no exercício parental precisam ser feitas, principalmente em relação ao equilíbrio entre autoridade e liberdade. E nessa construção da relação familiar, autoridade nunca pode ser confundida com autoritarismo. E o contrário também exige atenção, já que a liberdade em excesso também é nociva.

Dentro da família todos são convidados a participar e ouvir uns aos outros, mas são os pais que têm a responsabilidade de impor limites aos filhos. Entretanto, não é bem isso que acontece na prática em algumas famílias. Por um lado, existem pais muito severos e por outro há também aqueles que dão liberdade em excesso e erram ao não impor os limites necessários aos filhos, em cada etapa do desenvolvimento da criança.

É que naturalmente os pais exercem autoridade sobre os filhos, mas esse fator na educação de uma criança não pode ser confundido com o autoritarismo – que é um tipo de liderança em que só um fala e que tem razão sobre tudo. “Essa é uma maneira negativa de construção de relacionamentos. Não é desse jeito que se estabelece uma relação de confiança com os filhos”, afirma Maristela Gripp, psicopedagoga e professo do Centro Universitário Internacional Uninter.

Portanto, a autoridade dos pais sobre os filhos não deve ser restritiva, para não cair no autoritarismo. “O autoritarismo não deve ter lugar em nenhuma família, porque todas as pessoas gostam de participar, mesmo as crianças menores. A liberdade na dose certa gera crescimento e confiança”,diz ela. Exercer autoridade é ser influência positiva na vida dos filhos, sendo um modelo a ser seguido por suas ações e palavras.

“O autoritarismo não deve ter lugar em nenhuma família. A liberdade na dose certa gera crescimento e confiança”

O que acontece é que ao tentarem não ser autoritários, alguns pais oferecem liberdade em excesso também.  Para dosar esses limites, antes de mais nada é preciso o diálogo entre pais e filhos, e a liberdade pode ser exercida com limites havendo uma troca. Deixar que as crianças opinem e façam perguntas, não faz dos pais menos do que os filhos. “Tudo isso ajuda na construção dessa liberdade em relação ao indivíduo. E é diferente de deixar que façam tudo o que querem e como querem”, sinaliza Maristela.

“O tiro pode sair pela culatra”

De acordo com a especialista, especialmente quando os filhos chegam à fase adulta, essa autoridade precisa ser trocada pela orientação, se não o exagero pode resultar na rebeldia dos filhos.

“Nessa fase os pais precisam entender que não são mais autoridade e sim ajudadores na vida deles”, diz. Ao serem rígidos demais, o tiro pode sair pela culatra, porque aquele indivíduo é tão exigido que ela desmonta de vez ou parte para o oposto daquilo que é esperado, porque não houve um equilíbrio nessa relação”, alerta a psicopedagoga.

É necessário, portanto, que os pais se lembrem sempre de os filhos não são copias suas, mas, sim, pessoas diferentes em sua personalidade e na maneira de enxergar o mundo.

Claro que o adulto pode contribuir no desenvolvimento do jovem, mas a visão de mundo dele é bastante diferenciada e os pais precisam respeitar isso. “Em muitas vezes os pais são rígidos por uma questão pessoal, porque vieram de um lar que acha que faltava disciplina”, aponta ela.

Fonte: Sempre Família

O presidente francês Emmanuel Macron soltou nesta semana uma afirmação que misturou observações corretas com extrapolações preconceituosas e infundadas:

“Eu sempre digo: me apresentem a mulher que tenha recebido uma perfeita educação e que tenha decidido ter 7, 8 ou 9 filhos. Por favor, me apresentem a garota que decidiu abandonar a escola aos 10 anos para se casar aos 12. Isto só acontece porque muitas meninas não foram educadas adequadamente, às vezes porque esses países decidiram que os direitos dessas garotas não eram exatamente os mesmos dos rapazes. Isto não é aceitável”.

A parte desta mistura de afirmações que gerou imediata reação de famílias do mundo todo foi aquela que, a partir de alguma premissa gratuita e sem fundamento real, “concluiu” que a causa da existência de famílias numerosas seria a falta de educação.

As respostas

As respostas vieram acompanhada de fotos autoexplicativas e da hashtag #PostcardsForMacron, ou seja, “cartões postais para Macron”.

Veja algumas abaixo

@EmmanuelMacron Eu tenho diploma de bacharel em comunicação social e pós-graduação em Relações Públicas e Marketing e trabalhei em tempo integral durante 18 anos. Eu tenho seis filhos. #postcardsformacron.

#PostcardsforMacron Advogada, 12 filhos, genro e 2 netos. Tanto AMOR! Tanta ALEGRIA!

#postcardsformacron Mãe e pai médicos obstetras e ginecologista. E sim, são 8 filhos

Formada na Universidade de Seattle, na Universidade Pacific e na Universidade de Syracuse. Eu sou fascinada pelas minhas sete crianças, todas planejadas e bem cuidadas #postcardsforMacron

Aleteia

 

Hoje em dia, parece que tentar ser pai e mãe perfeitos é empurrar as pessoas para seus limites – na medida em que alguns pais estão seriamente desencorajados a ter um segundo filho. Eles lutam com as noites sem dormir aparentemente infinitas, não encontrando um momento de paz; isso é demais, especialmente em cima de todos os compromissos de trabalho.

A situação não melhora se os cônjuges não compartilham os mesmos sentimentos ou discordam dos estilos de paternidade – onde um dos pais pode querer repreender seu filho e o outro pode achar isso difícil, dizendo que “amam muito seus filhos” para repreendê-los.

Há discussões intermináveis em fóruns envolvendo mães e pais desesperados por ajuda e conselhos – pais que estão realmente esgotados e chegando à depressão. Os negócios estão crescendo para psicólogos especializados em crianças e famílias.

Onde você está, Maria Montessori? No século passado, você nos ajudou a descobrir o valor de reconhecer a personalidade e os interesses de bebês e crianças pequenas, mas hoje parece que eles se tornaram tiranos.

Talvez a culpa recaia sobre o filósofo Jean-Jacques Rousseau, que propôs uma visão idealizada das crianças como criaturas puras e totalmente inocentes, cujo desenvolvimento não deve ser prejudicado, manchado ou restringido por limites e instituições não naturais. Ele ensinou que, desde a infância, elas deveriam ser autorizadas a seguir suas inclinações naturais em sua educação, enquanto seus pais deveriam principalmente protegê-las de influências externas ruins.

Curiosamente, Rousseau abandonou os cinco filhos para o Estado. Talvez não fosse tão especialista assim.

Em janeiro passado, o famoso fabricante de chocolate Kinder patrocinou um estudo sobre relações pai-filho e quanto tempo eles gastam juntos. Os resultados confirmaram o que as redes sociais e as conversas com os pais têm mostrado: 93% dos pais questionados acreditam que não há maior sucesso na vida do que ser um bom pai, mas quase metade sente-se estressado e 54% se sentem culpados por não ser suficientemente paciente com seus filhos. Enquanto a primeira estatística é boa, as outras mostram como é difícil ser pai. O que significa, exatamente, ser um bom pai e até onde precisamos ir para ter sucesso?

Confie em seus instintos

Com um número infinito de manuais pedagógicos que enchem as prateleiras, é uma surpresa que os pais comecem a duvidar de sua própria intuição? Desde livros que oferecem conselhos sobre conquistar a confiança do seu filho, até formas eficazes de impor limitações aos filhos, os pais ficam focados no que estão lendo e estão esquecendo de serem espontâneos e de confiar em seus instintos.

Muitas vezes os livros acabam inspirando mais ansiedade do que sucesso. Muitos psicoterapeutas e psicólogos infantis se concentram na paternidade positiva, orientados para eliminar qualquer coisa que assuste ou envergonhe uma criança. Isso parece um ideal digno, mas precisamos ter cuidado.

Lola, mãe de três crianças da escola primária, sabia o suficiente sobre “educação positiva”. Ela realmente tentou fazer tudo corretamente, mas as expectativas irrealistas inspiradas no método a levaram a um ponto de ruptura. Um dia, a pressão de se segurar para não repreender seu filho na mesa foi demais e ela acabou jogando um copo de água no rosto de seu filho e depois começou a chorar. Hoje, ela vê esse evento como salvação: “Eu não era mais eu mesma; eu queria me conformar com um modelo. Hoje eu confio mais em meus instintos, e embora eu possa voltar a gritar às vezes, também gasto mais tempo com momentos divertidos com meus filhos”.

Seja claro em suas regras

Apesar do nosso desejo de fazer as coisas de forma adequada e pegar todos os conselhos de especialistas, nossos melhores esforços ainda podem, por vezes, acabar de forma inesperada e indesejada, especialmente quando o conselho é levado ao extremo ou é mal interpretado.

Quando Maria Montessori projetou seu método, ela não defendeu deixar as crianças experimentarem o que quisessem. Ela desenvolveu um quadro específico para a aprendizagem, em que as crianças são acompanhadas por um adulto que não simplesmente as deixam em seus próprios dispositivos para descobrir coisas por si só. Em vez disso, o método ensina as crianças a realizar ações que tenham sido cuidadosamente pensadas, até o menor detalhe, para o desenvolvimento físico e intelectual da criança. Regras e limites claros dão às crianças uma sensação de segurança, assim como os códigos de trânsito para usuários de automóveis.

É importante lembrar que, embora possamos ter um respeito saudável pelos interesses das crianças e pela autodeterminação, elas precisam de orientação e disciplina. É verdade que o pêndulo às vezes se inclina muito na direção do autoritarismo, mas precisamos evitar também que ele se incline muito na direção oposta. Às vezes, a “vanguarda” da psicologia exclui demais os métodos tradicionais de educação infantil.

Tenha autoconfiança

Qualquer tipo de paternidade requer confiança por parte da mãe e do pai. Lembre-se: você é o adulto. Você é o responsável, não o seu filho. Ouça os especialistas, obtenha conselhos conforme necessário, respeite seu filho, aprenda com seus erros (e com os de seus próprios pais), mas não tenha medo de tomar decisões e ser você mesmo, com seu próprio estilo de paternidade. Impor certas regras – como maneiras à mesa e horas razoáveis ​​de dormir – fornece a estrutura necessária para que seus filhos sejam felizes, saudáveis ​​e preparados para viver na sociedade.

Você cometerá erros – todos os pais cometem! – mas não é o fim do mundo. Precisamos lembrar que o perfeccionismo é o inimigo do progresso. Seus pais cometeram erros e você viveu para contar a história, certo?

Cuide de você mesmo

O paradoxo de ser pai é que, quando você não tem tempo suficiente para você mesmo, na verdade, é quando você mais precisa disso. Ser um pai/mãe dedicado/a não significa desistir de tudo o que você gosta. Coordene os deveres da paternidade com o seu cônjuge para dar um ao outro tempo para relaxar e fazer coisas que você ama, como ir à academia ou ir ao cinema. Se você não tem vida porque está gastando todo o seu tempo carregando seus filhos de uma atividade à outra, não esqueça que você pode tentar coordenar com outras mães ou pais, ou adolescentes responsáveis, para compartilhar e para dar um ao outro tempo para respirar. Você não pode cuidar de sua família se o seu corpo excessivamente estressado ficar doente.

Além disso, não pense que você sempre tem que fazer tudo para todos. Embora seja bom para a família ter uma refeição juntos todos os dias, isso não significa que a mamãe ou o papai precisam cozinhar todos os dias; sobras e microondas existem por algum motivo. Sua casa também não precisa estar impecável 24 horas por dia 7 dias por semana.

Então, se você sente esgotada, exausta pela fadiga emocional, desgastada pelo choro do seu bebê, ou sobrecarregada pela crescente confusão e ruído constante, lembre-se: você tem permissão para ser imperfeita. Não hesite em estabelecer limites, delegar, pedir ajuda, encontrar tempo para você e ser você mesma.

Bénédicte de Dinechin |

Uma história de amor profundo e verdadeiro: vale a pena ler até o final! (atenção: imagens fortes)

Dois meses depois que o filho, Nolan, de 4 anos morreu de câncer, Ruth Scully publicou sua história no Facebook e as últimas palavras dele simplesmente a deixaram sem palavras.

Nolan faleceu em fevereiro de 2017, após uma batalha de 15 meses contra a Rabdomiossarcoma (RMS), uma forma rara e agressiva de câncer que ataca o tecido ósseo e que se torna altamente resistente a todas as formas de tratamento.

Na ocasião de sua postagem, em abril de 2017, Ruth quis compartilhar os últimos dias do filho.

“Eu queria há muito tempo escrever sobre os últimos dias de Nolan. Os últimos dias dele brilharam tão incríveis quanto meu filho é. O quão belo ele é. O quanto ele representava o amor verdadeiro. Este relato pode ser longo, mas tenha paciência comigo, é uma agonia diferente de qualquer outra.”

De volta à setembro de 2015, Nolan reclamou de estar com o nariz entupido e seus pais pensaram que fosse apenas um resfriado no início.

Logo, ele teve dificuldade para respirar e as tentativas de tratamento que vieram a seguir não surtiram efeito.

Em novembro, o médico descobriu que um tumor era a causa do bloqueio em suas vias aéreas.

Esse tipo de câncer cresce nos músculos, na gordura e nas articulações.

Os pacientes podem sofrer de pálpebras caídas, dores de cabeça, náuseas, além de dificuldade em urinar.

“No dia 1º de Fevereiro, nós sentamos com toda a equipe. Quando a oncologista dele falou, eu vi dor em seus olhos.

Ela sempre foi honesta conosco e lutou ao nosso lado durante todo aquele tempo, mas a tomografia computadorizada mostrou um enorme tumor que cresceu pressionando os tubos bronquiais e coração dele dentro de quatro semanas de sua operação de peito aberto.

O rabdomiossarcoma metastático alveolar se espalhou como fogo selvagem.

Ela explicou que naquele momento, ela não achava que o câncer dele era tratável já que havia se tornado resistente a todas as opções de tratamentos que nós tentamos e o plano seria mantê-lo confortável enquanto ele ia se deteriorando rapidamente.”

“Depois de um tempo, eu me recompus e fui ao quarto de Nolan. Ele estava sentado na ‘cadeira vermelha da mamãe’, assistindo Youtube em seu tablet.

Eu me sentei com ele e coloquei minha cabeça contra a dele e tivemos a seguinte conversa:

Eu: Dói respirar, não é?
Nolan: Bem… sim.
Eu: Você sente muita dor, não é, bebê?
Nolan: (olhando para baixo) Sim.
Eu: Este câncer é um saco. Você não precisa lutar mais. .
Nolan: (Pura felicidade) Eu não preciso??!! Mas eu vou por você, mamãe!!
Eu: Não, filho! É o que você vem fazendo?? Lutando pela mamãe?
Nolan: Sim!!
Eu: Nolan, qual é o trabalho da mamãe?
Nolan: Me manter seguro! (Com um grande sorriso)
Eu: Querido… Eu não posso mais fazer isso aqui. O único jeito que eu posso manter você seguro é no céu. (Meu coração destruído)
Nolan: Então só vou para o céu e brinco até você chegar lá! Você virá, certo?
Eu: Com certeza!! Você não vai se livrar da mamãe tão fácil!
Nolan: Obrigado, mamãe!!! Eu vou brincar com Hunter, Brylee e Henry!! ”

No dia seguinte, ele estava descansando, assim como dormiu na maior parte dos dias seguintes. Ele tinha todos os cuidados paliativos a postos, seus medicamentos intravenosos e até a ordem de não ressuscitar assinada (eu não consigo explicar como é assinar a ordem de não ressuscitar do seu anjinho). Quando ele acordou, nós tínhamos arrumado tudo e eu tinha os seus sapatos em minhas mãos para que pudéssemos levá-lo para casa à noite. Nós só queríamos mais UMA noite juntos. Mas quando acordou, ele colocou gentilmente a sua mão na minha e disse: ‘Mamãe, está tudo bem. Vamos ficar aqui, ok?’ Meu pequeno herói de 4 anos estava tentando se certificar de que as coisas seriam fáceis para mim…

Lá pelas 21h, eu perguntei a Nolan se poderia entrar no banho, já que eu não podia deixá-lo e a mamãe tinha que ficar tocando nele toda hora. Ele disse: “Humm… tudo bem, mamãe. Diga para o tio Chris se sentar comigo e eu vou me virar para este lado, assim eu posso te ver.’ Eu parei na porta do banheiro, me virei para ele e disse: ‘Continue olhando bem para cá, querido. Eu vou sair em dois segundos.’ Ele sorriu para mim. Eu fechei a porta do banheiro. Eles disseram que, no momento em que tranquei a porta, ele fechou seus olhos e entrou em sono profundo, iniciando o fim de sua passagem para o outro lado. 

Quando eu abri a porta do banheiro, a equipe médica estava em volta de sua cama e todos se viraram e me olharam com lágrimas nos olhos. Eles disseram: ‘Ruth, ele está em sono profundo. Ele não consegue sentir nada.’ Era extremante difícil para ele respirar, seu pulmão direito tinha entrado em colapso e seu oxigênio caiu.

Eu corri, pulei em sua cama e coloquei minha mão no lado direito de seu rosto. Então, um milagre inesquecível aconteceu…

Meu anjo respirou fundo, abriu seus olhos, sorriu para mim e disse: ‘Eu te amo, mamãe.’ Ele virou sua cabeça e, às 23:54, ele faleceu enquanto eu cantava ‘You Are My Sunshine’ em seu ouvido. 

Ele acordou de um coma para dizer que me amava, com um sorriso em seu rosto!”

Na foto, Nolan está deitado no tapete do chão do banheiro, com medo de ficar longe dela, mesmo durante o seu banho.

Essa experiência emocionante tocou os corações de pessoas de todo o mundo. Essa história mostra por que mães chamam seus pequenos de “anjos”. Crianças têm dons escondidos e corações enormes.

Ruth foi tão corajosa em compartilhar esses momentos de sua grande perda de seu lindo garotinho e do amor incrível entre uma mãe e seu filho. 

Nolan chegou a acordar do coma e disse que a amava, mas então ele faleceu no dia 4 de fevereiro, enquanto ela cantava “You are My Sunshine” em seu ouvido.

“Agora eu estou com medo de tomar banho. Com nada além de um tapete vazio agora, onde uma vez um belo e perfeito garoto ficou à espera de sua mamãe”, finalizou ela.

Aleteia

 

 

 

Autor do artigo: Pedro Henrique Alves

Nos últimos dias temos visto uma larga divulgação da notícia que uma comissão da câmara dos deputados havia, normativamente, definido como família a união entre homem e mulher. Isto causou uma grande comoção nas redes sociais, conservadores e cristãos receberam a tal notícia com uma certa euforia e contentamento; os mais modernistas, com pesar e indignação.

A família, independentemente de qualquer linha ideológica, é a instituição mais bem edificada da história. Por que digo isso? Parece-me que a família foi a estrutura basal da sociedade, aliás, faz-me crer que, somente existe uma sociedade moderna, pois houve antes um núcleo social chamado família. Muitas teorias foram feitas ao longo dos séculos para tentar explicar a origem da sociedade, destaca-se os Contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau), foram eles os mais aclamados entre aqueles que se tentaram explicar a estruturação social desde sua origem.

Destaco dois em especial: Rousseau, que em seu livro “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”[1] trata do tema: origem da família e desigualdades na sociedade; Marx, apesar de não ser um dos Contratualistas, também apresenta-nos sua teoria em uma de suas obras, “A origem da família, da propriedade privada e do Estado”[2], obra esta que traduz suas ideias mais maduras, quem assina a sua obra é seu fiel escudeiro Engels, pelo advento da morte do dito autor. Bom, apenas citei alguns estudiosos do tema para contextualizar o debate, e democraticamente mostrar que não palpitarei por um mero deleite filosófico.

Algo me parece paradoxal quando tratamos do assunto: família. A sociedade moderna enxerga a estrutura tradicional de família como sendo uma dificuldade para o “avanço”, um entrave, uma engrenagem enferrujada que precisa ser substituída, todavia, a família é a base natural da humanidade, e ninguém em sã consciência há de discordar disto. É como colocar bombas-relógios nos firmamentos de nossos lares, e deitarmos tranquilamente em nossas camas como se nada tivesse por ocorrer. “Ora, pareceu-me injusto que a humanidade se ocupasse em chamar de más todas aquelas coisas que foram boas o suficiente para tornar outras coisas melhores, em eternamente chutar a escada pela qual subiu”[3].

Por mais que isto venha assustar a modernidade, me sinto inclinado a denunciar que, o ato sexual, um dia, foi visto como forma de reprodução e de união (laço) entre indivíduos, não como mero playground. Num belo dia, um homem percebeu que do coito com sua parceira surgia um novo ser semelhante a ele, e justamente por conta deste estranho e indefinível milagre, perceberam que seria bom eternizar esta união, pois, para o que parece ser divino o eterno é a melhor escolha. Instaura-se, então, a primeira e mais sólida célula social, a qual permitiu o surgimento de uma sociedade organizada, e isto não se trata de uma criação burguesa ou de uma espécie de conspiração macabra para se instaurar a propriedade privada, como quis Marx[4], buscar manter a união entre a sua amada e a sua prole é algo tão natural quanto respirar, não há maldições capitalista em torno disso, há apenas o desejo de tornar duradouro o que se apresentou como digno de durar.

O que uniu definitivamente o homem e mulher como único seio familiar possível, não foi nenhum documento normativo de qualquer sociedade em nosso espaço temporal. Quem os uniu foi o mistério da criação da vida, foi a constatação de que a união entre dois diferentes faz brotar um terceiro que carrega um pouco dos dois que o fizeram, aqui está todo o “porquê”, aqui está toda raiz da família tradicional, a capacidade magnifica de gerar mais um que é “carne da minha carne”(Gênisis 2, 23). Trata-se, por fim, deste magnifico mistério fecundo que mais tarde denominaríamos: “amor”. Não espantem-se com minha retórica a favor desta definição familiar, não se trata de discriminação sexual ou qualquer coisa que se assemelhe a isso, trata-se de uma constatação inevitável, a família é “uma necessidade da humanidade[…] um alçapão do qual a humanidade não tem como escapar”[5].

O mistério que envolve a fecundidade da união masculina e feminina ultrapassa qualquer limite de nossas vãs teorias causais, este medonho processo de prole urge dentro de nossas mentes sem uma resposta prévia, faz brotar um grande e infindável mistério, faz nascer em nós algo que não se explica com estatísticas, escavações arqueológicas ou teorias sociológicas. Existe um toque transcendente no ato de multiplicação da espécie humana, algo que me tenta a conversão, a vida surgindo de dois mortais tão limitados, algo que nem mesmo a mais rebuscada filosofia, nem as mais sapientíssimas mentes conseguiriam sintetizar em uma explicação racional, eis a trave que sustenta a família, uma trave que não é fincada no tempo.

Este big bang, este ato primeiro de luz acontece através de uma união hétero, e como não querer manter a salvo esta maravilhosa união chamada: família? Mantê-la fora do processo corrosivo do tempo é manter seguro algo que se mostrou digno de eternidade. “Basta dizer que pagãos e cristãos tomavam igualmente o casamento como um laço, como algo que, em circunstâncias normais, não deveria ser desfeito”[6]. A família é uma forma imanente de participar da eternidade, o único momento que Deus empresta ao ser humano o seu poder mais belo, o da criação. Quando uma família se forma, eu carrego um pouco de meu pai e de minha mãe que, por sua vez, carrega um pouco dos seus e assim por diante, talvez o termo “árvore genealógica” foi assim designada, pois, há arvores tão fortes parecem eternas.

Mesmo que muitas destas famílias mostram-se não cumpridoras de sua missão natural, isso não deve ser motivação para destituí-las ou redefini-las como se fossem produtos enlatados com data de validade ultrapassadas, algo que teve seu tempo, mas que hoje se faz pútrido. Esse mistério selou a união mais bela que se tem conhecimento. O que hoje a sociedade contesta como sendo uma definição retrograda de família, mostrou-se ao longo da existência humana ser algo tão bom que Deus não ousou colocar nela uma data de validade.

Referências:

[1] ROUSSEAU, Jean-Jaques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, 1ª Ed, L&PM POCKET: Porto Alegre RS, 2008. 173 p.

[2] ENGELS, Frederich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado, 1ª Ed, BestBolso: Rio de Janeiro, 2014. 223 p.

[3] CHESTERTON, G. K. O defensor Tipos variados, 1ª Ed, Ecclesiae: Campinas SP, 2015. p. 18

[4] ENGELS, op. Cit., p. 34 -101

[5] CHESTERTON, G. K. O que há de errado com o mundo, 1ª Ed, Ecclesiae: Campinas SP, 2013. P. 56

[6] Idem, p. 5

© obvious: http://obviousmag.org/do_contra/2015/09/familia-algo-que-nao-vem-do-homem.html#ixzz4woABIBF6
Follow us: @obvious on Twitter | obviousmagazine on Facebook

web3-baby-dies-from-kiss-menningitis-nicole-sifrit-mariana-sifrit-nicole-sifrit-facebook

Quando um amigo ou membro da família ganha um bebê, nosso primeiro instinto é agradecer a Deus. O próximo é ir correndo para o hospital para dar banho de beijos na mãe, no pai e no recém-nascido. Mas nós nos esquecemos do quão frágil e suscetível aos germes é o novo ser, que ficou protegido no útero da mãe por nove meses.

Infelizmente, a morte da menininha de 18 dias, Mariana Sifrit, depois de um simples beijo nos lembrou de tudo o que pode acontecer quando deixamos nossas emoções falarem mais alto que o bom-senso e a  precaução.

Quando Mariana nasceu, no dia 1.º de julho de 2017, seus pais, Nicole e Shane, estavam cheios de esperança para um futuro maravilhoso como família. Os pais se casaram seis dias depois, mas durante a celebração, eles não conseguiam acordar Mariana e ela recusava o leite. Ansiosos, foram direto a um hospital infantil em, Iowa, Estados Unidos. Lá, receberam a notícia que a pequena bebê havia contraído meningite, doença transmitida por um vírus que, entre outros sintomas, causa herpes e feridas.

Os médicos informaram aos pais que ambos não possuíam o vírus, e que Mariana, provavelmente, havia contraído a doença depois de ter sido beijada por alguém infectado. Os profissionais disseram ainda que essa pessoa não precisava necessariamente apresentar uma ferida aberta para ser portadora do vírus. Eles explicaram que “a pessoa infectada toca na criança e ela, depois, leva a mão na boca”, o que é suficiente para passar no vírus.

Uma vez diagnosticada, Mariana foi direto para a UTI. O pai dela lembra que “depois de duas horas ela deixou de respirar e todos os seus órgãos simplesmente começaram a falhar.”

O que era para ser um dia de alegria terminou com Mariana lutando por sua vida.

Porém, apesar de seu espírito de luta e do dedicado time de profissionais médicos, a “princesa” Mariana sucumbiu ao vírus apenas 11 dias depois, em 18 de julho. A mãe dela postou no Facebook:

“Nossa princesa Mariana Reese Sifrit ganhou suas asinhas de anjo nesta manhã. Ela estava no colo do papai, com a mamãe ao seu lado. Em apenas 18 dias, ela transformou as nossas vidas. Esperamos agora que a história dela possa salvar outros bebês”.

Nicole também fez um alerta aos pais: “Mantenham seus bebês isolados. Não permitam que ninguém vá visitá-los, certifiquem-se de que as pessoas que estão por perto lavem as mãos constantemente. Não deixem que as pessoas beijem seus bebês e lembrem-se de perguntar [se a pessoa está saudável] antes de pegar seus bebês “.

É uma situação complicada. Ninguém quer ofender um visitante bem-intencionado. Porém, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 3,7 bilhões de pessoas no mundo estão infectadas pelo HSV-1, o vírus da meningite, sendo muitos os casos assintomáticos dessa doença altamente contagiosa. Na América, a OMS estima que de 40 a 50% da população têm o vírus, embora outras fontes coloquem esse valor muito acima: até 80 por cento. Isso é um risco potencial para qualquer recém-nascido.

Sandra Beltrán, pediatra da Associação Colombiana de Doenças Infecciosas, explica que o ato de “beijar nos lábios é um foco transmissor de doenças”. Ela explica que o fraco sistema imunológico do recém-nascido  – e até mesmo de crianças um pouco maiores  – faz com que seja imperativo evitar beijos diretamente na boca.

Embora tenha tido mais visibilidade, Mariana não é o primeiro recém-nascido a morrer em tais condições. Em 2009, uma mãe do Reino Unido passou o vírus para seu próprio bebê, que morreu com 11 dias de vida. Infelizmente, há outras histórias semelhantes a essas.

Então, ao visitar amigos e familiares que acabaram de ganhar bebê, considere que, embora possamos querer sufocar esses pequenos anjos lindos com abraços e beijos, é nosso dever levar apenas nosso amor para o hospital – e talvez um lindo presentinho!

Para os novos pais, a dica é: não se sintam desconfortáveis em passar essa mensagem de precaução para todos os seus entes queridos. Eles entenderão!

Cerith Gardiner

23320lpr_0a2906f04f219a4

Papai, viva de tal maneira que, quando seu filho pensar em lealdade, honestidade, integridade, justiça, respeito, trabalho, fidelidade, serviço e caridade, a sua imagem venha à mente dele.

Embora a sociedade ocidental dê mais importância à figura materna, a figura do pai na vida dos filhos é tão importante como a da mãe, pois ele desempenha um papel único, intransferível, insubstituível e fundamental no desenvolvimento emocional, psicológico e social dos filhos.

Papai, quando eu crescer quero ser igual a você

Os filhos que têm a oportunidade de contar com os pais emocional e fisicamente presentes no decorrer da vida – em especial nos momentos mais importantes de seu desenvolvimento – apresentam maior tolerância à frustração, maior confiança em si mesmos, autocontrole e autoestima elevada.

Mas não é necessário ser apenas um pai presente, é imperativo gerar vínculos afetivos sólidos com os filhos. Ou seja, ser pai ativo, sempre pendente às necessidades deles. Algumas vezes você satisfará essas necessidades ou dará ferramentas para que eles encontrem soluções. Em outros casos, simplesmente vai consolá-los e dar palmadinhas nas mãos com a seguinte mensagem oculta: “tudo ficará bem porque estou com você”. Isso vai garantir segurança aos pequenos.

O desenvolvimento de uma relação positiva com o pai ajudará o filho a ser um adulto equânime e seguro. A sensação que lhe dá de poder contar com um pai que lhe oferece respaldo é simplesmente indescritível.

Todo filho merece sentir-se desejado e aceito pelo pai – não somente pela mãe. A aceitação precede da vontade; o desejo, do sentimento. Se um filho percebe o abandono, seu desenvolvimento pode sofrer um bloqueio. E não será tanto por não ter sido desejado, mas por não ter sido aceitado. A aceitação da paternidade e a aceitação de sua pessoa são necessárias e muito importantes para o saudável desenvolvimento individual e social do indivíduo.

Algumas atitudes de aceitação ou rejeição:

  • Você provoca rejeição quando se transforma em um pai autoritário e tirano. A mensagem que você manda para o filho é que ele não te perturbe ou que tivesse sido melhor que não tivesse nascido. Você também provoca rejeição quando se comporta como um pai indulgente, indiferente, o “colega” de seus filhos. A mensagem que você passa é que o pequeno não é sua prioridade.
  • Também causa rejeição a superproteção (ou quando você se transforma em um pai autoritário e perfeccionista).  Neste caso, a mensagem que você passa a seu filho é que ele deve seguir o seu modelo e ser como você. O filho se sente com o amor condicional. Quando há superproteção ou quando você passa a ser um pai narcisista, o filho pensa que não há ninguém como ele. Embora pareça o contrário, ele desenvolverá uma autoestima frágil.

A palavra convence, mas o exemplo arrasta

Se há algo que os filhos observam nos pais é a forma de trabalhar. Ou seja, o pai deve ensinar a virtude e o valor humano do trabalho. Por seu modo de trabalhar, um pai pode ser prestigiado ou desprestigiado pelos filhos, obterá a admiração e respeito dele ou o contrário.

Os filhos são inteligentes e se a imagem que eles têm do trabalho do pai, a partir das conversas familiares ou da sua atitude diante deles, for negativa, os feitos na educação serão nocivos.

Também terá efeito negativo o fato de o filho perceber que o que se diz não coincide com o que se faz. Com a incongruência, perde-se a autoridade, e sem autoridade dificilmente haverá admiração e respeito.

Para qualquer filho, não há nada mais fortalecedor do que sentir-se amado e protegido pelo homem que ele mais admira, seu super-herói. Esse sentimento de proteção vai com ele por toda a vida.

No caso particular da relação pai/filha, se ela se sentir abandonada pelo pai, quando for escolher seu marido, dificilmente saberá fazê-lo, porque terá a necessidade inconsciente de preencher o vazio que o pai lhe deixou. Portanto, em vez de buscar um companheiro de vida, em cada homem que conhecer, ela vai querer encontrar esse pai para protegê-la. Isso é muito perigoso e dificilmente resultará em relações amorosas estáveis.

Por isso, mamães, precisamos deixar os papais exercerem seus papeis de esposos e pais. É importante que a mãe dê espaço e não interfira nessa relação, mesmo que ela ache que “faria melhor do que ele”. O posto de um pai na vida de um filho ou filha é insubstituível!

Luz Ivone Ream

lucas-ferreira

” Após descobrirmos, durante um ultrassom de rotina, que existia uma diminuição do fluxo sanguíneo de uma das bebês, no dia 3 de Novembro fomos parar às pressas no Hospital São Francisco em Jacareí-SP ( 130 km de Cachoeira Paulista) para Marília se internar para receber os primeiros cuidados da Dra. Rosana, nossa médica.

Foram vários exames, diariamente feitos, até que, no dia 11, nossas filhas nasceram. Bem prematuras, bem mesmo. Com apenas 30 semanas de gestação.

Beatriz nasceu com 1,330 kg às 20:47 h de olhão aberto e toda corada. Marília deu um beijinho nela e logo a levaram pra incubadora. Daí veio o primeiro susto. Helena não vinha. O útero de Marília se contraiu, dificultando o nascimento de Helena. Num momento de desespero, rezamos a Ave-Maria… E no fim da terceira, veio Helena. Pálida e imóvel, pesando apenas 0,840 kg. Eu logo as batizei, ali no centro cirúrgico mesmo. Minhas filhas despertaram pra vida e para o Céu no mesmo instante.

Logo no seu primeiro dia de vida, Beatriz fez uma cirurgia de emergência. A ventilação mecânica abriu seu pulmão, e esse ar na região do tórax precisou ser drenado. O ar entrava pra ela respirar e a sobra era drenada pra fora. E eu, com 31 anos de idade, nunca quebrei nem um dedo. Foi terrível. Nesse dia, tiramos força de onde não tínhamos. Mal sabíamos que precisaríamos de mais força, e mais força e mais força.

Helena perdeu muito peso, chegou a pesar 0,740 kg e logo no início fomos avisados que com ela os cuidados seriam outros. Seus órgãos não estavam prontos pra vida aqui fora. Precisou-se de medicamento para os rins, pulmões, coração e tireoide. Muita medicação é pela veia, e até mesmo usando um cateter central. Helena teve 3 infecções e também foi diagnosticada com pneumonia, por conta do tempo excessivo com a respiração mecânica.

Mas o pior ainda estava por vir.

Um vaso da artéria pulmonar não se fechou e a cirurgia cardiovascular fez-se necessária. Ela nem estava totalmente curada da pneumonia ainda, mas era preciso. Uma nenê com menos de 1kg iria fazer uma cirurgia grande. E agora? Lembra da força que tínhamos que tirar de onde não tínhamos? Ela veio e a gente deu conta. Helena se recuperou da pneumonia e da cirurgia ao mesmo tempo.

Beatriz teve alta da UTI, após 45 dias de internação. Mas Helena ficou. Precisamos nos dividir para dar o cuidados para as duas. Ah, nisso minhas férias acabaram e com isso veio Rosaura, mãe da Marília para estar conosco nessa empreitada. Ficamos hospedados 2 meses em São José dos Campos na casa dos queridos Luiz e Sayô (nossos compadres, a quem somos gratos por toda nossa vida). Com Beatriz em casa e Helena no hospital, a correria dos mamás foi grande!

E, após 82 dias de UTI, acabou a luta e minha família venceu. Foi-se embora o sensor, a incubadora, os antibióticos, as infecções, as cirurgias, as aspirações pulmonares. O medo foi embora, a ansiedade foi embora. A dor sumiu. E foi-se embora também o açaí, a coxinha e o bolo de pote da cantina do hospital.

No dia 3 de fevereiro (Mês dedicado a Sagrada Família e exatos 3 meses da internação da Marília), na primeira sexta-feira do mês, e às 15h, o Sagrado Coração de Jesus derramou sua misericórdia sobre minha família e Helena teve alta.
Nós saímos do hospital na hora da misericórdia!

Agradecemos a todos os amigos que rezaram por nós! Certamente foi nosso sustento nos momentos mais difíceis. Muito obrigado, mesmo!!!
Para a glória de Deus, minha família está completa.

E partilho com vocês que nós temos dois milagres em casa!

(via Facebook) /Aleteia

pai-indonesio-salva-filhos

Milagres existem. Ao contrário, como seria possível explicar o que aconteceu na Indonésia? A história em questão é protagonizada por um pai e seus filhos pequenos. O homem se transformou em um herói depois de ter salvado seus filhos da morte com uma cambalhota espetacular.

A cronologia dos fatos, que aconteceu em Jambi, na Indonésia, é a seguinte: as imagens mostram as crianças na rua em frente a uma oficina mecânica, enquanto o pai, que está por perto, conserta uma moto.

As crianças se movimentam ali por perto com total liberdade, indo de um extremo ao outro. No entanto, há um momento em que algo parece chamar a atenção do pai, que deixa o que está fazendo e se vira bruscamente para ver onde estão seus filhos.

Tudo acontece em uma fração de segundo. De repente, um carro sem controle aparece na cena. Os meninos estão perigosamente no caminho do veículo. O pai, consciente do perigo, reage imediatamente: pega os pequenos e, instintivamente, dá uma cambalhota para trás apenas um milésimo de segundo antes que o carro os atropele.

A filha maior do homem que se transformou em herói agradece pelas redes sociais o ato de seu progenitor.

O vídeo foi gravado pela câmera de segurança da oficina mecânica de Jambi e a gravação se tornou um fenômeno viral.

Fonte:  Forum Libertas.

22459lpr_e907a7d1127174b

Qual é o seu tipo de mãe? Será que ela é do tipo perfeccionista, imprevisível, “melhor amiga”, “eu em primeiro lugar” ou “mãe completa”? Com certeza existem vários tipos de mãe além destes, mas o terapeuta familiar e psicólogo clínico Dr. Stephan Poulter nos explicou os cinco perfis de mãe mais conhecidos e quais são seus pontos fortes, suas principais características e as marcas que deixam em seus filhos.

1. A mãe Perfeccionista

Geralmente é uma mulher ansiosa e controladora. Ela preza pela aparência acima de tudo, sua fachada autoritária e perfeita é uma forma de esconder seus medos. Os filhos dessas mulheres tendem a ser hipercríticos de si mesmos e, frequentemente, sentem-se inadequados e vazios, diz Poulter.

Como são os filhos de uma mãe perfeccionista:

  • Pontos fortes: Têm um forte senso de compromisso nos relacionamentos. São responsáveis e confiantes em tudo que fazem. Valorizam o trabalho e a persistência acima de tudo, pois é através dessas qualidades que enfrentam seus desafios.
  • O lado emocional: Acham que a opinião dos outros é sempre melhor ou mais importante do que a deles mesmos. Frequentemente acham que os outros estão sempre os julgando, em suma, vivem para realizar as expectativas dos outros.

2. A mãe imprevisível

Ansiosa, irritada e excessivamente emocional, esta mãe é dominada por seus sentimentos e, por isso, o seu estilo parental é baseado em seu humor. Este é o tipo de mãe mais caótico de todos. Ela cria problemas, dúvidas e crises em sua imaginação, é muito influenciada pelas suas emoções, e descarrega toda essa energia em seus filhos.

Os filhos de uma mãe imprevisível: 

  • Pontos fortes: Eles têm excelentes habilidades para se relacionar com as outras pessoas e uma capacidade enorme de empatia. Muitas vezes são grandes motivadores e sempre oferecem apoio emocional aos seus colegas, bem como amigos e familiares.
  • Lado emocional: Crescem com uma necessidade intrínseca de cuidar das pessoas e de seus problemas emocionais. Têm tendência a serem dominados por fortes emoções como a raiva, a ansiedade e a depressão. Aprendem desde cedo a ler as pessoas e as situações, dessa forma conseguem lidar melhor com os sentimentos dos outros.

3. A mãe “melhor amiga”

Ela gosta de tratar seus filhos de forma igualitária, dessa forma evita a responsabilidade de estabelecer limites. Este tipo de mãe acredita que a sua vida acabaria caso ela abraçasse a maternidade com todo o seu ser, então ela evita a responsabilidade desse papel. Tanto a criança quanto a mãe se tornam confidentes uma da outra e, apesar disso não ocorrer voluntariamente, a criança acaba ficando sem uma ”mãe”. Neste caso, as necessidades emocionais da mãe são tão grandes que ela tentar preenchê-las através da criança.

Os filhos de uma mãe “melhor amiga”:

  • Pontos fortes: Compreendem a necessidade da existência de barreiras entre pais, filhos, colegas e familiares. Devido a um senso que foi criado através da falta de uma mãe verdadeira, essas pessoas frequentemente buscam assumir papéis de liderança quando adultos.
  • Lado emocional: Geralmente se sentem negligenciados e têm medo da rejeição. Tendem a se sentir ressentidos e têm dificuldade em manter relacionamentos. Frequentemente se sentem mal queridos pelos outros.

4. A mãe “eu em primeiro lugar”

É um dos estilos maternais mais prevalecentes hoje em dia. Essas mães são incapazes de verem seu filhos como indivíduos separados de si mesmas. Seus filhos precisam aprender desde cedo que o papel deles é adular a sua mãe.

Filhos de uma mãe “eu em primeiro lugar”:

  • Pontos fortes:  São muito bons em apoiar os outros. São intuitivos e perspicazes em todos os tipos de relações. São leais e solidários, capazes de observar as dificuldades alheias e solucionar seus problemas.
  • Lado emocional: Têm dúvidas quanto à capacidade de tomada de decisão. Têm dificuldade em confiar nos próprios sentimentos e veem a opinião de suas mães como mais importante e mais poderosa que a própria opinião.

5. A mãe completa

Este é o tipo de mãe ideal, infelizmente apenas 10% da população mundial tem esse perfil de mãe, diz Poulter. A mãe completa é emocionalmente equilibrada, consegue ver seus filhos como indivíduos e os ajuda a alcançar sua própria independência. Ela pode até não ser perfeita, mas independente das circunstâncias em que se encontra ou das responsabilidades fora de casa, ela sempre está comprometida com a maternidade.

Os filhos de uma mãe completa:

  • Pontos fortes: Sentem-se amados e compreendidos, por isso não têm medo de correr riscos ou sofrer mudanças. Iniciam relacionamentos com facilidade, pois não têm medo da rejeição.
  • Lado emocional:Entendem que as outras pessoas têm suas próprias perspectivas sobre a vida, por isso são bem receptivos. São capazes de navegar pelos desafios, de se tornar independentes sem se prenderem demais às suas mães.

 

Raquel Lopes, via Psiconlinews

Aleteia 

Businessman With a Pacifier and Bib --- Image by © Robin Bartholick/Corbis

Por Rafael Mansur

Trabalho em uma escola particular com famílias classes A e B, idade entre 26 e 37 anos. Vejo de tudo lá, tudo mesmo… e a coisa que mais tenho visto ultimamente é criança mandando em pai e mãe e pai e mãe tentando mandar na escola.

Tudo começa quando essa geração adulta de hoje, quando criança, foi um pouco mimada. Pouco não, supermimada! Eles cresceram junto à ascensão financeira de boa parte das famílias brasileiras; eles cresceram vendo videogame se popularizar, TV a cabo se tornar real, carrinho de controle remoto aos montes. Essa geração cresceu vendo Xou da Xuxa e desejando tudo que lá aparecia. Essa geração teve a adolescência marcada com a popularização do Windows 95, popularização do celular e aparecimento dos primeiros e-commerces. A grande questão é que essa geração não só viu isso, ela desejou isso, e ganhou muito disso.

Eles foram os primeiros supermimados. Cresceram com a ideia de que tudo a eles poderia pertencer. Qualquer coisa, basta bater o pé no chão, cruzar os braços e pronto… ganhou.

Certa vez, na escola em que trabalho, criamos um álbum de figurinhas no qual os alunos e alunas eram as figurinhas. Deu o maior trabalho fotografar todo mundo, conferir e mandar para a gráfica. Faltando uma semana para lançar o álbum entrou um aluno novo. A mãe (dessas mimadas que estou falando) pediu para inserir o rapaz no álbum. Já tínhamos impresso mais de 14.000 figurinhas, 300 álbuns, empacotado tudo etc… Eu respondi: Não.

A cena a seguir foi assustadora. A mãe falou: “Mas vai ter todo mundo, menos ele? Se for assim eu não quero esse álbum!”  Para visualizar melhor, eu descrevo como estava a postura corporal da pobrezinha: braços cruzados, cara fechada, um bico enorme e batendo o pé firme no chão. (Parecia que eu me via com 9 anos quando minha mãe não me dava as coisas). Assustado ainda, recuperei o fôlego e disse: “Realmente não vou poder ajudar. Já está tudo impresso, é impossível eu refazer este álbum”. Se você que está lendo o texto achou que a cena da pirraça era rídicula, veja o que aconteceu: “Eu pago! Eu pago todos os álbuns, as figurinhas novas, pago tudo! Mas quero meu filho no álbum!”  Eu disse novamente que era impossível, a mãe pegou as coisas dela para ir embora, pegou a mochila da criança e com os olhos cheios de lágrima (é sério) me disse que faria o próprio álbum para o filho dela não sentir. Você deve está achando que a criança tinha 7 ou 8 anos. Não! Ela tinha 2. Nem sabia direito o que era figurinha. A dor toda era da mamãe mimada.

O que me preocupa de fato é saber que este não é um caso isolado. Não sei se a mãe fez o tal álbum (provavelmente fez), mas ela é uma adulta que não sabe aceitar as dores que a vida nos oferece, prefere burlar. Quer ter tudo e acha que tudo a pertence. O problema maior é que uma criança está sendo criada com esse pensamento, está crescendo com a visão de mundo mimada. Melhor (ou pior)… crianças estão sendo criadas com este pensamento.  Vivem dentro da cultura do descarte, do consumo, vivem em um mundo camuflado de presentes de compensação de faltas.

A primeira geração de crianças supermimadas cresceu e se reproduziu. As crianças fruto dessa reprodução estão sendo mimadas ao triplo. Resta-nos agora esperar o dia em que veremos um adulto rolar no chão na fila do restaurante porque não liberaram ainda sua mesa.

Fonte: Radar Escola

 

3

Título original: “Tretas que não me contaram sobre o começo da paternidade”

Texto escrito aos pouquinhos do período da gestação da minha esposa ao aniversário de um ano da minha filha…

Há um ano e nove meses, o teste de gravidez marcou dois risquinhos e eu não soube o que fazer. Todo mundo me dizia coisas genéricas sobre as dificuldades da gestação e do começo da paternidade – dormir pouco, trocar fralda, mudança de humor, mudança na rotina.

Se eu tentasse ir a fundo e perguntar o que, exatamente, era tão difícil, ninguém sabia me explicar direito. Então, fui anotando tudo que gerou de desgaste tanto para mim como para minha esposa, da gestação ao primeiro ano de vida da Clara.

Os problemas variam conforme a gravidez evolui ou o bebê cresce, e cada mês será sempre uma novidade e um desafio diferente.

Vão querer opinar no parto

Se você falar que quer parto normal, alguém vai dizer que você está colocando a vida do bebê em risco. Se for cesárea, vão te recomendar filmes, livros e textões do Facebook sobre parto humanizado e te recitar dados dos benefícios do parto normal. Se disser que quer parto em casa então, meu amigo, se prepare para receber olhares bem tortos.

Decidam pelo que fizer você e a mãe do bebê sentirem-se mais confortáveis. Informem-se, discutam com mais de um médico, conversem com quem fez parto normal e com quem fez cesárea. E quando te questionarem sobre o parto responda sorrindo: “Ainda estamos pensando, o importante é que o nosso bebê venha ao mundo com saúde” e conte a eles os nomes que vocês estão pensando. Ninguém resiste a nomes de bebê.

Tenha em mente que a flutuação hormonal pode direcionar comportamentos

Na gestação e nos primeiros meses após o parto – período do puerpério –, a mulher enfrenta um período de recuperação intenso: o corpo ainda está aprendendo a lidar com as mudanças hormonais como a interrupção do padrão da gravidez e a produção da prolactina para a amamentação, e o seu ciclo menstrual comum, com variações hormonais às quais passou uma vida acostumada, não volta imediatamente. Além disso, é preciso lidar com o sangramento pós-parto e todas as dúvidas, alegrias e inseguranças que essa nova fase traz. Cada mulher reage de um jeito diferente e imprevisível a isso.

Pode ser que aconteça todos aqueles clichês que os filmes mostram de forma super intensa, como pode ser que ela lide super bem com a variação hormonal – raro, mas não impossível.

Tretas podem rolar por motivos idiotas, comportamentos inesperados, choro, carência, vontades. Lembro da Nathalia, que sempre teve um olfato apurado, passar a ficar muito mais incomodada com cheiros: do tênis, do banheiro, do lixo que ficou aberto, da louça que não foi lavada, do vizinho que estava cozinhando algo fedido e de coisas que eu podia jurar que estavam na imaginação dela. Nunca vamos saber. Chegamos a ter brigas que começaram por motivos idiotas e terminaram com choro.

Mas o nosso mantra sempre foi: “É uma fase, vai passar.”

“Que dia nasce?”

Já no primeiro ultrassom, o médico deve passar uma previsão de quando o bebê vai nascer baseado na data da última menstruação da mulher (DUM). Isso não quer dizer que o trabalho de parto vai acontecer nesse dia – uma gestação pode variar de 36 a 42 semanas. Além disso, a DUM ajuda a determinar uma possível data de ovulação e fecundação, mas ela é só uma estimativa baseada no senso comum de que a ovulação acontece exatamente na metade do ciclo, o que nem sempre acontece.

O exame da Clara previu nascimento no dia 20 de maio, e nós, como pais de primeira viagem empolgados, cometemos o erro de compartilhar essa data com todo mundo. Não preciso nem contar das ligações desesperadas de pais, avós, tios, amigos e gente que não tinha nada a ver com a história nos questionando por que o bebê não havia nascido, já que nossa filha só resolveu vir ao mundo nove dias depois da data prevista.

Um rapaz chegou a nos dizer que, segundo suas próprias contas, nossa filha havia passado dos nove meses e era melhor procurarmos um médico. Some essa pressão à ansiedade e você vai entender a dimensão da treta.  

Minha sugestão: quando te perguntarem quando vai nascer, chute uma data 30 dias pra frente. Ninguém acha ruim quando a pizza chega antes do tempo previsto.

Puerpério

Produzir um negocinho de carne e osso dentro de você e expeli-lo para fora com vida não é coisa simples, e o corpo precisa de um tempinho para se recuperar e voltar as atividades normais. Esse período pode demorar até dez meses e se chama puerpério.

Fui descobrir o que era o puerpério quando já estávamos vivendo o período.

Minha esposa se sentia triste nos primeiros dias da Clara – chorava, não queria sair de casa e não sabia explicar porquê. A tristeza vinha e voltava ao longo dos meses e foi diminuindo conforme o tempo passou.

É bastante importante não confundir puerpério com depressão pós-parto, que é algo bem mais grave – um dos sinais da depressão é a rejeição da mulher pelo filho, além da presença de vontades como se ver longe e livre do filho e até matá-lo. Se você notar comportamentos desse tipo na sua esposa, procurem um médico, e mesmo o próprio pediatra poderá ajudá-los em casos de depressão pós parto.

A minha dica aqui é: escute, seja presente. É muito comum casais quererem se divorciar durante essa fase, é muito fácil entrar numa briga quando os dois estão cansados, vivendo uma rotina maluca e com um bebê que demanda atenção o tempo todo. Mas a parceria é essencial. Eu e minha esposa continuamos repetindo: “É uma fase, vai passar”.

Amamentação

Bem disse a minha esposa que durante a gravidez a gente se preocupa e se prepara tanto para o parto que acaba esquecendo de se preparar para tudo que vem depois – que é mil vezes mais difícil.

Amamentar.. Demanda tempo, atenção, paciência e uma baita dedicação.

Problemas como o bebê não acertar a pega do peito da mãe, o leite demorar para descer, o peito da mulher ficar machucado ou leite empedrar são muito comuns, mas são contornáveis.

O essencial é oferecer suporte e encorajamento para a sua mulher. Elas precisam de uma boa rede de apoio que não vacile na primeira dificuldade. Uma boa opção é procurar ajuda em grupos confiáveis e sérios nas redes sociais, nos quais as mães trocam experiências e dicas.

Além disso, os bancos de leite dos hospitais não apenas fornecem leite para mães com problemas no aleitamento materno, mas as ajudam a resolverem problemas relacionados à amamentação.

Outra alternativa são as consultoras de amamentação que vão na sua casa. No meu caso e da minha esposa demos a sorte de ter uma grande amiga consultora de amamentação que nos deu uma baita força até a Clara aprender a mamar direitinho. 

É extremamente tentador trocar o aleitamento materno por leite artificial, especialmente quando vocês dois estiverem no auge do cansaço. É mais fácil pro bebê, mais rápido e, principalmente, outra pessoa pode fazer pela mãe. Entendo que há casos e casos, mas enquanto puderem: insistam no aleitamento materno, aqui você encontra diversos artigos que explicam os benefícios e as vantagens do aleitamento. Sem contar que a própria OMS e pediatras batem demais no martelo sobre a importância de amamentar.

Filho precisa de atenção

Durante a gravidez, eu jurava que daria para colocar a Clara para dormir jogando videogame com ela no colo.

Ingênuo.

A Clara gosta de receber atenção e de brincadeiras interativas que ela possa fazer com você, como brincar com brinquedos juntos, ir ao parque, ver bichos, passear de carrinho, ouvir você falar com ela, cantar uma música. Ela adora quando mostro alguma novidade a ela ou quando exploramos um objeto juntos, as texturas, cores, cheiros e sons, ela adora quando mostramos os sons que os objetos podem fazer.

Não tem nada mais gostoso do que dar atenção para a minha filha no meu tempo livre.

O problema são os dias que sua filha precisa de atenção quando as coisas estão pegando fogo no trabalho, você e/ou sua esposa precisam resolver algum problema, alguém está doente ou você simplesmente tomar um banho em paz.

Esses serão os dias que você vai querer a sua mãe, literalmente.

Construa uma rede de pessoas que você possa contar para os dias mais punks, como a sua mãe, sogra, irmã, cunhada, vizinhos, parentes e amigos. Não tenha medo nem vergonha de pedir ajuda, você vai se surpreender como as pessoas, principalmente da família, são solícitas para ajudar com o bebê.

Picos de crescimento e saltos de desenvolvimento

Seu bebê dormia bem e, do nada, tem noites agitadas, e nenhum de vocês consegue dormir direito mais?

Era tranquilo e bonzinho e de repente começa a chorar o tempo todo, não desgruda do peito da mãe? As brincadeiras que ele gostava antes não tem mais graça? Começa a chorar sem motivo aparente, se irritar com coisas que antes ele adorava? Você até diria que alguém trocou o seu bebê por outro?

Provavelmente seu bebê deve estar passando por um pico de crescimento, ou um salto de desenvolvimento. O primeiro se refere ao crescimento físico do bebê e o segundo se refere ao desenvolvimento mental.

O desenvolvimento do bebê não é linear – há fases nas quais acelera outros nas quais desacelera, tanto mentalmente como fisicamente. Mas são nesses períodos que a criança aprende a fazer coisas novas: rolar, engatinhar, emitir sons, desenvolver a coordenação.

Fica tão excitado com os aprendizados que o cérebro vai a milhão e não conseguir dormir direito é uma consequência normal – deve ser mais ou menos como era pra gente tentar dormir depois de abrir todos os presentes que ganhou no Natal. Só que no caso do bebê isso ocorre de forma mais intensa, pois o cérebro está trabalhando para tentar dominar essa nova habilidade.

No caso do pico de crescimento, o bebê vai precisar consumir uma maior quantidade de energia para poder espichar, então vai mamar muito mais e, se já estiver comendo, possivelmente parecerá uma draga.

Os saltos duram alguns dias – costumam ser punks – e o importante é dar bastante atenção ao bebê.

No meu caso, a Clara costumava se acalmar quando eu cantava pra ela. Quando isso não funcionava, uma boa e velha mamada resolvia.

Aqui tem uma tabelinha que pode te ajudar a localizar esses picos no tempo.

Sexualidade do casal

Não importa o quanto vocês ficavam antes, o sexo vai diminuir.

Logo depois do parto a mulher precisa ficar de quarentena, independente do parto ter sido normal ou cesárea, porque é o tempo que o corpo dela precisa para se recuperar do processo de parto.

Depois da quarentena, as atividades rotineiras de maternagem e recuperação hormonal do corpo podem interferir. Laceração, episiotomia do parto normal e o corte da cesárea podem causar sensibilidade extra na região. A prolactina, hormônio responsável para a estimular a produção do leite materno da mulher, diminui a libido, e o bebê demanda tempo e vai ser a prioridade. Vocês vão dormir menos e a dinâmica do dia de vocês vai mudar, assim como o próprio relacionamento. Pode ser difícil achar tempo livre e, quando tiverem, pode ser que tenham outras prioridades.

A paternidade ocorre num tempo diferente da maternidade

Enquanto a mulher tem o corpo dela inteiro gritando os sinais da maternidade durante toda gestação, a rotina masculina não muda em quase nada. Por mais presente, participativo e prestativo que você seja, só a mulher vai carregar e parir a criança, só ela vai amamentar e haverão momentos nos quais só a mãe vai conseguir fazer a criança parar de chorar.

Não fique surpreso se quando seu bebê nascer e você segurá-lo no colo pela primeira vez você não sentir todas aquelas coisas mágicas que dizem por aí. Às vezes leva um tempinho pra vocês se conhecerem melhor, gostarem um do outro e criarem elos. Do mesmo jeito que acontece quando conhecemos qualquer outro ser humano, é normal.

Comigo foi assim.

***

Hoje eu entendo porque ninguém sabia me explicar direito as dificuldades da paternidade: elas mudam a cada fase. E o tempo passa tão rápido e de forma tão intensa que a gente acaba nem se dando conta dos detalhes. É meio como tentar contar resumidamente para alguém como foi aquela viagem, ou aquele romance maluco que você viveu – você se lembra dos sentimentos e de alguns momentos, mas é difícil achar as palavras pra descrever algo tão intenso e incrível.

Autor: Rodrigo Cambiaghi – Site Papo de Homem

child1

Abandonar um filho quando ele mais precisa dos pais significa deixá-lo sem atenção e cuidado, sem o amparo e proteção de que precisa, causando danos talvez irreparáveis em seu ser.

Alguns pais recorrem a elaborados mecanismos de justificação, e quanto mais o fazem, mais endurecem seu coração à verdade de estar cometendo uma ação inumana, pela qual rejeitam assumir com plenitude o amor ao maior dos dons.

Esta é a mais vil manifestação do egoísmo e covardia de quem é incapaz do amor verdadeiramente pessoal.

Muitos pais jamais abandonariam um filho na porta de uma casa qualquer. Mas existem muitas formas de abandono que não costumam ser evidentes e que já adquiriram aceitação em muitas consciências.

Tais formas de abandono têm uma história em comum: gerar os filhos foi a parte fácil, mas sua criação, que exige educação com amor de abnegação e sacrifício, dura muitos anos. E é nesta fase que pode acontecer o maior abandono.

Algumas formas de abandono:

– Quando A Sra. e o Sr. Sucesso Profissional não têm tempo pessoal para seu filho, dada sua importante “autorrealização”, já que “tempo é dinheiro” e não dá para pensar nos outros. Então apelam ao famoso “tempo de qualidade”, enchendo os filhos de presentes, pagando colégios de tempo integral etc.

– Quando o tempo dos filhos é dedicado à academia, às reuniões sociais, enquanto os filhos ficam à mercê da internet, televisão ou babá.

– Quando se deixa os filhos o final de semana inteiro com os avós, “porque cuidarão bem deles e os amam muito”.

– Quando se deixa o filho o dia todo com os avós de maneira constante, “porque cuidam bem dele e o amam muito”.

– Quando se envia o filho adolescente para estudar fora do país durante anos, para evitar os problemas desta fase, e dando mais prioridade à aprendizagem de um idioma novo do que ao acompanhamento nesta etapa tão crucial da vida.

– Quando o filho se torna somente o cartão de visitas dos pais, que condicionam sua aceitação a que seja um aluno brilhante.

– Quando os pais se esquecem que a verdadeira educação acontece no ser dos filhos, e a medem apenas pelos resultados no ter, saber e fazer. Quando se negam a escutar, compreender e comunicar-se com os filhos, para ajudá-los a dirigir sua vida com plena liberdade.

– Quando os pais em conflito usam os filhos como luvas de boxe em suas frequentes brigas.

– Quando os pais se divorciam e tratam o tema da guarda dos filhos como se discutissem pela casa ou pelo carro, sem considerar o grande dano que lhes causam.

– Quando os filhos se tornam uma válvula de escape da pressão que os pais sentem diante das provações da vida, sendo então violentados, humilhados.

– Quando os pais desconhecem que seu maior valor é saber amar, acolhendo o filho somente por ele ser quem é, porque é esse amor que estrutura a personalidade do filho, mediante a identificação e as experiências vividas com seus pais.

Porque, para bem ou para mal, os pais serão sempre a principal referência da identidade dos filhos.

Aleteia